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Unidade 2 Organização e Legislção da Educação

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Organização e Legislação da Educação Unidade 2
Apresentando os objetivos, duração e organização da Educação Infantil
A Lei de diretrizes e bases 9394/96 favoreceu para que a escolarização ocupasse um espaço importante nos debates da sociedade, repensando os objetivos, estrutura e a organização do ensino. Ao longo desta aula iremos discorrer sobre a educação infantil, seus objetivos, duração e organização.
A Lei de Diretrizes e Bases e a Educação Infantil
Na época da colonização as crianças eram vistas como “mini adultos”, não considerava-se os pensamentos, desejos ou necessidades particulares da infância.
Após a revolução industrial, com a necessidade crescente de urbanização e mão de obra, as mulheres foram inseridas no mercado de trabalho. De forma que passou a existir a necessidade de um lugar para deixar os filhos, então surgiram as creches.
Kishimoto (2001) relata que com a urbanização e a industrialização, a criança foi esquecida, tornando-a um precoce aprendiz.
Com essa crença as instituições foram criadas com o caráter assistencialista, tendo como objetivo apenas o cuidar, enquanto pais e responsáveis estavam trabalhando.
A Constituição Federal de 1988 foi importante por tornar as creches um lugar de direito das famílias e de dever do estado. A educação como um direito para as crianças de 0 a 6 anos já estava assegurado pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e Adolescente de 1990. Contudo, a transformação desse direito em diretrizes e bases promoveu um movimento de transformação para a educação brasileira.
A educação infantil passou a integrar a primeira etapa da educação básica, finalizando dessa forma a visão retórica do assistencialismo, a partir desse momento a criança começa a ser vista como um “ser de direito”, que precisa de uma educação de qualidade desde seus primeiros anos de vida, para que se desenvolva um ser humano capaz de exercer sua cidadania.
Reconhecer a criança como um “ser de direito”, significa ser considerada como um ser humano que faz parte do processo educativo e que deve ser respeitado seu falar, brincar, construir, aprender, observar, questionar e experimentar.
Conforme visto no artigo 22 da LDB 9394/96.
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. (BRASIL, 1996)
Com a Lei de Diretrizes e bases, a criança passou a ser vista como um ser humano com cultura própria, capaz de criar e se desenvolver, necessitando de muito mais que apenas o cuidado.
Em 1998 o ministério da Educação publicou o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil como parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Em 1999 o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNs).
Esses documentos orientam os trabalhos na educação infantil e ressaltam que o educar e o brincar devem ser simultâneos, favorecendo o desenvolvimento infantil.
Ao considerar a criança como um ser cultural não há como não considerar o ato de brincar, pois por meio da brincadeira a criança aprende, se desenvolve e se relaciona. Segundo Kishimoto (2001), a escola deve se preocupar com ambientes que valorizem o brincar pois a sociedade busca ascensão social e diminuição da desigualdade por meio da educação, busca introduzir a criança em um ambiente que acelere o aprendizado e desconsidere o desenvolvimento e interesses próprios de uma determinada faixa etária, o brincar é um desses interesses que acabam sendo desprezados.
Para saber mais sobre a importância do brincar na educação infantil. Leia A LDB e as Instituições de Educação Infantil: Desafios e Perspectivas. Disponível em: https://bit.ly/30fcHdF.
Quando a criança brinca ela desenvolve a imaginação, Vygotsky afirma que a imaginação contribui para o desenvolvimento do pensamento lógico da criança.
Os primeiros anos de vida da criança contribuem para o desenvolvimento do seu pensamento lógico e também de sua imaginação, os quais caminham juntos: a imaginação a é um momento totalmente necessário, inseparável do pensamento realista, na imaginação a direção da consciência tende a se afastar da realidade. (VYGOTSKY, 1989, p.75)
Percebemos que o entendimento sobre as crianças tem se modificado com o passar dos anos. Até o século XVII não havia a preocupação com as crianças como atualmente. Um fator a ser analisado são os números de mortalidade infantil na época, que eram visto com naturalidade pois não havia saúde pública preocupada em reduzir esses números.
Atualmente existe o conceito de que as crianças são símbolos do futuro e investir nelas é, consequentemente, investir no futuro. Essa visão é nova e ainda hoje temos que desenvolver pensamentos sobre isso.
A preocupação com as crianças e a ideia de que elas são o futuro da nossa sociedade são conceitos novos que foram progredindo conforme o desenvolvimento da sociedade. A criança passa a ser vista como um sujeito de direitos e deveres a serem preservados, detentores de culturas próprias que devem ser consideradas.
Com essa nova concepção, a escola e o trabalho do docente precisaram ser repensados. Os Referenciais Curriculares Nacionais visam a organização de instituições educacionais e da prática docente, para que se promova um desenvolvimento efetivo das crianças.
Objetivos da Educação Infantil
A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, ao determinar que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica e por meio de um documento Referencial Curriculares Nacional da Educação Básica, visa auxiliar o trabalho educativo das crianças, o qual compreende essa etapa da educação.
O Referencial Curricular busca determinar metas de qualidade que contribuam para o desenvolvimento integral da criança.
O referencial pretende apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos das crianças à infância são reconhecidos (BRASIL, 1996).
A prática da educação Infantil deve ser organizada de modo que promova o desenvolvimento das crianças através de alguns aspectos:
	Desenvolver uma imagem positiva de si; atuar de forma independente, com confiança; e perceber suas limitações.
	Descobrir e conhecer seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem estar.
	Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social. Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social.
	Observar e explorar o ambiente com atitudes de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente, valorizando atitudes que contribuam para sua conservação.
	Brincar e expressar emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades
	Utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação. De forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar em seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva
	Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas, valorizando a diversidade.
O professor deve desenvolver atividades que promovam a independência do aluno, estimulem a confiança e promovam a percepção de suas limitações, visando que o educando supere seus limites.
O trabalho na educação infantil deve ter atividades voltadas para que a criança conheça seu próprio corpo, bem como hábitos saudáveis que contribuam com cuidados para a própria saúde.
Além disso,são necessárias atividades que valorizem a interação entre crianças e adultos, pois por meio da interação social as crianças aprendem e se desenvolvem. A criança por meio da exploração e observação, deve ser estimulada a descobrir o novo e atitudes de conservação do meio ambiente.
O brincar é o meio que a criança tem para se comunicar e interagir com os outros e com o meio onde está inserido, o educador deve promover momentos de brincadeiras e faz de conta, para que a criança desenvolva emoções, sentimentos e pensamentos.
Também é fundamental apresentar aos alunos as diferentes formas de se comunicar e as diferentes formas de arte, estimulando situações para que eles possam expressar suas ideias, sentimentos e desejos para que enriqueçam sua capacidade de se expressar.
Conhecendo esses objetivos, concluímos a importância que a educação infantil tem frente ao desenvolvimento do aluno. Por meio da educação infantil a criança tem acesso ao desenvolvimento da sua autonomia e independência, pode conhecer o próprio corpo, desenvolver vínculos afetivos, relações sociais, explorar ambientes, diferentes linguagens, manifestações culturais e o brincar.
O educador deve conhecer o mundo da criança, utilizando o lúdico e a brincadeira para desenvolver as habilidades típicas dessa faixa etária, não acelerando o processo de aprendizado e sim respeitando o desenvolvimento de cada fase infantil.
Duração da Educação Infantil
A Lei de diretrizes e bases determina que a educação infantil seja a primeira etapa da educação básica e contempla as crianças de 0 anos até 5 anos de idade.
A educação infantil, segundo a LDB, tem a finalidade do desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social dos alunos, suas ações devem complementar as ações da família e da comunidade.
Esse assunto é muito questionado dentro das instituições de ensino, pois alguns pais transferem para a escola a responsabilidade pela formação, educação e cuidado com as crianças.
No entanto, ao analisar as diretrizes, verificamos que a família continua com sua responsabilidade em relação aos seus filhos e que a função da escola é apenas completar o trabalho iniciado pelos pais.
Organização da Educação Infantil
A educação infantil deverá ser oferecida da seguinte forma:
	Creches: O atendimento será para crianças de até 3 anos de idade;
	Pré-Escola: O atendimento será para crianças de 4 a 5 anos de idade.
A matrícula na Educação Infantil é obrigatória a partir dos 4 anos de idade, o estado deve oferecer vaga de acesso à todas as crianças a partir dessa idade, caso o responsável não efetue a matrícula da criança, poderá ser enquadrado pelo código penal por abandono intelectual
Conforme o artigo 246 do código penal, o responsável que deixar sem justa causa de prover o acesso da criança a escola, poderá ser multado ou sofrer detenção de 15 (quinze) dias a 1 mês.
Em alguns sistemas jurídicos, como o americano por exemplo, permite-se o ensino em casa. O direito brasileiro não permite, ainda, essa modalidade de ensino.
Segundo a LDB 9394/96, a educação infantil será organizada seguindo as seguintes regras:
	A avaliação deve ser realizada mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, essa avaliação não tem caráter classificatório para acesso ao ensino fundamental.
	A carga horária mínima anual deve ser de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias de trabalho educacional.
	Atendimento às crianças de, no mínimo, 4 horas diárias para o turno parcial e 7 horas para a jornada integral.
	Frequência mínima de 60% do total de horas, sendo controlada pela instituição de ensino.
	Expedir documentação que comprove os processos de desenvolvimento das crianças.
Uma avaliação é um fator importante para se ressaltar na educação infantil, deve ser um instrumento norteador da aprendizagem, além de promoção reflexiva do educador sobre sua prática. Ao avaliar, o professor deve considerar as mudanças e transformações do educando frente ao processo educativo.
Contudo, a avaliação na educação infantil não pode ter o caráter classificatório, nem de promoção para continuação dos estudos, deve ser um instrumento de identificação de conhecimentos para nortear o trabalho do professor.
Para saber mais sobre a avaliação na educação infantil. Leia Avaliação da Aprendizagem na Educação Infantil: Recurso para prática pedagógica. Disponível em: https://bit.ly/2Ph7NLE.
A fim de garantir a qualidade da educação na educação infantil foram instituídos documentos, entre eles o Referencial Curricular Nacional Educação Infantil (RCNEI) que é um guia que auxilia a compreensão e qualidade da educação infantil, oferecendo objetivos e orientações para o trabalho com as crianças.
O RCNEI está organizado por volumes:
	
	Volume 1 Introdução: Apresenta uma reflexão sobre as creches e pré-escolas, apresentando a concepção sobre criança, educação, trabalho docente.
	
	Volume 2 Formação Pessoal e Social: Aborda a importância do trabalho de construção da identidade e autonomia das crianças.
	Volume 3 Conhecimento do Mundo: Trata da importância sobre experiência e conhecimento de mundo por meio da música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e matemática.
Outro documento importante são as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), o qual visa garantir o proposto na LDB 9394/96 que prioriza a criança como o centro do processo de aprendizado.
1.1 Esta norma tem por objetivo estabelecer Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil a serem observadas na organização de propostas pedagógicas na educação infantil (BRASIL, 2010, p. 13).
A Base Nacional Comum Curricular na Educação Infantil (BNCC) apresenta um conjunto de orientações sobre a elaboração do currículo pela escola, reforçando que a criança seja a protagonista do processo ensino aprendizado.
A BNCC é composta por 5 campos de experiências e 6 direitos de aprendizagem. Os direitos de aprendizagem na Educação Infantil visam assegurar que as crianças aprendam em situações diversas, sendo agente ativo no processo de aprendizagem em ambientes que estimulem a vivenciar e superar desafios.
Tendo em vista os eixos estruturantes das práticas pedagógicas e as competências gerais da Educação Básica propostas pelo BNCC, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento asseguram, na Educação Infantil, as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural (BRASIL, 1996).
Segundo a BNCC, na Educação Infantil são direitos de aprendizagem:
	CONVIVER: Convívio com outras crianças e adultos utilizando diferentes linguagens, ampliando conhecimentos sobre si e do outro, em relação a cultura e diferença entre as pessoas.
	BRINCAR: Promoção do brincar diariamente em diversas formas e espaços, entre crianças e adultos, ampliando o acesso às produções culturais, imaginação, criatividade e experiências emocionais, corporais, sensoriais e cognitivas
	PARTICIPAR: A participação ativa com adultos e crianças no planejamento da gestão da escola em atividades propostas, na escolha das brincadeiras, materiais e ambientes e elaboração de conhecimentos.
	EXPLORAR: A exploração de movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções e transformações, bem como de relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza na escola ou fora dela. Assim, ampliando saberes sobre cultura.
	EXPRESSAR: Como sujeito criativo, dialógico e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses e descobertas por meio de diferentes linguagens.
	CONHECER-SE: Construir sua identidade pessoal, social e cultural sobre si e de seus grupos de pertencimentos, nas diversas experiências de cuidado, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.
O documentoaborda que as atividades na Educação Infantil devem ser planejadas de acordo com a intencionalidade educativa, para que desenvolva na criança a observação, o questionamento, o levantamento de hipóteses, o julgamento e a construção dos conhecimentos.
A educação infantil, segundo a BNCC, deve ter como eixo a brincadeira e a interação, os campos de experiências são estruturas curriculares que interligam as experiências concretas da vida da criança com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.
Os campos de experiência baseiam-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. São organizados da seguinte forma:
	O eu, o outro e o nós: É na interação com adultos e crianças que as crianças vão construindo seu modo de agir, sentir e pensar. Nessas experiências elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizando sua identidade, respeitando os outros e reconhecendo as diferenças.
	Corpos, gestos e movimentos: Na educação infantil o corpo ganha o centro do processo, dessa forma, devem ser estimuladas experiências que as crianças possam por meio da ludicidade e interação com o outro, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares e sons.Traços, sons, cores e formas: A educação infantil deve promover a participação da criança em tempo de espaço para produção, manifestação e apreciação artísticas, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade e expressão pessoal da criança.
Escuta, fala, pensamento e imaginação: A escola deve promover experiências que possibilitem a criança falar e ouvir, pois por meio da comunicação a criança se desenvolve como sujeito ativo e pertencente a um grupo social 
Espaço, tempos, quantidades, relações e transformações: A educação infantil deve promover experiências que possibilitem que as crianças observem, manipulem, investiguem e explorem o meio que estão inseridas, levantando hipóteses e resolvendo problemas, ampliando seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural.
A Base Nacional Comum Curricular orienta que a escola deve estar atenta para a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, para que haja continuidade do processo educativo que respeite as mediações e conhecimentos de cada fase.
Analisando o Ensino Fundamental de 9 anos e seus objetivos, duração, organização e obrigatoriedade
Nessa aula iremos analisar e refletir sobre o Ensino Fundamental de 9 anos e seus objetivos, duração, obrigatoriedade e como deve ser a sua organização.
A LDB 9394/96 considera o ensino fundamental um nível da educação básica que atende as crianças a partir dos 6 anos de idade, um dos principais objetivos do ensino fundamental é a formação básica do cidadão.
Além da LDB, existem documentos como Diretrizes Curriculares Nacionais, Plano Nacional de Educação e Base Nacional Comum Curriculares que norteiam o trabalho desse nível da educação básica.
Ao longo deste capítulo, vamos conhecer esses documentos e sua relação com o ensino fundamental.
Objetivos, Duração, Organização e Obrigatoriedade do Ensino Fundamental
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação divide a educação brasileira em níveis: educação básica e o ensino superior.
A educação básica é subdividida em:
	Educação Infantil: Creches e pré-escolas;
	Ensino Fundamental: Anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano);
	Ensino médio: Do 1º ao 3º ano.
Como podemos observar, o Ensino fundamental é a continuação da Educação infantil, para essa transição é importante além do equilíbrio entre as mudanças, o acolhimento afetivo do aluno ao ser introduzido nesse novo nível. Assim, evitando a fragmentação do processo ensino aprendizagem e favorecendo a continuidade da aprendizagem.
Visando minimizar esses problemas, a Base Nacional Comum Curricular orienta que o Ensino Fundamental - Anos Iniciais, valorize as situações lúdicas de aprendizagem e a articulação com as experiências vividas na Educação Infantil.
O trabalho da escola deve prever uma progressiva sistematização dessa experiência e o desenvolvimento de novas formas de relação com o mundo pelos educandos.
Os primeiros anos do Ensino Fundamental devem estar focados na alfabetização, garantido oportunidade de conhecimento da escrita e práticas de letramento.
A BNCC apresenta competências e habilidades envolvidas no processo de alfabetização que a criança necessita desenvolver, são elas:
	Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas de representação);
	Dominar as convenções gráficas (letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e script);
	Conhecer o alfabeto;
	Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita;
	Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
	Saber decodificar palavras e textos escritos;
	Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras;
	Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras palavras, desenvolvendo fluência e rapidez de leitura (fatiamento
Segundo orientação da Base Nacional Comum Curricular (2017), os anos finais do ensino fundamental devem propor atividades que promovam a progressão do conhecimento por meio da consolidação das aprendizagens anteriores e a ampliação das práticas de linguagens e experiências, com desafios mais complexos que permitem ressignificar o conteúdo aprendido.
O conteúdo que será desenvolvido no ensino fundamental será dividido em 5 áreas do conhecimento com os componentes curriculares próprios a serem trabalhados, são eles:
ÁREA DE LINGUAGENS
Componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa (ensino fundamental anos finais).
Competências:
1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendoas e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visualmotora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artísticocultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos (BRASIL, 2017).
ÁREA DE MATEMÁTICA
Componente curricular: Matemática.
Competências:
1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentosmatemáticos para compreender e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados.
6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles (BRASIL, 2017).
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
Componente Curricular: Ciências.
Competências:
1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendose respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científicotecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários (BRASIL, 2017).
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
Componente Curricular: Geografia e História.
Competências:
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão (BRASIL, 2017).
ÁREA DO ENSINO RELIGIOSO:
Componente Curricular: Ensino Religioso.
Competências:
1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.
3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor da vida.
4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.
5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da economia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.
6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz (BRASIL, 2017).
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (9394/96), em seu artigo 32º, o objetivo do Ensino Fundamental é a formação básica do cidadão. Segundo a LDB, a formação básica se dará através dos seguintes meios:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laçosde solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social (BRASIL, 1996).
Buscando reafirmar e promover os objetivos propostos na LDB em relação ao ensino fundamental, o conselho nacional de educação estabeleceu as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental (DCN).
Segundo as DCNs, para o ensino fundamental:
As escolas deverão estabelecer princípios para nortear seus trabalhos:
a. Princípios Éticos da autonomia, responsabilidade, solidariedade e do respeito ao bem comum.
b. Princípios Políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício à criticidade e do respeito à ordem democrática.
c. Princípios Estéticos da sustentabilidade, criatividade, diversidade de manifestações artísticas e culturais.
	As escolas devem promover o reconhecimento pessoal de alunos, professores e a identidade da unidade escolar
	As escolas devem reconhecer que o processo de aprendizagem é constituído pela interação com o conhecimento, linguagem e interação afetiva. O diálogo deve favorecer o protagonismo do aluno na educação e também a construção de valores indispensáveis à vida cidadã.
	Todas as escolas devem garantir a igualdade de acesso aos alunos à uma Base Nacional Comum, de forma que seja legitimada uma educação de qualidade
	As escolas deverão desenvolver propostas curriculares que tenham relação com a comunidade local, de modo que desenvolvam cidadãos capazes de serem protagonistas e responsáveis por si, família e comunidade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram desenvolvidos para que as instituições de ensino tivessem parâmetros para desenvolver uma educação de qualidade. Segundo o documento, o objetivo do ensino fundamental é que os alunos sejam capazes de:
	compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperaçãoe repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
	posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
	conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País
	conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
	perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente
	desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
	conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva
	utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação
	saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos
	questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação (BRASIL, 1997).
Ao analisar os objetivos do ensino fundamental, observamos que os diversos documentos sobre o assunto visam garantir a formação de indivíduos críticos e aptos a conviver em sociedade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 estabelece, em seu artigo 32, que o ensino fundamental deveria ter a duração de 08 anos. Esse artigo teve alteração por meio da Lei 11.274 de 2006, onde o ensino fundamental obrigatório passou a ter a duração de 9 anos.
O objetivo do governo com essa proposta é oportunizar um maior tempo do educando no convívio escolar, oferecendo maior oportunidade de aprender e de ter uma educação de maior qualidade.
Nesse sentido, podemos ver o ensino fundamental de nove anos como mais uma estratégia de democratização e acesso à escola. A Lei nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, assegura o direito das crianças de seis anos à educação formal, obrigando as famílias a matriculá-las e o Estado a oferecer o atendimento (BRASIL, 2007, p. 27).
Ao analisarmos a citação acima verificamos que o discurso do governo na defesa do ensino fundamental de 9 anos busca reafirmar um direito garantido desde a constituição, o acesso à uma educação de qualidade para todos e a garantia de vaga e estrutura adequada.
Por lei o ensino fundamental tem como característica ser obrigatório e gratuito e com duração de 9 anos, devendo ser iniciado com 6 anos de idade completos até 31 de março do ano da matrícula.
A Resolução nº 7 de 14 de Dezembro de 2010 do Conselho Nacional de Educação (CNE) aborda as regras do corte etário para as matrículas.
Art. 8º O Ensino Fundamental, com duração de 9 anos, abrange a população na faixa etária dos 6 aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende, também, a todos os que na idade própria, não tiveram condições de frequentá-lo.
§ 1º É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6 anos completos ou a completar até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula, nos termos da Lei e das normas nacionais vigentes. § 2º As crianças que completarem 6 anos após essa data deverão ser matriculadas na Educação Infantil (Pré-Escola) (BRASIL, 2010).
Como vimos, desde 2010 a regra está prevista, no entanto diversos estabelecimentos de ensino pelo Brasil, principalmente particulares, não consideravam esse corte para efetuar a matrícula dos alunos nas escolas.
Devido esse cenário, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) por meio da Portaria nº 1.035/2018, publicou o Parecer CNE/CEB nº 2/2018, reafirmando as regras do corte etário já citados pelo CNE em 2010.
Para saber mais sobre o Conselho Nacional de Educação, leia o arquivo sugerido. Disponivel em: https://bit.ly/2FSWJOF.
Conforme aborda o Conselho Nacional de Educação em 2018:
3. O Ensino Fundamental, com duração de 9 anos, abrange a população na faixa etária dos 6 aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende, também, a todos os que, na idade própria, não tiveram condições de frequentá-lo, nos termos da Resolução CNE/CEB nº 7/2010.
a) É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6 anos completos ou a completar até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula, nos termos da Lei e das normas nacionais vigentes.
b) As crianças que completarem 6 anos após essa data deverão ser matriculadas na Educação Infantil, na etapa da pré-escola.
4. Excepcionalmente, as crianças que, até a data da publicação desta Resolução, já se encontram matriculadas e frequentando instituições educacionais de Educação Infantil (creche ou pré-escola ) devem ter a sua progressão assegurada, sem interrupção, mesmo que sua data de nascimento seja posterior ao dia 31 de março, considerando seus direitos de continuidade e prosseguimento sem retenção (BRASIL, 2018).
O Conselho Nacional de Educação além da idade de corte para a matrícula no ensino fundamental, também determina que o Ensino fundamental deverá ter a carga horária mínima de 800 horas de aula e pelo menos 200 dias letivos de atividade escolar. Conforme o artigo 3º.
§ 3º A carga horária mínimaanual do Ensino Fundamental regular será de 800 (oitocentas) horas relógio, distribuídas em, pelo menos, 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar (BRASIL, 2018).
Com a análise desse capítulo podemos verificar que o Ensino Fundamental é uma etapa importante no desenvolvimento infantil, dessa forma, há a necessidade de ter uma proposta pedagógica que atenda a necessidade do educando e promova cidadãos aptos a contribuir com a sociedade.
Ensino Médio: Finalidade, Duração, Modalidades e Organização.
O ensino médio, segundo a LDB 9394/96, é compreendido como a etapa final da Educação Básica, com duração de 3 anos tendo como finalidade:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; 25 Lei no 9.394/1996;
IV – a compreensão dos fundamentos científicotecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, 1996).
Analisando as finalidades do Ensino Médio, podemos perceber a preocupação em consolidar os conhecimentos e a preparação para o trabalho e para cidadania. No entanto, esses objetivos não foram atingidos, sendo necessárias novas reflexões sobre o tema.
A Resolução do CNE/CEB nº 4/2010 define as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, essas diretrizes visavam melhorar a educação por meio de uma formação mais humana que não se limite ao vestibular e prepare futuros cidadãos.
Com o objetivo de preparar os alunos para se tornarem cidadãos plenos preparados para os desafios do século XXI, , foi desenvolvida a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para o ensino médio, contendo aprendizagens essenciais para todos os alunos.
Para entender mais sobre a Base Nacional do Ensino Médio. Disponível em: https://bit.ly/2RTh4s2.
ÁREA DE LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Componentes Curriculares: Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa
Competências:
1. Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades, a pluralidade de ideias e posições e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como respeitando as variedades linguísticas e agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza. Compreender os múltiplos aspectos que envolvem a produção de sentidos nas práticas sociais da cultura corporal de movimento, reconhecendoas e vivenciando-as como formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
5. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2018).
ÁREA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Componente Curricular: Matemática.
Competências:
1. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diversos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e Humanas, ou ainda questões econômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a consolidar uma formação científica geral.
2. Articular conhecimentos matemáticos ao propor e/ ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de problemas de urgência social, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, recorrendo a conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
3. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos, em seus campos – Aritmética, Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e Estatística –, para interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente.
4. Compreender e utilizar, com flexibilidade e fluidez, diferentes registros de representação matemáticos (algébrico, geométrico, estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comunicação de resultados de problemas, de modo a favorecer a construção e o desenvolvimento do raciocínio matemático.
5. Investigar e estabelecer conjecturas a respeito de diferentes conceitos e propriedades matemáticas, empregando recursos e estratégias como observação de padrões, experimentações e tecnologias digitais, identificando a necessidade, ou não, de uma demonstração cada vez mais formal na validação das competências conhecturas (BRASIL, 2018).
Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Componente Curricular: Ciências
Competências:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e/ou global.
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
3. Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) (BRASIL, 2018).
Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Componente Curricular: Política e Trabalho, Tempo e Espaço, Território e Fronteira, Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética, Política e Trabalho.
Competências:
1. Analisar processos políticos, econômicos,sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais geradores de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.
3. Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
5. Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
6. Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade (BRASIL, 2018).
As áreas do conhecimento descritas na Base Nacional da Educação Ensino Médio contêm Competências Gerais e Específicas, com o objetivo de desenvolver competências que possibilitem o aluno não apenas adquirir conhecimento para conclusão do ensino médio e acesso ao ensino superior, mas que possam interpretar o mundo ao seu redor e contribuir por meio de ações e reflexões com a sociedade que fazem parte.
O Ensino Médio passou por uma reforma, por meio da Medida Provisória nº 748/2016, com objetivo de melhorar a qualidade da educação e diminuir a evasão escolar e elevar o atendimento de adolescentes entre 15 e 17 anos.
Para entender mais o debate sobre a reforma do ensino médio. Acesse a matéria sugerida. Disponível em: https://bit.ly/2ffbqA2.
Na Reforma o ensino médio profissionalizante passou por novas regras, sendo elas:
	Cursar 1.800 horas-aula dedicadas à área do conhecimento;
	Cursar 1.200 horas para itinerários formativo de livre escolha dos alunos, compostos por 5 áreas de conhecimentos (Linguagens suas tecnologias, Matemática, Ciência da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional).
Durante o estudo sobre a etapa da educação básica, é possível analisar que o assunto sobre a qualidade da educação está em constante debate. Alguns resultados apresentados por avaliações externas demonstram a fragilidade da educação através dos altos índices de evasão escolar entre os jovens de 15 a 17 anos.
Sendo assim, evidencia-se iniciativas educacionais importantes e significativas, objetivando o aluno como protagonista do seu conhecimento, buscando uma educação de qualidade para todos de acordo com a Constituição Federal de 1988.
Educação de Jovens e Adultos
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), é o ensino de jovens e adultos os que não tiveram a oportunidade de cursar os estudos na idade apropriada. Conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96:
A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria (BRASIL, 1996).
Configura-se como uma política social, uma vez que por meio da construção do conhecimento cria condições para melhorar a oportunidade de vida, trabalho e inserção na sociedade, pois muitas vezes essas pessoas pela interrupção dos seus estudos se sentem excluídas de uma vida social.
Para que o ensino seja significativo segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos (2010), devem ser considerados interesses, perfis e faixas etárias, onde a escola deve proporcionar princípios de equidade e um projeto pedagógico próprio para atender essas especificidades.
A escola deve, ao conhecer quem é o aluno do EJA, promover atividades que estimulem a troca de experiência entre os alunos, considerando suas vivências e a partir desses relatos promover exercícios que busquem a reflexão e construção de novos conhecimentos.
A carga horária para os cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) é:
	Duração mínima de 1.600 horas para séries finais do ensino fundamental;
	Duração mínima de 1.200 horas para o Ensino Médio.
O EJA é um importante instrumento para atender uma das metas do Plano Nacional de Educação, que visa até 2024 erradicar o analfabetismo. Para alcançar esse objetivo os Estados e Municípios devem dividir a responsabilidade e possibilitar a oferta de acesso e oportunidade assegurado pela Constituição Federal para todos.
O EJA é um importante instrumento para atender uma das metas do Plano Nacional de Educação, que visa até 2024 erradicar o analfabetismo. Para alcançar esse objetivo os Estados e Municípios devem dividir a responsabilidade e possibilitar a oferta de acesso e oportunidade assegurado pela Constituição Federal para todos.
Educação Especial
A Educação Especial é uma modalidade da educação que refere-se às pessoas com necessidades especiais, o atendimento educacional deve ser realizado prioritariamente em escolas regulares.
Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de Educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais (BRASIL, 1996).
A Educação Especial tem os mesmos objetivos de uma educação regular, o que se diferencia é que o atendimento deve ser considerado a partir das diferenças do educando. As diferenças os educandos na educação especial são divididas em categorias, são elas:
	Treináveis: Necessitam de ajuda e supervisão;
	Educáveis: Frequentam escolas regulares e, no contra turno, classes especiais.
A Declaração Mundial de Educação para todos, aprovada em 1990, trata da universalização de acesso e o princípio de equidade em relação aos alunos com deficiência que possuem necessidades especiais.
O termo equidade significa dar as mesmas condições e oportunidades para que todos atinjam os mesmos resultados, garantindo a igualdade de direitos para todos.
A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 determina que a educação de pessoas com necessidades especiais deve ocorrer preferencialmente em estabelecimentos de ensino regular, sendo o seu acesso dever do Estado e da Família.
O artigo 59 da LDB orienta que as escolas devem garantir aos estudantes:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (BRASIL, 1996).
O Brasil, nos últimos anos, tem se destacado quanto a possibilitar o acesso à escola comum aos alunos com deficiência. No entanto, deve ser observadoque o fato de permitir o acesso não torna a inclusão efetiva, pois a inclusão vai além do acesso, abrange a transformação da escola em um lugar significativo
Transformar a escola significa, portanto, criar as condições para que todos os alunos possam atuar efetivamente nesse espaço educativo, focando as dificuldades do processo de construção para o ambiente escolar e não para as características particulares dos alunos (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2010, p. 34).
A inclusão leva em consideração a preparação da escola, professores e profissionais da educação, para estarem aptos a receberem esses alunos independentes das suas especificidades.
Muitas vezes encontramos professores que possuem resistência em aceitar alunos com necessidades especiais em sua sala de aula, por falta de conhecimento e preparo ou por receio de ter que preparar uma proposta pedagógica que se adeque as necessidades desses educandos.
Sabemos da dificuldade de estrutura e número de alunos por sala, no entanto, o papel do educador é ser agente de transformação. A escola só conseguirá promover a transformação da educação se criar oportunidade para todos aprenderem e terem seus direitos e especificidades respeitados.
Conforme aborda Mantoan (1998):
[...] uma verdadeira transformação da escola, de tal modo que o aluno tenha a oportunidade de aprender, mas na condição de que sejam respeitados as suas peculiaridades, necessidades e interesses, a sua autonomia intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos curriculares (MANTOAN, 1998, p.3).
A escola deve propiciar momentos de reflexões e respeito às diferenças, criar oportunidades para que todos se desenvolvam independente das suas dificuldades, propiciando um ambiente que favoreça a construção de futuros cidadãos aptos a lidar com as diferenças e exercer sua cidadania.

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