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GABRIEL DOS SANTOS COUTO CAVALCANTI RA:00272979 VITOR ROBERTO DE CASTRO CARNEIRO RA:00273166 O TOMISMO FENOMENOLÓGICO DE EDITH STEIN Trabalho da disciplina Língua Portuguesa II apresentado para obtenção parcial de nota semestral na Unifai – centro universitário Assunção. ORIENTADORA: Profa. Me. Rosane Câmara SÃO PAULO 2020 SUMÁRIO 1. Unidade de leitura ….. …3 2. Análise textual …3 2.1 Visão panorâmica do texto …3 2.2 O autor...................................................................................................................3 2.3 Termos e conceitos................................................................................................3 3 Análise temática ....4 4 JUIZO CRÍTICO …6 REFERÊNCIAS …7 1 UNIDADE DE LEITURA O artigo escolhido, “O Tomismo Fenomenológico de Edith Stein”, é de autoria de Ivanaldo Oliveira dos Santos Filho e se divide em cinco seções. 2 ANÁLISE TEXTUAL 2.1 VISÃO PANORÂMICA DO TEXTO O artigo aborda o tema “O Tomismo Fenomenológico” – duas correntes filosóficas bastante distintas e feitas em épocas muito diferentes. O autor se esforça em apresentar o tomismo fenomenológico de Edith Stein. 2.2 O AUTOR Pós-doutorado em estudos da linguagem pela USP, doutor em estudos da linguagem pela UFRN, professor do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) pós-doutorado em Estudos da Linguagem pela Universidade de São Paulo, pós-doutorado em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-doutorado em Filosofia do Direito pelo UNIVEM. 2.3. TERMOS E CONCEITOS Fenomenologia: Corrente filosófica que se propõe descrever aquilo que aparece ao sujeito. Tomismo: Edifício filosófico de Santo Tomás de Aquino, e mantido ao longo do tempo por correntes medievais e modernas. Neotomismo: Movimento de retorno a filosofia de Santo Tomás de Aquino, a partir de 1879 por influência de uma encíclica do papa Leão XIII. Edmund Husserl: Filósofo que deu início a escola fenomenológica. Influenciou ilustres filósofos do séc. XX, podem-se destacar Martin Heidegger, Jean Paul Sartre. Santo Tomás de Aquino: Frade Dominicano que fez diversas obras filosóficas e teológicas. Influenciou enormemente o pensamento católico medieval e posterior. 3 ANÁLISE TEMÁTICA O artigo se divide em cinco seções: (I) Introdução, (II) Vida de Edith Stein em sua juventude, (III) Encontro com Edmund Husserl e conversão ao catolicismo, (IV) Busca de conciliação entre o tomismo e a fenomenologia , e (V) Conclusão. Na Introdução, o autor expõe os momentos mais importantes da vida de Edith Stein e temas significativos de sua vasta obra intelectual. De origem judia, foi ateia um bom tempo de sua vida até que se converteu posteriormente ao catolicismo. Foi a primeira mulher a defender uma tese de filosofia na Alemanha e foi discipula e assistente de Edmund Husserl. Morreu em um campo de concentração Nazista aos 51 anos. Em 1998 foi canonizada pelo Papa João Paulo II. Com relação a sua obra, escreveu sobre fenomenologia, pedagogia, vida mística, relações entre a Igreja e o mundo secularizado e também fez críticas ao Nazismo. Na próxima seção, Vida de Edith Stein em sua juventude, o autor expõe os primeiros passos de Edith Stein. Nascida de família Judia teve uma educação baseado no rigor da religião judaica e o amor fraterno. Após essa primeira educação ela teve sua primeira convicção, na adolescência, que foi o ateísmo, não sendo este ato uma forma irrefletida de preconceito contra a religião, mas em algum sentido uma busca sincera pela verdade. A segunda convicção foi o encontro com Edmund Husserl, seu primeiro mestre, que a levou a um estudo sério e apaixonado da fenomenologia. Na terceira seção o autor traça brevemente os principais pontos do pensamento Edmund Husserl. Husserl se debruçou sobre a dúvida metódica de Descartes, sobre a teoria psicológica do século XX, os princípios lógicos e matemáticos. Após esses estudos ele edifica a fenomenologia, mostrando que ela é um método e como tem de ser uma filosofia primeira ou metafísica. Por fim, Husserl diz que devido ao caráter situacional do homem a filosofia e a ciência estão em constante modificação. Após esses esforços Husserl buscará olhar o mundo por meio da análise do que aparece ao sujeito, sem defini-lo, mas apenas descrevendo-o. Ele não põe o mundo exterior em dúvida como faz Descartes, Husserl proíbe qualquer juízo sobre a existência do espaço-temporal. O que passa a importar para o sujeito são os atos que ele percebe, imagina e julga os objetos. Por essa redução o sujeito consegue ir da experiência do mundo às descrições que passam pelo sujeito e sua consciência direcionará o olhar de maneira intencional para o objeto. Esse contato com o fundador da fenomenologia além de ajudar Edith a desenvolver sua capacidade filosófica, deixou-a muito próxima dos maiores embates filosóficos do começo do séc. XX já que a fenomenologia estava amplamente difundida. O contato próximo com Husserl proporcionou a ela conhecer um dos alunos mais renomados de Husserl, Martin Heidegger. Ela fez um livro que apresenta brilhantemente o pensamento de Heidegger. Aos trinta anos, Edith Stein, se converteu a Igreja católica após ler a autobiografia de Santa Tereza d’Ávila. Na seção seguinte, o autor narra como foi o processo inicial de conversão de Edith. Em seu início ela pediu orientação para padres que a direcionaram para seu segundo mestre, Santo Tomás de Aquino. Ela, rapidamente se apaixonou pelo tomismo, surgindo daí o problema: Como conciliar a fenomenologia com o tomismo? Para isso ela mergulhou em profundidade nas obras de Santo Tomás e também se uniu à grupos de estudos de renomados intelectuais tomistas. Uma coisa saliente em sua vida foi sua constante busca pela verdade, a incumbência recebida de traduzir do latim para o alemão, as Questões disputadas sobre a verdade, de Tomás de Aquino foi muito importante para sua formação tomista, além da tradução ter sido muito elogiada no mundo tomista da época. A partir daí Edith entrou para os debates e produções acadêmicas mais importantes do neotomismo da primeira metade do século XX. A tentativa de conciliação do tomismo e a fenomenologia ocorreu em um brilhante artigo seu Que é filosofia: um diálogo entre Edmund Husserl e Tomás de Aquino. Nesse artigo ela apresenta as afinidades de ambos sistemas filosóficos e que ambos estão convencidos que a filosofia é ciência rigorosa. O grande ponto alto do artigo não é a apresentação resumida das ideias de Husserl e Santo Tomás, mas sim que o método fenomenológico pode ser aplicado a problemas não investigados até então, como por exemplo a relação entre a fé, o saber e a mística. Por conta disso Edith produz um aperfeiçoamento da fenomenologia, abrindo um campo mais vasto dentro das pesquisas fenomenológicas. Possibilitando assim a existência do chamado tomismo fenomenológico. Em ambos os campos, tomistas e fenomenológos ficaram perplexos com a reflexão trazida por ela. Por um lado, a fenomenologia era vista como uma filosofia ateia e materialista e por outro os neotomistas tinham uma forte preocupação em ler e interpretar quase ao pé da letra a obra de Santo Tomás. Tendo aliás os neotomistas muito medo em levar a obra de Tomás de Aquino para dialogar com a filosofia contemporânea. Edith Stein rompe com os padrões da época, dizendo que o método fenomenológico não pode se restringir a pesquisa epistemológica cientifica e por sua vez traz Santo Tomás de Aquino vivo, não um filósofo restrito a idade média católica, mas universal, capaz de dialogar com qualquer escola filosófica como é o caso da fenomenologia. Outra quebra de padrões foi trazer Santo Tomás em uma sociedade imbuída de preconceito com relação a filosofia católica chegando em alguns casos a proibição da leitura de autores católicos. Na Conclusão, o autor afirma que os frutos resultantes do diálogo de Husserl e Tomás de Aquino, ampliaram a pesquisa no campo fenomenológico.Anteriormente restrita ao campo da ciência e da psicologia, foi aberta para a pesquisa da educação e da vida religiosa. Em outro ponto trouxe à luz que Santo Tomás não está fixo na Idade Média, mas pode contribuir eficazmente com a filosofia contemporânea e com a reumanização do homem. Por isso o autor considera que o tomismo fenomenológico desenvolvido por Edith Stein, é uma das grandes e frutíferas contribuições para a filosofia da filosofia do século XX. 4 JUÍZO CRÍTICO O artigo teve uma linguagem bastante objetiva e simples, de forma breve delineou um tema bastante complexo e buscou esclarecer cada aspecto do pensamento de Edith em relação ao tema proposto. O autor demonstrou a importância da fenomenologia e do tomismo, que mostrou ser uma ferramenta poderosa nas mãos de Edith Stein. Indicaríamos esse artigo para auxiliar na pesquisa acerca da vida de Edith Stein e como seu pensamento pode vir exercer grande influência no campo filosófico contemporâneo. 5. Referências SANTOS, IVANALDO. O tomismo fenomenológico de Edith Stein. SEMOrOC-Feusp/IJI-Universidade do Porto, 2012.
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