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artigo A LINGUAGEM DE SINAIS E A LIBRAS NO CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
 NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO 
FAVENI
A LINGUAGEM DE SINAIS E A LIBRAS NO CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL
CHAPADÃO DO SUL-MS
2019
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
 NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO 
FAVENI
A LINGUAGEM DE SINAIS E A LIBRAS NO CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL
Artigo científico apresentado à Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Pedagogia Social e Educação Especial e Inclusão.
CHAPADÃO DO SU1L-MS
2019
A LINGUAGEM DE SINAIS E A LIBRAS NO CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL
nome
	
Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daquelas cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo abordar a linguagem de sinais e a libras no contexto histórico e social, analisando a importância e estrutura lingüística da Libras, para o educador interagir com os alunos portadores de deficiência auditiva ou a surdez. Também foram abordadas as questões de direitos: A Constituição Federal de 1988 e demais Leis que garantem Educação de qualidade a todos, incluindo pessoas com qualquer tipo de deficiência. E o dever do Estado de fomentar, dar condições para que “todos” tenham acesso à escola pública e gratuita. A educação dos surdos foi por muito tempo, concebida meramente como “aquisição da oralidade”; vista como condição para inserção social e não direcionada à escolarização ou aquisição do conhecimento. Os surdos necessitavam de uma linguagem própria, mas felizmente em 2002 o governo reconheceu a LIBRAS e anos após o Decreto em 2.005 veio regulamentá-la. Portanto ser educado através da Linguagem de Sinais é um direito adquirido pelos surdos e ter a Língua Portuguesa como sua segunda língua, para uma aprendizagem mais compreensiva e adequada. Atualmente com o reconhecimento da Libras e sendo ela a segunda língua do nosso país, surdos e ouvintes poderão caminhar juntos, diminuindo a exclusão. No entanto a Libras foi uma conquista Histórica para o surdo, devemos procurar conhecê-la e respeitá-la, pois ela trouxe respeito e dignidade para esta comunidade. 
Palavras-chave: Educação de Surdos, LIBRAS, Método Oralista.
__________________
 Graduado em Curso Educação Física. Especializando em Pedagogia Social e Educação Especial e Inclusão. 
ABSTRACT- 
The goal is to address the sign language and the pounds in the historical and social context, analyzing the importance and linguistic structure of Pounds, for the teacher to interact with students with hearing impairment or deafness. Was also addressed issues of rights: The Federal Constitution of 1988 and other laws that ensure quality education to all, including people with any kind of disability. And the duty of the State to promote, provide conditions for "everyone" to have access to free public school. The deaf education has long been conceived merely as "acquisition of orality"; seen as a condition for social integration and undirected schooling or knowledge acquisition. Deaf needed its own language, but fortunately in 2002 the government recognized the LBS and years after the Decree came in 2005 to regulate it. So be educated through Sign Language is a right acquired by deaf and have Portuguese as their second language, for a more comprehensive and appropriate learning. Currently the recognition of pounds and she being the second language of our country, deaf and hearing may walk together, reducing exclusion. However the Pounds was one Historic achievement for the deaf, we should seek to know her and respect her because she brought respect and dignity to this community.
KEYWORDS: Education of the Deaf, LIBRAS, Oralist Method and Legislation
1 INTRODUÇÃO
De acordo com a Ferreira Brito, (1985) a Língua de sinais é um termo utilizado para destacar a comunicação produzida pela modalidade gestual, visual, especial das pessoas surdas que no Brasil chamam-se Libras, vale ressaltar que esta linguagem possui sua própria estrutura gramatical. A LIBRAS é utilizada pelos surdos brasileiros e ao contrário do que muitos pensam, ela não é universal e foi reconhecida como língua a partir da lei 10.436 de 24 de abril de 2002. O profissional, que atuava como intérprete antes era voluntário, passou a ser reconhecido após o reconhecimento da LIBRAS. As definições sobre o papel do tradutor e intérprete de Língua de Sinais e sua trajetória no Brasil tem sido e requisitado nos diversos contextos de inclusão social e escolar do surdo.
	É importante esclarecer que a língua de sinais falada no Brasil, não é única, pois ainda existem outras Línguas de Sinais, a dos Urubus-Kaapor (LSKB) que é utilizada por índios na Floresta Amazônica, segundo o estudioso Ferreira Brito (1984).
	Como qualquer língua oral, as Línguas de Sinais também são complexas e expressivas podendo Expressar: idéias, sentimentos, inclusive idéias abstratas, complexas, por isso os usuários da língua podem discutir inúmeros assuntos: futebol, política, religião, trabalho, piadas, moda, filosofia, lazer, enfim a um leque de discussão, mas isso acontece quando tem acesso aos conteúdos através do intérprete de LIBRAS, considerando a importância e a necessidade da LIBRAS nesse artigo será abordado a língua brasileira de sinais no contexto histórico. 
2- MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia que apoia a seleção e a priorização de um conjunto de dados bibliográficos que represente o assunto pesquisado. O processo envolve a formação de uma base de dados preliminar bruta, seguida da aplicação de uma série de etapas de filtro para a formação de uma base de dados convergente com os objetivos da pesquisa e termina com a priorização desses dados. 
O método adotado para exemplificar a aplicação da metodologia à seleção de artigos em diferentes contextos para melhor desenvolver o tema 
3 DESENVOLVIMENTO	
A Língua de sinais é um termo utilizado para destacar a comunicação produzida pela modalidade gestual, visual, especial das pessoas surdas que no Brasil chamam-se Libras, vale ressaltar que esta linguagem possui sua própria estrutura gramatical. A LIBRAS é utilizada pelos surdos brasileiros e ao contrário do que muitos pensam, ela não é universal e foi reconhecida como língua a partir da lei 10.436 de 24 de abril de 2002. É importante esclarecer que a língua de sinais falada no Brasil, não é única, pois ainda existem outras Línguas de Sinais, a dos Urubus-Kaapor (LSKB) que é utilizada por índios na Floresta Amazônica, segundo o estudioso Ferreira Brito (1982).
Não ouvir faz o surdo criar uma maneira própria de se comunicar mas não o impede de adquirir uma língua e nem de desenvolver a sua capacidade de representação. Como qualquer língua oral, as Línguas de Sinais também são complexas e expressivas podendo Expressar: ideias, sentimentos, inclusive ideias abstratas, complexas, por isso os usuários da língua podem discutir inúmeros assuntos: futebol, política, religião, trabalho, piadas, moda, filosofia, lazer, enfim a um leque de discussão, mas isso acontece quando tem acesso aos conteúdos através do intérprete de LIBRAS, considerando a importância e a necessidade da LIBRAS nesse artigo será abordado a língua brasileira de sinais no contexto histórico. A língua de sinais é uma língua com condições de proporcionar não apenas a comunicação efetiva entre os surdos como,também a expressão de sentimentos a composição de poesia a discussão filosofia, dessa forma a Libras é um idioma completo.
3.1 Uma Breve História da Educação de Surdo e da LIBRAS 
 Segundo Skliar (1997) ao, o longo da história, a educação dos surdos vem encaminhando para novos rumos em busca de estabelecer a forma mais adequada para alcançar a aprendizagem e para integrar o surdo na sociedade. Após estudos lingüísticos das Línguas de Sinais dos Estudos Surdos realizados, constatou-se que os surdos têm sua própria cultura. Constata-se também que a comunidade surda apresenta características que a define como grupo cultural e não como pessoas apenas com deficiência. Para uma melhor compreensão histórica da educação do surdo é importante saber como foi sua concepção nas sociedades anteriores.
	Na Antiguidade, durante muitos séculos, as pessoas com deficiências eram banidas da sociedade, sendo exterminadas, pois acreditavam que o nascer de um filho deficiente era um castigo vindo dos céus por causa dos pecados cometidos, que não tinham alma e que tratava de um indivíduo possuído por forças malignas.
	No Período Medieval a educação e a religião estavam ligadas intimamente, pois o princípio filosófico educacional era moldar o cidadão em benefício do clero. Os surdos eram privados dos direitos religiosos e civis, não podendo contrair o matrimônio e nem usufruir de direitos de herança.
Para Skliar (1997) o médico Cardano (1501-1576) foi um dos primeiros a afirmar que os surdos deveriam ser educados, ele tinha um filho que era surdo, por isso desenvolveu estudos do ouvido, da boca e do cérebro, mas não continuaram suas pesquisas. No século XVI surgiram os primeiros educadores surdos, sendo Pedro Ponce de Léon o precursor instruindo os surdos filhos da nobreza no Monastério de Oña, este ensino atraiu e aproximou os surdos da nobreza e os de classes inferiores. Já Juan Pablo Bonet, surge décadas depois sua filosofia de ensino era individualizada, pois acreditava que o aluno estando só evitava-se distrações e conquistava sua aprendizagem, mas isso dificultou a convivência dos surdos na sociedade. Por volta 1970 Charles Michel de I'Épée fundou em Paris a primeira escola pública para surdos, com uma educação coletiva apoiando a língua de sinais. Sua escola foi bem sucedida, quinze anos após a fundação, já contava com 70 alunos surdos, onde eram proporcionados ao educando ambiente de aprendizagem, articulação com a comunidade, isso fez com que a língua de sinais Francesa se estruturasse de maneira a influenciar outras línguas de sinais inclusive a brasileira.
Na educação com L'Épée a comunidade viveu seu momento de glória, pois os surdos tinham a participação efetiva na educação, sendo um professor surdo que transmitia informação por meio do canal visual-gestual nas escolas para as crianças surdas.
	Mas a fase crucial estava ainda por vir, para os representantes contemporâneos do método referencial de ensino deveria ser o Oralismo. No I Congresso Internacional realizado em Paris e em Congressos realizados na França sobre a educação de surdos, favorecia o método oralista como estratégia de ensino.
 	Em 1880, foi realizado em Milão, o II Congresso Internacional, que mudou o rumo da Educação dos surdos, considerando um marco para essa comunidade. Seus organizadores eram em sua maioria oralista, seus objetivos era fortalecer suas proposições em relação à surdez e a educação dos surdos.
	Após este Congresso o método Oralista foi o referencial adotado por escolas de todo mundo, este método dominou os espaços escolares, durante mais de cem anos, os alunos passaram a serem proibidos de utilizarem sinais e gestos nas escolas, os pais não podiam utilizar nenhum tipo de gesto com as crianças em casa.
3.2 Método Oralista e Bilingue
 De acordo com Sacks (1990) Thomas Gallaudt foi o principal opositor do método oralista, pois ele defendia que o melhor método de ensino para os surdos era o método misto, mais conhecido como o método da comunicação total. Ele ”desenvolvia nos Estados Unidos um trabalho baseado nos sinais metódicos do abade De L'Épée' a comunicação total". Na comunicação total são utilizadas todas as possíveis formas de comunicação como auxiliares no desenvolvimento da fala, inclusive gestos naturais das crianças surdas, alfabeto manual, leitura facial e até utilização de aparelhos auditivos.
	As evidências de que os surdos não obtiveram êxito na aprendizagem com o enfoque oralista puro da língua oral deixava muito a desejar, fez com que uma nova época se iniciasse no ensino de surdos: o enfoque bilíngüe.
	O método bilíngue consiste em garantir a criança surda o acesso à língua de sinais o quanto antes, propiciando seu desenvolvimento em um ambiente estimulador, e a língua portuguesa como segunda língua, visando a facilitar sua socialização na sociedade ouvinte. O método bilíngue é entendido como um programa educativo que utiliza duas línguas para ensinar, as quais são utilizadas em contextos diferentes para que o aluno possa manejá-las separadamente. Segundo salienta Goldfeld (1997) em relação ao bilinguismo:
O conceito mais importante que a filosofia bilíngue traz é de que os surdos formam uma comunidade, com cultura e línguas próprias. A noção de que o surdo deve, a todo custo, tentar aprender a modalidade oral da língua para aprender a modalidade oral da língua para poder se aproximar o máximo possível da língua padrão de normalidade é rejeitada por esta filosofia. (GOLDFELD 1997, p.39)
	O fato que acontece é que muitas vezes as crianças conseguem ter acesso à língua de sinais muito tarde, isso dificulta a sua aprendizagem e aquisição de sua linguagem, e do ensino bilíngue com isso o conhecimento de Libras não fica restrito. Para VYGOTSKY, (2001) a linguagem é indispensável para a aprendizagem.
A linguagem é responsável pela regulação da atividade psíquica humana, pois é ela que permeia a estruturação dos processos cognitivos e é assumida como constitutiva do sujeito, pois, possibilita interações fundamentais para a construção do conhecimento. (VYGOTSKY, 2001, p. 21)
	Em suas considerações Quadros (1997) que Bilinguismo é o uso que as pessoas fazem aos diferentes contextos sociais, em momentos diferentes.
	Na escola de surdo muitas vezes com um oralismo mais flexível, ainda continuam ensinando a língua oral Portuguesa como principal e linguagem de sinais como secundária. Por isso é importante rever a postura do professor na educação bilíngue e adaptar o currículo e o projeto político da escola contemplando essa nova Filosofia de ensino. 
3.3 Língua de Sinais e as Legislações Vigentes 
Para Brito, (1995) a estrutura da LIBRAS é constituída a partir de parâmetros que se combinam, principalmente com base na simultaneidade. 
	As Linguagens de Sinais são independentes da estrutura da Língua Portuguesa, pois a formação dos sinais parte do parâmetro, utilizando a combinação do movimento das mãos, o corpo e um determinado espaço frente ao corpo. Partindo desse parâmetro organiza sua gramatical nos diferentes níveis lingüísticos. Os três Parâmetros maiores são: Configurações das mãos, Movimento e Ponto de Articulação e Parâmetros menores: Região de Contato, Orientação das Mãos e Disposição das Mãos. Juntamente com esses Parâmetros também se encontram dois pontos fundamentais, a Expressão Facial e a Expressão Corporal. Portanto a Língua de Sinais é gestual-visual e contêm sinais que junto com as expressões corporais e faciais (alegre, triste, interrogação, afirmação, exclamação e negação), expressam pensamentos e contextos que podem ser captados pela visão, em suma, as expressões que dão "vida" aos sinais. 
	O caminho percorrido na educação do surdo para alcançar seus direitos legais tem sido uma tarefa árdua como visto na sua história, sabe que existe muito a conquistar e vencer o preconceito existente em nossa sociedade em relação à surdez.
	Já existiam alguns artigos que asseguravam o direito à educação surda, na Constituição Federal de 1967 e a ConstituiçãoFederal de 1988 enfatiza a importância das culturas diferentes da sociedade e reconhece a cultura dos surdos. A LDB de 1996 entre algumas inovações traz a idéia de inclusão destes em escolas do ensino regular. 
	Em 2.002, com a Lei n. 10.436, de 24 de abril, foi reconhecido pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, uma língua específica para o surdo a LIBRAS. A Lei n.10.436, de 24 de abril de 2.002, veio trazer respeito e dignidade a comunidade surda, conforme delata no (BRASIL, 2002 p.108-121):
O Art. 1º É reconhecido como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de sinais -Libras- e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua de sinais a forma de comunicação, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Um dos aspectos gerais importantes que esta lei traz ao surdo é a idéia de cultura e da comunidade surda. Trata de conceitos específicos ao estudo da surdez dentro do enfoque educativo, pois, esta comunidade surda apresenta características específicas que devem ser respeitadas. Pode parecer estranho pensar na surdez como produtora de uma cultura e de uma língua diferente, uma vez que estamos acostumados com a idéia de surdez apenas como deficiência e a Língua de Sinais como uma simples manifestação desta patologia.
O Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder publico em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e a difusão da Língua de sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. (BRASIL, 2002).
A criação desta lei surgiu a partir de um movimento de sensibilização das autoridades para garantir a educação e qualidade de vida dos surdos. Apesar desta conquista política, saiba que as leis que norteiam a educação dos surdos ainda estão em fase de adaptação, uma vez que novas necessidades surgem ao longo dos anos.
De acordo com o Art. 3º As instituições públicas e as empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir o atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. (Brasil 2002 p.1-61)
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial de Fonoaudióloga e de Magistério, em seus níveis médios e superiores do ensino de Língua de sinais, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs, conforme a lei vigente.
Parágrafo único. A Língua de sinais não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. (BRASIL, 2002 p.1-61).
Através desta Lei, Libras deixa de ser marginalizada e a comunidade surda, passa a ter uma língua, uma cultura e identidade, abrindo novas possibilidades de acesso ao conhecimento. 
De acordo com Bernardino (2000) a língua de sinais, para o surdo, tem um valor importantíssimo; é ela que possibilita seu relacionamento com mundo surdo e com o ouvinte; é uma língua através da qual expõe naturalmente suas emoções.
A Língua de sinais foi uma conquista essencial e muito importante para os surdos, conforme podemos observar no discurso. 
	Em quase três anos após a Lei 10436, o "Decreto n.5.626, de 22 de dezembro de 2005, trouxe respaldo significativo para os surdos no âmbito educacional com medidas que favorecem a sua inclusão no ensino regular, consta no BRASIL (2005 p. 108-121) que": 
 De acordo com o Art.14. As instituições federais de ensino devem garantir obrigatoriamente as pessoas surdas acesso à comunicação, a informação e a educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapa e modalidades de educação infantil até a superior.
II - Ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino de Libras e também da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos. As escolas devem promover: professores ou instrutores de libras, tradutor e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa, professor para o ensino de língua portuguesa como segunda língua para pessoas surdas, e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade lingüística manifestada pelos alunos surdos.
Portanto ser educado através da Linguagem de Sinais é um direito adquirido pelos surdos e ter a Língua Portuguesa como sua segunda língua, para uma aprendizagem mais compreensiva e adequada. Porém cabe ao professor que atua nesta área, conhecer a língua de sinais e buscar compreender a cultura e a identidade deste sujeito, para que juntos possam construir uma aprendizagem significativa. Pois a concepção da educação surda do passado é uma estrutura básica para o presente e o futuro.
IV - garantir atendimento às necessidades educacionais especiais de aluno surdo, desde a educação infantil, nas salas de aulas e também em salas de recursos, em turno contrário ao da escolarização;
As instituições federais de ensino passarão a ser responsáveis pela educação básica, garantindo assim a inclusão de alunos surdos na educação infantil, no ensino fundamental, médio e profissional, com professores especializados e devidamente credenciados pelo MEC.
	Após a conquista de Libras as instituições federais de ensino passaram a ser responsáveis pela educação básica, garantindo a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva nas escolas e classes bilíngues, na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio ou educações profissionais abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores especializados e devidamente credenciados pelo MEC, bem como a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
4 CONCLUSÃO
Concluiu-se que a Língua de sinais foi uma conquista essencial e muito importante para os surdos, pois a educação dos surdos vem encaminhando para novos rumos em busca de estabelecer a forma mais adequada para alcançar a aprendizagem e para integrar o surdo na sociedade.
A LIBRAS foi reconhecida como língua a partir da lei 10.436 de 24 de abril de 2002. O profissional, que atuava como intérprete antes era voluntário, passou a ser reconhecido após o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. As definições sobre o papel do tradutor e intérprete de Língua de Sinais e sua trajetória no Brasil tem sido e requisitado nos diversos contextos de inclusão social e escolar do surdo.
Após a conquista de Libras as instituições federais de ensino passaram a ser responsáveis pela educação básica, garantindo a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva nas escolas e classes bilíngues, na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio ou educações profissionais abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores especializados e devidamente credenciados pelo MEC, bem como a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
Fica claro que a aquisição da Libras pelo surdo é de suma importância para o desenvolvimento de dos deficientes auditivos. Para acontecer a construção de nossa identidade, como somos seres sociais, precisamos identificar-nos com uma comunidade social específica e, com ela, interagir de modo pleno, não basta uma língua e uma forma de alfabetização, mas, sim, um conjunto de crenças, conhecimentos comuns a todos. Na educação oralista, as crianças surdas tinham apenas professores ouvintes e eram proibidas de ter contato com surdos adultos que sinalizavam. Como a maioria das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, por vontade da família ou mesmo por vontade própria, os surdos tentavam oralizar e mesmo surdos profundos falavam que ouviam. Com o bilinguismo e com o reconhecimento da Libras como uma língua oficial do Brasil, há contato com os surdos adultos, sinalizadores e todos começam a se identificar como surdos.
	Para que a inclusão do surdo aconteça noensino regular, o professor necessita estar preparado para lidar com essa diferença, por meio de atitudes, repensando sua prática, mas o que acontece é que muitas vezes o seu despreparo se torna uma barreira. 
5 REFERÊNCIA:
ALMEIDA, Josiane Junia Facundo de. Língua Brasileira de Sinais: história. São Paulo Pearson Prentice Hall, 2009.
ARANHA, M.S.F. Integração Social do Deficiente: Análise Conceitual e Metodológica. Temas em Psicologia, número 2, pp. 63-70. Ribeirão Preto, 1995.
BERNARDINO, Elidéia Lúcia. Absurda ou lógica? : os surdos e sua produção linguística. Belo Horizonte: Profetizando Vida, 2000.
BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS- e dá outras providências. Diário Oficial da União.
FERREIRA-BRITO, L.. Similarities and differences in two Brazilian sign languages. Sign Language Studies, v. 13, n. 42, (1984) p. 45-56.
LACERDA, C.B.F. de. Os processos dialógicos entre aluno surdo e educador ouvinte: Examinando a construção de conhecimentos. Tese de Doutoramento Campinas: Unicamp, Faculdade de Educação, 1996.
SACKS, O.W. Vendo Vozes: uma jornada pelo mundo dos surdos. Trad. Alfredo Barcellos Pinheiros de lemos. Rio de Janeiro: Imago, 1990.
SKLIAR, C; Educação e exclusão: Abordagens sócias antropológicas em educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1997.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
BRASIL, Ministério da Educação. Dados sobre número de deficientes auditivos no Brasil (MEC, 2005). Disponível em:
http://portal.mec.gov.br//seesp/index.php?option=content&tash=view&id=1638&FlagNotícias=1&Itemedid=1754 acesso em 25 de julho de 2019.
LACERDA, C. B. F. de. Um pouco da História das diferentes abordagens na educação dos surdos. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. Acesso em 05 de agosto de 20109.

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