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(Colorido) Caderno de Direito Constitucional voltado a estudos do Exame de Ordem

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LEGENDA DE CORES
	Caneta
	Título
	Subtítulo
	Intertítulo
	Legislação
	Importante
	Exemplos
________________________________________________________________________________
	DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL
________________________________________________________________________________
 
PODER CONSTITUINTE
a. Poder Constituinte Originário, também chamado de primeiro grau, genuíno ou primário: é para criar ou elaborar uma nova Constituição para um país. 
OBS: uma nova Constituição revoga totalmente (ab roga) a anterior, podendo haver ou não a recepção das normas infraconstitucionais anteriores;
b. Poder Constituinte Derivado Decorrente (art. 25, caput); : é a autorização para que os entes federativos elaborem suas normas fundamentais (art. 1° e 18 da CF);
c. Poder Constituinte de Reforma, também chamado de reformador ou de segundo grau, ou ainda secundário de mudança (da CF): art. 3° do ADCT onde se encontra fundamentos para as ECs de revisão, que são apenas seis, conforme ADI 981 STF.
Outra base é o art. 60 da CF que diz sobre ECs.
PROCEDIMENTO DA MUDANÇA CONSTITUCIONAL (CF, art. 60)
1°: iniciativa da PEC (art. 60, I ao III da CF);
2°: votação da PEC (art. 60, p. 2° da CF);
3°: promulgação da EC (art. 60, p. 3° da CF).
Demais limites para a mudança Constitucional:
1°: limites circunstanciais (art. 60, p. 1° da CF);
2°: limite temporal para reapresentar a PEC (art. 60, p. 5° da CF);
3°: limites materiais (art. 60, p. 4° da CF).
LIMITES MATERIAIS EXPRESSOS/CLÁUSULAS PÉTREAS EXPRESSAS
São partes da CF que não podem ser modificadas visando reduzir direitos, somente para ampliar. 
 
CLÁUSULAS PÉTREAS IMPLÍCITAS/LIMITES MATERIAIS IMPLÍCITOS 
Implícito é o que fica subentendido. São aquelas que decorrem da interpretação da CF.
Exemplo de C P. Implícita: CF, art. 127 da CF. MP é permanente; art. 60 da CF, o procedimento de mudança não pode ser alterado.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
É um processo informal de modificação da CF no qual o texto permanece intacto mas há a mudança da interpretação de determinado dispositivo. Exemplo: art. 5° LXVII (prisão civil. O STF em 2008 entendeu que o depositário infiel não será preso); art. 226 que diz que a família é homem e mulher, já o STF entende que agora admite união homoafetiva, e hoje já tem o casamento de pessoas do mesmo sexo.
TEORIA OU FENÔMENOS QUE SURGEM COM UMA NOVA CONSTITUIÇÃO
A nova Constituição revoga totalmente a Constituição anterior. É a regra.
1° fenômeno: desconstitucionalização (rebaixamento). A nova Constituição recebe a Constituição anterior como legislação infraconstitucional (como se fosse lei).
OBS: para que a desconstitucionalização ocorra há necessidade de ser expressa. No ordenamento de 1988 não foi previsto.
2° fenômeno: prorrogação/recepção material: o que será prorrogado serão as normas da Constituição anterior. 
As normas da constituição anterior têm a sua vigência prorrogada enquanto a nova Constituição não efetiva as suas novas disposições. 
Esta prorrogação deve ser expressa. Exemplo: art. 34 do ADCT (sistema constitucional tributário que foi prorrogado), art. 27, p. 1° do ADCT (STF teve competências antigas prorrogadas).
3° fenômeno: recepção. A nova Constituição recepciona/recebe a legislação infraconstitucional (leis) vigente no ordenamento anterior, desde que materialmente compatível. 
Se violar um direito não é recepcionada (revogada, termo usado no STF);
Se não violar é recepcionada.
A recepção trabalha com normas pré constitucionais, considerando todo o bloco de constitucionalidade. 
OBS: para a declaração de não recepção deve ser ajuizada uma ADPF – Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental no STF.
Para fins de recepção, o aspecto formal é irrelevante. Exemplo: O CP é um Decreto Lei de 1940, e, apesar de todas as reformas, ainda é vigente. Hoje, para alterar e acrescentar um novo tipo penal é necessário uma Lei, mas o CP não é Lei, é Decreto (outra espécie normativa). Ou seja, a forma é irrelevante e, embora hoje seja originariamente um Decreto Lei, tem status de “Lei Ordinária”. Ganhou este status porque a CF dispõe que para alterar é necessário Lei. 
REPRISTINAÇÃO
A nova Constituição revalida/revigora a legislação infraconstitucional que foi revogada pela Constituição anterior. Ou seja, cancela o ato da revogação e traz a norma de volta. 
A repristinação no plano constitucional deve ser expressa. Na nossa CF atual não se admite a repristinação. Todavia, no plano legal (das leis), há possibilidade de repristinação (LINDB, art. 2° p. 3°) e esta também deve ser expressa.
EFEITO REPRISTINATÓRIO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI) GENÉRICA
É uma consequência do julgamento da ADI. 
Exemplo: existe a “lei a” vigente produzindo efeitos, passa um tempo, o Congresso cria a “lei b” (revogadora), e esta lei revoga a primeira. Esta lei falaria sobre o aumento de remuneração do servidor público, mas quem apresentou foi um deputado ou senado. Porém, quem deveria apresentar é o Presidente da República, então tem um vício formal, pois não respeitou o que está na CF. Então pela lei b ter um vício, ajuiza-se uma ADI contra a lei b no STF para que ela seja declarada inconstitucional. Se o STF reconhece, a plica-se a teoria da nulidade, e ela é nula, em regra, desde a origem (desde que foi criada), então nunca produziu efeitos. Então a lei a nunca foi revogada, voltando a vida. 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Aplicabilidade tem a ver com a produção de efeitos, e a doutrina chama o efeito de “eficácia”.
Diz respeito sobre como as normas constitucionais produzem os seus efeitos. E estas normas podem produzir efeitos no plano jurídico/normativo ou concreto/fático.
No plano jurídico/normativo, todas as normas produzem efeitos. Já no plano concreto/fático, nem todas irão produzir efeitos. É onde ocorre a classificação em norma constitucional de eficácia plena, contida e limitada (classificação de José Afonso da Silva). 
Na norma constitucional de eficácia plena, as normas produzem todos os efeitos, pois tem a aplicabilidade direta, imediata e integral, como por exemplo a separação dos poderes no art. 2° da CF. Esta norma não depende de regulamentação para produzir efeitos, pois como o nome diz, é plena, não depende de nada.
Na norma constitucional de eficácia contida, as normas tem aplicabilidade direta, imediata e integral. O problema dela é que há uma barreira para conter efeitos. Está produzindo efeitos no primeiro momento, mas no futuro o legislador restringe/coloca limites, de modo que a norma que produzia todos os efeitos teve uma redução/contenção. Esta também não depende de regulamentação para produção de efeitos.
OBS: embora no início produza todos os efeitos, no futuro o legislador pode restringi-los. Exemplo: art. 5°, XIII da CF – exercício de profissões.
Na norma constitucional de eficácia limitada, as normas tem aplicabilidade indireta, mediata e diferida, ou seja, o que está no texto da CF não se vê na prática, porque depende de regulamentação. Exemplo: art. 7°, XXVII da CF – proteção contra a automação do trabalhador.
 A CF previu dois mecanismos para combater a inércia do Poder Público (inconstitucionalidade por omissão). São eles: 
I. Mandado de Injunção – MI (art. 5°, LXXI): o objetivo é o efetivo exercício do direito. Se impetra o MI.
II. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO (Lei 9.868/99): busca regulamentação da norma.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
É a analise da compatibilidade vertical entre as normas infraconstitucionais e as normas constitucionais.
A Constituição Federal é norma CONStitucional e tudo que estiver abaixo dela é norma INFRAconstitucional.
Por normas constitucionais, entende-se o bloco de constitucionalidade: CF + ADCT + ECs + Dec. 6.949/09 (convenção internacional de proteção à pessoa com deficiência) + Dec. 9.522/18 (tratado de Marrakesh).
Não há controle de constitucionalidade de normas originárias (CF), como por exemplo, ver se há controle de constitucionalidade entre o art. 5° e 100 da CF.Não faz sentido. 
TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE
Supõe que a norma vai contra a CF. São duas formas de se violar a CF:
a. inconstitucionalidade por ação: há um ato normativo que viola a CF. Exemplo: Lei, MP, EC inconstitucionais.
a.1. inconstitucionalidade por ação material: há a violação de um direito, como exemplo a livre concorrência, direitos e princípios da CF, separação dos poderes.
Se a inconstitucionalidade for material a nulidade será parcial ou total. Por exemplo: numa lei com dez artigos, um é inconstitucional e viola a CF, então a nulidade será parcial. 
a.2. inconstitucionalidade por ação formal: há a violação do procedimento de criação da norma, como por exemplo votações secretas.
Se a inconstitucionalidade for de vício formal, a nulidade será total, pois se a inconstitucionalidade existe desde seu início, não se aproveita nada.
b. constitucionalidade por omissão: significa que há ausência de ato normativo, o Poder Público não fez o que devia. Decorre da norma constitucional de eficácia limita não regulamentada. Ou seja, não fez a MP, o Decreto, o que deveria ter feito. É uma norma que não produz efeitos.
VÍCIO FORMAL
É o vício de iniciativa, ou seja, quem pode apresentar projetos de lei.
Como por exemplo o art. 61, p. 1° da CF, que diz respeito às normas atinentes a servidores públicos da União e Forças Armadas somente o Presidente da República pode apresentar projeto de lei. Se for norma de servidores estaduais e forças do estado, é o Governador, se for municipal, o Prefeito.
VÍCIO NO SISTEMA DE APROVAÇÃO
Está associado aos quóruns para votação.
Por exemplo: EC = dois turnos, três quintos na duas casas; Lei Ordinária = maioria relativa/simples; Lei Complementar = maioria absoluta, etc.
VÍCIO NA ESPÉCIE NORMATIVA
Diz respeito ao ato que irá ser utilizado na criação da espécie normativa.
Por exemplo: na criação de novo tipo penal, só lei (princípio da legalidade estrita), que é a norma correta. Ou criação de Lei Ordinária sobre criação do IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas) quando a Lei deve ser Complementar.
MOMENTO DE REALIZAÇÃO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
	PREVENTIVO
	REPRESSIVO
	Antes do ato ingressar no ordenamento jurídico (fase de tramitação no processo legislativo, ou seja, sobre PEC e projetos de Lei)
	Após a norma ingressar no ordenamento jurídico. Exemplo: EC, Lei, MP que já estão no ordenamento e produzem seus efeitos.
	Em regra, o Legislativo (CCJ ou Plenário) e o Executivo (veto por inconstitucionalidade de projetos de Lei) fazem o controle.
Excepcionalmente o Judiciário também pode fazer o controle, através de Mandado de Segurança Impetrado por parlamentar para assegurar o devido processo legislativo.
	Em regra quem faz o controle é o Judiciário, seja pela forma difusa ou concentrada.
No controle difuso qualquer membro faz,há um caso concreto e a decisão tem efeito intra partes, ou seja, para quem está no processo. Vale para qualquer ação.
No controle concentrado quem realiza é somente o STF e não tem caso concreto, é feito em abstrato (ADI, ADC e ADPF). Se o STF decide pela inconstitucionalidade, o efeito é erga omnes.
Excepcionalmente os outros (Executivo e Legislativo) farão controle repressivo, como por exemplo quando o Legislativo rejeitam a MP editada pelo Presidente, visto que logo depois que edita a MP já começa a produzir efeitos.
RESUMO DAS AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ADI/ADIN
É uma ação, uma petição inicial, e no preâmbulo da peça deve-se colocar o art. 102, I, “a” da CF, e Lei n° 9.869/99 (que regulamenta a ADI). É cabível em casos de lei ou ato normativo primário inconstitucional (é o art. 59 CF). Pode ser lei estadual ou federal.
Quem pode propor uma ADI são as autoridades que estão elencadas no art. 103 da CF. São estas pessoas: PR, mesa do Senado, mesa da Câmara, mesa da AL dos estados ou Câmara Legislativa do DF, Governador, CFOAB, partido político com representação no Congresso, PGR, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. As pessoas dos inc. IV, V e IX devem ter pertinência temática, ou seja, justificar o porquê estar propondo a ação.
Não cabe ADI no STF de ato ou lei municipal. É somente Federal ou Estadual.
Foro competente para propositura da ação: Supremo Tribunal Federal – STF 
Efeitos: “erga omnes”, vinculante e “ex tunc” (retroage) em regra.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI/ADIN) ESTADUAL
Chamada de Representação de Inconstitucionalidade (art. 125, p. 2° da CF), em casos de lei ou ato normativo estadual ou municipal que contraria a Constituição Estadual. 
Quem pode propor: não pode ser previsto em abstrato uma autoridade só.
Foro competente para propositura da ação: Tribunal de Justiça do Estado – TJ
No caso do Estado de São Paulo é o TJSP.
Efeitos: “erga omnes”, vinculante e “ex tunc” (retroage) em regra. São os mesmos da ADI.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI/ADIN) INTERVENTIVA FEDERAL
(Art. 36, III da CF e Lei n° 12.562/11)
Aqui a União faz a intervenção em Estado membro ou no DF, que violou princípio constitucional sensível/expresso.
Quem pode propor: Procurador Geral da República – PGR (via disque denúncia do MPF)
Foro competente para propositura da ação: Supremo Tribunal Federal – STF 
Efeito: mandamental, ou seja, é uma ordem para o Presidente da República decretar a intervenção.
OBS: se o PGR não propor tal ação, não tem o que fazer pois a competência é dele. Porém ao propor, o STF concordou e determinou ao PR que este decrete intervenção, seja revogando ato, trocando o Governador, etc, e se este não cumprir, comete crime de responsabilidade (Art. 85, VII da CF). Neste caso, se cometer o crime, começa o procedimento de impedimento/impeachment (art. 86 da CF e Lei n° 1.079/50)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI/ADIN) INTERVENTIVA ESTADUAL
(Art. 35, IV da CF)
Também chamada de Representação de Inconstitucionalidade Interventiva, deve ser usada quando há o desejo de que o Estado faça a intervenção em município que violou princípio constitucional estadual sensível/expresso.
Quem pode propor: Procurador Geral de Justiça – PGJ (via disque denúncia do MP do Estado)
Foro competente para propositura da ação: Tribunal de Justiça do Estado – TJ, que dará a ordem para que o Governador decrete a intervenção. Assim como na ADI Interventiva Federal, caso o Governador não cumpra, comete crime de responsabilidade e pode começar o processo de impeachment na esfera estadual (Assembleia Legislativa).
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI/ADIN) POR OMISSÃO
(Arts. 12-A a 12-H da Lei n ° 9.868/99)
Aplicável em casos em que existe inconstitucionalidade por omissão, ou seja, existe uma norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada 
Quem pode propor: são as autoridades elencadas no art. 103 da CF. São estas pessoas: PR, mesa do Senado, mesa da Câmara, mesa da AL dos estados ou Câmara Legislativa do DF, Governador, CFOAB, partido político com representação no Congresso, PGR, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. As pessoas dos inc. IV, V e IX devem ter pertinência temática, ou seja, justificar o porquê estar propondo a ação.
Foro competente para a propositura da ação: Supremo Tribunal Federal – STF
Efeitos: de acordo com o art. 103, § 2° da CF e de acordo com o art. 12-H da Lei n° 9.868/99. Vai depender da pergunta, se perguntar da CF ou da Lei.
Como agir como advogado: impetrar Mandado de Injunção (art. 5°, LXXI da CF), e para saber que tem que impetrar MI, quando o autor é qualquer pessoa, e o que se deseja é buscar o exercício do direito – pode ser MI individual ou coletivo. A Lei n° 13.300/16 disciplina o processo e julgamento do MI individual e coletivo.
Ou pode propor uma ADI por omissão (art. 12-A a 12-H da Lei n° 9.868/99), quando o autor são as autoridades do art. 103 da CF, e o que se deseja é buscar a regulamentação para todo mundo.
AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE – ADC
(Art. 102, I, “a” da CF e art. 13 e ss da Lei n° 9.868/99)
É proposta quando existe uma lei ouato normativo federal inconstitucional e fruto de relevante controvérsia judicial.
Quem pode propor: são as autoridades elencadas no art. 103 da CF. São estas pessoas: PR, mesa do Senado, mesa da Câmara, mesa da AL dos estados ou Câmara Legislativa do DF, Governador, CFOAB, partido político com representação no Congresso, PGR, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. As pessoas dos inc. IV, V e IX devem ter pertinência temática, ou seja, justificar o porquê estar propondo a ação.
Foro competente para a propositura da ação: Supremo Tribunal Federal – STF 
Efeitos: “erga omnes”, vinculante e “ex tunc” (retroage) em regra. Iguais aos efeitos da ADI.
OBS: esta ação não existe no âmbito estadual.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF
(Art. 102, §. 1° da CF, e Lei n° 9.882/9)
É autorizado quando um órgão público violou preceito fundamental (foi feita uma lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal inclusive anterior à Constituição Federal – atos não recepcionados).
Também viola normativo secundário, ou seja, tem fundamento em norma infraconstitucional, foi feito depois da CF.
Quem pode propor: são as autoridades elencadas no art. 103 da CF. São estas pessoas: PR, mesa do Senado, mesa da Câmara, mesa da AL dos estados ou Câmara Legislativa do DF, Governador, CFOAB, partido político com representação no Congresso, PGR, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. As pessoas dos inc. IV, V e IX devem ter pertinência temática, ou seja, justificar o porquê estar propondo a ação.
Foro competente para a propositura da ação: Supremo Tribunal Federal – STF 
Efeitos: “erga omnes”, vinculante e “ex tunc” (retroage) em regra. Iguais aos efeitos da ADI.
Cabe ADPF de: decisões judiciais conflitantes de âmbito nacional; portaria ministerial; lei municipal.
OBS: esta ação não existe no âmbito estadual.
DICAS GERAIS DAS AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO
Cabe modulação dos efeitos (modulação temporal), ou seja, muda os efeitos do “ex tunc” (retroativo) para o “ex nunc” (pro futuro).
Nenhum das ações admite desistência ou intervenção de terceiros.
Nas ações é possível o “amicus curiae” (amigo da corte), a critério do ministro relato. É quando o relator tem duvidas sobre o assunto e busca opiniões confiáveis. Se não quiser o AC, pode abrir audiência pública e ouvir a opinião dos outros julgadores.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS
Dispõe sobre quais temas cada ente federativo pode legislar. 
Competência não legislativa/administrativa/matéria organizacional: a) há a competência exclusiva da União, conforme o art. 21 da CF. Como por exemplo, emitir moeda. Somente a Casa da moeda, vinculada à União com aval do Banco Central pode fazê-lo. Não pode existir uma moeda federal, estadual, distrital e municipal; organizar os correios, somente a União pode fazer atribuições relativas, e em caso de privatização, deve-se mudar a CF. 
Porém, há também a competência comum da U, E, DF, M, conforme o art. 23 da CF. Todos os entes podem agir de forma independente. Como por exemplo, criação de Secretaria de Proteção ao Meio Ambiente ou Secretaria de Proteção das Pessoas Portadoras de Deficiência. Cada ente podem legislar sobre os temas citados como exemplos. Há outros.
Resumindo: há a competência administrativa exclusiva da União e a comum entre U, E, DF, M.
Competência legislativa (a que mais cai no EOU): a competência é exclusiva da União, ou seja, cabe somente a uma entidade o poder de legislar sobre algum tema, sendo inadmissível a delegação do poder (art. 21 da CF). Exemplo: legislar sobre anistia de crimes.
Também existe a competência privativa da União, exposta no art. 22 da CF, ou seja, pode ser delegada (emprestada) aos Estados via lei complementar (art. 22, § ú da CF). Exemplo: no art. 22, II, a União é privativa para legislar sobre Desapropriação. Porém, apesar de ser sua competência, ela pode, se quiser, via Congresso Nacional (Câmara + Senado), criar uma Lei Complementar para delegar esta competência de legislar sobre Desapropriação aos Estados. Isto tem que estar expresso, pois a regra é que Estados não podem legislar sobre.
OBS: cuidado com os incisos I (civil - contratos), II, XI, que já caíram algumas vezes no EOU.
Além disso, competência legislativa privativa e exclusiva caem muito na prova, mais do que a concorrente (vista abaixo).
	DIFERENÇAS
	COMPETÊNCIA PRIVATIVA
	COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
	É da União, mas ela pode delegar para os Estados mediante Lei Complementar (art. 22, § ú da CF) sobre questões específicas de todo o art. 22 da CF. 
	É uma competência só da União e não pode ser delegada.
Além disto, também existe a competência concorrente (art. 24 da CF), em que a União, Estados, DF e Municípios agem de forma coordenada, segundo estabelecido no art. 24, §s da CF.
OBS: cuidados com os incisos I e VI, caem bastante no EOU.
OBS²: esta competência tem regras de aplicação previstas nos parágrafos.
Há também a competência legislativa privativa dos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I da CF). Exemplo: legislar sobre o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, sobre alvará de funcionamento. 
Cuidado: os municípios podem legislar sobre competência legislativa concorrente (art. 24 da CF), desde que seja no interesse local e suplementando a legislação federal e estadual no que couber (art. 30, I, c/c II da CF). Exemplo: município pode legislar sobre “pesca”, se a atividade predominante daquele local for pesqueira.
Existe também a competência legislativa cumulativa, que é a competência do Distrito Federal (art. 32, §1° da CF). 
OBS: ler os artigos 147 a 155 da CF sobre o tema.
Por último, existe a competência legislativa residual dos Estados (Art. 25, § 1° da CF). É aquela que “sobra” e que não sejam vedadas (proibidas) pela CF.
Resumindo, são as competências legislativas:
I. exclusiva da União;
II. privativa da União;
III. concorrente da União com os Estados, DF e Municípios;
IV. privativa dos municípios;
V. cumulativa (DF);
VI. residual dos Estados.
PODE CAIR NA PROVA:
	SV 38 (É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial)
	SV 39 (Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal)
	SV 49 (Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área)
	SV 46 (A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União)
FEDERALISMO
Baseia-se na união de coletividades políticas autônomas. Refere-se a uma forma de Estado denominada “Federação” ou “Estado Federal”, e é caracterizada pela união de coletividades públicas dotadas de autonomia federativa. 
Como já visto, o Estado pode ser definido como uma organização jurídica, administrativa e política formada por uma população, assentada em um território, dirigida por um governo soberano e tendo como finalidade o bem comum.
Criação de novos estados? Art. 18, §3° da CF. É necessário plebiscito (consulta prévia) e Lei Complementar aprovada pelo CN.
Criação de novos municípios? Art. 18, §4° da CF. É
Vedações? Art. 19 da CF.
PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo desempenha duas grandes funções. 
I. funções típicas do Poder Legislativo, ou seja, as funções empenhadas de formas preponderantes por este poder. São elas:
a) função legislativa: elaboração de leis ordinárias, leis complementares, emendas constitucionais, decretos legislativos, resoluções;
b) função fiscalizatória: atuação dos tribunais de contas (arts. 70 a 75 da CF), e atuação das CPIs (art. 58, §3° da CF). 
II. funções atípicas do Poder Legislativo: são as funções desempenhadas de modo secundário sem preponderância pelo Poder legislativo. São elas:
a) função administrativa: cada casa legislativa cuida do regime jurídico dos seusservidores. Exemplo: férias, gratificações, licenças, PAD;
b) função jurisdicional: o Senado Federal julga crime de responsabilidade praticados pelo Presidente da República (processo de impeachment).
COMPOSIÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL
(Arts. 44 a 46 da CF)
O Poder Legislativo da União é exercido pelo Congresso Nacional, que é bicameral, isto é, é composto por duas Casas Legislativas, as quais têm as seguintes características institucionais.
I. Câmara dos Deputados (art. 45 da CF): a finalidade institucional da CD é representar a população. O número de Deputados Federais será fixado com base nos seguintes parâmetros:
a) Estados e DF: cada Estado e o DF terão no mínimo 8 Deputados Federais e no máximo 70 Deputados Federais, variando este número conforme a população;
b) Territórios: cada território terá um número fixo de 4 Deputados Federais independentemente da população.
O sistema eleitoral adotado na CD é o proporcional e não o majoritário. Ou seja, os votos computados vão para a legenda partidária e não para o candidato. O mandato dos Deputados Federais é de 4 anos. 
II. Senado Federal (art. 46 da CF): a função/finalidade institucional do SF é representar dois tipos de entes federados: os Estados e o DF. O número de Senadores é fixo, cada estado e o DF terão 3 senadores.
O sistema eleitoral adotado no SF é o majoritário. Ou seja, os votos computados vão para a pessoa do candidato. Cada Senador será eleito com dois suplentes que ele mesmo escolhe quando do lançamento da candidatura. O mandato dos Senadores é de oito anos, porém as eleições ocorrem a cada quatro anos, alterando-se parcialmente e alternadamente o Senado Federal, em 1/3 e 23 dos parlamentares.
IMUNIDADES PARLAMENTARES
(Art. 53 da CF)
As imunidades parlamentares são prerrogativas asseguradas aos Deputados e Senadores para permitir o exercício de suas atribuições com liberdade e independência.
Ao interpretar o art. 53 da CF, a doutrina identificou dois tipos de imunidades parlamentares. São elas:
I. imunidades parlamentares materiais (art. 53, caput da CF): estas imunidades tornam o parlamentar invioláveis civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos. Estas imunidades passam a valer a partir da posse do Deputado ou Senador.
OBS: a jurisprudência firmou o entendimento de que se o parlamentar estiver no interior da Casa Legislativa há a presunção de que o mesmo está exercendo suas funções do mandato, o que significa que as imunidades parlamentares materiais serão automaticamente aplicáveis. Todavia, a situação é diferente se o parlamentar estiver fora da Casa, como se por exemplo estiver em programas de TV ou rádio. Neste caso haverá investigação. Se ele estiver fora, só haverá imunidade parlamentar material se ficar provado que emitiu a opinião ou a palavra atuando no exercício do mandato. 
II. imunidades parlamentares formais (art. 53, §§ 2° e 3³ da CF): estas não começam no mesmo momento que as imunidades formais. As formais começam da diplomação do parlamentar, que é ato formal da Justiça Eleitoral e antecede a posse parlamentar.
São imunidades parlamentares formais:
a) imunidade à prisão (§2°): desde a diplomação parlamentar só pode ser preso em flagrante de crime inafiançável. Caso ocorra, a maioria absoluta da Casa Parlamentar pode sustar o ato colocando o parlamentar em liberdade.
b) imunidade ao prosseguimento de ação penal (§3°): caso um Deputado ou Senador cometa crime após a diplomação, e seja processado por este crime, o STF irá notificar a Casa Legislativa respectiva para que esta decida com a maioria absoluta o prosseguimento ou a suspensão da ação penal. 
IMPORTANTE: para se iniciar a ação penal contra o parlamentar, o STF não precisa de autorização da Casa Legislativa respectiva.
COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPIs)
(Art. 58, §3° da CF)
As CPIs são órgão de investigação do Poder Legislativo (SF e CD juntas ou não). Não têm competência para processar, julgar e condenar os investigados. No máximo, as CPIs poderão, ao final da investigação, encaminhar suas conclusões ao Ministério Público, para que o MPF promova as ações judiciárias cabíveis.
O art. 58, §3° da CF prevê as seguintes regas relevantes às criações de CPIs:
a) podem ser criadas pela Câmara do Deputado ou pelo Senado Federal em conjunto (CPI mista) ou separadamente (CPI simples);
b) exige requerimento de 1/3 dos Parlamentares da Casa Legislativa envolvida para ser criada;
c) têm prazo certo de funcionamento;
d) devem investigar fatos determinados.
OBS: o art. 58, §3° da CF prevê que a CPI tem poderes judicial de investigação, mas não traz nenhum rol. Coube à jurisprudência do STF definir os atos de investigação que a CPI pode realizar.
O QUE AS CPIs PODEM FAZER
a) intimar investigados e testemunhas;
b) determinar a condução coercitiva de testemunhas;
c) realizar prisão em flagrante;
d) por ordem própria determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico, ou seja, requisitar dados e registros escritos das respectivas contas.
O QUE AS CPIs NÃO PODEM FAZER
a) condenar os investigados;
b) determinar bloqueio de bens e a restrição de direitos (exemplo: apreensão de passaporte – fere o direito de ir e vir);
c) determinar prisão preventiva nem prisão provisória;
d) decretar busca e apreensão domiciliar;
e) determinar interceptação de conversas telefônicas (“grampo telefônico”), ou seja, a quebra do sigilo das conversas telefônicas. Não pode ouvir conversa.
PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo é aquele que tema finalidade (função típica) de administrar/gerenciar o Estado. 
Realiza atos de chefia de Estado, de governo e de administração. Além disso, também exerce a função legislativa por meio de medidas provisórias e leis delegadas. Participa, ainda, do processo legislativo pela iniciativa, sanção ou veto e promulgação de leis. 
No Brasil ele existe nas três esferas político-administrativas.
	PODER EXECUTIVO NO BRASIL
(Arts. 76-91 da CF)
	FEDERAL
	ESTADUAL
	DISTRITAL
	MUNICIPAL
	Presidente da República + Vice-presidente da República (brasileiros natos);
Mandatos de quatro anos com possível reeleição;
Sistema eleitoral é majoritário absoluto.
	Governador do Estado + Vice-governador do Estado;
Mandatos de quatro anos com possível reeleição;
Sistema eleitoral é majoritário absoluto.
	Governador Distrital + Vice-governador Distrital;
Mandato de quatro anos com possível reeleição;
Sistema eleitoral é majoritário absoluto.
	Prefeito municipal + Vice-prefeito Municipal;
Mandato de quatro anos com possível reeleição;
Sistema eleitoral majoritário: tem o absoluto e o simples a depender do tamanho do município. 
É absoluto em municípios com + de 200.000 eleitores, e pode ter dois turnos, realizados no primeiro e último domingo de outubro com os dois candidatos mais votados. 
É simples em municípios com até 200.000 eleitores, e só tem um turno, sendo realizado no primeiro domingo de outubro.
OBS: voto válido é a soma de todos os votos menos os brancos e nulos. Ao conseguir maioria absoluta, não tem segundo turno. Exemplo: prefeito tem 500.001 votos. Conseguiu maioria absoluta, não vai pra segundo turno.
DICA: nas eleições brasileiras, havendo empate, ganha o candidato mais idoso.
 SUCESSÃO OU SUBSTITUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
(Arts. 79-81 da CF)
Em caso de sucessão, o PR não retornará mais ao cargo que ocupava. Por exemplo: morte, invalidez permanente, impeachment, etc. A sucessão tem caráter definitivo, pois não tem como o PR voltar ao cargo.
 Havendo substituição, o PR se afasta para retornar posteriormente ao cargo. Por exemplo: a suspensão de suas funções em processo comum ou de responsabilidade movido contra ele (art. 86, §1° da CF), licença para tratamento de saúde, etc. O PR será substituído por seu vice (art. 79 da CF), e na falta deste (vice), sucessivamente o Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e pelo Presidente do STF (art. 80 da CF). A substituição tem caráter temporário, até o retorno do Presidente ou nova eleição.
OBS: se nos dois últimos anos do mandato presidencialnão há Presidente e nem Vice de modo definitivo, há eleição indireta pelo Congresso Nacional em até trinta dias da última vaga (art. 81 da CF). Qualquer um pode se candidatar, seja do Congresso ou cidadão que complete os requisitos, mas quem vota é o Congresso. O que ganhar a eleição indireta, pode se recandidatar diretamente na próxima eleição e tentar a reeleição. Em regra, não pode reeleger diretamente, mas em tese poderia porque não é indireta, e sim direta. Se for até nos dois primeiros anos, tem eleição direta em até 90 dias depois do pleito ficar vago.
CRIME DE RESPONSABILIDADE
Trata-se de um ilícito político-administrativo (art. 52, I e II + §ú; art. 85 e 86 da CF). A Lei n° 1.079/1950 (art. 86) trata do crime de responsabilidade e processo de impeachment. O impeachment deve ser entendido como o processo pelo qual o Poder Legislativo pune a conduta da autoridade pública que cometeu crime de responsabilidade, destituindo-a do cargo e impondo-lhe uma pena de caráter político. No Brasil, o impeachment está previsto desde a Constituição de 1924 e esteve presente em todas as constituições republicanas.
OBS: ADPF 378 (impeachment da Ex-presidente Dilma Rousseff)
IMPEACHMENT/IMPEDIMENTO 
(art. 86 da CF c/c art. 80 da Lei n° 1.079/1950)
O processo é divido em duas fases (chamado processo bifásico). São elas:
I. juízo de admissibilidade/juízo de acusação/tribunal de pronúncia: é feito pela Câmara dos Deputados. Após admitida a acusação feita por qualquer cidadão, limita-se pela maioria de 2/3 (342 DFs, 67% da casa – maioria qualificada) de seus membros receber ou não a denúncia. Tal pronúncia, realizada pela Câmara dos Deputados, implica tão somente na processabilidade do Presidente da República ou de seus ministros, se realizarem crimes conexos com aquele, ou seja, a Câmara considerou haver indícios e razoáveis provas do ato imputado ao acusado. Se não constatasse tal situação poderia opinar pelo arquivamento;
II. tribunal de julgamento: a acusação é encaminhada ao Senado Federal (crime de responsabilidade), para julgamento, que, se instaurar o processo o Presidente será suspenso de suas funções. Se decorrido o prazo de 180 dias o julgamento não tiver sido concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
O papel do Senado, ao apreciar a imputação ao acusado de atos atentatórios à Constituição e à lei, é previsto de forma genérica no art. 85 da CF, e em lei ordinária especial (Lei n° 1.079/1950), deverá limitar-se à verificação da adequação deles às hipóteses legais. É uma atividade jurisdicional.
O julgamento, presidido pelo Presidente do STF, poderá resultar em absolvição, com o arquivamento do processo, ou em condenação por 2/3 (54 Senadores, 67% da casa - maioria qualificada) do Senado, limitando-se a decisão à perda do cargo, com inabilitação por oito anos, para exercício de função pública.
OBS: no caso da ex-presidente Dilma Rousseff, houve apenas a perda do cargo, e não a inabilitação, abrindo assim, precedente para que em caso de impeachment de Presidente futuro, haja pedido de fatiamento de pena, da mesma forma que ocorreu com a ex-presidente.
PROCESSO E JULGAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM CRIMES COMUNS (aquele que não é crime de responsabilidade – por exclusão, exemplo: peculato, associação criminosa, etc)
(Código Penal e/ou Legislação Extravagante)
Autorizado o processo pela Câmara dos Deputados, este será instaurado pelo STF, com o recebimento da denúncia (oferecida pelo PGR), tendo como consequência imediata do Presidente de suas funções (art. 86, §1° da CF), prosseguindo o processo nos termos do regimento interno do Supremo Tribunal Federal (Lei n° 8.038/1990).
Se o Presidente da República comete crime comum no exercício da função (durante o mandato), a sua responsabilização depende de autorização pela Câmara dos deputados, por 2/3 (342) dos membros e o julgamento será feito pelo STF (art. 86, “caput” da CF).
Se o Presidente da República comete crime comum fora da função presidencial, por exemplo, um estupro, não será responsabilizado durante o mandato (art. 86, §4° da CF). 
INICIATIVA RESERVADA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NO PROCESSO LEGISLATIVO
(Art. 61, §1° da CF)
Cabe ao Presidente apresentar projeto de lei referente ao aumento de salário do servidor público federal; aumentar o efetivo das forças armadas.
Tal tema admite o princípio da simetria federativa.
Por analogia, sobre o aumento de salário do servidor publico federal, na esfera estadual e municipal, tal iniciativa cabe ao próprio chefe do executivo de ambos.
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
(Art. 84 da CF)
Compete (somente) ao Presidente realizar determinadas atividades dentro do Estado.
Exemplo: celebrar tratados (celebra, manda mensagem e manda pro Congresso, que edita decreto legislativo, vota na Câmara e no Senado, e envia de volta ao Presidente); decretar intervenção federal (como o Temer fez no RJ – fev/dez/2018); decretar estado de defesa e estado de sítio.
PODER JUDICIÁRIO
(Art. 92-126 da CF)
O Poder Judiciário tem a função de exercer a jurisdição, ou seja, compete a ele resolver as lides. Desse modo, com o objetivo de resolver o litígio, deve aplicar o direito ao caso concreto.
O Judiciário, além de sua função típica, que é a jurisdicional, exerce funções atípicas quando administra ou legisla: administra quando conce licença e férias aos seus membros e serventuários e legisla quando edita normas regimentais.
No Brasil, o Poder Judiciário pode ser dividido em uma justiça de âmbito federal (comum ou especializada), e em estadual (residual – o que não for competência federal comum ou especializada). A Justiça Federal comum de primeira instância tem a competência estabelecida no art. 109 da CF. Consideram-se como Justiça Especializada Federal as trabalhistas, eleitorais e militares (arts. 111-124 da CF).
DICA: em prova já foi perguntado mais de uma vez a competência da Justiça Federal em cidades que não tem a JF. Art. 109 da CF responde.
A CF estabelece órgãos do Poder Judiciário (art. 92). São eles: STF, CNJ, STJ, TRFs, Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Eleitorais, Militares, dos Estados e do DF e territórios.
INGRESSO
O ingresso na carreira é feito por concurso público de provas e títulos, cujo cargo serão o de juiz substituto, com a participação da OAB em todas as fases, sendo exigido do bacharel em direito no mínimo 3 anos de atividade jurídico e obedecendo-se a ordem de classificação nas nomeações.
QUINTO CONSTITUCIONAL
1/5 dos Tribunais (TJs, TRFs, TRTs, TST) será composto por membros do MP e por advogados (10% cada), com mais de dez anos de carreira ou de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Recebidas as indicações, o Tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que nos 20 dias subsequentes escolherá um de seus integrantes para nomeação.
GARANTIAS
Com o objetivo de assegurar a imparcialidade e a tranquilidade dos magistrados no exercícios de suas funções, foram estabelecidas as seguintes garantias (art. 95 da CF):
a) vitaliciedade: assegura ao magistrado a prerrogativa de só ser demitido após o trânsito em julgado da decisão judicial A vitaliciedade no primeiro grau de jurisdição é adquirida após dois anos de estágio probatório, que se inicia com o efetivo exercício depois da posse. Já no segundo grau de jurisdição, a vitaliciedade se dá com o efetivo exercício, que ocorre depois da posse (quinto constitucional). Também é necessária a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados (art. 93 da CF);
b) inamovibilidade: o magistrado não pode ser trocado/removido do local de trabalho contra sua vontade, em regra. Porém, havendo interesse público e maioria absoluta do Tribunal ou CNJ, pode-se remover. Há também a ampla defesa (art. 93 da CF);
c) irredutibilidade de subsídio: assegura que o magistrado não tenha seu salário diminuído, salvo imposição legal (ressalvadoo disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I, da CF).
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
(Art. 102 da CF)
O STF é o órgão máximo do Poder Judiciário. Está instalado na capital federal (Brasília/DF), e sua função principal/fundamental é a guarda da Constituição Federal.
Composição: 11 membros, denominados Ministros, escolhidos dentre os cidadãos brasileiros natos, + de 35 anos e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Formas de nomeação: são nomeados pelo Presidente da República, com aprovação prévia do Senador por maioria absoluta dos votos (art. 101, §ú da CF).
COMPETÊNCIA DO STF
(Art. 102 da CF)
A competência do STF se divide em originária, recursal ordinária e recursal extraordinária.
a) originária (inc. I): se inicia no STF. Cabe ao STF julgar ADI, ADC, ADPF (esta úlltima no §1° do art. 102 da CF). Julgar as infrações penais comuns do Presidente da República, do vice, dos membros do Congresso, de seus próprios ministros, do PGR, infrações penais comuns e os crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado e dos Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, exceto os crimes de responsabilidade pública (art. 52, I da CF), dos membros dos Tribunais Superiores, dos membros do TCU e dos chefes de missão diplomata de caráter permanente, entre outros casos.
OBS: o Presidente da República para ser julgado no STF deve ter cometido crime durante o mandato e vinculado com a função presidencial (art. 86 da CF). 
b) recursal ordinária – RO/ROC (inc. II): compete ao STF julgar, em recurso ordinário constitucional (RO/ROC), habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, e mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatório (negada) a decisão em Tribunais Superiores, e o crime político.
Cabe ROC de sentença de juiz federal em crime político. Crime político: é o delito que visa prejudicar o país (previsos na Lei de Segurança Nacional – Lei n° 7.170/1983).
c) recursal extraordinária – RE (inc. III): compete ao STF julgar, em recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrair dispositivo da Constituição, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar válidas lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição ou julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
OBS: em primeira fase cai muito mais a competência originária.
SÚMULA VINCULANTE
(Art. 103-A da CF, inserido pela EC 45/2004)
Além do art. 103-A da CF, a Lei n° 11.417/2006 (art. 3°) regulamentou a súmula vinculante, e dentre as novidades houver a ampliação da legitimidade ativa para propor criação, revisão ou cancelamento da súmula vinculante.
Em regra, quando descumprida a SV cabe reclamação ao STF.
O Congresso ao legislar pode contrariar SV? Sim, dado o princípio da separação dos poderes. O Presidente também pode, pois ele está legislando.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Instalado em Brasília/DF (capital federal), tem como função principal assegurar a supremacia da legislação federal em todo o país (art. 105 da CF).
Composição: 33 membros, chamados Ministros, conforme o art. 104, caput, da CF.
Formas de nomeação: são nomeados pelo Presidente da República, dentre os brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovação a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo 1/3 entre desembargadores federais dos TRFs e 1/3 dentre os desembargadores dos TJs, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio tribunal; e 1/3, em partes iguais, dentre advogados e membros do MPF, MPE ou MP do DF, alternadamente, indicados na forma do art. 94 e 104 da CF. 
COMPETÊNCIA DO STJ
(Art. 105 da CF)
a) originária (inc. I): processa e julgar, nos crimes comuns os Governadores dos Estados e DF, e nestes e nos de responsabilidade os Desembargadores dos TJs dos Estados e do DF, dos TCs dos Estados e do DF, dos TRFs, TR Eleitorais e do Trabalho, ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e dos do MPU que oficiem perante Tribunais; a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias, e em outros casos;
b) recursal ordinária – ROC (inc. II): julgar, em recurso ordinário, os habeas corpis decididos em única ou última instância pelos TRFs, TJs dos Estados ou DF; os mandados de segurança da mesma forma, quando denegatória (negada) a decisão, e as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional de um lado, e de outro município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil;
c) recursal especial – RE (inc. III): julgar, em recurso especial, as causas decididas em únic aou última instância pelos TRFs ou TJs dos Estados, DF e Territórios, quando a decisão recorrida contrair tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência; julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; e der a lei federal interpretação divergente da qual lhe haja atribuído outro tribunal.
OBS: no exame deve cair o inciso I.
OBS²: cabe ao STJ julgar Governador de Estado que comete crime comum durante o mandato e vinculado à função de administrador.
OBS³: ler SVs 10, 11, 13, 14, 25, 33 e 55.
NACIONALIDADE
(Arts. 12 /13 da CF)
Nacionalidade é um vínculo jurídico entre um indivíduo e um Estado soberano. A doutrina apresenta dois tipos de nacionalidade brasileira. São eles:
I) nacionalidade originária ou primária: prevista no art. 12, I da CF, se refere ao brasileiro nato. O brasileiro nato é um indivíduo que possui dois tipos de vínculos jurídicos com o Brasil. São eles:
a) direito de solo/”jus solis”: o pressuposto para aplicar o vínculo é que o indivíduo tenha nascido no território brasileiro (solo brasileiro).
Aplica-se o jus solis na hipótese de o indivíduo ter nascido no território brasileiro. A regra geral é que se é considerado brasileiro nato o indivíduo nascido no Brasil, ainda que os pais sejam estrangeiros. Há uma exceção. Não será considerado brasileiro nato o indivíduo nascido no Brasil se os pais forem estrangeiros a serviço do próprio país.
Exemplo: casal de argentinos tem filho no Brasil quando os pais estavam: 
a.1) a serviço da Argentina: o filho NÃO será considerado brasileiro nato;
a.2) a serviço do Uruguai: o filho SERÁ considerado brasileiro nato;
b) direito de sangue/“jus sanguinis”: para aplicar este vínculo, o pressuposto é que o indivíduo tenha nascido no exterior e seja filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira (sangue brasileiro).
Aplica-se o jus sanguinis na hipótese de o indivíduo ter nascido no exterior e ser filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira.
#Pegadinha: o jus sanguinis torna o brasileiro nato desde que o nascimento tenha ocorrido no estrangeiro e um dos pais seja brasileiro (natos ou naturalizados). A CF admite a aplicação de jus sanguinis para o filho de brasileiro ou mãe brasileiros natos ou naturalizados (art. 12, I, “b” da CF)
 O art. 12, I, “c” e “d” da CF permite identificar três formas de aplicar o jus sanguinis. São elas:
b.1) aquisição automática da nacionalidade brasileira: ocorre que o pai brasileiro ou a mãe brasileira estiver no exterior a serviço da República Federativa do Brasil (administração direta ou indireta da U, E, DF, M);
b.2) registro no órgão competente (embaixada ou consulado do Brasil no exterior): ocorre se um dos genitores não estiver a serviço do Brasil no exterior.
Exemplo: trabalha para empresa privada ou para passar férias;
c) opção pelo filho: esta hipótese é aplicável diante da não configuração das hipóteses anteriores. Para que o filho possa optar pela nacionalidade brasileira, é preciso verificar três requisitos cumulativos. São eles: ter 18 anos, residir no Brasil, e opinar a qualquer tempo pela nacionalidade brasileira.
II) nacionalidade derivada ou secundária: prevista no art. 12, II da CF, se refere ao brasileiro naturalizado. É o estrangeiro que pretende se tornar brasileiro mas não tem vínculo de solo nem de sangue com o Brasil.O brasileiro naturalizado tem apenas a vontade de ser brasileiro (“amo para dar ao Brasil”). O art. 12, II da CF permite identificar três formas de naturalização no Brasil. São elas:
a) naturalização ordinária: trata-se da naturalização “na forma da lei”. Os requisitos exigidos para a naturalização ordinária estão previstos nos arts. 65/66 da Lei n° 13.445/2017 (Lei de Migração).
b) naturalização de estrangeiros de país de língua portuguesa: a CF exige a observância de apenas dois requisitos previstos no art. 12, II, “a” da CF: 1 de residência ininterrupta no Brasil e idoneidade moral.
III) naturalização extraordinária: prevista no art. 12, II, “b” da CF, exige o cumprimento pelo estrangeiro de somente 02 requisitos: 15 anos de residência ininterrupta no Brasil e ausência de condenação penal (decisão judicial transitara em julgado).
08 CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS
(Art. 12, §3° da CF)
I. Presidente da República;
II. Vice-presidente da República;
III. Presidente do Senado Federal (Senador pode ser naturalizado);
IV. Presidente da Câmara dos Deputados (DF pode ser naturalizado);
V. Ministros do Supremo Tribunal Federal (todos os 11); 
VI. Ministro de Estado da Defesa;
VII. Oficiais das Forças Armadas;
VIII. Diplomata.
DIREITOS POLÍTICOS
(Arts. 14/15 da CF)
Os direitos políticos no Direito Constitucional também são denominados de direitos de cidadania. Logo, o cidadão é um termo usado apenas ao eleitor. 
O conceito de cidadania e direitos políticos estão entrelaçados e são compreendidos a partir da expressão “direito de sufrágio”.
Entende-se por “direito de sufrágio” o direito de: 
a) exercer a cidadania ativa ou o alistamento eleitoral. É o direito de votar;
b) exercer a cidadania passiva ou a elegibilidade: é o direito de ser votado ou eleito para desempenhar mandato político.
Em resumo, o direito de sufrágio é o direito de votar e o direito de ser votado.
INALISTÁVEIS
(Art. 14, §2° da CF)
Os inalistáveis são os indivíduos desprovidos de direitos políticos, ou seja, aqueles que não são considerados cidadãos. São inalistáveis os estrangeiros e conscritos (convocados) do serviço militar obrigatório.
ALISTAMENTO E VOTOS FACULTATIVOS
(Art. 14, §1°, II da CF)
A CF prevê que tem o alistamento eleitoral e o voto facultativo três pessoas. Ou seja, não são obrigadas a realizar o alistamento eleitoral, porém se o fizerem, o voto não será obrigatório. São elas: o indivíduo entre 16 e 18 anos de idade; o maior de 70 anos de idade e o analfabeto.
INELEGÍVEIS
(Art. 14, §4° da CF)
Os inelegíveis são desprovidos de direitos políticos passivos, ou seja, não podem ser eleitor para desempenhar mandato político. São inelegíveis: os inalistáveis (estrangeiros ou conscritos do serviço militar) e os analfabetos.
OBS: os analfabetos embora sejam inelegíveis (não tem direitos políticos passivos), são considerados facultativamente alistáveis e dotados do direito facultativo de votar. Logo, os analfabetos têm direitos políticos ativos, desde que desejem exercer este direito.
IDADE MÍNIMA PARA ELEGIBILIDADE
(Art. 14, §°, VI da CF)
O art. 14, §3°, VI da CF prevê as seguintes idades mínimas para elegibilidade:
a) 18 anos para vereados;
b) 21 anos para prefeito, vice, deputado federal, estadual, distrital e juiz de paz (art. 98, II da CF);
c) 30 anos para governador e vice;
d) 35 anos para presidente, vice e senador.
CASSAÇÃO, SUSPENSÃO E PERDA DE DIREITOS POLÍTICOS
(Art. 15 da CF)
O art. 15 da CF proíbe expressamente a cassação dos direitos políticos. A CF admite apenas a suspensão e a perda dos direitos políticos nas hipóteses dos incisos I a IV do art. 15. Não existe cassação de direitos políticos.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Os remédios constitucionais são meios postos à disposição dos indivíduos e dos cidadãos para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando corrigir ilegalidades ou abuso de poder em prejuízo de direitos e interesses individuais. São também chamados de garantias individuais ou ações constitucionais.
Consideram-se remédios constitucionais o direito de petição, habeas corpus, mandado de segurança, mandado de injunção, habeas data, ação popular e ação civil pública.
DIREITO DE PETIÇÃO
(Art. 5°, XXXIV, “a” da CF)
É levar ao conhecimento do Estado que há uma ilegalidade ou abuso de poder.
É o direito que pertence a uma pessoa ou grupo de pessoas de invocar a atenção dos poderes públicos nas três esferas sobre uma questão ou situação. A CF estabelece o direito de petição aos poderes públicos, assegurando-o a todos, independente de pagamentos de taxas, em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
DICA: o direito de petição não tem formalismos, não precisa de advogado, e pode ser feito através de ligações telefônicas, envio de e-mail ou pessoalmente ao órgão público competente.
A doutrina entende que o direito de petição é um instrumento de participação político-fiscalizatório dos negócios do Estado, que tem por finalidade a defesa da legalidade constitucional e do interesse publico geral. Seu exercício não está vinculado à comprovação de existência de qualquer lesão a interesses próprios do peticionário.
HABEAS CORPUS – HC 
(Art. 5°, LXVIII da CF)
O HC protege o direito de ir e vir, entenda “locomoção”. Sua finalidade é prevenir ou sanar a ocorrência de violência ou coação na liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder.
PERGUNTA: é possível HC contra dono de hospital que não quer liberar o cliente que teve alta porque o cheque caução voltou? Sim. O ato do dono do hospital viola a dignidade da pessoa humana, a CF, exercício arbitrário das próprias razões (crime).
No CPP fala nos arts. 647 a 667.
DICAS: não precisa de advogado para impetrar HC para autoridade superior àquela que realizou o ato abusivo. Se for o delegado que prendeu ilegalmente, impetra-se para o juiz; se foi o juiz, é para o Tribunal, e assim até o STF.
CUIDADO: não cabe HC contra punição disciplinar militar, salvo se aplicada por autoridade incompetente. LER: súmulas STF 694.
 
OS REMÉDIOS LISTADOS ABAIXO NECESSITAM DE ADVOGADO. 
MANDADO DE SEGURANÇA - MS
(Art. 5°, LXIX (MI individual) e LXX (MI coletivo) da CF)
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público” (MI individual)
Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercido no momento da impetração 0 desse modo, o direito deve vir expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante. De regra, comprova-se documentalmente. Caso contrário, ou seja, havendo dúvida sobre o direito deve-se ingressar com uma ação ordinária (ação de tiro comum) para demonstrá-lo e exigi-lo.
“o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano*, em defesa dos interesses de seus membros ou associados” (MI coletivo) *o prazo de um ano pode ser dispensado endo em vista o direito a ser protegido (art. 81, §1° do CDC).
O MI coletivo é um remédio corporativo. Existe muito em sindicato. Protege certo grupo de pessoas. 
O art. 21 da Lei n° 12.016/2009 diz respeito a quem pode impetrar MS Coletivo.
Requisitos para Mandado de Segurança Individual e Coletivo:
O direito líquido e certo comprova-se com o texto da norma e/ou documentos;
Não é casos de HD e HC;
Existe ilegalidade ou abuso de poder de autoridade pública ou aquele investido desta.
Prazo: o prazo para impetração do MS é de prazo decadencial de 120 dias a contar da data que o interessado teve conhecimento oficial do ato a ser impugnado (art. 23 da Lei n° 12.016/2009 – Lei que regulamenta o MS). O prazo não suspende ou interrompe. 
Importante:súmula 512 do STF sobre MS individual (já caiu em 1° e 2° fase). Súmula 629 e 630 do STF sobre MS coletivo.
MANDADO DE INJUNÇÃO - MI
(Art. 5°, LXXI da CF)
É concedido sempre que a falta de uma norma regulamentadora torne os direitos e liberdades constitucionais inviáveis. 
Pode ser MI individual ou coletivo, com o mesmo fundamento.
DICA: buscar o exercício do direito. 
Fundamento: existe uma norma constitucional de eficácia limita ainda não regulamentada impedindo o exercício de um direito em caso concreto.
OBS: lei n° 13.300.2016 regulamenta o MI individual e coletivo. E a SV 33 fala sobre o tema.
Quem pode impetrar MI coletivo? MP; partido político com representação no CN; organização sindical ou entidade de classe, ou associação que funcione legalmente a pelo menos um ano; pela Defensoria Pública. Estes estão especificados com suas particularidades na Lei n° 13.300/2016 (15 artigos). 
Existe inconstitucionalidade por omissão – norma de eficácia não regulamentada. É a mesma coisa.
CUIDADO: não cabe liminar em MI individual ou coletivo. É decisão do STF.
HABEAS DATA - HD
(Art. 5°, LXXII da CF)
O HD é para ter acesso a informações do impetrante (você) que estão em órgãos públicos da administração direta ou indireta, ou de caráter público (instituição privada que tem informações de caráter público).
Lei n° 9.507/1997 (regulamentou o HD).
DICA: primeiro precisa pedir administrativamente as informações (lei acima). Depois que se impetra HD. Tem a ver como interesse de agir. 
AÇÃO POPULAR – APop 
(Art. 5°, LXXIII da CF)
Regulamentada pela Lei n° 4.717/1965, a ação popular estabelece que qualquer cidadão pode propor a ação visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, a moralidade administrativa, meio ambiente a patrimônio histórico e cultural. O cidadão não paga custas processuais, ônus e sucumbência salvo se provada a má-fé.
Exemplo: obra superfaturada (estádio da Copa do Mundo por exemplo); evitar destruição de bem tombado – patrimônio histórico e cultural; proteção de certos grupos de animais que está em extinção; impedir a posse de ministro de Estado (moralidade administrava), como no caso da filha do Roberto Jeferson que seria nomeada ministra do trabalho (quando este existia) sendo que tinha várias dívidas trabalhistas.
Dica: a Ação Popular é proposta na 1° instância - não tem foro de prerrogativa de função.
O Ministério Público não pode impetrar/propor Ação Popular, mas pode assumir o andamento da referida ação e dar execução à sentença da ação popular. 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - ACP
(Art. 129, III, da CF)
Introduzida pela Lei n° 7.347/1985, a Ação Civil Pública serva pra proteção dos direitos do consumidor, do meio ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Posteriormente, outras leis ampliaram ou reforçaram o seu âmbito de proteção, como por exemplo o ECA, a lei de pessoas portadoras de deficiência, lei de investidores no mercado imobiliário, CDC, e lei de improbidade administrativa.
Quem por propor? Ministério Público, Defensoria Pública, U, E, DF e M, autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista, e associação que preencha os requisitos legais dos incisos I e II (Art. 5° da Lei n° 7.347/1985)
Competência: funcional, ou seja, do local do dano.
O CDC em seu art. 81 especifica direito difuso, coletivo ou individual homogêneo. Interesses difusos são aqueles em que os titulares não são pessoas determinadas ou determináveis, mas se encontram ligados por uma situação de fato, como por exemplo viver em meio ambiente sadio. Interesses coletivos são aqueles em que as pessoas são determináveis, que se encontram ligadas por um vínculo jurídico, possuindo interesses indivisíveis (exemplo do reajuste de mensalidade abusivo). Individuais homogêneos são aqueles que as pessoas são determinadas e ligadas por uma situação de fato, possuindo direitos divisíveis, como por exemplo compradores de veículos com o mesmo defeito.
OBS: ACP e controle de constitucionalidade só incidentalmente – entenda, dentro de um processo – eficácia entre as partes. 
Súmulas indicadas para leitura acerca da Ação Civil Pública: STJ – 329 e STF – 643.
INFORMAÇÃO IMPORTANTE: os remédios constitucionais têm grande incidência tanto na primeira quanto na segunda fase do EOU.

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