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E-book - Quando o Trauma nao te Mata

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SUMÁRIO:
 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
 UM RESUMO DE MINHA HISTÓRIA DE VIDA ................................................................................... 5
 QUANDO TUDO COMEÇOU A MUDAR .......................................................................................... 6
 MEU CASAMENTO, UM DIVISOR DE ÁGUAS .................................................................................. 7
 MUDANÇA PARA A CIDADE DE MONTE CARMELO/MG – UMA PORTA 
PARA O CRESCIMENTO..................................................................................................................... 7
 PRIMEIRA VIAGEM A ISRAEL – UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE ............................................. 8
 A DECISÃO DE IR PARA FACULDADE E RECUPERAR O TEMPO PERDIDO ..................................... 8
 ACIDENTE DE CARRO, RETORNO PARA MONTE CARMELO E UM TEMPO SABÁTICO ................. 9
 O DESAFIO DE RECOMEÇAR “PEQUENO” .................................................................................... 11
 UMA PROPOSTA MILIONÁRIA, E UM TRAUMA QUE SE TORNOU O MEU MAIOR DESAFIO ....... 12
 AS CONSEQUENCIAS DO PÓS TRAUMA ...................................................................................... 13
 UM DIVISOR DE ÁGUAS E UMA TOMADA DE DECISÃO QUE MUDOU A MINHA MENTE .......... 15
 COMO SURGIU O MÉTODO FP3 E COMO ELE ME AJUDOU A TOMAR O RUMO DA MINHA 
VIDA NOVAMENTE ......................................................................................................................... 16
 CONHEÇA O MÉTODO FP3 E COMO ELE PODE AJUDAR A VENCER SEU MAIOR DESAFIO .... 20
 1 - O FENÔMENO RAM (REGISTRO AUTOMÁTICO DA MEMÓRIA)
MÉTODO FP3 = MAIS UMA COISA EU FAÇO ............................................................................... 21
 2 - FENÔMENO: O GATILHO DA MEMÓRIA
MÉTODO FP3= DEIXANDO AS COISAS QUE FICARAM PARA TRÁS ........................................... 23
 3- JANELAS DA MEMÓRIA
MÉTODO FP3 = “AVANÇO PARA AS COISAS QUE ESTÃO ADIANTE” ........................................ 25
 4 - FENÔMENO DA ÂNCORA DA MEMÓRIA
MÉTODO FP3 = “PROSSIGO PARA O ALVO” ................................................................................ 28
 5 - FENÔMENO DO AUTOFLUXO
MÉTODO FP3 = AFIM DE GANHAR O PRÊMIO CELESTIAL DE DEUS EM CRISTO JESUS .............. 30
 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 34
INTRODUÇÃO
Considero este pequeno livro como um remédio, que
jamais achei que iria produzir. O intuito deste remédio
é: ajudar pessoas que sofrem com algum transtorno
emocional após terem vivido algum trauma:
emocional, familiar, econômico, profissional, entre
outros, a tomar o rumo de sua vida novamente.
Neste exato momento, há milhares de pessoas, em
toda parte do mundo, que precisam viver em um
mundo, o qual, por algum motivo, deixou de ser o
mesmo que um dia elas viveram. Um mundo onde
existem as próprias leis e regras, sendo que, para
sobreviver a este mundo, é preciso aprender a se
superar todos os dias, pois somente os mais fortes, os
mais resilientes, conseguem exercer um duplo papel:
“de morar em dois lugares ao mesmo tempo”, no
mundo “real” e no mundo “pós trauma”.
Sou apenas mais um que, de uma hora para outra, me
vi neste mundo “pós trauma”, mundo que conhecia
apenas de ouvir falar, mas que então, descobri como
é viver em um lugar onde os sentimentos, aqueles que
você não deseja sentir, mas que invadem a sua mente
sem permissão, e incomodam o seu corpo, lhe deixam
em uma sensação de ser um mero refém de suas
emoções. Onde o medo, as incertezas, a dor, a
angústia e a tristeza sabotam seus projetos, sua missão
de vida e a sua felicidade.
3
4
O objetivo deste livro, é lhe mostrar, como consegui
tomar o rumo do meu mundo novamente e, como
superar, todos os dias, uma mente que teima em te
chamar para retornar para o mundo “pós trauma”,
que tem como único intuito sabotar quem você
realmente é.
Se eu pudesse resumir este livro em uma frase, diria:
“Quando um trauma não te mata, ele produz um
remédio”.
Desejo, do fundo do meu coração, que o meu
testemunho seja um poderoso remédio, produzido
para ajudar pessoas a retomar sua vida novamente.
Que traga esperança para aquelas pessoas que, de
uma hora para outra, se viram vivendo em um
mundo que jamais desejariam morar.
Quando um trauma não mata, ele gera uma pessoa
muito mais forte, resiliente, sábia, que aprende a dar
valor a cada dia e aos pequenos momentos de
felicidade que a vida lhe proporciona.
Quando um trauma não te mata, você entende o
significado do conceito que o poeta romano,
Horácio, escreveu, aproximadamente vinte e três
anos antes de Cristo, “Carpe Dien”. Que
simplesmente quer dizer: “Aproveite o dia”.
Quando um trauma não te mata, você retorna para
a sua vida muito mais forte, muito mais produtivo,
muito mais maduro e preparado para enfrentar as
adversidades da vida.
Profetizo que: você será mais um remédio, que
superou o mundo pós trauma e que agora, ajudará
pessoas a tomar o rumo de suas vidas novamente.
Boa leitura.
4
UM RESUMO DE MINHA 
HISTÓRIA DE VIDA
Nasci em Batatais, uma pequena cidade do interior de
São Paulo. Meu pai, criado na antiga Febem em São
Paulo até os 18 anos, foi abandonado pela minha avó
aos dois anos de idade. Minha mãe, nascida na roça,
no interior de Minas Gerais, trabalhou durante quase
toda minha infância e juventude como doméstica
para cuidar de três filhos pois, meu pai, devido a tantos
traumas do passado, se tornou um alcoólatra e, nunca
conseguiu ter estabilidade em sua vida para cuidar de
sua família.
Como você pode perceber, cresci em um ambiente
sem nenhuma estrutura formal que pudesse me ajudar
a estudar e a planejar um futuro promissor para minha
vida. Acredite, até aos meus 17 anos, não sabia nem o
que era um vestibular.
Cresci vendo meu pai desempregado, chegando em
casa alcoolizado, batendo em minha mãe e vendo ela
se superando todos os dias, mesmo diante de tantas
dificuldades, para que, de alguma forma, conseguisse
comprar comida para seus filhos.
5
Comecei a trabalhar aos 11 anos de idade, em um
bar; aos 13 anos, entregava jornal; aos 16, arrumei
um emprego para passear com cachorros de uma
família muito rica em minha cidade e aos 18 anos,
comecei a trabalhar como segurança em bares
noturnos. E os estudos? Apenas o básico para passar
de ano. Mesmo sem ter um incentivo familiar,
terminei todas as etapas do colegial, pois meu
objetivo era servir para o Exército Brasileiro, sendo
necessária esta formação.
QUANDO TUDO COMEÇOU A MUDAR
Ao completar 19 anos de idade, após ter a frustração
de não ter conseguido ingressar no Exército e, quase
ter sido preso por falsificação de documentos, me
mudei para a cidade de Uberaba-MG para morar na
casa de minha irmã que, naquela época, era
pastora evangélica.
Em Uberaba, comecei a entender que, se quisesse
sobreviver, precisaria me esforçar muito, pois já não
estava morando com meus pais.
Comecei a procurar emprego, mas não obtive
sucesso, pois meu currículo não atraía a atenção de
nenhuma empresa. Foram inúmeros “nãos” e,
comecei a perceber que, de fato, estava
despreparado para a vida. O único lugar que
consegui emprego foi para trabalhar de chapa,
descarregando caminhão para uma grande
empresa da cidade. Pelo menos, tinha almoço, janta
e um dinheiro para passar a semana sem muitas
regalias.
6
MEU CASAMENTO, UM DIVISOR DE ÁGUAS
Depois de dois anos em Uberaba, me casei com uma
linda mulher, aos 21 anos de idade. Ela cantava na
igreja e tinha o sonho de ser pastora, uma mulher que
Deus me abençoou, que me ajudou muito a crescer,
amadurecer e despertar para uma vida com
propósito. A Karen se tornou, além de minha esposa,
minha melhor amiga, minha auxiliadora, uma mulher
sábia para me aconselhar quando preciso e mãe de
nossos dois lindos filhos, Isaac e Levi. Meu casamento
foi abase de tudo o que Deus construiu a partir
daquele momento da minha vida. Meu casamento foi
o divisor de águas, realmente um gráfico
demonstrativo do “antes e depois”.
Como morei um tempo na casa de minha irmã, que 
era pastora, aos finais de semana frequentava a igreja, 
então me converti e iniciei um propósito com Deus 
através da fé. Eu dizia: “Se Deus me trouxe para esta 
cidade, ele irá cuidar de mim, irá abrir as portas que 
preciso para crescer na vida e ser feliz”. Já nesta fase 
da minha vida, estava disposto a fazer o que fosse 
preciso para mudar o meu “currículo”.
MUDANÇA PARA A CIDADE DE MONTE CARMELO, MG 
UMA PORTA PARA O CRESCIMENTO
Logo após o casamento, nos mudamos para a cidade
de Monte Carmelo, com aproximadamente 50 mil
habitantes, para administrar uma pequena escola de
informática, que meu cunhado iria fechar, caso não
encontrasse ninguém para gerenciá-la. Aceitamos o
7
desafio e iniciamos o trabalho. Após alguns meses,
iniciamos reuniões com três pessoas para estudar a
Bíblia. Tínhamos como missão, ajudar pessoas a
conhecer mais sobre Jesus. Este pequeno grupo, que
se reunia à noite na sala de nossa casa, se tornou uma
linda Igreja, que pastoreamos há mais de 18 anos.
Formamos líderes e pastores que abriram igrejas em
outras cidades.
PRIMEIRA VIAGEM À ISRAEL –
UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE
Aos 24 anos de Idade, realizei a minha primeira viagem
à Israel. Dizem que uma viagem pode significar muito
mais do que turismo e mudar muitas coisas na mente de
uma pessoa, posso afirmar que é verdade!
Tudo que presenciei nesta viagem me fez querer mais...
O impacto foi tão grande em minha mente que tomei a
decisão de vencer o que sempre foi o meu maior
desafio: estudar. Nunca gostei de estudar, não achava
necessário, como você já sabe, a maneira pela qual fui
criado não me deu esta base de entendimento.
Esta viagem abriu a minha mente e tudo que eu queria
era recuperar o tempo que perdi e mudar de uma vez
por todas o meu currículo.
A DECISÃO DE IR PARA FACULDADE E RECUPERAR 
O TEMPO PERDIDO
Assim que retornei da viagem à Israel, realizei um
vestibular para graduação em Letras, com o intuito de
8
aprender a escrever e falar corretamente. Todavia,
como minha vontade era recuperar o tempo perdido,
comecei a fazer outra faculdade, de Comunicação
Institucional, minha ideia era concluir duas faculdades
de uma vez e, assim, recuperar o tempo em que não
havia estudado.
Logo após terminar as duas faculdades, de imediato,
fiz um MBA em Gestão de Projetos Inovadores na USP,
em Ribeirão Preto, e uma especialização em Marketing
pela FGV. Nesta ocasião, já havia me tornado Coach
e nos mudamos novamente para Uberaba-MG, onde
trabalhava como treinador de líderes, executivos,
gerentes e empresários em empresas na região do
Triângulo Mineiro. Como você pode perceber, em dez
anos mudei completamente o meu currículo. Aos 20
anos, não era aceito pelos empresários pois meu
currículo não oferecia condições de trabalhar como
colaborador de suas empresas, aos 30 anos, me
contrataram para ajudá-los a desenvolver seus
principais líderes, e a conseguir maiores resultados.
Superar desafios sempre foi minha maior motivação.
ACIDENTE DE CARRO, RETORNO PARA
MONTE CARMELO E UM TEMPO SABÁTICO
Em setembro de 2011, estava vivendo o que achava
ser “o melhor tempo da minha vida”. Minha empresa
de treinamentos estava crescendo muito, estava
ganhando muito bem, havia comprado um carro de
luxo, escrevi o meu primeiro livro, minha esposa
fazendo faculdade de psicologia, meu filho estudando
em uma escola particular, a igreja em Monte Carmelo
crescendo sem a minha presença, tudo estava indo
muito bem. Até que, em uma viagem de Uberaba
para Monte Carmelo, sofri um acidente na rodovia que
começou a mudar algumas coisas em minha vida.
9
Neste acidente, bati de frente com outro carro, a
110km por hora, ocasionando a morte do outro
motorista. Na estrada, esperando pelo resgate, dentro
de um carro todo destruído, obtive a notícia de que o
motorista do outro carro havia morrido. Logo pensei:
“Meu Deus, porque isso foi acontecer comigo?” Já no
hospital eu pensava: “Será que vale a pena está
correria da vida?”
Minha maior agonia era saber que, naquele momento,
uma esposa estava ficando sem o seu marido, e um
filho sem o seu pai. Também pensava: “Poderia ter sido
eu no lugar daquele homem, será que realmente vale
à pena tudo que estou fazendo?” Naquela época,
quase não tinha tempo para meu filho primogênito,
para desfrutar da doce companhia de minha esposa,
estava focado no crescimento de minha empresa e
nos resultados que almejava alcançar.
Apenas cinco dias após o acidente, já estava na
estrada novamente, a trabalho. Como eu tinha
contrato com empresas da região, precisava honrar o
contrato e resolvi superar este desafio, o trauma do
acidente, na própria estrada. Foi muito difícil pois nos
primeiros dias, pensava constantemente no acidente e
na morte da outra pessoa. Lembro-me que tremia toda
vez que um veículo passava ao meu lado para
ultrapassar. Entretanto, depois de alguns dias viajando,
consegui superar todo aquele momento terrível, e
retornei a dirigir normalmente, pois aquele trauma
havia sido superado.
Algum tempo depois do acidente, resolvi retornar para
Monte Carmelo e fiz um voto com Deus para tirar um
tempo sabático. Resolvi ficar três anos e meio sem
trabalhar com consultorias e treinamentos e ficar
somente cuidando da igreja. Foi um grande desafio
para mim, pois deixar de trabalhar no que mais amava
fazer e mudar para uma cidade menor, de fato, foi
uma enorme renúncia.
10
Naquele tempo, depois de seis anos, fiz outra viagem
para Israel, procurando aquietar a minha alma e
buscar em Deus força para me reencontrar
novamente. Foram três anos e meio de muita renúncia,
mas de muito crescimento espiritual.
Durante este tempo sabático, desenvolvi um site de
treinamentos para liderança eclesiástica e escrevi
quatro livros com uma metodologia para o
crescimento de igrejas. Pude ajudar centenas de
líderes ministeriais com estes materiais.
O DESAFIO DE RECOMEÇAR “PEQUENO”
Logo após o tempo sabático, retornei às minhas
atividades profissionais com um grande desafio:
reiniciar em uma cidade pequena. A minha estratégia
foi oferecer consultoria para empresas de menor
expressão, me preparar para mudar novamente para
Uberaba, retornando com a prestação de serviços
para as grandes empresas da região, como antes.
Percebi que, se continuasse morando em Monte
Carmelo e viajando para trabalhar na região, ficaria
mais tempo com a minha família e também cuidaria
melhor da igreja. Morar em uma cidade pequena tem
suas vantagens, principalmente de cuidar dos filhos e
descansar aos finais de semana.
Aos poucos, fui crescendo profissionalmente
novamente e, em menos de um ano, estava feliz com
os resultados alcançados. Tinha algo muito forte dentro
de mim, encontrar o prazer em “RECOMEÇAR”, sempre
gostei do significado desta palavra. Sempre dei valor
para histórias de homens que perderam tudo o que
conquistaram e precisaram tomar o rumo de suas vidas
novamente.
11
UMA PROPOSTA MILIONÁRIA E UM TRAUMA
QUE SE TORNOU MEU MAIOR DESAFIO
No início de 2020, recebi uma proposta de trabalho
que iria me deixar muito bem financeiramente. Depois
de passar um tempo sabático e prestar consultorias
para empresas pequenas, esta proposta era tudo que
estava esperando. Todavia, este trabalho demandava
muita concentração e muitas viagens para São Paulo
e até mesmo para fora do Brasil.
Foram mais de dois meses viajando e trabalhando
intensamente. Procurava tranquilizar minha esposa
dizendo: “Serão só algumas viagens, financeiramente
estaremos muito bem resolvidos, vamos aguentar...”
Os hotéis passaram a ser minha casa, a estrada, minha
rotina e a internet, um meio de comunicação com a
minha família. Este trabalho exigia muito e a cobrança
era intensa. Todavia, como já relatei, sempre gostei de
desafios e, de certa forma, tinha prazer em sentir a
pressão da cobrança pelos resultados. Enquanto para
muitos viver assim é como um “castigo”,para mim era
uma “benção”.
Estava novamente sentindo os prazeres que os desafios
me proporcionavam, além de conhecer novas
culturas, novas pessoas, comer em diferentes
restaurantes, e passar horas, de madrugada,
trabalhando para concluir o serviço com êxito; tudo
isso me fazia, de certa forma, uma pessoa feliz.
Até que, em uma viagem, fui surpreendido com uma
cena, algo que jamais iria imaginar que poderia
acontecer comigo. Fiquei um tempo sem reação, não
conseguia compreender o que tinha acontecido e o
motivo pelo qual isso aconteceu. Minha mente ficou
1
2
por algum tempo parada, perplexa, apenas com o
barulho, como a explosão de uma bomba... Como
disse o Apóstolo Paulo, em sua segunda carta aos
Coríntios, no capítulo 12, versículo 7: “um espinho na
carne me foi colocado”. Pela primeira vez, em toda
minha vida, me senti como se estivesse sem chão e
que, a qualquer momento, um buraco iria se abrir na
minha frente e eu iria ser simplesmente puxado para
baixo, sem força para reagir, simplesmente iria
desaparecer. Assim como naquela época, hoje não
posso relatar aqui o que aconteceu, pois outras
pessoas seriam prejudicadas, o que posso falar é que,
naquele momento, estava vivendo o maior desafio da
minha vida. Algo que mexeu comigo, maior do que as
cenas que presenciei de meu pai batendo em minha
mãe na minha infância, maior do que os desafios de
fazer duas faculdades de uma vez, maior do que o
acidente do carro que sofri. De fato, minha mente
sofreu uma grande lesão, que proporcionou reações
das quais apenas havia ouvido falar até aquele
momento.
AS CONSEQUÊNCIAS DO PÓS TRAUMA
Após o trauma, retornei para minha casa e interrompi o
trabalho. O mesmo trabalho que era uma “grande
porta para o sucesso”, aquela que era a minha grande
oportunidade, não existia mais, pois não tinha a menor
condição de sair de minha cama.
Tudo o que me restava era ficar lamentando, chorando e
sem forças para me levantar. Passei as primeiras noites em
claro e tudo que conseguia fazer era chorar escondido
para que meus filhos não presenciassem aquelas cenas de
dor e sofrimento.
13
Após os primeiros dias de isolamento, precisei dar os
primeiros passos, pois na época tinha duas empresas e a
igreja que precisavam da minha presença em algumas
reuniões ou em pequenos grupos de estudos.
Precisava me arrastar todos os dias para que, de alguma
forma, conseguisse fazer a gestão de minhas empresas,
pois sabia que minha família iria sofrer muito se eu não me
movesse.
Nos primeiros quinze dias, depois que tomei a decisão de
sair de minha cama, ameacei dar alguns passos ao
trabalho e foi assustador. As fortes crises emocionais
surgiam repentinamente, ao conversar com alguém, por
alguns minutos, as fortes crises começavam a apontar em
meu peito e sabia que precisava interromper a conversa
para poder chorar em algum canto escondido. De fato,
pela primeira vez em minha vida, estava com “problemas
emocionais”.
Tomei a decisão de não contar o que estava
acontecendo para ninguém além de minha esposa, pois
eu pensava: “Como um Bispo Evangélico, um homem que
sempre demonstrou força, coragem, motivação, fé,
poderia falar que estava passando por problemas
emocionais?” Sei que muitas pessoas, em meu lugar,
abririam logo o jogo e gritariam por socorro, todavia, não
sou assim! Preferia a dor, o sofrimento e o isolamento, do
que relatar o que estava passando, até mesmo para evitar
as incansáveis perguntas que certamente iriam ocorrer
sobre o que aconteceu, o que me levou a sofrer o trauma.
Lembro-me de algumas tentativas que fiz, no intuito de
trabalhar e retornar para minhas atividades, e de como as
crises emocionais me faziam de refém. Algumas vezes, no
trânsito, precisava parar o carro, pois as crises tomavam
conta de minha mente e do meu corpo. Não foram
poucas as vezes que precisei encostar o carro em algum
lugar isolado e ligar para minha esposa, para que ela
fizesse uma oração, tentasse de alguma forma me
acalmar, para que pudesse retornar para minha casa.
14
Em outra ocasião, tomei coragem de visitar uma
empresa que tinha em uma outra cidade e, durante
uma reunião com funcionários, as fortes crises
começaram a surgir, me forçando a sair da reunião e ir
chorar no banheiro. Aquele dia, precisei retornar para
minha casa com fortes crises de pânico e com uma
incrível sensação de luto. Eu sabia que, se continuasse
desta forma, iria ficar muito doente, minhas empresas
iriam passar por grandes problemas, minha família iria
sofrer, a igreja e tudo que consegui conquistar em 18
anos de ministério e na minha vida profissional, poderia
ser perdido.
UM DIVISOR DE ÁGUAS E UMA TOMADA DE
DECISÃO QUE MUDOU A MINHA MENTE
Os dias foram passando e as lembranças continuaram
a me manter preso. Não tinha mais controle de meus
pensamentos. É incrível, bastava apenas abrir os olhos
ao acordar, que a primeira cena que vinha em minha
mente era a cena do trauma. Ficava alguns minutos
olhando para o teto do meu quarto, pensando, até
que ponto aquele sentimento terrível de tristeza iria
tomar conta de meu coração e da minha mente.
Certo dia, minha esposa acordou e me viu chorando e
lamentando de uma forma tão intensa, que a fez ter
coragem e falar: “Amor, você precisa fazer como o
Apóstolo Paulo fazia, relatado em Filipenses 3, 13”:
“Mais uma coisa eu faço, esquecendo-me das coisas
que ficaram para trás, avanço para as que estão
adiante, prossigo para o alvo, afim de ganhar o
chamado prêmio celestial de Deus em Cristo Jesus”.
Quando ela mencionou esta passagem bíblica, recebi
como um confronto, pois já havia pregado sobre esta
passagem do apostolo Paulo muitas vezes. Também já
ministrei treinamentos para líderes empresariais,
15
já escrevi livros de desenvolvimento humano com base
nesta passagem bíblica, sempre foi uma das
passagens mais lembradas por mim, quando eu
precisava aconselhar alguém cujo objetivo era
esquecer algo e continuar seguindo o seu propósito.
Eu sabia, que se conseguisse colocar em prática estes
cinco comportamentos que Paulo deixou registrado
em Filipenses, certamente iria conseguir tomar o rumo
da minha vida novamente.
Foi neste momento, após ter sido confrontado com
esta passagem bíblica, que tomei a maior decisão de
toda minha vida: “A DECISÃO DE NÃO ACEITAR MAIS
FICAR CHORANDO EM MINHA CAMA E PROCURAR
UMA FORMA DE VENCER ESTE GRANDE DESAFIO”.
Sabia que precisava agir, que de fato havia chegado
a hora de colocar em prática o que já havia ensinado
muitas pessoas a fazer: “esquecer o que ficou para trás
e avançar para as coisas que estão adiante”.
Aquele conselho de minha esposa, que na verdade foi
como um tapa em minha cara, me fez acordar, como
se tivesse tomado um choque e me jogado para fora
de minha cama. De fato, esta passagem bíblica se
tornou um divisor de águas naquele momento em
minha vida.
COMO SURGIU O MÉTODO FP3 E COMO ELE ME AJUDOU
A TOMAR O RUMO DA MINHA VIDA NOVAMENTE
Após ter tomado a decisão de buscar uma forma de
praticar a passagem de Filipenses 3.13 e conseguir
tomar o rumo da minha vida novamente, comecei uma
16
jornada. Gostaria de obter conhecimento a respeito do
que levou o apóstolo Paulo a tomar aquela decisão e
como ele conseguia colocar em prática aqueles
“cinco comportamentos”. Comportamentos que
fazem parte de qualquer metodologia de autoajuda,
que têm como objetivo, desenvolver a performance
humana. Há quase 10 anos ministrando treinamentos
para líderes, já tinha conhecimento destes cinco
comportamentos de Filipenses 3.13, como uma espinha
dorsal, que estrutura e ramifica os demais pensamentos
e comportamentos de todos os treinamentos de
coaching que já havia participado. Comprei vários
livros falando sobre a biografia de Paulo e passei a
observar os comportamentos dele, não só com a visão
de um teólogo e um líder espiritual, más pela ótica das
ciências que estudam os comportamentos e
pensamentos humanos, como a psicologia, psiquiatria
e a filosofia.
Passei muitas noites em claro, assisti muitos
treinamentos online, revisei muitos dos meus livros sobre
coaching e liderança e, depoisde quase dois meses,
comecei a formatar um caminho para colocar em
prática o que chamo de MÉTODO FP3.
Só quem viveu o que vivi consegue entender o
sofrimento, as limitações, os conflitos internos, a luta
diária para não retornar ao estágio de ficar na “cama”
com medo de viver.
Por isso, sabia que precisaria de algo que pudesse
seguir todos os dias, como se fosse um passo a passo,
uma cartilha, algo que todos os dias iria me orientar e
me direcionar. De fato, precisava transformar tudo que
estava aprendendo com os estudos em um MÉTODO.
Diariamente iria colocando o MÉTODO em prática.
Como já falei anteriormente, todos os dias, sem
exceção, o primeiro pensamento que surgia em minha
mente, logo quando acordava, era sobre o trauma.
17
Para sair da cama, era necessário recorrer ao
MÉTODO. Focava meus pensamentos no que havia
aprendido e logo conseguia tomar a decisão de sair
de minha cama e enfrentar o dia que estava
começando.
Claro que, nos primeiros dias, as crises começavam a
apontar em meu peito, para sabotar meus alvos e
projetos, mas direcionava a minha mente no MÉTODO
e tomava a decisão de esquecer e avançar. De fato,
era uma luta diária, todavia, eu tinha um MÉTODO
para seguir, do qual eu tinha a convicção de que iria
me ajudar. Algo que se tornou uma forma de apoio
para vencer os desafios emocionais que só quem viveu
um trauma pode entender com mais propriedade.
Minha esposa se tornou minha terapeuta, meu apoio
nos momentos os quais precisava falar, colocar para
fora o que estava sentindo. Conversar com ela, era
como tirar as minhas dores emocionais com as próprias
mãos. Através do MÉTODO, consegui entender com
mais intensidade a importância de uma psicóloga,
uma pessoa que pode te ouvir e, de alguma forma,
orientar, te ajudando a observar o trauma por outros
ângulos. Já escrevi livros falando sobre a importância
de conversar, de ter alguém para te ouvir, pois no meio
evangélico, damos o nome deste procedimento de
“discipulado”. Aprendi na prática como esta
tremenda ferramenta é capaz de se tornar um
remédio na vida das pessoas.
Assim, dia após dia, ia tomando o rumo da minha vida
novamente. Nos dias que estava com muitas crises
emocionais, realizava poucas tarefas, já nos dias que
estava bem, realizava uma grande quantidade de
tarefas, para compensar os dias de pouca
produtividade.
18
Percebi que, mesmo diante de uma situação tão
complicada, a qual estava passando, o MÉTODO me
ajudava a avançar para as coisas que estavam
adiante e, acredite, só o fato de conseguir cumprir
algumas tarefas, já possibilita uma sensação
maravilhosa, como se você tivesse terminado o seu dia
como um grande vencedor. É por isso que, todos os
cinco comportamentos que o apóstolo Paulo
escreveu, que faziam parte de sua vida, se tornam
interdependentes, ou seja, um precisa do outro para
que você alcance a vitória.
Em uma situação como a minha, não se pode apenas
tomar uma decisão, é preciso saber esquecer,
avançar para as coisas que estão adiante, ter metas
diárias, encontrar um motivo para viver. Só assim, uma
pessoa que precisa lidar todos os dias com “crises
emocionais”, após ter passado por um trauma,
consegue tomar o rumo da sua vida novamente. E foi
exatamente o que fiz!
19
CONHEÇA O MÉTODO FP3 E 
COMO ELE PODE TE AJUDAR A 
VENCER O SEU MAIOR DESAFIO
Como já citei anteriormente, quando iniciei minhas
pesquisas para entender com mais propriedade os
cinco comportamentos relatados pelo apóstolo Paulo
em Filipenses 3.13, não pesquisei apenas como um
teólogo, ou como um líder espiritual, mas também
com o intuito de saber sobre o que a ciência fala a
respeito da mente humana.
Segundo o psiquiatra Dr. Augusto Cury, nossa mente
trabalha com cinco (05) fenômenos que controlam
nossas emoções e atitudes. Portanto, apresento-lhes
um resumo de cada uma das emoções, fazendo uma
analogia com o MÉTODO FP3, possibilitando entender
a razão pela qual os cinco comportamentos de
Filipenses 3.13 são totalmente interdependentes, ou
seja, um complementa o outro.
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1 - O FENÔMENO RAM
(REGISTRO AUTOMÁTICO 
DA MEMÓRIA)
MÉTODO FP3 = MAIS UMA 
COISA EU FAÇO...
O fenômeno RAM (Registro Automático da Memória) é
o responsável por realizar, biografar, todos os arquivos
das experiências pelas quais passamos ao longo da
vida. Ele funciona como uma máquina fotográfica,
registrando em nossa memória todas as nossas
sensações: o que vemos, ouvimos, sentimos,
saboreamos, vivenciamos e até o que pensamos é
guardado em nossa biblioteca interna (córtex
cerebral).
É muito importante compreender este fenômeno antes
de falar sobre os cinco comportamentos do MÉTODO
FP3.
Em resumo, tudo o que você vivencia no seu dia a dia,
coisas boas ou ruins, conhecimentos, pensamentos,
são registrados pela sua memória, sem que você
perceba ou controle.
Ou seja, foi colocada uma prateleira nova em sua
biblioteca interna (córtex cerebral) sem que você
sequer se desse conta.
21
Se o cérebro funciona desta forma, você precisa
tomar a decisão de sair do lugar em que você se
encontra para registar novos momentos em sua vida.
Assim, irá proporcionar novos cenários, provocar
novas sensações, sentimentos, emoções, que possam
ser maiores do que as que você viveu quando sofreu
o trauma. Albert Einstein dizia que: “para que você
possa obter confortavelmente o equilíbrio em
momentos de crise, é como andar de bicicleta, é
preciso se mover”.
Eu sabia que precisa me mover, sair daquela
situação, todos os dias, pegar a “bicicleta” diante da
vida e me movimentar para conseguir buscar o
equilíbrio diante do momento pelo qual estava
passando.
Sendo assim, o primeiro comportamento do MÉTODO
FP3 é: “MAIS UMA COISA EU FAÇO”, que está
diretamente relacionado à tomada de decisão,
querer sair do lugar que você se encontra, não
aceitar ficar parado diante de uma situação de dor,
sofrimento, angústia, e proporcionar novos registros
em sua mente, no intuito de viver emoções diferentes
das que o trauma lhe proporcionou. Nenhum
método, nenhum tratamento, nada irá ajudar você a
vencer o seu trauma, as suas feridas emocionais do
passado, ou qualquer que seja o seu desafio, se você
não tomar uma decisão. Sabia disso, por isso, falei
para mim mesmo: “MAIS UMA COISA EU FAÇO”.
22
2 - FENÔMENO: O GATILHO DA 
MEMÓRIA
MÉTODO FP3 = DEIXANDO AS COISAS 
QUE FICARAM PARA TRÁS...
Como vimos anteriormente, temos um registro de
memória que é automático, ou seja, temos uma
imensa biblioteca com milhões de livros guardados
nas suas infinitas “prateleiras”. Sem percebermos,
inconscientemente, nosso cérebro vai registrando
informações tão rapidamente que não conseguimos
filtrar de maneira inteligente o que é bom ou ruim
para nós.
O “Gatilho da Memória” ou “Auto checagem” é o
fenômeno inconsciente que lê automaticamente a
memória.
Este fenômeno, que atua na etapa inicial do
processo de interpretação, diante de um estímulo
qualquer, seja ele físico ou mental, é acionado e, em
milésimos de segundos, lê a memória e faz a primeira
interpretação.
Por exemplo: ao ouvir uma música que tenha
marcado um momento em sua vida, você se lembra
de um determinado local ou de uma determinada
pessoa.
Sendo assim, precisei colocar em prática o segundo
comportamento do MÉTODO FP3 – “DEIXANDO AS
23
COISAS QUE FICARAM PARA TRÁS”, sempre que o
Gatilho da Memória era acionado, trazendo as
lembranças do que aconteceu, focava minha mente
no que desenvolvi através do método, para que o
meu EU INTERIOR, pudesse me ajudar a esquecer as
lembranças, e avançar para o próximo
comportamento.
Entendi que o apostolo Paulo, quando mencionou
esta atitude, não estava dizendo que tinha
simplesmente esquecido, como se fosse uma
“amnésia”, ele estava falando sobre o “poder” de
controlar as lembranças e não deixar o que o
passado interferira negativamente o futuro.
Para que isso possa acontecer, é preciso ter
conhecimento profundo do seu EU INTERIOR e
desenvolver o seu EU IDEAL, ou seja, uma forma de
pensar e agir diante seus valores e propósitos.
O MÉTODO FP3 me ajudou a desenvolver uma
consciência segura, queserve como uma bússola,
me guiando para tomar as decisões corretas nos
momentos em que o Gatilho da Memória acionava
as lembranças do que havia passado.
Sem a construção do seu EU IDEAL, é muito difícil
controlar as lembranças do passado, pois o Gatilho
da Memória irá ler constantemente o que aconteceu
em sua mente, mesmo que você se esforce para que
isso não aconteça. Através do METODO FP3,
consegui o equilíbrio, controlando minhas emoções,
para que as lembranças não mais interferissem
negativamente minha vida.
Quando consegui controlar minhas emoções,
tomando a decisão de “deixar para trás” o que
aconteceu comigo, consegui retornar a fazer o que
fazia antes de passar pelo trauma, ou seja, tomei o
rumo da minha vida novamente.
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3 - JANELAS DA MEMÓRIA
MÉTODO FP3 = “AVANÇO PARA AS 
COISAS QUE ESTÃO ADIANTE”
A janela da memória é, como o próprio nome diz,
uma janela onde está registrado um determinado
momento de sua vida. Voltando ao exemplo da
biblioteca, a janela é um livro que está em uma caixa
com vários livros e, quando ela se abre, você tem
acesso à ela.
Em nosso inconsciente há centenas ou milhares de
informações e experiências em diversas janelas.
Como livros em várias caixas guardadas em milhões
de prateleiras.
Consegue imaginar o tamanho dessa biblioteca?
Há janelas que carregam o medo, a tensão, a
angústia, o pânico, a raiva, a inveja... Outras janelas
trazem a tranquilidade a serenidade, o prazer e a
afetividade.
Estas janelas que nos trazem sentimentos negativos,
como medo, pânico, entre outros, são chamadas de
Janelas Killer (“Janelas Assassinas”), também
conhecidas como Janelas Traumáticas.
Essas são as janelas que carregam os sentimentos de
um trauma. Sentimentos que, no meu caso, me
25
paralisaram. Que me fizeram sofrer como nunca
antes em minha vida. Que me fizeram viver, durante
um tempo, em um mundo totalmente desconhecido
e, como já mencionei anteriormente, um mundo
onde apenas tinha ouvido falar.
COMO SAIR DESTA JANELA?
A partir do momento em que entendi o significado
das janelas, em especial da Janela Killer e como
funciona o nosso cérebro através do Registro
Automático da Memória (RAM), comecei a colocar
em prática o Terceiro Comportamento do Método
FP3: “AVANÇO PARA AS COISAS QUE ESTÃO
ADIANTE”. Para que meu cérebro, através da
memória RAM, pudesse registrar novas janelas, que
seriam as janelas saudáveis, as quais poderiam me
levar a um novo mundo, um mundo onde iria viver
apenas nas janelas coerentes ao meu propósito de
vida e não mais viver sofrendo os sintomas das
Janelas Traumáticas.
Avançar para as coisas que estão adiante é pensar
em uma nova visão de futuro. O que de fato você
deseja alcançar em sua vida a curto, médio e longo
prazo. Assim, comecei novamente a projetar o meu
futuro. Através da metodologia FP3, percebi que
poderia voltar a sonhar com a minha vida e a
entender que poderia sair de um mundo cheio de
dor e incertezas, para um mundo de possibilidades,
um mundo que pudesse me fazer ser o que sempre
fui antes de passar pelo trauma.
Através do entendimento sobre como funciona o
cérebro, percebi que pouco adiantava tentar
esquecer o passado, se não me comprometesse com
o meu futuro.
26
Pensar nas coisas que estão adiante, como disse o
Apostolo Paulo, que faz com que o nosso cérebro, a
memória RAM, escreva novos livros e guarde estes
novos livros em nossa biblioteca. Para o nosso
cérebro não importa o que é ficção ou realidade, ele
registra tudo que você pensa de você mesmo. De
fato, pensar nas coisas que estão adiante, é ter a
possibilidade de escrever uma nova história. E era
justamente isso que estava precisando.
Através do passo a passo da metodologia FP3,
comecei novamente a escrever uma nova história e,
naquele momento, foi algo simplesmente fantástico.
Minha esposa começou a sorrir, meus filhos
começaram a me ver de forma diferente, com mais
alegria, energia, como eles sempre me viam antes do
trauma.
Neste momento comecei a respirar um ar mais
saudável, mais puro e a perceber que estava vivo!
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4 - FENÔMENO DA ÂNCORA DA 
MEMÓRIA
MÉTODO FP3 = “PROSSIGO PARA O 
ALVO”
Quando uma Janela Killer é aberta, a âncora se fixa
sobre essa janela, gerando um volume de tensão tão
grande, que permite visualizar somente aquele
momento ruim, bloqueando o acesso a outras
milhares de janelas que você possui, fazendo com
que você seja um prisioneiro dentro de si mesmo,
paralisado e incapaz de dar respostas racionais e
lógicas.
A Âncora da Memória é responsável por ancorar
(como se fosse uma âncora de navio) o processo de
leitura numa determinada região da memória.
Todos os dias, um livro que foi registrado pela
memória RAM sobre o trauma, era aberto em minha
mente, as Janelas Killer eram acionadas e a Âncora
da Memória era colocada em cima destas Janelas,
tornando quase impossível fechar o livro das
lembranças do trauma. Por quê? Porque através da
Âncora da Memória que se instalou, o meu foco
ficava apenas nesta parte de minha memória, me
fazendo reviver todos os sentimentos que o trauma
me provocou. Era neste momento que o medo, o
pânico e as fortes crises emocionais surgiam.
Quando entendi como funcionavam as Âncoras da
Memória, percebi que o próximo passo do MÉTODO
FP3, que iria dar a respostas e o remédio que estava
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precisando para sair daquela situação. Percebi que
“PROSSEGUIR PARA O ALVO”, era sobre as âncoras
fixadas na mente, no intuito de permanecer nas
Janelas Saudáveis.
Paulo estava falando que PROSSEGUIR PARA O ALVO
era estabelecer metas. As metas, dentro do MÉTODO
FP3, se tornam Âncoras, que têm como objetivo lhe
posicionar neste novo tempo que você está vivendo.
As metas fazem com que você fique preso em suas
janelas saudáveis, e não saia de lá.
Sempre tive o entendimento de que deveríamos ter
metas na vida, todavia, não sabia que as metas
tinham este poder de me ajudar a vencer um
trauma, de me fixar em janelas saudáveis e não dar
oportunidade de pensar nas janelas traumáticas.
Dentro do MÉTODO FP3, entendi o “PODER DAS
METAS”, e comecei a estabelecer metas para todas
as áreas de minha vida. Eu sabia que não se tratava
mais de uma ferramenta só para resultados, mas
também, uma ferramenta poderosa que me
posicionava na retomada à minha nova vida.
UMA OBSERVAÇÃO: As metas, para quem não possui
uma metodologia específica, moldada para este
momento pós-trauma, podem ser altamente
prejudiciais, pois forçarão uma pessoa que não está
pronta, retornar para sua vida, comprometendo
ainda mais o seu sofrimento.
O MÉTODO FP3, me ajudou a estabelecer metas de
acordo com o meu dia. Nos dias que eu estava com
sintomas de ansiedade ou crises emocionais,
realizava pequenas tarefas. Mas nos dias em que
estava bem, realizava uma quantidade maior de
tarefas de acordo com as minhas metas.
Sendo assim, dia após dia, avançava para as coisas
que estavam adiante, deixando cada vez mais o
trauma para trás.
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5 - FENÔMENO DO AUTOFLUXO
MÉTODO FP3 = AFIM DE GANHAR O 
PRÊMIO CELESTIAL DE DEUS EM 
CRISTO JESUS
Segundo o Dr. Augusto Cury, o Autofluxo é nosso
veículo interno, que nos leva para todos os lugares de
nossa memória. É a escada da biblioteca que corre
por todas as prateleiras, permitindo acesso a todos os
livros, todas as caixas de livros de todos os tempos,
sonhos e também pensamentos.
Através do Autofluxo, temos a possibilidade de viajar
pelos nossos pensamentos, fantasias, penetrar em
nosso passado e especular sobre o futuro.
Agora, quando uma Janela Killer se abre e a âncora
se fixa sobre ela, o Autofluxo fica lendo e relendo
somente aquele momento. Ou seja, quando a caixa
de livros de terror é aberta e você acessa um livro, a
âncora pesa sobre ele, e não conseguimos removê-lo
nem fechá-lo e nossa escada da biblioteca fica
presa também.
Corremos para lá e para cá num mesmo lugar,
exatamente onde nosso foco está fixado, em cima
daquele livro ruim. Ou seja, o Autofluxo fica travado,
lendo e relendo o trauma. E o Eu (nosso consciente),
onde fica neste processo?
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O Eu, antes de entender como o cérebro funciona esem o MÉTODO FP3, fica escravo e refém das
emoções.
Tudo mudou, quando entendi as etapas que me
faziam sofrer por causa do trauma, percebi que o
quinto comportamento narrado pelo apóstolo Paulo
em Filipenses 3.13, era uma forma de antecipar os
resultados que ele tinha traçado como propósito de
vida. Ir para o céu, era a recompensa que o apostolo
Paulo teria por ter vivido uma vida com propósito e
esta sensação maravilhosa, fazia com que o
Autofluxo permanecesse lendo e relendo o seu
propósito de vida, ou seja, permanecendo nas
janelas saudáveis e não dando mais lugar para as
janelas traumáticas.
Entendo que o objetivo de todas as pessoas é a
felicidade, todavia, nem todas as pessoas sabem o
que realmente desejam alcançar em suas vidas. A
felicidade é relativa, mas uma coisa é certa, ela é
uma recompensa de uma vida com propósito.
Acredito que, quando o apóstolo Paulo passava por
algum “sofrimento”, ele se imaginava no céu e
conseguia sentir os prazeres que somente alguém
que vive com propósito poderá sentir.
Em meus momentos de conflitos e transtornos
emocionais, pensava nas recompensas que teria se
conseguisse vencer o trauma e a tomar o rumo da
minha vida novamente.
Pensava e sentia os prazeres que somente iria sentir
se conseguisse cumprir as minhas metas. Sendo assim,
meus esforços, minha entrega de cada dia, as dores
que somente quem passou pelo que passei pode
descrever, ficavam mais leves e, gradativamente, iria
tomar o rumo da minha vida novamente, só que
então, sendo muito mais produtivo e muito mais
maduro para enfrentar as adversidades da vida.
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No MÉTODO FP3, aprendi que deixar um legado,
como o apostolo Paulo deixou, só seria possível se
conseguisse quebrar paradigmas e não aceitar a
vida que o trauma poderia me proporcionar.
Comecei a sentir as recompensas da minha vitória e
como seria lembrado pelas pessoas que
conheceriam a minha história de superação, estes
bons sentimentos me faziam ter emoções saudáveis,
fazendo com que o Autofluxo ficasse lendo e relendo
as novas janelas que foram abertas.
Sempre desejei alcançar o nível de maturidade e
equilíbrio que o apóstolo Paulo conseguiu alcançar.
Sei que é praticamente “impossível” realizar as
conquistas que ele conseguiu realizar em favor do
reino de Deus. Todavia, se conseguir, no final de
minha vida, declarar o que ele declarou quando
estava preso em Roma, momentos antes de sua
morte, já estarei satisfeito.
“Combati o bom combate, terminei a minha carreira,
guardei a minha fé”. (2 Tm 4, 7)
Combater o bom combate é viver uma vida
coerente ao seu propósito, é lutar as lutas certas, não
perder tempo com uma luta que não tem nada a ver
com a sua missão de vida.
Terminar a carreira significa andar pelo caminho
certo, pelo seu propósito e não por algo que você
não se identificou em sua vida. Guardar a fé é
simplesmente andar uma vida inteira sem se perder
em seus valores e princípios. É andar de acordo com
o que você acredita!
Sendo assim, meus princípios e valores me faziam
acreditar que EU sou mais do que o trauma que
passei.
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E você? O que os seus princípios e valores te levam a
acreditar sobre você?
Qual a decisão que você irá tomar a partir de
agora? Irá se render a este momento de dor e
sofrimento, ou irá decidir sair desta situação e tomar
o ruma da sua vida novamente?
Lembre-se: O primeiro passo é dizer para você
mesmo: “Mais uma coisa eu faço...”. Ter atitude de
sair desta situação e procurar uma forma para tomar
o rumo da sua vida novamente. Pode não ter sido
culpa sua estar vivendo esta situação, todavia, ao
longo dos anos, poderá se sentir culpado por não
tomar uma decisão de vencer este momento difícil
em sua vida.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Resolvi escrever este pequeno e-book no intuito de
ajudar milhares de pessoas que, neste momento,
estão passando por problemas emocionais. Escolhi o
tema: “QUANDO UM TRAUMA NÃO TE MATA”, pois sei
que todas as pessoas que estão passando por este
problema, se não “morrerem” para suas vidas,
conseguirão produzir um remédio de superação,
capaz de permanecer por gerações e gerações e
ajudar outras pessoas a superar momentos
traumáticos também.
Espero que a minha pequena história de superação
possa ter fortalecido a sua fé na possibilidade de
mudar qualquer ambiente externo, a partir do
momento em que você decide mudar o seu
ambiente interno.
Tudo que você precisa para vencer um trauma, ou
qualquer ferida emocional do passado, está dentro
de você! A única coisa necessária é saber como
reconstruir o seu EU IDEAL.
Agradeço à Deus, por ter me dado força para
superar os momentos de crises, de aflições, de delírio
e não ter prejudicado as pessoas que estavam à
minha volta. Deus, que me ajudou a encontrar forças
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dentro de mim, através do exemplo do homem que
sempre foi minha maior inspiração bíblica, APÓSTOLO
PAULO.
Agradeço à minha esposa, que se tornou a minha
psicóloga nos momentos que precisava colocar para
fora o que estava sentindo. Sempre achei minha
esposa uma grande psicóloga, pois ela já havia
ajudado dezenas e dezenas de mulheres a superar
traumas e conflitos emocionais. Todavia, quando
passei por esta situação, pude consolidar ainda mais
a minha admiração e glorificar a sabedoria que Deus
concedeu à ela.
Quero terminar este pequeno e-book, citando uma
passagem bíblica, que tranquilizava meu coração
em momentos de aflição e desespero. Sempre
quando pensava em desistir, citava esta passagem
bíblica, cujo autor, JEREMIAS, declarou, em um
momento de dor e de desespero:
“Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da
minha amargura e do meu pesar. Lembro-me bem
disso tudo e a minha alma desfalece dentro de mim.
Todavia, lembro-me também do que pode me dar
esperança...” (Lamentações 3.19 – Bíblia Sagrada)
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