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CADERNO DE GEOGRAFIA_1º ANO_VF

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO 
COLÉGIO ESTADUAL E. M. FREI CONSTÂNCIO INEP 15016722 COODENAÇÃO PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE GEOGRAFIA 2020 
 1º ANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almeirim-PA 
Agosto-2020 
 
 
 
Ranildo de Jesus Almeida Sarraff 
Ridegard Tenório do Amaral 
Vilma Miranda Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE GEOGRAFIA 2020 
 1º ANO 
 
 
“O grande desafio dos professores é compreender o que cada aluno sabe e é capaz de fazer sozinho, o que está em processo de aquisição e o que ele ainda não sabe. Tendo clareza desse contexto, poderá utilizar o material didático com maior dinamismo e segurança. A partir disso, será possível fazer o planejamento das aulas com diferentes desafios e trajetos de aprendizagem, contemplando a realidade heterogênea comum em qualquer sala de aula.” (autor desconhecido) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almeirim-PA 
Agosto-2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE CARTOGRAFIA ......................................... 5 
Cartografia e tecnologia .................................................................................. 5 
Projeções Cartográficas .................................................................................. 8 
Coordenadas Geográficas .............................................................................. 9 
Atividade ....................................................................................................... 10 
LITOSFERA: EVOLUÇÃO GEOLOGICA DA TERRA .................................... 15 
A Origem da Terra ........................................................................................ 15 
Placas tectônicas .......................................................................................... 16 
Principais placas tectônicas .......................................................................... 16 
Tipos de placas ............................................................................................. 16 
Por que as placas tectônicas movimentam-se? ............................................ 16 
Atividade ....................................................................................................... 18 
Diferença entre tempo e clima ...................................................................... 22 
Fatores e elementos climáticos ..................................................................... 22 
ATIVIDADE ................................................................................................... 24 
Hidrosfera ..................................................................................................... 27 
Poluição hídrica .............................................................................................. 28 
Geopolítica da água ....................................................................................... 29 
O crescimento populacional no mundo ....................................................... 33 
Teorias demográficas - Malthusianos, neomalthusianos e reformistas. ........ 33 
Teoria Reformista ...................................................................................... 35 
Atividade ....................................................................................................... 38 
Migrações........................................................................................................ 42 
Atividade ....................................................................................................... 43 
Urbanização .................................................................................................... 46 
O que é Cidade: ............................................................................................ 46 
Hierarquia Urbana ......................................................................................... 46 Rede Urbana ................................................................................................. 47 crescimento urbano ....................................................................................... 47 Processo de urbanização .............................................................................. 47 
Problemas Urbanos ...................................................................................... 48 
Atividade ....................................................................................................... 49 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE CARTOGRAFIA 
 
Cartografia e tecnologia 
Mediante a compreensão dos principais conceitos básicos da cartografia, podemos ter um entendimento mais facilitado do processo de leitura e produção de mapas. A cartografia é uma ciência repleta de conceitos técnicos e noções basilares que permitem o seu entendimento. 
A cartografia, como sabemos, é a área do conhecimento responsável pela elaboração e estudo dos mapas e representações cartográficas em geral, incluindo plantas, croquis e cartas gráficas. Essa área do conhecimento é de extrema utilidade não só para os estudos em Geografia, mas também em outros campos, como a Historia e a Sociologia, pois, afinal, os mapas são formas de linguagem para expressar uma dada realidade. 
Existem, dessa forma, alguns conceitos básicos de Cartografia que nos permitem entender os elementos dessa área de estudos com uma maior facilidade. Saber, por exemplo, noções como as de escala, legenda e projeções auxiliam-nos a identificar com mais facilidade as informações de um mapa e as formas utilizadas para elaborá-lo. Confira, a seguir, um resumo dos principais conceitos da Cartografia: 
Mapa – um mapa é uma representação reduzida de uma dada área do espaço geográfico. Um mapa temático, por sua vez, é uma representação de um espaço realizada a partir de uma determinada perspectiva ou tema, que pode variar entre indicadores sociais, naturais e outros. 
 
Plantas – representação cartográfica realizada a partir de uma escala muito grande, ou seja, com uma área muito pequena e um nível de detalhamento maior. É muito utilizada para representar casas e moradias em geral, além de bairros, parques e empreendimentos. 
 
Croqui – é um esboço cartográfico de uma determinada área ou, em outras palavras, um mapa produzido sem escala e sem os procedimentos padrões na sua elaboração, servindo apenas para a obtenção de informações gerais de uma área. 
 
Escala – é a proporção entre a área real e a sua representação em um mapa. Geralmente, aparece designada nos próprios mapas na forma numérica e/ou na forma gráfica. 
Exemplo prático: 
Quando se tem a intenção de construir um mapa de um espaço, de maneira que represente fielmente as medidas reais do mesmo, pode-se seguir o princípio do exemplo 	abaixo: 
 
Se uma sala de aula possui 5 metros de largura por 5 metros de comprimento, a mesma pode ser representada da seguinte forma: se estabelece que cada centímetro no papel equivale a 1 metro ou 100 centímetros no real. Desse modo, a escala produzida é 1:100 (1cm: 100cm) ou 1/100 (1cm/100cm). 
Escala gráfica: é representada por uma linha estabelecida no sentido horizontal que contém divisões precisas entre seus pontos. Na mesma se expõe as distâncias que existem na superfície real. 
 
A escala representa que cada centímetro no papel corresponde a 3 km na superfície real. Escala numérica: exposta no mapa em forma fracionária, sendo que o numerador representa a medida no mapa e o denominador a medida da superfície real. 
 
O mapa de Portugal traz consigo uma escala numérica. 
Legenda – é a utilização de símbolos em mapas para definir algumas representações e está sempre presente em mapas temáticos. Alguns símbolos cartográficos e suas legendas são padronizados para todos os mapas, como o azul para designar a água e o verde para indicar uma área de vegetação, entre outros. 
 
Os símbolos dos mapas 
Publicado 	por: 	Rodolfo 	F. 	Alves 
Pena em Cartografia 
 
Os símbolos dos
mapas são fundamentais para a compreensão do espaço representado 
Sabemos que os mapas são importantes formas de comunicação. Sendo assim, eles possuem a sua própria linguagem, usada para transmitir informações de forma simples, prática e direta. Essas linguagens são os símbolos dos mapas, e seus significados estão disponíveis nas legendas. 
Diferentemente de fotografias aéreas e imagens de satélite, os mapas são representações seletivas do espaço, pois neles são escolhidas apenas aquelas informações necessárias para o entendimento de determinados aspectos de uma área. Por exemplo, se eu quero estudar a espacialidade dos focos de dengue em São Paulo, eu posso utilizar um mapa de São Paulo que contenha símbolos que me indiquem apenas onde houveram casos de dengue registrados na cidade. A escolha dos símbolos cartográficos não é aleatória. Ela obedece a uma lógica previamente sistematizada. Existem três tipos principais: pontual, linear e zonal. 
 
Os três tipos de símbolos cartográficos Pontual: Os símbolos cartográficos pontuais são utilizados para representar localidades ou elementos cujas áreas totais são muito pequenas ou até insignificantes perante o tamanho total da área representada. Exemplos: aeroporto em uma cidade; cidade em um país; pontos de ônibus em um bairro. 
Linear: Os símbolos lineares são utilizados para representar objetos ou elementos de largura muito pequena, mas grandes em extensão. Exemplos: rodovias, rios e ferrovias. 
Zonal: Os símbolos zonais são utilizados para representar objetos ou áreas de grande extensão com relação à área representada. Exemplos: reservas florestais, tipos de relevo, campos de cultivo, entre outros. 
Além disso, esses três tipos de símbolos podem variar conforme a suas cores, os seus tamanhos ou a direção para onde apontam. De modo que, para alguns elementos, já existem algumas cores previamente definidas, como o azul para a água e o verde para florestas e coberturas vegetais. 
De modo geral, os símbolos de um mapa precisam estar de acordo com o que é representado – não podemos, por exemplo, utilizar a figura de um avião para representar uma estação de trem. Também deve estar de acordo com o título e tema nele tratados. Ter conhecimento sobre esses critérios é muito importante para facilitar a leitura de mapas de todos os tipos. 
 
Orientação – é a determinação de ao menos um dos pontos cardeais, importante para representar a direção da área de um mapa. Alguns instrumentos utilizados na determinação da orientação cartográfica são a Rosa dos Ventos, a Bússola e o aparelho de GPS. Os pontos cardeais – e seus respectivos símbolos – são: Norte: N 
Sul: S 
Leste: L ou E (em função dessa expressão em inglês, “east”). 
Oeste: O ou W (também em função de sua correspondência na língua inglesa, “west”). 
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5 
 
 
Projeções Cartográficas – são o sistema de representação da Terra, que é geoide e quase arredondada, em um plano, de forma que sempre haverá distorções. No sistema de projeções cartográficas, utiliza-se a melhor estratégia para definir quais serão as alterações entre o real e a representação cartográfica com base no tipo de mapa a ser produzido. 	 
As representações da superfície terrestre em mapas apresentam algumas distorções. As diferentes projeções cartográficas foram 
desenvolvidas com o intuito de minimizar as 	círculos distorções ocorridas durante a produção de um mapa e, principalmente, fazer com que essas distorções sejam conhecidas. Mas nenhuma delas é capaz de evitar a totalidade 	das 	deformações. 
Projeção Cônica
:
 O plano da projeção é um 
cone envolvendo a esfera terrestre. Os 
paralelos são círculos concêntricos e os 
meridianos retos convergem para o polo. 
 
Projeção Cônica
 
 
Projeção Plana ou Azimutal
 O plano da 
:
projeção é um plano tangente à esfera 
paralelos 
são 
terrestre. 
Os 
concêntricos e os meridianos retos irradiam
-
se do polo. 
 
 
Projeção Plana ou Azimutal
 
 
 
Existem também as projeções:
 
 
Projeção de Mercator: Conserva os ângulos 
verdadeiros. Muito utilizada para navegação 
marítima e aeronáutica.
 
As principais projeções cartográficas são: 
Projeção Cilíndrica: O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Após realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornandose um plano sobre o qual será desenhado o mapa. 
Projeção Cilíndrica 
Projeção de Peters: Projeção cilíndrica equivalente. Conserva a proporcionalidade das 	áreas. 
Projeção de Hölzel: Apresenta contorno em elipse proporcionando uma ideia aproximada da forma esférica da Terra com achatamento dos polos. 
Projeção Azimutal Equidistante Polar: O polo norte é o centro do mapa e a partir dele as distâncias estão em escala verdadeira, bem com os ângulos azimutais. 
Hipsometria – também chamada de altimetria, é o sistema de medição e representação das altitudes de um determinado ambiente e suas formas de relevo. Portanto, um mapa hipsométrico ou altimétrico é um mapa que define por meio de cores e tons as diferenças de altitude em uma determinada região. 
 
 
Coordenadas Geográficas – é a combinação do sistema de paralelos e meridianos com base nas longitudes e as latitudes para endereçar todo e qualquer ponto da superfície terrestre. 
 	 
Latitude – é a distância, medida em graus, entre qualquer ponto da superfície terrestre e a Linha do Equador, que é um traçado imaginário que se encontra a uma igual distância entre o extremo norte e o extremo sul da Terra. 
Longitude – é a distância, medida em graus, entre qualquer ponto da superfície terrestre e o Meridiano de Greenwich, outra linha imaginária que é empregada para definir a separação dos hemisférios leste e oeste. 
Paralelos – são as linhas imaginárias traçadas horizontalmente sobre o planeta ou perpendiculares 	ao 	eixo 	de 	rotação terrestre. Os principais paralelos são a Linha do Equador, os Trópicos de Câncer e Capricórnio e os Círculos Polares Ártico e Antártico. Todo paralelo da Terra possui um valor específico de latitude, que pode variar de 0º a 90º para o sul ou para o norte. Meridianos – são as linhas imaginárias traçadas verticalmente sobre o planeta ou paralelas ao eixo de rotação terrestre. O principal meridiano é o de Greenwich, estabelecido a partir de uma convenção internacional. Todo meridiano da Terra possui um valor específico de longitude, que pode variar entre 0º e 180º para o leste ou para o oeste. 
Curvas de Nível – é uma linha ou curva imaginária que indica os pontos e áreas localizados sob uma mesma altitude e que possui a sua designação altimétrica feita por números representados em metros. 
 
Aerofotogrametria – é o registro de imagens a partir de fotografias áreas, sendo muito utilizado para a produção de mapas. 
 	 
SIG – 	sigla 	para 	“Sistemas 	de 
Informações Geográficas”, é o conjunto de métodos e sistemas que permitem a análise, coleta, armazenamento e manipulação de informações sobre uma dada área do espaço geográfico. Utiliza, muitas vezes, técnicas e procedimentos tecnológicos, incluindo softwares, imagens de satélite e aparelhos eletrônicos em geral. 
 
 
 
Atividade 
I) 	Marque com um (X) a alternativa correta. 
 
1) 	Veja: 
 
 
No esquema acima, podemos perceber que cada intervalo entre um número e outro representa uma distância específica, que é devidamente apontada pela escala. Esse tipo de escala possui o mérito de aumentar e reduzir juntamente ao mapa. Assim, se eu transferir um mapa que estava em um papel menor para um pôster grande, a escala continuará correta, o que não aconteceria com a escala numérica, que, nesse caso, teria de ser recalculada Assim, é correto afirmar que: 
a) Cada unidade da escala, ou seja, 1 cm representa 50 km no espaço real. 
b) Cada unidade da escala, ou seja, 1 cm representa 150 km no espaço real. 
c) Cada unidade da escala, ou seja, 1 cm representa 100 km no espaço real. 
d) Cada unidade da escala, ou seja, 1 cm representa 200 km no espaço real. 2) Veja: 
 
 
A figura acima representa de forma gráfica a escala numérica.
Assim, é correto afirmar que: 
a) A escala está de 1: 10.000.000; 
b) A escala está de 1: 5.000.000; 
c) A escala está de 1:5.000; 
d) A escala está de 1: 15.000.000. 
 
 
3) Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma pequena tábua de argila, representando um Estado. A confecção de um mapa normalmente começa a partir da redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas que figuram a Terra por inteiro em pequena escala, o globo se apresenta como a única maneira de representação exata. A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana recebe a denominação de projeção cartográfica. Dessa forma, é correto afirmar que: 
a) A geografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. 
b) A geomorfologia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. 
c) A pedologia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. 
d) A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. 
 
4) Convenções cartográficas são uma série de símbolos aceitos internacionalmente e criados pela necessidade de reproduzir um objetivo em um mapa, como, por exemplo, elementos naturais. Sendo assim, são símbolos utilizados para representar e localizar diversos lugares, bem como construções, ouro, prata, cobre, entre outros. Por isso, um mapa geralmente pode ser compreendido independentemente do país em que foi produzido. Os símbolos (figuras, desenhos, cores, linhas ou tracejados, trajetos, contornos) dispostos no mapa têm a finalidade de reproduzir as características de um determinado lugar. Os rios, lagos, mares e oceanos, por exemplo, são representados pela cor azul; os aeroportos, com desenhos de avião; as florestas e matas, em geral, na cor verde; as rodovias, com linhas e traços. Dessa forma, é correto afirmar que: 
 
a) Os significados desses símbolos, ou seja, dessas convenções, são explicados no mapa por meio de uma relação chamada legenda. 
b) Os significados desses símbolos, ou seja, dessas convenções, são explicados no mapa por meio de uma relação chamada localização. 
c) Os significados desses símbolos, ou seja, dessas convenções, são explicados no mapa por meio de uma relação chamada escala. 
d) Os significados desses símbolos, ou seja, dessas convenções, são explicados no mapa por meio de uma relação chamada Fonte. 
 
5) Praticamente todas as características do espaço geográfico podem ser representadas em um mapa. No entanto, tais características não podem ser colocadas em uma única carta cartográfica, pois sua compreensão fica confusa e comprometida. Diante disso, os cartógrafos criaram mapas que abordam temas específicos, dando origem aos mapas temáticos. São eles: mapa político, físico, econômico e histórico. Dessa forma, é correto afirmar que: 6)
 
formas 
Existem 
diferentes 
de 
representação plana da superfície da Terra 
(
planisfério). Os planisférios de Mercator
 
e 
de Peters são atualmente os mais 
utilizados. Apesar de usarem projeções, 
respectivamente, conforme e equivalente, 
ambas utilizam como base da projeção o 
modelo.
 
 
 
 
 
7)
 
 
Analise 
o 
planisfério. 
 
 
 
Os meridianos e paralelos não se cruzam 
formando 
ângulos de 90°, o que promove 
um aumento das massas continentais em 
latitudes elevadas
. Dessa forma, é correto 
afirmar que essa projeção é baseada na 
teoria de:
 
a)
 
Bertin
.
 
b)
 
Mercator
.
 
c)
 
Mollweide
.
 
d)
 
Goode
.
 
a) Mapa Econômicos: são elaborados para informar aspectos naturais (relevo, clima, vegetação, hidrografia) de um determinado continente, subcontinente, país, estado e município. 
b) Mapa Político: esse tipo de representação tem como objetivo explicitar as divisões territoriais, ou seja, as fronteiras entre continentes, países, estados e até municípios, enfatizando que as mesmas são criações humanas. 
c) Mapas Históricos: representação cartográfica criada para informar as riquezas de um determinado lugar 
(continente, subcontinente, país, estado e município). Expressam onde estão localizadas as principais jazidas minerais, além de informar sobre as produções agropecuárias, industriais e de serviços. 
d) Mapas Físico: tipo de representação cartográfica que informa sobre aspectos que aconteceram no passado, como, por exemplo, a floresta Amazônica em 1970, a expansão de um território sobre o outro em períodos de expansionismo espacial, entre outros. 
 
 
 
 
8) Elabore um texto sobre o “mapa”. Dando destaque para os elementos do mapa, projeções cartográficas e as coordenadas geográficas. 
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2º BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LITOSFERA: EVOLUÇÃO GEOLOGICA DA TERRA 
A Origem da Terra 
Assim como os demais planetas do Sistema Solar, a Terra foi provavelmente originada através de uma força gravitacional que condensou diversos materiais preexistentes no espaço. Tais materiais foram constituídos de partículas como poeira cósmica e gás. 
Muitos elementos químicos formados entraram nesta composição, sendo que os elementos mais densos tenderam a permanecer no centro deste redemoinho gravitacional. Por outro lado, os elementos menos densos, os gases, permaneceram na superfície deste redemoinho. As temperaturas do núcleo do redemoinho permaneceram bastante elevadas e baixavam gradualmente nas regiões que se aproximavam da superfície. Ainda hoje, os resquícios destas origens podem ser observados: o núcleo da Terra é constituído de materiais
como o níquel e o ferro, em estado ígneo. Com o movimento de rotação da Terra, tais materiais estão em constante movimento, gerando um campo magnético através do fenômeno da indução magnética. 
A atmosfera, por sua vez, é formada em parte dos gases que permaneceram ao redor do redemoinho gravitacional que originou o planeta. Porém, na atmosfera original da Terra, havia grande quantidade de gases tóxicos, que foram substituídos gradualmente por grandes porções de oxigênio gerado a partir da proliferação dos primeiros seres fotossintéticos. 
Na crosta terrestre houve a solidificação de minerais através do resfriamento natural das regiões afastadas do núcleo, juntamente com a permanência de materiais mais leves. Ferro e níquel em estado sólido também são encontrados em regiões próximas da superfície. Camadas da Terra 
 
Crosta Terrestre: é a primeira das camadas da Terra, sendo também a menor e mais “fina” entre elas. Sua profundidade oscila entre 5 km (em algumas áreas oceânicas) e 70 km (em zonas continentais). 
Essa camada é subdividida em crosta superior, também chamada de camada sial, e crosta inferior, chamada de camada sima. A primeira é composta predominantemente por silício e alumínio (o que explica a sua denominação) e abriga as formas de relevo e todas as atividades humanas realizadas sobre a superfície terrestre. Já a segunda é composta por silício e magnésio e pode ser melhor visualizada em regiões oceânicas, onde a camada sial não existe ou é muito fina. Apesar de ser a camada mais fria da Terra, a crosta pode apresentar uma temperatura próxima aos 1000ºC em determinados pontos. Manto: 
O manto terrestre posiciona-se abaixo da descontinuidade de Mohorovicic, que fica abaixo da crosta. É a mais extensa das camadas da Terra e sua profundidade máxima alcança os 2.900 km, ocupando cerca de 80% do volume total do planeta. Sua composição é de silicatos de ferro e de magnésio, e as rochas encontram-se em forma de material pastoso chamado de magma, por causa do calor advindo do interior da Terra, com temperaturas médias de 2.000ºC. 
O manto superior é mais pastoso que o inferior e está em movimentação. Em virtude da força exercida por esses movimentos, seus efeitos são sentidos na crosta terrestre, causando o movimento das placas tectônicas. 
Núcleo: 
O núcleo terrestre, posicionado abaixo da descontinuidade de Gutenberg e abaixo do manto, é o mais quente das camadas da Terra e também é dividido em exterior e interior. Sua composição predominante é o NIFE (níquel e ferro). 
O núcleo externo encontra-se no estado líquido, enquanto o núcleo interno encontrase no estado sólido, por causa da extrema pressão aplicada sobre ele. As temperaturas oscilam entre 3.000 e 5.000ºC. Em razão de o núcleo interno ser uma “bola” maciça cercada por uma esfera líquida, seu movimento de rotação é mais rápido do que o da Terra, o que ajuda a explicar as origens e os efeitos do magnetismo do nosso planeta. 
 
Placas tectônicas 
Placas tectônicas são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra divide-se em quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo aproximarse ou se afastar umas das outras. 
A movimentação das placas resulta na formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis. 
 	• 
Teoria das Placas Tectônicas 
• 
Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma 
• que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado 	Pangeia. 	Essa 	teoria 	foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria das Placas Tectônicas. 
 A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado. 
Principais placas tectônicas 
 O planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas principais, podemos citar a Placa SulAmericana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas. 
Veja a seguir as características de algumas das principais placas tectônicas que formam nosso planeta: 
Tipos de placas 
Oceânicas: encontram-se 	no 	assolho oceânico. 
Continentais: situam-se 	sob 	os continentes. 
Oceânicas e continentais: situam-se sob o continente e no assoalho oceânico. 
 
Por que as placas tectônicas movimentamse? 
Os movimentos realizados pelas placas tectônicas ocorrem em virtude das altas temperaturas existentes no interior da Terra. A crosta terrestre encontra-se sobre o manto, camada da Terra composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do manto em correntes de convecção. Esse movimento convectivo transfere calor do núcleo (camada mais interna da Terra) para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas, levando à junção ou à separação dos continentes. 
 
Movimentos das placas tectônicas 
A movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes. 
Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão. 
 
Limites das placas tectônicas 
Limites das placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo. 
 
1) Limite divergente 
No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho. 
A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia. 
 
No movimento divergente, as placas tectônicas afastam-se umas das outras. 
 
2) Limite convergente 
No movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais. 
Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas. 
Quando o choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à 
Cordilheira dos Andes. 
 
No movimento convergente, as placas tectônicas aproximam-se e chocam-se umas com as outras. 
 
3) Limite transformante 
No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas. 
Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América,
resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. 
 
No movimento transformante, as placas tectônicas deslizam umas em relação as outras 
 
Atividade 
1) A Terra é como uma cebola: é dividida em várias camadas. Entre essas diferentes formas que compõem a estrutura interna do nosso planeta, qual(is) dela(s) pode(m) ser considerada(s) sólida(s). 
a) somente a crosta terrestre 
b) somente o manto 
c) somente o núcleo 
d) a crosta e o núcleo interno 
e) o manto externo e a crosta 2) A porção sólida da Terra é uma camada mais ou menos rígida, apresentando uma espessura variada. Tal camada é o (a): a) magma 
b) litosfera 
c) troposfera 
d) criosfera 
 
3) Comparando a forma de um pêssego com a da Terra, quais são as camadas do interior da terra, imaginando o caroço, a polpa e a casca do pêssego. 
a) Caroço – Litosfera; Polpa – Manto; 
Casca – Núcleo. 
b) Caroço – Núcleo; Polpa – Manto; Casca 
– Litosfera. 
c) Caroço – Manto; Polpa – Hidrosfera; 
Casca – Litosfera. 
d) Caroço – Manto; Polpa – Núcleo; Casca – Litosfera. 
 
4) Assinale a alternativa que melhor define a Deriva Continental: 
a) é a hipótese de que todos os continentes são derivados de um substrato magmático que emergiu através de fissuras ou falhas geológicas; 
b) é o sistema de classificação dos continentes, conforme as suas respectivas origens; 
c) é a teoria que afirma que todos os continentes, no passado, formavam apenas um, o Pangeia, e que posteriormente se fragmentou graças à tectônica das placas. 
d) é o postulado da economia que debate acerca da dependência financeira dos continentes do mundo em relação à Europa. 
e) É a lenda relacionada à existência de um continente perdido, denominado Atlantis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Considerando que a crosta terrestre está assentada sobre gigantescas placas sólidas e que elas se movimentam sobre o manto de modo lento e em direções distintas, podemos classificar seus movimentos em: a) Aparente, divergente e convergente. 
b) Uniforme, transformante e aparente. 
c) Divergente, convergente e transformante. 
d) Convergente, divergente e uniforme. 
 
 
6) Faça um texto sobre “A Origem da Terra”. Dando destaque para a estrutura da Terra e à Deriva Continental. 
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3º BIMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferença entre tempo e clima 
É comum ver o uso dos termos “tempo” e “clima” para designar um mesmo estado atmosférico. Tempo e clima são elementos que se complementam na descrição do ambiente atmosférico. Esses conceitos, porém, referem-se a condições diferentes do ambiente, e usá-los como sinônimos é um equívoco. 
 
Diferença entre tempo e clima 
 
Tempo é o estado momentâneo das condições atmosféricas ou meteorológicas de um dado lugar, em um determinado momento e está sujeito a variações. 
Quando alguém pergunta: “Como está o tempo hoje?”, pretende saber se está frio ou quente, seco ou úmido, chuvoso ou ensolarado. O tempo é, portanto, a condição atual da atmosfera, que pode mudar de um instante ao outro. 
As variações de temperatura, umidade relativa do ar, pluviosidade são responsáveis pelo dinamismo das condições meteorológicas, portanto, do tempo. Essas variações podem ou não ser acentuadas, de acordo com a época do ano. Há meses em que as chuvas são mais constantes, outros em que não há chuvas. Há meses em que as temperaturas estão mais elevadas, e outros em que elas caem. Fatores e elementos climáticos 
O clima é o conjunto de variações na atmosfera em um determinado local ou região. Trata-se de uma dinâmica que dura um 	período 	superior 	a 	30 	anos, diferentemente do tempo, que são as oscilações momentâneas nessa mesma atmosfera. Por exemplo, quando dizemos que uma região possui duas estações bem definidas ao longo do ano, estamos falando do clima, mas ao falarmos que hoje choveu e amanhã vai fazer sol, estamos nos referindo ao tempo. 
Nesse 	sentido, 	o 	clima 	pode 	ser compreendido 	a 	partir 	de seus fatores e elementos, 	termos 	que, aparentemente semelhantes, referem-se a questões totalmente diferentes. 
Os elementos climáticos são as grandezas atmosféricas que podem ser medidas ou instantaneamente mensuradas. São os elementos atmosféricos que variam no tempo e no espaço e que se configuram como o atributo básico para se definir o clima da região. Os principais elementos climáticos são: radiação, temperatura, pressão e umidade. 
Os fatores climáticos são as condições que determinam ou interferem nos elementos climáticos e os climas deles resultantes. São eles que ajudam a explicar o porquê de uma região ser quente e úmida e outra ser fria e seca, por exemplo. Os principais fatores climáticos 	são: 	latitude, 	altitude, maritimidade e continentalidade, massas de ar, vegetação, correntes marítimas e até o relevo. 
 
Elementos climáticos 
a) radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode ser definida como todo o calor recebido pela atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também recebe a influência dos seres vivos e dos elementos naturais e artificiais que refletem o calor já existente. A radiação solar manifesta-se em diferentes tons de intensidade ao longo do planeta, o que contribui para a formação das chamadas zonas térmicas ou climáticas da Terra. 
b) temperatura: é a mensuração do calor na atmosfera, podendo ser medida em graus celsius (ºC) ou em outras unidades de medida, como fahrenheit (ºF) e o kelvin (K). 
c) pressão atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície, pois, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o ar possui massa e, consequentemente, peso. A pressão atmosférica costuma ser medida em milibares (mb). 
d) umidade: é a quantidade de água
em sua forma gasosa presente na atmosfera. 
Temos, assim, a umidade absoluta (quantidade total de água na atmosfera) e a umidade relativa do ar (quantidade de água na atmosfera em relação ao total necessário para haver chuva). 
 
Fatores Climáticos 
a) latitude: está intrinsecamente ligada às diferenças da radiação solar sobre a Terra. Assim, quanto mais próximo à Linha do Equador (baixas latitudes), mais as temperaturas tendem a aumentar. Por outro lado, à medida que nos direcionamos rumo às zonas polares (altas latitudes), menores tendem a ser as temperaturas. 
b) altitude: em regiões mais altas, a pressão atmosfera costuma ser menor, além do fato de a irradiação também ser mais diminuta. Assim a temperatura costuma ser inferior, o que nos faz concluir que quanto maior a altitude, menores as temperaturas e, quanto mais próximo ao nível do mar, maiores as temperaturas. 
 
c) maritimidade ou continentalidade: são termos que designam, respectivamente, a proximidade de um local do mar ou a sua posição em uma região mais continental, o que interfere diretamente sobre o clima. Isso ocorre porque o solo costuma se aquecer ou se resfriar mais rapidamente do que a água, o que acarreta uma maior amplitude térmica (diferença entre a maior e menor temperatura) ao longo do ano em regiões continentais e o inverso em regiões litorâneas. 
d) massas de ar: em função das diferenças de pressão atmosférica, temos a movimentação do ar. Quando esse movimento ocorre em blocos de ar com a mesma temperatura e umidade, formam-se as massas de ar, que transferem suas características para o clima dos locais por onde passam. Massas de ar frio e úmido, por exemplo, são responsáveis por diminuírem as temperaturas e aumentarem a umidade. O encontro entre duas massas diferentes forma as frentes de ar. 
e) vegetação: interfere no clima de várias formas diferentes. As principais delas são a contenção ou absorção dos raios solares, minimizando os seus efeitos, e a elevação da umidade por meio da evapotranspiração, o que ajuda a diminuir as temperaturas e elevar os índices de chuva. 
f) relevo: também influencia o clima quando as regiões mais altas impedem a passagem de massas de ar, fazendo com que algumas regiões se tornem mais secas ou até desérticas. 
g) correntes marítimas: apresentam condições específicas de temperatura, influenciando diretamente o clima. Em regiões em que o mar é mais quente, por exemplo, a evaporação aumenta e eleva a umidade, que se dispersa para outras regiões. Quando as correntes são mais frias, a umidade local diminui e a pressão atmosférica e a umidade passam a ser menores, o que faz com que essa região acabe “sugando” as massas de ar de outras localidades, que passam a sofrer alterações em seus climas. 
Além de todos esses fatores, que são os de ordem natural, também é preciso lembrar que o homem acaba se tornando um dos agentes mais intensos de transformação do clima. Ele pode ser responsável tanto por fenômenos climáticos mais localizados (ilhas de calor, inversão térmica e outros) quanto por processos mais amplos e diversificados. 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 
 
1) Sobre a relação entre tempo e clima, é correto dizer que: 
a) O clima é a sucessão de eventos relacionados com o tempo meteorológico. 
b) O tempo é uma consequência única e direta das condições climáticas. 
c) As variações do tempo determinam o clima de uma região. 
d) A diferença entre tempo e clima está na área espacial de abrangência dos fenômenos. 
e) O conceito de “tempo” não existe para a climatologia, que utiliza apenas o termo 
“clima”. 
2) A grande variação climática no planeta é resultante da interação dos fatores climáticos, que são os responsáveis pela grande heterogeneidade climática da Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de cada porção da superfície terrestre. Em qual das alternativas a seguir há APENAS fatores climáticos, isto é, aqueles que contribuem para determinar as condições climáticas de uma região do globo? 
a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade relativa do ar e grau geotérmico. 
b) Temperatura do ar, pressão, altitude, hidrografia e massas de ar. 
c) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo. 
d) Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude. 
e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e grau geotérmico. 
 
3) Assinale a alternativa correta sobre clima e tempo atmosférico: 
a) Nos últimos tempos diminuiu o interesse das pessoas por informações relativas ao tempo atmosférico e ao clima. 
b) Tempo e clima são a mesma coisa. 
c) A pressão atmosférica varia de acordo com a temperatura do ar, desta forma quanto maior a temperatura do ar, maior será a pressão. 
d) A previsão do tempo ajuda no planejamento de atividade, evitando possíveis transtornos e prejuízos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) O tempo atmosférico pode até mudar, mas não durante um único dia. 
 
4) Assinale a alternativa correta. 
a) O clima pode mudar várias vezes ao dia. 
b) A previsão do tempo é feita pelos meteorologistas, que não precisam usar os dados dos equipamentos meteorológicos para prever o tempo. 
c) Para que possamos definir o clima de uma região faz-se necessária a observação constante das características das condições atmosféricas dessa região, num longo espaço de tempo, cerca de 30 anos. 
d) O tempo atmosférico é estável, ou seja, nunca muda. 
e) O tempo atmosférico corresponde às condições permanentes da atmosfera. 
 
5) A atmosfera terrestre é formada por diversos gases importantes para a vida. É na atmosfera que se desenvolve o clima e o tempo. Sobre o tempo é correto afirmar que: a) É o estado momentâneo da atmosfera. 
b) À medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui. 
c) Quando nos afastamos da costa, encontramos amplitudes térmicas menores. 
d) As massas de ar influenciam apenas os climas frios, pois, nos climas quentes, elas não conseguem penetrar. 
e) Quanto menor a latitude, menor é a temperatura em função da baixa umidade. 
6) Discorra um texto sobre os fatores e os elementos climáticos. 
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Hidrosfera 
A hidrosfera é a camada de água da superfície terrestre que inclui desde rios, lagos e oceanos até lençóis de água subterrânea, geleiras e o vapor de água da atmosfera. É uma camada descontínua que engloba a água em todos os seus estados físicos (líquido, sólido e vapor). extremamente salgadas, são impróprias para consumo. Em alguns locais, pratica-se a dessalinização da água, mas esse processo é caro e pouco eficiente, sendo ainda pouco praticado. 
	 em águas subterrâneas (18%), rios e lagos 
Os ambientes aquáticos e todos os organismos vivos que habitam as águas (7%) e umidade do ar (4%). 
também fazem parte da hidrosfera, o que 	Observe os gráficos abaixo: 
significa 	dizer 	que 	a biosfera está relacionada com esta camada. 
Hidrografia é a parte da Geografia que estuda as águas do planeta. A hidrografia do Brasil é muita extensa e diversificada, sendo uma das mais ricas do mundo. 
 
A distribuição da água no mundo 
Muitas pessoas, sabendo da maior parte da composição do nosso planeta, afirmam categoricamente que ele não deveria se chamar “Terra”, e sim “Água”, uma vez que cerca de 70% de sua superfície é composta 
 
por essa substância. Mas como ocorre a sua 
Distribuição quantitativa da água na Terra 
distribuição? Onde há mais e onde há 
Assim, percebemos que o problema da água 
menos água no mundo? Qual tipo de água é para o ser humano reside no fato de a sua 
predominante? Com tanta água no mundo, maior parte não estar viável para consumo. 
por que tantos morrem de sede e sofrem 
Apesar disso, mesmo com o fato de a 
com terríveis secas? proporção de água potável disponível ser 
Infelizmente, a maior parte da hidrosfera do reduzida, ainda sim estamos falando de uma 
planeta, 97%, é composta por água dos quantidade muito grande de água. No 
mares 	e 	oceanos 	que, 	por 	serem 
Da água restante do mundo, 71% dela está em forma de gelo nas calotas polares. Como o processo de transporte dessas geleiras é caro e também pouco eficaz, quase não há atividades referentes ao abastecimento de localidades através do manuseio de icebergs. Os outros 29% restantes de água potável no mundo estão distribuídos 
entanto, o seu mau uso vem reduzindo drasticamente a sua disponibilidade, seja através da péssima manutenção dos rios, seja pela sua poluição. Por esse motivo, estima-se que a água seja um dos principais fatores geopolíticos ao longo do século XXI. Outro fato agravante é a má distribuição dessa água potável pelo mundo. Algumas regiões do Oriente Médio e da África, por exemplo, apresentam uma significativa crise quanto ao abastecimento de água, o que se agrava com a ausência de saneamento básico para boa parte da população. No caso do Brasil, há certo privilégio, pois somos o país que possui a maior disponibilidade de água potável, com cerca de 11% do total. Porém, trata-se de uma falsa abundância, pois também em nosso território essa água é mal distribuída. A sua maior parte encontra-se na região Norte do país, zona menos habitada e com solos pouco agricultáveis. As regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste dividem a quantidade restante, sendo que essa última é a que mais sofre com os problemas de escassez de água. 
Por esse motivo, além de se promover uma maior conscientização popular sobre o correto uso, armazenamento e preservação da água e de suas fontes naturais, é preciso também a realização de políticas públicas para garantir o seu acesso por toda a população, com ações de democratização estrutural, como o saneamento básico. 
Poluição hídrica 
A poluição hídrica corresponde ao processo de poluição, contaminação ou deposição de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, nascentes, além de mares e oceanos. Tratase de um problema socioambiental de elevada gravidade, pois, embora a água seja um recurso natural renovável, ela pode tornar-se cada vez mais escassa, haja vista que apenas a água potável é própria para o consumo. 
A principal causa da poluição das águas é o desenvolvimento desenfreado das atividades econômicas, sobretudo nas cidades, com o aumento da deposição indevida de rejeitos advindos do sistema de esgoto e saneamento. Outra causa também apontada é o destino incorreto do lixo por parte da população, que atira objetos nos cursos d'água por pura falta de conscientização ambiental. 
Há de se levar em consideração que, em uma bacia hidrográfica, tudo o que é gerado em sua área de abrangência é escoado para o leito do seu rio correspondente. Dessa forma, o aumento da poluição no espaço das cidades gera uma maior carga de poluentes para o leito dos rios que cortam essas áreas urbanas. No campo, o mesmo procedimento acontece, quando o uso indiscriminado de agrotóxicos faz com que os recursos hídricos sejam contaminados, uma vez que essa carga toda de compostos químicos acaba se destinando ao lençol freático ou ao curso d'água mais próximo. 
Com o desenvolvimento das sociedades e a intensificação do processo de industrialização, além da introdução de novas técnicas de plantio no campo, cada vez mais as reservas hídricas encontram-se poluídas, o que gera uma maior escassez de lugares que podem ser aproveitados para a utilização da água para consumo e outras funções. 
As consequências da poluição das águas são diversas. A primeira, como já dissemos, é a perda dos recursos hídricos para consumo. Além disso, vale lembrar que esses locais são o habitat de várias espécies, algumas delas em risco de extinção. 
Outro efeito da poluição hídrica é a ocorrência de um fenômeno chamado de eutrofização da água. Esse processo consiste na presença excessiva de nutrientes oriundos de produtos químicos que contaminam os rios, provocando a proliferação desenfreada de algas e cianobactérias, que impedem a entrada de luz nos ambientes fluviais e reduzem a disponibilidade de oxigênio na água, o que pode gerar a morte de incontáveis espécies. Para combater a poluição das águas, é preciso intensificar as campanhas de conscientização ambiental, promover medidas de controle e fiscalização, além de se realizar o correto manejo dos resíduos sólidos e o tratamento da água. É necessário, pois, que sejam adotadas medidas sustentáveis, sobretudo no sentido de garantir esse e outros recursos naturais para as gerações futuras. Geopolítica da água 
A água doce, própria para consumo, é, ao lado do petróleo, o mais estratégico dos recursos naturais da atualidade. Com o crescimento do impacto das atividades humanas 	sobre 	a 	natureza, 	sua disponibilidade encontra-se cada vez mais escassa, sem falar em algumas áreas que já apresentam uma tendência natural para esse problema. Por isso, é quase que um consenso no âmbito das ciências políticas que o século XXI será marcado como o século das disputas internacionais pelos recursos hídricos, o que nos faz pensar, então, na questão da Geopolítica da água. É errôneo, porém, pensar que as tensões diplomáticas e os conflitos internacionais pela água sejam uma novidade no mundo. Desde as primeiras civilizações, a disputa por territórios com áreas de rios e reservas hídricas foi algo recorrente. No século XX, vários casos assinalaram também essa questão, que tende a intensificar-se ao longo das próximas décadas em várias regiões do planeta. 
Em vários conflitos do passado, a água, se não era o propósito principal das ações militares, foi por diversas vezes disputada, haja vista que quem controla os recursos hídricos e sua disponibilidade possui uma ampla vantagem estratégica sobre qualquer adversário. 
O conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul – que dura várias décadas e culminou na criação do último em 2011, mas sem uma trégua definitiva – é um exemplo desse tipo de ocorrência. Os recursos naturais da região, incluindo aí alguns poços de petróleo, oleodutos e reservas de água, estão entre os elementos de maior entrave entre as frentes de
batalha. 
O caso dos rios Tigre e Eufrates é um exemplo dessa tensão existente. As nascentes desses dois rios encontram-se no território da Turquia, mas o leito é de importante utilização econômica também para Síria e Iraque. Em 1998, houve uma elevada tensão entre os países citados em virtude da construção de uma barragem por parte dos turcos na montante desses rios, o que diminuiria suas vazões para as áreas de jusante para sírios e iraquianos. 
Um processo semelhante a esse ocorre na bacia do Rio Nilo, no continente africano, envolvendo Egito, Etiópia, Tanzânia, Uganda e Sudão. Os acordos internacionais sobre a vazão do rio e o controle de suas atividades parecem, até hoje, não diminuir a tensão política que existe entre esses países em torno da utilização das águas desse importante rio. Mais ao sul do continente, na bacia de Okavango, a disputa acontece por parte de Etiópia, Botsuana, Angola e Namíbia. 
Diante desses e também de outros cenários existentes em praticamente todos os continentes do planeta, ressalta-se então que o controle da água, sobretudo das nascentes de grandes rios e também de áreas 	de 	grande 	disponibilidade subterrânea desse recurso, é um item altamente estratégico. Por isso, teme-se que o mundo possa conhecer ainda mais conflitos 	e 	até 	mesmo 	guerras generalizadas pela posse da água potável, que se encontra cada vez menos disponível em várias partes do mundo. Atividade 
1) A falta de água doce no planeta será, possivelmente, um dos mais graves problemas deste século. Prevê-se que, nos próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível para cada habitante será drasticamente reduzida. 
Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando: 
a) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no planeta. 
b) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das populações. 
c) a qualidade da água disponível, apenas no subsolo terrestre. 
d) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios e lagos. 
e) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no Planeta. 
2) A água constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento da vida no nosso planeta. Com relação a esse elemento, assinale a alternativa correta. 
a) A água do planeta está sendo comprometida pela poluição doméstica, industrial e agrícola, e pelos desequilíbrios ambientais resultantes dos desmatamentos e do uso indevido do solo. 
b) Desvios de água para projetos de irrigação, construção de hidrelétricas, consumo excessivo, desmatamento e poluição, têm contribuído para a redução de conflitos entre usuários. 
c) A água tem sido utilizada para a geração de energia elétrica assegurando a sustentabilidade do meio ambiente local. 
d) O Brasil possui pouca quantidade de água superficial e subterrânea devido às suas características geológicas dominantes. 
e) A diminuição da chuva no Brasil tem sido o maior problema ligado à falta de água para abastecer as cidades. 
3) Segundo uma organização mundial de estudos ambientais, em 2025, duas de cada três pessoas viverão situações de carência de água, caso não haja mudanças no padrão atual de consumo do produto. Uma alternativa adequada e viável para prevenir a escassez, considerando-se a disponibilidade global, seria: 
a) desenvolver processos de reutilização da água. 
b) explorar leitos de água subterrânea. 
c) ampliar a oferta de água, captando-a em outros rios. 
d) captar águas pluviais. 
e) importar água doce de outros estados 4) A água é um recurso natural essencial para a manutenção da vida em nosso planeta. Com respeito à sua grande importância, é INCORRETO afirmar-se: 
a) A ação devastadora do homem, através dos desmatamentos, da poluição e da urbanização, entre outros fatores, influencia no ciclo hidrológico. 
b) As florestas são importantes porque retêm as águas das precipitações pluviais, facilitando sua infiltração no subsolo. 
c) O homem não precisa se preocupar demasiadamente com este recurso natural, porque ele é abundante. 
d) Os oceanos e os mares são a fonte da quase totalidade da água que movimenta o ciclo hidrológico. 
e) No ciclo hidrológico, além dos oceanos, contribuem também as geleiras, os rios, os lagos, os solos e os seres vivos. 
5) As alternativas abaixo são compostas por alternativas e formas de preservação e redução do desperdício de água, EXCETO: a) aproveitamento das águas das chuvas 
b) diminuir o consumo de produtos que utilizam muita água em sua produção c) não poluir os rios e cursos d’água 
d) não destruir matas ciliares e de galeria 
e) substituir hidrelétricas por termelétricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) Elabore um texto sobre a poluição dos rios e os conflitos pela água. 
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O crescimento populacional no mundo 
O crescimento populacional no mundo é caracterizado como o aumento do número de habitantes no planeta. Esse fenômeno é consequência do crescimento vegetativo, obtido através do saldo entre as taxas de natalidade (nascimentos) e de mortalidade (mortes). Quando a taxa de natalidade é superior à taxa de mortalidade, temos um crescimento vegetativo positivo, caso contrário, a taxa é negativa. 
Somente no final do século XVII e início do século XVIII, o crescimento populacional no mundo se intensificou, visto que antes desse período a expectativa de vida era muito baixa, fato que elevava as taxas de mortalidade. Em 1930, a Terra era habitadas por cerca de 2 bilhões de pessoas e, em 1960, esse número atingiu a marca de 3 bilhões, com média de crescimento populacional de 2% ao ano. Durante a década de 1980, a população mundial ultrapassou a marca de 5 bilhões de pessoas. 
Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante
declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento ambiental, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo continua aumentando. 
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a população mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de habitantes em 2050, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, sendo a taxa de crescimento de 0,33% ao ano. 
É importante ressaltar que o aumento populacional ocorre de forma distinta conforme cada continente do planeta. A África, por exemplo, registra crescimento populacional de 2,3% ao ano. A Europa, por sua vez, apresenta taxa de 0,1% ao ano. América e Ásia possuem taxa de 
1,1% ao ano e a Oceania, 1,3% ao ano. 
 
Teorias demográficas - Malthusianos, neomalthusianos e reformistas. 
 
Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética 
(1, 2, 3, 4, 5, 6...). 
 
Teoria Malthusiana 
A teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da população. morreria de inanição. 
Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos. Naquela época, a obra fez muito sucesso, mas hoje suas idéias são consideradas ultrapassadas pela maioria dos estudiosos. Para os críticos de Malthus, não se elimina a falta de alimentos diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial, mas redistribuindo a riqueza produzida no mundo. 
Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus. 
 
Teoria Neomalthusiana 
É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20, baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada de neomalthusiana. 
O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse. 
Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo. 
Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar. 
Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de anticoncepcionais; assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema. Teoria Reformista 
As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação. De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população. 
Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação. 
Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao crescimento da produção. Como vimos, para Malthus esta crescia em ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a consequente revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção. 
Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra. 
A idade e o sexo da população 
Quanto à idade, a população está dividida 
	em 
	três 
	
	grupos: 
	• 	Jovem, 
	de 	0 
	a 
	19 	anos; 
	• 	Adulto, 
	de 	20 
	a 
	59 	anos; 
• Velho, ou senil, com 60 anos e mais. 
 
A força de trabalho de uma população está mas concentrada na idade adulta e se constitui na população ativa de um país. 
Nos países desenvolvidos, em geral, predominam os adultos e os velhos. Nos países subdesenvolvidos e naqueles em fase de desenvolvimento, predomina a população 	jovem. 
Em alguns países, como a França e a Inglaterra, há o predomínio dos adultos. Isso se deve ao baixo índice de natalidade e ao fato de que a média de vida é mais longa, alcançando mais de 70 anos. Os brasileiros possuem uma longevidade média de 64 anos, sendo de 62 anos para os homens e de 66 anos para as mulheres. Quanto ao sexo, a população é composta por homens e mulheres. 
Quanto aos números de homens e de mulheres é comum: 
• haver um equilíbrio na idade jovem; • predominarem as mulheres nas idades adulta e velha. 
 
É que os homens, por razões diversas, vivem menos tempo que as mulheres, isto é, morrem geralmente antes. 
Em países de imigração, devido à entrada de mais trabalhadores, quase sempre predominam os homens. É o caso da Austrália e de alguns outros países. No Brasil, em cada grupo de 1 000 pessoas existem 501 mulheres e 499 homens. 
A representação gráfica da idade e do sexo da população é feita através das pirâmides etárias. Nelas, as mulheres ficam sempre do lado direito, os jovens embaixo, os adultos no meio e os velhos em cima. 
 
População absoluta e população relativa 
 
População absoluta 
População absoluta é o total de habitantes de um determinado lugar. Esse número é obtido por meio de levantamentos gerais da população e pela contagem de todos os habitantes de uma cidade, país ou região. No Brasil, a contagem da população absoluta fica a cargo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza a cada dez anos o Censo Demográfico e, anualmente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que fornece ano a ano a estimativa da população absoluta na atualidade. 
Os países 	com 	maior 	população 
absoluta são, respectivamente: China, Índia, 	Estados Unidos, Indonésia e Brasil. 
População relativa 
Também 	chamada 	de densidade 
demográfica ou densidade
populacional, é a razão entre a população absoluta de um determinado território e a área onde essa população está distribuída. Com essa informação, é possível conhecer e analisar a distribuição da população em uma determinada cidade, país ou região, identificando áreas mais e menos povoadas. 
Encontrar a população relativa ou densidade demográfica de um dado território é simples. Veja o esquema a seguir: 
POPULAÇÃO 	RELATIVA 	= POPULAÇÃO ABSOLUTA ÷ ÁREA (km²) 
 
Exemplo: Brasil População absoluta em 2016*: 206.081.432 habitantes Área: 8.515.767,049 km2 
População 	relativa 	= 	206.081.432 
habitantes ÷ 8.515.767,049 km2 
 
População relativa = 24,20 hab/km2 (habitantes por quilômetro quadrado) 
 
Diferença entre populoso e povoado Um país pode ser muito povoado e não ser necessariamente populoso. Essa confusão comum, quando nos referimos às questões da população, pode ser facilmente resolvida: 
· Populoso (população absoluta): é a quantidade total de habitantes de um determinado lugar. 
· Povoado (população relativa): refere-se à relação entre a população absoluta do local e a área por ela ocupada. É calculada por meio da divisão da população absoluta pela área ocupada. 
Em síntese, o termo populoso relaciona-se com a população absoluta, isto é, o número total de habitantes. O termo povoado considera como as pessoas distribuem-se no território. 
 
Migração 
O termo migração corresponde à mobilidade espacial da população. Migrar é trocar de país, de Estado, Região ou até de domicílio. Esse processo ocorre desde o início da história da humanidade. 
 
O ato de migrar faz do indivíduo um emigrante ou imigrante. Emigrante é a pessoa que deixa (sai) um lugar de origem com destino a outro lugar. O imigrante é o indivíduo que chega (entra) em um determinado lugar para nele viver. 
 
Os fluxos migratórios podem ser desencadeados por diversos fatores. Dentre os principais fatores que impulsionam as migrações podem ser citados os econômicos, políticos e culturais. 
No Brasil, o fator que exerce maior influência nos fluxos migratórios é o de ordem econômica, pois o modelo econômico vigente força indivíduos a se deslocarem de um lugar para outro em busca de melhores condições de vida e à procura de trabalho para suprir suas necessidades básicas de sobrevivência. 
 
Uma modalidade de migração comum no Brasil, principalmente, na década de 1950, é o êxodo rural, que consiste no deslocamento da população rural com destino para as cidades. O êxodo rural ocorre, principalmente, em razão do processo de industrialização no campo, que proporciona a intensa mecanização das atividades agrícolas, expulsando do campo os pequenos produtores. Além do poder de atração que as cidades industrializadas proporcionam para a população rural, que migra para essas cidades em busca de trabalho. 
 
Durante décadas, os principais fluxos migratórios no território brasileiro se direcionavam para a Região Sudeste, isso ocorria devido ao intenso processo de industrialização desenvolvido naquela Região. No entanto, as migrações para o Sudeste diminuíram e, atualmente, a Região Centro-Oeste tem exercido grande atração para os fluxos migratórios no Brasil, se tornando o principal destino. 
 
Atividade 
1) O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características da população da Europa, onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar, nas próximas décadas, a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência, a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em função do: 
a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade. 
b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade. 
c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade. 
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo. 
e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade. 
 
2) A distribuição populacional não ocorre de forma homogênea. Esse fenômeno é constatado através das disparidades nos números de habitantes de diferentes continentes, países, regiões, estados e cidades. Indique a alternativa que corresponde ao país mais populoso do planeta. 
a) Estados Unidos. 
b) China. 
c) Índia. 
d) Brasil. 
e) Rússia. 
3) A expressão ____________________, também chamada de “população relativa”, refere-se à proporção entre quantidade de pessoas presentes em um dado território em relação à área que ocupam. É um importante índice capaz de indicar quando há um grande número de habitantes em áreas reduzidas ou quando ocorrem casos de vazios territoriais. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna indicada no texto: a) Demografia 
b) Densidade Demográfica 
c) População local 
d) Relação habitante/área 
e) População residente 4) Existem duas formas principais de se abordar o quantitativo populacional em um espaço. De um lado temos as taxas de __________________, que representam o número de habitantes por quilômetro quadrado; de outro, temos as taxas de __________________, que estão relacionais ao número de habitantes independente do tamanho do território. A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é: 
a) densidade 	demográfica 	e 
superpovoamento 
b) crescimento vegetativo e população absoluta 
c) população local e população geral 
d) densidade demográfica e população absoluta 
e) crescimento vegetativo e população geral. 
5) Thomas R. Malthus (1766-1834) defendia a tese de que a população crescia em patamares superiores aos da produção de alimentos, o que causaria graves convulsões sociais em razão do excesso de pessoas no mundo. Como solução para esse problema, Malthus propôs: 
a) a difusão de métodos de controle da natalidade, como medicamentos e acessórios que inibissem a natalidade. 
b) o controle moral da população de baixa renda, que só deveria ter filhos caso pudesse sustentá-los. 
c) a revolução na forma de produzir alimentos, que deveriam aumentar em termos quantitativos e qualitativos. 
d) a distribuição de renda, de forma que as populações mais ricas, em minoria, deveriam ceder mais recursos para a maioria pobre. 
e) a expansão de infraestruturas sociais, com melhorias também nos campos da saúde, educação e segurança. 
6) Elabore um texto sobre as teorias demográficas. 
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