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Programação CNC - 1 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO - PROGRAMAÇÃO CNC 1) INTRODUÇÃO Máquina de comando numérico é uma máquina que possui um equipamento eletrônico capaz de receber, armazenar e transmitir informações na forma de comandos à máquina operatriz, para que a mesma execute as operações na sequência programada, sem a intervenção do operador. Em geral, estas máquinas são utilizadas na fabricação de peças de formas complexas, em lotes pequenos ou médios, devido à sua rapidez e facilidade de programação e preparação da máquina. Os seguintes fatores exercem influência em um programa CNC: Tipo de peça Máquinas envolvidas Desenho da peça Material Ferramental Processo de Fabricação Tempo Custo Mão de obra Ambiente de trabalho Precisão das medidas Linguagem disponível Estas máquinas dividem-se em: Centros de Torneamento: Máquinas que realizam todas as operações possíveis de torneamento, como tornear, facear, abrir canais, rosquear, fazer contornos, etc. Centros de Usinagem: Máquinas horizontais ou verticais que executam operações de faceamento, mandrilhamento, furação, rosqueamento, alargamento, abertura de canais, rasgos, contornos, superfícies em dois ou mais planos, etc Programação CNC - 2 CNC O CNC (Comando Numérico Computadorizado) é um computador dedicado ao controle de movimento dos eixos de uma máquina operatriz. O movimento de cada eixo é traduzido em grandezas numéricas por dispositivos especiais e então, processado pelo CNC. O CNC é programado com o formato da peça que deve ser usinada e, através de interfaces, comanda os servomotores para executar os movimentos coordenados. Estrutura de uma máquina CNC Programação CNC - 3 O CNC se comunica com a periferia da máquina através do módulo I/O (input/output). O CNC comanda os servo-motores através do drive de potência (inversor de frequência). Os servomotores ligados aos eixos coordenados (X,Y,Z) tem um dispositivo (encoder) que indica a correta posição em que o eixo se encontra. O fuso de esferas transforma o movimento angular (rotativo) do servomotor em um movimento linear da mesa da máquina. Programação CNC - 4 Controles de movimento em uma máquina CNC São utilizados dispositivos eletrônicos capazes de medir deslocamentos lineares e/ou angulares. É um transdutor que transforma um movimento mecânico (rotativo ou linear) em pulsos elétricos, normalmente digitais. Encoder (medições angulares ou lineares) Funcionamento: Uma fonte de luz atravessa um disco perfurado (graduado). A cada janela do disco, a luz consegue atingir os foto- elementos do outro lado. O disco possui uma marca de referência que indica que uma rotação foi concluída. Régua óptica (medições lineares) Funcionamento: Idêntico ao do encoder, porém é um sistema de medição direta (não existe transformação do movimento rotacional em movimento linear). Inversores de frequência: Dispositivo de acionamento utilizado para controlar a velocidade de rotação e torque do motor. Programação CNC - 5 Sensor magnético ou reed-switch: Utilizados para detectar fim de curso em sistemas automáticos. CLP – Controlador lógico programável: São utilizados para a automação de processos e máquinas. Formado pelas seguintes unidades: Fonte de alimentação, CPU e interface I/O. CPU: formado por microprocessadores com padrão IBM-PC (Intel, Zilog, Motorola, etc). Referenciando (indexando) a máquina Quando desligamos a máquina CNC, ela perde a informação sobre os seus pontos de referência. Portanto, sempre ao religarmos a máquina, devemos referenciá-la através de uma tecla apropriada da interface homem máquina (IHM) – tecla home-machine. Automaticamente os eixos se deslocam sucessivamente até encontrarem as respectivas chaves fim de curso. Ao encontrarem, retornam até o primeiro pulso C do encoder (início da rotação do encoder). Programação CNC - 6 Eixos das máquinas (coordenadas cartesianas) As direções e sentidos dos movimentos relativos entre a peça e a ferramenta de uma máquina CNC são definidos de acordo com o tipo da máquina e dos movimentos dos eixos de avanço. Todos os pontos na área de trabalho da máquina devem estar definidos. O programador se utiliza de um sistema imaginário de coordenadas cartesianas. Todos os sistemas de coordenadas das máquinas CNC respeitam a regra da mão direita, com o eixo Z coincidente ou paralelo ao eixo da árvore principal. Exemplos de eixos de coordenadas Programação CNC - 7 Trocadores de ferramentas A grande maioria das máquinas-ferramenta CNC é equipada com dispositivos conhecidos como ATCs – Automatic Tool Changer (trocador automático de ferramentas). O trocador automático retira uma ferramenta e coloca outra na posição conforme a sequência de usinagem. O trocador trabalha com um carrossel, onde são montadas as diversas ferramentas que fazem parte do processo de usinagem. Nos tornos, o trocador é chamado normalmente de torre. Modelos de trocadores de ferramentas e magazines utilizados em tornos e centros de usinagem Programação CNC - 8 Porta-ferramentas para fresamento e furação Porta-ferramentas para torneamento Interpretação de programa para a máquina CNC Os comandos são transformados em sistema binário, para que a máquina possa interpretá-los. Manufatura assistida por computador (CAM) Uso de sistemas computacionais para planejamento, gerenciamento e controle de operações de uma fábrica. Exemplos: Programação CNC de peças por software, Planejamento e programação da produção, Planejamento de necessidades de material (MRP), de controle de chão de fábrica, etc. Programação CNC - 9 Fluxograma básico de um sistema CAM Programação CNC - 10 2) PROGRAMAÇÃO DE MÁQUINA CNC Revisão dos parâmetros de corte Linguagem de programação para máquina CNC Linguagens adotadas por alguns fabricantes de equipamentos: Romi – Sinumerik / Fanuc Mazak – Mazatrol Heller – Unipro / Fanuc 2.1) Estrutura do programa a) Estrutura básica de um programa CNC Programação CNC - 11 b) Estrutura do bloco Um bloco é constituído de diversas palavras. Exemplo: N...G...X...Y...F...S...T...M c) Comentários no programa Podemos colocar comentários nos blocos, a partir do uso do ( ) ou outra forma, dependendo do tipo de comando utilizado. d) Programa de usinagem Um programa de usinagem descreve a sequência, passo a passo, de um processo de usinagem. Dentro do programa principal, podemos programar subrotinas ou ciclos (ex: operações repetitivas). Todo programa de usinagem inicia-se com o símbolo % ou outra forma, dependendo do tipo de comando utilizado. e) Subrotinas Sequências de movimentos repetitivos. Podem ser carregados na forma de subrotina e serem chamados no programa de usinagem, quando necessário. 2.2) Funções tecnológicas para Torneamento S : Rotação do eixo-árvore (Spindl) É possível programar definindo a rotação (n), ou a velocidade de corte (Vc). Quando utilizada a velocidade de corte, é necessário definir um valor máximo para a rotação, conforme função preparatória G92, para não ultrapassar as faixas de trabalho da máquina. Obs: Um valor de rotação S permanecerá válido até se sobrepor um novo valor. F : Avanço (Fedrat) É possível programar definindo o avanço (a) por rotação da peça (mm/rotação) ou por minuto (mm/min). Obs: Um valor de avanço (F) permanecerá válido até se sobrepor um novo valor. T : Número da ferramenta (Tool) Define o número de ferramenta a ser utilizada na usinagem e o número da correção da mesma. Ex: T0512 T: endereço da instrução Programação CNC - 12 05: Número da ferramenta (posição no magazine) 12: Número da correção da ferramenta Correção das medidas da ferramenta Cada uma das correções de ferramenta é constituída por: X: correção de comprimento - eixo X Z: correção de comprimento - eixo Z B: Raio de corte Estas correções deverão ser introduzidas no comando, através do painel de operação da máquina. A correção dos comprimentos no eixo X e Z será ativada automaticamente ao ser chamada a ferramenta. A compensação do raio da ferramenta será ativo com as funções preparatórias G41 / G42. A supressão(reset) da correção do raio é feita através da função preparatória G40. Esta supressão deve ser feita ao finalizar a operação com uma determinada ferramenta, antes de enviá-la para troca. 2.3) Funcões tecnológicas para Fresamento S : Rotação da fresa (Spindl) A rotação da fresa é programada em rotações por minuto (rpm). Obs: Um valor de rotação (S) permanecerá válido até se sobrepor um novo valor. F : Avanço (Fedrat) Geralmente o avanço é dado em milímetros por minuto (mm/min). Programação CNC - 13 Obs: Um valor de avanço (F) permanecerá válido até se sobrepor um novo valor. T : Número da ferramenta (Tool) Define o número da ferramenta a ser utilizada na usinagem. Ex: T12 T: Endereço da instrução 12: Número da ferramenta Correção das medidas da ferramenta Através da função programada D. Cada uma das correções de ferramenta é constituída por: L: correção de comprimento Q: Raio ou Diâmetro da ferramenta Estas correções deverão ser introduzidas no comando, através do painel de operação da máquina. Ex: N2 G00 D01 Z2.0 A eliminação da correção de comprimento é feita através de D00. Ex: N4 G00 D00 Z200.0 A correção do raio da fresa vigora no plano selecionado e será ativo com as funções preparatórias G41 / G42. A supressão (reset) da correção do raio é feita através da função preparatória G40. Esta supressão deve ser feita ao finalizar a operação com uma determinada ferramenta, antes de enviá-la para troca. 2.4) Funçoes miscelâneas (M) Toda máquina CNC possui suas funções básicas, ou seja, caso nenhuma outra seja programada, ela estará automaticamente ativada. Programação CNC - 14 Função modal: Aquela função que quando aparece, passa a ter atuação memorizada em todas as sentenças (ou blocos) seguintes do programa. Função não modal: Tem atuação apenas na sentença (ou bloco). M00 – Parada programada (incondicional) Permite que o programa seja interrompido para ser executada alguma operação pelo operador, no meio da usinagem (por exemplo, uma medição). Continuar a usinagem acionando a tecla de partida de programa. M01 – Parada programada (condicional) Possui a mesma função do comando anterior, porém a decisão pela parada é do operador. Ocorrerá a parada se o botão Parada Condicional em Funcionamento, localizado no painel do comando da máquina, estiver acionado. M02 – Fim de programa Último comando de um programa. O comando passa à sua posição básica (ativa funções básicas). M03 – Rotação do fuso – sentido horário Comando que ativa o sentido horário do fuso principal. M04 – Rotação do fuso – sentido anti-horário Comando que ativa o sentido anti-horário do fuso principal. M05 – Parada do fuso Comando que desativa a rotação acionada anteriormente (posição básica). Ao ligar a máquina, o que estará ativo é o M05. Programação CNC - 15 M06 – Troca de ferramenta Comando que realiza a troca de ferramenta definida em T. M07 – Nível de pressão do refrigerante Depende do tipo de máquina, define uma baixa ou alta pressão de refrigeração. M08 – Ligar líquido refrigerante Comando que liga o líquido refrigerante. M09 – Desligar líquido refrigerante Comando que desliga o líquido refrigerante, ligado anteriormente (posição básica). M13 – Rotação do eixo-árvore à direita e líquido refrigerante ligado M14 – Rotação da árvore à esquerda e líquido refrigerante ligado Programação CNC - 16 M17 – Fim da subrotina Comando que é escrito no último bloco de cada subrotina. M19 – Parada orientada do fuso Comando que possibilita uma parada orientada do fuso (exemplo, retorno da barra de mandrilar para o ponto de início). M30 – Fim do programa com retorno ao seu início Último comando de um programa. Similar à função M02, com a diferença de que há um retorno do programa ao seu início. O comando passa à sua posição básica. 2.5) Funções preparatórios (G): Toda máquina CNC possui suas funções básicas, ou seja, caso nenhuma outra seja programada, ela estará automaticamente ativada. Função modal: Aquela função que quando aparece, passa a ter atuação memorizada em todas as sentenças (ou blocos) seguintes do programa. Função não modal: Tem atuação apenas na sentença (ou bloco). G00 – Avanço rápido A trajetória programada em um bloco com G00 é percorrida com a velocidade mais rápida possível, independentemente do valor do avanço (F) programado. Ex: N1 G00 X60.0 Y40.0 G01 – Interpolação linear com avanço Ativo ao ligar a máquina. A ferramenta se movimenta com a velocidade de avanço programada F. Ex: N2... N3 G01 Z80.0 F10 N4 X30.0 Z65.0 Programação CNC - 17 G02 – Interpolação circular no sentido horário Ponto inicial do movimento circular é determinado pelo posicionamento programado no bloco (sentença) de programação anterior. Ponto final do movimento circular é determinado pelas coordenadas programadas no bloco (sentença) de programação através da interpolação circular. O centro do círculo é determinado através de um sistema auxiliar, com os vetores I, J, K, cujas coordenadas devem ser consideradas com sinal positivo ou negativo, cuja origem se situa no início do movimento (ou início do círculo). Sistema de coordenadas auxiliar - Vetores de interpolação: Vetor I - paralelo ao eixo de coordenadas X Vetor J - paralelo ao eixo de coordenadas Y Vetor K - paralelo ao eixo de coordenadas Z Torno Centro de Usinagem Na programação de Centros de Usinagem, dependendo do tipo de equipamento, a programação em coordenadas absolutas pode ser executada de 2 maneiras: Programação CNC - 18 a)O centro do raio é programado em função da origem dos eixos X e Y. b)O centro do raio é programado em função do início do movimento circular, assumindo somente valores positivos, independentemente da sua posição em relação à origem das coordenadas I e J. G03 – Interpolação circular no sentido anti-horário G04 – Tempo de espera Válido somente no bloco em que é escrito. O tempo de espera é indicado sob o endereço F, entre 0.001 e 99.999 segundos. Tempos de espera são necessários eventualmente na mudança de rotação, em funções de comutação da máquina (luneta, contra-ponta, etc...), acabamentos em furos, rasgos e canais (para a peça dar uma volta completa). Ex: N20 G04 F5.5 tempo de espera de 5.5 segundos (sempre sem sinal) G17 – Seleção de plano XY (ativo ao ligar a máquina) G18 – Seleção de plano XZ G19 – Seleção de plano YZ Válidas apenas para centros de usinagem. Através da programação da função G17 / G18 / G19 é fixado o plano em que deve vigorar a correção de raio da fresa. G33 – Corte de roscas Com G33, podem ser usinadas roscas longitudinais, roscas planas, roscas cônicas, de filete simples ou múltiplo. Através de G33, é formada uma relação entre a rotação do fuso e o acionamento do avanço. O comprimento da rosca é introduzido sob os endereços X e/ou Z. O passo da rosca é introduzido sob os endereços I e K. Rosca longitudinal - passo é dado em K Rosca plana - passo é dado em I Rosca cônica - passo é dado em I e K Programação CNC - 19 Roscas à direita e esquerda são programadas indicando-se o sentido de rotação do fuso (M03 / M04). O sentido e o valor da rotação devem ser programados num bloco anterior ao de corte de roscas propriamente dito. G40-Sem compensação do raio da ferramenta (ativo ao ligar a máquina) G41-Compensação do raio da ferramenta à esquerda do contorno G42-Compensação do raio da ferramenta à direita do contorno Com estas funções, programa-se o contorno da peça. O comando calcula a trajetória do ponto médio de corte. As funções podem ser introduzidas com ou sem instruções de trajetória. A compensação do raio é obtida no final do movimento de aproximação, sempre perpendicular ao próximo movimento. Ex: N1 G01 G41 D01 X30.0 Y90.0 N2 X60.0 Y120.0 N3 G02 X90.0 Y90.0 I0.0 J-30.0 N4 G01 X120.0 N5 G02 X150.0 Y120.0 I30.0 J0.0 N6 G01 X135.0 Y90.0 N7 X150.0 Y60.0 N8 X120.0 N9 X90.0 Y30.0 N10 X45.0 Y60.0 N11 X30.0 Y90.0 N12 G40 X0.0 Y90.0 N13... G43 – Compensão positiva do comprimento da ferramenta (ativo ao ligar a máquina) G44 – Compensação negativa do comprimento da ferramenta Válidasapenas para centros de usinagem. Programação CNC - 20 Quando da seleção da compensação do comprimento da ferramenta D, G43 estará ativo. A compensação do comprimento sempre será perpendicular ao plano escolhido. Ex: N20 G17 G43 D01 Z20.0 D01: número do corretor da ferramenta Nota para G40, 41, 42, 43, 44: Em alguns equipamentos, a compensação da ferramenta é realizada no seu painel de comando, acionando a tecla de chamada de ferramentas e localizando no monitor o número da ferramenta utilizada e registrando manualmente na sua memória (não é no programa), as informações solicitadas para o reconhecimento da ferramenta (características dimensionais e parâmetros de corte). Exemplo: Campo Dado introduzido N.o da ferramenta T005 Avanço por faca 0,05 mm/faca N.o de facas 8 Velocidade de corte 200 m/min Raio da ferramenta 30 mm Comprimento da ferramenta 180 mm Neste caso, também não é necessário programar F e S no programa principal. G53 – Inibição do deslocamento de origem Válido somente no bloco em que é escrito. Com G53 ocorre uma inibição (somente no bloco em que é escrita) do deslocamento do ponto zero da peça, passando os movimentos a serem feitos em relação ao zero máquina. Utilizado para posicionamento no ponto de troca da ferramenta. Obs: A correção de ferramenta (comprimento e raio) devem ser suprimidas separadamente. No bloco seguinte, após G53, volta a valer o ponto zero da peça. Exemplo: N18 G40 Y30.0 N20 D00 Z50.0 N22 G53 X450.0 Y150.0 Z450.0 N24... G54 – Seleção do deslocamento de origem 1 (ativo ao ligar a máquina) G55 – Seleção do deslocamento de origem 2 G56 – Seleção do deslocamento de origem 3 G57 – Seleção do deslocamento de origem 4 Programação CNC - 21 Os valores do deslocamento de origem de cada eixo são introduzidos manualmente no painel de operação do comando, onde é aberta uma tela, onde são digitadas as diferenças em relação ao zero máquina. Ex: Origem X Y Z B G54 -500 400 100 0 G55 -800 100 100 180 Deslocamento de origem - Centro de Usinagem Para peças fresadas, recomenda-se em geral, definir o ponto zero da peça num canto externo da mesma. Opcionalmente, a definição do zero é feita encostando a ferramenta em três planos. Deslocamento de origem – Torno Para peças torneadas, o ponto zero da peça deve ser determinado na linha de centro do eixo-árvore, no lado direito ou esquerdo do contorno da peça acabada. G90 - Medidas absolutas (ativo ao ligar a máquina) Programação CNC - 22 Com a entrada em coordenadas absolutas, todas as entradas de dimensões se referem a um ponto de origem fixo da peça. N18 G00 G90 X10.0 Z30.0 N20 X30.0 Z60.0 N22 X60.0 Z40.0 G91 - Medidas incrementais No caso de coordenadas incrementais, a dimensão programada corresponde à trajetória a ser percorrida (usadas preferencialmente em subrotinas). N18 G00 G91 X10.0 Z30.0 N20 X20.0 Z30.0 N22 X30.0 Z-20.0 G92 – Limitação da rotação (apenas para tornos) Válido somente no bloco em que é escrito. Quando se usa velocidade de corte constante (veja função preparatória G96), é necessário delimitar a rotação. Programação CNC - 23 Antes da parte do programa em que está programada esta usinagem, programa-se num bloco próprio para a limitação da velocidade sob o endereço S em rpm. Ex: N10 G92 S1000 limitação em 1000 rpm G94 – Velocidade de avanço sob F em mm/min G95 – Velocidade de avanço sob F em mm/rot O avanço F pode ser programado em mm/min ou em mm/rot, de acordo com a necessidade. No centro de usinagem, a função ativa ao ligar a máquina é G94 (mm/min). No torno, a função ativa ao ligar a máquina é G95 (mm/rot). Ex: N20 G94 F100 (avanço 100 mm/min) N22 G95 F0.2 (avanço 0.2 mm/rot) G96 – Velocidade de corte constante sob S em m/min G97 – Velocidade em rotações por minuto sob S em rpm (ativo ao ligar a máquina) A rotação pode ser programada diretamente em rotações por minuto (G97) ou em velocidade de corte constante (G96), onde o comando calculará a rotação do fuso que corresponde ao diâmetro de usinagem atualizada a cada instante. Ex: N18 G97 S1000 (rotação 1000 rpm) N20 G96 S100 (velocidade de corte constante 100m/min) Programação CNC - 24 PROGRAMAÇÃO CNC - FUNÇÕES PRINCIPAIS DE UM TORNO FUNÇÕES TECNOLÓGICAS Parâmetros de corte Ferramenta S Rotação [rpm] T Número da ferramenta e corretor [Tnnnn] F Avanço [mm/min ou mm/rot] Eixos principais para deslocamento Eixos auxiliares para deslocamento X Eixo de deslocamento X I Eixo auxiliar do eixo X para centro do raio ou ciclo de usinagem Z Eixo de deslocamento Z K Eixo auxiliar do eixo Z para centro do raio ou ciclo de usinagem Outras funções % Início do programa ( ) Comentários FUNÇÕES MISCELANEAS (M) M00 Parada programada incondicional M30 Fim de programa com retorno ao início M06 Troca de ferramenta com giro do castelo Rotação da peça Refrigeração M03 Rotação do fuso (peça) no sentido horário M07 Ligar refrigeração com ar sob pressão M04 Rotação do fuso (peça) no sentido anti-horário M08 Ligar refrigeração M05 Parada do fuso M09 Desligar refrigeração FUNÇÕES PREPARATÓRIAS (G) Movimentos da peça ou ferramenta Parâmetros de corte G00 Avanço rápido para afastamento ou aproximação daferramenta G92 Limite de rotação da máquina em rpm G01 Avanço de usinagem com percurso em linha reta G94 Velocidade de avanço em mm/min G02 Avanço de usinagem com percurso circular – sentidohorário G95 Velocidade de avanço em mm/rot G03 Avanço de usinagem com percurso circular – sentidoanti-horário G96 Velocidade de corte constante em m/min G04 Tempo de espera da ferramenta na coordenadaespecificada G97 Rotação em rpm Sistema de coordenadas cartesianas ortogonais Origem dos eixos de coordenadas G90 Sistema de coordenadas absolutas G53 Zero máquina G91 Sistema de coordenadas incrementais G54 Zero peça Ciclos de usinagem Outras funções G80 Cancelamento dos ciclos de usinagem de G81 aG89 G33 Usinagem de roscas G81 Ciclo de usinagem para desbaste longitudinal com profundidade de corte I e recuo a cada passe K G82 Ciclo de usinagem para desbaste transversal com profundidade de corte K G83 Ciclo de usinagem para furação Programação CNC - 25 PROGRAMAÇÃO CNC – FLUXOGRAMA BÁSICO PARA PROGRAMAÇÃO – TORNO Início do programa Cancelar ciclo Sistema de coordenadas Deslocamento para ponto de troca de ferramenta Zero máquina Rotação da ferramenta Avanço da ferramenta Escolha da ferramenta e corretor Zero peça Trocar ferramenta Giro do eixo árvore Fim do programa com retorno ao início Desligar refrigeração Zero máquina Deslocamento para ponto de troca de ferramenta Usinagem da peça com ciclo Usinagem da peça sem ciclo Ligar refrigeração Aproximação da peça Compensar raio da ferramenta Programação CNC - 26 PROGRAMAÇÃO CNC - FUNÇÕES PRINCIPAIS DE UM CENTRO DE USINAGEM / FRESADORA FUNÇÕES TECNOLÓGICAS Parâmetros de corte Ferramenta S Rotação [rpm] T Número da ferramenta e corretor [Tnnnn] F Avanço [mm/min ou mm/rot] Eixos principais para deslocamento Eixos auxiliares para deslocamento X Eixo de deslocamento X A Eixo auxiliar de giro em torno do eixo X Y Eixo de deslocamento Y B Eixo auxiliar de giro em torno do eixo Y Z Eixo de deslocamento Z C Eixo auxiliar de giro em torno do eixo Z Outras funções I Eixo auxiliar do eixo X para centro do raio O Nome do programa J Eixo auxiliar do eixo Y para centro do raio ( ) Comentários K Eixo auxiliar do eixo Z para centro do raio FUNÇÕES MISCELANEAS (M) M00 Parada programada incondicional M30 Fim de programa com retorno ao início M06 Troca de ferramenta Rotação do fuso ou eixo árvore Refrigeração M03 Ligar rotação do fuso no sentido horário M07 Ativar líquido refrigerante com ar sob pressão M04 Ligar rotação do fuso no sentido anti-horário M08 Ativar líquido refrigerante M05 Parada do fuso M09 Desligar refrigeração FUNÇÕES PREPARATÓRIAS (G) Movimentos da peça ou ferramenta Parâmetros de corte G00 Avanço rápido para afastamento ou aproximação da ferramenta G21 Programação em mm G01 Avanço de usinagem com percurso em linha reta G94 Velocidade de avanço em mm/minG02 Avanço de usinagem com percurso circular – sentido horário G95 Velocidade de avanço em mm/rot G03 Avanço de usinagem com percurso circular – sentido anti-horário G96 Velocidade de corte constante em m/min G04 Tempo de espera da ferramenta na coordenadaespecificada G97 Rotação em rpm G20 Programação em polegadas Sistema de coordenadas cartesianas ortogonais Origem dos eixos de coordenadas G90 Sistema de coordenadas absolutas G53 Zero máquina G91 Sistema de coordenadas incrementais G54 Zero peça Dimensões da ferramenta Ciclos de usinagem G40 Reset da medida da ferramenta G41 Compensação do raio da ferramenta à esquerda doseu percurso G42 Compensação do raio da ferramenta à direita do seu percurso G43 Compensação do comprimento da ferramentapositivo G44 Compensação do comprimento da ferramentanegativo Planos de trabalho G17 Seleção do plano de trabalho XY G18 Seleção do plano de trabalho XZ G19 Seleção do plano de trabalho YZ Programação CNC - 27 PROGRAMAÇÃO CNC – FLUXOGRAMA BÁSICO PARA PROGRAMAÇÃO – CENTRO DE USINAGEM Início do programa Cancelar ciclo Sistema de coordenadas Deslocamento para ponto de troca de ferramenta Zero máquina Plano de trabalho Compensação do comprimento da ferramenta Corretor da ferramenta Rotação da ferramenta Avanço da mesa ou ferramenta Escolha da ferramenta Zero peça Trocar ferramenta Giro do eixo árvore Fim do programa com retorno ao início Desligar refrigeração Zero máquina Deslocamento para ponto de troca de ferramenta Usinagem da peça com ciclo Usinagem da peça sem ciclo Ligar refrigeração Aproximação da peça Compensação do raio da ferramenta (se necessário) Cancelar compensação da ferramenta Programação CNC - 28 Exemplo 1: Programação de um Torno Sobremetal de 2 mm em todo o contorno, incluindo a face. 1) Ferramentas: TIPO DE FERRAMENTA POSIÇÃO NO MAGAZINE CORRETOR DO PROGRAMA Broca de centro 1 1 Broca de diâmetro 10 mm 2 2 Ferramenta de copiar 3 3 2) Deslocamento de origem 1 (G54) 3) Ponto de troca da ferramenta (em relação ao zero máquina): - no eixo X = 100 mm - no eixo Z = 400 mm 4) Parâmetros do processo (dados tecnológicos): TIPO DE FERRAMENTA AVANÇO ROTAÇÃO (VELOCIDADE DE CORTE) Broca de centro 100 mm/min 500 rpm Broca de diâmetro 10 mm 120 mm/min 400 rpm Ferramenta de copiar 0,2 mm/rotação 100 m/min 5) Resolução: % (início) N2 G00 G53 G90 X100.0 Z400.0 T0 (T0 – desativa corretores) N4 G97 S500 T0101 M03 M06 (broca de centro) N6 G54 X0.0 Z145.0 M08 (M08 – liga o refrigerante antes do início da usinagem) Programação CNC - 29 N8 G01 G94 Z130.0 F100 N10 G00 Z145.0 N12 G53 X100.0 Z400.0 T0 M09 N14 G97 S400 T0202 M03 M06 (broca de diâmetro de 10 mm) N16 G54 X0.0 Z145.0 M08 N18 G01 G94 Z101.7 F120 N19 G04 F2.0 N20 G00 Z145.0 N22 G53 X100.0 Z400.0 T0 M09 N23 G92 S2000 N24 G96 S100 T0303 M03 M06 (ferramenta de copiar) N26 G54 X10.0 Z145.0 M08 N28 G01 G95 G42 Z145.0 F0.2 N30 X36.0 N32 G03 X40.0 Z133.0 I0.0 K-2.0 N34 G01 Z120.0 N36 X36.0 Z110.0 N38 Z95.0 N40 X40.0 Z85.0 N42 Z65.0 N44 X70.0 Z45.0 N50 Z35.0 N52 X85.0 N54 G00 G40 Z145.0 N56 G53 X100.0 Z400.0 T0 M05 M09 N58 M30 Notas: - Ponto zero da máquina (torno): encosto da placa - G53: Ocorre uma inibição (somente no bloco em que é escrito) do deslocamento do ponto zero da peça, passando os movimentos a serem feitos em relação ao zero máquina. É utilizado para posicionar para o ponto de troca da ferramenta. - I(x) e K(z): centro do raio. Programação CNC - 30 Exemplo 2: Programação de um Torno 1) Ferramentas: TIPO DE FERRAMENTA POSIÇÃO NOMAGAZINE CORRETOR DO PROGRAMA Broca de centro 1 1 Broca de diâmetro 16 mm 2 2 Ferramenta de copiar 3 3 2) Deslocamento de origem 1 (G54) 3) Ponto de troca da ferramenta (em relação ao zero máquina): - no eixo X = 100 mm - no eixo Z = 400 mm 4) Parâmetros do processo (dados tecnológicos): TIPO DE FERRAMENTA AVANÇO ROTAÇÃO (VELOCIDADE DE CORTE) Broca de centro 100 mm/min 500 rpm Broca de diâmetro 16 mm 120 mm/min 400 rpm Ferramenta de copiar 0,2 mm/rotação 100 m/min 5) Sequência de usinagem: Após executar o furo de centro e o furo de diâmetro 16 mm, seguir a seguinte sequência de usinagem: Programação CNC - 31 6) Resolução: % N2 G00 G53 G90 X100.0 Z400.0 T0 N4 G97 S500 T0101 M03 M06 (broca de centro) N6 G54 X0.0 Z160.0 M08 N8 G01 G94 Z145.0 F100 N10 G00 Z160.0 N12 G53 X100.0 Z400.0 T0 M09 N14 G97 S400 T0202 M03 M06 (broca diâmetro 16 mm) N16 G54 X0.0 Z160.0 M08 N18 G01 G94 Z129.7 F120 N19 G04 F1.0 N20 G00 Z160.0 N22 G53 X100.0 Z400.0 T0 M09 N23 G92 S2000 Programação CNC - 32 N24 G96 S100 T0303 M03 M06 (ferramenta de copiar) N26 G54 X35.0 Z150.0 M08 N28 G01 G95 X10.0 F0.2 N30 G00 X0.0 Z155.0 N32 G00 X30 N34 G01 G42 Z130.0 N36 X25.0 Z125.0 N38 Z98.0 N40 G02 X45.0 Z88.0 I10.0 K0.0 N42 G01 Z65.0 N44 X75.0 Z50.0 N46 Z25.0 N48 G04 F1.0 N49 G01 X80.0 Z30.0 N50 G00 G40 G53 X100.0 Z400.0 T0 M05 M09 N52 M30 Programação CNC - 33 Exemplo 3: Programação de um centro de usinagem Elaborar o programa completo, incluindo todos os comandos como parâmetros de usinagem, refrigeração, troca de ferramenta, ...., para a seguinte peça conforme croqui. Lembramos que o zero peça está localizado no lado esquerdo da peça, na posição inferior conforme croqui. Programar em coordenadas absolutas, com interpolação circular utilizando também coordenadas auxiliares (I, J, K) com valores absolutos para o centro do raio. Sequência de operações: a) Fazer o rebaixo de 10 mm na parte superior esquerda, usinando-o no sentido anti- horário (atenção para remover todo o material desta superfície conforme croqui). b) Marcar o centro dos dois furos de 8 mm com broca de centro. c) Abrir os dois furos passantes de 8 mm. Dados da máquina: a) Coordenada do zero máquina: (X,Y,Z) = (450,150,600). Ferramentas: Tipo de ferramenta Endereço no magazine Corretor da ferramenta Avanço Rotação Broca de centro 1 1 200mm/min 800 rpm Broca de 8 mm 2 2 120mm/min 400 rpm Fresa sem alma de 20 mm 3 3 80 mm/min 200 rpm Programação CNC - 34 Resolução 1) Definição dos eixos de coordenadas: Na figura do lado esquerdo nós temos um exemplo de centro de usinagem, com ferramentas dispostas no carrossel. Na figura centro, termos os eixos de coordenadas definidos para um centro de usinagem vertical. Na figura do lado direito nós temos exemplos de ferramentas fixadas no mandril, cujo conjunto é montado no cabeçote da máquina. Então os eixos de coordenadas ficam representados na figura do exercício conforme segue: 2) Elaboração do programa CNC, seguindo a sequência de usinagem estabelecida: Notas: Quando é programado o movimento da ferramenta nos eixos X e Y, é interpretado como movimento relativo da ferramenta em relação à peça. No caso de fresadoras ou centros de usinagem, na realidade, é a mesa que se movimenta nos eixos X e Y. Com respeito ao eixo Programação CNC - 35 Z, o movimento é da ferramenta, sendo que em algumas máquinas a mesa é que vai de encontro à ferramenta. Tudo que estiver entre parenteses, corresponde a uma explicação sobre a sentença do programa, para facilitar o seu entendimento. % (início do programa) N10 G17 G90 (G17 – definição do plano de trabalho; neste caso trabalharemos no plano XY, pois a ferramenta se movimentará no sentido vertical para usinagem da peça, além dos movimentos na direção dos eixos X e Y para realizar os contornos: G90 – trabalharemos com coordenadas absolutas, conforme definido no enunciado do exercício). N20 G00 G40 G53 X450.0 Y150.0 Z600.0 (definição do eixo de coordenadas para Zero Máquina – G53; reset de compensações anteriores do raio da ferramenta, limpando a memória do programa – G40; movimento em avanço rápido do cabeçote para o ponto de troca da ferramenta – G00, sendo que esta coordenada do ponto de troca está de acordo com o projeto da máquina; esta coordenada do ponto de troca conforme definida no enunciado, tem como sua origem dos eixos o Zero Máquina) N30 T03 M06 (selecionar a fresa de 20 mm – ferramenta na posição 3 do magazine de ferramentas, T03; trocar ferramenta – M06)N40 G00 G54 G94 X5.0 Y-15.0 F80 S200 M04 (definir avanço de 80 mm/min – F80 e G94 para a unidade de avanço; definir rotação de 200 rpm – S200; definir giro da ferramenta no sentido anti-horário – M04; avanço rápido para a posição X5.0 e Y-15.0 mantendo o Z600.0; o G00 é opcional, pois ele é uma função modal e já havia sido definido em sentença anterior, e depois não foi programada nenhuma outra função para substituí-la, tipo G1, G2 ou G3). Figura apenas ilustrativa para demonstrar as diferenças no espaço entre os pontos Zero Máquina, Zero Peça e Ponto de Troca de Ferramenta. G54...G57 – acionamento das teclas dos pontos de origem no próprio comando. Abre-se uma tela, onde são colocadas as diferenças em relação ao zero da máquina. Origem X Y Z B G54 -500 400 100 0 G55 -800 100 100 180 Programação CNC - 36 Figura ilustrando a posição da ferramenta X5.0, Y-15.0, Z600.0 N50 G00 G43 D03 Z0.0 M08 (avanço rápido para a posição Z0.0, não alterando suas coordenadas X e Y, ou seja apenas se movimentando verticalmente para baixo; G00 é opcional – função modal; ler corretor da ferramenta, ou seja, ler memória do comando onde estão armazenados os valores reais de comprimento e raio desta ferramenta – D03, que foram introduzidos via teclado do comando pelo operador; compensação positiva do comprimento da ferramenta – G43; ligar o líquido refrigerante antes do início da usinagem – M08). Figura ilustrando a posição da ferramenta X5.0, Y-15.0, Z0.0, estando a ferramenta pronta para início da usinagem. Atenção: Não foi programada ainda nenhuma compensação do raio da ferramenta. Portanto, a trajetória da ferramenta seguirá como referência o centro da mesa. O movimento do cabeçote da máquina é feito pelo ponto N do cabeçote, por isso é compensado o comprimento da ferramenta L (a máquina entende que a referência para deslocamento é a ponta da ferramenta e não o ponto N do cabeçote) Compensação da ferramenta (ex. Heller) – No painel de comando, acionar tecla de chamada de ferramentas, localizando no vídeo o n.o da ferramenta usada e registra- se manualmente na memória (NÃO NO PROGRAMA), as informações solicitadas para o reconhecimento da ferramenta (características dimensionais e parâmetros de corte). Vídeo A digitar N.o ferramenta T005 Avanço por faca (mm/faca) 0,05 N.o facas 8 Vcelocidade corte (m/min) 700 Raio ferramenta (mm) 30 Programação CNC - 37 Comprimento ferramenta (mm) 180 Neste caso, não é necessário programar F e S no programa principal. N60 G01 Y95.0 (avanço controlado em linha reta, variando apenas as coordenadas no eixo Y – G01) Ferramenta avançando para a posição Y95.0 N70 G01 G42 X30.0 (G01 é opcional, pois é uma função modal, e como já estava programado na sentença anterior não havia necessidade de programá-lo novamente; avanço controlado em linha reta até a posição X30.0, porém, agora sim, compensando o raio da ferramenta à direita como veremos sua utilidade a seguir – G42; movimento no sentido anti-horário conforme especificado no exercício) N80 G01 Y30.0 (G01 modal; avanço controlado apenas no eixo Y até a posição Y30.0, quando se inicia o movimento circular) N90 G03 X45.0 Y15.0 I45.0 J30.0 (Movimento circular anti-horário – G03 num raio de 15, para o destino X45.0 Y15.0, lembrando que ainda estamos compensando o raio da ferramenta à direita, conforme programado anteriormente) Eixos auxiliares para X e Y são I e J respectivamente, para definir a posição do Programação CNC - 38 centro do raio num movimento circular. Portanto, I = 45.0 e J = 30.0 em coordenadas absolutas para a posição do centro do raio em relação à origem das coordenadas X e Y. N100 G01 X70.0 (ver figura após sentença N150) N110 G03 X85.0 Y30.0 I70.0 J30.0 (ver figura após sentença N150) N120 G01 Y70.0 (ver figura após sentença N150) N130 G03 X70.0 Y85.0 I70.0 J70.0 (ver figura após sentença N150) N140 G01 X45.0 (ver figura após sentença N150) N150 G03 X30.0 Y70.0 I45.0 J70.0 (ver figura após sentença N150) Ao lado estão representadas as coordenadas de cada ponto do percurso onde ocorre mudança de sentido, bem como as coordenadas dos centros dos raios. Rever explicação mais detalhada dos movimentos circulares na sentença N90. Movimento circular em todas as pontas no sentido anti-horário – G03. Programado centros de cada raio em relação à origem dos eixos X e Y, considerando coordenadas auxiliares I e J, conforme vimos anteriormente. N160 G00 X20.0 Z50.0 M09 (afastamento da peça em avanço rápido – G00, tomando-se o cuidado para não riscar a superfície lateral usinada da peça; desligar liquido refrigerante – M09) N170 G00 G53 G40 X450.0 Y150.0 Z600.0 (resetar compensação do raio da ferramente – G40; mudar a origem dos movimentos para Zero Máquina – G53, porque como já vimos as coordenadas do ponto de troca da ferramenta são referenciadas pelo Zero Máquina; avançar rapidamente para o ponto de troca da ferramenta) N180 T01 M06 (selecionar a broca de centro – ferramenta na posição 1 do magazine de ferramentas, T01; trocar ferramenta – M06) N200 G00 G54 G94 X125.0 Y50.0 F200 S800 M03 (valem as mesmas explicações para o fresamento de contorno visto na sentença N40, modificando apenas o giro do eixo árvore no sentido horário – M03; a broca de centro se posicionou nas coordenadas X125.0 e Y50.0, exatamente sobre o ponto onde será executado o primeiro furo de centro, porém ainda distante Z600.0 do plano do Zero Peça) N210 G00 G43 D01 Z50.0 M08 (valem as mesmas explicações para o fresamento de contorno visto na sentença N50) Programação CNC - 39 N220 G81 R02 5.0 R03 –11.0 (utilização de ciclo de furação – G81 que é uma função modal, a qual somente será cancelada por uma outra função de ciclo G82...G87, ou função de reset G80. Enquanto não houver este cancelamento, este ciclo continua valendo nas sentenças seguintes) A função G81 faz com que a ferramenta parta em avanço rápido para o plano R02 (altura Z5.0) e depois num avanço programado até uma profundidade no plano R03 (Z- 11.0). Após atingir esta profundidade, retorna em avanço rápido até o plano R02. Na sentença seguinte do programa se for programada nova coordenada X e Y, ela repetirá o ciclo de furação. Para desabilitar qualquer ciclo deve ser programada a função G80. N230 G00 X195.0 (Após realizar o primeiro furo, a broca é posicionada na coordenada X195.0 Y50, onde neste ponto realiza o mesmo ciclo anterior de furação com retorno ao plano R02 – Z5.0) N240 G00 G80 Z50.0 M09 (afastamento da peça em avanço rápido no sentido vertical – G00 para a posição Z50.0; desativação do ciclo com o comando G80 – a partir deste momento o ciclo não mais se repete; desligar refrigerante – M09). N250 G00 G53 X450.0 Y150.0 Z600.0 (ver explicações na sentença N170; não é resetada a compensação do raio G40 pois não definimos que o mesmo deveria ser compensado em sentenças anteriores – programamos considerando o eixo de simetria da ferramenta) N260 T02 M06 (T02 – broca de 8 mm; ver explicações na sentença N180) N270 G00 G54 G94 X125.0 Y50.0 F120 S400 M03 (ver explicações nas sentenças N200 e N40) Programação CNC - 40 Posição dos 2 furos de 8 mm. N280 G00 G43 D02 Z50.0 M08 (ver explicações nas sentenças N210 e N50) N290 G81 R02 5.0 R03 –35.0 (ver explicações na sentença N220, neste caso com a profundidade da broca atingindo Z-35.0) N300 G00 X195.0 (Ver explicações na sentença N230) N310 G00 G80 Z50.0 M09 (ver explicações na sentença N240) N320 M30 (fim do programa com retorno ao seu início – M30; não é resetada a compensação do raio G40 pois não definimos que o mesmo deveria ser compensado em sentenças anteriores – programamos considerando o eixo de simetria da ferramenta)
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