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Educação Infantil e Currículo

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Educação Infantil e Currículo 
Elaine Luciana Sobral Dantas – UFERSA 
29 outubro / 11 de novembro de 2020
Educação Infantil
Conjunto de processos/práticas históricas e socioculturais 
destinados às crianças e que circunscrevem, em cada espaço e 
tempo, as condições objetivas mediante as quais as crianças tem 
oportunidades de aprender e se desenvolver enquanto 
pessoas/sujeitos sociais. 
(SOBRAL, 2008)
Preocupações com a educação de crianças 
pequenas desde a antiguidade
• A educação materna é defendida desde o contexto da cultura 
democrática grega, aonde florescem as ideias de filósofos 
como Sócrates (469-399 a. C.), Platão (427 – 347 a. C.) e 
Aristóteles (384 – 322 a. C.) que demonstraram preocupação 
mais específica com a educação da criança pequena. 
• Na Idade Moderna, pensadores como Erasmo (1466-1536) e 
Montaigne (1553-1592) segundo Oliveira (2005, p. 59) 
“sustentavam que a educação deveria respeitar a natureza 
infantil, estimular a atividade da criança e associar o jogo à 
aprendizagem”. 
Durante muitos 
séculos
Distintos Arranjos
(ideia de pobreza, 
favor e caridade)
Cuidado e educação das crianças pequenas 
eram responsabilidade familiar 
(principalmente das mulheres) 
Utilização de rede de parentesco
Roda dos expostos
Depósito de crianças em “lares substitutos”
Mães mercenárias
Institucionalização da Educação Infantil
• Durante muitos séculos, a família – concebida de modo 
diferente da perspectiva que se instituiu na sociedade 
burguesa – foi a única instituição responsável pelo cuidado e 
educação das crianças pequenas. 
• Para o atendimento a crianças em situação desfavorável 
foram sendo construídos arranjos alternativos que 
envolveram, desde o uso de redes de parentesco, nas 
sociedades primitivas, ou de “mães mercenárias”, na idade 
antiga, até a criação das já notórias “rodas de expostos” onde 
se depositavam os bebês abandonados. 
• Mediante seu crescimento, as entidades religiosas conduziam 
as crianças a um ofício, fato registrado já nas idades Média e 
Moderna.
Século XV e XVI
Século XVI e XVII
Sociedade agrário-mercantil para uma 
sociedade urbano-manufatureira 
Nascimento da escola e do 
pensamento pedagógico moderno.
Conjunto de possibilidades: 
descoberta de novas terras, 
surgimento de novos mercados, 
desenvolvimento científico, invenção 
da imprensa, etc.
Após a criação 
da Escola 
Moderna 
Gradativam
ente...
...Surgem arranjos mais formais para o 
atendimento de crianças fora da família em 
instituições de caráter filantrópico segundo os 
movimentos religiosos da época.
Carity schools, dame schools, écoles petites: 
Inglaterra, França - Crianças pobres (2 ou 3 anos). 
Atividades de canto, de memorização de rezas e 
passagens bíblicas. Bons hábitos do 
comportamento, internalização de regras morais e 
valores religiosos
Século XVIII – Leitura e escrita eram ensinadas 
com objetivos religiosos – Escolas de tricô (Alsácia
francesa – mulheres da comunidade cuidavam das 
crianças pobres e pequenas e ensinavam a ler a 
Bíblia e a tricotar)
Após a criação 
da Escola 
Moderna 
Gradativam
ente...
Infant schools e Nursey Schools (Londres), Salas 
de asilo (Paris) – atendem crianças acima de 3 
anos filhas de mulheres operárias visando 
promover a saúde das crianças. Também há 
registro de crianças de 3 anos frequentando 
classes iniciais da escola obrigatória. 
Filho das Operárias: ensino da obediência, da 
moralidade, da devoção e do valor ao trabalho: 
propostas de atividades realizadas em grandes 
turmas (cerca de 200 crianças, comandos dados 
por apitos).
Diminuição do índice de mortalidade entre as 
crianças
Precursores da Educação Infantil
• Em oposição às referidas práticas, alguns filósofos e 
educadores são considerados pioneiros em defesa de uma 
educação mais centrada na criança pequena, que reconheça e 
considere suas necessidades e especificidades, características 
que as diferenciam do adulto, como o interesse pela 
exploração de objetos e pelo jogo. 
• Embora com ênfases diferentes entre si, autores como 
Comenius, Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori e 
Decroly propõem uma educação que atenda as crianças de 
diferentes condições sociais, e reconhecem o direito destas à 
aprendizagem de conhecimentos culturalmente valorizados. 
Revolução Industrial
Discussão sobre a escolaridade obrigatória 
(preparação para o mundo do trabalho)
Pioneiros de uma educação centrada na 
criança:
• Comênio (1592-1670): A escola da infância 
– colo da mãe 
• Rousseau (1712-1778) – infância teria 
valor em si
• Pestalozzi (1746-1827) – Educação deveria 
cuidar do desenvolvimento afetivo desde 
o nascimento
• Froebel (1782-1852) – 1837 Kindergarten
(jardim de infância)
Século XVIII e 
XIX
Pensamento médico-higienista: aumento do número de 
órfãos após a primeira guerra mundial (diminuir a 
mortalidade infantil)
Pioneiros de uma educação centrada na criança:
• Decroly (1871-1932) – Ensino voltado para o intelecto 
(centros de interesse: observação, associação e 
expressão). 
• Montessori (1879-1952) – Criação de contexto 
adequado para cada criança, educador deveria 
preparar o ambiente e observar. Material adequado 
ao tamanho e as necessidades das crianças.
• Dewey (1859-1952) - Educação concebida em termos 
de experiência. O conhecimento deriva de materiais 
que, originalmente, pertencem ao escopo da 
experiência da vida cotidiana. 
• Freinet (1896-1966) – Educação livre que envolve 
atividade coletiva e colaborativa. Assembleias, 
oficinas e trabalhos manuais com as crianças.
Século XX
• A partir das ideias e proposições desses precursores, vão 
sendo criadas instituições formais para o atendimento às 
crianças pequenas. 
• Tais experiências se propagaram para outros países da 
Europa, e de outros continentes até a contemporaneidade. 
• No entanto, as instituições com referências naqueles modelos 
que foram criados para atender populações socialmente 
desfavorecidas, vão sendo amplamente utilizadas para 
orientar o trabalho educativo em instituições que atendem os 
filhos de alguns segmentos da classe média e alta em vários 
países, inclusive no contexto brasileiro.
No âmbito da Psicologia: necessidade de estudar as 
crianças (Vygotsky, Wallon e Piaget)
Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) 
– Expansão dos serviços de Educação Infantil
EDUCAÇÃO: (a) ela é um direito universal, de toda 
criança, a partir do nascimento e (b) visa a formar 
o ser integral, a personalidade harmônica, num 
processo que integra o que, visto de fora, pode se 
nomear físico, social, emocional ou mental.
Século XX
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem 
como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 
seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, 
intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade. (LDBEN – BRASIL, 1996)
Educação Infantil: aportes legais
Constituição Federal – 1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 59, DE 11 DE NOV DE 2009
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei nº 8.069/1990)
Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei nº 9.394/96) – Emendas 2006 - 2013
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil – 1999 - 2009
Plano Nacional de Educação – PME – 2001 - 2014
Base Nacional Comum Curricular – BNCC - 2017
Política Nacional de Educação Infantil:
documentos oficiais orientadores - COEDI (1993-1998)
Contexto de discussão e aprovação da LDB (1996)
• Política de Educação Infantil (proposta) – 1993
• Política Nacional de Educação Infantil – 1994
• Por uma política de formação do profissional de educação 
infantil – 1994
• Educação Infantil no Brasil: situação atual – 1994
• Critérios para o atendimento em creches e pré-escolas que 
respeitem os direitos fundamentais das crianças – 1995 / 2009
• Proposta pedagógica e currículo para educação infantil: um 
diagnóstico e a construção de uma metodologia de análise –
1996
• Subsídios para elaboração de diretrizes e normas para a 
educação infantil– 1998
• Subsídios para credenciamento e funcionamento de instituições 
de educação infantil – 1998
Subsídios para credenciamento e funcionamento de 
instituições de educação infantil - 1998
Orientações para constituição de 
conselhos municipais e estaduais 
de educação na elaboração e 
publicação de resoluções para 
regulamentar a autorização e 
avaliação de instituições de 
educação infantil.
Contexto de publicação do 
Referencial Curricular Nacional de 
Educação Infantil – RCNEI – 1998 
(rompe com a política em 
construção)
Referencial Curricular Nacional de Educação 
Infantil – RCNEI – 1998
Orientações para construção do projeto educativo das instituições e os 
Componentes Curriculares por área de conhecimento – Identidade e 
Autonomia, Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem oral e escrita, 
Natureza e Sociedade e Matemática:
Objetivos, Conteúdos, Orientações Didáticas – Organização do tempo (atividades 
permanentes, sequência de atividades e projetos de trabalho);
Organização do espaço e seleção de materiais;
Observação, registro e avaliação formativa.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a EI
Base para uma nova Política nacional de Educação Infantil
• PARECER CNE/CEB 22/1998 e RESOLUÇÃO CEB Nº 1, DE 7 DE 
ABRIL DE 1999
• Estabelece princípios, fundamentos e procedimentos da 
educação infantil com a finalidade de orientar em caráter 
mandatório as instituições na organização, desenvolvimento e 
avaliação de suas propostas pedagógicas.
• Definem que às propostas pedagógicas “devem promover em suas 
práticas de educação e cuidados a integração entre os aspectos físicos, 
emocionais, afetivos, cognitivo/linguísticos e sociais da criança, 
entendendo que ela é um ser total, completo e indivisível”.
“Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e 
conviver consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira 
articulada e gradual, as Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação 
Infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de conhecimento e 
aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a constituição de 
conhecimentos e valores”.
Política Nacional de Educação Infantil: 
documentos orientadores
Política Nacional de Educação Infantil (2005)
Parâmetros Nacionais de Qualidade e de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil – 2006 - 2018 
Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças - 2009
Indicadores da Qualidade na Educação Infantil – 2009 (Relatório de Monitoramento Recente)
Brinquedos e Brincadeiras de Creche - 2012
A Avaliação em Educação Infantil a partir da Avaliação de Contexto - 2015
Diretrizes em Ação – Qualidade no Dia a Dia da Educação Infantil - 2015
Política Nacional de Educação Infantil (COEDI)
• Programa de Formação Inicial para 
Professores em Exercício na Educação 
Infantil (Proinfantil) (2005)
• Fundo Nacional de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização do Magistério
(Fundeb) - Emenda Constitucional nº
53, de 2006;
• Programa Proinfância, criado em
2007, para construção e equipamento
de novos estabelecimentos.
Parâmetros Nacionais de Qualidade para a 
Educação Infantil
Parâmetros Básicos de Infra-estrutura
Indicadores de qualidade na Educação Infantil
Planejamento 
institucional
Interações 
Cooperação 
com famílias e 
rede de 
proteção social
Espaços, 
materiais e 
mobiliários
Promoção da 
saúde
Multiplicidade de 
experiência e 
linguagem
Formação e 
condições de 
trabalho dos 
profissionais
Alterações - LDB – Lei nº 9.394/96
• LEI Nº 11.114, DE 16 DE MAIO DE 2005 - Altera os arts. 6o, 30, 
32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o 
objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental 
aos seis anos de idade.
• LEI Nº 11.274, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006 - Altera a redação 
dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o 
ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 
(seis) anos de idade.
• LEI Nº 12.796, DE 4 DE ABRIL DE 2013 - Altera a Lei no 9.394, 
de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos 
profissionais da educação e dar outras providências.
Emenda LDB – Lei 12.796/2013 
• No artigo 4º que trata do dever do estado com a educação 
básica, efetiva a ampliação do tempo de educação 
obrigatória e destaca a garantia de uma educação gratuita, 
especializada e de qualidade, alterando/acrescentando os 
seguintes incisos:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, organizada da seguinte forma:
a) pré-escola;
b) ensino fundamental;
c) ensino médio;
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; [...]
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, 
por meio de programas suplementares de material didático-escolar, 
transporte, alimentação e assistência à saúde; [...]
• Altera o Art. 5º que trata das responsabilidades do Estado e 
da Família para o cumprimento da Obrigatoriedade da 
Educação Básica e das providências jurídicas cabíveis em caso 
de negligência, substituindo no inciso I “ensino fundamental” 
por educação básica:
Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e,
ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.
§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem
como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica;
• Destaca no Art. 6º a responsabilidade dos pais ou 
responsáveis em efetuar a matrícula das crianças na 
educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade.
• Sobre a organização do currículo, altera o Art. 26, destacando 
a necessidade de sistematização deste, desde a educação 
infantil, incluindo a polêmica necessidade de uma base 
nacional curricular que seja comum e determinada.
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum,
a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura,
da economia e dos educandos.
• As alterações que merecem mais atenção e discussão, são as 
relativas a avaliação, controle de frequência e documentação na 
educação infantil, tendo em vista a obrigatoriedade do 
atendimento às crianças de 4 e 5 anos. 
• O Artigo 31 reforça a orientação de avaliação sem objetivo de 
promoção, bem como a carga horária mínima exigida. E 
acrescenta a necessidade de controle de frequência mínima e de 
expedição de documento comprobatório: 
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns:
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das
crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental;
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno
parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a
frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Programa Currículo em Movimento
 PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC E UFRGS PARA CONSTRUÇÃO DE ORIENTAÇÕES 
CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL (2009)
 RELATÓRIOS DE PESQUISA:
- Mapeamento e análise das propostaspedagógicas municipais para a educação infantil no 
Brasil;
- Contribuições dos pesquisadores à discussão sobre as ações cotidianas na educação das 
crianças de 0 a 3 anos;
- Contribuições do movimento Inter fóruns de educação infantil do Brasil à discussão sobre as 
ações cotidianas na educação das crianças de 0 a 3 anos;
- A produção acadêmica sobre orientações curriculares e práticas pedagógicas na educação 
infantil brasileira.
 PRÁTICAS COTIDIANAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL - BASES PARA A REFLEXÃO SOBRE AS 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES (Maria Carmem Silveira Barbosa – Consultora) 
 SUBSÍDIOS PARA DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA -
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS ESPECÍFICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL (Sonia Kramer 
– consultora)
Diretrizes Curriculares
PARECER CNE/CEB Nº:20/2009 - Revisão das Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009 - Fixa as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
PARECER CNE/CEB Nº:7/2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais 
Gerais para a Educação Básica
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 - Define Diretrizes 
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica;
PARECER CNE/CEB Nº: 12/2010 - Diretrizes Operacionais para a 
matrícula no Ensino Fundamental e na Educação Infantil
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 20 DE OUTUBRO DE 2010 - Define 
Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental 
e na Educação Infantil
Diretrizes Curriculares Nacionais para 
Educação Infantil - DCNEI
Produzindo Cultura...
Constrói sua 
identidade 
pessoal e 
coletiva
Brinca
Imagina
Centro do 
Planejamento 
Curricular
Sujeito 
Histórico e 
de Direitos
Fantasia
Deseja
Narra
Questiona
Observa
Experimenta
Aprende
Constrói 
sentidos sobre a 
natureza e a 
sociedade
C
R
IA
N
Ç
A
Interações, relações 
e práticas cotidianas
Currículo como conjunto de práticas...
Experiências e 
Saberes das 
Crianças
Conhecimentos
Patrimônio 
Artístico
Patrimônio 
Cultural
Patrimônio 
Ambiental
Patrimônio 
Tecnológico
Patrimônio 
Científico
Princípios
ÉTICOS
Da autonomia;
Da responsabilidade;
Da solidariedade;
Do respeito ao bem 
comum;
Do respeito ao meio 
ambiente;
Do respeito as diferentes 
culturas, identidades e 
singularidades.
POLÍTICOS
Dos direitos de 
cidadania;
Do exercício da 
criticidade;
Do respeito à ordem 
democrática.
ESTÉTICOS
Da sensibilidade;
Da criatividade;
Da ludicidade;
Da liberdade de 
expressão nas 
diferentes 
manifestações 
artísticas e culturais.
Função sociopolítica e 
pedagógica da Educação 
Infantil
Oferecer condições e 
recursos para que as crianças 
usufruam seus direitos civis, 
humanos e sociais;
Possibilitar tanto a convivência 
entre crianças e entre adultos 
e crianças quanto a ampliação 
de saberes e conhecimentos 
de diferentes naturezas;
Promover a igualdade de 
oportunidades educacionais entre 
as crianças de diferentes classes 
sociais no que se refere ao acesso 
a bens culturais e às 
possibilidades de vivência da 
infância;
Construir novas formas de 
sociabilidade e de subjetividade 
comprometidas com a ludicidade, 
a democracia, a sustentabilidade 
do planeta e com o rompimento 
de relações de dominação etária, 
socioeconômica, étnico-racial, de 
gênero, regional, linguística e 
religiosa.
Assumir a responsabilidade de 
compartilhar e complementar a 
educação e cuidado das 
crianças com as famílias;
Garantir à Criança
Acesso a processos de 
apropriação, 
renovação e 
articulação de 
conhecimentos e 
aprendizagens de 
diferentes linguagens;
Direito à proteção, à 
saúde, à liberdade, à 
confiança, ao respeito, 
à dignidade, à 
brincadeira, à 
convivência e à 
interação com outras 
crianças.
Organização de Espaços, Tempos e 
Materiais
A educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo 
educativo;
A indivisibilidade das dimensões expressivo motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, 
estética e sociocultural da criança;
O reconhecimento das especificidades etárias, das singularidades individuais e coletivas das 
crianças, promovendo interações entre crianças de mesma idade e crianças de diferentes 
idades;
Os deslocamentos e os movimentos amplos das crianças nos espaços internos e externos às 
salas de referência das turmas e à instituição;
A acessibilidade de espaços, materiais, objetos, brinquedos e instruções para as crianças com 
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação.
Procedimentos de Avaliação
I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no 
cotidiano;
II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, 
desenhos, álbuns etc.);
III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias 
adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição 
de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição 
pré-escola/Ensino Fundamental);
IV - documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às 
crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;
V - a não retenção das crianças na Educação Infantil.
Eixos Norteadores
Práticas Pedagógicas – Propostas Curriculares 
INTERAÇÕES BRINCADEIRA
Experiências
Linguagens Conhecimentos
As interações: múltiplas situações de 
ações entre pares e com adultos
As brincadeiras – diversas, livres, 
orientadas, observadas, mediadas...
Em diversos tempos, espaços, com diversos materiais –
respeito à natureza do brincar: imaginação, liberdade e regra
(LOPES, 2012)
... garantindo experiências que devem:
I. Promover o conhecimento de si e do mundo 
por meio da ampliação de experiências 
sensoriais, expressivas, corporais que 
possibilitem movimentação ampla, expressão 
da individualidade e respeito pelos ritmos e 
desejos da criança.
COM MEDIAÇÕES que propiciem sua extrapolação 
enquanto ação sensorial – para a SIMBOLIZAÇÃO: 
significação – linguagem. (LOPES, 2012)
experiências sensoriais
experiências expressivas
experiências corporais
II. Favorecer a imersão das crianças nas 
diferentes linguagens e progressivo domínio 
por elas de vários gêneros e formas de 
expressão:
Gestual – caras, bocas: brincadeira e 
linguagem
Mãos...
De corpo inteiro
Verbal – muitas conversas, trocas, diálogos: internalizações de novos 
modos de significar (compreender e dizer) o mundo e a si mesmo.
Plástica: desenho, pintura, escultura, com múltiplos materiais, 
suportes, objetivos...
Dramática: vivendo no faz-de-conta 
todo dia: tempos, espaços, materiais...
Musical: cantando, tocando, experimentando 
produzir sons, ritmos, melodias...
III. Vivência de narrativas, apreciações e interações com 
a linguagem oral e escrita e convívio com diferentes 
suportes textuais orais e escritos;
A linguagem escrita: experimentar “ler” – todos 
os dias, textos de gêneros e suportes diferentes
Ouvir leituras - TODOS os dias: aprendizagens 
sobre para que, o que, como se lê...
IV. Em contextos significativos, relações 
quantitativas, medidas, formas e orientações 
espaço-temporais;
Contar, relacionar, classificar, ordenar, 
identificar cores, formas, texturas...
Experimentar, medir, prever...
V. A confiança e a participação das crianças nas 
atividades individuais e coletivas;
VI. Situações de aprendizagens mediadas para o 
desenvolvimento da autonomia nos cuidados 
pessoais, auto-organização, saúde e bem-estar;
VII. Vivências éticas e estéticas com outras crianças e 
grupos culturais – alarguem seus padrões de referência 
e de identidades – diálogo e reconhecimento da 
diversidade;
VIII. A curiosidade, a exploração, o 
encantamento, o questionamento, a indagação 
e o conhecimento em relação ao mundo físico e 
social, aotempo e à natureza;
IX. O relacionamento e a interação com 
variadas manifestações de música, artes 
plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, 
teatro, poesia e literatura.
X. A interação, o cuidado, a preservação e o 
conhecimento da biodiversidade e 
sustentabilidade da vida na terra, assim como 
o não desperdício de recursos naturais.
XI - Interações com as manifestações e tradições culturais 
brasileiras (regionais e locais) que extrapolem a ação
XII. Utilização de gravadores, projetores, 
computadores, máquinas fotográficas, e outros 
recursos tecnológicos e midiáticos.
Documentos Oficiais que contribuem 
com a “implementação” das DCNEI
Avaliação em Educação Infantil: 
discussão de uma política nacional
• EIXO: Experiência Educativa – delimita uma dada abrangência e 
ênfase no campo da atividade educacional.
A experiência educativa deve ser entendida como “tudo o que nas 
instituições de educação infantil se planeja e se realiza para as crianças 
para promover o seu crescimento: organização do espaço e do tempo, 
gestão das rotinas, escolha de materiais e atividades de construção, 
definição dos grupos e das propostas em prol do desenvolvimento 
social.” (BONDIOLI, 2008, p. 22)
• A avaliação destes aspectos numa instituição é um modo de 
assegurar se a cada criança são dadas oportunidades adequadas 
para seu desenvolvimento, crescimento e aprendizagem. 
• O que significa dizer que avaliar tais aspectos implica avaliar a 
adequação das propostas formativas oferecidas às crianças como 
participantes ativas na complexidade de relações e interações no 
interior de determinado contexto educativo.
• ÁREAS: explicitam aspectos que compõem o fazer pedagógico 
e as práticas educativas a serem oportunizadas às crianças e 
suas famílias, considerando o que lhe dá ancoradouro, assim 
como seus desdobramentos no cotidiano educativo. Estas se 
organizam em: 
• ÁREA I. Experiências Relacionais e Sociais; 
• ÁREA II. Propostas e Contextos; 
• ÁREA TRANSVERSAL. Organização, Reflexão e socialização.
• SUBÁREAS: especificam os aspectos essenciais de cada área no 
sentido de dar visibilidade e qualificar o trabalho acerca da 
experiência educativa proposta às crianças, considerando para a:
• ÁREA I. Experiências Relacionais e Sociais – as subáreas: 
• Inserção; Relações e comunicação com as famílias; Diversidade e 
diferenças; Cuidado de si, cooperação e participação.
• ÁREA II. Propostas e Contextos – as subáreas: 
• Interações; Brincadeiras; Manifestações da Arte (gestual, 
dramática, musical, visual); Narrativas, apreciação e interação com 
a linguagem oral e escrita; Relações quantitativas, espaciais e com 
o mundo físico e natural. 
• ÁREA TRANSVERSAL. Organização, Reflexão e Socialização – a 
subárea: 
• Observação, planejamento, avaliação.
• DIMENSÕES: se articulam às subáreas das áreas I e II, nos 
permitindo pensar em como se entrelaçam nos Tempos; nos 
Espaços e materiais e nas Relações dialógicas entre 
professores e crianças. 
• A Área Transversal Organização, Reflexão e Socialização, com 
a subárea Observação, planejamento, avaliação, perpassa as 
duas outras áreas e todas as subáreas e dimensões, e assume 
uma função própria como instrumento que assegura a 
dinâmica sistêmica necessária à experiência educativa. 
Contexto Brasileiro Atual
• Descontinuidade...
• BNCC aprovada em 2017 – com uma história de 
avanços e recuos...
• Política Nacional de Alfabetização – 2019
• Pandemia – Calendário Suspenso – Perspectivas para o 
retorno...
• Política Nacional de Avaliação da Educação Básica –
PORTARIA Nº 458, DE 5 DE MAIO DE 2020
• Edital PNLD
- Desafios para pensar os currículos construídos no 
cotidiano...
Abordagens Curriculares
• Com a crescente influência dos estudos sobre o 
desenvolvimento da criança no século XX, os modelos 
curriculares que se expandem a partir dos anos 1960 são 
classificados por Spodek e Brow (1998) em quatro categorias: 
• (1) os programas Montessori em duas abordagens distintas, uma que 
mantem as orientações originais e outra que incorpora conhecimentos 
sobre as teorias de aprendizagem, 
• (2) os programas behavioristas que enunciam seus objetivos em termos 
comportamentais e organizam fases curtas e sequenciadas de 
aprendizagem, como por exemplo, o DARCEE e o DISTAR (programa 
publicado comercialmente para ensinar língua, aritmética e leitura), 
• (3) os programas de educação aberta, difundidos principalmente nos 
jardins de infância progressistas e 
• (4) as abordagens construtivistas, entre as quais destaca-se, de modo 
especial, o currículo High Scope de Orientação Cognitivista.
Abordagens Participativas
• Nos estudos contemporâneos sobre Pedagogia(s) da Infância, 
Oliveira-Formosinho (2007) classifica:
• Modelos curriculares da pedagogia da transmissão, o DISTAR 
e o DARCEE; 
• Modelos curriculares da pedagogia da participação, as 
abordagens curriculares High Scope (Estados Unidos), Kamii
Devries (Estados Unidos), Reggio Emilia (Itália), Modena 
(Itália), Pen Green (Inglaterra), Freinet (Brasil), Movimento da 
Escola Moderna (Portugal) e Associação Criança (Portugal).
“a pedagogia da participação centra-se nos atores que constroem o 
conhecimento para que participem progressivamente, através do 
processo educativo, da(s) cultura(s) que os constituem como seres sócio-
histórico-culturais” (OLIVEIRA-FORMOSINHO, 2007, p. 18). 
Abordagens Curriculares Participativas
• Inspirações para compreender os currículos construídos nas 
relações entre as crianças e seus educadores no cotidiano:
 Abordagem de Reggio Emilia
 Abordagem de San Miniato
 Movimento da Escola Moderna - MEM (Portugal)
 Abordagem de Emmi Pikler
 Abordagem High Scope
• Perspectivas para conhecer, aprofundar, interrogar e ampliar a 
Base Nacional Comum Curricular - BNCC

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