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Secretaria da Educação do Estado da Bahia
SEE-BA
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Edital de Abertura de Inscrições – SAEB/02/2017, de 09 de Novembro de 2017
NB034-2017
DADOS DA OBRA
Título da obra: Secretaria da Educação do Estado da Bahia - SEE-BA
Cargo: Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
(Baseado no Edital de Abertura de Inscrições – SAEB/02/2017, de 09 de Novembro de 2017)
• Conhecimentos Específicos
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no 
site.
O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-17
PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
Leitura e representação do espaço geográfico: formas de representação, leitura e interpretação de documentos 
cartográficos, coordenadas geográficas e UTM, fusos horários. .......................................................................................................... 01
A paisagem natural e suas interações ambientais: composição, estrutura e dinâmica da atmosfera, litosfera, hidrosfera 
e biosfera. ...................................................................................................................................................................................................................13
Conceitos de Geossistema e desenvolvimento sustentável: paradigma do planejamento territorial e do desenvolvimento 
regional. .......................................................................................................................................................................................................................15
Problemas ambientais: ocupação, exploração, poluição, consumo e formas de produção da riqueza. ............................... 18
Conceitos demográficos, econômicos e geopolíticos: composição, estrutura e dinâmica da população, .......................... 19
Os sistemas econômicos, ......................................................................................................................................................................................22
A industrialização e circulação de mercadorias, .......................................................................................................................................... 24
A globalização dos espaços, ................................................................................................................................................................................27
Relações socioeconômicas, ..................................................................................................................................................................................28
Recursos naturais e fontes de energia. ................................................................................................................................................................
Espaço Geográfico Brasileiro e Baiano: localização e situação, atividades produtivas (agropecuária, agroindústria, agro-
produção de pequena e de larga escala), ...................................................................................................................................................... 31
Espaços industriais, .................................................................................................................................................................................................39
Relações de trabalho no campo e na cidade. ............................................................................................................................................... 40
Composição, estrutura e dinâmica dos elementos da paisagem brasileira e baiana: geologia, relevo, solos, clima, 
vegetação e hidrografia. .......................................................................................................................................................................................41
Domínios morfoclimáticos. ..................................................................................................................................................................................42
Geografia da população: a população e as formas de ocupação do espaço; ................................................................................. 42
Crescimento e estrutura, os contrastes regionais do Brasil; ................................................................................................................... 43
Urbanização e metropolização: dilemas da inclusão/exclusão e ganhos sociais. .......................................................................... 44
Produção e gestão do espaço geográfico: políticas públicas de planejamento e de gestão dos espaços de produção. .........55
Biogeografia, biomas e o semi-árido baiano: espaço, instituições, políticas regionais e economia, ..................................... 62
Relações econômicas, política ambiental, o mundo rural e identidade regional; .......................................................................... 66
O semi-árido baiano no Plano Estadual de Educação 2016-2026. ...................................................................................................... 71
O espaço rural e urbano na Bahia: delimitação, diversidade, composição, formas de ocupação e aproveitamento, 
evolução e modernização; relações campo-cidade e cidade campo. ................................................................................................. 77
Recôncavo Baiano e instauração da produção econômica da cana-de-açúcar no século XVI: legados, dilemas e memória 
social. ............................................................................................................................................................................................................................78
O ensino de geografia e de cartografia no ensino básico ......................................................................................................................82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Leitura e representação do espaço geográfico: formas de representação, leitura e interpretação de documentos 
cartográficos, coordenadas geográficas e UTM, fusos horários. ..........................................................................................................01
A paisagem natural e suas interações ambientais: composição, estrutura e dinâmica da atmosfera, litosfera, hidrosfera 
e biosfera. ...................................................................................................................................................................................................................13Conceitos de Geossistema e desenvolvimento sustentável: paradigma do planejamento territorial e do desenvolvimento 
regional. .......................................................................................................................................................................................................................15
Problemas ambientais: ocupação, exploração, poluição, consumo e formas de produção da riqueza. ............................... 18
Conceitos demográficos, econômicos e geopolíticos: composição, estrutura e dinâmica da população, .......................... 19
Os sistemas econômicos, ......................................................................................................................................................................................22
A industrialização e circulação de mercadorias, ..........................................................................................................................................24
A globalização dos espaços, ................................................................................................................................................................................27
Relações socioeconômicas, ..................................................................................................................................................................................28
Recursos naturais e fontes de energia. ................................................................................................................................................................
Espaço Geográfico Brasileiro e Baiano: localização e situação, atividades produtivas (agropecuária, agroindústria, agro-
produção de pequena e de larga escala), ......................................................................................................................................................31
Espaços industriais, .................................................................................................................................................................................................39
Relações de trabalho no campo e na cidade. ...............................................................................................................................................40
Composição, estrutura e dinâmica dos elementos da paisagem brasileira e baiana: geologia, relevo, solos, clima, 
vegetação e hidrografia. .......................................................................................................................................................................................41
Domínios morfoclimáticos. ..................................................................................................................................................................................42
Geografia da população: a população e as formas de ocupação do espaço; .................................................................................42
Crescimento e estrutura, os contrastes regionais do Brasil; ...................................................................................................................43
Urbanização e metropolização: dilemas da inclusão/exclusão e ganhos sociais. ..........................................................................44
Produção e gestão do espaço geográfico: políticas públicas de planejamento e de gestão dos espaços de produção. .........55
Biogeografia, biomas e o semi-árido baiano: espaço, instituições, políticas regionais e economia, ..................................... 62
Relações econômicas, política ambiental, o mundo rural e identidade regional; ..........................................................................66
O semi-árido baiano no Plano Estadual de Educação 2016-2026. ......................................................................................................71
O espaço rural e urbano na Bahia: delimitação, diversidade, composição, formas de ocupação e aproveitamento, 
evolução e modernização; relações campo-cidade e cidade campo. .................................................................................................77
Recôncavo Baiano e instauração da produção econômica da cana-de-açúcar no século XVI: legados, dilemas e memória 
social. ............................................................................................................................................................................................................................78
O ensino de geografia e de cartografia no ensino básico ......................................................................................................................82
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
LEITURA E REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO 
GEOGRÁFICO: FORMAS DE REPRESENTAÇÃO, 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DOCUMENTOS 
CARTOGRÁFICOS COORDENADAS 
GEOGRÁFICAS E UTM, FUSOS HORÁRIOS.
Na atualidade, não apenas o geógrafo utiliza e elabora 
mapas para o uso em suas atividades, mas também diver-
sos outros profissionais vêm se capacitando nas ferramen-
tas “geotecnológicas”, e, para viabilizar o manuseio dessas 
ferramentas (softwares de geoprocessamento, processa-
mento e manuseio de imagens de sensores remotos etc.), 
esses profissionais optaram pela democratização da infor-
mação, disponibilizando-a com alta qualidade, em variados 
idiomas em blog’s, sites, livros e revistas. Assim, surgiu uma 
gama de materiais em formato digital e analógico que vêm 
subsidiando a aprendizagem de cada vez mais usuários da 
cartografia.
Contudo, é importante que o usuário entenda que o 
entendimento da cartografia e o manuseio dessas geo-
tecnologias é fruto direto de trabalhos de campo e de re-
flexões teóricas/conceituais, que transitam pela produção 
acadêmica sobre os mais diversos assuntos trabalhados na 
concepção do espaço geográfico, realizada desde há mui-
tos anos atrás, e que culminou no que se tem hoje em meio 
digital, sendo a principal representação expressa por meio 
de mapas.
Assim, devemos considerar o mapa como um meio 
de comunicação, contendo objetos definidos por pontos, 
linhas e polígonos, permeados por uma linguagem com-
posta de sinais, símbolos e significados. Sendo a sua estru-
tura formada por uma base cartográfica, relacionada dire-
tamente a objetos e fenômenos observados ou percebidos 
no espaço geográfico.
Essa base cartográfica é composta pelos chamados ele-
mentos gerais do mapa, que são pelo menos cinco com-
ponentes que contribuem para a leitura e interpretação do 
produto cartográfico. São eles: o título, a orientação, a 
projeção, a escala e a legenda, sendo que a ausência e 
erros em mapas, na maioria das vezes, ocorre quando um 
desses elementos é apresentado de forma incompleta ou 
distorcida, não seguindo as normas da ciência cartográfi-
ca, o que pode contribuir para a apreensão incorreta das 
representações do espaço geográfico pelos leitores. Então, 
vamos aqui procurar entender cada um deles de forma re-
sumida:
1. O Título
O título no mapa deve ser visto como ocorre em uma 
apresentação de um texto escrito, ou seja, é a primeira 
apresentação do conteúdo do que se quer mostrar; é o 
menor resumo do que trata um documento, neste caso, a 
representação cartográfica. Quando se está diante de um 
“mapa temático”, por exemplo, o título deve identificar o 
fenômeno ou fenômenos representados por ele (Figura 1). 
Nesse sentido, o título deve conter as informações mínimas 
que respondam as seguintes perguntas a respeito da pro-
dução: “o quê?”, “onde?” e “quando?”.
Um título deve responder a pergunta “o quê?” E ser 
fiel ao que se desenvolve no produto cartográfico. Pode 
ser escrito na parte superior da carta, do mapa ou de outro 
produto da cartografia, isto é, deve ter um destaque para 
que o leitor identifique automaticamente do que se trata 
esse produto cartográfico.
2. A Orientação
A orientação é sem dúvida um elemento fundamen-
tal, pois sem ela ficamuito difícil de responder a pergun-
ta “onde?”, considerando que a carta, o mapa, a “planta” 
ou outro tipo de representação espacial, sob os preceitos 
da Cartografia, é uma parcela de um sistema maior, o pla-
neta Terra (se for esse o planeta trabalhado). E, em sen-
do assim, é preciso estabelecer alguma referência para se 
saber onde se está localizado, na imensidão da superfície 
deste planeta.
A orientação deve ser utilizada, de preferencia, de for-
ma simultânea à apresentação das às coordenadas geo-
gráficas (meridianos e paralelos cruzados na forma de um 
sistema chamado de rede geográfica), no mapa, as quais 
também servem para se marcar a posição de um determi-
nado objeto ou fenômeno na superfície da Terra, de modo 
que a direção norte aponte sempre para a parte de cima da 
representação (seguindo o sentido dos meridianos). E caso 
a representação não contenha coordenadas geográficas 
é importante dotá-la de um norte, ou de uma convenção 
que dê a direção norte da representação, geralmente na 
forma de seta ou da conhecida “rosa dos ventos” (presente 
na figura 1).
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
3. A Projeção
A ideia de projetar algo em outro meio, no caso, a forma da Terra, deu origem a técnica que definiu os tipos de pro-
jeções cartográficas. Para isto foi preciso conhecer as dimensões do planeta, pois os modelos propostos para representar 
a Terra precisaram ajustar as suas próprias dimensões a superfície deste planeta. Inicialmente os gregos, por intuição ou 
por desejo entenderam que a Terra era redonda. Embora outras ideias tenham surgido e medidas demonstrem que este 
planeta não é tão bem acabado, como consideravam os gregos da antiguidade, a esfera ou globo ainda é o seu modelo 
mais conhecido.
Entendido como a Terra pode ser vista, é importante lembrar que para representá-la ou para escolher o seu modelo 
de representação é necessário conhecer os atributos de uma projeção, tendo em vista que esses atributos são em função 
do uso que se quer do mapa: dimensão, forma e posição geográfica da área ou do objeto a ser mapeado. Principalmente 
porque as projeções são a maneira pela qual a superfície da Terra é representada em superfícies bidimensionais, como em 
uma folha de papel ou na tela de um monitor de computador.
Como na hora de representar o planeta Terra (como uma esfera, tridimensional – com um volume) se utiliza quase 
sempre um meio bidimensional (um plano – com largura e altura), deve-se minimizar as distorções em área, distância e di-
reção dos traços que irão compor o modelo terrestre ou parte dele (carta, mapa, planta e outras). Ou seja, se faz necessário 
compreender como a superfície esférica do planeta Terra – o globo, pode se tornar uma superfície plana – o mapa.
Os modos de conversão do modelo esférico para a forma plana são os mais diversos, cada qual gerando certas distor-
ções e evitando outras. O que significa que precisamos colocar a esfera terrestre numa folha de papel, portanto, adaptá-la à 
forma plana, mas para que isso ocorra é preciso pressionar o globo terrestre para que ele se torne plano, porém, tal pressão 
faz com que o globo se “parta” em vários lugares. gerando uma série de deformações que precisaram ser compensadas 
com cálculos matemáticos que procuram resolver os “vazios” criados com a abertura do globo (Figura 2).
3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
A Cartografia buscou solucionar este problema com base no estudo das projeções cartográficas, e nessa busca concluiu 
que nenhum tipo de projeção pode evitar as deformações em parte ou na totalidade da representação, por isso mesmo, um 
mapa nunca será perfeito. Assim, a Cartografia se propôs a considerar três tipos de projeção: a azimutal ou plana, a cilíndri-
ca e a cônica (figura 3). E para isto teve que desenvolver processos geométricos ou analíticos para representar a superfície 
do planeta Terra em um plano horizontal.
4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
A definição dessas projeções solicitou ajustes quanto ao modelo da projeção a ser adotada: no Modelo Cilíndrico, as 
projeções são do tipo: a) normais, b) transversas e c) oblíquas; no Modelo Cônico ou Policônico, as projeções são do tipo: 
a) normais e b)transversas; e, no Modelo Plano, as projeções são do tipo: a) polares, b) equatoriais e c) oblíquas.
Quanto aos atributos as projeções conservam três propriedades importantes: a equidistância, quando a distância sobre 
um meridiano (ou paralelo) medido no mapa é igual à distância medida no terreno; a equivalência, quando a área represen-
tada no mapa é igual à área correspondente no terreno; a conformidade, quando a forma de uma representação do mapa 
é igual à forma existente. As projeções azimutais permitem a direção azimutal no mapa igual à direção azimutal no terreno.
Essas características das projeções cartográficas garantem a elaboração de mapas para todos os tipos de uso e apli-
cação, porém, nenhum mapa pode conter todas as propriedades: a equidistância, a equivalência e a conformidade ao 
mesmo tempo. Caso a representação cartográfica não estiver submetida a nenhuma dessas propriedades, é chamada de 
projeção afilática.
4. A Escala
Na elaboração de um produto cartográfico observamos dois problemas importantes: 1º) a necessidade de reduzir 
as proporções dos acidentes existentes, a fim de tornar possível a sua representação num espaço limitado - esta ideia é 
a escala, concebida a partir da proporção requisitada pela representação dos fenômenos e; 2º) determinados acidentes, 
dependendo da escala, não permitem uma redução acentuada, pois se tornariam imperceptíveis, mas como são importan-
tes devem ser representados nos documentos cartográficos. Por isto, no caso de mudança de escala de trabalho, poderá 
acontecer uma modificação na forma de representar o objeto, ou seja, a cada momento em que a escala for aumentando, 
acontecerá a aproximação do objeto, aumentando o seu tamanho, acontecendo ao contrário, na diminuição da escala, o 
distanciamento do objeto, o que, consequentemente, modificará sua representação (Figura 4).
E para identificar essa relação a escala pode ser definida como escala numérica, na forma de fração, cujo denominador 
lhe determina, ou como escala gráfica, definida por um seguimento de reta fracionado e usado de acordo com a unidade 
de medida admitida para a representação (metro, quilômetro ou outras).
5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Com isto se pode entender a escala como uma relação entre grandezas e é neste caso que a relação entre as medidas 
dos objetos ou áreas da região representada no espaço cartografado (numa folha de papel ou na tela de um monitor, por 
exemplo) e suas medidas reais define a maior ou menor resolução espacial do objeto (visibilidade).
5. A Legenda e as Convenções
As representações espaciais sempre estiveram presentes, pois antes mesmo da escrita e da fala os símbolos e desenhos 
representavam o meio vivido. Com eles o homem delimitava e ocupava os territórios. Mas foi somente a partir do século 
passado que os mapas passaram a ter o padrão normativo atual, estabelecido por leis e convenções transformadas em 
normas aceitas pelos estudiosos e por todos os que usam produtos da Cartografia.
Assim, estabeleceu-se uma linguagem artificial, padronizada, associativa e universal com o objetivo de promover uma 
melhor compreensão para quem produz e para quem lê os mapas, alcançando leitores com menor e maior nível de conhe-
cimento. Os mapas passaram então a fazer parte do dia-a-dia do homem em sociedade, figurando em livros, revistas, jor-
nais, televisão, internet, e muitos outros meios de comunicação humana. De modo que, as técnicas cartográficas modernas 
permitiram que as representações ganhassem mais e melhor sentido.
Assim, para a melhor simbolização dos objetos e fenômenos que são transportados e contidos em um mapa, e demais 
representações cartográficas, foinecessário se aprimorar as chamadas legendas, ou seja, a parte de uma carta ou mapa que 
contém o significado dos fenômenos representados nela, geralmente traduzidos por símbolos, cores e traços desenhados 
cuidadosamente para que o leitor de mapas entenda do que trata a representação cartográfica.
A legenda de um mapa está situada, geralmente, dentro da moldura do mesmo, com todos os símbolos, cores e outros 
artifícios capazes de explicar de modo resumido a ocorrência de um determinado objeto ou fenômeno, de acordo com sua 
distribuição no espaço geográfico. 
az-se necessário atentar para uma componente muito confundida com legenda, embora faça parte de outra categoria 
de informação – as convenções, que não possuem a função de explicar o fenômeno temático, mas a de definir o significado 
de linhas, símbolos e outras representações, geralmente, referentes aos componentes gerais do mapa.
Assim podemos ter mapas que mostram fenômenos qualitativos e quantitativos (figura 7) e/ou quantitativos (Figura 
8), dispostos sobre uma base de referência, geralmente extraída dos mapas e cartas topográficas. Desse modo, os mapas 
e cartas geológicas, geomorfológicas, de uso da terra e outras, constituem exemplos de representação temática em que a 
linguagem cartográfica privilegia a forma e a cor dos símbolos como expressão qualitativa que surge na forma de legendas.
6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Desse modo, podemos entender que a descrição qualitativa é aquela que mostra os atributos (qualidades), a cada uma 
das circunstâncias ou características dos fenômenos (como os aspectos nominais do fenômeno), as quais podem ser clas-
sificadas segundo um determinado padrão.
Os mapas de densidade de população, de precipitação pluviométrica, de produção agrícola, de fluxos de mercadorias, 
constituem exemplos de que pontos, dimensões dos símbolos, linhas iguais (isarítmicas), áreas iguais (corópletas), figuras 
(diagramas) e outros recursos gráficos podem ser utilizados para representar as formas de expressão qualitativa, assim 
como a descrição quantitativa (Figura 8), que pode mensurar o fenômeno através de uma unidade de medida ou através 
de um percentual (aspecto ordinal do fenômeno) quantitativo.
7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Assim, para finalizar essa contribuição, devemos reconhecer que os conceitos e categorias da Cartografia não podem 
ser desprezados durante o uso ou a elaboração de um produto cartográfico. O uso das ferramentas mais atuais, pelos 
profissionais que utilizam a Cartografia, deve se dar sob o entendimento do meio que os circunda e dos elementos que 
compõem a ciência cartográfica.
A interpretação do espaço geográfico e dos fenômenos e objetos inerentes a ele depende sobretudo dessa linguagem 
empregada pela Cartografia, básica para a leitura dos seus produtos (mapas, plantas, croquis e outros), tendo em vista que 
eles são usados por um número cada vez maior de pessoas de todas as profissões e interesses, principalmente estudantes 
de todas partes do mundo e áreas do conhecimento.
A localização absoluta indica com precisão a posição de qualquer lugar na superfície terrestre, utilizando para tal efeito 
três coordenadas geográficas: a latitude, a longitude e a altitude. Para se utilizar e perceber estas coordenadas é neces-
sário conhecer alguns elementos de referência da Terra.
 
Elementos de referência da Terra
Eixo da Terra – linha reta imaginária que atravessa o centro da Terra unindo os polos, em torno da qual a Terra executa 
o seu movimento de rotação.
Círculos Máximos - Círculos que dividem a Terra em duas partes iguais. Alguns destes círculos máximos são muito 
importantes (equador e os Meridianos).
Hemisfério – é a metade da Terra que se obtem quando esta é dividida por um círculo máximo. 
Equador – círculo máximo perpendicular ao eixo da terra e divide a terra em dois hemisférios: o norte e o sul.
8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Meridianos – círculos máximos paralelos ao eixo ter-
restre (direção norte-sul) que passam sempre pelos polos, 
dividindo a terra em partes iguais - consideram-se normal-
mente os hemisférios ocidental e oriental. A metade de um 
meridiano é um semi-meridiano. O meridiano de referência 
é o de Greenwich, que divide a terra em hemisfério oci-
dental e oriental. O seu nome deve-se ao observatório de 
Greenwich, em Londres.
 Paralelos - são círculos menores paralelos ao círculo 
máximo do Equador.
 
A - Meridiano 
B - Equador 
C – Paralelo
D - Polo Norte 
E - Polo Sul 
F - Eixo da Terra
 
AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS
 
LATITUDE
•	 É a distância angular (medida em graus), a partir 
do Equador até ao paralelo do lugar que queremos saber.
•	 Varia para Norte e para Sul do Equador.
•	 Varia entre 0º (Equador) e 90º Norte (polo norte) 
e 90º Sul (polo sul).
 
LONGITUDE
•	 É a distância angular (medida em graus), a partir 
do semi-meridiano de Greenwich até ao semi-meridiano 
do lugar que queremos saber.
•	 Varia para Oeste e para Este do semi-meridiano de 
Greenwich.
•	 Varia entre 0º (semi-meridiano de Greenwich) e os 
180º (o semi-meridiano oposto ao de Greenwich).
9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
ALTITUDE
•	 Mede-se na vertical em metros a partir do nível 
médio das águas do mar (0 metros).
•	 Pode se positiva (acima do nível médio das águas 
do mar), negativa (abaixo do nível médio das águas do 
mar) ou nula (ao mesmo nível médio das águas do mar).
•	 Quando um lugar tem altitude negativa e está 
submerso, a sua altitude designa-se por Profundidade.
Fonte: http://novamente_geografando.blogs.sapo.
pt/a-localizacao-absoluta-297457
Projeções Cartográficas
Uma das tarefas mais árduas da Cartografia é projetar a 
superfície da Terra, que é arredondada, nos mapas, que são 
planos. Por conta disso, acabam sendo utilizadas diferen-
tes técnicas de projeções, cada uma proporcionando dis-
torções diferentes. Nota-se as projeções também possuem 
uma função ideológica, pois algumas áreas são valoriza-
das em detrimento de outras, conforme a técnica adotada. 
Nota-se que os sistemas de projeções constituem-se de 
uma fórmula matemática que transforma as coordenadas 
geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), 
em coordenadas planas, mantendo correspondência entre 
elas. O uso deste artifício geométrico das projeções conse-
gue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las. Vejam 
as principais projeções a seguir:
Projeção de Mercator
Os meridianos e paralelos retas que se cortam em ân-
gulos retos. É uma projeção cilíndrica conforme, que aca-
ba exagerando as regiões polares e o hemisfério Norte em 
geral.
Projeção de Peters
Arno Peters, em 1973, propôs uma Projeção também 
cilíndrica, mas equivalente, que determina uma distribuição 
dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equa-
dor até os polos. Ela compromete a forma dos continen-
tes, mas permite proporções mais adequadas em relação 
a Mercator.
Projeção de Mollweide
No caso de Mollweide, os paralelos são linhas retas e 
os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da 
esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais 
apresentam grande exatidão, tanto em área como em con-
figuração, no entanto, as extremidades apresentam gran-
des distorções. Observe a mesma a seguir:
10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Projeção de Goode
É uma projeção descontínua, e usa essa descontinuida-
de para eliminar várias áreas oceânicas, e, com isso, reduzir 
as distorções. 
Também existem projeções cônicas, nas quais os me-
ridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos 
concêntricos situados a igual distância uns dos outros. Elas 
apresentam pouca distorção para as chamadas latitudes 
médias. Também existem as projeções azimutais que con-
siste na tomada de um determinado ponto e a delimitação 
de áreas tangentes a partir deste (muito usada paramapear 
as áreas polares, por exemplo.
Destaca-se que, no caso da Terra, a maneira mais ade-
quada (mas nem sempre possível) de representá-la é a 
partir do Globo, pois este, a partir de uma escala, procura 
fazer uma representação próxima ao formato original da 
área mapeada.
A Leitura dos Mapas
Um dos primeiros a ser observado em um mapa é o seu 
título. Seguramente ele trará duas informações importan-
tes, de imediato: o que foi mapeado e em que lugar (e em 
alguns casos a data/período em questão). Não observar o 
título de um mapa pode comprometer toda a sua análise.
Ademais, para que possa ser realizada uma boa leitu-
ra das informações presentes nos mapas, a legenda acaba 
sendo uma ferramenta fundamental, pois esta vai expres-
sar valores e aspectos diversos presentes dentro do mapa, 
como linhas, cores, figuras geométricas etc. No mapa, es-
tas informações não seriam apresentadas, pois seria gerada 
uma poluição visual desnecessária, o que comprometeria 
sua leitura. Diante disso, alguns aspectos sem significado 
explícito no mapa acabam sendo identificados por meio da 
legenda. Em resumo, a legenda decodifica símbolos usados 
no mapa. Veja um exemplo a seguir, no qual a legenda au-
xilia no entendimento das áreas delimitadas no mapa.
Algumas informações abordadas no mapa e suas res-
pectivas representações ficam a critério do organizador do 
mapa. Por outro lado, outras acabam respeitando conven-
ções cartográficas regionais, nacionais e internacionais, 
pois estas buscam universalizar alguns significados e facili-
tar a interpretação dos mapas. É o caso de símbolos especí-
ficos para ferrovias, aeroportos, hospitais, usinas nucleares 
etc. Vejam alguns exemplos de convenções adotados pelo 
DAER-RS:
11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Ainda com relação à leitura dos mapas, alguns pontos merecem destaque, como, por exemplo as isolinhas. No caso da 
Cartografia, as mais utilizadas são as curvas de nível (isoípsas), que eu ligam pontos de mesma altitude; as isóbaras (linhas 
com pontos de mesma pressão); isoieta (mesma precipitação pluviométrica em um determinado período); isoterma (mes-
ma temperatura) etc. Veja um exemplo das curvas de nível e da construção de um perfil topográfico a partir delas:
 
O Brasil é um país da América do Sul de extensão territorial 8.514.876 km². É o quinto maior país do planeta, sendo 
menor apenas que os territórios da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Sua abundância territorial faz com que o Brasil 
tenha quatro fusos, uma vez que no sentido leste-oeste é bastante extenso. Por esses aspectos é considerado um país com 
dimensão continental.
12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Fusos Horários
O primeiro fuso horário brasileiro encontra-se duas ho-
ras atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich, con-
siderado como o “marco zero” para a medição do horário 
mundial. Nesse fuso, encontram-se apenas algumas ilhas 
pertencentes ao Brasil, com destaque para Fernando de 
Noronha.
O segundo fuso horário encontra-se três horas atrasa-
do em relação a Greenwich, abrangendo a maior parte do 
território brasileiro, incluindo a capital Brasília. Fazem parte 
desse fuso as regiões Nordeste, Sudeste, Sul e partes das 
regiões Norte e Centro-Oeste.
O terceiro fuso horário encontra-se quatro horas atra-
sado em relação ao horário oficial de Greenwich, estando 
uma hora atrasado em relação à capital do Brasil. Envolve 
parte das regiões Norte e Centro-Oeste.
O quarto e último fuso horário brasileiro encontra-se 
cinco horas atrasado em relação ao horário de Greenwich e 
duas horas atrasado em relação à capital Brasília. Conforme 
podemos observar no mapa abaixo, ele abrange somente 
o estado do Acre e uma pequena parte do território do 
Amazonas.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra-
fia/fusos-horarios-territorio-brasileiro.htm
Os fusos horários formam uma divisão em que o glo-
bo terrestre é “fatiado” em vinte e quatro pedaços, com 
cada um medindo 15º de longitude. Assim, cada fuso equi-
vale à uma hora e, à medida que nos deslocamos entre 
cada uma dessas faixas, o horário se altera. Os fusos são 
medidos em GMT, sigla para “Greenwich Mean Time”.
Sendo a Terra uma esfera (ainda que não uma esfera 
perfeita, devido ao seu formato geoide), ela é dividida em 
360º, ficando 180º para o hemisfério oeste e 180º para o 
hemisfério leste. O marco zero, ou seja, o ponto que sepa-
ra um hemisfério do outro é o Meridiano de Greenwich, 
conforme podemos observar na figura presente no início 
do texto.
Dessa forma, à medida que nos deslocamos para o 
oeste do planeta, temos que diminuir as horas e, à medida 
que nos deslocamos para o leste, aumentamos o valor da 
medida dos horários.
Por exemplo: se na cidade de Nova York – localizada 
no fuso -5GMT – são 8h, na cidade de Brasília – que está 
localizada no fuso -3GMT, são 10h, pois a capital brasilei-
ra encontra-se dois fusos a leste da cidade estadunidense. 
Observe:
Nesse exemplo, é simples visualizar a diferença de ho-
rários, pois nos deslocamos dois fusos em direção a leste, 
então é só aumentar duas horas. Mas e quando a diferença 
envolve fusos localizados em uma distância maior ou em 
hemisférios diferentes? Existe uma maneira ou uma fórmu-
la mais simples de se calcular isso?
Para cálculos mais complexos, recomendamos a reali-
zação de três diferentes passos. O primeiro seria identificar 
os fusos de origem e de destino; o segundo seria calcular a 
diferença entre eles, já o terceiro seria verificar se os horá-
rios deverão ser adiantados ou adiados. Vamos considerar 
o Exemplo 01 para explicar mais detalhadamente cada um 
deles.
 
Exemplo 01: uma pessoa encontra-se na cidade de 
São Paulo, localizada no fuso horário -3GMT, e resolve fa-
zer uma ligação, às 9h da manhã, para um amigo que se 
encontra em Tóquio, no fuso 9GMT. A que horas o amigo 
atenderá a ligação?
1º passo: Identificar os fusos. Nesse caso, eles foram for-
necidos no enunciado da questão, mas nem sempre isso 
acontece, como veremos no próximo exemplo. Assim,
Fuso de origem: –3GMT
Fuso de destino: +9GMT
2º passo: calcular a diferença entre os fusos. Basta sub-
trair o fuso da cidade de destino pelo da cidade de origem. 
Caso eles se encontrem em hemisférios diferentes, terão 
sinais diferentes e, inevitavelmente, serão somados.
9GMT – (-3GMT) = 12GMT
Portanto, a diferença entre São Paulo e o Japão é de 
12 fusos, ou seja, 12 horas.
3º passo: verificar se os fusos serão somados ou sub-
traídos ao horário de origem. Sabemos que a ligação foi 
realizada às 9h da manhã e que a diferença das localidades 
é de 12 horas. Mas devemos somar ou subtrair esse horário 
em relação ao original? Para responder a essa pergunta e 
finalizar o exercício, basta observar em que direção a liga-
ção está sendo direcionada.
13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Em direção a leste, soma. Em direção a oeste, dimi-
nui.
Assim, como o Japão fica a leste de Greenwich e São 
Paulo fica a oeste, então somamos:
9h + 12h = 21h – a pessoa atendeu a ligação em Tó-
quio às 21 horas.
 
_________________________________________________
Vamos resolver, agora, o exemplo 02. Nele, não serão 
fornecidos os fusos, mas as longitudes. Além disso, fare-
mos um deslocamento, cuja duração deverá ser levada em 
conta.
Exemplo 02: José Carlos atualmente mora e trabalha 
na cidade de Roma, localizada a 15º a leste do Meridiano 
de Greenwich. Certo dia, ele resolveu ir para o Brasil, na 
cidade de Brasília, visitar a sua família, a 45º de longitude 
a oeste de Greenwich. Saindo da Itália às 15h e com um 
tempo de viagem de 11h, ele chegou ao seu destino em 
que horário?
1º passo: identificar os fusos. Aqui, os fusos não estão 
expressos no enunciado, então teremos que calculá-los. 
Como afirmamos no início do texto, cada fuso possui 15º 
de longitude. Dessa forma, para transformar as longitudes 
em fusos, basta dividi-las por 15.
Cidade de origem:15º ÷ 15 = 1GMT
Cidade de destino: -45º ÷ 15 = -3GMT
2º passo: calcular a diferença entre os fusos. Agora basta 
repetir o mesmo procedimento do exemplo 01, diminuindo 
o fuso de destino pelo fuso de origem.
-3GMT - 1GMT: -4GMT
Portanto, a diferença entre o local de origem e o local 
de destino é de 4 horas.
3º passo: verificar se somamos ou diminuímos os fusos. 
Como José Carlos está se deslocando do leste em direção 
ao oeste, então devemos diminuir os fusos em relação ao 
horário de origem. No entanto, não podemos nos esque-
cer de somar o tempo de viagem, que é de 11 horas. 
Assim,
15h (hora local de partida) – 4h (diferença entre os fu-
sos) + 11h (tempo de viagem) = 22h
Portanto, José Carlos chegou a Brasília às 22h.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra-
fia/como-calcular-fusos-horarios.htm
A PAISAGEM NATURAL E SUAS 
INTERAÇÕES AMBIENTAIS: COMPOSIÇÃO, 
ESTRUTURA E DINÂMICA DA ATMOSFERA, 
LITOSFERA, HIDROSFERA E BIOSFERA.
O sistema terrestre é o conjunto de elementos que 
garante o funcionamento dos componentes do plane-
ta Terra em sua superfície, bem como as suas recorrentes 
transformações ao longo do tempo. Compreender o siste-
ma terrestre é, portanto, estabelecer as bases para a com-
preensão da Terra de um modo geral, de forma a entender 
os seus ciclos e processos naturais.
Basicamente, o sistema terrestre é constituído a partir 
do relacionamento entre as formas de relevo e suas influ-
ências endógenas (internas) e exógenas (externas), a dinâ-
mica climática e dinâmica cíclica da água. Portanto, pode-
mos entender o sistema terrestre como a relação entre os 
diferentes componentes da litosfera, atmosfera e hidros-
fera, com a consequente formação da biosfera.
Por litosfera entende-se a estrutura física e sólida do 
planeta. Isso envolve, portanto, as rochas, as formas de 
relevo e as dinâmicas relacionadas aos seus processos de 
atuação e transformação, tais como a estrutura interna do 
planeta e seus efeitos, a exemplo do movimento das placas 
tectônicas, os vulcanismos e os terremotos. Nesse senti-
do, embora a Geologia entenda a litosfera como a cama-
da mais externa e sólida da Terra, no sistema terrestre ela 
envolve tanto essa estrutura como as dinâmicas que nela 
interferem.
Por atmosfera compreende-se a dinâmica climática e 
dos gases que envolvem a camada de ar da Terra. Portanto, 
o funcionamento dos climas e os fatores a ele relaciona-
dos, tais como as chuvas, a umidade, a pressão atmosférica, 
entre outros dispositivos, são itens incluídos nesse subsis-
tema.
Por hidrosfera conceitua-se a estrutura de água que 
compõe o ambiente da Terra, elemento que está presen-
te em 70% da superfície. No caso, não se fala somente 
em água líquida, mas também nos seus estados sólido e 
gasoso e nas dinâmicas a ela relacionadas. É importante 
compreender que a água atua tanto na transformação dos 
climas quanto na dinâmica do relevo, além de ser um item 
fundamental para a existência dos seres vivos.
Por biosfera compreende-se a inter-relação entre as 
três esferas acima apresentadas, formando o ambiente pró-
prio para a manutenção da vida. Portanto, falar de biosfera 
é falar nas condições para o assentamento das vegetações 
e também dos animais, dos quais os seres humanos não se 
excluem, embora a humanidade seja a maior interventora 
entre os seres vivos sobre o meio natural em que habita.
O sistema terrestre e sua estrutura física
Na imagem acima, é importante a compreensão de 
que o sistema terrestre não se encontra dividido por essas 
esferas ou subsistemas, mas sim unido e composto pela 
14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
interação entre elas. Basicamente, compreendemos que 
as formas de relevo interferem no clima, que interfere nos 
cursos d’águas, que interferem na biosfera e assim suces-
sivamente. Assim, todas as esferas provocam intervenções 
múltiplas e caóticas entre si.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/siste-
ma-terrestre.htm
Características do planeta Terra
A Terra é um planeta pequeno e sólido que gira em 
torno do Sol, junto aos demais astros do Sistema So-
lar. Uma grande parte da Terra é coberta pelos mares 
e oceanos – é a chamada hidrosfera. A camada mais ex-
terna, a atmosfera, é formada por gases. O oxigênio 
existente na atmosfera e a água líquida tornam possí-
vel a vida em nosso planeta. Essa vida, representada pe-
los seres humanos, animais e vegetais, forma a biosfera. 
A parte sólida da Terra é a litosfera ou crosta terrestre. Ela 
recobre tanto os continentes quanto o assoalho marinho e, 
de acordo com sua constituição, é dividida em sial (com-
posta basicamente de silício e alumínio, encontrada nos 
continentes) e sima (composta de silício e magnésio, en-
contrada sob os oceanos). No interior da Terra acredita-se 
que existam duas camadas formadas por diferentes mate-
riais rochosos: o manto e o núcleo, constituído basicamen-
te de níquel e ferro (nife).
1. Planeta em mutação
A aparência de nosso planeta sofre constantes trans-
formações. Algumas das mudanças ocorrem de forma 
repentina e violenta, como no caso dos terremotos e das 
erupções vulcânicas. Outros processos duram milhões de 
anos e são capazes de deslocar continentes, erguer mon-
tanhas e mudar completamente o aspecto da superfície da 
Terra. Além disso, a ação das águas dos rios, das chuvas e 
dos mares, as geleiras e os ventos modificam profunda-
mente o relevo terrestre.
2. A grande viajante
A Terra gira em torno do Sol, em um movimento contí-
nuo chamado de translação. O caminho que percorre tem 
a forma de uma elipse e é denominado órbita terrestre. O 
tempo que a Terra leva para percorrer sua órbita é conhe-
cido como ano sideral e dura 365 dias, seis horas e nove 
minutos. Além disso, a Terra gira ao redor de seu próprio 
eixo, como se fosse um pião. A esse movimento dá-se o 
nome de rotação.
2a. Os dias e as noites
No movimento de rotação a Terra dá uma volta com-
pleta em torno de si mesma a cada 23 horas e 56 minutos. 
Isso faz com que qualquer ponto do planeta esteja ilumina-
do durante 12 horas, aproximadamente, e fique no escuro 
durante as 12 horas seguintes. Assim, o dia é o período de 
tempo em que um ponto da terra recebe luz, e a noite o 
tempo em que está às escuras.
2b. Solstícios e equinócios
Cada hemisfério recebe o máximo de radiação solar 
durante seu solstício de verão. Nesse mesmo dia, o hemis-
fério oposto recebe o mínimo da sua radiação anual: é o 
solstício de inverno.
Ambos os hemisférios, no entanto, recebem exata-
mente a mesma radiação nos equinócios da primavera e 
do outono.
Para lembrar:
O eixo de rotação terrestre é inclinado.
Por isso, o número de horas de sol que os Hemisférios 
Norte e Sul recebem varia ao longo do ano. Essa variação 
determina as quatro estações e é responsável pelo dia du-
rar seis meses nos polos e as noites durarem os demais seis 
meses.
3. O planeta azul
A Terra, o planeta azul, deve seu brilhante colorido às 
grandes massas de água que cobrem a maior parte de sua 
superfície. A presença da água líquida é uma das caracterís-
ticas mais surpreendentes de nosso planeta. Só podemos 
ver a terça parte de sua superfície sólida, pois o restante é 
coberto pelos mares, os oceanos e as grandes massas de 
gelo dos polos, as calotas polares.
 
4. Por que existem diferentes climas?
A Terra recebe energia do Sol, na forma de radiação. 
Nosso planeta é quase esférico, e a quantidade de luz que 
recebe depende do ângulo que os raios solares formam 
com a superfície da Terra. O Equador e os Trópicos recebem 
maior quantidade de luz, por isso são zonas de clima quen-
te. Ao contrário, as zonas polares recebem muito pouca ra-
diação e por isso são zonas de clima frio. Assim, a distinta 
incidência dos raios solares sobre a superfície faz com que 
a Terra apresente cinco zonas climáticas.
5. A Terra fluida
A Terra é rodeada por uma camada gasosa contínua 
chamada atmosfera. A atmosfera é formada por uma mis-
tura de gases, principalmente oxigênio,nitrogênio, dióxido 
de carbono e vapor d´agua. Essa camada nos protege das 
radiações nocivas do Sol e controla a temperatura do pla-
neta. Os mares e oceanos formam uma extensa camada 
de água líquida, interrompida apenas pelos continentes, a 
que se dá o nome de hidrosfera. A hidrosfera e a atmosfera 
constituem a parte fluida do planeta, cujas partículas (líqui-
das e gasosas) podem movimentar-se livremente umas em 
relação às outras.
 
6. A Terra sólida
A Terra se parece com uma esfera, ligeiramente acha-
tada nos polos. Essa forma recebe o nome de geóide. A 
parte sólida da Terra é chamada geosfera. A geosfera tem 
uma série de propriedades que ajudam a fornecer muitas 
informações sobre o planeta. A gravidade (força com a 
qual a Terra atrai os corpos próximos a ela, dependendo 
da distância desses corpos em relação ao centro do plane-
ta) varia de um ponto a outro. Essas variações permitiram 
comprovar que o raio da Terra é maior no Equador do que 
nos polos.
15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
6a. O método sísmico
As mais importantes informações sobre o interior da 
Terra foram trazidas pelo método sísmico. Esse método es-
tuda as mudanças de velocidade com que as ondas sísmi-
cas atravessaram a Terra. As variações indicam a existência 
de materiais com propriedades diferentes e permitiram de-
duzir como é seu interior.
7. Como é o interior do planeta
A Terra divide-se em camadas concêntricas de dife-
rentes composições e estados físicos. As camadas são se-
paradas pelas descontinuidades de Mohorovicic e de Gu-
tenberg. A camada mais externa é a crosta, formada por 
granito nos continentes e por basalto sob os oceanos. O 
manto é a camada intermediária e a mais extensa. Supõe-
-se que seja formado por uma rocha chamada peridotite. 
Na zona central da Terra encontra-se o núcleo, composto 
por ferro e níquel.
7a. Pesquisa profunda
Uma equipe de geólogos e técnicos da antiga União 
Soviética perfurou um poço com mais de 14 mil metros 
na península de Kola. É a mais profunda sondagem rea-
lizada até o momento e trouxe informações valiosas a 
respeito da composição da crosta terrestre. No man-
to superior, entre 100 e 200 quilômetros de profundida-
de, existe uma zona chamada astenosfera, pouco com-
pacta, formada por materiais parcialmente fundidos. 
A parte do manto situada acima da astenosfera é mais só-
lida e forma com a crosta uma unidade chamada litosfera.
8. O calor da Terra
A temperatura da Terra aumenta à medida que nos 
aprofundamos em seu interior. Desse modo, por exemplo, 
o interior das minas é mais quente que a superfície. A ele-
vação da temperatura devido à profundidade chama-se 
gradiente geotérmico, e tem o valor aproximado de 1 grau 
a cada 33 metros. Ao entrar em erupção, o vulcão mostra o 
calor interno da Terra, capaz de fundir rochas e expulsá-las 
na forma de lava.
A composição da Terra é estruturada em camadas. A 
crosta terrestre é constituída principalmente de granito, 
sob a qual asssenta-se também um camada de basalto, su-
portando as porções continentais e os oceanos . A litosfera 
possui cerca de 70 quilômetros de espessura. A 33 quilô-
metros de profundidade desta camada, a temperatura che-
ga a atingir por volta de 1000C. O manto situa-se na zona 
inferior à crosta e é constituído de material ígneo rocho-
so. A composição do manto é constituída principalmente 
de vários silicatos de magnésio. O núcleo é supostamente 
constituído de ferro em estado de fusão; o espaço mais 
interior deste núcleo contém ferro em estado sólido.
As dimensões da Terra vêm a seguir:
Área de Superfície: 315.096.000 de quilômetros qua-
drados
Massa: 6,586 quatrilhões de toneladas 
Circunferência Longitudinal: 39.842,4 quilômetros 
Circunferência Latitudinal: 39.775,52 quilômetros
Quanto à composição da Terra, entre um total de 93 
elementos químicos naturais existentes, nove destes ele-
mentos formam 99% da massa referente à crosta terres-
tre. Estes elementos são: Oxigênio, Silício, Alumínio, Ferro, 
Cálcio, Sódio, Potássio, Magnésio e Titânio. . Dois destes, o 
oxigênio e o silício, consistindo em elementos não-metáli-
cos, formam juntos por volta de 3/4 da crosta terrestre. Já 
nas camadas internas à crosta terrestre, há a presença de 
por volta de 2000 tipos diversos de materiais de origem 
mineral, dos quais a grande maioria é formada por com-
posições entre mais de um elemento químico. Os silicatos 
são os compostos mais abundantes dentre os minerais que 
formam a massa da camada interior à crosta terrestre.
Fonte: https://www.algosobre.com.br/geografia/estru-
tura-e-composicao-da-terra.html
CONCEITOS DE GEOSSISTEMA E 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: 
PARADIGMA DO PLANEJAMENTO 
TERRITORIAL E DO DESENVOLVIMENTO 
REGIONAL.
A Geografia como ciência de caráter eminentemente 
ambientalista permite no estudo da relação entre os ho-
mens e o meio natural a análise da expansão dos sítios 
urbanos e rurais, instalação de núcleos de colonização, 
implantação de sistemas produtivos tecnificados e suas 
inter-relações com os demais componentes do estrato ge-
ográfico.
Desde o sucesso da Teoria Geral dos Sistemas, de Ber-
tanlanffy, no início dos anos 1950 do século XX, a análise 
sistêmica extravasara todas as disciplinas. O trabalho de 
Jean Tricart (1965), com a sua classificação ecodinâmica 
dos meios ambientes, já assinala o aparecimento da teoria 
sistêmica na Geografia.
Tricart (1977) define um sistema como um conjunto de 
fenômenos que se processam mediante fluxos de matéria 
e energia. Esses fluxos originam relações de dependência 
mútua entre os fenômenos. Surge daí uma entidade global 
nova, mas dinâmica. Para o autor, esse conceito permite 
adotar uma atitude dialética entre a necessidade da análise 
e a necessidade de uma visão de conjunto, capaz de ense-
jar uma atuação eficaz sobre esse meio ambiente. Através 
da análise de um sistema, reconhecem-se conceitualmen-
te as suas partes interativas, o que torna possível captar a 
rede interativa sem ter de separá-las. “O conceito de sis-
tema é, atualmente, o melhor instrumento lógico de que 
dispomos para estudar os problemas do meio ambiente” 
(Tricart, 1977).
A polissemia da noção de paisagem apresenta a pos-
sibilidade de leitura da expressão da interação sistemas 
naturais-sociais através da abordagem sistêmica. Essa pro-
posta desempenha um papel epistemológico, prático e de 
grande importância na análise da construção da paisagem.
16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
A evolução da “ciência da paisagem” no âmbito da Ge-
ografia conduziu a melhor definição do conceito a partir 
do questionamento da dicotomia entre paisagem humana 
e paisagem natural embora a visão da paisagem natural 
predominasse como elemento ideográfico e descritivo. As 
escolas alemãs e russas se desenvolveram em torno dessa 
discussão originalmente e interagiram posteriormente com 
a escola francesa que se desenvolvia paralelamente. Esta 
última trouxe várias contribuições a Geografia brasileira, 
fornecendo suporte teórico a metodologia. A discussão da 
noção de paisagem e sua evolução na Geografia e a siste-
matização do conceito de geossistema para compor o mé-
todo de análise da paisagem foram a base, no Brasil, para 
os esforços de análises integradas na tentativa de articular 
o maior número possível de correlações dos diferentes atri-
butos na estrutura de uma paisagem (Monteiro, 2001). O 
fato da análise integrada da paisagem considerar a dimen-
são natural e social dos sistemas paisagísticos possibilita 
avaliar como acontece a interação sociedade-ambiente nos 
diferentes espaços.
Neste estudo apresentou-se o resultado da aplicação 
da análise integrada da paisagem por meio do método 
de análise geossístêmico, como contribuição da Geografia 
para o trabalho interdisciplinar da linha de pesquisa dos 
“Sistemas Sociais, Técnicos e Recursos Naturais de Áreas 
Rurais” do Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento da Universidade Federal do Paraná (2002-2006).A 
pesquisa teve por objetivo de compreender os processos 
que conformam o espaço rural da Região Metropolitana 
de Curitiba (RMC) e as diferenciações do quadro social-
-ambiental de seus municípios “rurais”. Neste contexto, a 
análise da paisagem teve como finalidade identificar os 
possíveis conflitos entre ambiente e sociedade. 
A RMC é marcada pela heterogeneidade social, eco-
nômica e físico-natural. Os municípios de São José dos Pi-
nhais, Mandirituba, e Tijucas do Sul apresentam dinâmicas 
diferenciadas no espaço rural quanto às políticas públicas; 
sistemas produtivos; condicionantes ambientais e história 
de ocupação. Sendo assim, definiu-se os três municípios 
como ilustrativos desse universo rural da RMC e seus li-
mites administrativos como escala de desenvolvimento da 
pesquisa (Mapa 1).
Paisagem e geossistema
Admitindo-se que a noção de paisagem seja uma in-
terpretação social da interface da terra, mesmo que não-
-apreendida pela pesquisa científica, seria muito signifi-
cativa a aproximação da noção de paisagem da noção de 
meio ambiente. O meio ambiente consiste no conjunto dos 
elementos externos que envolvem a sociedade e interagem 
com ela; a paisagem é, ao contrário, uma produção interna, 
nascida da sociedade e confere uma existência social àqui-
lo que se encontra em contato com o envoltório externo, 
ou seja, a interface sociedade-natureza.
Bertrand (1968) definiu a paisagem como uma entida-
de global, que possibilita a visão sistêmica numa combina-
ção dinâmica e instável dos elementos físicos, biológicos 
e antrópicos (conjunto único e indissociável em perpétua 
evolução perpétua). O autor salienta que as escalas tempo-
-espaciais foram utilizadas como base geral de referência 
para todos os fenômenos geográficos e que todo estudo 
de um aspecto da paisagem se apóia num sistema de de-
limitação mais ou menos esquemático, formado por uni-
dades homogêneas (em relação à escala considerada) e 
hierarquizadas, que se encaixam umas nas outras.
Este artigo, intitulado Paysage e geographie physique 
globale, tornou-se um marco epistemológico da Geografia, 
inclusive no Brasil, Nele Bertrand explicita as relações entre 
paisagem e o geossistema. Naquele momento de discus-
sões epistemológicas e eclosão de um paradigma geográ-
fico, acontece a conferência de Estocolmo (1972), marco 
da “crise ambiental”, que vai permear todas as discussões 
políticas, econômicas, e científicas do final do século XX. 
Conseqüentemente, as noções e os conceitos recebem for-
te influência do debate ambientalista.
A análise sistêmica na Geografia nasceu do esforço de 
teorização sobre o meio natural, o mais simples e global, 
com suas estruturas e seus mecanismos, mais ou menos 
modificados pelas ações humanas, mas independentes do 
fenômeno direto e não-controlado da percepção. Para Ber-
trand e Beroutchachvili (1978), essa construção só é possí-
vel a partir da mensuração.
Assim, o ponto de partida seria o conceito de geossis-
tema ou “sistema geográfico”, ou, ainda, “sistema territorial 
natural”. O conceito de geossistema surgiu na escola russa 
de um esforço de teorização sobre o meio natural, suas es-
truturas e seus mecanismos tal como existem na natureza. 
O termo geossistema foi utilizado em 1963 por Sotchava 
(1977) para descrever a esfera físico-geográfica, que apre-
sentava características de um sistema, com base no fato de 
que as “geosferas” terrestres estariam interrelacionadas por 
fluxos de matéria e energia.
Segundo o autor, os geossistemas são sistemas territo-
riais naturais, que se distinguem no envoltório geográfico, 
em diversas ordens dimensionais, generalizadamente nas 
dimensões regional e topológica. São constituídos de com-
ponentes naturais intercondicionados e inter-relacionados 
em sua distribuição e se desenvolvem no tempo, como 
parte do todo. Sotchava (1977) esclarece nesse sentido 
que, embora os geossistemas sejam fenômenos naturais, 
todos os fatores econômicos e sociais que influenciam sua 
estrutura são levados em consideração durante o estudo 
e a análise (no caso da escola russa são feitas descrições 
verbais ou mensurações e cálculos matemáticos).
O geossistema é o resultado da combinação de fato-
res geológicos, climáticos, geomorfológicos, hidrológicos 
e pedológicos associados a certo(s) tipo(s) de exploração 
biológica. Tal associação expressa a relação entre o poten-
cial ecológico e a exploração biológica e o modo como es-
ses variam no espaço e no tempo, conferindo uma dinâmi-
ca ao geossistema. Por sua dinâmica interna, o geossistema 
não apresenta necessariamente homogeneidade evidente. 
Na maior parte do tempo, ele é formado de paisagens di-
ferentes, que representam os diversos estágios de sua evo-
lução.
Sob a influência das escolas russa e alemã, Bertrand 
(1968) propõe uma definição de geossistema e incorpo-
ra ao conceito original do “complexo territorial natural” a 
17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
dimensão da ação antrópica. Nessa perspectiva, o geos-
sistema é, para Bertrand, uma categoria espacial, de com-
ponentes relativamente homogêneos, cuja estrutura e di-
nâmica resultam da interação entre o potencial ecológico: 
processos geológicos, climatológicos, geomorfológicos e 
pedológicos (a mesma evolução); a exploração biológica: 
o potencial biótico (da flora e da fauna naturais) e a ação 
antrópica: sistemas de exploração socioeconômicos. Rede-
finido nas discussões teórico-metodológicas, o geossiste-
ma aproxima-se do conceito de paisagem como paisagem 
global, na qual se evidencia a preocupação com a interação 
natureza-sociedade. Na análise geossistêmica, o geossiste-
ma é uma categoria de sistemas territoriais regido por leis 
naturais, modificados ou não pelas ações antrópicas.
A homogeneidade do geossistema se dá no âmbi-
to das relações e dos processos, enquanto a exclusão de 
delimitações simplórias da paisagem ocorre no âmbito da 
aparência. O fenômeno antrópico imprime nas paisagens 
o resultado de sucessivas combinações de sociedades so-
bre o espaço e a relação estabelecida entre ambos. Está 
situado entre a quarta e a quinta grandeza tempo-espacial 
da classificação de Bertrand (1968). O autor o considera 
uma unidade dimensional compreendida entre alguns qui-
lômetros ou centenas de quilômetros quadrados. Segundo 
o autor, nessa escala, situa-se a maior parte dos fenômenos 
de interferência entre os elementos da paisagem e da evo-
lução das combinações dialéticas, conformando uma boa 
base para os estudos da organização do espaço porque é 
compatível com a escala humana.
Por essas características o geossistema é considerado 
um complexo essencialmente dinâmico mesmo num es-
paço-tempo muito breve, por exemplo, histórico. O autor 
afirma que, devido a essa dinâmica interna, o geossistema 
não apresenta necessariamente uma forte homogeneidade 
fisionômica. Na maior parte do tempo, ele é formado de 
paisagens diferentes que representam os diversos estágios 
da evolução do geossistema.
Em 1978 em outro artigo Bertrand difere a “paisagem” 
do “geossistema” e do “ecossistema” distinguindo os dois 
últimos como produções naturalistas “mais ou menos” com 
aspectos sociais (impactos antrópicos), e a paisagem como 
uma análise social, que incorpora o natural finalizado, ou 
seja, a base natural já trabalhada pela ação das sociedades 
nas suas diversas maneiras. O “geossistema” e o “ecossis-
tema” são conceitos (concretos) quantificáveis fundados 
sobre medidas e estabelecimento de balanços energéticos. 
São conceitos espaciais (chorologiques) enquanto a paisa-
gem é um processo, produto do tempo e, mais precisa-
mente, da história social.
Monteiro (1974 apud Monteiro,2001 p.39) define pai-
sagem no nível de resolução para a análise da “paisagem” 
e sob o enfoque da organização sistêmica, como um siste-
ma aberto, uma unidade de análise geográfica global, “geo 
sistema”. Para o autor, trata-se de uma entidade espacial 
delimitada segundo um nível de resolução do geógrafo 
(pesquisador)a partir dos objetivos centrais da análise, de 
qualquer modo sempre resultante da integração dinâmica, 
portanto instável, dos elementos de suporte e cobertura 
(físicos, biológicos e antrópicos), expressa em partes de-
limitáveis infinitamente, mas individualizadas através das 
relações entre elas, que organizam um todo complexo (sis-
tema), verdadeiro conjunto solidário e único em perpétua 
evolução.
Monteiro (2001) afirma que o debate em torno do con-
ceito “geossistema” no Brasil está ainda em andamento. 
Ele afirma que o tratamento geossistêmico visa a integra-
ção das variáveis “naturais” e “antrópicas” (etapa análise), 
fundindo “recursos”, “usos” e “problemas” configurados 
(etapa integração) em “unidades homogêneas” assumin-
do papel primordial na estrutura espacial (etapa síntese) 
que conduz ao esclarecimento do estado real da qualidade 
do ambiente (etapa aplicação) do diagnóstico (p. 81). Por 
isso, ao aplicá-lo metodologicamente, chama as unidades 
espaciais: geossistemas, unidades de paisagem ou, ainda, 
unidades morfofuncionais. Segundo ele, representam uma 
análise tempo-espacial integrada das inter-relações socie-
dade-ambiente na construção da paisagem. 
... a paisagem é vista de um modo bem mais dinâmico 
porquanto não ignora as relações, seus feed-backs e in-
terações, de modo a configurar um verdadeiro “sistema” 
onde as áreas pertinentes a ela estão muito além das for-
mas e aparências assumidas pelos elementos, sendo capa-
zes, até mesmo de provocar importantes reações em áreas 
distantes. Isso decorre do fato: o homem é considerado na 
paisagem como qualquer outro elemento ou fator consti-
tuinte do sistema paisagem (geossistema) por que ele de-
sempenha aqui um papel realmente ativo (Monteiro, 2001, 
p. 97).
Os pesquisadores chamam atenção para questões de 
ordem metodológica. Consideram básica a determinação 
da escala tempo-espacial no estudo da paisagem para a 
construção da abordagem geossistêmica, condição já 
apresentada por Bertrand (1968).
Monteiro ressalta a importância da ação dos elemen-
tos e do jogo de fatores em diferentes escalas. Como é o 
caso da ação humana que ocorre das escalas inferiores 
para as superiores, e a definição do geossistema nas esca-
las intermediárias.
Reforçando a necessidade de coerência entre a proble-
mática da pesquisa e a base metodológica, Monteiro afir-
ma: “A hipótese de trabalho visa esclarecer sobre o ‘núcleo’ 
(área de interesse) e seu ambiente na montagem de um 
sistema aberto, dinâmico, intercambiante com o seu entor-
no” (2001, p. 89).
Dada a notabilidade em considerar a escala no estudo 
da paisagem e na sua compartimentalização em unidades, 
o autor descreve a relevância da etapa de sobreposição 
dos mapas básicos como uma visão no plano horizontal 
daquilo que se revela verticalmente no transecto – enfati-
za articulação dos fatos socioeconômicos – a antropização 
do geossistema, pela compreensão daquilo que substância 
concretamente na paisagem (geossistema) como os usos 
(agrícolas) edificações (urbano, industrial, tecnológica) e 
derivações importantes no sítio (represas, aterros, grandes 
desmatamentos, etc., etc.). Se estas são coisas que se con-
cretizam no sistema há forças poderosas de dinamização 
processual que entram na causalidade socioeconômica 
(fluxos de capitais, de inovações, etc). (Monteiro, 2001, p. 
89).
18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Este instrumento de análise integrada possibilita o es-
tudo da dinâmica da paisagem dentro de um espaço ge-
ográfico, dos processos específicos de relação sociedade 
meio-ambiente. Como por exemplo no rural metropolita-
no.
Fonte: https://confins.revues.org/10?lang=pt
Nas últimas três décadas, pudemos observar importan-
tes iniciativas de organização territorial baseadas em eixos 
formados por faixas de infraestrutura (em geral econômi-
ca: comunicação, energia e logística) que buscam orientar 
regionalizações para provisão de recursos públicos e pri-
vados. Essas iniciativas têm predomínio após o processo 
de redemocratização brasileira e ocorrem em escalas dife-
renciadas (continental, nacional e estadual) e em períodos 
contínuos, demonstrando o enraizamento de uma ideia.
Representam um paradigma de planejamento regional 
porque avançam em relação ao modelo polarizado preco-
nizado pela escola francesa de planejamento regional, vi-
gente durante a segunda metade do século XX na América 
do Sul. Além disso, carregam consigo um paradoxo, pois, 
ao romper com o modelo polarizado, mantêm-se baseadas 
na matriz econômica a partir da qual a atividade produtiva 
e a organização territorial exercem influências recíprocas, 
tal como no modelo francês.
As políticas do pós-Segunda Guerra Mundial que, no 
Brasil, redundaram no chamado Desenvolvimentismo in-
corporaram paulatinamente o modelo de Polos de Cres-
cimento (proposto por Perroux em 1955). Esse modelo foi 
difundido por ações, principalmente, da Cepal (Comissão 
Econômica para a América Latina e o Caribe, 1948), da CI-
BPU (Comissão Interestadual da Bacia do Paraná-Uruguai, 
1951-1972) e do Plano Decenal 1967-1976 (do governo de 
Castello Branco) e influenciou planos estaduais (como no 
estado de São Paulo) e diretrizes institucionais (como no 
IBGE) (Tavares, 2015). De forma geral, a teoria dos Polos 
de Perroux apontava para um prognóstico de equilíbrio do 
desenvolvimento territorial a ser alcançado a partir da in-
dústria motriz e de sua articulação com a cadeia produtiva 
distribuída controladamente pelo território.
O que se observa nos modelos de organização terri-
torial propostos recentemente é a incorporação do eixo 
como elemento estruturador de uma nova regionalização 
com fins à organização territorial e que, dialogando com os 
preceitos econômicos vigentes da reestruturação produtiva 
de origem neoliberal, tenta responder aos problemas de 
desequilíbrio do desenvolvimento pela integração, conec-
tividade e competitividade regionais.
Evidentemente, pela origem e finalidade de cada eixo, 
eles divergem no seu conteúdo e na sua forma, mas con-
vergem para objetivos e padrões territoriais semelhantes. 
O que se busca neste estudo, portanto, é a caraterização 
desses eixos, historicizando-os, a fim de compreendê-los 
numa dimensão maior que o campo político no qual foram 
concebidos e de inseri-los no contexto socioeconômico 
com o qual eles se propõem a dialogar.
Fonte: http://observatoriodasmetropoles.net/new/
index.php?option=com_k2&view=item&id=1846:eixos-
- n o v o - p a r a d i g m a - d o - p l a n e j a m e n t o -
-regional?&Itemid=181&lang=pt#
PROBLEMAS AMBIENTAIS: OCUPAÇÃO, 
EXPLORAÇÃO, POLUIÇÃO, CONSUMO E 
FORMAS DE PRODUÇÃO DA RIQUEZA.
A atividade mineradora consiste na extração de ri-
quezas minerais dos solos e das formações rochosas que 
compõem a estrutura terrestre. Trata-se, assim, de uma das 
mais importantes atividades econômicas tanto no Bra-
sil como em todo o mundo, com destaque para o petróleo 
e o carvão mineral. No entanto, é preciso ressaltar que essa 
prática costuma gerar sérios danos ao meio ambiente.
Os impactos ambientais da mineração são diversos 
e apresentam-se em diversas escalas: desde problemas lo-
cais específicos até alterações biológicas, geomorfológicas, 
hídricas e atmosféricas de grandes proporções. Portanto, 
conhecer esses problemas causados e a minimização de 
seus efeitos é de grande necessidade para garantir a pre-
servação dos ambientes naturais.
Entre as principais alterações nas paisagens e os im-
pactos gerados pela mineração, podemos destacar:
Remoção da vegetação em todas as áreas de extração;
•	 Poluição dos recursos hídricos (superficiais e sub-
terrâneos) pelos produtos químicos utilizados na extração 
de minérios;
•	 Contaminação dos solos por elementos tóxicos;
•	 Proliferação de processos erosivos, sobretudo em 
minas antigas ou desativadas que não foram reparadas pe-
las empresas mineradoras;
•	 Sedimentação e poluição de rios pelo descarte 
indevido do material produzido não aproveitado(rochas, 
minerais e equipamentos danificados);
•	 Poluição do ar a partir da queima ao ar livre de 
mercúrio (muito utilizado na extração de vários tipos de 
minérios);
•	 Mortandade de peixes em áreas de rios poluídos 
pelos elementos químicos oriundos de minas;
•	 Evasão forçada de animais silvestres previamente 
existentes na área de extração mineral;
•	 Poluição sonora gerada em ambientes e cidades 
localizados no entorno das instalações, embora a legis-
lação vigente limite a extração mineral em áreas urbanas 
atualmente;
•	 Contaminação de águas superficiais (doce e salga-
da) pelo vazamento direto dos minerais extraídos ou seus 
componentes, tais como o petróleo.
Diversos estudos ambientais indicam que muitos dos 
materiais gerados pela mineração são rejeitos, estes mui-
tas vezes erroneamente descartados. Na produção de 
ouro, por exemplo, 99,9% de todo material produzido não 
é aproveitado, sendo muitas vezes depositado de forma 
deliberada no leito de rios ou em áreas onde as águas das 
chuvas escoam para a sedimentação de cursos d’água. Na 
extração de cobre, por sua vez, menos de 1% do que é 
extraído costuma ser devidamente aproveitado, ao passo 
que o restante é lixo.
19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
A contaminação por compostos químicos, com desta-
que para o mercúrio, também é um dos principais danos 
ambientais provocados pela mineração. Esses compostos 
são utilizados para a separação de misturas, retirada dos 
minerais e catalização de reações. Após o processo, cos-
tumam ser descartados, o que ocorre muitas vezes de ma-
neira indevida, principalmente em localidades de limitada 
fiscalização, ou até em minas ilegais, que, além de tudo 
isso, costumam empregar trabalho análogo ao escravo ou 
infantil. Essa realidade, infelizmente, é muito comum em 
países como o Brasil e em territórios dependentes econo-
micamente, a exemplo de muitas nações do continente 
africano.
Diante dessas considerações, é importante mencionar 
que a atividade mineradora é, de toda forma, de vital im-
portância para as sociedades. Mas isso não significa, no en-
tanto, que ela deva ser realizada de maneira não planejada 
e sem a devida fiscalização de suas instalações. É preciso, 
pois, promover medidas para o correto direcionamento 
do material descartado e a contenção da poluição gerada 
pelos elementos químicos. Além disso, torna-se necessário 
pensar na utilização sustentável dos recursos minerais a fim 
de garantir a sua existência para as gerações futuras. 
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geogra-
fia/impactos-ambientais-mineracao.htm
CONCEITOS DEMOGRÁFICOS, 
ECONÔMICOS E GEOPOLÍTICOS: COMPOSIÇÃO, 
ESTRUTURA E DINÂMICA DA POPULAÇÃO
O estudo da população é fundamental para podermos 
verificar a realidade quantitativa e qualitativa da mesma. 
Para governantes em especial, é de fundamental impor-
tância pois, permite traçar planos e estratégias de atuação, 
além de poder desenvolver um planejamento de interesse 
social.
A população deve ser entendida como um recurso na 
medida em que representa mão de obra para o mercado 
de trabalho, soldados para a defesa nacional, dentre outras 
coisas.
O ramo do conhecimento que estuda a população 
chama-se Demografia, portanto o profissional da área é o 
demógrafo. 
Conceitos Demográficos
Alguns conceitos demográficos são fundamentais para 
a análise da população, abaixo iremos elencar alguns:
População absoluta: corresponde a população total de 
um determinado local.
 Quando um local tem uma população absoluta nume-
rosa, dizemos que ele é populoso. 
O Brasil está entre os países mais populosos do mundo 
com uma população superior a 170 milhões de habitantes.
Densidade demográfica ou população relativa: corres-
ponde a média de habitantes por quilômetros quadrados. 
Podemos obtê-la através da divisão da população absoluta 
pela área.
 Quando a população relativa de um local é numerosa 
dizemos que esse local é muito povoado.
Apesar da enorme população absoluta, a densidade 
demográfica do Brasil é baixa não ultrapassando 20 habi-
tantes por quilômetro quadrado.
Superpovoamento: corresponde a um descompasso 
entre as condições socioeconômicas da população e à área 
ocupada. Isso quer dizer que, superpovoamento não de-
pende apenas da densidade demográfica, mas principal-
mente das condições de vida da população. Alguns países 
com grande densidade demográfica podem não ser consi-
derados superpovoados, enquanto outros com densidade 
baixa assim o podem ser classificados.
Recenseamento ou censo: corresponde á coleta perió-
dica de dados estatísticos dos habitantes de um determi-
nado local.
Taxa de natalidade: corresponde a relação entre o nú-
mero de nascimentos ocorridos em um ano e a população 
absoluta, o resultado em geral é expresso por mil.
N.º de nascimentos X 1000 = taxa de natalidade
População absoluta
A natalidade é ligada a vários fatores como, por exem-
plo, qualidade de vida da população, ou ao fato de ser uma 
população rural ou urbana. 
As taxas de natalidade no Brasil caíram muito nos últi-
mos anos, isso se deve em especial ao processo de urbani-
zação que gerou transformações de ordem socioeconômi-
cas e culturais na população brasileira.
Taxa de mortalidade: corresponde a relação entre o 
número de óbitos ocorridos em um ano e a população ab-
soluta, o resultado é expresso por mil.
N.º de óbitos X 1000 = taxa de mortalidade
População absoluta
Assim como a natalidade, a mortalidade está ligada em 
especial a qualidade de vida da população analisada.
No Brasil, assim como a natalidade a mortalidade caiu, 
especialmente a partir do processo de industrialização, que 
trouxe melhorias na assistência médica e sanitária à popu-
lação, além da urbanização acentuada.
Crescimento vegetativo ou natural: corresponde a di-
ferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
C.V. = natalidade - mortalidade.
O crescimento vegetativo corresponde a única forma 
possível de crescimento ou redução da população mun-
dial, quando analisamos o crescimento de áreas específicas 
temos que levar em consideração também as migrações.
O crescimento vegetativo brasileiro encontra-se em 
processo de diminuição, mas já foi muito acentuado, em 
especial nas décadas de 50 à 70, em virtude especialmente 
da industrialização.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Padrão P - Grau IA - Geografia
Taxa de fecundidade: corresponde a média de filhos 
por mulher na idade de reprodução. Essa idade se inicia 
aos 15 anos, o que faz com que em países como o Brasil, 
onde é comum meninas abaixo dessa idade terem filhos, 
ela possa ficar um pouco distorcida.
Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 
5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número caiu para 2,3. 
Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em 
especial com a urbanização e com a entrada da mulher no 
mercado de trabalho, que tem contribuído com a redução 
significativa da taxa de natalidade e por consequência da 
taxa de fecundidade.
Taxa de mortalidade infantil: corresponde ao número 
de crianças de 0 à 1 ano que morrem para cada grupo de 
mil nascidas vivas.
No Brasil vem ocorrendo uma redução gradativa dessa 
taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se comparada 
a países desenvolvidos, em 1999 ela era de 34,6 por mil ou 
3,46%.
As regiões brasileiras apresentam realidades diferen-
tes, o Nordeste apresenta as maiores taxas de mortalidade 
infantil, sendo em 1999 de 53 por mil ou 5,3%, ou seja aci-
ma da média nacional.
Expectativa de vida: corresponde a quantidade de anos 
que vive em média a população.
Este é um indicador muito utilizado para se verificar o 
nível de desenvolvimento dos países.
No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas 
tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 
72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento 
na expectativa também se deve a melhorias na qualidade 
médico sanitária da população em virtude do processo de 
urbanização.
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

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