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imunocastração de suínos

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Introdução
A suinocultura é um setor de grande importância no cenário nacional devido ao grande consumo e à alta exportação de carne suína brasileira. Contudo, o mercado consumidor está cada vez mais exigente, demandando produtos de melhor qualidade, produzidos sob critérios de segurança alimentar, respeito ao meio ambiente, levando também em conta o bem estar animal. (MIRANDA & RODRIGUES, 2013). Grande parte dos animais destinados ao abate são machos, sendo necessária a eliminação do efeito dos hormônios sexuais que influenciam na qualidade da carcaça. Com a discussão sobre o bem estar animal, o uso de vacinas cujo objetivo é realizar castração sem procedimentos invasivos, tem sido mais utilizada. O complexo agroindustrial da carne suína passou a investir em diversas tecnologias como forma de proporcionar maior eficiência produtiva, lucratividade, qualidade do produto final e bem-estar dos animais. Entre estas novas técnicas destacam-se a imunocastração. Esta técnica consiste na utilização do próprio sistema,com a vantagem de permitir a atuação da testosterona na fase de crescimento, melhorando assim o desempenho, a relação carne/gordura na carcaça, além de atender a legislação vigente e ainda melhorar o bem-estar animal (SANTOS, 2012). Sendo assim, as vantagens da imunocastração em relação ao sistema convencional incluem principalmente a eliminação da dor causada pela castração cirúrgica e o ganho de peso diferencial de machos inteiros.A imunocastração ou vacina anti-GnRH consiste na aplicação via intramuscular de um análogo do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Este análogo é reconhecido pelo organismo que passa então a combatê-lo, como a um antígeno o composto análogo ao GnRH não possui a porção terminal do hormônio original, não havendo receptores para completar a ligação com a hipófise e bloqueando a produção de testosterona pelo indivíduo. A imunocastração é uma técnica que objetiva reduzir as substâncias escatol e androstenona, causadoras do odor e sabor característicos da carcaça de MI. Com a aplicação de duas doses da vacina anti-GnRH é possível observar a redução dessas substâncias na carcaça a níveis encontrados em machos castrados e fêmeas suínas (ZAMARATSKAIA et al., 2008b). Com a prática da imunocastração é possível manter os MI, aproveitando seu potencial de desempenho antes da realização das duas doses, que conforme as recomendações dos fabricantes, devem ser administradas semanas antes do abate. Comercialmente a vacina desenvolvida com o intuito da imunocastração recebe, no Brasil, o nome comercial Vivax®, enquanto no exterior, Improvac®. Após lançamento, em 1998, seu uso tem se difundido mundialmente. Essa vacina estimula a produção de anticorpos que bloqueiam ou revertem a deposição dos compostos causadores do odor e sabor da carne, característico do macho íntegro.Os efeitos da imunocastração sobre o consumo de ração e requerimento nutricionais Santos et al. (2012) afirmam que suínos imunocastrados apresentam desempenho superior, menor espessura de toucinho e maior percentual de carne magra em relação aos castrados. Estudos conduzidos por Lanferdini et al. (2012) mostraram que imunocastrados têm peso de abate 3,3 % superior e peso de carcaça fria 1,4 % inferior ao de machos castrados,é possível interferir que suínos machos imunocastrados apresentam desempenho e características de carcaça superiores em comparação aos castrados convencionalmente, implicando em aumento da exigência em aminoácidos na dieta (Kiefer et al., 2011). Outras observações importantes, desta vez relacionadas à lucratividade do procedimento podem ser encontradas em estudo desenvolvido por Bruno et al. (2013), no qual suínos imunocastrados apresentam menor consumo de ração e melhor conversão alimentar nas fases de crescimento em relação aos castrados cirurgicamente, enquanto na fase de terminação imunocastrados apresentam melhor ganho de peso, conversão alimentar, rendimento e carcaça e porcentagem de carne quando comparados aos castrados por cirurgia. 
Conclusão 
A imunocastração vem desenvolvendo um papel super importante na suinocultura brasileira relacionado ao bem estar animal,a tecnificação da suinocultura com vistas à atender o mercado consumidor, que atualmente busca carne suína com teores reduzidos de gordura, tem forte aliado, a imunocastração. Na atualidade são visíveis as mudanças de atitude e conscientização por parte de consumidores e pesquisadores que trabalham em produção animal. Além disso, o avanço tecnológico adquirido, principalmente através do melhoramento animal aliados a genética molecular tem levado os pesquisadores a demonstrar interesse em pesquisas envolvendo ambiência, bem-estar animal e enriquecimento ambiental. Assim, proporciona maior conhecimento aos produtores de animais industrializados das exigências de um mercado consumidor que requer um produto que obedeça às normas de bem-estar animal, principalmente suínos e aves (Dalla Costa et al 2015). A ausência de bem-estar na criação de suínos leva frequentemente à produção de uma carne de baixa qualidade e resultar em perdas de produção ou a obtenção de produtos de qualidade inferior, como PSE (Pale, Soft and Exudative) que expressa carne pálida, flácida e exudativa e DFD (Dark, Firm and Dry) denominação dada para carnes escuras, firmes e secas. A suinocultura brasileira tem evoluído muito nos últimos anos ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional. Para se manter no mercado, o Brasil futuramente terá que atender algumas normas de conforto e bem-estar animal. Além disso, alguns estudos mostram que o descomprometimento do bem-estar resulta em pior desempenho produtivo e reprodutivo. Os sistemas de produção animal podem ser melhorados, adequando-os aos objetivos específicos e melhorando as condições de bem-estar e qualidade de carne, sendo estes, não analisados isoladamente, necessitando estudos multidisciplinares.
Referências: 
MIRANDA, R.F.E RODRIGUES, M.H. Comparativo entre suínos castrados pelo método tradicional (castração cirúrgica) e o método imunocastração. Seminário Institucional de Ensino, Pesquisa e Extensão Unicruz, 2011.
SANTOS, A.P; KIEFER, C.; MARTINS, L.P. et al. Restrição alimentar para suínos machos castrados e imunocastrados em terminação. Ciência rural, v.42, p.147-153, 2012
Santos, A.P.; Kiefer, C.; Martins, L.P. e Fantini, C.C. 2012. Restrição alimentar para suínos machos castrados e imunocastrados em terminação. Ciênc Rural, 42: 147-153.
Lanferdini, E.; Lovatto, P.A.; Melchior, R.; Klein, C.C.; Broch. J. e Garcia, G.G. 2012. Características de carcaça e da carne de suínos machos castrados e imunocastrados alimenados com diferentes níveis nutricionais. Ciênc Rural, 42: 2071-2077
Kiefer, C.; Donzele, J.L. e Olivera, R.F.M. 2011. Planos nutricionais de lisina digestível para suínos machos imunocastrados em crescimento e terminação. Rev Bras Zootecn, 40: 1955- 1960.
Bruno, H.V.; Kiefer, C.; Brumatti, R.C.; Santos, A.P.; Rocha, G.C. e Rodrigues, G.P. 2013. Análise técnico-econômica de suínos machos imuno e cirurgicamente castrados. Ciênc Rural, 43: 2063-2069
Dalla Costa AO, Diesel TA, Costa MJRP, Dalla Costa FA (2015) O uso de ducha: efeito sobre o bem-estar e a qualidade da carcaça e da carne em suínos transportados para o abate.Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 67:606-606
ZAMARATSKAIA, G.; ANDERSSON, K.L.; CHEN, G.; et al. Effect of a Gonadotropinreleasing Hormone Vaccine (ImprovacTM) on Steroid Hormones, Boar Taint Compounds and Performance in Entire Male Pigs. Reprod. Dom. Anim., v. 43, n.3, p. 351–359, 2008b
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