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Reanimação Neonatal - Resumo + Questões

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1 
 
 
ESCALA DE APGAR 
O boletim de Apgar é determinado no 1º e 5º minutos após 
a extração completa do bebê. Avalia os seguintes 
parâmetros: 
• Frequência Cardíaca (FC) 
• Esforço respiratório 
• Tônus muscular 
• Irritabilidade reflexa 
• Cor 
 
Todo Apgar no 1° minuto vai até 9, porque o bebê nasce com cianose de extremidades e, ao repeti-lo no 5° 
minuto, pode chegar a 10. Não é utilizado para indicar procedimentos na reanimação neonatal, no entanto, sua 
aplicação permite avaliar a resposta do paciente às manobras realizadas e a sua eficácia. 
• Se o Apgar é < 7 no 5º minuto, recomenda-se realizá-lo a cada cinco minutos, até 20 minutos de vida. 
Assistência no parto 
• É necessária uma equipe treinada em reanimação neonatal (NÃO precisa de um médico especialista) 
• Realizar a anamnese materna, procurando identificar fatores de risco que chamam a atenção para a 
possibilidade de o RN precisar de suporte cardiorrespiratório. 
• Preparar e testar todo o material para uso imediato na sala de parto, independente do risco ali 
presente. 
A hipóxia perinatal é o grande gatilho do processo patogênico que leva o RN a óbito, por isso, devemos ter 
bastante cuidado para evitar que isso aconteça ou progrida, sendo a principal estratégia para isso a ventilação. 
A chave da reanimação neonatal é identificar o momento certo de começar os passos iniciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 perguntas iniciais 
O neonato é a termo? 
Está respirando ou chorando? 
 
Tem bom tônus muscular? 
 
GESTAÇÃO 
• A termo: 37-41 semanas 
• Pré-termo tardio: 34 – 36 semanas 
• Pós-termo: ≥ 42 semanas 
 
SIM NÃO precisa de reanimação neonatal Contato pele a pele com a mãe 
NÃO Reanimação Neonatal 
(para todas as perguntas) 
(para pelo menos 1 pergunta) 
A. Medidas iniciais de estabilização 
B. Ventilação 
C. Compressões torácicas (MCE) 
D. Administrar adrenalina e/ou usar 
volume para expansão 
 
2 
 
Clampeamento do cordão umbilical 
• RN ≥ 34 semanas + boa vitalidade = indicamos o clampeamento tardio do cordão – feito entre 1 a 3 
minutos de vida ou quando o cordão para de pulsar (o que acontecer primeiro) independente do aspecto 
do líquido amniótico. O neonato é posicionado no abdome ou tórax materno durante esse período. 
o Se o RN de termo apresenta boa vitalidade, deve continuar junto à sua mãe depois do 
clampeamento do cordão umbilical. Já o RN pré-termo permanece em contato com a mãe 
durante o período de clampeamento, mas obrigatoriamente irá para a mesa de reanimação, 
onde acontecerão os passos iniciais. 
 
• RN < 34 semanas + boa vitalidade = indica-se aguardar 30-60 segundos antes de clampear o cordão 
(clampeamento precoce do cordão). O neonato pode ser posicionado no abdome ou tórax materno 
durante esse período, tomando-se o cuidado de secar rapidamente e envolver o corpo do bebê num 
saco plástico e sua cabeça num gorro, para evitar a perda de calor. 
 
• Independente da idade gestacional 
Se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou 
rotura/prolapso ou nó verdadeiro de cordão) ou se o RN não inicia a respiração ou não mostra tônus 
muscular em flexão ou se há/houve risco de exposição ao retrovírus, recomenda-se o clampeamento 
imediato do cordão. 
➔ O clampeamento tardio aumenta a passagem de sangue da mãe para a criança (benefício com 
relação aos índices hematológicos entre 3 a 6 meses), mas pode levar a necessidade de fototerapia. 
➔ O clampeamento de cordão em RNPT com boa vitalidade ao nascer após 30 segundos resulta em 
menor frequência de hemorragia intracraniana e enterocolite necrosante. 
Prover calor, manter as vias aéreas pérvias e avaliar 
a vitalidade de forma contínua. Para manter a 
temperatura corporal entre 36,5-37,5ºC, garantir a 
temperatura na sala de parto entre 23-26ºC, secar o 
RN com compressas aquecidas e deixá-lo em contato 
pele-a-pele com a mãe, coberto com campos estéreis 
secos e previamente aquecidos. Verificar se não há 
excesso de secreções na boca e nariz. 
 
 
 
Depois da realização desses passos iniciais, é necessário avaliar a frequência cardíaca (FC), o tônus 
muscular e a respiração/choro. A avaliação da cor da pele e mucosas do RN não é mais parâmetro para 
procedimentos na sala de parto. 
o Se a respiração continuar ineficaz ou FC < 100bpm, iniciamos ventilação por pressão positiva (VPP) com 
bolsa válvula máscara (AMBU) → importante iniciar nos primeiros 60 segundos. 
▪ ≥ 34 semanas = iniciar VPP ao ar ambiente e avaliar com oxímetro de pulso (radial direito) 
▪ < 34 semanas = no pulso ou na palma da mão 
▪ ≥ 34 semanas com VPP a 21% não funcionou → oxigênio suplementar 
 
 
Medidas iniciais de estabilização - em 30 segundos 
• Prover calor 
• Posicionar a cabeça em leve extensão 
• Aspirar vias aéreas (se necessário) – 
começando pela boca e depois narinas 
• Secar (estímulo tátil) 
• Reposicionar 
 
RN < 1500g ou < 34 semanas = saco plástico + gorro 
 
 
 
 
3 
 
A aspiração está reservada aos pacientes que apresentam obstrução de vias aéreas por excesso de secreções. 
Se necessário, aspirar delicadamente a boca e depois as narinas com sonda traqueal n° 8-10 conectada 
ao aspirador a vácuo, sob pressão máxima de 100 mmHg. Evitar a introdução da sonda de aspiração de 
maneira brusca ou na faringe posterior, pois pode induzir à resposta vagal e ao espasmo laríngeo. 
A avaliação da respiração é feita por meio da observação da expansão torácica do RN ou da presença de choro 
e encontra-se adequada se os movimentos são regulares e suficientes para manter a FC >100 bpm. 
A FC é o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de reanimação e, por isso, 
fazemos a avaliação inicial da FC, logo após os passos iniciais, por meio da ausculta do precórdio com o 
estetoscópio. 
Auscultar por seis segundos e multiplicar o valor por 10, resultando no número de batimentos por 
minuto (bpm). Nesse momento, considera-se adequada a FC >100 bpm. 
Nos RN em que foram realizados os passos iniciais da estabilização e a avaliação mostrou respiração espontânea 
regular e FC > 100bpm, avaliar as condições clínicas gerais e, sempre que possível, ainda na sala de parto, 
deixá-lo em contato pele a pele com a mãe, coberto com tecidos estéreis secos e aquecidos. De maneira 
continuada, observar a atividade, o tônus muscular e a respiração/choro. 
Já, naqueles RN em que foram realizados os passos iniciais da estabilização e a avaliação a seguir mostrou 
respiração ausente ou irregular ou FC < 100bpm, iniciar a VPP nos primeiros 60 segundos após o nascimento 
e acompanhar a FC pelo monitor cardíaco e a saturação de oxigênio (SatO2) pelo oxímetro de pulso. 
 
LÍQUIDO MECONIAL 
Na vigência de líquido amniótico meconial, independentemente de sua viscosidade, a aspiração das vias aéreas 
ao desprendimento do polo cefálico do concepto não deve ser realizada. 
 
 
 
 
 
 
• Logo após o nascimento, se o RN é de termo, está respirando ou chorando e com tônus muscular em 
flexão, ele deve continuar junto de sua mãe depois do clampeamento do cordão. 
• Se o paciente com líquido amniótico meconial é pré-termo tardio ou pós-termo ou apresenta 
comprometimento da vitalidade, é necessário levá-lo à mesa de reanimação e realizar os passos iniciais, 
sendo prudente incluir a aspiração de vias aéreas superiores. 
 
No RN com líquido amniótico meconial de qualquer viscosidade levado à mesa de reanimação para os passos 
iniciais, que apresenta apneia, respiração irregular e/ou FC < 100bpm, é fundamental iniciar a VPP com máscara 
facial e ar ambiente nos primeiros 60 segundos de vida. Não existem evidências para indicar de modo 
rotineiro a aspiração traqueal sob visualização direta no RN não vigoroso com líquido amniótico meconial. 
Se após 30 segundos de ventilação efetiva, o neonato não melhora e há forte suspeita de obstrução de vias 
aéreas, pode-se indicara retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traqueia sob visualização direta. 
Nessa situação, aspirar o excesso de mecônio uma única vez. 
LÍQUIDO MECONIAL 
TERMO + BOA VITALIDADE 
 
CUIDADO HUMANIZADO 
 
TERMO + VITALIDADE 
COMPROMETIDA 
 
 
PASSOS INICIAIS 
 
PRÉ-TERMO OU PÓS-TERMO 
(independente da vitalidade) 
 
 
PASSOS INICIAIS 
 
 
4 
 
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA (VPP) 
O ponto crítico para o sucesso da reanimação é a ventilação adequada. Assim, após os cuidados iniciais, a 
presença de apneia, respiração irregular e/ou FC < 100 bpm indica a VPP. Esta precisa ser iniciada nos primeiros 
60 segundos de vida (“Minuto de Ouro”). A ventilação pulmonar é o procedimento mais importante e efetivo 
na reanimação do RN em sala de parto. 
• Qual a concentração de oxigênio suplementar a ser utilizada? 
Quando o RN não melhora e/ou não atinge os valores desejáveis de SatO2 com a VPP em ar ambiente, 
recomenda-se sempre verificar e corrigir a técnica da ventilação antes de oferecer oxigênio 
suplementar. Nos poucos casos em que isto é necessário, indica-se a aplicação da mistura O2/ar, ajustando-
se a concentração de oxigênio por meio de um blender para atingir a SatO2 desejável. 
É necessário cerca de 30 segundos para haver equilíbrio da concentração de oxigênio oferecida pela 
ventilação por toda a área pulmonar do RN. Assim, sugere-se fazer incrementos de 20% e aguardar cerca 
de 30 segundos para verificar a SatO2 e indicar novos incrementos. Quando o oxigênio suplementar é 
administrado ao RN, sua concentração deve ser reduzida o mais rápido possível, de acordo com a oximetria 
de pulso (“desmame”). 
• Quais os equipamentos disponíveis para ventilar de forma efetiva? 
Os equipamentos mais utilizados para ventilar o RN em sala de parto são o balão autoinflável e o ventilador 
mecânico manual em T. 
▪ O balão autoinflável é de baixo custo. A pressão inspiratória é limitada pela válvula de escape, que 
deve estar ativada em 30-40 cmH2O para evitar o barotrauma. Fornece concentração de oxigênio 
de 21% (ar ambiente, quando não está conectado ao oxigênio e ao reservatório) ou de 90-100% 
(conectado à fonte de oxigênio a 5L/minuto e ao reservatório). 
▪ O ventilador mecânico manual em T trata-se de dispositivo controlado a fluxo e limitado a 
pressão. A concentração de oxigênio ao paciente pode ser titulada quando o equipamento está ligado 
ao blender que, por sua vez, está conectado às fontes de ar comprimido e de oxigênio. Quanto à 
interface entre o equipamento para ventilação e o RN, pode-se utilizar a máscara facial ou a cânula 
traqueal (ou a máscara laríngea, para RN ≥ 34 semanas). 
As máscaras faciais estão disponíveis em três tamanhos: para o RN a termo, 
para o prematuro e para o prematuro extremo. O emprego de máscara de 
tamanho adequado, de forma que cubra a ponta do queixo, a boca e o nariz, 
é fundamental para ter um bom ajuste entre face e máscara, garantindo o 
sucesso da ventilação. 
• Qual a técnica recomendada? 
Antes de iniciar a ventilação propriamente dita, sempre verificar se o pescoço 
do RN está em leve extensão e aplicar a máscara na face, no sentido do queixo 
para o nariz. Envolver as bordas da máscara com os dedos indicador e polegar, 
formando a letra “C”, para fixá-la na região correta. O ajuste adequado é 
conseguido por uma leve pressão na sua borda. Os dedos médio, anelar e 
mínimo formam a letra “E”. O selo entre face e máscara é crítico para o sucesso 
da ventilação. 
O emprego da VPP com balão autoinflável e máscara é feito na frequência de 40-60 movimentos/minuto, de 
acordo com a regra prática “aperta/solta/solta”, “aperta/solta/solta”.... Quanto à pressão a ser aplicada, esta 
deve ser individualizada para que o RN alcance e mantenha FC >100 bpm. 
 
5 
 
Durante a VPP, observar a adaptação da máscara à face, a permeabilidade das vias aéreas e a expansibilidade 
pulmonar. Com o início da VPP com máscara facial, é preciso monitorar a FC, a respiração e a SatO2. O 
indicador mais importante de que a VPP está sendo efetiva é o aumento da FC. A ventilação efetiva deve 
provocar inicialmente a elevação da FC e, depois, o estabelecimento da respiração espontânea. 
o Se, após 30 segundos de VPP com máscara, o paciente apresentar FC >100 bpm e respiração espontânea 
e regular, suspender o procedimento. 
Considera-se como falha se, após 30 segundos de VPP com máscara, o RN mantém FC < 100 bpm ou não 
retoma a respiração espontânea rítmica e regular. Nesse caso, verificar o ajuste entre face e máscara, a 
permeabilidade das vias aéreas (posicionando a cabeça, aspirando secreções e mantendo a boca aberta) e a 
pressão inspiratória, corrigindo o que for necessário. Verificar também se o balão ou o ventilador mecânico 
manual em T está funcionando adequadamente. Quando o RN não melhora com a VPP em ar ambiente, 
recomenda-se sempre verificar e corrigir a técnica da ventilação antes de oferecer oxigênio suplementar. 
Caso o RN esteja bradicárdico e/ou a SatO2 esteja menor que o esperado e a técnica de ventilação já tenha sido 
corrigida, indica-se o início da suplementação de O2. 
 
Se o paciente, após a correção da técnica da ventilação, não melhorar, está indicado o uso da cânula traqueal 
como interface para a VPP. 
VPP por meio da cânula traqueal (Intubação orotraqueal) 
 
 
 
 
 
 
 
Cada tentativa de intubação deve durar, no máximo, 30 segundos. Em caso de insucesso, o procedimento é 
interrompido e a VPP com máscara deve ser iniciada, sendo realizada nova tentativa de intubação após a 
estabilização do paciente. Quando a intubação traqueal não é possível, a máscara laríngea é uma alternativa 
para manter as vias aéreas pérvias e assegurar a ventilação pulmonar do RN ≥ 34 semanas com peso > 2000g. 
A confirmação de que a cânula está localizada na traqueia é obrigatória, sendo - o aumento da FC - o melhor 
indicador prático. Pode-se ainda confirmar a posição da cânula por meio da inspeção do tórax, ausculta das 
regiões axilares e gástrica. A detecção de dióxido de carbono (CO2) exalado, porém, é o padrão-ouro para 
indicar se a cânula está no local correto e é feita por meio da capnografia. 
+ Inserção imediata 
de sonda gástrica 
INDICAÇÕES IOT 
VPP NÃO EFETIVA/PROLONGADA 
 
 
NECESSIDADE DE MASSAGEM 
CARDÍACA (MCE) 
 
 
NECESSIDADE DE VPP EM RN COM 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA 
 
RN < 1000g 
 
 
 
6 
 
A ponta distal da cânula deve estar localizada no terço médio da traqueia, na altura da 1ª vértebra torácica. Uma 
vez que não é possível a confirmação radiológica da posição da cânula traqueal na sala de parto, recomenda-se 
usar a idade gestacional para calcular o comprimento da cânula a ser inserido na traqueia, considerando a 
distância entre a ponta da cânula e a marca, em centímetros, a ser fixada no lábio superior. Caso a idade 
gestacional seja desconhecida, usar a regra prática “peso estimado (kg) + 6” (o professor deu ênfase). 
 
 
 
 
 
Após a intubação, inicia-se a ventilação com balão autoinflável ou com ventilador mecânico manual em T na 
mesma frequência e pressão descritas na ventilação com máscara. 
o Quando a intubação for indicada porque o RN permaneceu com FC < 100 bpm, em ventilação com 
máscara facial e técnica adequada, a VPP com cânula traqueal pode ser iniciada na mesma concentração 
de O2 que estava sendo oferecida antes da intubação, monitorando-se a SatO2 após 30 segundos. 
Uma vez iniciada a ventilação com cânula traqueal, após 30 segundos avalia-se respiração, FC e SatO2. Há 
melhora se o RN apresenta FC >100 bpm, movimentos respiratórios espontâneos e regulares. Nesta situação, 
a ventilação é suspensa e o RN extubado. 
Considera-se como falha se, após 30 segundos de VPP por meio da cânula traqueal, o RN mantém FC < 100 
bpm ou não retoma a respiração espontânea ou, ainda, a SatO2 permanece abaixo dos valores desejáveis. Nesse 
caso, verificar a posição da cânula, a permeabilidade dasvias aéreas e a pressão que está sendo aplicada no 
balão ou no ventilador em T, corrigindo o que for necessário. Após essa correção, pode-se aumentar a oferta de 
oxigênio até 60-100%. Se o RN mantém apneia ou respiração irregular, continuar a ventilação por cânula 
traqueal. Se a FC está < 60bpm, indicar a massagem cardíaca. 
Massagem cardíaca 
A ventilação adequada reverte o quadro na maioria dos pacientes. Mas, quando não há reversão, é provável 
que a hipoxemia e a acidose metabólica importante estejam deprimindo o miocárdio, de tal maneira que o fluxo 
sanguíneo pulmonar esteja comprometido e o sangue não seja adequadamente oxigenado pela ventilação em 
curso. Nesse caso, a massagem cardíaca está indicada. Assim, a massagem cardíaca só é indicada se, após 30 
segundos de VPP com técnica adequada, a FC estiver < 60 bpm. 
Na prática clínica, a massagem cardíaca é iniciada se a FC estiver 
< 60 bpm após 30 segundos de VPP com técnica adequada por 
meio da cânula traqueal e uso de concentração de oxigênio de 60-
100%. A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do 
esterno, onde se situa a maior parte do ventrículo esquerdo. Estão 
descritas duas técnicas para realizar a massagem cardíaca: a dos 
dois polegares e a dos dois dedos. 
o A técnica dos dois polegares é mais eficiente, pois gera maior pico de pressão sistólica e de perfusão 
coronariana, além de ser menos cansativa. Esses polegares podem ser posicionados sobrepostos ou 
justapostos no terço inferior do esterno. Os polegares sobrepostos geram maior pico de pressão e pressão 
de pulso, enquanto os polegares justapostos aumentam a chance de lesão dos pulmões e do fígado. 
Sendo preferível, portanto, posicioná-los um sobre o outro. 
Assim, aplicar os dois polegares sobrepostos no terço inferior do esterno, ou seja, abaixo da linha intermamilar e 
poupando o apêndice xifoide. O restante das mãos circunda o tórax, dando suporte ao dorso durante a massagem. 
 
 
7 
 
O profissional de saúde que vai executar a massagem cardíaca se posiciona atrás da cabeça do RN, enquanto 
aquele que ventila se desloca para um dos lados. Tal posicionamento dos reanimadores facilita a abordagem do 
cordão umbilical, caso o cateterismo venoso seja necessário. A profundidade da compressão deve ser de 1/3 
do diâmetro anteroposterior do tórax, o que equivale aproximadamente a 2 cm. É importante permitir a 
reexpansão plena do tórax após a compressão para haver enchimento das câmaras ventriculares e das coronárias; 
no entanto, os dedos não devem ser retirados do terço inferior do tórax. 
As complicações da massagem cardíaca incluem a fratura de costelas, com pneumotórax e hemotórax, e 
laceração de fígado. A ventilação e a massagem cardíaca são realizadas de forma sincrônica, mantendo-se uma 
relação de 3:1, ou seja, 3 movimentos de massagem cardíaca para 1 movimento de ventilação, com uma 
frequência de 120 eventos por minuto (90 movimentos de massagem e 30 ventilações). 
o A única situação em que se pode considerar a aplicação de 15 compressões cardíacas intercaladas com 
2 ventilações é a do paciente internado em unidade neonatal, cuja origem da parada cardiorrespiratória 
é provavelmente cardíaca (portadores de cardiopatias congênitas) e nos casos onde só há um socorrista. 
Para reduzir o risco de complicações associadas à hiperóxia, a oferta de oxigênio suplementar deve ser 
reduzida assim que houver recuperação da FC. Deve-se aplicar a massagem cardíaca coordenada à 
ventilação por 60 segundos, antes de reavaliar a FC, pois este é o tempo mínimo para que a massagem cardíaca 
efetiva possa restabelecer a pressão de perfusão coronariana. 
A massagem deve continuar enquanto a FC estiver < 60 bpm. A melhora é considerada quando, após a VPP 
acompanhada de massagem cardíaca por 60 segundos, o RN apresenta FC > 60 bpm. Neste momento, 
interrompe-se apenas a massagem. Caso o paciente apresente respirações espontâneas regulares e a FC atinja 
valores >100 bpm, a ventilação pode ser suspensa. 
Considera-se a falha do procedimento se, após 60 segundos de VPP com cânula traqueal e oxigênio a 100% 
acompanhada de massagem cardíaca, o RN mantém FC < 60 bpm. Nesse caso, verificar a posição da cânula, a 
permeabilidade das vias aéreas e a técnica da ventilação e da massagem, corrigindo o que for necessário. Se, 
após a correção da técnica da VPP e massagem, não há melhora, considera-se o cateterismo venoso umbilical 
de urgência e indica-se a adrenalina. 
Medicações 
O uso de adrenalina, expansor de volume ou ambos está indicado. Bicarbonato de sódio, naloxone, atropina, 
albumina e vasopressores não são recomendados na reanimação do RN em sala de parto. A via preferencial 
para a infusão de medicações na sala de parto é a endovenosa, sendo a veia umbilical de acesso fácil e 
rápido. O cateter venoso umbilical deve ser inserido de emergência, quando há indicação do uso de drogas. 
o Introduzir o cateter na veia e progredir apenas 1-2 cm após o ânulo, mantendo-o periférico, de modo a 
evitar sua localização em nível hepático. A adrenalina aumenta a pressão de perfusão coronariana, 
principalmente por meio da vasoconstrição periférica. 
Enquanto o cateterismo venoso umbilical está sendo realizado, pode-se administrar uma única dose de 
adrenalina (0,05-0,10 mg/kg) por via traqueal e, se não houver aumento imediato da FC, administrar a 
adrenalina endovenosa, na dose de 0,01-0,03 mg/kg. Doses elevadas (>0,1 mg/kg) não devem ser empregadas 
no período neonatal, pois levam à hipertensão arterial grave, diminuição da função miocárdica e piora do quadro 
neurológico. É obrigatório preparar a adrenalina na diluição de 1:10.000 em soro fisiológico. 
o Quando não há reversão da bradicardia com a adrenalina endovenosa, assegurar que a VPP e a 
massagem cardíaca estão adequadas, repetir a administração de adrenalina a cada 3-5 minutos (sempre 
por via endovenosa na dose 0,03 mg/kg) e considerar o uso do expansor de volume. 
 
 
O seu uso pode ser necessário para reanimar o RN com hipovolemia. A suspeita é feita se não houve aumento da FC 
em resposta às outras medidas de reanimação e/ou se há perda de sangue ou sinais de choque hipovolêmico, como 
palidez, má perfusão e pulsos débeis. A expansão de volume é feita com soro fisiológico na dose de 10 mL/kg 
lentamente, em 5-10 minutos, podendo ser repetida a critério clínico. Administrar o volume lentamente. Com o uso 
do expansor, espera-se o aumento da FC e a melhora dos pulsos e da palidez. 
 
 
8 
 
1) Na sala de parto, um recém nascido de termo é seco e estimulado ao nascer, está em apneia, hipotônico e 
cianótico com frequência cardíaca de 70bpm. Com um minuto de vida, continua cianótico, hipotônico e tem 
uma frequência cardíaca de 70bpm, respirando irregularmente a uma taxa de 15 respirações por minuto e 
faz algumas caretas durante a estimulação, mas não chora. A equipe segue as diretrizes apropriadamente, 
faz ventilação com pressão positiva com máscara. Aos 5 minutos, a frequência cardíaca subiu para 90bpm, 
o tronco ficou corado (mas as mãos e os pés permanecem cianóticos), está respirando espontaneamente e 
tem melhora do tônus flexor, mas não se movimenta ativamente. Aos 10 minutos, o lactente está chorando, 
respirando, se movimentando ativamente, completamente corado e com frequência cardíaca de 120bpm. 
Quais notas foram as pontuações de Boletim de Apgar dessa criança? 
 
a) 3, 6 e 10. 
b) 3, 7 e 9. 
c) 4, 6 e 9. 
d) 4, 7 e 10. 
 
2) Uma paciente de 29 anos, primigesta, com idade gestacional de 38 semanas, entrou espontaneamente em 
trabalho de parto. Quando a dilatação uterina era de 6cm, observou-se à amnioscopia líquido amniótico 
tinto por mecônio. O parto foi por via vaginal, e o recém-nascido foi levado à mesa de reanimação por 
apresentar apneia e frequência cardíaca abaixo de 100bpm. Foi feita a aspiração suave de boca e narinas. 
Após esse procedimento, a frequência cardíaca manteve-se abaixode 100 bpm, com apneia. Qual é a 
conduta imediata? 
 
a) Ventilação com pressão positiva utilizando máscara facial e fração inspirada de oxigênio de 50%. 
b) Intubação, aspiração traqueal e ventilação com pressão positiva com ar ambiente (fração inspirada 
de oxigênio de 21%). 
c) Ventilação com pressão positiva utilizando máscara facial e ar ambiente (fração inspirada de 
oxigênio de 21%). 
d) Intubação, ventilação com fração inspirada de oxigênio de 50% e aspiração traqueal após 30 
segundos de ventilação. 
 
3) Quanto à assistência neonatal ao recém nascido com idade gestacional maior ou igual a 34 semanas, 
conforme as recomendações atuais da Sociedade Brasileira de Pediatria, é correto afirmar que: 
 
a) Se o escore de Apgar for menor do que 7 no 5° minuto, recomenda-se realiza-lo a cada 5 minutos, 
até 20 minutos de vida. 
b) É condição associada à maior necessidade de reanimação o parto vaginal, quando comparado a 
parto cesárea. 
c) Para atestar a vitalidade do recém-nascido, é importante avaliar padrão respiratório, frequência 
cardíaca e cor. 
d) O cordão umbilical deve ser clampeado, quando a pulsação umbilical não for mais percebida, se o 
recém nascido for a termo e estiver com boa vitalidade. 
e) A reanimação da criança a termo poderá ser iniciada com fração inspirada de oxigênio de 30 a 40% 
e aumentada progressivamente, conforme oximetria. 
 
 
 
 
 
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4) Uma gestante de 41 semanas, G4P3A0, chega à maternidade em período expulsivo. Referia perda de líquido 
de coloração esverdeada. Ao nascer, o recém nascido encontra-se flácido e não chora. De acordo com as 
diretrizes de reanimação do recém-nascido em sala de parto (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2016), qual 
é a conduta inicial mais adequada do pediatra? 
a) Fazer contato pele a pele com a mãe e aguardar 3 minutos para clampear o cordão. 
b) Fazer contato pele a pele com a mãe, clampear imediatamente o cordão e estimular com compressa. 
c) Levar ao berço de reanimação, posicionar o recém nascido e aspirar as vias aéreas superiores. 
d) Levar ao berço de reanimação, posicionar e realizar estimulação tátil vigorosa com compressa. 
e) Levar ao berço de reanimação, não estimular, intubar e realizar aspiração traqueal. 
 
5) Uma criança no 5° minuto de vida apresenta FC = 105bpm, coloração de pele rósea, pouca flexão de 
membros, respiração lenta e irregular, ausência de resposta à irritabilidade reflexa. Calcule o índice de 
Apgar desse bebê e assinale a alternativa correta: 
a) 6 
b) 7 
c) 8 
d) 9 
e) 10 
 
6) Em relação à reanimação do recém-nascido em sala de parto, assinale a alternativa CORRETA: 
a) A frequência cardíaca é o principal parâmetro determinante da indicação de diversas manobras de 
reanimação. 
b) Atualmente a indicação de reanimação neonatal depende da avaliação simultânea de alguns 
parâmetros: respiração, frequência cardíaca e coloração da pele e mucosas. 
c) A frequência cardíaca pode ser avaliada por meio da ausculta do precórdio do recém-nascido com 
estetoscópio ou ainda pela palpação do pulso do recém-nascido na base do cordão umbilical, sendo 
os dois métodos igualmente adequados. 
d) O preparo para atender o recém-nascido em sala de parto consiste, inicialmente, na realização da 
anamnese materna e, de acordo com as condições perinatais, pode-se prever se será necessário ou 
não reanimar o recém-nascido e, daí então preparar todo o material de reanimação. 
e) Pode-se oferecer oxigênio inalatório caso se observe cianose de pele e mucosas logo após os passos 
iniciais da reanimação. 
 
7) Recém-nascido com idade gestacional de 28 semanas, peso ao nascer de 1.000 gramas, idade pós-natal de 
12 horas, intubado, em ventilação mecânica e cateter venoso umbilical para infusão de líquidos e eletrólitos. 
No transporte para uma unidade de terapia intensiva neonatal de referência, a uma distância de 20 km, 
devem ser observados os seguintes procedimentos para o recém-nascido: 
a) Gorro, luvas, meias e fonte de calor radiante. 
b) Gorro, incubadora de dupla parede e fonte de calor radiante. 
c) Luvas, meias, envolvê-lo em algodão e incubadora de dupla parede. 
d) Gorro, envolvê-lo em saco plástico e incubadora de parede dupla 
 
8) O acesso preferencial para reposição de volume ao RN na sala de parto é através de: 
a) Agulha intraóssea. 
b) Cateter em veia umbilical. 
c) Cateter em subclávia. 
d) Cateter em artéria umbilical. 
e) Jelco periférico, no membro superior direito 
 
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9) Uma gestante com 40 semanas de idade gestacional e portadora de diabetes mellitus tipo 1 foi admitida para 
realizar uma cesariana devido ao pós-datismo. Na ocasião, apresentava hemoglobina glicosilada de 10% e 
diminuição dos movimentos fetais. Durante a cesariana, foi observado que o líquido amniótico era meconial 
+++/4+. O recém-nascido chorou logo que nasceu e, ao ser recebido, apesar do choro forte e da frequência 
cardíaca de 120 bpm, encontrava-se com cianose central. A análise do caso indica que, nesse momento, o 
pediatra deveria: 
a) Aspirar rapidamente a traqueia para retirar o excesso de mecônio; no entanto, se não conseguir 
realizar o procedimento em, no máximo, 30 segundos, deverá ventilar o recém-nascido com 
respirador manual (ambu) e máscara facial, para evitar hipóxia. 
b) Aspirar rapidamente a traqueia para retirar o excesso de mecônio; no entanto, se não conseguir 
realizar o procedimento em, no máximo, 30 segundos, deverá ventilar o recém-nascido com 
respirador manual (ambu), intubado, para evitar hipóxia. 
c) Posicionar, aspirar vias aéreas, secar o bebê e reposicionar o bebê para reavaliação após 30 
segundos. 
d) Posicionar, aspirar traqueia em uma única tentativa, secar e ventilar o recém-nascido com o 
respirador manual (ambu) e máscara facial, para evitar hipóxia. 
 
GABARITO 
1) A 6) A 
2) C 7) D 
3) A 8) B 
4) C 9) C 
5) A

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