Patologia nas Edificações - Métodos Diagnósticos

Prévia do material em texto

MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
Quanto aos ensaios feitos para a detecção de patologias nas edificações, é necessário 
ressaltar que o recalque é um fenômeno natural, cujas consequências precisam ser avaliadas 
através de ensaios. Não válidos apenas para os efeitos de recalque, os ditos procedimentos 
podem ser divididos em não destrutivos (com a exigência de intervenções pouco invasivas, 
como pequenas perfurações para se verificarem as condições da construção) e destrutivos (com 
a demanda de que se retirem amostras e corpos de prova para se serem submetidos a processos 
laboratoriais, como o ensaio de resistência à compressão e a caracterização dos componentes 
do material). 
1.1 Métodos Destrutivos 
Os métodos destrutivos, é citável como exemplo a retirada de corpos de prova da 
argamassa utilizada no revestimento de edificações antigas para a identificação de sua dosagem. 
Tal procedimento é imprescindível, dado que os tijolos antigos tinham uma porosidade distinta 
daquela encontrada nos atuais, e para se obter a aderência desejável da argamassa a eles, faz-se 
necessária a determinação do traço daquela que foi empregada quando da construção do 
edifício. As argamassas antigas costumam conter mais areia que as recentes, feitas com maior 
aplicação de cimento, uma vez que a areia é um material mais barato, e apenas este fator pode 
ser suficiente para que a dosagem distinta (das argamassas atuais) não confira à obra uma 
absorção adequada dos tijolos antigos. 
1.2 Métodos Não Destrutivos 
Os Métodos não destrutivos representam um conjunto amplo de técnicas de análise 
utilizadas na ciência e na indústria para avaliar as propriedades de um material, componente ou 
sistema, sem causar danos. Tais métodos baseiam-se na aplicação de fenômenos físicos tais 
como ondas eletromagnéticas, acústicas, elasticidade, emissão de partículas subatômicas, 
capilaridade, absorção e qualquer tipo de teste que não implique um dano considerável à 
amostra examinada. 
Alguns exemplos de ensaios não destrutivos são: identificação e mapeamento de 
armaduras de lajes com o uso de ultrassonografia; medição da constância dielétrica; medição 
da variação da impedância de um semicondutor (bulbo permeável ao vapor de água); medição 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%B4meno_f%C3%ADsico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletromagnetismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%BAstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Part%C3%ADcula_subat%C3%B4mica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capilaridade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Absor%C3%A7%C3%A3o
de ondas de nêutrons ou de micro-ondas (sendo os três últimos feitos com aparelhos medidores 
específicos para cada ensaio).