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Contabilidade Industrial I - Trabalho 1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO
FIG - UNIMESP
Sara Gabriela de Araujo	 
Ciências Contábeis 
Contabilidade Industrial I
Trabalho AA 
Custo e Despesas
Componentes de custos
Critérios de Apropriação
SÃO PAULO – SP
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO
FIG - UNIMESP
Sara Gabriela de Araujo
RA 10120110
Professor(a): Ricardo Watanabe
Disciplina: Contabilidade Industrial I
SÃO PAULO – SP
2020
SUMÁRIO
1.	– INTRODUÇÃO	2
2.0 – CONTABILIDADE DE CUSTOS	3
3.0 - CONCEITO DE CUSTOS	4
3.1. – Classificação dos Custos em Relação ao Produto	5
3.2. – Em relação ao Volume de Produção	6
4.0 - ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS	7
5.0 – APROPRIAÇÕES E SISTEMAS DE CUSTEIO	7
5.1. - Custeio variável	8
5.2. - Custeio por absorção	9
5.3 - Custo de produção	11
5.4. - Aplicação dos custos indiretos de produção	14
5.5. - Formas de apuração dos custos	15
6.0 - GASTO, DESEMBOLSO E INVESTIMENTO	16
7.0 – DESPESA E PERDA	17
8.0 - DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTOS E DESPESAS	18
9.0 – OBJETIVO DA GESTÃO DE CUSTOS	19
10.0 – CONCLUSÃO	21
11. – BIBLIOGRAFIA	22
– INTRODUÇÃO
A contabilidade de custos teve início durante a Revolução Industrial, após o surgimento de empresas industriais, houve a necessidade de determinar custos à fabricação de produtos. Antes desse período os artigos eram produzidos de formas manuais e artesanais por pessoas comuns.
Geralmente, as empresas eram comerciais e mantinham controle da contabilidade financeira para controle do Patrimônio.
Dessa forma, surgiu a necessidade de cálculos e controles de custos, pois, ele causa impacto direto na lucratividade de uma organização. 
A análise de custos tornou-se importante a partir do momento em que alcançamos vantagens competitivas e sustentáveis, para utilizar seus recursos da melhor maneira possível e o obter resultado satisfatórios.
Lembrando que um negócio para obter resultados positivos deve ter um bom planejamento. E preciso ter entendimento administrativos, financeiros e também de conceitos de custos.
O gerenciamento de forma estratégica dos custos influencia no sucesso da empresa, gerando interações do conjunto de ações eficientes a administração de uma empresa.
 
2.0 – CONTABILIDADE DE CUSTOS 
A contabilidade de custos nasceu a partir da contabilidade financeira, Martins (2003, p.13) afirma que “para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, batava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples”. A partir desse ponto a contabilidade de custos evoluiu e é utilizada várias funções. Ainda segundo Martins (2003, p. 156) uma das finalidades da Contabilidade de Custos, é o fornecimento do preço de venda”. 
Na atividade comercial o custo da mercadoria vendida era fácil de ser identificado, uma vez que sua composição resulta do valor pago pela mercadoria, mais tributos não compensáveis, mais fretes pagos e seguros. No caso de haver variação de estoques, aplica-se a fórmula envolvendo, estoque inicial, compras e estoque final para se encontrar o CMV. 
CMV = Ei + Comp – Ef
No segmento industrial, a mesma sistemática de cálculo de custo dos produtos não poderia ser utilizada, uma vez que o fabricante compra materiais e os transforma, paga mão-de-obra para elaborá-los e ainda consumo uma infinidade de outros custos (energia, água etc.), para enfim gerar o bem para venda. Nessa situação, na qual vários insumos são consumidos para elaboração de um novo produto, não é tão simples o cálculo de custos a ser implementado. Essa dificuldade ou necessidade fez surgir a contabilidade de custos, inicialmente com a finalidade de mensurar os estoques produzidos e determinar o resultado do exercício. A partir da revolução industrial a contabilidade de custos muito evoluiu, passando a gerar informações, não só para controle, mas também para o planejamento e tomada de decisão. A contabilidade de custos aparece pela primeira vez com técnica independente e sistemática, nos Estados Unidos, envolvendo a produção industrial, sobretudo estudando os problemas de mão-de-obra e repercussões no custo industrial. Mais tarde, passou a preocupar-se, de modo menos empírico com os custos de material consumido (direto) nas operações, buscando a visão global do processo produtivo, instante em que são discutidos os maiores entraves da Contabilidade de Custos, os chamados Custos Indiretos de Fabricação (CIF). 
Os custos indiretos são considerados de certa forma vilão da Contabilidade de Custos, por serem de difícil alocação. 
Hoje, dentro da Contabilidade de Custos, existem critérios e técnicas que solucionam de modo bastante adequado os problemas relacionados a esse aspecto, o sistema de custos busca identificar os gastos com a produção (Custos totais), para que com base nestes dados possam ser realizadas classificações, análises, avaliações, controles e planejamentos, consequentemente, transforma-se num importante instrumento de gestão, para a tomada de decisão. 
É importante ressaltar que a Contabilidade de Custos não se aplica somente às indústrias, sendo que é possível calcular custos comerciais, de serviços, agrícolas etc. 
Porém, é sempre dado uma grande ênfase à atividade industrial, uma vez que este é o campo de maior segmento. 
3.0 - CONCEITO DE CUSTOS
A palavra custo possui significado amplo: pode representar o Custo das Mercadorias Vendidas em uma empresa com atividade dedicada à compra e venda de mercadorias. o Custo dos Serviços Prestados em uma empresa de prestação de serviços (limpeza, manutenção, auditoria etc.) e o Custo de Fabricação de um produto em uma empresa industrial (montadora de veículos, siderúrgicas, alimentos etc.).
Para que se possa efetuar uma gestão com segurança e precisão, é necessário que o gestor tenha muito claro como identificar os custos, separando deles as despesas ocorridas na empresa. Essa separação é importante para que se possa fazer a composição correta do custo de produção dos produtos ou dos serviços prestados pela empresa. Sem essa separação, fica impossível precisar sua alocação e, dessa forma, formar um preço justo dos produtos ou serviços comercializados. Considera-se custo, todo o gasto aplicado ao produto ou serviço que será comercializado. Portanto, somente será custo aquele gasto feito que irá atuar diretamente no produto final. Os gastos que não forem direcionados aos produtos ou serviços serão considerados despesas. 
Então, custo é todo material ou serviço que produzirá outro produto ou um serviço que será comercializado. A localização dos custos vai depender da atividade da empresa e como ela se relaciona com os seus gastos. Isso porque, muitas vezes, o que é custo para uma empresa para outra do mesmo ramo pode ser uma despesa e, para empresa de outros ramos, também se aplica o mesmo conceito. Então, o gestor de custos deve estar atento ao funcionamento da linha de produção de produtos ou serviços para identificar quais são verdadeiramente os custos e as despesas da entidade ao qual ele estiver exercendo essa função. O que ocorre comumente é que se usa o termo custo para todos os gastos que a empresa tem em seu processo. A interpretação errada do termo custo pode causar divergências em relatórios gerenciais e influenciar diretamente as tomadas de decisões, sejam elas quais forem. A matéria-prima sempre será considerada um custo, pois é pela transformação desse produto que será gerado o produto que a empresa comercializará, portanto, não há o que se discutir sobre a origem desse custo, uma vez que, segundo o conceito, custo é todo o gasto feito para gerar um novo produto e, no caso da matéria-prima, ela deixará de ser o que foi originalmente adquirida, para se transformar num produto que gerará receita para a empresa. Assim como a matéria-prima, o produto ou material secundário e o material de embalagem também irão fazer parte dos custos da empresa, uma vez que todos eles serão aplicados ao produto final da empresa, ou seja, aquele produto queirá gerar o faturamento. 
No caso das empresas prestadoras de serviços, os custos são os produtos aplicados na prestação de serviço, ou seja, aqueles que farão parte do serviço que está sendo prestado. Outro item que compõe os custos de uma empresa é a mão de obra que está diretamente ligada ao produto final, e essa mão de obra pode ser do funcionário que trabalhar diretamente na linha de produção como também dos gerentes e supervisores que estão vinculados aos produtos. Identificar os produtos e a mão de obra como custo não é uma tarefa das mais complexas, uma vez que visualmente se poderia identificá-los ficando somente a parte financeira para ser calculada, mas há outros itens que irão compor os custos que muitas vezes se tornam mais difíceis, uma vez que sua visualização não pode ser feita de forma tão direta. Um exemplo destes custos é a depreciação das máquinas envolvidas na linha de produção e, nesse caso, há duas situações que devem ser avaliadas, a primeira delas é o fato de ser um custo não reembolsável, não causa movimento ou alteração no fluxo de caixa, só que esse custo existe e deve ser avaliado e considerado nos relatórios gerenciais e também na formação de preço do produto. O segundo fator é que embora esse custo ocorra, dependendo da linha de produção ao qual o equipamento está vinculado, ele poderá gerar mais de um produto e, portanto, dependerá de um rateio para identificar com quanto essa depreciação participa nos produtos que ela produz. Os custos devem ser identificados dentro de toda a cadeia produtiva, independente do objeto de custeio que a empresa adotar. Isso porque os custos serão custos sempre, o que pode mudar é sua classificação de fixo, variável, direto e indireto. Então, independentemente de sua classificação, ele continuará sendo custo. 
3.1. – Classificação dos Custos em Relação ao Produto 
Custos Diretos – são os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Como exemplo: matéria-prima, mão de obra dos operários, energia elétrica (quando se tem condições objetivas de medir o consumo efetivo). 
Custos Indiretos- estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo denominado rateio. A alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação (método linear), manutenção, seguro. 
3.2. – Em relação ao Volume de Produção
Custos Fixos. São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível da produção, inclusive no caso de a fábrica não produzir nada. Os custos fixos se tornam progressivamente menores em termos unitários à medida que o direcionador de custo aumenta. Exemplos: Imposto Predial, depreciação dos equipamentos (pelo método linear), salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros. 
Custos Variáveis – São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta o volume de produção. Exemplos: matéria-prima, materiais indiretos consumidos, depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas, gastos com horas horas-extras na produção. 
Custos semivariáveis – São custos que variam com o nível de produção, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. Exemplo: conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período. Outros exemplos são: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, já que a caldeira não pode esfriar.
 Custos semifixos – Também chamados Custos por Degraus, são custos que são fixos em uma determinada faixa de produção, mas que variam se houver uma mudança desta faixa. Considere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma empresa. 
Outras classificações de custos são:
Custo de Produção - custos com matéria prima + mão de obra direta + custos indiretos. 
Custo Primário - matéria prima + mão de obra direta. 
Custo de Transformação ou de conversão - mão de obra direta + custos indiretos de fabricação.
4.0 - ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 - A separação entre Custos e Despesas A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Na etapa de separação de custos e despesas, é imprescindível o perfeito entendimento da diferenciação do que é custo, e do que são despesas, pois as despesas são contabilizadas diretamente no Resultado do Exercício. 
 - A apropriação dos Custos Diretos Identificar e apropriar os custos diretos diretamente aos produtos. Na apropriação dos custos é necessário que os custos diretos (matéria prima e mão de obra direta) sejam atribuídos a cada um dos produtos elaborados pela empresa. Outros custos diretos, desde que seja possível considerá-los como diretos, também dever ser atribuídos diretamente aos produtos. 
- A apropriação dos Custos Indiretos, deverá ser analisado a forma ou as formas de alocar os custos indiretos (Rateio dos Custos Indiretos). Para a apropriação dos custos indiretos, que são aqueles sobre os quais se aplica um critério de rateio, os custos devem ser atribuídos a quem competem, ou seja, quem causou o custo deve arcar com ele. 
- Cálculo do Custo Unitário e determinação do CPV e do estoque final. Neste momento já podem ser apurados os custos totais de produção, que, divididos pelas quantidades produzidas, resultam no custo unitário. O custo unitário, multiplicado pelas quantidades vendidas informam o CPV (Custo dos Produtos Vendidos). O custo unitário multiplicado pela quantidade de produtos remanescentes no estoque, resulta no valor do estoque final.
5.0 – APROPRIAÇÕES E SISTEMAS DE CUSTEIO 
Entende-se que o método de custeio é a forma pela qual os custos são apropriados aos seus portadores finais. Para Koliver (2000), esse é o terceiro grande caracterizador dos sistemas de custeio, referindo-se à separação dos custos fixos e variáveis, ou do reconhecimento necessário dos seus comportamentos diante de variação no grau de ocupação da entidade. A apropriação dos custos aos seus portadores finais pode ser de duas formas: 
1 - Alocação integral dos custos do ciclo operacional interno, a qual denomina-se de custeio por absorção;
 2 - Apropriação somente dos custos variáveis, à qual nomeia-se de custeio variável;
Um "sistema de custeio", numa empresa industrial, com objetivo de controlar os custos e servir como parâmetro para decisões nesta empresa, é um método para apropriação nos produtos (através de critérios técnicos) dos gastos efetuados para produzi-los e vendê-los. Esta apropriação permite, inclusive, o estabelecimento do preço de cada produto, que não necessariamente corresponderá ao preço de venda do produto no mercado. Ao analisar o sistema de custeio exige o cumprimento de algumas etapas:
a) Levantamento de custos e despesas correspondentes a um determinado período; 
b) Cálculo dos custos a serem imputados ao produto; 
c) Montagem do quadro estrutural de custos e despesas; 
d) Análise do quadro, estrutura e porte da empresa para definição do sistema a ser adotado. 
5.1. - Custeio variável 
O sistema de custeio variável nasceu da necessidade de alocação condições de operar uma produção, não está muito ligado a determinando produto ou unidade, além disso são na maioria das vezes, repetitivos. Está alicerçado na apropriação de todos os custos variáveis – diretos ou indiretos – aos portadores finais dos custos, fundamentado, na relação entre esses e o grau de ocupação da entidade. 
Para Horngren, Foster e Datar (2000, p. 211), custeio variável “é o método de custeio de estoque emque todos os custos de fabricação variáveis são considerados custos inventariáveis. Todos os custos de fabricação fixos são excluídos dos custos inventariáveis: eles são custos do período em que ocorreram”. 
Lopes de Sá (1990, p. 108) diz que o custeio variável é o processo de apuração de custo que exclui os custos fixos”. Para Leone (1997, p. 322), “o critério do custeio variável fundamenta-se na ideia de que os custos e as despesas que devem ser inventariáveis (debitadas aos produtos em processamento e acabados) serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida (referência, base, volume) dessa atividade”. No custeio variável somente são apropriados como custos de fabricação os custos variáveis, sejam eles diretos ou indiretos. 
Podemos citar como vantagem do custeio variável:
- Quando deseja saber, com segurança, quais os produtos, linhas de produtos, departamentos, territórios de vendas, clientes e outros segmentos, são lucrativos onde a contabilidade de custos deseja investigar os efeitos das mudanças ocorridas nas quantidades produzidas;
- Ele apresenta imediatamente a margem de contribuição;
- Os custos periódicos não se escondem nos estoques de produtos fabricados e em andamento, fazendo com que o lucro seja ilusório; 
- As demonstrações de resultado facilitam a visão do administrador sobre o montante dos custos e despesas;
Como desvantagem podemos citar os resultados do custeio variável não devem substituir em algumas decisões, as informações decorrentes de outros critérios. Essas informações são aplicadas em problemas cujas soluções são de curto alcance no tempo, para obter soluções de longo prazo. Normalmente as informações do custeio variável não são recomendadas: o trabalho de análise das despesas e custos em fixos e variáveis. Lembrando que sempre deveram ser realizados análises de custos x benefícios e os resultados do custeio variável não são aceitos para preparação de demonstrações contábeis de uso externo. 
5.2. - Custeio por absorção 
O custeio por absorção surgiu no início do século passado e se encaixava perfeitamente ao paradigma da época fordista – taylorista. O foco do custeio por absorção é o denominado chão – de – fábrica e, por isso, pode ser considerado como uma ferramenta eficaz para o controle e redução dos custos de processo. Com tal sistema de custeio, a empresa adquire certa matéria – prima e a transforma em produto através de um processo, ao longo do qual cargas de custos vão sendo somadas ao custo inicial da matéria – prima. 
De acordo com Elizeu Martins (1993), o custeio por absorção se caracteriza pela apropriação de todos os custos do ciclo operacional interno aos portadores finais dos custos. Sendo assim, consiste na apropriação de todos os custos das funções de fabricação, administração e vendas de todos os bens e serviços produzidos, sejam eles diretos ou indiretos. Horngren, Foster e Datar (2000) definem custeio por absorção como:
 “O método de custeio de estoque em que todos os custos, variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis. Isto é, o estoque que absorve, realmente, todos os custos de fabricação”. 
Já Lopes de Sá (1990), afirma que o custeio por absorção é 
“a expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos que se baseia em dividir ou ratear todos os elementos do custo, de modo que, cada centro ou núcleo absorva ou receba aquilo que lhe cabe por cálculo ou atribuição.” 
Tal método leva em conta na apuração dos custos de produção todos os custos incorridos no processo de produção de bens e serviços. O próprio nome (custeio por absorção) indica que está se absorvendo de cada departamento e de cada produto final os custos gerias através das taxas de absorção, sejam eles definidos tanto como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. Ao custear-se os produtos fabricados pela empresa, são atribuídos a esses produtos, além dos seus gastos variáveis, também os gastos fixos, diz-se que se está usando a modalidade de custeio por absorção. Esta atribuição de gastos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilização de rateios. E nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de controle. Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio, eles sempre apresentarão um forte componente arbitrário, que distorce os resultados apurados por produto e dificulta (quando não impede) as decisões da gerência com relação a assuntos de vital importância para a empresa, como, por exemplo: a determinação de preços de venda ou a descontinuação da fabricação de produtos deficitários. Para fins fiscais (Imposto de Renda), é obrigatória a utilização do custeio por absorção. 
Enfim, método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e somente os de produção, ou seja, todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos (MARTINS, 2003). 
Assim, a distinção principal no custeio por absorção é entre o custo e a despesas. A separação é importante porque as despesas são contabilizadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Quanto aos custos relativos aos produtos em elaboração e os acabados que ainda não foram vendidos estarão ativados nos estoques destes produtos.
O Custeio por absorção é o único aceito pela Auditoria Externa, porque atende aos princípios contábeis da Realização da Receita, da Competência e da Confrontação. Além disso, é o único aceito pelo Imposto de Renda.
Observações:
Princípio da Realização da Receita - Ocorre a realização da receita quando da transferência do bem ou serviço vendido para terceiros.
Princípio da Confrontação - As despesas devem ser reconhecidas à medida que são realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta ou indiretamente).
Princípio da Competência - As despesas e receitas devem ser reconhecidas nos períodos a que competirem, ou seja no período em que ocorrer o seu fato gerador. 
Neves e Viceconti (2003) ainda esclarecem e reforçam que para a apuração dos custos da empresa por meio deste método, é necessário seguir alguns parâmetros:
· É necessário a separação de custos e despesas da empresa;
· Apropriação dos custos diretos e indiretos a produção realizada no período;
· Apuração do custo dos produtos acabados;
· Apuração do custo dos produtos vendidos;
· Apuração de resultado do período.
Diante destas informações e pela sua alta complexidade, as empresas estão recorrendo cada vez mais às contabilidades. Assim, a contabilidade está fazendo cada vez mais parte da empresa como um todo, ou seja, atualmente ela participa efetivamente dentro da empresa, identificando problemas e corrigindo-os, assim como apresentando informações necessárias para obter-se um melhor resultado/lucro.
5.3 - Custo de produção
 Inicialmente para se analisar o custo de produção deve-se separar dos gastos, os custos incorridos no período. Após esta separação, o próximo passo é separá-los em custo direto e custo indireto de produção. Neste sistema de custeio, os custos diretos serão apropriados aos bens elaborados, sendo que somente os de produção, conforme métodos aplicados para medições de consumo, já os indiretos serão apropriados por intermédio de rateio. Teoricamente, a separação é fácil. Os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas (MARTINS, 2003). É bastante simples a visualização de onde começam os custos de produção, mas nem sempre é da mesma maneira a verificação de onde eles terminam. A regra é simples, basta definir o momento em que o produto está pronto para a venda, até aí, todos os gastos são custos, depois deste momento, torna-se despesas (MARTINS, 2003). Os custos de produção são divididos em:
 Matéria-prima: materialutilizado para fabricação do produto, representa a parte física do custo;
 Mão-de-obra: é o que transforma a matéria-prima em produto, ou seja, o emprego da mão-de-obra; Outros custos: além dos custos acima citados, existem outros consumos indiretos como energia elétrica, água, telefone, etc., para a fabricação do produto. Matérias - primas Segundo MARTINS (2003), as matérias primas, os componentes adquiridos prontos, as embalagens e outros materiais diretos utilizados no processo de produção são apropriados aos produtos ou serviços por seu valor histórico de aquisição. A matéria-prima compreende os materiais aplicados na fabricação de um produto e que fazem parte dele. Entre os materiais integrantes de um produto encontramos aqueles cuja quantidade efetivamente consumida, podemos identificar nesse produto e aqueles que não podemos. Os primeiros são considerados custos diretos e os demais, indiretos, pois sua apropriação se dará por rateio. Perdas com matérias-primas Inúmeras vezes ocorrem o desperdício de materiais, principalmente de matéria-prima, durante o processo de produção. Existem dois tipos de perdas: as normais e as anormais. As perdas normais podem ocorrer por problema de corte, tratamento térmico, reações químicas, evaporação, etc., e por serem inerentes à tecnologia da produção, os prejuízos fazem parte do custo do produto elaborado. Já as perdas anormais, não sofrem o mesmo tratamento, por serem aleatórias e involuntárias, deixam de fazer parte do custo da produção e são tratados como perdas do período, indo diretamente para o resultado (MARTINS, 2003). Outros custos com aquisição de matérias-primas. Além do custo com a compra da matéria prima, geralmente a empresa fica responsável por outros custos relativos à aquisição do material, ou seja, além do valor atribuído ao fornecedor pela compra, cabe a empresa em algumas situações, integralizar os gastos com fretes, armazenagem, seguro, impostos ao custo do produto, etc. Impostos na aquisição de matérias-primas diversas, hipóteses existem quando da aquisição de materiais para produção. Primeiramente, se a empresa não tem nenhum tipo de isenção ou suspensão do IPI nas compras de matérias-primas, mas os tem na venda de produtos acabados, acaba por ter nesse imposto um acréscimo do próprio material adquirido. Numa segunda hipótese, a empresa paga IPI na compra de seus materiais e também tem seus produtos tributados, nesse caso ela funciona como simples intermediária entre o pagador final do imposto e o Governo Federal. Poderia existir outra forma também, em que a empresa paga o IPI nas compras de seus materiais, mas que por força de uma disposição legal específica tivesse o direito de ressarcimento desse encargo quando da venda do produto, como por exemplo, às exportações (MARTINS, 2003). O ICMS tem de fato as mesmas características que o IPI. Cada real pago na compra de materiais representa um adiantamento feito pela empresa. Eles devem ser contabilizados igualmente, porém, precisam de tratamentos contábeis diferentes (MARTINS, 2003). 
Nos critérios para avaliação de estoques é possível encontrar nos estoques um material adquirido com valores diferentes, ou seja, são adquiridos muitas vezes de diversos fornecedores, onde os produtos são adquiridos em datas diferentes e com condições diferentes (MARTINS, 2003). Surgem algumas alternativas para tratamento na avaliação dos estoques:
 Preço médio ou preço médio ponderado móvel: é o método mais utilizado no Brasil, é assim chamado aquele mantido por empresa com controle constante de seus estoques e que por isso atualiza seu preço médio após cada aquisição. 
 PEPS (FIFO): neste critério o material utilizado é custeado pelos preços mais antigos, permanecendo os mais recentes em estoque. O primeiro a entrar é o primeiro a sair. No uso do PEPS não há diferença alguma entre a empresa que avalia o custo do material aplicado durante o período ou somente em seu final. Com o uso deste método, há uma tendência de o produto ficar avaliado por custo menor do que quando do custo médio, tendo-se em vista a situação normal de preços crescentes. 
 UEPS (LIFO): o método de último a entrar primeiro a sair provoca efeitos contrários ao PEPS. Com a adoção do UEPS, há uma tendência de se apropriar custos mais recentes aos produtos feitos, o que provoca normalmente redução do lucro contábil. Provavelmente por essa razão, apesar de aceita pelos princípios contábeis, não é admitida pela legislação brasileira (Imposto de Renda). Mão-de-obra direta A legislação trabalhista brasileira garante um mínimo de 220 horas, mesmo que só tenha trabalhado metade disso. A mão-de-obra direta é considerada aquela parte relativa ao tempo realmente utilizado no processo de produção e de forma direta, ou seja, se alguém deixa, por qualquer razão, de trabalhar diretamente o produto, esse tempo ocioso ou usado em outras funções deixa de classificada como mão-de-obra direta (MARTINS, 2003). No Brasil, os encargos sociais são inclusos no custo horário da mão-de-obra direta. Ao se optar pela inclusão dos encargos sociais no próprio montante da mão-de-obra, precisa-se calcular para cada empresa, ou departamento, qual o valor para ser atribuído por hora de trabalho. Sabemos que decorrem da legislação e do contrato de trabalho os repousos semanais remunerados, a remuneração dos feriados, as faltas abonadas por gala, nojo, o 13º salário, a contribuição ao INSS, recolhimento do FGTS, além de vários outros direitos garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais. A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividi-lo pelo número de horas em que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição. Sabe-se que existe o tempo não produtivo da mão-de-obra direta, assim podendo chamá-lo de tempo ocioso que ocorre em virtude de falta de produção, avarias, etc. Caso a ociosidade seja normal e o operário esteja sendo mantido parado, o mais comum é a acumulação desse tempo como tempo improdutivo dentro dos custos indiretos para rateio à produção geral. Quando houver paradas em determinadas épocas, a empresa deverá utilizar um sistema de provisionamento para rateio destes custos indiretos a todos feitos no ano. Adicional de horas extras e outros adicionais provocam o dilema de se debitar diretamente ao produto ou se atribuir aos custos indiretos para rateio geral. Tudo irá depender da análise elaborada. Existe também o apontamento da mão-de-obra direta, onde a empresa deverá munir-se de sistemas de controle de ponto, registro automático de início e término de ordens. Muitos equipamentos computadorizados de produção possuem mecanismos de registro automático do tempo de execução das operações. Esses itens são importantes, porém, voltados muito aos aspectos burocráticos do que conceituais (MARTINS, 2003). 
5.4. - Aplicação dos custos indiretos de produção
 Alguns custos indiretos não ocorrem homogeneamente durante o período. Existem alguns procedimentos para essas situações: Previsão da taxa de aplicação de CIP: é necessário que se tenha bases adequadas para uma boa estimativa e para isso são necessárias: 
 Estimativa do volume de produção;
 Estimativa do valor dos custos indiretos; 
 Fixação do critério de apropriação dos custos indiretos aos departamentos e aos produtos.
Com isso é possível a previsão da taxa de aplicação de custos indiretos de produção. 
Contabilização dos CIP – aplicados normalmente os custos indiretos são acumulados numa conta ou num grupo de contas, e daí transferido aos produtos. À medida que cada produto for sendo fabricado, seus custos diretos são apropriados e também lhe será contabilizada a parcela estimada de CIP. Análise dos critérios de rateio MARTINS (2003) cita que todos os custos indiretos só podem ser apropriados, por sua definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos, etc. Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior grau,certo subjetivismo, portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável. Como exemplo, suponha-se que a empresa tenha seus prédios e instalações todos alugados sob um único contrato e que se veja ela agora obrigada a separar a parte que cabe à produção (custo) e aos setores administrativos e de vendas (despesas). O critério de rateio que vai ser primeiramente lembrado será o de área ocupada por cada um. Entretanto, um problema poderá ocorrer caso haja, por exemplo, um silo vertical na produção, será necessário trabalhar com outro critério se esse silo for de grande volume e funcionar como fator importante no próprio preço do aluguel. Rateio dos custos dos departamentos. Observa-se que vários departamentos são rateados em função de sua natureza. Para cada rateio é importante verificar qual base será a mais adequada. Além de atribuir os custos indiretos aos departamentos, precisamos também ratear os serviços existentes. Esses departamentos são frequentemente chamados de centro de custos, sendo o menor segmento de atividade ou área de responsabilidade para o qual se acumulam os custos. O centro de custos são os departamentos, porém às vezes, o departamento pode ter vários centros de custos (MARTINS, 2003). 
5.5. - Formas de apuração dos custos
Por ordem e por processo existem dois fatores que determinam o tipo de custeio: por ordem e por processo. A forma de a empresa trabalhar e a conveniência contábil/administrativa. Quanto à forma, principal responsável pela distinção, basta lembrar que se a empresa trabalha produzindo produtos iguais de forma contínua, fundamentalmente para estoque, isto é, para venda, terá já caracterizada sua natureza. Se produzir atendendo a encomendas de clientes ou, então, produz também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais, não de forma contínua, já se terá incluído entre as de produção por ordem. Praticamente, a única diferença entre estes tratamentos consiste em: 
 Por ordem: os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem ou encomenda. Essa conta só para de receber custos quando a ordem estiver encerrada. 
 Por processo: os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção e são encerradas sempre no fim de cada período, conforme estabelecido pela empresa. Vantagens e desvantagens do custeio por absorção O custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, consistindo na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos ser totalmente lógico e de muitas vezes falhar como instrumento gerencial, é aceito para fins de avaliação de estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço) (MARTINS, 2003). NAKAGAWA (1994) aponta as seguintes razões para as distorções que ocorrem na apuração dos custos de produtos e serviços pelo método de custeio por absorção: 
 Assume-se que os custos variam basicamente em razão do volume de produção; 
 Os custos indiretos de fabricação (CIF) têm crescido mais do que proporcionalmente em relação aos custos de mão de obra direta;
 Os “rateios” são praticados com grande dose de arbitrariedade pessoal de quem os utiliza, prejudicando a acuracidade dos números relacionados com os custos finais dos produtos. Observa-se, também, que no custeio por absorção há uma discrepância razoável em termos de rentabilidade, resultante dos critérios adotados para distribuição dos custos fixos de produção e despesas operacionais fixas, que contêm uma boa dose de subjetividade (SILVESTRE 1983). Dessa forma, conclui-se, que não é aconselhável utilizar-se desta metodologia para decisões gerenciais. 
6.0 - GASTO, DESEMBOLSO E INVESTIMENTO 
Gasto - Representa um sacrifício financeiro para a aquisição de bens e serviços, sacrifício esse caracterizado pela entrega ou compromisso de entrega de recursos, geralmente em espécie. É um conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos; assim, é possível ter gastos com a compra de matérias-primas, gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, gastos com honorários da diretoria, gastos na compra de um imobilizado etc. Dessa forma, só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, isto é, no momento em que há o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. (MARTINS, 2010) 
Desembolso - representa a saída de recursos financeiros para aquisição de um bem ou serviço. Vale ressaltar que a saída do recurso financeiro pode antecipar-se a entrada do bem ou serviço. Investimento - Representa a aplicação de recursos em ativos. O investimento é um gasto ativado, dada a sua característica de geração de benefícios, ou seja, é o emprego de recursos com a finalidade de obtenção, direta ou indiretamente, de um lucro, imediato ou futuro. Para Martins (2010), todos os sacrifícios realizados com a aquisição de bens ou serviços (gastos) que são estocados nos ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos.
7.0 – DESPESA E PERDA
Despesas - é a expressão monetária do consumo ou da utilização de bens ou serviços no processo de administração geral da organização e da transferência de produtos, mercadorias e serviços aos clientes, no processo de geração de receita. Para que um evento seja caracterizado como despesa, há que satisfazer a dois requisitos: (a) ocorrência de consumo, utilização ou transferência de um recurso econômico e (b) objetivo de manter em atividade a empresa como um todo e gerar receita.
O conceito contábil de despesa está relacionado ao processo de geração de receita; o termo custo refere-se ao momento em que os recursos estão sendo utilizados, consumidos ou transformados; e despesa é o vocábulo contábil que designa os valores confrontados com a receita, no momento ou no período da realização desta.
Segundo os Princípios Contábeis, a realização da receita se caracteriza, como regra geral (há exceções), com a transferência de produtos e serviços a terceiros; logo, pode existir - e geralmente existe, principalmente na indústria de manufatura - no âmbito da terminologia contábil um lapso temporal entre a ocorrência de custos e a sua caracterização como despesa. Trata-se, portanto, fundamentalmente dos mesmos eventos, porém com denominação diferente: custo, no momento da produção; despesa, na venda do produto. Havendo sincronia entre produção e vendas, como no caso da prestação de serviços, não há o lapso temporal; nesse caso, os custos “se transformam em despesas” no próprio momento da sua ocorrência.
Como exemplos de despesas podem ser classificadas em administrativas, marketing e vendas, e financeiras. Como exemplo podem ser citados gastos com salários de vendedores, gastos com funcionários administrativos, fretes, publicidade, etc.; 
Perdas: representam bens ou serviços consumidos de forma anormal. Consiste em um gasto não intencional decorrente de fatores externos extraordinários ou atividade produtiva normal da empresa. Na primeira situação, devem ser considerados como despesas e lançados diretamente contra o resultado do período. Na segunda situação, devem ser classificados como custo de produção do período. 
8.0 - DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTOS E DESPESAS
Possivelmente, a primeira polêmica na terminologia da contabilidade de custos refere-se à distinção entre custos e despesas. De modo geral, os custos "vão para as prateleiras", sendo armazenados nos estoques - são consumidos pelos produtos ou serviços durante seu processo de elaboração. Já as despesas estão associadas ao período - não repercutem, diretamente, na elaboração dos produtos ou serviços prestados.
Custos podem ser diferenciados de despesas conforme a Figura 1.1. Gastos incorridospara a elaboração do produto são contabilmente classificados como custos. Gastos incorridos após a disponibilização do produto devem ser classificados como despesa. 
Custos estão diretamente relacionados ao processo de produção de bens ou serviços. Diz-se que os custos vão para as prateleiras: enquanto os produtos ficam estocados, os custos são ativados, destacados na conta Estoques do Balanço Patrimonial, e não na Demonstração de Resultado. Somente farão parte do cálculo do lucro ou prejuízo quando de sua venda, sendo incorporados, então, à Demonstração do Resultado e confrontados com as receitas de vendas. 
Despesas estão associadas a gastos administrativos e/ou com vendas e incidência de juros (despesas financeiras). Possuem natureza não fabril, integrando a Demonstração do Resultado do período em que incorrem. Diz-se que as despesas estão associadas ao momento de seu consumo ou, ocorrência. São, portanto, temporais. 
Conforme mostrou a Figura 1.1, gastos incorridos até o momento em que o produto esteja pronto para a venda são custos, a partir daí, devem ser considerados como despesas. 
Em situações específicas, pode ocorrer alguma pequena confusão ou dúvida na separação clara entre custos e despesas. Nessas ocasiões, algumas regras podem ser seguidas:
a) valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (princípios do conservadorismo e materialidade); 
b) valores relevantes que têm sua maior parte considerada como despesa, com a característica de se repetirem a cada período, devem ser considerados em sua íntegra (princípio do conservadorismo); 
c) valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser considerados como despesa do período; 
d) gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois tratamentos: como despesas do período em que incorrem ou como investimento para amortização na forma de custo dos produtos a serem elaborados futuramente. 
9.0 – OBJETIVO DA GESTÃO DE CUSTOS
A melhor forma de alocação e aproveitamento dos custos tem como finalidade uma melhor forma de rentabilidade, traduzindo uma melhor formação de preço dos produtos ou serviços comercializados e também uma melhor posição no mercado em que a empresa atua. Tendo dessa forma uma condição melhor em relação aos seus concorrentes. 
Para que a empresa possa gerir seus custos, é fundamental que se conheça todos os conceitos de custos e despesas e como identifica-los no processo produtivo, seja na linha de produção ou, então, no processo de venda de serviços ou revendas de produtos. É muito comum uma confusão entre os dois conceitos, custo e despesa, e essa confusão interfere diretamente no preço final do produto ou serviço que a empresa comercializa. Esse impacto ocorre porque o preço final do produto ou serviço comercializado tem como matéria-prima o valor do custo do produto e, a partir dele, serão aplicados os índices e alíquotas que irão compor o preço final do produto. Além da ocorrência no preço final do produto, a gestão de custos pode colaborar para que a empresa aloque os custos de forma racional e dessa forma poder aproveitar ainda melhor os recursos disponíveis. 
. Ao conhecer a origem dos custos da empresa, e como se formam suas despesas, o gestor poderá administrá-lo para que atenda aos anseios da empresa, uma vez que a empresa deve ser pensada como uma personalidade jurídica e, portanto, tem vida própria e, então, sua administração poderá tornar a empresa mais forte financeiramente e também poderá ter uma vida longa, já que em longo prazo muitas empresas chegam à falência por não administrar seus custos de forma racional.
 Haverá custos controláveis e não controláveis, e a função do gestor é utilizar da melhor forma possível os custos controláveis. 
Os estudos sobre os custos podem tanto diminuir o custo da linha de produção, como também torná-lo mais eficiente, isso quando não há como reduzir o impacto do custo nos processos produtivos.
Desenvolver a melhor forma de reconhecimento e identificação dos custos da empresa passa por estudos detalhados e muita observação dos procedimentos adotados pela empresa em diversos setores Gestão de Custos. 
Embora, seja subjetiva a opção da forma de apropriação e gestão dos custos, encontrar os valores precisos é fundamental para que se faça a escolha pelo método de custeio mais apropriado para a empresa e, nesse caso, não está se discutindo o método utilizado pela contabilidade fiscal, já que para ela só é permitido o método de custeio variável; então, nesse sentido, não se confunde a contabilidade fiscal com a contabilidade de custos. Portanto, o que se pode verificar é que o objetivo da gestão de custos é ter claro qual a rentabilidade da entidade, para isso, os custos devem ser gerenciados de forma racional. 
 O controle e gerenciamento dos custos ainda consegue fornecer subsídios para outras tomadas de decisões essenciais como a formação de preço dos produtos e serviços comercializados pela empresa, que passa necessariamente pelo controle dos custos. Para que sejam entendidos e aplicados de forma correta, os controles e a gestão dos custos são primordiais. O conhecimento de toda a teoria a respeito do assunto, e o início desse aprendizado é a diferenciação do que é custo e do que é despesa, isso porque sem essa diferenciação fica impossível de se gerenciar a aplicação dos recursos disponíveis pela empresa. Então, é necessário saber o que irá compor o preço do produto e também o que será investido ou destinado para que a estrutura esteja preparada a fim de suportar a comercialização dos produtos ou serviços fornecidos pela empresa. E, também para o planejamento de objetivos em médio e longo prazo. 
A falta de conhecimento de teorias importantes para o bom funcionamento dos negócios, faz diferença na hora das análises de resultados. Portanto, não se pode deixar de lado nenhuma teoria ou discussão sobre a matéria de custos, já que ele tem papel fundamental na vida da empresa e sua importância está além dos relatórios gerenciais, pois os custos são vistos e sentidos em todas as fases operacionais da entidade. 
10.0 – CONCLUSÃO
A partir da contabilidade de custos, nasceram os métodos de custeios, os quais apropriamos os custos. Desse modo, os métodos fazem com que a empresa conheça o custo de cada produto e/ou serviço vendido. Custeio representa a apropriação de custos. 
A importância dos métodos de custeios é reconhecida pela necessidade de identificar os custos para os mesmos serem integrados ao preço de venda. Percebemos que cada método tem a sua importância bem como alguma desvantagem. Assim, a escolha desse sistema, para que o mesmo seja utilizado na empresa, irá depender tanto do tipo de empresa quanto da finalidade que a empresa determinou, a determinação de qual método utilizar decorre de quem vai receber e o que vai fazer com as informações, e também qual a sua necessidade, e não menos importante, qual método é mais rentável. Há várias finalidades na utilização desses métodos, tais como: controle; produção de dados informativos para fins de tomada de decisão; ou, então, uma simples avaliação de estoque. A mensuração de estoque será como auxílio ao gestor da empresa para tomada de decisão. De modo geral, é essencial que a empresa conheça os custos de cada produto auferido. Através do conhecimento desses custos, é possível identificar aqueles que causam maior impacto na atividade operacional da empresa. Assim, ter-lhe-á como auxílio na formulação de um bom preço de venda, e, dessa forma, agradando de modo geral, ao consumidor e, consequentemente, à instituição, através dos lucros adquiridos resultantes das receitas realizadas.
11. – BIBLIOGRAFIA
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MOURA, Herval da Silva. O Custeio por Absorção e o Custeio Variável: Qual seria o Melhor Método a ser Adotado pela Empresa? Sitientibus, Feira de Santana, nº.32, p.129-142, jan/jun. 2005. 
NAKAGAWA, Masayuki. ABC : Custeio Baseado em Atividades. SãoPaulo: Atlas, 2001. 
PADOVEZE, Clovis Luís. Contabilidade gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. SANTOS, José Joel dos. Fundamentos de Custos: para formação do Preço e do Lucro.5ª ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
STEVENSON, Howard H. As seis dimensões da capacidade empreendedora. In:
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