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Reparo das anomalias no concreto armado

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REPAROS DE ANOMALIAS NO CONCRETO ARMADO 
 
Frente à vasta gama de processos patológicos que atingem as estruturas de concreto em 
geral, faz-se necessária a adoção de medidas mitigadoras que tornem viável a utilização de 
construções danificadas e prolonguem sua vida útil. 
A qualidade destes serviços de recuperação depende de uma análise precisa dos 
processos que causaram danos à estrutura em estudo e também dos efeitos causados, para que, 
não só sejam reparados os danos como também, haja a certeza de que não voltem a ocorrer. 
 
1.1. Polimento 
 
É uma técnica muito utilizada nos casos em que a superfície do concreto se apresenta 
inaceitavelmente áspera devido as falhas na execução da concretagem, dosagens equivocadas 
ou processos corrosivos que alterem a superfície da estrutura. 
Este processo visa trazer ao concreto a sua superfície original, lisa e livre de 
imperfeições que possam comprometer o uso ou aplicação de algum tipo de revestimento. Este 
procedimento pode ser realizado com pedras de polimento ou lixadeiras mecanizadas. 
A escolha correta do procedimento a ser adotado é dada em função da patologia 
existente ou do tipo de trabalho que se pretende realizar, podendo ser feita de várias formas 
como descrito na sequência. 
 
1.2. Lavagens 
 
São muito usadas em situações nas quais a superfície do concreto apresenta manchas, 
carbonatação, ferrugem ou resíduos diversos, como é o caso das eflorescências salinas por 
exemplo. 
A remoção de substâncias indesejadas existentes na superfície irá depender da causa do 
processo patológico, podendo ser aplicadas substâncias ácidas, tomando o devido cuidado no 
caso de concreto armado, soluções alcalinas, jateamento de água em alta pressão, jatos de vapor, 
jatos de areia, entre outros. 
 
1.3. Tratamento de fissuras 
 
1.3.1 Preenchimento por injeção 
Ao realizar-se o tratamento de fissuras é importante promover a vedação, cobrindo os 
bordos externos da mesma. Além disso, é necessário que a vedação seja realizada com material 
que seja relativamente elástico, para que o enchimento conviva com a patologia ao mesmo 
tempo que evita desagregação do concreto. 
A injeção deve ser feita de modo a garantir o enchimento do espaço formado entre as 
bordas da fresta de forma maciça, podendo ser usados materiais como grautes, resinas acrílicas 
e poliméricas. As argamassas de boa aderência ou resinas epóxi são as mais apropriadas na 
maioria dos casos de fissuras inativas por serem estas não retráteis, pouco viscosas, bem 
aderentes e terem um bom comportamento em presença de agentes agressivos. 
O processo ideal de aplicação consiste na abertura de furos ao longo do desenvolvimento 
da fissura, que não sejam muito profundos, limpeza cuidadosa da fenda a ser tratada, aplicação 
de forma a realizar total preenchimento e com uma aplicação final de cola epóxi para arrematar 
a injeção. 
 
1.3.2 Grampeamento 
 
No caso de fissuras que acontecem sobre linhas isoladas e nas quais pode haver 
diminuição da capacidade resistente, pode ser conveniente a adição de armadura de reforço, 
com o intuito de se impedir que seja contínua a ação de abertura da mesma. 
Os grampos são aplicados mediante perfuração, sempre evitando induzir esforços em 
linha e diferentemente inclinados em relação ao eixo da fissura. 
 
1.3.3 Remoção e reforço 
 
São processos realizados em situações nas quais é necessária a remoção da camada 
danificada do concreto e posterior reforço da estrutura. É importante notar que a depender do 
nível de invasão durante a retirada de massa do concreto, é de suma importância o 
descarregamento da estrutura. 
A remoção de camadas mais superficiais do concreto se dá normalmente por meio do 
apicoamento, podendo ser feito de forma mecânica ou manual, no qual depende do nível de 
produtividade exigido, enquanto que para camadas mais profundas, é utilizado cortes. 
Quanto aos reparos após remoção da massa danificada, podem ser feitos com concreto 
projetado, ou graute, e quando exigidas estruturalmente, devem ser adotadas armaduras de 
reforço. Em casos em que é inviável a adoção de armaduras adicionais, existe também a 
possibilidade da adoção de chapas e tirantes metálicos.

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