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linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 24 Questão 7 Questão 8 Leia e compare a notícia e a charge a seguir para responder à questão. Tendo em vista o contexto em que a obra foi pro- duzida e as imagens representadas nela, o artista pretendeu: ressaltar a arte urbana do Rio de Janeiro durante esse evento internacional. retratar a realidade da cidade do Rio de Janeiro, por meio de uma obra com diferentes etnias. relacionar as Olimpíadas à importância da diver- sidade étnica na aproximação e união de culturas distintas. valorizar as diferentes etnias presentes na cidade do Rio de Janeiro. colorir o Boulevard Olímpico para torná-lo um lo- cal atrativo para visitação. Quanto ao conteúdo, a notícia e a charge: complementam-se, uma vez que sem a notícia não se pode resgatar o conteúdo da charge. distanciam-se, por serem gêneros textuais dife- rentes, com finalidades e características estrutu- rais distintas. divergem-se, visto que o ponto de vista presente na notícia é diferente do apresentado na charge. associam-se, por apresentarem argumentos se- melhantes para a defesa da opinião. relacionam-se, já que na charge, por meio da lin- guagem não verbal e da verbal, é possível notar a ironia de um evento relatado na notícia. texto I Presos fazem selfies e vídeos durante motim na ba e postam em rede social Motim ocorreu em delegacia de Itamaraju, no extremo sul do estado. Em vídeo, presos aparecem ameaçando refém; polícia fala em “simulação”. Presos da delegacia da cidade de Itamaraju, no extremo sul da Bahia, fizeram selfies e posta- ram vídeos em redes sociais durante um motim que ocorreu na carceragem da unidade policial durante o final de semana. A confusão começou após um detento passar mal e só foi controlada cerca de 3 horas depois. Em um dos vídeos, os detentos aparecem ostentando armas e mantendo um homem como refém. [...] Nas fotos postadas na rede social, o detento, que responde por tráfico de drogas, aparece com o rosto coberto ao lado de colegas de cela. Na legenda de uma das fotos, aparece a mensagem: “Nós que é o controle da situação”. Disponível em: <http://G1.globo.com/bahia/noticia/2017/01/presos- fazem-selfies-e-videos-durante-motim-na-ba-e-postam-em-rede- social.html>. Acesso em: 18 jan. 2017. texto II Disponível em: <http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/48447- charges-janeiro-de-2017#foto-663370>. Acesso em: 16. jan. 2017. Eduardo Kobra, artista plástico brasileiro, ficou conhecido internacionalmente por seus murais de imagens subdivididas e coloridas como uma colcha de retalhos. Seu mural “Somos todos um”, considerado o maior do mundo, coloriu o Boule- vard Olímpico, durante as Olimpíadas 2016, no Rio, e representa cincos rostos que retratam tri- bos de cada continente, como pode ser observa- do na imagem a seguir. Disponível em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/viajologia/ noticia/2016/08/boulevard-olimpico-da-rio-2016-traz-novas-cores-ao- velho-cais-do-porto.html>. Acesso em: 18 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://g1.globo.com/bahia/noticia/2017/01/presos- http://g1.globo.com/bahia/noticia/2017/01/presos- http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/48447- http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/viajologia/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 25 Questão 9 Questão 10 Recentemente, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, emocionou o mundo por meio do seu discur- so de despedida. Leia a seguir o início da fala dele para resolver a questão proposta: Segundo as ideias presentes no texto, o uso do aplicativo proporciona o(a): armazenamento de fotos e textos a longo prazo, para que os alunos tenham sucesso nos estudos. transmissão de conteúdos de forma rápida e atra- tiva, próximos à linguagem dos jovens. compartilhamento de textos, fotos e vídeos da mesma forma que o YouTube e o Facebook. distanciamento entre os usuários do aplicativo, uma vez que as mensagens podem ser vistas apenas uma vez. distinção entre os conteúdos autodestrutivos e os que permanecem por um longo período de tempo na memória do aplicativo. Nesse trecho do discurso, há um recurso gramati- cal essencial a esse gênero, que é (são): advérbios de lugar, como “em salas de estar e escolas”. adjetivos, que retratam os sentimentos do autor, como “comovidos” e “melhor”. vocativos, que marcam a interlocução, como em “Meus concidadãos americanos” e “com vocês, americanos”. verbos conjugados no pretérito mais-que-perfeito, que relatam momentos tristes da vida do autor. substantivos, como “conversas”, “fábricas” e “igre- jas”, que aparecem, recorrentemente, em todo o texto. É bom estar em casa. Meus concidadãos ame- ricanos, Michelle e eu estamos comovidos com todas as (felicitações) que recebemos nas últimas semanas. Mas hoje é minha vez de dizer obrigado. Quer tenhamos coincidido em nossas posições ou raramente tenhamos concordado, minhas conver- sas com vocês, americanos – em salas de estar e escolas; em fazendas e fábricas; em restaurantes populares ou em lugares distantes –, me honra- ram, me inspiraram e me deram força para seguir em frente. Aprendi com vocês todos os dias. Vo- cês fizeram de mim um presidente melhor e um homem melhor. Vim pela primeira vez para Chicago quando tinha 20 e poucos anos, ainda tentando decifrar quem eu era, ainda à procura de um objetivo na vida. Foi em bairros não muito distantes daqui que comecei a trabalhar com grupos de igreja à sombra de siderúrgicas fechadas. Foi nestas ruas que testemunhei o poder da fé e a dignidade discreta de pessoas trabalhadoras, apesar das dificuldades e da derrota. Foi aqui que aprendi que a transformação só acontece quando pessoas comuns se envolvem, se engajam e se unem para reivindicá-la. Disponível em: <http://internacional.estadao.com.br/blogs/eua- 2016/leia-integra-do-discurso-de-despedida-de-barack-obama/>. Acesso em: 15 jan. 2017. snapchat vira “arma” de professores para atrair estudantes Educadores perceberam que a rede social “fala direto com os alunos” e “entra no mundo deles” Professores que aderiram ao YouTube e ao Facebook começam agora a mirar no Snapchat e no Instagram como novos aliados na hora de transmitir conhecimento. A ideia, segundo eles, é de que o estudo esteja sempre no “mundo” e no ritmo dos jovens. Como as redes sociais se popularizaram entre os adultos, os adolescen- tes passaram a ter interesse por aplicativos em que sofreriam menos interferência dos pais. O Snapchat, por exemplo, é usado para o envio de texto, fotos e vídeos que só podem ser vistos uma vez. O conteúdo é “autodestruído” depois da visualização. Ao perceber que a rede de mensagens ins- tantâneas tinha se tornado a preferida dos ado- lescentes, a pedagoga Tais Bento, uma das responsáveis pelo projeto “Socorro! Meu filho não estuda”, decidiu usar o Snapchat para fazer vídeos com dicas de estudo. “Usava o site e as outras redes para dar dicas aos pais de como ajudar os filhos a estudar, mas vi que o resulta- do seria ainda melhor se eu falasse direto com os alunos e, para isso, precisava entrar no mun- do deles”, afirma ela. [...] Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/ snapchat-vira-arma-de-professores-para-atrair-estudantes- 2c356x65vqrn4fwmdgw27stxe>. Acesso em: 17 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://internacional.estadao.com.br/blogs/eua- http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/ linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 26 Questão 11 ressaltar as diferenças entre o dialeto utilizado pelos falantes da cidade de Piracicaba e entre a norma culta da língua portuguesa. desconsiderar o dialeto piracicabano em con- textos formais de comunicação, uma vez quese apresenta errado perante a norma culta. reconhecer a importância do dialeto piracicabano como forma de identidade regional e relacioná-lo à história e cultura da cidade. mostrar como pronunciar determinados sons que caracterizam o dialeto piracicabano. mapear as principais características do dialeto pi- racicabano e relacioná-lo à história e cultura da cidade. No português brasileiro, assim como em todas as línguas, é possível observar formas distintas de uti- lizá-lo, dependendo da região, escolaridade, idade, sexo e situação comunicativa do falante. O falar pira- cicabano é um exemplo dessa diversidade, devido à diferença, principalmente, na pronúncia das palavras. Conforme as informações dispostas no texto, o Con- selho de Defesa do Patrimônio Cultural objetiva: Piracicaba inicia tombamento do sotaque caipira como patrimônio Conselho abriu processo de tombamento da variedade linguística regional. “O que antes era pejorativo deve ser motivo de orgulho”, diz Mauro Rontani. O linguajar falado em Piracicaba (SP), no inte- rior do estado de São Paulo, já é conhecido no Bra- sil afora, pelo “erre” puxado e ênfase nas vogais, traços característicos do sotaque dos moradores da cidade. Mas agora, o dialeto “caipiracicabano” vai ser reconhecido como patrimônio imaterial. O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Code- pac) do município abriu o processo de registro da variedade linguística regional. [...] Segundo a historiadora do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, Renata Gava, esse inventário é feito também com gravação de voz, imagens e escritas, que confirmarão a relação direta entre a formação da cidade e o que ficou consagrado como cultura caipiracicabana. Renata explicou que o sotaque e o dialeto po- dem variar à medida que são diferentes também o acesso à cultura, a motivação e a capacidade de perceber e articular sons de modo diferente, como acontece com o linguajar caipira. “Essa singularidade rústica pode ser justificada pela miscigenação dos primeiros paulistas e influ- ências linguísticas, uma vez que os indígenas e mestiços tinham dificuldade em articular sons das letras B, D, F, l, LH, R, V e Z em determinadas sílabas”, afirmou. A historiadora apontou, ainda, a peculiaridade do dialeto caipira em sua musicalidade e prosódia. “O modo de falar, que ressoa em letras de modas de viola, carrega em suas pronúncias os ‘erres’, a troca do ‘L’ pelo ‘R’ e ‘LH’ pelo ‘I’, é o que define o linguajar caipira como a língua dos Bandeirantes”, explicou Renata. [...] Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/ noticia/2016/05/piracicaba-inicia-tombamento-do-sotaque-caipira- como-patrimonio.html>. Acesso em: 18 jan. 2017. a b c d e http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 27 Questão 12 Questão 13 Para produzir a notícia on-line acima, o site utilizou o seguinte recurso estilístico: paródia, visto que apresenta um formato de texto semelhante a uma notícia, mas com um conteúdo irônico e engraçado. epígrafe, por apresentar um título que resume o conteúdo que será abordado no texto. resumo, já que apresenta, de forma sucinta, tópi- cos importantes de uma notícia já publicada ante- riormente. intertextualidade, já que se observa uma relação explícita com uma notícia já conhecida pelo leitor. metáfora, tendo em vista que o autor faz compa- rações entre os comportamentos dos americanos e dos brasileiros. Disponível em: <http://rocacontabil.com.br/proposta-da-reforma-da- previdencia-social/>. Acesso em: 18 jan. 2017. A Reforma Previdenciária, proposta pelo governo do presidente Michel Temer, foi alvo de críticas por estipular a idade mínima de 65 anos para aposenta- doria de homens e mulheres no Brasil. A opinião vei- culada na charge mostra-se contrária às sugestões propostas na Emenda do governo, porque apresenta: visão crítica, ao retratar as futuras condições de trabalho do trabalhador brasileiro. caráter pessimista quanto à probabilidade de o trabalhador conseguir sua aposentadoria, consi- derando tempo determinado pela nova proposta. aspecto relevante que poderá ser acrescentado à nova proposta do governo. reação negativa aos opositores da proposta, ten- do em vista a valorização do tempo em que o tra- balhador se aposentará. argumento contrário aos direitos trabalhistas, uma vez que defende a aposentadoria em idades mais avançadas. 47% dos americanos têm esperança de que sérgio Malandro sairá da casa branca na posse de trump, gritando: “Pegadinha do malandro!”. Uma pesquisa realizada pelo instituto Nielsen divulgada hoje aponta que 47% da população dos Estados Unidos ainda tem esperança de que a eleição de Donald Trump seja uma elaborada brin- cadeira, cuja revelação ocorrerá no dia da posse. Quase metade da população tem, segundo a pesquisa, “fé de que Sérgio Malandro vai sair com um extintor de incêndio de uma das portas da Casa Branca, gritando: ‘Pegadinha do malandro!’ ”. “Sabemos que é estranho as pessoas acredi- tarem nisso, uma vez que ninguém sabe quem é Sérgio Malandro”, disse o coordenador da pes- quisa. “Mas, do jeito que as coisas estão indo, acaba sendo normal.” Ao saber da pesquisa, lideranças do Partido Democrata, rival de Trump, chegaram a entrar em contato com Sérgio Malandro, no Brasil, para per- guntar se ele estaria livre no dia da posse. “Vai que a gente põe ele lá e o Trump acredita que foi tudo uma pegadinha”, teria dito Hillary Clinton. “Não custa tentar.” Disponível em: <http://www.sensacionalista.com.br/2017/01/18/>. Acesso em: 17 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://rocacontabil.com.br/proposta-da-reforma-da- http://www.sensacionalista.com.br/2017/01/18/ linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 28 Questão 14 reconhece que há artistas, como Milan Kundera e Philip Roth, que são verdadeiramente merece- dores do prêmio e, assim, a Academia teria sido injusta ao conceber o prêmio a Dylan. desvaloriza a produção artística de Flaubert, ao afirmar que o autor concebia sua obra por proces- sos penosos e dolorosos. descreve a produção de romances como sendo trabalhosa e duradoura, por isso escritores como Dylan merecem receber o prêmio. acredita na genialidade das canções de Dylan e, por isso, ele estaria à frente de escritores como Milan Kundera e Philip Roth. Questão 15 O norte-americano Bob Dylan, escritor, composi- tor e guitarrista, já foi considerado um dos maiores músicos de todos os tempos. Em 2016, a premiação que garantiu a ele o Nobel de Literatura foi motivo de críticas e polêmicas. Levando em consideração a pro- dução artística de Dylan, o autor Leonardo Padura, no artigo anterior: justifica o prêmio, ao valorizar a importância da obra de Dylan para a literatura americana. cartas chilenas A lei do teu contrato não faculta que possas aplicar aos teus negócios os públicos dinheiros. Tu, com eles, pagaste aos teus credores grandes somas! Ordena a sábia Junta que dês logo da tua comissão estreita conta; o chefe não assina a portaria, não quer que se descubra a ladroeira, porque te favorece, ainda à custa dos régios interesses, quando finge que os zela muito mais que as próprias rendas. Por que, meu Silverino? Porque largas, porque mandas presentes, mais dinheiro. (...) GONZAGA, T. A. Cartas Chilenas (1789). Disponível em: <http://stat.correioweb.com.br/arquivos/ educacao/arquivos/TomsAntnioGonzaga-CartasChilenas0.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2017. segundo integrantes do MP e do cade, seis projetos de trem e metrô investigados apresentaram sobrepreço de30% Na última semana, IstoÉ publicou documentos inéditos e trouxe à tona o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã Siemens ao Ministério Público. Segundo as revelações, o es- quema montado por empresas da área de transpor- te sobre trilhos em São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas durante os sucessivos go- vernos do PSDB nos últimos 20 anos contou com a participação de autoridades e servidores públicos e abasteceu um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para políticos tucanos. Toda a documentação, inclusive um relatório do que foi re- velado pelo ex-funcionário da empresa alemã, está em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para quem a Siemens – ré con- Nobel a bob dylan: esnobismo nórdico ou injustiça artística? Milan Kundera falou de uma característica pe- culiar da arte do romance: é que o autor que co- meça a escrever esse livro é diferente do que ter- minou de escrevê-lo. Por duas razões: o processo de escrever um romance, de tirar tantas coisas de dentro de si para falar dos mistérios da condição humana, muda você, quer você queira, quer não. E a outra razão é ainda mais dramática: para es- crever um romance, você pode precisar de dois, três, cinco anos, às vezes mais. O tempo trans- corrido faz que você não seja mais o mesmo entre um momento e outro. É a lei da vida. [...] Parece evidente que o ofício literário requer essa dose de masoquismo, de autoimolação, um processo com dor ao longo do qual o artista tem que combater todos os demônios que sejamos capazes de imaginar. Eu me refiro aos verdadei- ros escritores, àqueles que fazem de sua arte um instrumento para penetrar “a alma das coisas”, como pedia Flaubert. Mas esse verdadeiro escri- tor assume os riscos e se empenha em sua tarefa. Por quê? Porque não pode deixar de fazê-lo. [...] Direi apenas que vi com surpresa como se con- cedeu a recompensa literária que se supõe ser a mais importante do mundo a um escritor de letras de canções. Um dos maiores e mais influentes. Um poeta da canção. Claro, o grande Bob Dylan. O Prêmio Nobel de Literatura. Esnobismo nór- dico ou injustiça artística? Não sei, mas acho que não teria ocorrido a ninguém entregar um Prêmio Grammy a um poeta, um romancista ou um dra- maturgo, graças à musicalidade de seus textos. Alejo Carpentier e Carlos Fuentes morreram sem o Nobel de Literatura. Milan Kundera e Philip Roth esperam pelos deles... Mais do que nunca, a res- posta da Academia Sueca está boiando no ar. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ leonardopadura/2016/10/1825009-nobel-a-bob-dylan-esnobismo- nordico-ou-injustica-artistica.shtml>. Acesso em: 18 jan. 2017. a b c d e http://stat.correioweb.com.br/arquivos/ http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 29 A literatura calcada na crítica social possui um va- lor atemporal. Tomás Antônio Gonzaga, poeta árca- de, tece críticas ao governo mineiro do Brasil colonial e, na atualidade, a mídia enumera eventos de desvios de dinheiro. Tendo como base os textos apresenta- dos é possível inferir que a prática de atos corruptos por administradores pú- blicos é frequente no Brasil, ora denunciada pelos poetas e ora pela mídia. os atos de corrupção são denunciados pelos poetas pós-1822 e a mídia, na contemporanei- dade, possui um papel de denúncia. as ações de corrupção são denunciadas por indi- víduos ausentes de função social no Brasil. a atuação dos poetas e da imprensa brasileira é necessária para que exista denúncia e exaltação de valores típicos nacionais. a imprensa atual, assim como os poetas árcades, possui um posicionamento crítico em relação a to- das às instituições privadas. Questão 16 Meryl Streep, uma das atrizes mais valorizadas e bem pagas de Hollywood, ao ser homenageada na premiação do Globo de Ouro, em 9 de janeiro de 2016, aproveitou a ocasião para fazer críticas ao novo presidente eleito, Donald Trump, por meio de seu dis- curso. Depois de lê-lo, é correto observar que a atriz: utiliza sua posição como atriz e seu discurso para lutar por causas sociais, como xenofobia, intole- rância e preconceito. valoriza os atores presentes no Globo de Ouro pelo fato de serem estrangeiros e representarem seus países de origem no cinema. apesar de discordar das ideias do novo presiden- te, reconhece que ele protege os atores estran- geiros no país. desacredita que atitudes preconceituosas do novo presidente possam influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo. mostra-se preconceituosa, ao afirmar que os ato- res que não são estrangeiros, não são competen- tes para atuar em Hollywood. fessa por formação de cartel – vem denunciando desde maio de 2012 as falcatruas no Metrô e nos trens paulistas, em troca de imunidade civil e crimi- nal para si e seus executivos. Até semana passada, porém, não se sabia quão rentável era este cartel. Disponível em: <http://istoe.com.br/316224_TRENS+E+METRO+ SUPERFATURADOS+EM+30+/>. Acesso em: 26 mar. 2017. Estados Unidos], não terá nada para assistir além de futebol e artes marciais, que não são as artes. Me deram três segundos [para concluir o dis- curso], então… O único trabalho do ator é entrar na vida de pessoas diferentes de nós e fazer você sentir como é. Houve muitas, muitas, muitas atua- ções poderosas este ano que fizeram exatamente isso – trabalhos de tirar o fôlego, cheios de com- paixão. Mas houve uma atuação este ano que me chocou, que cravou um gancho no meu coração. Não porque foi boa. Não foi nada boa. Mas foi efi- caz e conseguiu o que queria, fez o público-alvo rir e mostrar os dentes. Foi aquele momento em que a pessoa que estava pedindo para sentar na cadeira mais respeitada do nosso país imitou um repórter com deficiência – alguém em relação a quem ele tinha mais privilégio, mais poder e mais capacidade de enfrentar. [Esta cena] meio que partiu meu cora- ção e ainda não a consegui tirar da cabeça, porque não foi em um filme, foi na vida real. E esse instinto de humilhar, quando é exibido por alguém em uma plataforma pública, por al- guém poderoso, é filtrado na vida de todo mundo, porque meio que dá permissão para outras pes- soas fazerem o mesmo. O desrespeito convida ao desrespeito, a violência incita violência. Quan- do os poderosos usam sua posição para fazer bullying, todos nós perdemos. Disponível em: <http://mulhernocinema.com/destaques/leia-o- discurso-de-meryl-streep-no-globo-de-ouro-em-portugues-e-na- integra/>. Acesso em: 19 jan. 2017. Mas quem somos nós? O que é Hollywood, afinal de contas? É apenas um monte de gente de lugares diferentes. Nasci, fui criada e educada nas escolas públicas de Nova Jersey. Viola [Da- vis] nasceu em uma fazenda na Carolina do Sul e cresceu em Central Falls, Rhode Island. Sarah Paulson nasceu na Flórida e foi criada por uma mãe solteira no Brooklyn. Sarah Jessica Parker é de uma família de sete ou oito crianças de Ohio. Amy Adams nasceu em Vicenza, na Itália, e Na- talie Portman nasceu em Jerusalém – cadê a cer- tidão de nascimento delas? A linda Ruth Negga nasceu em Addis Abeba, na Etiópia, e foi criada na Irlanda, acredito, e está aqui, indicada por in- terpretar uma garota de uma pequena cidade da Virgínia. Ryan Gosling, como todas as pessoas mais legais, é canadense. E Dev Patel nasceu no Quênia, foi criado em Londres e está aqui por in- terpretar um indiano criado na Tasmânia. Então, Hollywood está cheia de outsiders e estrangeiros, e se você expulsar todos eles [dos a b c d e a b c d e http://istoe.com.br/316224_TRENS%2BE%2BMETRO%2B http://mulhernocinema.com/destaques/leia-o- linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 30 ostentação nas redes sociais vira prova na Justiçacontra “caloteiros” Fotos e postagens estão sendo usadas pela Justiça para enquadrar quem alega não poder pagar as contas, mas faz viagens ou anda de carro novo As redes sociais estão ajudando juízes a julga- rem processos envolvendo devedores que alegam não ter dinheiro para quitar seus compromissos, mas ostentam um alto padrão de vida na internet. Há casos em que algumas provas são obtidas em redes sociais, como o Facebook e o WhatsApp. Um dos casos mais recentes aconteceu em Vitória. Um representante comercial que devia pensão, mas alegava não ter carteira assinada nem bens em seu nome, foi flagrado ostentando viagens internacionais, passeios de lancha e um carro novo no Facebook. As postagens foram apresentadas, e ele aca- bou fazendo um acordo. O caso foi relatado pelo advogado empresarial Victor Passos Costa, que explicou que esse tipo de prova tem sido cada vez mais usado, especialmente nos casos traba- lhistas e de família. Em outro caso, um juiz decretou a prisão pre- ventiva de um réu que alegou limitada capacidade financeira, mas apareceu no Facebook em via- gens internacionais e pilotando uma lancha. [...] Disponível em: <http://www.gazetaonline.com.br/_conteudo/ 2015/08/noticias/dinheiro/3906188-ostentacao-nas-redes- sociais-vira-prova-na-justica-contra--caloteiros.html>. Acesso em: 19 jan. 2017. Questão 17 Questão 18 As redes sociais tornaram-se espaços de intera- ção em que a privacidade pode ser exposta e com- partilhada. Conforme as ideias apresentadas no texto, essas ferramentas de comunicação servem para: identificar a personalidade do usuário da rede. avaliar o comportamento do usuário perante a Justiça. orientar o usuário sobre como controlar o dinheiro e evitar dívidas. definir a renda e a classe social do usuário. provar que o usuário possui condições financeiras para quitar dívidas. Trata-se de um texto instrucional que permite orientar o leitor sobre comportamentos adequados para proteger sua privacidade na internet. Sobre os recursos linguísticos para alcançar esse objetivo, no- ta-se, predominantemente, no texto: linguagem objetiva, com verbos na 3a pessoa do singular. Internautas ainda não aprenderam a usar senha; veja o que não fazer Você é daqueles que acha um exagero pensar em senhas elaboradas? Que suas contas na in- ternet não são dignas de ataques e invasões são uma realidade muito distante? Pois saiba que eles são mais frequentes do que imaginamos. Uma pesquisa da empresa de segurança digi- tal Kaspersky mostra que boa parte dos entrevis- tados acredita que deve proteger bem apenas as contas de bancos on-line (51%), de e-mail (39%) e de lojas virtuais (37%). Não se deixe enganar pela falsa sensação de anonimato e confira estes passos recomendados para evitar os erros mais comuns: 1) Não use a mesma senha em diversas contas. A maioria das pessoas faz isso, mas se uma delas for descoberta, todas as suas contas pode- rão ser invadidas. Segundo a Kaspersky, quase um quinto das pessoas entrevistadas (18%) já passou por uma tentativa de invasão de conta. Ainda assim, apenas um terço (30%) criou senhas novas para diferentes contas. 2) Não use senhas fracas, fáceis de decifrar. A pesquisa apontou ainda que os usuários não criam senhas fortes o suficiente. Menos da metade dos participantes da pesquisa (47%) usa combinações de letras maiúsculas e minúsculas, e 64% usam uma mistura de letras e números. 3) Não armazene suas senhas sem segurança. Isso invalida o objetivo de ter uma senha. 4) Não anote ou compartilhe sua senha. Quase 28% dos ouvidos pela Kaspersky já compartilharam senha com familiares e 11% con- taram a amigos, o que aumenta as chances de as senhas vazarem. Mais de um quinto (22%) tam- bém admitiu que anota as senhas em um caderno para não as esquecer. Mesmo que a senha seja forte, isso deixa o usuário vulnerável. [...] Disponível em: <https://tecnologia.uol.com.br/noticias/ redacao/2017/01/19/internautas-ainda-nao-aprenderam-a-usar- senha-veja-o-que-nao-fazer.htm>. Acesso em: 19 jan. 2017. a b c d e a http://www.gazetaonline.com.br/_conteudo/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 31 adjetivos que permitem caracterizar usuários des- protegidos. verbos no imperativo e a justificativa para a reali- zação dessas ações. advérbios de modo e a explicação de como se comportar na rede. substantivos que denotam o mau comportamento do usuário. Questão 19 A imagem do atleta ganhou destaque nos diversos meios de comunicação e, embora telespectadores não tenham compreendido inicialmente o gesto, pela leitura da notícia, pode-se dizer que ele simbolizou: a tentativa frustrada de atletas que tentam protes- tar durante os jogos olímpicos e são punidos pelo Comitê Olímpico. uma forma de denunciar a triste realidade sofrida pela Etiópia e se mostrar contrário às atitudes do governo. o modo como os atletas etíopes comemoram uma medalha olímpica, mesmo com problemas sociais em seu país. uma homenagem aos mais de 400 mortos que protestaram contra o governo da Etiópia. um pedido pela paz em seu país e a prisão dos assassinos dos 400 mortos que se posicionaram contra o governo. A imagem a seguir faz parte de uma reporta- gem publicada na Revista Istoé. O domingo foi um dia histórico para Feyisa Li- lesa. Tão histórico quanto pode ter sido decisivo ao seu futuro. Ao passar pela linha de chegada da maratona em segundo e garantir a prata na Olimpíada do Rio, Lilesa cruzou os punhos sobre a cabeça, em um protesto contra a situação políti- ca de seu país. O gesto, porém, como ele próprio afirmou, pode provocar agora sérias represálias. Lilesa pertence ao povo de Oromia, que tem feito sucessivas manifestações contra o atual governo etíope – os oromo reclamam que vêm sendo perseguidos sem motivo. Segundo esti- mativas da organização Human Rights Watch, mais de 400 pessoas já morreram desde o início dos protestos. O medalhista de prata, assim, utilizou o Rio- -2016 para amplificar o protesto político. “O go- verno etíope está matando o povo de Oromo e tomando suas terras e seus recursos, então o povo de Oromo está protestando. Como sou de Oromo, eu apoio o protesto”, explicou Lilesa após a maratona. A dramática situação vivida no país já vitimou, inclusive, amigos e familiares de Lilesa. “O gover- no etíope está matando minha gente”, acusou. [...] Disponível em: <http://istoe.com.br/prata-na-maratona-etiope- teme-ser-morto-em-seu-pais-apos-fazer-protesto/>. Acesso em: 19 jan. 2017. b c d e a b c d e http://istoe.com.br/prata-na-maratona-etiope- linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 32 Questão 20 opinião e argumentação, como em “O programa garante a melhoria na oferta e qualidade do trans- porte...”. Impessoalidade e juízo de valor, como em “O programa incentiva a melhoria do transporte públi- co coletivo urbano, atendendo à Política Nacional de Mobilidade Urbana...”. Verbos na 3a pessoa do singular e o discurso direto, como em “Serão R$ 3 bilhões disponíveis para renovação e ampliação da frota. A meta é financiar dez mil veículos”, anuncia o secretário nacional de Mobilidade Urbana, José Roberto Ge- neroso.’. Juízo de valor e argumentação, como em “De acordo com o ministro das Cidades...” Injunção e subjetividade, como em “A próxima reunião para avaliação coletiva e monitoramento do Refrota está marcada para o dia 16 de março.” A notícia, gênero muito recorrente em diversos meios de comunicação, apresenta características lin- guísticas e estruturais específicas, que a diferem de outros textos. A partir da análise do excerto acima, a principal característica e a passagem que melhor a ilustra são:autorizada a contratação de 100 ônibus para o programa Refrota A Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (Semob), do Ministério das Cidades, autorizou, nesta terça-feira (17), a contratação de 100 ôni- bus no âmbito do Programa de Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano (Re- frota 17). O programa incentiva a melhoria do transpor- te público coletivo urbano, atendendo à Política Nacional de Mobilidade Urbana e ao objetivo do Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte). Assim, o Refrota contribui para ativar a economia, reativar a indústria e transformar a mobilidade em um seg- mento sustentável. De acordo com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, o ministério tem promovido e acelerado agendas positivas nessa área. “O programa ga- rante a melhoria na oferta e qualidade do trans- porte, o que beneficia mais de 30 milhões de brasileiros que utilizam o sistema diariamente”, afirma. O presidente da Associação Nacional dos Transportes Urbanos, Otavio Cunha, reforçou o impacto positivo. “Cada ônibus novo gera 5 em- pregos diretos, então temos grandes expectativas de que haja uma melhora significativa na mobili- dade”, ressalta. A expectativa é que o projeto agilize a contra- tação de novos ônibus. “Serão R$ 3 bilhões dis- poníveis para renovação e ampliação da frota. A meta é financiar dez mil veículos”, anuncia o secretário nacional de Mobilidade Urbana, José Roberto Generoso. A próxima reunião para avaliação coletiva e mo- nitoramento do Refrota está marcada para 16 de março. Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério das Cidades. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2017/01/ autorizada-a-contratacao-de-100-onibus-para-o-programa-refrota>. Acesso em: 18 jan. 2017. a b c d e http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2017/01/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 33 Questão 21 Embora a obra Capitães da areia, de Jorge Ama- do, tenha sido publicada em 1937, a temática discuti- da nela ainda está presente nos dias atuais: a situa- ção do menor infrator no país. Essa questão pode ser observada no trecho “Carta à Redação” que inicia o romance. Esse trecho do romance retrata um pensamento da sociedade da época que: discordava com punição severa aos menores infra- tores, uma vez que as crianças não tinham família e mereciam cuidados. exigia que as autoridades punissem os menores por meio de tortura e prisões, de modo a torná-los menos criminosos. solicitava o encaminhamento dos menores a orfa- natos e instituições de educação, a fim de recupe- rar os anos sem estudos. reclamava os direitos dos cidadãos em ter uma cidade livre de menores criminosos. requeria que as autoridades “limpassem” a cidade e encaminhassem os menores para prisões e a reformatórios. ontem, do qual foi vítima um honrado comerciante da nossa praça, que teve sua residência furtada em mais de um conto de réis e um seu emprega- do ferido pelo desalmado chefe dessa malta de jovens bandidos. (Amado, Jorge. capitães da areia. 3a ed. São Paulo. Companhia das Letras, 2008) Carta à Redação crianças ladronas as aventuras sinistras dos “capitães da areia” – a cidade infestada por crianças que vi- vem do furto – urge uma providência do Juiz de Menores e do chefe de polícia – ontem houve mais um assalto Já por várias vezes o nosso jornal, que é, sem dúvida, o órgão das mais legítimas aspirações da população baiana, tem trazido notícias sobre a atividade criminosa dos “Capitães da Areia”, nome pelo qual é conhecido o grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe. Essas crianças que tão cedo se dedicaram à te- nebrosa carreira do crime não têm moradia certa ou pelo menos a sua moradia ainda não foi lo- calizada. Como também ainda não foi localizado o local onde escondem o produto dos seus as- saltos, que se tornam diários, fazendo jus a uma imediata providência do Juiz de Menores e do dr. Chefe de Polícia. Esse bando que vive da rapina se compõe, pelo que se sabe, de um número superior a 100 crianças das mais diversas idades, indo desde os 8 aos 16 anos. Crianças que, naturalmente devido ao desprezo dado à sua educação por pais pouco servidos de sentimentos cristãos, se entregaram no verdor dos anos a uma vida criminosa. São chamados de “Capitães da Areia” porque o cais é o seu quartel-general. E têm por comandante um mascote dos seus 14 anos, que é o mais terrível de todos, não só ladrão, como já autor de um cri- me de ferimentos graves, praticado na tarde de ontem. Infelizmente a identidade desse chefe é desconhecida. O que se faz necessário é uma urgente pro- vidência da polícia e do juizado de menores no sentido da extinção desse bando e para que reco- lham esses precoces criminosos, que já não dei- xam a cidade dormir em paz o seu sono tão me- recido, aos Institutos de reforma de crianças ou às prisões. Passemos agora a relatar o assalto de a b c d e linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 34 Questão 22 questionamentos que permitem ao leitor concluir que o posicionamento do autor é contrário à parti- cipação feminina na política. relato de violência e discriminação contra a mulher, principalmente negra, e que ocupa cargo político. refutação de visões contrárias àquela defendida no texto, com a presença de diversas opiniões so- bre o tema. descrição do tratamento dado às mulheres em di- versos setores da sociedade, sobretudo na política. Questão 23 Ao produzir um artigo de opinião em um jornal de grande circulação nacional, assim como o texto aci- ma, o autor escolhe determinados recursos argumen- tativos, que permitam convencer os leitores da vali- dade do ponto de vista defendido. No artigo “Por um país 50-50”, as estratégias utilizadas para alcançar esse objetivo são: dados estatísticos, a fim de comprovar a falta de participação feminina na política. As charges apresentam um caráter crítico peran- te os temas retratados. Considerando os elementos verbais e não verbais do texto, o humor constitui-se: na fala do político, cuja intenção é valorizar o com- portamento ético dos congressistas, ao usar uma su- gestão de melhoria para a crise econômica do país e reconhecer que eles são capazes de resolvê-la. no duplo sentido da palavra “saída”, que denota a tentativa dos políticos em acabar com a crise eco- nômica no país e o abandono da vida pública, uma vez que é caracterizada por desvios de conduta. no vocativo “pessoal”, que remete a um grau de informalidade não adequado ao contexto em que foi usado, ou seja, na esfera política, quando ha- via uma tentativa de resolver problemas econômi- cos do país. nos elementos não verbais, a saber, a caixa e a expressão facial dos políticos, que parecem preo- cupados em resolver a crise econômica no país e encontrar uma forma de sair da caixa. nos dois sentidos da palavra “caixa”, represen- tados pela linguagem verbal e pela não verbal, sendo esta retratada por atitudes antiéticas dos políticos, como o desvio de dinheiro público. Disponível em: <http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/48447- charges-janeiro-de-2017#foto-661311>. Acesso em: 19 jan. 2017. Por um país 50-50 As mulheres são 52% do eleitorado no Brasil, mas têm ocupado cerca de 10% dos cargos po- líticos eletivos. A subrepresentação permanece mesmo após o país ter adotado legislação especí- fica para aumentar o número de mulheres eleitas, como as cotas eleitorais que são, desde 1997, de 30% das candidaturas. Nas eleições de 2014 para a Câmara dos Deputados e para as assembleias legislativas, 91,1% dos deputados federais e 88,7% de depu- tados estaduais eleitos foram homens. Nas elei-ções municipais do ano passado, 86,4% dos elei- tos para vereador são homens. Os números do pleito de 2016 revelam barrei- ras persistentes à participação das mulheres na política. Em mais de um quarto das câmaras le- gislativas, só homens venceram. Deve-se fazer uma pergunta simples às mu- lheres: sua experiência, seu trabalho, suas preo- cupações, sua visão de mundo são idênticos aos dos homens? As contribuições que podem dar à vida pública podem ser substituídas pelas deles? Sendo negativa a resposta, há algo de errado em levar à esfera política apenas o ideário masculino. Há barreiras ainda maiores às mulheres ne- gras, que foram menos de 5% (somando pardas e pretas) do total de eleitos a vereador. [...] E aqui, cabem outras indagações: quantas mulheres comporão o primeiro escalão dos go- vernos? Quantos municípios terão organismos dedicados especificamente a políticas para mu- lheres, como o combate à violência contra elas, o aprofundamento de políticas para a equidade, que envolvem de estruturas de cuidado para as crianças e apoio para as mulheres trabalhadoras a políticas voltadas à promoção de igual cidada- nia de gênero? Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ opiniao/2017/01/1849860-por-um-pais-50-50.shtml>. Acesso em: 19 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/48447- http://www1.folha.uol.com.br/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 35 Disponível em: <https://www.facebook.com/mincidades/>. Acesso em: 17 jan. 2017. Questão 24 Questão 25 O WhatsApp, ferramenta muito utilizada para a comunicação instantânea, passou a ser utilizada em outros contextos sociais, como no trabalho. Segundo a reportagem, essa situação de uso: facilita o mau comportamento dos empregados dentro e fora do ambiente virtual. representa o ambiente profissional e, por isso, re- quer um comportamento adequado. está longe de ser um ambiente real, assim, qual- quer comportamento pode ser aceito nos grupos. induz os empregados e patrões a respeitarem-se e valorizar o trabalho da equipe. está distante da realidade do ambiente de trabalho e não deveria, pois, permitir o uso do aplicativo. Em muitos textos de circulação, é possível obser- var a presença de diversas funções da linguagem, com predominância de uma sobre a(s) outra(s). Esse recurso pode ser observado no anúncio acima, publi- cado na rede social do Ministério das Cidades para conscientizar motoristas sobre os perigos da combi- nação de álcool e direção. Para alcançar esse obje- tivo, o anúncio traz em sua composição a presença predominante da função: emotiva, por apresentar o ponto de vista do mo- torista sobre as possíveis fatalidades provocadas sobre a ingestão de álcool. conativa, já que pretende convencer o interlocu- tor, por meio de um apelo emocional, a mudar seu comportamento e evitar acidentes no trânsito. metalinguística, tendo em vista que os elementos não verbais, presentes no anúncio, reforçam a mensagem presente no texto verbal. poética, uma vez que há uma tentativa de inte- ragir com o leitor e garantir que a mensagem foi realmente entendida por ele. referencial, por apresentar uma linguagem obje- tiva e impessoal, com a função de aproximar o leitor do texto e convencê-lo a mudar seu compor- tamento. chefe que cometer assédio moral contra funcionário nos grupos de Whatsapp pode ser processado, da mesma forma que um empregado deve ser demitido quando desrespeitar seu gestor Olhos voltados para os celulares, mãos digi- tando com agilidade, troca instantânea de conte- údo. O WhatsApp virou uma das ferramentas de comunicação mais utilizadas do mundo, alcançan- do grupos sociais dos mais variados estilos. Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostra que o app é o mais usado entre os brasileiros, chegando a 93% dos usuários nacionais e reafirmando o sucesso da rede social. De tão rápido e prático no processo de troca de mensagens, o “zap” passou a ser visto não só como um instrumento de comunicação para divertimento, e começou a ser utilizado pelas cor- porações como uma ferramenta de trabalho, princi- palmente para o compartilhamento de informações. Os “grupos de trabalho” já não são nenhuma novidade entre os funcionários das empresas, mas assim como o ambiente real profissional, ele instiga o relacionamento entre os trabalhadores e seus gestores. É uma reprodução do espaço físi- co da companhia e isso deve, sim, influir no com- portamento dos usuários. Mas nem todo mundo se comporta da melhor forma.[...] As pessoas não podem esquecer que o am- biente virtual é uma reprodução do seu comporta- mento real e, quando o trabalho e a relação pro- fissional estão presentes na rede social, aumenta a responsabilidade de funcionários e patrões no que diz respeito à forma de se comportar e princi- palmente tratar os colegas de trabalho. [...] Disponível em: <http://www.leiaja.com/carreiras/2016/03/28/ relacoes-de-trabalho-no-whatsapp-podem-ir-parar-na-justica/>. Acesso em: 19 jan. 2016. a b c d e a b c d e http://www.facebook.com/mincidades/ http://www.leiaja.com/carreiras/2016/03/28/ linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 36 texto I “Ó glória de mandar! Ó vã cobiça Desta vaidade, a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! CAMÕES, L. V. de. Os Lusíadas Disponível em: <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/ analises_completas/o/os_lusiadas_o_velho_do_restelo>. Acesso em: 26 mar. 2017. texto II Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/ra/ mega/Web.jpg>. Acesso em: 26 mar. 2017. Questão 26 Quanto aos textos I e II, poema épico de Luís Vaz de Camões e a charge do paranaense Benett, é pos- sível reconhecer que: há uma ausência de crítica no poema épico de Camões e uma denúncia aos excessos da valori- zação da imagem na charge. os textos, de épocas distintas, denunciam os excessos, da vaidade e fama, provocados pelo avanço histórico. o poema é contemporâneo em relação à charge e denunciam a vaidade humana no processo de desenvolvimento social. o processo de construção do poema épico contribui para a elaboração da charge, pois valorizam a for- ma poética e a definição dos traços definidos do desenhista. a crítica de valorização da fama é encontrada no poema épico de Camões e a exaltação da tecno- logia está presente nos traços do cartunista. Questão 27 Os textos que circulam nos meios de comunica- ção auxiliam na construção de críticas sociais, assim como o texto II. Depois de ler a notícia (texto I), fica evidente que o recurso expressivo da metonímia (par- te pelo todo) foi utilizado para a construção da char- ge, a fim de: explicar, de maneira irônica, o acordo feito entre o governo americano e outros de origem muçulmana. chamar a atenção para a crise dos refugiados, que não encontram abrigo em países cujas leis proíbem a entrada de estrangeiros. criticar a tentativa de Trump de isolar os EUA do restante do mundo, por meio da proibição da en- trada de refugiados no país. ressaltar a importância da criação, pelo governo americano, de políticas contra o terrorismo no país. proporcionar reflexão sobre a possibilidade de tor- nar os EUA singular e isento da interferência de qualquer outra cultura. texto I trump suspende acesso a refugiados e veta cidadãos de sete países islâmicos O presidente dos EUA, Donald Trump, decre- tou nesta sexta-feira (27) a suspensão do progra- ma de admissão de refugiados e o veto à entrada de cidadãos de sete países de maioriamuçulma- na, alegando que a medida é necessária para pro- teger o país de “terroristas islâmicos radicais”. Em visita ao Pentágono, onde assinou a or- dem, disse que o decreto endurece as condições de entrada nos EUA e exige uma espécie de teste de lealdade ao país. “São medidas para manter terroristas islâmi- cos radicais fora dos EUA. Não os queremos aqui. Queremos garantir que não estamos admitindo no país as mesmas ameaças que nossos soldados combatem no exterior”, disse. “Só queremos admitir em nosso país aqueles que apoiam nosso país e amam profundamente nosso povo”. [...] Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/ 01/1853769-trump-suspende-acesso-a-refugiados-e-veta-cidadaos- de-sete-paises-islamicos.shtml>. Acesso em: 27 jan. 2017. texto II Disponível em: <http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/48447- charges-janeiro-de-2017#foto-665869>. Acesso em: 30 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/ http://www.gazetadopovo.com.br/ra/ http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/ http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/48447- lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 37 Questão 28 Resposta de médico para plantonista que debochou de paciente bomba na internet A demissão de um médico que debochou da forma de falar de um paciente movimentou as redes sociais esta semana e fez uma cole- ga de profissão do rapaz se manifestar em seu facebook. Sem citar o nome do clínico-geral, Guilherme Capel Pasqual, mas fazendo cla- ra referência ao caso, a médica mineira Júlia Rocha escreveu em sua página que é neces- sário ouvir os pacientes, entendendo a lingua- gem popular. Com o título “Existe peleumonia”, a douto- ra escreveu: “Eu mesma já vi várias. Incrusive com febre interna que o termômetro num mostra. Disintiria, quebranto, mal olhado, impíngi, co- breiro, vento virado, ispinhela caída. Eu tô aqui pra mode atestá. Quem sabe o que tem é quem sente. E eu quero ouvir ocê desse jeitinho. Mode a gente se entendê. Por que pra mim foi dada a chance de conhecê as letra e os livro. Pra você, só deram chance de dizê. Pode dizê. Eu quero ouvir”. (sic) A postagem de Júlia, que também é canto- ra e participou do The Voice Brasil (2015), feita nesta sexta-feira, já contabiliza 43.325 compar- tilhamentos e mais de mil comentários. Além do A notícia destaca o repúdio que a atitude de Gui- lherme Capel Pasqual despertou, inclusive, na comu- nidade médica. A postagem da doutora Júlia Rocha, contudo, ganhou ampla repercussão nas redes em razão de: apresentar um teor crítico que ataca de forma contundente o médico. dirigir-se ao médico, utilizando a mesma variante linguística que ele repudiou. simular um atendimento humanizado ao paciente agredido, valendo-se da linguagem coloquial. assumir o formato do gênero carta para demonstrar como se relaciona com clientes mais humildes. tratar-se de uma profissional que se tornou cele- bridade em um programa de grande audiência na televisão. médico, foram desligadas do Hospital Santa Rosa de Lima, em São Paulo, a enfermeira Renata Ro- drigues e a recepcionista Adrielli Conti. Elas co- mentaram de maneira jocosa o deboche feito pelo clínico-geral. Disponível em: <http://extra.globo.com/noticias/brasil/resposta- de-medica-para-plantonista-que-debochou-de-paciente-bomba- na-internet-19817650.html#ixzz4WW8MpMJd>. Acesso em: 22 jan. 2017. a b c d e http://extra.globo.com/noticias/brasil/resposta- linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 38 Questão 29 texto I Perfis do Instagram para ajudar na dieta, no treino ou com receitas fit’s As redes sociais podem ter diversas finalida- des, conversar com os amigos, fazer contatos pro- fissionais até emagrecer ou definir o corpo. Isso porque, além de servirem como meios de pesqui- sas, elas podem ser um belo incentivo. Os perfis de dieta, receitas fit ou treinos no Instagram po- dem ser ótimos aliados. Além de famosas e co- nhecidas marombas como Juju Salimeni, Gracyan- ne Barbosa ou Penelope Nova, a rede permite acompanhar mulheres nem tão famosas, mas que são focadas e podem ajudar no seu objetivo. Disponível em: <http://www.vix.com/pt/bdm/corpo/perfis- instagram-para-ajudar-na-dieta-treino-ou-com-receitas-fits>. Acesso em: 16 jan. 2017. texto II como recuperar a forma após as festas de final de ano? Exagerou na bebida e na comida? Confira as nossas dicas e retome/adote uma rotina saudável Dezembro é um mês marcado por diversas co- memorações. Com as festas e confraternizações, "surgem" alimentos e bebidas não muito saudá- veis, mas irresistíveis para a maioria. Fica difícil dispensá-los. A dúvida é: como recuperar a forma após "aproveitar" as festas? Para aqueles que abusaram, o início do ano é considerado o momento de “fechar a boca” e ini- ciar as dietas. Porém, nem sempre parar de co- mer bruscamente e correr para a academia é a melhor maneira de eliminar as calorias. Evite ado- tar dietas por conta própria, não corte alimentos nem pule refeições etc. Lembre-se: para cada in- divíduo, há uma necessidade alimentar específica. Consulte sempre um médico e/ou um nutricionista. Retomar ou adotar hábitos saudáveis também implica a prática de atividade física regular. Cor- Considerando-se a abordagem que os textos apre- sentam em relação à saúde física, depreende-se que: o texto I estimula uma visão da saúde física como produto de escolhas conscientes, adequadas ao perfil do internauta; o texto II se baseia em ques- tões de ordem mais técnica. os dois textos cumprem a missão de esclarecer a importância de uma relação entre a mente sã e o corpo são. o texto I contribui mais positivamente para uma relação consciente com a linguagem corporal, já que se vale do estímulo aos exercícios físicos por meio de exemplos de sucesso, que dependem apenas da disciplina e perseverança do receptor. o texto II traz orientações para que o internauta adquira conhecimento da linguagem corporal e consciência sobre uma alimentação saudável de modo responsável, visitando especialistas na área da saúde. quanto à contribuição para a transformação de hábitos corporais em função das demandas cines- tésicas de cada indivíduo, ainda que estrategica- mente distintos, ambos os textos são eficazes. rer para a academia todos os dias da semana e passar horas dentro de uma sala de musculação não é o mais adequado, podendo causar lesões e problemas musculares. Disponível em: <https://www.einstein.br/noticias/noticia/ como-recuperar-forma-apos-festas-de-final-de-ano>. Acesso em: 14 fev. 2017. a b c d e http://www.vix.com/pt/bdm/corpo/perfis- http://www.einstein.br/noticias/noticia/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 39 Questão 30 Imaginar um futuro distópico é algo que sem- pre mexeu com a criatividade dos autores. De Blade Runner a Matrix, de 1984 a Minority Report, são muitos os exemplos de obras instigantes que têm como cenário um futuro em que os avanços tecnológicos dominaram a humanidade, deixando- -a refém dos mais diversos aparatos científicos e sistemas de controle. Numa redução simplória, esse é o caso de Black Mirror, mas já chego lá. Os mais críticos gostam de dizer que esses mundos distópicos se aproximam de nós a cada dia. Que a tecnologia nos rodeia e que ela esfria nossas relações, nos separa, nos torna emocio- nalmente doentes. Se alguém pedisse minha opinião sobre isso (não pediram), eu diria que talvez o uso excessivo de tecnologia seja mais um sintoma que uma causa. (...) Digo tudo isso para falar da série Black Mir- ror, uma excelente produção britânica criada por Charlie Brooker e sobre a qual mais e mais gen- te tem comentado recentemente.De certa forma, cheguei atrasada a ela, que é de 2011, e venceu o Emmy Internacional de melhor minissérie em 2012. Por tudo o que a produção tem a oferecer, porém, é um título em que você tem de prestar atenção neste momento. Não se prenda ao fato de ser uma série de alguns anos atrás, dê um jeito de assistir agora. Black Mirror tem o que de melhor existia em Além da Imaginação – até o hu- mor, do qual hoje alguns nem se lembram. (...) As histórias se passam em realidades que não são a nossa, mas que com ela guardam inúmeras semelhanças. Ponto central da trama, a tecnologia é, aqui, um meio de chegar a ques- tões humanas atemporais, antiquíssimas. Cada tema é provocador a seu modo e aprofunda-se em camadas que vão além do que a princípio se apresentou. (...) Exibida no Brasil pelo canal i.Sat à época, Black Mirror foi lançada em DVD e vai ganhar uma terceira temporada com ao menos dois epi- sódios que, esperamos, terão lançamento menos tímido no País. Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/blogs/fora-de-serie/ black-mirror-a-zona-cinzenta-da-tecnologia/>. Adaptado. Acesso em: 16 jan. 2017. É correto afirmar que Clarice Cardoso escolheu o gênero de seu texto com a finalidade de: apresentar ao leitor um painel da obra e elaborar sobre ela comentários críticos. elaborar uma apreciação irreverente da obra. divulgar uma opção de entretenimento que ofe- rece leitura acrítica das opções artísticas mais tecnológicas. afirmar que a série transcende sua proposta inicial e perde em qualidade. evidenciar críticas ao fundamento da série. Questão 31 Nesse artigo de opinião, a comparação feita en- tre a realidade de estudantes brasileiros de diferentes classes sociais configura-se como uma estratégia ar- gumentativa cujo objetivo é: mobilizar o leitor para uma luta por justiça social com base na educação de qualidade. sensibilizar o leitor quanto às desigualdades socio- culturais. incentivar o leitor a rever a irracionalidade da educação. desmistificar a visão de que a meritocracia é fun- damento da ascensão social no país. orientar o leitor sobre como seria a escola ideal. Eu não sou contra que competência e experi- ência individuais sejam parâmetros de avaliação. Uma coisa é o mérito em si. Outra, um sistema de poder criado em torno dele como justificativa para manutenção do status quo. Achar que um estudante que comia bolachas de lama, brincava com ossinhos de zebu, andava 167 quilômetros por dia para chegar à escola e ainda trabalhava no matadouro do município para ajudar na renda da família parte com igualdade de condições com outro que frequenta uma escola com laboratórios que simulam gravidade zero e possui professo- res com pós-doutorado em Oxford e são remune- rados à altura, que viaja para um lugar diferente todos os anos a fim de conhecer o mundo e não precisará trabalhar até o final da pós-graduação é um tanto quanto irracional. Disponível em: <http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br>, 27.01.2015. Adaptado. Acesso em: 18 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://cultura.estadao.com.br/blogs/fora-de-serie/ http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/ linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 40 Disponível em: <http://www.memorial.org.br/2016/03/encontro- da-resistir-com-arte-sera-no-memorial-inscreva-se/>. Acesso em: 19 jan. 2017. Questão 32 Questão 33 O folheto em destaque aborda como a arte pode ser utilizada a serviço de importantes reflexões sobre o fazer e estar no mundo. Na proposta do ciclo de encontros “Resistir com arte”, essa finalidade se con- suma graças: ao empenho dos organizadores na busca por pa- trocínios, tanto do governo do Estado quanto de importantes universidades públicas. ao apoio do Memorial da América Latina, espaço cultural comprometido com as questões de gênero. à mediação de um cientista político, no caso, Gus- tavo Macedo. às informações da cineasta Tarsila Nakamura sobre o processo de pesquisa e roteirização do projeto. à proposta de oferecer a fruição artística seguida de uma reflexão cujas bases promovam uma pos- tura resiliente. O texto veiculado pela organização não governa- mental Greenpeace apresenta-se como uma notícia. Embora a organização linguística desse gênero prime pela objetividade, percebem-se nele expressões mar- cantes da função poética da linguagem, como: “ativistas do Greenpeace se juntaram a cerca de 1 000 pessoas”. “instalaram 21 cruzes sobre a lama”. “milhares de afetados pela lama das mineradoras”. “muros que ainda resistiram da escola – uma últi- ma lição de ensino”. “escreveu a palavra JUSTIÇA em uma área de 320 metros quadrados”. Rio doce: 1 ano de lama e luta Ato pede justiça às 20 pessoas que perderam a vida e aos milhares de afetados pela lama das mineradoras Samarco, Vale e BHP. (Foto: © Yuri Barichivich/greenpeace) Na manhã deste sábado (5/11), ativistas do Greenpeace se juntaram a cerca de 1 000 pes- soas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) para pedir justiça aos milhares de afeta- dos pela lama das mineradoras Samarco, Vale e BHP. Um ano após o rompimento da barragem de Fundão, que destruiu a bacia do Rio Doce, as empresas pouco fizeram para reparar os danos que causaram. Para transmitir essa indignação ao Brasil e ao mundo, cobrar reparações e não deixar que esse desastre seja esquecido, o Greenpeace e o MAB instalaram 21 cruzes sobre a lama, simbolizan- do as pessoas que perderam a vida em razão do desastre, e escreveram a palavra JUSTIÇA em uma área de 320 metros quadrados nos muros que ainda resistiram da escola – uma última lição de ensino para aqueles que ainda negligenciam os direitos humanos e do meio ambiente. Disponível em: <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/ Rio-Doce-1-Ano-de-Lama-e-Luta>. Acesso em: 19 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://www.memorial.org.br/2016/03/encontro- http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 41 Questão 34 “Durante o evento, Zaharijs fará um bate-papo sobre a concepção da obra e autografará as revistas”. Questão 35 A produção artística de Ronaldo Zaharijs insere-se no estilo de arte sequencial. Embora a temática seja uma tragédia, as informações sobre o lançamento da obra do artista não demonstram que o artista não tem a intenção de aproveitar a comemoração do episódio para prestar homenagem às vítimas ou destacar de- núncias sobre os desdobramentos da situação, o que se verifica no trecho: “A história promete sensualidade e personagens que, segundo ele, é possível ‘amar’ e ‘odiar’ ”. “Durante o lançamento da revista, a obra será vendida no preço promocional de R$ 5”. “A revista 137 tem 42 páginas de quadrinhos em preto e branco”. “... a revista 137, uma história em quadrinhos ins- pirada no que é considerado o maior acidente ra- diológico do mundo”. Nessa campanha de saúde pública, há um recurso retórico muito produtivo quando se pretende mobilizar toda a sociedade. Ele se manifesta por meio: da referência ao universo da imaginação: Fada do dente, Coelhinho da Páscoa e Papai Noel são figuras de comportamento inspirador quanto ao tema em foco. do estímulo à proatividade das crianças e jovens como força para que os pais assumam o compor- tamento que se pretende despertar. do destaque à data, elemento fundamental para que se promova a ação da campanha. da imagem dos portões, que metaforizam a aber- tura do desejo do receptor para a ação solicitada. da justificativa explícita que quebra o clima mági- co que o personagem Zé Gotinha inspira. Todo mundo fica mais protegido por quê? Quanto maisparticiparmos das campanhas de vacinação, menor será a quantidade de vírus em circulação, deixando todos muito mais protegidos. Faça como os personagens das histórias in- fantis, junte-se ao Zé Gotinha nessa campanha pela saúde. Disponível em: <http://www.portaldarmc.com.br/noticias-brasil-e- mundo/2016/09/campanha-de-multivacinacao-2016-em-todo-brasil- tem-como-objetivo-principal-regularizar-carteira-de-vacinacao-veja- vacinas-oferecidas-e-video-sucesso-na-internet/>. Acesso em: 19 jan. 2017. Maior acidente radiológico do mundo, césio-137 vira história em quadrinhos No ano em que a tragédia com o césio-137 em Goiânia completa 30 anos, o goiano Ronaldo Zaharijs lança, nesta sexta-feira (13), a revista 137, uma história em quadrinhos inspirada no que é considerado o maior acidente radiológico do mundo. A obra é uma sátira à realidade vivida pelos adolescentes na década de 1980. O lança- mento será feito nesta noite na Comic Strip, no Setor Bueno, na região sul da capital. Durante o evento, Zaharijs fará um bate-papo sobre a con- cepção da obra e autografará as revistas. Tam- bém vão participar Eduardo Menna, responsável pela arte, e Rodrigo Spiga, idealizador da capa. A revista 137 tem 42 páginas de quadrinhos em preto e branco. A obra conta a história de seis jovens que resolvem passar um fim de semana em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana da capital, local onde os materiais contaminados pelo césio-137 estão enterrados. Segundo o autor, o objetivo do grupo era se divertir, mas os jovens acabaram surpreendidos por seres “mutantes caipiras radioativos”. A his- tória promete sensualidade e personagens que, segundo ele, é possível “amar” e “odiar”. Durante o lançamento da revista, a obra será vendida no preço promocional de R$ 15. Disponível em: <http://g1.globo.com/goias/noticia/2017/01/ maior-acidente-radiologico-do-mundo-cesio-137-vira-historia- em-quadrinhos.htmlhttp://g1.globo.com/goias/noticia/2017/01/ maior-acidente-radiologico-do-mundo-cesio-137-vira-historia-em- quadrinhos.html>. Acesso em: 19 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://www.portaldarmc.com.br/noticias-brasil-e- http://g1.globo.com/goias/noticia/2017/01/ http://g1.globo.com/goias/noticia/2017/01/ linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 42 Questão 36 Redes sociais como o Instagram permitem o com- partilhamento de fotos e oferecem espaço para co- mentários. No exemplo em destaque, as opiniões se- lecionadas convergem para uma visão de mundo que aponta a arte como um/uma: forma de deleite que não pode comportar situa- ções dramáticas. forma de manifestação da sensibilidade humana que não se afasta do pragmatismo. manifestação estética cujas temáticas não podem envolver a infância. veículo que estimula os dramas humanos. forma de expressão que pode abordar as tragé- dias pessoais apenas. cyleneray Desnecessário ..... basta a realidade em si zidoroppa Desgraçado prã que fazê isso não filho dele né? fatima_dodo Porém essa obra nos causa tris- tezas por nos lembrar a maldade dos homens em cima dos inocentes reginasueli3 Enfim, o homem sempre queren- do se dar bem com a tragédia, desgraça dos ou- tros. Lamentável! robertafreitasfreitas Pq isso???c todo mundo viu essa tremenda falta de humanidade. agora fazer escultura para oq????? miriam_rodrigues14 Cada sem noção, se aproveitando da desgraça alheia eliana_salvagno Bizarro. pra que fazer isso com a crianca...falta de nocao..de ter o que fazer. Disponível em: <https://www.instagram.com/p/BCgW_bysmNm/>. Acesso em: 19 jan. 2017. a b c d e http://www.instagram.com/p/BCgW_bysmNm/ lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 43 Questão 37 a cidade em busca de regulação democrática Doria precisa se concentrar em trabalhar em uma cidade de todos e para todos, que produza o máximo de igualdade possível, estruture redes permanentes de solidariedade e cooperação, se liberte da tirania dos automóveis e saiba criar e valorizar o belo, não só o funcional O aniversário da cidade de São Paulo coinci- de, em 2017, com o início de uma nova gestão na Prefeitura. João Doria passará a mostrar aos pau- listanos como pretende honrar os votos que re- cebeu maciçamente em outubro do ano passado. É uma boa hora, portanto, para que se po- nham as cartas na mesa. Tanto as do novo gestor como as dos cidadãos. A quantidade de proble- mas que a cidade enfrenta é tão grande que só se poderá chegar a uma equação razoável se Estado e sociedade civil cooperarem entre si, sem prejuízo de diferenças de opinião, responsabilidades insti- tucionais e choques de interesses. [...] Por isso, no léxico da cidade, as palavras for- tes deveriam ser regulação democrática e hu- manização: uma cidade de todos e para todos, que produza o máximo de igualdade possível, estruture redes permanentes de solidariedade e cooperação, se liberte da tirania dos automóveis, saiba criar e valorizar o belo, não só o funcional, como diria um de seus grandes arquitetos, Vilano- va Artigas. Uma polis efetivamente urbana, com o perdão da redundância. São Paulo precisa mais disso que de dinamismo e agilidade, ainda que os termos não se excluam. A regulação democrática deve ser vista em sua dupla dimensão. Há a regulação estatal, a ser feita mediante leis, projetos e boas políticas públicas. Ela se destina a conter excessos, crimes e desi- gualdades, a prover regras e serviços, a fazer com que a lei prevaleça com base em direitos e justiça universal. [...] Se o novo prefeito quiser mesmo marcar sua passagem pelo cargo, deveria olhar com atenção para o que se esconde por trás da cidade frenéti- ca e dinâmica e valorizar a cidade do tempo livre, do descanso, do convívio, da privacidade, da co- municação, da política com p maiúsculo. Depende dele, mas não só dele, pôr em curso ações que humanizem São Paulo e a convertam num local de menos estresse e mais civilidade, mais eficiên- cia e produtividade, mas, sobretudo, mais regula- ção, beleza e urbanidade. A cidade agradeceria. Os cidadãos que nela vivem, mais ainda. Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a- cidade-em-busca-de-regulacao-democratica,70001636856>. Acesso: 22 jan. 2017. A tese defendida pelo autor no artigo de opinião baseia-se nas ações que o atual prefeito de São Pau- lo precisa realizar para resolver os problemas que afetam a cidade. Para defender essa opinião, o recur- so linguístico utilizado é o uso: de adjetivos que caracterizam os problemas pre- sentes na cidade. de verbos propositivos, conjugados no presente e no futuro do pretérito. de orações coordenadas adversativas que carac- terizam a argumentação. de substantivos disfóricos para denotar juízo de valor do autor do artigo. orações no período simples, que indicam rapidez e agilidade das ações. a b c d e http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral%2Ca- linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 44 aplicativo Zika vírus alerta população, mas elimina boataria A infecção do Zika vírus foi considera- da pela Organização Mundial da Saúde um problema de saú- de pública mundial. Estima-se que cerca de 3 a 4 milhões de pessoas possam ser infectadas nas Américas em 2016. Em paralelo a isso, existe muito boato sobre o Zika vírus rolando por aí. Por isso é importante ter um canal confiável, dinâmico e de fácil acesso a serviço da população. Os usuários que baixarem o aplicativo Zika ví- rus - Minha Vida receberão alertas (push notifi- cations) com as últimas novidades sobre o tema, ações de combate do Aedes Aegypti, recomen- dações do Ministério da Saúde para gestantes e a população em geral, entre outras informações. O aplicativo também trará informações sobre sin- tomas, diagnóstico e tratamentosda dengue e da febre Chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O aplicativo Zika vírus – Minha Vida é gratuito e está disponível para iOS e Android. Link para download: www.redirapp.com/zika. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/noticias/ 20631-aplicativo-zika-virus-alerta-populacao-mas-elimina-boataria>. Acesso em: 22 jan. 2017. Questão 38 Questão 39 As personagens do conto se comunicam por meio de uma variante regional e social. Esta é destacada por meio de regras que alteram a morfologia, a pro- núncia, a sintaxe ou o léxico. No texto, resulta de uma mesma regra: a redundância nas expressões interjetivas “chi” e “qué ”. o uso dos termos “nóis” e “mar”. as construções frásicas “o rio já encheu mais?” e “nóis se muda”. a pronúncia de “encheu” e “vau”. flexão verbal presente em “vê” e “espia”. Cada vez mais o impacto das tecnologias da co- municação e da informação ampliam suas fronteiras. No caso da saúde, ganham destaque aplicativos como o “Zika Vírus – Minha Vida”. No texto em destaque, o trecho que justifica a importância desse avanço é: “A infecção do Zika vírus foi considerada (...) um problema de saúde pública mundial”. “Em paralelo a isso, existe muito boato sobre o Zika vírus rolando por aí.” “O aplicativo também trará informações sobre sin- tomas, diagnóstico e tratamentos...”. “... é importante ter um canal confiável, dinâmico e de fácil acesso a serviço da população”. “O aplicativo Zika vírus – Minha Vida é gratuito e está disponível para iOS e Android. Link para download: www.redirapp.com/zika”. Nhola dos anjos e a cheia do corumbá – Fio, fais um zóio de boi lá fora pra nóis. O menino saiu do rancho com um baixeiro na cabeça, e no terreiro, debaixo da chuva miúda e continuada, enfincou o calcanhar na lama, rodou sobre ele o pé, riscando com o dedão uma circun- ferência no chão mole – outra e mais outra. Três círculos entrelaçados, cujos centros formavam um triângulo equilátero. Isto era simpatia para fazer estiar. E o menino voltou: – Pronto, vó. – O rio já encheu mais? – perguntou ela. – Chi, tá um mar d’água! Qué vê, espia – e apontou com o dedo para fora do rancho. A ve- lha foi até a porta e lançou a vista. Para todo lado havia água. Somente para o sul, para a vár- zea, é que estava mais enxuto, pois o braço do rio aí era pequeno. A velha voltou para dentro, arrastando-se pelo chão, feito um cachorro, ca- dela, aliás: era entrevada. Havia vinte anos apa- nhara um “ar de estupor” e desde então nunca mais se valera das pernas, que murcharam e e estorceram. Começou a escurecer nevroticamente. Uma noite que vinha vagarosamente, irremediavelmen- te, como o progresso de uma doença fatal. O Quelemente, filho da velha, entrou. Estava ensopadinho da silva. Dependurou numa forquilha a caroça – que é a maneira mais analfabeta de se esconder da chuva –, tirou a camisa molhada do corpo e se agachou na beira da fornalha. – Mãe, o vau tá que tá sumino a gente. Este ano mesmo, se Deus ajudá, nóis se muda. Onde ele se agachou, estava agora uma lagoa, da água escorrida da calça de algodão grosso. Disponível em: <http://contobrasileiro.com.br/nhola-dos-anjos- e-a-cheia-do-corumba-conto-de-bernardo-elis/Adaptado>. Acesso em: 20 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://www.redirapp.com/zika http://www.minhavida.com.br/saude/noticias/ http://www.redirapp.com/zika http://contobrasileiro.com.br/nhola-dos-anjos- lINGuaGeNs, cÓdIGos e suas tecNoloGIas Pág. 45 Questão 40 as diferenças socioculturais persistentes no país e sua influência no acesso à internet. a influência que a televisão exerce massivamente sobre o público brasileiro. Questão 41 Diante das notificações de casos suspeitos da fe- bre amarela neste início de ano, o Ministro da Saúde concedeu uma entrevista coletiva com o objetivo de esclarecer que a situação está sob controle e que a vacinação é garantida a todas as regiões onde se iden- tificaram casos. Destacou que o número de óbitos é mínimo e há possibilidade de erradicação desse mal. Por meio da norma-padrão, que se pauta na corre- ção gramatical, seria adequado o ministro ler, em seu pronunciamento, o trecho assim redigido: Embora hajam casos registrados de febre ama- rela, a situação está sob controle. O importante é tomar precauções. Isso depende de que se procu- rem os postos para vacinação. Só assim esse mal será erradicado do país. São necessárias precauções contra o surto de fe- bre amarela. Mas, já foram tomadas. Esse mau será erradicado, sem colocar em xeque a compe- tência dos agentes de saúde. Existem, sem dúvida, casos de febre amarela. Po- rém, já está sendo erradicada, graças ao traba- lho de pesquizadores e ao pronto atendimento às reinvidicações da população. A febre amarela já foi erradicada, mas ainda há surtos. Isso não significa que as autoridades se- jam omissas. A questão é o enfrentamento rápi- do, que já ocorre em muitas regiões do país. Vale destacar o empenho em pesquisas de campo e compra de vacinas. Mesmo existindo casos de febre amarela, a situa- ção é tranquila. Os postos de vacinação estão atendendo à todos os cidadãos. Muitos prefeitos, receberam verba extra para ampliar os postos de atendimento. O texto do jornalista aborda uma questão bastante atual e chama a atenção para a persistência de questões como a universalização do acesso e a qualidade na oferta da conexão. a dificuldade de acesso à rede e a má qualidade dos serviços de banda larga como justificativas à exclusão digital. a importância do ambiente digital como canal de conhecimento e participação social. a internet democratizou tudo? Há um bocado de gente que mora nas perife- rias dos centros urbanos e nas zonas rurais do país e que ainda sofre com precariedade da ofer- ta dos serviços de banda larga. Gente que, muitas vezes, também não tem grana para pagar pelos planos de acesso à internet – um dos mais caros e de pior qualidade no mundo. A Pesquisa Brasileira de Mídia, realizada anu- almente pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, mostra que, para se informar, as pessoas utilizam ainda, majoritaria- mente, a TV, apontada por 93% dos entrevistados como principal meio de informação. Essa pesqui- sa também mostra que as diferenças de renda e escolaridade são evidentes quando o assunto é o uso e a apropriação da internet. A deficiência no acesso e a má qualidade da conexão são apenas a ponta do iceberg dos pro- blemas enfrentados pela população, que busca, no ambiente digital, uma possibilidade de se ex- pressar, interagir e se informar de forma livre e autônoma. (...) O surgimento e a massificação da banda larga abrem as portas para uma infinidade de possibilidades. Sem dúvida, o uso de dispositivos digitais tem feito com que, na contemporaneida- de, muito mais pessoas tenham a oportunidade de expressar suas ideias, relatos e opiniões. As chances de esta plataforma tornar-se o ambien- te livre e horizontal que muitas pessoas sonham existe. Mas é preciso ter calma antes de dizer que o mundo on-line já “democratizou tudo” ou mesmo que “democratizou alguma coisa”. * Ivan Moraes Filho, jornalista, escritor, defensor de direitos humanos. Integrante do Centro de Cultura Luiz Freire e mestre pelo Programa de Pós-Gradua- ção em Comunicação da UFPE. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/blogs/ intervozes/201ca-internet-democratizou-tudo201d- para-quem>. Acesso em: 22 jan. 2017. a b c d e a b c d e http://www.cartacapital.com.br/blogs/ linguagens, códigos e suas tecnologias Pág. 46 O sistema carcerário brasileiro, como se sabe, há algum tempo encontra-se em situação preo- cupante e demanda especial atenção do Estado. Não é por outra
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