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Aula 6_Entrecorpos, expressão, alteridade e diálogo

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DISCIPLINA TÓPICOS ESPECIAIS EM PSICOLOGIA CLÍNICA II
Aula 6: Entrecorpos – Expressão, Alteridade e Diálogo
Texto: Texto: Cap. “A percepção do outro e o diálogo”, págs. 215 a 237 do livro: MERLEAU-PONTY. A prosa do mundo. Trad. Paulo Neves. São Paulo, Cosac Naify, 2012.
Roteiro da Aula
1) Resumo do que vimos até então:
a. Saber da ciência x Saber da experiência – valorização da percepção enquanto forma de conhecimento do mundo em oposição a um conhecimento de mundo que se daria através do acesso a verdades transcendentais da consciência.
b. Problematização da dicotomia mente/corpo, sujeito/objeto (questão de saber como a alma habita um corpo/problema da consciência) – procura resolvê-la pensando em como se dá a interligação entre fatores psíquicos e fisiológicos. Começa a vislumbrar uma possiblidade de superação desse problema através da ideia de ser-no-mundo – visão pré-objetiva, intenção de nosso ser total, em situação. 
c. Articulação entre caráter universal e singular da existência. Ele fala então do paradoxo do ser no mundo e das dimensões do corpo habitual e corpo atual. Corpo habitual nos coloca diante de um caráter de impessoalidade e de generalidade da existência. Coloca que a existência pessoal é algo intermitente e aponta para uma dimensão impessoal do tempo, uma certa transcendência da temporalidade do mundo. “Ambiguidade do ser no mundo se traduz pela ambiguidade do corpo, que se traduz pela ambiguidade do tempo”.
d. Entrelaçamento entre dimensão psíquica e fisiológica se dá pela noção de intencionalidade – é ancorando-se nesta noção que Merleau-Ponty vai definir como se dá a configuração do esquema corporal de alguém e como este está intimamente ligado à motricidade – ao movimento do ser no mundo. Espacialidade do corpo – espacialidade de situação. Espacialidade do corpo se realiza na ação, no movimento, no tempo. Não é nunca um corpo objetivo que movemos, mas um corpo fenomenal – não é a consciência como um “eu penso”, mas um corpo como “eu-posso”/espaço expressivo. Corpo como nó de significações vivas – hábitos como sentidos de ser no mundo compreendidos e sedimentados no meu corpo.
2) Resumo/explicação do texto “A percepção do outro e o diálogo”.
*Definição de algoritmo: sequência finita de regras, raciocínios ou operações que, aplicada a um número finito de dados, permite solucionar classe semelhante de problemas. 
Ele começa o texto falando que a transformação de um sentido antigo em um sentido novo é algo que acontece em uma operação que se dá para além de uma mera configuração ou reconfiguração de termos já existentes. Diz que, se isso é verdadeiro na matemática, no campo do algoritmo e das relações lógicas determinadas, este movimento seria ainda mais explícito no conhecimento linguístico – Ler parágrafo da pág. 215.
Fala como algo que movimenta e conduz tanto o pensamento de outrem como o próprio pensamento. A formação de novos sentidos que se dá no fluxo da fala só pode ser entendida em fluxo de temporalidade – significação adquirida contém a significação nova no estado de vestígio ou de horizonte – é a significação nova que irá reconhecer seu germe nas significações antigas Ler parágrafo da pág. 216 e falar da questão do estilo. 
Falar do exemplo do Descartes e do Santo Agostinho – “pensamentos” cartesianos que vagavam e Aristóteles e Santo Agostinho, mas neles levavam apenas uma vida opaca e sem futuro. “O ponto mais alto da verdade, portanto, ainda é uma questão de perspectiva”.
Literatura, assim como a ciência, fala do mundo das coisas, mas não finge dirigir-se a um único espírito puro – assume a perspectiva e através dela toca a verdade do mundo humano compartilhado (Falar da questão do euzinho/Euzão).
- Para poder compreender o poder mais próprio da fala é preciso falar do diálogo e, antes, da relação muda (silenciosa) com o outro. 
M. Ponty, neste ponto, faz uma crítica à perspectiva objetivista, ao afirmar que o outro está “sempre ao meu lado ou atrás de mim”, nunca “diante de mim”, passível de um olhar que o “esmaga e esvazia de todo interior” – Todo outro é um outro eu mesmo. (Ler parágrafo da pag. 219).
Coloca então este mistério que é a existência de outrem para mim – como pode o ser que vê ser também visto do exterior? (Ler parágrafo da pág. 220)
Ele irá colocar que é na universalidade do sentir que repousa esta percepção do outro – é pela intencionalidade do gesto do outro que posso conceber um mundo humano comum. (Ler todo o trecho da pág. 222 a 224).
Não haveria outros para mim, nem outros espíritos, se eu não tivesse um corpo e se eles não tivessem um corpo pelo qual pudessem penetrar em meu campo, multiplica-lo por dentro e mostrar-se a mim expostos ao mesmo mundo, às voltas com o mesmo mundo que eu. (Ler trecho da pág. 225 a 228)
- Fala como gesto/pertença ao mundo comum da linguagem – A língua comum que falamos é algo como a corporeidade anônima que partilho com outros organismos. 
A operação expressiva e em particular a fala, tomada no estado nascente estabelece uma situação comum que não é mais comunidade de ser, mas comunidade de fazer – questão paradoxal da fala conquistadora – ela é o que tenho de mais próprio, minha produtividade, no entanto só é tudo isso para produzir seu sentido e comunica-lo – o outro, que escuta e compreende, junta-se a mim no que tenho de mais individual – universalidade do sentir cessa de ser universalidade pra mim e se acrescenta de uma universalidade reconhecida (Ler trecho da pág. 231).
A relação com o outro nos leva a um descentramento de si que nos convoca a criar novos sentidos. (Ler trecho que começa na pág. 233 e trecho da pág. 234).
Articulação do universal com o singular. Sentido que brota deste terreno comum e conduz o movimento de criação de novos sentidos.
Terminar lendo trechos das págs. 236 e 237.

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