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RESUMO - SOCIOAMBIENTAL

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SOCIOAMBIENTAL 
Leis: CC, Lei 8629/93, Lei 4504/64, Lei 6938/81 (política ambiental), Lei 9433/98, Código 
Florestal, Lei de Agrotóxicos, Código de Caça, Leis dos Crimes Ambientais. 
 
AMBIENTE (Lei nº 6938/81) –– ambiente natural 
 
• Relação, interação, existente entre os organismos vivos e o meio natural que os rodeia 
(artigo 1º) – natureza e qualquer meio que cerca o ser humano. 
 
• Hoje há uma visão geocêntrica – os animais, os vegetais e as estruturas artificiais estão 
sujeitas à proteção, não somente o homem – ou seja, o ambiente deve ser visto em 
sentido amplo, todos os organismos tem direitos. 
 
Classificação do ambiente: cada ambiente tem uma proteção legal própria 
 
NATURAL (biológica): composto por biomas (que são regionais) – 5 espécies de 
ambiente natural: 
 
✓ Flora: protegida pelo Código Florestal 
 Proteção da reserva legal (20% a 80%), proteção da mata ciliar, mata de 
nascente, mata de encosta. 
 
✓ Fauna: protege os organismos animais 
 Fauna Nativa, exótica, doméstica 
 
✓ Recursos Hídricos: protegido pela Lei 9433/97 + Código das Águas 
 
✓ Solo: agrotóxicos (competência para disciplinar, regulamentar) 
 
✓ Atmosfera: há formas de poluição da atmosfera 
 Smog 
 Chuva ácida 
 Greenhouse 
Ambiente natural peculiar: 
 Espectro Eletromagnético – direito de antena (rádio pirata) 
Poluição Nuclear 
 
ARTIFICIAL construído pelo homem, por exemplo: tombamento, patrimônio da 
humanidade, direito de vizinhança... 
 
✓ Cultural: pode ser natural ou artificial 
 Preservam as tradições, história, origens de uma comunidade 
 Por exemplo: Cristo Redentor, Cataratas do Iguaçu 
 
✓ Laboral: condições de trabalho – estudado pelo direito do trabalho 
 Por exemplo: pessoas que trabalham em frigorífico 
 
✓ Histórico: se confunde com o ambiente cultural, mas o histórico é mais antigo 
 Por exemplo: ouro preto (cidades históricas) 
 
✓ Paisagístico: pode ser natural ou artificial – agradável aos olhos 
 Por exemplo: deserto do Atacama (natural), torre Eiffel (artificial) 
 
BEM AMBIENTAL = NATUREZA JUDÍDICA 
• O critério de classificação do bem, no direito ambiental, é de acordo com a FUNÇÃO 
(para que serve e não de quem é o bem ambiental). 
 
• TRANSINDIVIDUAL – 3ª categoria de bens (não é público, nem privado) – os bens 
transindividuais podem ser: 
 Coletivos 
 Individuais homogêneos 
 Difusos – OS BENS AMBIENTAIS TEM NATUREZA DIFUSA (titularidade 
indeterminada, fato comum a todos os titulares, indivisibilidade) – por 
exemplo: água. 
 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL 
 
Princípios são normas jurídicas! 
NORMAS: gênero – suas espécies são: 
 Regras: geralmente são escritas, positivadas – são temporárias e valem em determinada 
nação. 
 Princípios: muitas vezes não estão escritos – fundamentam as regra – são universais e 
transcendentais, valem do mundo todo e não tem natureza transitória. 
Conflitos entre regras: hierarquia, uma é revogada 
Conflitos entre princípios: ponderação 
 
PRINCÍPIOS SETORIAIS 
 
 
 
Princípio do Desenvolvimento Sustentável 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Preservação/Precaução 
 
 
 
Meios utilizados para concretização: 
 Licenciamento ambiental 
 EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança 
 EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente 
Artigo 225, caput da CF 
• É um ponto de equilíbrio entre desenvolvimento 
econômico e preservação do ambiente. 
 
• Busca permitir o crescimento do país com o mínimo 
de interferência ambiental possível – Brasil optou – 
desenvolvimento não pode gerar esgotamento dos 
recursos naturais, permitindo seu uso para as 
gerações futuras. 
 
• São diferentes, mas se assemelham – pois seus 
objetivos são tomar medidas para atenuar os danos 
ambientais. 
 
• PREVENÇÃO: providências para evitar dano (atenua 
um dano que com certeza ocorrerá – certeza 
científica). 
• PRECAUÇÃO: não se sabe se o dano vai acontecer, é 
uma eventualidade, não há certeza científica (por 
exemplo: soja transgênica). 
 
 
 
 
Princípio do Poluidor Pagador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Responsabilidade Integral 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Participação 
 
 
 
 
Artigo 1291 do CC - inconstitucional 
• Interpretado de forma errônea – reflete a ideia de 
que quem paga pode poluir. 
• O real sentido é que os encargos com a preservação 
do ambiente não devem ser suportadas pelo Estado 
e sim pelo poluidor. 
• Por exemplo: reciclagem e a logística reversa – o 
empresário que produz o pneu tem a obrigação de 
recolhê-lo depois, o produtor do óleo do carro 
também... para fins de dar destinação correta ao 
produto. 
• Responsabilidade sem culpa – mesmo em caso 
fortuito ou força maior do dano ambiental. Por 
exemplo: Se cair um raio na minha fazenda e 
desmatar a reserva legal – tenho responsabilidade de 
reflorestar. 
• Possibilidade de uma empresa ser penalmente 
responsabilizada por danos ao ambiente. 
• Desconsideração da PJ – bens dos sócios e dos 
administradores respondem, independente de 
fraude. 
• Indenização é a última das alternativas, pois a 
preocupação principal é retornar a condição inicial. 
 
• Todas as pessoas devem conversar o bem ambiental, 
não somente o Estado 
• Sociedade deve ser ouvida em casos de grandes 
empreendimentos – opina, sugere, se informa. 
• Por exemplo: audiências públicas, ensino obrigatório 
de noções ambientais na escola primária... 
 
 
 
 
 
Princípio da Ubiquidade 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Proibição ao Retrocesso 
 
 
 
PERGUNTAS: 
1) Qual é o objetivo principal do desenvolvimento sustentável? 
O objetivo principal é permitir o crescimento econômico com o mínimo de intervenção 
ambiental possível, para que o ambiente seja preservado para as gerações futuras (equilíbrio, 
princípio transgeracional). 
2) Mencione alguns mecanismos concretizadores do princípio da prevenção/precaução. 
Licenciamento ambiental; EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança; EIA/RIMA – Estudo de 
Impacto Ambiental/Relatório de Impacto ao Meio Ambiente 
3) O que se deve entender pela natureza transgeracional das normas ambientais? 
O direito ambiental deve ser pensado para as gerações futuras. 
4) Diferencie Prevenção de Precaução. 
Prevenção: evita danos de ocorrência certa, há uma certeza científica do dano. 
Precaução: cautela antes de saber da ocorrência do dano. 
 
• Significa que o fator ambiental deve estar presente 
nas iniciativas econômicas. 
 
• É aplicado ao ambiente artificial – principalmente na 
construção civil. 
 
• Por exemplo: questão de iluminação, nº mínimo de 
banheiros, acesso às pessoas com deficiência. 
 
• Impede que os avanços, os frutos de um processo 
histórico de consolidação, sejam eliminados. 
 
• Por exemplo: as conquistas ambientais, a 
sistematização de princípios, a positivação na 
Constituição. 
 
 Licenciamento Ambiental 
 
É um processo administrativo (conjunto de atos administrativos), que se destina a investigar a 
viabilidade ambiental de um determinado empreendimento, tendo por objetivo a concessão ou 
não de uma LICENÇA. 
• É um dos mecanismos de efetivação aos princípios da prevenção e precaução. 
 
• Sua função principal é detectar, investigar, a viabilidade ambiental de um investimento 
– pois este deve interferir o mínimo possível no ambiente. 
 
• A LICENÇA é somente um dos atos do processo de licenciamento (não confundir o 
licenciamento com a licença) – resolução 237 do CONAM, artigo 225 da CF. 
 
NATUREZA JURÍDICA 
✓ Ato administrativo discricionário ou vinculado 
✓ Competência do Poder Executivo 
✓ Não existe participação do Legislativo 
✓ Eventualmente pode ser controlado pelo Poder Judiciário 
✓ Por exemplo: IBAMA. 
 
COMPETÊNCIA: existem 2 possibilidades 
✓ A competência ambiental é comum a todosos entes, a lei descreve de quem é 
a competência. 
OU 
✓ A lei não diz qual é o órgão competente – nesse caso é utilizado o critério da 
extensão do evento ao dano, ou seja, se o dano for de projeção municipal a 
competência será deste. 
 
Por exemplo: 
 MUNICÍPIO (Secretaria Municipal do Meio Ambiente)– abrir boate, 
restaurante, cinema. 
 ESTADO (IAP) – hidrelétrica em rio. 
 FEDERAL – IBAMA 
 
 
O PROCESO DE LICENCIAMENTO PASSA POR 8 FASES, A LICENÇA PASSA POR 3 FASE: 
 
→ INSTALAÇÃO (CONSTRUÇÃO) – permite intervenção no ambiente – construção, 
instalação – é mais rigorosa – vale por 6 anos. 
 
→ PRÉVIA – não permite construção e nem operação, verifica se o local escolhido pode ser 
utilizado (função territorial), se o local comporta o empreendimento – prazo de validade 
de 6 anos (se nesse período não concluir as verificações deve pedir outra licença). 
 
→ OPERAÇÃO – vale entre 4 e 10 anos – aqui o empreendimento já está pronto, então 
precisa dessa licença para verificar aspectos de segurança, se todas as exigências foram 
cumpridas. Por exemplo: Boate Kiss – não tinha essa licença. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS DECORRETNES DO LICENCIAMENTO – 4 tipos de 
possibilidades de responsabilidade: 
 EIARIMA favorável – LICENCIA – particular responde pelo dano; 
 
 EIARIMA desfavorável – LICENCIA – particular e estado respondem 
 
 EIARIMA desfavorável – NÃO LICENCIA – só o particular responde (a não ser que seja 
comprovada falha do Poder de Polícia) 
 
 Estado não exigiu o EIARIMA – LICENCIA – particular e estado respondem 
 
 
 
→ O particular sempre responde – devido a Teoria do Trisco Integral (se cria o risco, 
responde). 
→ No caso de EIARIMA favorável, o Estado é obrigado a conceder a licença (ato vinculado). 
→ No caso de EIARIMA desfavorável = ato discricionário a concessão da licença 
 
 
PROTEÇÃO DA FLORA (Lei nº 4.771/65) – artigos 21 e 23 
 
É o conjunto de organismos vegetais, presentes em determinado bioma – Na Lei floresta é igual 
a flora. 
→ A floresta pode ser PÚBLICA ou PRIVADA (para o direito civil) – porém, a flora e as 
floretas para o direito ambiental são bens DIFUSOS (floresta, flora, águas, solo, 
 
 
atmosfera...) – titularidade indeterminada, indivisibilidade e pessoas unidas em torno 
de um direito comum. 
→ Vantagens da floresta: equilíbrio térmico, biodiversidade, umidade, produção de 
oxigênio. 
→ Floresta é uma modalidade de flora, porém a flora nem sempre é formada por floresta. 
Floresta: é o conjunto de espécies arbóreas relativamente altas em uma extensa região. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FLORESTAS - existem 3 critérios: 
 
 
DIVERSIDADE: 
 
✓ Heterogênea: vegetação constituída de grandes variedades de espécies. Por 
exemplo: Floresta Amazônica e Mata Atlântica 
 
✓ Homogênea: vegetação constituída predominantemente de determinado tipo 
de espécie. Por exemplo: Floresta das Araucárias 
 
ORIGEM: 
✓ Nativa: originada na região onde está – proteção legal ampla. Por exemplo: 
Floresta Atlântica, Floresta Amazônica, Floresta dos Coqueirais 
 
✓ Exótica: são introduzidas de fora ou de outros biomas – geralmente é trazida 
para exploração econômica. Por exemplo: Eucalipto, Coníferas... 
 
PERENIDADE: tempo de duração das florestas 
✓ Perenes: permanente, no pode ser derrubada. Por exemplo: Nativas 
 
✓ Temporárias: Já nascem para morrer, visto que foram instaladas para serem 
aproveitadas (exploração econômica). 
 
 
→ FLORESTA DA TIJUCA: nativa, heterogênea e perene; 
 
 
 
RESERVA FLORESTAL 
 
• Mínimo florestal – nos imóveis rurais deve haver o mínimo de proteção florestal. Por 
exemplo: Mata Ciliar, Reserva Legal, Nascentes de Água, Encostas... 
 
• Não importa se é imóvel público ou privado 
 
MATA CILIAR – margem dos rios, lagos – protege contra erosão, poluição e assoreamento – deve 
haver uma largura mínima de 30 metros de mata nas margens dos rios, aumentando conforme 
a largura do rio – quando o rio chega a 600 metros de largura, a mata precisa ser do tamanho 
da metade da largura do rio. 
RESERVA LEGAL – uma porção mínima que não é mata ciliar, que deve acompanhar todo o 
imóvel rural com espécies nativas – bioma atlântico (20%), Cerrado (35%), Amazônia (85%). 
NASCENTES – precisa ter cobertura florestal de 50 metros. 
ENCOSTAS – se tiver inclinação igual ou acima de 45 graus não pode desmatar, para evitar 
erosão e deslizamento de terra. 
DUNAS – ao pode ter desmatamento na zona das dunas. 
MANGUESAIS – existe no litoral, não pode ter desmatamento por razões econômicas, pois são 
habitat de siris. 
FLORESTA DE GRANDE ALTITUDE: acima de 2 mil metros de altitude não pode ser desmatada. 
 
 
AGROTÓXICOS (Lei nº 7.802/89) 
 
• É todo produto derivado de processos físicos, químicos ou biológicos, que alterando a 
composição de um organismo vegetal o tornam resistente a organismos nocivos. 
Previsão Legal – artigo 225, §1º, V, CF – TRATA DA COMPETÊNCIA: aqui se aplica a logística 
reversa – empresa é obrigada a recolher a embalagem que vende (agricultor vai ao posto de 
coleta para entregar a embalagem, em tese, se não devolver não pode comprar novamente). 
• Registro: autoriza a produção ou importação do agrotóxico no Brasil (substância em si) 
– Competência da União – exclusiva (licenciamento) 
 
• Comércio: Instalação de entidades comerciais – Estado Federado que autoriza – não 
produzem, somente vendem 
 
 
 
• Aplicação: competência comum, de todos os entes – para vender é necessário 
receituário (assinado por agrônomo) – este que vai acompanhar a aplicação 
(quantidade, momento correto de aplicação, regime de ventos...). 
 
 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
 
→ O MUNICÍPIO PODE PROIBIR A APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS? 
Alguns dizem que não pode, por uma questão legal (competência comum) – outros dizem que 
sim, pelo peculiar interesse de cada Município – ou seja, somente os Municípios que possuem 
alguma peculiaridade que podem proibir os agrotóxicos (prevalece). 
 
 
PROTEÇÃO DA FAUNA (Lei nº 5.197/67) 
 
É o conjunto de animais, de qualquer natureza, que vivem em determinado bioma. 
→ Natureza jurídica do animal: leis brasileiras tratam animais como “coisas”, ou seja, sem 
personalidade jurídica – ANIMAIS NÃO TEM DIREITOS – mas não quer dizer que não é 
protegido, merece proteção integral (respeitado, entendido, proteção, cuidado...) 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
✓ Nativa: basta que o animal tenha pelo menos parte do seu ciclo de vida no Brasil 
(não precisa nascer, morar ou ser do Brasil, somente ter passado uma parte do 
ciclo de vida no Brasil). 
 
✓ Exótica: composta por animais que não pertencem ao bioma em que se 
encontra (pode ser animal estrangeiro ou brasileiro, mas se for intruso ao bioma 
é considerado exótico – por exemplo: tilápia 
 
 
✓ De Criação: doméstica, ou seja, são animais incorporados ao convívio do 
homem (cão, gato...). 
 
✓ De Abate: animais mantidos e criados para serem abatidos, para fins de 
comércio (bovinos, suínos, ovinos...) – animais nativos que, com autorização, 
podem ser explorados para o comércio. 
 
 
 
Animais que não trazem utilizada nenhuma, não tem nenhuma função, não possuem proteção 
legal. Por exemplo: rato, barata, pernilongo. 
 
TUTELA LEGAL Proteção da vida, Proteção da liberdade, Proteção contra crueldade e 
maus tratos. 
 A fauna nativa tem proteção integral, pois não pode ser morta, aprisionada, não 
pode ser objeto de crueldade e maus tratos – não pode domesticar capivara, 
anta, papagaio, periquito, sabiá. 
(Às vezes é autorizado o abate de animais nativos, quando há superpopulação que ameace as 
pessoas ou do próprio animal - risco dele perecer). 
 A fana exótica pode ser abatida, aprisionada, mas não pode praticar crueldade 
ou maus tratos (avestruz, lhama). 
 
 A fauna de criação pode ser apreendido, mas não pode ser morto, nem sofrer 
crueldade ou maus tratos. A fauna de abate somente tem proteção contra crueldade ou maus tratos, ou 
seja, animais podem ser mortos ou presos. 
 
MANIFESTAÇÃO CULTURAL X AMBIENTE 
 
FATOS SOCIAIS: farra do boi, rodeio, vaquejada e briga de galo – nos 4 casos há manifestação 
cultural envolvendo animais, em que a população tem o costume de usar animais para práticas 
festivas. 
Estes casos representam o conflito entre manifestações culturais e ambiente – as manifestações 
culturais não podem ser superior à proteção aos animais. 
✓ Briga de galo – proibida! 
✓ Farra do boi – não pode ser praticada, por ser crueldade, segundo STF. 
✓ Rodeio – não há posição definida, mas a tendência é que seja permitida, desde que 
técnicas sejam utilizadas para não maltratar os animais. 
✓ Vaquejada – pode ocorrer, desde que não haja crueldade e mau tratos aos animais. 
 
 
 
 
 
 
 
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
 
• Poluição causada por gases nocivos – grande responsável pelos desastres naturais 
(aquecimento global, derretimento das geleiras, doenças respiratórias) 
• É o comprometimento das camadas de ar, que circundam o planeta. E dessas camadas 
a que mais sofre é a BIOSFERA – o problema da poluição atmosférica também interfere 
na atividade fotossintética das plantas, impedindo que a luz solar chegue corretamente 
para a fotossíntese. 
• Esse tema é tratado nas convenções e conferências internacionais 
• Grandes responsáveis pela poluição atmosférica são os países desenvolvidos 
 
MODALIDADES DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
 
→ Greenhouse – efeito estufa ou aquecimento global. 
→ Smog – fenômeno que acontece e período de seca, principalmente localidades onde 
existem muitos veículos automotores (maior ocorrência é na cidade do México) – 
“aquela fumaça no céu” 
→ Chuva Ácida – chuva com ácido sulfúrico, causado pela emissão de monóxido de 
carbono que se misturam as nuvens – esteriliza o solo, polui as águas. 
 
RODÍZIO DE VEÍCULOS (Resolução nº 18 do CONAMA) 
 
COMPETÊNCIA 
• Pela resolução existem 2 entes competentes para instituir o rodízio – ESTADOS 
FEDERADO, DISTRITO FEDERAL e MUNICÍPIOS (união não tem competência). 
• Somente pode criar rodízio quando o município tiver frota de mais de 2 milhões de 
veículos (pode criar, mas não é obrigado) 
 
PECULIAR INTERESSE 
• A lei não proíbe que haja rodízio em casos de peculiar interesse, bem como não proíbe 
o rodízio nos casos em que estiver menos de 2 milhões de veículos (omissão legal) 
• Mas pode pelo peculiar interesse, pela poluição causada pelos veículos. 
 
 
 
 
 
ÁGUAS 
 
• Conceito químico da água – H2O 
 
Competência 
• Antinomia – artigo 22 da CF diz que a competência para legislar sobre águas é da união, 
mas o artigo 24 da CF diz que a competência para matéria ambiental é concorrente. 
• A jurisprudência teve que interpretar sobre esse conflito – a união legisla sobre normas 
gerais (lei 9433) e os estados e municípios legislam de forma suplementar, inclusive 
quanto ao interesse local (Londrina: programa rio da minha rua). 
 
Classificação – existem 2 critérios 
→ FONTE: origem das águas 
 
✓ Águas Pluviais – chuvas 
✓ Águas Fluviais – mares, rios, lagos, lagos 
 
→ LOCAL 
 
✓ Superficiais – aguas que correm sobre a terra 
✓ Escolatícias – subterrâneas, aquíferos, lençóis freáticos (são mais protegidas, 
pois são mais puras) 
 
→ COMPOSIÇÃO: trata de fatores químicos das águas (medido o teor de salinidade) 
 
✓ Salgadas 
✓ Salobras – não tem alta salinidade, mas nem tanto (não é boa para beber) 
✓ Doces – tem mais proteção que as salgadas, pois são para beber 
 
Regime Jurídico – existem 3 leis federais que tratam das águas 
• Código das Águas – do ano de 1934, primeira lei que tratou de ambiente no Brasil – 
estabelece o critério de classificação (públicas e particulares) e também aluvião 
(enxurrada), avulsão (deslizamento de terra) 
 
 Rios públicos são os navegáveis (podem ser da união, estados, município), os 
não navegáveis são particulares. 
 
 
• Código Civil (artigo 1291) – trata das águas na vizinhança (por exemplo: águas artificiais, 
naturais, chuvas, usos das águas, represamentos). 
 
 Artigo 1291 do CC - O possuidor do imóvel superior não poderá poluir as águas 
indispensáveis às primeiras necessidades da vida dos possuidores dos imóveis 
inferiores; as demais, que poluir, deverá recuperar, ressarcindo os danos que 
estes sofrerem, se não for possível a recuperação ou o desvio do curso artificial 
das águas. 
 A jurisprudência considera a segunda parte do artigo inconstitucional, pois 
permite que a pessoa polua se ressarcir o prejudicado. 
 
• Lei de recursos hídricos (Lei 9433/97) – de acordo com o direito ambiental, não direito 
privado. 
 Para o Código Civil e para o Código das Aguas – titularidade (quem é o dono?) – 
pública ou privada. 
 Essa lei leva em conta a função que as águas desempenham – águas são bens 
difusos (titular indeterminado, indivisibilidade, fato comum a todos). 
 
Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97) 
 
• Fundamentos – por que as águas são protegidas? 
✓ É um recurso finito 
✓ Escasso 
✓ Possui valor econômico 
✓ Finalidade primária de dessedentação 
 
• Objetivos 
✓ Desenvolvimento sustentável – para que as águas possam continuar a ser 
usada, para que não acabe a água potável, pois o que acaba é isso, não a água 
em si. 
✓ Política transgeracional (por diversas gerações) 
 
• Mecanismos 
✓ Criação da ANA (agência nacional de águas) – estado é o gestor das águas – 
gestão das águas no Brasil 
✓ Concessão para exploração 
✓ Cobrança pela disponibilidade da água (não pelo uso) – pois está a disposição 
da pessoa – essa cobrança depende de lei estadual, somente 1 estado 
regulamentou até agora (Ceará). 
(em grande parte do mundo escasso), possuem um valor econômico, finalidade primária de 
dessedentação. 
PERGUNTAS 
1. A natureza jurídica das florestas. 
Existem 2 critérios, pontos de vista – o do direito civil leva em conta a titularidade (quem é o 
dono da floresta – pública ou privada) – mata do godoy, reserva legal. 
Mas no ponto de vista ambiental as florestas sempre serão difusos – titularidade indeterminada, 
indivisibilidade e fato comum a todas as pessoais. 
Função: controle de umidade, temperatura, preservação da biodiversidade – vantagens são 
indivisíveis (todos tem os mesmos direitos). 
2. Pode o município proibir uso de agrotóxicos? (2 teses) (tese + antítese + nossa 
opinião). 
Competência em matéria de agrotóxico – existem 2 teses – a primeira é a que interpreta 
literalmente os artigos 22 a 24 da CF: competência para licenciar e fabricar é exclusiva da união, 
município não pode regular o uso, somente fiscalizar o uso (não impedir) – mas a segunda é a 
que interpreta finalisticamente o artigo 30 da CF, diz que em casos de interesse local (peculiar 
interesse), o município poderá proibir. 
Conclusão: opinião do STF é pela segunda tese (palavra chave é a peculiaridade) 
 
3. Por qual razão o estado responde quando, tendo dispensado o EIARIMA, o dano 
ambiental vem a ocorrer? 
 
Licenciamento ambiental e responsabilidade civil – o estado responde em 2 casos 
Quando o EIARIMA é desfavorável e o estado licencia – por exemplo: transposição do rio são 
Francisco 
Quando o EIARIMA dispensa o EIARIMA – estado responde – pois agiu com omissão (não exigiu 
estudo de impacto) – responde pela teoria do risco. 
4. Animais como as andorinhas que vem ao brasil em determinada época mas moram 
em outros biomas, por qual razão elas são fauna nativa? 
É protegida por ter um ciclo de vida no Brasil (mesmo que somente 1 ciclo - reprodução). 
Diferença – nativa (não pode) e exótico (pode ser morto, aprisionado) 
5. Discorra sobre o artigo 1291 do Código Civil, a luz da constituição. 
Segunda parte do artigo – as outras águas (a que não são essenciais) – existe uma interpretação 
errada do princípio do poluidor pagador, poispassa a ideia que se se pagar pode poluir – 
jurisprudência diz que essa segunda parte é inconstitucional, pois o artigo 225 da CF proíbe a 
poluição em suas várias formas – Enunciado 244 da Jornada da Justiça Federal (JJF). 
 
6. Qual a opinião do aluno acerca da prática que ocorre nos países do hemisfério norte 
em que vários cães são atrelados para puxar um trenó? 
É uma prática cultural – toda prática cultural que envolve animais é permitida, desde que não 
cause morte, crueldade e maus tratos. 
7. Fale sobre o princípio da participação apresentando alguns exemplos reais. 
Direito difuso (bem ambiental), não é só estado que trata do bem ambiental, a sociedade civil 
também (sugerindo, se informando, criticando, com ações concretas). 
Audiências públicas, coletas seletivas de lixo e noções básicas de ambiente em ensino 
fundamental e logística reversa.

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