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PRINCÍPIOS ANALÍTICOS FARMACÊUTICOS CURSO DE FARMÁCIA SÃO PAULO 2020 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Campus Chácara Santo Antônio Curso: FARMÁCIA Disciplina: PRINCÍPIOS ANALÍTICOS FARMACÊUTICOS Prof.(a): SANDRA A.G. MORETTO NOME DO ALUNO: Jamile S Lima Soares Thalita Alberto Silva Márcia Conceição De Souza Francis Mayara Lopes F S Viviane Pereira Da Silva Leite RA: D85GHI7 N480122 F04GBC0 F009920 F072851 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 2. OBJETIVO............................................................................................................................ 6 3. BENZOATO DE BENZILA ................................................................................................ 7 3.1. DOSEAMENTO .............................................................................................................. 7 3.2. MODO DE PREPARAÇÃO DA SUBSTANCIA DE BENZOATO DE BENZILA ..... 7 3.3. MATERIAL UTILIZADO NA PREPARAÇÃO DO ÁCIDO CLORÍDRICO E HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO........................................................................ 8 4. VALIDAÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO ..................................................................... 9 4.1. SELETIVIDADE ............................................................................................................. 9 4.2. LINEARIDADE ............................................................................................................ 10 4.3. EXATIDÃO ................................................................................................................... 10 4.4. PRECISÃO .................................................................................................................... 11 4.5. ROBUSTEZ ................................................................................................................... 11 4.6. MATERIAIS DE REFERÊNCIA CERTIFICADOS .................................................... 11 5. METODOLOGIA ............................................................................................................... 13 6. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 15 RESUMO Este trabalho refere-se ao insumo benzoato de benzila, onde através do mesmo procedemos para verificar como foi realizado o doseamento, substancias utilizadas para dar origem ao produto e tipo de material utilizado, tudo com o intuito de entender como é realizado o processo de validação de um método analítico. Com o estudo desse processo podemos avaliar sua importância para o desenvolvimento de fármacos e sua eficácia, verificar a importância do laboratório escolhido para a realização do procedimento, ganhamos conhecimentos de documentação necessária para a validação, conhecimento sobre seus órgãos responsáveis e a importância de pessoal habilitado para desempenhar o trabalho. Ficou esclarecido as fases de validação, suas eficácias e suas finalidades, assim terminamos o projeto tendo total clareza da importância da validação para toda a sociedade. Palavras-chave: validação, método analítico, documentação. 4 1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento e validação de métodos, para análise quantitativa de fármacos, requer o conhecimento das características físico-químicas das substancias, seleção das melhore condições de análise e otimização dos processos de extração (SANTOS et al., 2011). A validação de uma metodologia garante a qualidade e a funcionalidade do método, uma vez que há inúmeros fatores que podem interferir nos resultados (Valentin; Someer; Matioli,2004). A Resolução RDC n°166, de 24 de julho de 2017,determina que a validação deve demostrar que o método analítico produz resultados confiáveis e é adequado a que se destina , de forma documentada e mediante critérios objetivos, os mesmos revelados por meio de especificidade, linearidade, exatidão , precisão e robustez , parâmetros fundamentais para garantir a qualidade do fármaco. A validação é uma etapa muito importante no processo de análise de medicamentos, pois seu objetivo é assegurar a confiabilidade dos resultados obtidos pelo método analítico empregado, através da sua comparabilidade, rastreabilidade e confiabilidade (PASCHOAL, 2007). O objetivo da validação do método analítico é garantir que a metodologia analítica seja exata, precisa, estável, reprodutível e flexível sobre uma faixa especifica de uma substancia em análise. Aqui, precisamos garantir que as análises de rotina reproduzam valores consistentes ao valor de referência. Com isso, temos que o método é considerado validado se suas características estiverem de acordo com os requisitos estabelecidos ou seja, não existe diferença entre os experimentos que determinam os parâmetros estudados e a validação (PORTAL ACTION). A validação de um método analítico não significa que este possa ser utilizado indiscriminadamente para vários medicamentos, para cada caso é necessário resultados evidentes que assegurem a funcionalidade do método (VALENTINI; SOMMER; MATIOLI,2007). Assim como já podemos ter avaliado, nosso principal objetivo aqui é aprender a importância da validação de um método analítico, para descobrirmos seus efeitos, riscos, custos. A validação é um dos principais processos para se chegar a um fármaco. Para ser validado o principal requisito é utilizar substancias de referência oficializadas pela farmacopeia Brasileira ou, na ausência destas, por outros códigos autorizados pela legislação 5 vigente. No caso da inexistência dessas substancias, será admitido o uso de padrões de trabalho, desde que a identidade e o teor sejam devidamente comprovados (RDC899/2003). 6 2. OBJETIVO O objetivo deste trabalho é entender como se é feito a validação de um fármaco através de um método analítico, saber diferenciar os métodos, seus parâmetros, saber sobre as leis e seus documentos que são necessários para tal procedimento, entender seu benefício e explicar sua importância. E assim sendo nosso fármaco escolhido é o benzoato de benzila, para demostrar como é feito a validação. 7 3. BENZOATO DE BENZILA A substancia do benzoato de benzila pertence ao grupo de escabicidas e pediculicidas. Sua formula molecular C14H12O2;212,25 Benzoato de benzila;01155 Éster fenilmetílico do ácido benzoico (120-51-4) 3.1. DOSEAMENTO Pesar, com exatidão, cerca de 2 g da amostra, transferir para Erlenmeyer e adicionar 50 ml de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV. Adaptar ao frasco um condensador de refluxo e ferver durante uma hora. Resfriar e titular o excesso de hidróxido de potássio com ácido clorídrico 0,5 M SV, acrescentando duas gotas de fenolftaleína SI. Realizar o ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada ml de hidróxido de potássio 0,5 M SV equivale a 106,120 mg de C14H12O2. 3.2. MODO DE PREPARAÇÃO DA SUBSTANCIA DE BENZOATO DE BENZILA Ácido clorídrico M SV. Especificação-contém 85 ml de ácido clorídrico em 1000ml de solução aquosa. Padronização -pesar, com exatidão, cerca de 1,5 g de carbonato de sódio anidro, acrescentar 100 ml de água e duas gotas de vermelho de metila SI, adicionar o ácido lentamente, a partir de bureta, até coloração rósea fraca, aquecer a solução até ebulição, esfriar e continuar a titulação. Repetir essa sequencia de operação até eu o aquecimento não afete a coloração rósea. Calcular a molaridade, cada 52,99 mg de carbonato de sódio equivalem a 1ml de ácido clorídrico M. Hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV. Sinonímia-hidróxido depotássio alcoólico 0,5 M SV. Preparo-dissolver 3g de hidróxido de potássio em 5 ml de água e completar o volume para 100ml com álcool etílico, deixar a solução em repouso durante, aproximadamente, 24 horas, decantar o liquido límpido e transferir para recipientes de material inerte e protegidos da luz. 8 Padronização -titular 20ml da solução de hidróxido de potássio com ácido clorídrico 0,5 M SV usando 0,5 ml de fenolftaleína SI como indicador, cada ml de ácido clorídrico 0,5 M SV equivale a 28,060mg de hidróxido de potássio. 3.3. MATERIAL UTILIZADO NA PREPARAÇÃO DO ÁCIDO CLORÍDRICO E HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO Na preparação dessas substancias foram utilizados balança analítica, bureta, balão volumétrico, Erlenmeyer, conta gotas. 9 4. VALIDAÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO Para o planejamento e execução da validação é importante definir a aplicação, objetivo e escopo do método; definir os parâmetros de validação e critérios de aceitação; verificar se as características de desempenho do equipamento estão compatíveis com o exigido pelo método em estudo; qualificar os matérias, por exemplo, padrões e reagentes ;planejar os experimentos de validação, incluindo o tratamento estatístico e fazer os experimentos de validação. As formas de fazer a validação é comparando se os resultados com os obtidos por outros métodos normalizados ou similares já validados; comparações inter laboratoriais; comparações intra laboratoriais; avaliação sistemática dos fatores que influenciam o resultado; avaliação da incerteza de medição com base no conhecimento dos princípios do método e na experiencia prática e ensaios de repetitividade e reprodutibilidade. Bem de acordo com a Anvisa e o Inmetro os parâmetros analíticos para validação são seletividade, linearidade, exatidão, precisão, robustez, agora vamos explicar um pouco sobre cada um deles. 4.1. SELETIVIDADE A matriz da amostra pode conter componentes que interferem no desempenho da medição. Os interferentes podem aumentar ou reduzir o sinal, e a magnitude do efeito também pode depender da concentração. Experimentos para avaliação da seletividade descritos na literatura sobra validação de métodos analíticos envolvem ensaios com padrões ou materiais de referência, amostras com e sem o analito, além da avaliação da capacidade de identificação do analito de interesse na presença de interferentes. Quando não há disponibilidade de interferentes alguns autores sugerem a avaliação da habilidade de medição do analito por diferentes métodos, técnicas ou por meio de variações nas condições instrumentais. Se a seletividade não for assegurada a linearidade a tendência e a precisão estarão seriamente comprometidas. O procedimento pode ser feito através da análise da amostra e materiais de referencia pelo método em estudo e outros métodos validados, habilidade do método em estudo de identificar e dosar o analito na presença de interferentes, evidencias necessárias Pra dar suporte e gerar confiabilidade suficiente, ou ainda podemos analisar amostras contendo vários interferentes suspeitos na presença do analito, de interesse, efeito de interferentes a presença de interferente acentua ou inibe a detecção ou quantificação do analito de interesse. Se alteram resultados aperfeiçoar o método ou selecionar outro mais adequado. 10 4.2. LINEARIDADE A maioria dos equipamentos de medição existentes estabelece a sua faixa dinâmica linear, é necessário, entretanto verificar até que ponto a faixa de concentração do analito coincide com a faixa dinâmica linear e assegurar que nenhum outro fenômeno tenha impacto indesejável na resposta. A quantificação requer que se conheça a dependência entre a resposta medida e a concentração do analito, a linearidade é obtida por padronização interna ou externa e formulada como expressão matemática usada para o cálculo da concentração do analito a ser determinado na amostra real, a equação da reta que relaciona as duas variáveis é; y=a+bx sendo; y= resposta medida ( absorbância, altura ou área do pico, etc.); x= concentração; a= interseção com o eixo y, quando x=0; b= inclinação da curva analítica =sensibilidade. O método é mais sensível quando pequenas variações de concentração resultam em maior variação na resposta ou seja , maior inclinação (b).Em geral serão necessários vários níveis de concentração no mínimo cinco para construir a curva analítica, o número de replicadas em cada nível de concentração deve ser o mais próximo possível daquele empregado na rotina do laboratório . A linearidade de um método pode ser observada pelo gráfico dos resultados dos ensaios em função da concentração do analito e verificada a partir da equação da regressão linear, determinada pelo método dos mínimos quadrados, para tal deve ser verificada a ausência de valores discrepantes para cada nível de concentração e a homocedasticidade dos dados , antes de fazer a regressão linear. Calcular o modelo através da regressão linear os resíduos e coeficiente de correlação linear (r), este é frequentemente utilizado para indicar o quanto a reta pode ser considerada adequada como modelo matemático para o estudo de caso, uma alternativa para avaliar a linearidade seria a realização da análise de variância (anova) na regressão. Alguns procedimentos analíticos não demostram linearidade mesmo após qualquer transformação, nesses casos a resposta analítica pode ser descrita por uma função que modela a concentração do analito na amostra. 4.3. EXATIDÃO A exatidão mostra que o valor da medida está muito próximo do valor real, um exemplo seria se um técnico que usou uma balança tivesse por descuido deixado cair um resíduo solido no prato da balança os resultados dariam inexatos porque não corresponderiam corretamente ao 11 valor real, assim apesar de precisa a balança não está exata. Contudo nos laboratórios usam se equipamentos volumétricos com elevada precisão e exatidão, além disso mesmo entre as vidrarias usadas nos laboratórios existem algumas que são mais precisas e exatas do que outras. E a pessoa que está realizando a leitura dos dados deve tomar cuidado para faze-las de modo bem criterioso, pois disso depende a precisão das medidas. 4.4. PRECISÃO Normalmente determinada para circunstancias especificas de medição e as três formas mais comuns de expressa-la são: por meio de repetitividade, precisão intermediaria e da reprodutibilidade, sendo usualmente expressas pelo desvio padrão e coeficiente de variação. O coeficiente de variação, também conhecido como desvio padrão relativo é calculado da seguinte forma: C.V=DPDPR=100 CMD x (6) sendo: DP= desvio-padrão; CMD = concentração média determinada. 4.5. ROBUSTEZ Para determinar a robustez de um método de ensaio pode-se recorrer ao teste de youden, trata- se de um teste que permite não só avaliar a robustez do método, como também ordenar a influência de cada uma das variações nos resultados finais, indicando qual o tipo de influencia de cada uma dessas variações. Convém salientar que quanto maior for a robustez de um método maior será a confiança desse relacionamento a sua precisão. 4.6. MATERIAIS DE REFERÊNCIA CERTIFICADOS Sempre que possível, os materiais de referência certificados (MRC) devem ser utilizados no processo de validação de um método de ensaio, um MRC possui um valor de concentração, ou uma grandeza para cada parâmetro e uma incerteza associada. É muito importante, portanto, que o fornecimento desses MRCS seja realizado por organismos reconhecidos e confiáveis, como por exemplo: INMETRO, NIST, LGC, etc. O uso correto dos MRC consiste na sua análise para avaliar o desempenho do laboratório, na avaliação da tendência utilizando um material de referencia certificado, os valores obtidos pelo laboratório média e o desvio padrão amostral de uma serie de ensaios em replicata devem ser 12 comparados com os valorescertificados do material de referência, para esta comparação podem ser utilizados diversos critérios de decisão entre os quais: -Erro relativo; índice z (z- score), e erro normalizado. Quando o valor obtido não estiver dentro do intervalo da região de aceitação para o valor certificado, o laboratório deve procurar as causas desse desvio e procurar eliminá-las. Após todas essas informações podemos notar que para a validação de um método analítico é importante o laboratório estar em perfeita ordem, tanto em seus equipamentos, suas vidraçarias, quanto em ter pessoal especializado para assim conseguir um resultado de excelência, ou seja tudo tem que estar calibrado dentro das normas especificadas, documentação em ordem e seus técnicos instruídos de maneira a exercer a função com total destreza. 13 5. METODOLOGIA Foi realizada uma revisão na literatura, nas bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os termos, validação de métodos analíticos, importância da validação, utilizamos a RDC, a Farmacopeia Brasileira, Anvisa. 14 6. CONCLUSÕES Um método analítico validado significa que todo o procedimento, desde a operação de equipamentos até a sequência analítica seja aceito como correto e confiável. A validação de métodos analíticos é de grande importância na garantia da qualidade na produção de medicamentos, pois assegura a confiabilidade de seus resultados e da qualidade dos medicamentos, levando segurança aos consumidores. 15 REFERÊNCIAS Brasil. Agencia nacional de vigilância sanitária Resolução RDC 166 de 24 julho de 2017. Brito.N.M et, al Validação de métodos analíticos, estratégias e discussão. INMETRO. Coordenação geral de acreditação. DOQ-CGCRE-008 orientações sobre validação de métodos analíticos. Rio de Janeiro, fev. 2010.20p revisão n°3. Paschoal, 2007. Valentin Somner, matiolli, 2004. Portal Action Santos et. Al 2011. Brasil. Agencia nacional de vigilância sanitária Resolução RDC 899/2003.
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