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TÓRAX RESPIRATÓRIO 1 TÓRAX (RESPIRATÓRIO) ANNA CAROLINA SIMÕES MOULIN - 2020/1. PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS PRINCIPAIS PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS Costelas e espaços intercostais. Ângulo de Louis Esternomanubrial) → junção do manúbrio com o corpo do esterno (leve elevação). É o nível da 4a Vértebra Torácica e da 2a Costela. 7a Vértebra Cervical (a mais proeminente). ANNA CAROLINA SIMÕES MOULIN - 2020/1. PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS PRINCIPAIS PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS LINHAS TORÁCICAS REGIÕES TORÁCICAS EXAME DOS PULMÕES INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTA TÓRAX RESPIRATÓRIO 2 Clavículas. A 1a Costela não é acessível à palpação (atrás das clavículas). LINHAS TORÁCICAS Linha medioesternal → verticalmente pelo centro do esterno. Linhas esternais → próximas às bordas do esterno. Linhas hemiclaviculares → se originam no meio das clavículas. Linhas axilares (anterior, posterior e média). REGIÕES TORÁCICAS Supraclavicular, Clavicular e Infraclavicular. Mamária e Inframamária. Supraesternal, Esternal Superior, Esternal Inferior. Axilar, Infra-axilar. Supraescapular e Infraescapular. Supraespinhosa e Infraespinhosa. Interescapulovertebral. EXAME DOS PULMÕES OBS A inexistência de achados anormais ao exame físico não nos autoriza a concluir pela inexistência de lesões pulmonares e das mamas (limitações do exame físico de tórax). Paciente sentado, examinador de pé. INSPEÇÃO ESTADO DA PELE E ESTRUTURAS SUPERFICIAIS TÓRAX RESPIRATÓRIO 3 INSPEÇÃO ESTÁTICA FORMA DO TÓRAX Variações → idade, sexo e biotipo. Normal: diâmetro lateral > anteroposterior. Tórax chato → diâmetro AP reduzido, escapulas sobressaidas. Pacientes longilíneos - não tem significado patológico. Tórax em tonel/ barril → diâmetro AP aumentado, igualando-se ao transversal. Causa mais comum: enfisema ou pessoas idosas livres de doença pulmonar. Tórax infundibuliforme (pectus excavatum) → depressão no terço inferior do esterno. Raquitismo pode ser uma causa. Quando acentuado pode produzir distúrbio pulmonar restritivo. Tórax cariniforme (pectus carinatum) → saliência a nível do esterno (peito de pombo). Raquitismo infantil é a principal causa. Não compromete a ventilação pulmonar. TÓRAX RESPIRATÓRIO 4 Tórax em sino/ piriforme → porção inferior alargada (cone). Grandes hepatoesplenomegalias e ascite volumosa. Tórax cifótico → coluna torácica encurvada (defeito de postura ou lesão das vértebras torácicas). Tórax escoliótico → assimétrico devido ao desvio lateral da coluna vertebral torácica. Causa mais comum é a anomalia congênita. TÓRAX RESPIRATÓRIO 5 Tórax cifoescoliótico → alteração cifótica + escoliose. Tórax instável traumático → fratura de várias costelas. Movimentos torácicos paradoxais: na inspiração a área correspondente desloca-se para dentro e na expiração para fora, formando um tórax deformado. ABAULAMENTOS OU DEPRESSÕES Indicam lesão que aumentou ou reduziu uma das estruturas da parede ou de órgãos intratorácicos. Abaulamento → aneurisma da aorta, tumor do timo ou do mediastino superior, derrames pleurais, hipertrofias do VE. Depressões → atelectasia ou lesões fibróticas do pulmão. Sulcos de Harrison e Rosário Raquítico: Deformações das costelas. Raquitismo. TÓRAX RESPIRATÓRIO 6 INSPEÇÃO DINÂMICA TIPO RESPIRATÓRIO Observar → movimentos do tórax e abdome → em qual região os movimentos são mais amplos? Costal Superior → sexo feminino principalmente; predomínio dos músculos escaleno e ECM (deslocamento da parte superior do tórax para cima e para a frente). Toracoabdominal → predominante no sexo masculino; musculatura diafragmática. Comum em crianças de ambos os sexos e na posição deitada também em ambos os sexos. Importância de se observar o tipo respiratório → diagnóstico de FADIGA e PARALISIA DIAFRAGMÁTICA Parede abdominal tende a se retrair na inspiração. RITMO RESPIRATÓRIO Não confundir tipo respiratório com ritmo respiratório. Observar por 2 minutos → sequência, forma e amplitude das incursões respiratórias. TÓRAX RESPIRATÓRIO 7 Respiração dispneica → dispneia; sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis. Sensação subjetiva de dificuldade para respirar. Causas: insuficiência cardíaca, enfisema, bronquite, pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural, anemias graves. Platipneia → dificuldade para respirar em posição ereta que se alivia na posição deitada. Pode ocorrer após pneumectomia. Ortopneia → dificuldade para respirar mesmo em posição deitada. Trepopneia → paciente se sente mais confortável para respirar em decúbito lateral. Pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva e no derrame pleural. Respiração de Cheyne-Stokes → dispneia periódica; incursões respiratórias que se tornam cada vez mais profundas até a amplitude máxima, quando os movimentos começam a diminuir gradativamente, ocorrendo um período de apneia. Surge na insuficiência cardíaca grave, nos acidentes vasculares cerebrais, nos traumatismos cranioencefálicos, nas intoxicações por morfina ou barbitúricos. TÓRAX RESPIRATÓRIO 8 https://www.youtube.com/watch?v=p7MM2SMnNZQ Respiração de Biot → períodos de apneia que interrompem a sequência das incursões respiratórias + variações na amplitude dos movimentos torácicos (arritmia respiratória). Causas: meningite, processos expansivos (neoplasias), hematoma extradural → traduz sempre lesão no centro respiratório. Pode ser observada em recém-nascidos saudáveis (falta de maturação do centro respiratório). https://www.youtube.com/watch?v=yFOlGUIRORo Respiração de Kussmaul → amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas que são sucedidas por pequenas pausas de apneia. É observada em casos de cetoacidose diabética, insuficiência renal com uremia e outras acidoses. https://www.youtube.com/watch?v=raEKXVfuWTo Respiração Suspirosa → interrompendo a sequência regular das incursões respiratórias surge uma inspiração mais profunda seguida de uma expiração demorada. OBS Dispneia suspirosa - indivíduos saudáveis apresentam suspiros profundos relacionados quase sempre com tensão emocional. Se se instalam com frequência, instala-se uma arritmia respiratória. Pode fazer parte do quadro de transtorno de ansiedade. AMPLITUDE DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS Aumento da amplitude → respiração profunda. Redução da amplitude → respiração superficial. Amplitude sofre variações em condições normais. Sono tranquilo = superficial. Aos esforços = profunda. https://www.youtube.com/watch?v=p7MM2SMnNZQ https://www.youtube.com/watch?v=yFOlGUIRORo https://www.youtube.com/watch?v=raEKXVfuWTo TÓRAX RESPIRATÓRIO 9 Ao se instalarem os ritmos anormais da respiração os movimentos respiratórios costumam tornar-se mais amplos. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Varia em função da idade. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA NORMAL Idade Frequência Respiratória Recém-nascidos 4045 irpm Lactentes 2535 irpm Pré-escolares 2035 irpm Escolares 1835 irpm Adultos 1620 irpm Taquipneia → acima dos valores normais. Condições fisiológicas (esforço físico, emoções) ou patológicas (febre, lesões pleuropulmonares). Bradipneia → inferior aos valores normais. Fisiológica (sono e em atletas) ou patológica (lesões cerebrais com hipertensão intracraniana e intoxicação exógena com depressão do centro respiratório). Apneia → parada respiratória. Eupneia → frequência normal sem dificuldade respiratória. PRESENÇA OU NÃO DE TIRAGEM Ligeira depressão dos espaços intercostais nas regiões axilares e infra- axilares durante a inspiração. https://www.youtube.com/watch?v=11aVB-bvd6U https://www.youtube.com/watch?v=MnQtw-zJoWg É um fenômeno fisiológico → visível em pessoas magras. Pode ocorrer por obstrução em via respiratória → pulmão não se expande, pressão atmosféric ao atuar na área correspondente da parede torácica https://www.notion.so/Rec-m-nascidos-deea26de06a340e1afbfe7b58369da53https://www.notion.so/Lactentes-4efc7ba51e434eacbc56d1862609eb35 https://www.notion.so/Pr-escolares-a09159ca3bcb4b18b54ad41d828268b1 https://www.notion.so/Escolares-5cd7052186b5493f9e9d1dd4199174b9 https://www.notion.so/Adultos-7c91c337360e4d9e83299158fc211221 https://www.youtube.com/watch?v=11aVB-bvd6U https://www.youtube.com/watch?v=MnQtw-zJoWg TÓRAX RESPIRATÓRIO 10 provoca depressão dos espaços intercostais. Tiragem em um hemitórax indica oclusão de um brônquio principal por exsudato espesso, neoplasia ou corpo estranho. É bilateral quando o obstáculo está acima da bifurcação traqueal. EXPANSIBILIDADE DOS PULMÕES Pode ser avaliada na inspeção, mas é melhor visualizada no método palpatório. INSPEÇÃO DO PESCOÇO Observar se a respiração é auxiliada pela ação dos músculos acessórios - elevam a clavícula e a parede torácia anterior, aumentando o volume pulmonar. Este fato é evidenciado à inspeção pela retração das fossas supraclaviculares e dos espaços intercostais. É um dos sinais mais precoces da obstrução das vias respiratórias. Observar os músculos trapézios e esternocleidomastóideos no pescoço. PALPAÇÃO ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA Pele. Tecido celular subcutâneo. Músculos. Cartilagens. Ossos. EXPANSIBILIDADE https://www.youtube.com/watch?v=ozqMA_WosC4 https://www.youtube.com/watch?v=pF4EadVERLk EXPANSIBILIDADE DOS ÁPICES https://www.youtube.com/watch?v=ozqMA_WosC4 https://www.youtube.com/watch?v=pF4EadVERLk TÓRAX RESPIRATÓRIO 11 Examinador atrás do paciente, com ambas as mãos sobre as regiões que correspondem aos ápices pulmonares de modo que os polegares se toquem levemente no nível da vértebra proeminente. Os demais dedos devem estar justapostos e fletidos fazendo leve pressaõ sobre o tórax. Solicita-se ao paciente que respire mais fundo e, enquanto isso, o examinador observa a movimentação de suas mãos. A diminuição ou ausência de mobilidade dos ápices pulmonares ocorre nas pneumonias, no pneumotórax e nas pleurites. EXPANSIBILIDADE DAS BASES Posicionador ainda atrás do paciente. Seus polegares devem estar próximos ou juntos na altura das apófises espinhosas da 9a ou 10a vértebra torácica, enquanto a palma da mão e a face ventral dos dedos fletidos e justapostos. A amplitude da movimentação das mãos do examinador indica o grau de expansibilidade dos lobos inferiores dos pulmões. DIMINUIÇÃO DA EXPANSIBILIDADE PODE SER Unilateral: Apical → processo infeccioso ou cicatricial no ápice. Basal → derrame pleural, hepatomegalias e esplenomegalias. Difusa → pneumotórax, hidrotórax, atelectasia, pleurodinia e traumatismo torácico Bilateral: Ápices → processo infeccioso ou cicatricial. Bases → gravidez, ascite, obesidade grave e derrame pleural bilateral. Difusa → enfisema pulmonar, esclerodermia e senilidade. FRÊMITO TORACOVOCAL Vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando paciente emite algum som. SEMIOTÉCNICA Examinador pousa a mão sobre as regiões do tórax, ao mesmo tempo que o paciente pronuncia, seguidamente, as palavras "trinta e três". À medida TÓRAX RESPIRATÓRIO 12 que fala, o examinador desloca sua mão de modo a percorrer toda a extensão da parede torácica. https://www.youtube.com/watch?v=c_yk8ZPFzyQ Intensidade do FTV → pode sofrer variações; mais fraco nas mulheres (timbre da voz), pessoas com parede torácica espessa (hipertrofia muscular ou aumento do panículo adiposo), pessoas com voz débil. A intensidade das vibrações não é exatamente igual nas diferentes partes do tórax. Maior nitidez é notada no ápice direito e na região interescapulovertebral direita. ALTERAÇÕES DO FTV Aumento → consolidação de área pulmonar (pneumonia ou infarto). Diminuição → anormalidade que impede a transmissão das ondas sonoras na laringe (derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, pneumotórax e enfisema pulmonar). PERCUSSÃO https://www.youtube.com/watch?v=I48yKguPg4Q Paciente deitado ou sentado. Quando se percutem as faces laterais, o paciente deve colocar suas mãos na cabeça. Percussão digitodigital → examinador deve ficar atendo ao ruído provocado pelo golpe, sem esquecer de avaliar a resistência oferecida ao dedo plexímetro. As duas informações (sonora e tátil) se completam. Maior resistência → maciez. Menor resistência → hipersonoridade e timpanismo. O tórax de indivíduos magros ressoa mais que o das pessas musculosas ou obesas → variação da força do golpe de pessoa para pessoa. https://www.youtube.com/watch?v=c_yk8ZPFzyQ https://www.youtube.com/watch?v=I48yKguPg4Q TÓRAX RESPIRATÓRIO 13 ÁREA DE PROJEÇÃO DO CORAÇÃO, FÍGADO E BAÇO → OBTÉMSE SOM MACIÇO OU SUBMACIÇO. ÁREA DE PROJEÇÃO DO FUNDO DO ESTÔMAGO - OBTÉMSE SOM TIMPÂNICO DE TAMBOR. DEMAIS REGIÕES - SONORIDADE PULMONAR OU SOM CLARO PULMONAR. ALTERAÇÕES NA PERCUSSÃO DO TÓRAX Hipersonoridade Pulmonar → som mais claro e intenso; indica aumento de ar nos alvéolos. Causa mais comum: enfisema. Submaciez e Maciez → diminuição ou desaparecimento da sonoridade pulmonar; redução ou inexistência de ar nos alvéolos. Percebe-se também aumento da resistência oferecida pela parede torácica. Causas mais comuns: derrames ou espessamentos pleurais, condensação pulmonar. Som Timpânico → indica ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou em uma grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa). Esse som é o som encontrado ao se percutir o Espaço de Traube (projeção do fundo do estômago na parte inferior do hemitórax esquerdo). AUSCULTA Erro → realizar a ausculta do tórax por cima da roupa. SEMIOTÉCNICA E SONS PLEUROPULMONARES Paciente preferencialmente sentado com o tórax descoberto. O receptor mais adequado é o de diafragma. SONS NORMAIS TÓRAX RESPIRATÓRIO 14 SONS NORMAIS Som Local da Ausculta SOM TRAQUEAL Traqueia RESPIRAÇÃO BRÔNQUICA Brônquios Principais MURMÚRIO VESICULAR Periferia dos Pulmões RESPIRAÇÃO BRONCOVESICULAR Região Esternal Superior e Interescapulovertebral Direita Som Traqueal → 2 componentes (inspiratório e expiratório). Audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e na região esternal. Origina- se na passagem do ar através da fenda glótica e na própria traqueia. Componente inspiratório: ruído soproso/ rude. Intervalo curto silencioso entre os dois componentes. Componente expiratório: mais forte e prolongado. https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/cfc0 1e930d97495c-8a4e-dba16e39c9f3/06Auscultas_Pulmonares-So ns_Respiratrios_Traqueais.mp3 Respiração Brônquica → som traquela audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. Semelhante ao som traqueal → componente expiratório menos intenso. Ouvida no lugar do MV nos locais com condensação pulmonar, atelectasia ou cavernas pulmonares superficiais. https://www.notion.so/SOM-TRAQUEAL-f615d3eeb0e64829b5d4a64611cd9c04 https://www.notion.so/RESPIRA-O-BR-NQUICA-e5dc9709af6f472d9835744c46b491ce https://www.notion.so/MURM-RIO-VESICULAR-f4463484f9be4d8b9ca2da6d15424641 https://www.notion.so/RESPIRA-O-BRONCOVESICULAR-0669b7675dc441dba5bab0342fe8ce43 TÓRAX RESPIRATÓRIO 15 https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/4df 5275a-359547df-8df760b527aa6242/03Auscultas_Pulmonares-S ons_Respiratrios_Brnquicos.mp3 Murmúrio Vesicular → ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax. Produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se com as saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes. O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tom mais alto em relação ao componente expiratório que é mais fraco, de duração mais curta e de tom mais baixo. Não se percebe intervalo silencioso entre as duas fases. É mais fraco e suave que a respiração brônquica. Audível em quase todo o tórax. Não tem intensidade homogênea em todo o tórax → mais forte na parte anterossuperior, axilas e regiões infraescapulares. É mais débil nas pessoasmusculosas ou obesas. Mais intenso: respiração ampla e com a boca aberta, após esforço, em crianças ou pessoas emagrecidas. Mais intenso no lado não afetado no caso de afecções pulmonares unilaterais. Diminuição: presença de ar (pneumotórax), líquido (hidrotórax), tecido sólido (espessamento pleural), enfisema pulmonar, dor torácica que impeça a movimentação do tórax, obstrução das vias respiratórias superiores, oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos. Alteração importante → prolongamento da fase expiratória → surge na asma brônquica, enfisema e bronquite com broncoespasmo → traduz a dificuldade de saída do ar→ respiração sibilante ("chieira"). https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/6c3 25b652ffe-409c-aa6848fc48815d8f/02Auscultas_Pulmonares-So ns_Respiratrios_Vesiculares_Normais.mp3 Respiração Broncovesicular → características da respiração brônquica e do MV. A intensidade e a duração da inspiração e da expiração têm igual magnitude, ambas mais forte que o MV, mas sem a intensidade da respiração brônquica. Audível em regiões mais periféricas nas crianças. Em TÓRAX RESPIRATÓRIO 16 condições normais, é auscultada na região esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da terceira e da quarta vértebra dorsal. Presença em outras regiões → indica condensação pulmonar, atelectasia ou presença de caverna. https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/b34 36d5f-4c754e00836c-c6aad27b2c88/05Auscultas_Pulmonares- Sons_Respiratrios_Broncovesiculares.mp3 SONS ANORMAIS DESCONTÍNUOS Estertores Finos → ao final da inspiração, apresentam alta frequência (agudos) e duração curta. Não se modificam com a tosse. Som produzido pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao ouvido ou ao abrir e fechar velcro. Ouvidos principalmente nas bases pulmonares. São produzidos pela abertura sequencial de vias respiratórias anteriormente fechadas em razão da pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar. Surgem na pneumonia, congestão pulmonar da IC Esquerda, doenças intersticiais pulmonares. https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/708 28fac-745946c0812b-4286e91dbb77/08Auscultas_Pulmonares-E stertores_Agudos.mp3 Estertores Grossos → frequência menor e duraçção maior que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. Origem na abertura e fechamento das vias respiratórias que contêm secreção viscosa e espessa. São comuns nas bronquites e nas bronquiectasias. TÓRAX RESPIRATÓRIO 17 https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/39c 786c9-e3f8431892a856daf0726b01/09Auscultas_Pulmonares-E stertores_Graves.mp3 CONTÍNUOS Roncos → sons graves (baixa frequência). Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos (espasmo, edema, presença de secreção). Bronquites, asma brônquica, bronquiectasias, obstruções localizadas. Ocorrem tatno na inspiração quanto na expiração, na qual predominam. São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. Sibilos → sons agudos (alta frequência). Também se originam de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso, ocorrendo na inspiração e na expiração. São múltiplos e disseminados por todo o tórax quando provcados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica toda, como na asma e na bronquite. Quando são localizados indicam a presença de uma obstrução por neoplasia ou corpo estranho. https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/286 e421a-911e-40fd-add771fd5a936d43/13Auscultas_Pulmonares-Sib ilos.mp3 Estridor → Ruído inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou da traqueia (difteria, laringite aguda, câncer de laringe e estenose da traqueia). DE ORIGEM PLEURAL Atrito Pleural → nos casos de pleurite, por se cobrirem de exsudato, os folhetos da pleura passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparado ao ranger de couro atritado. É um som de maior duração e frequência baixa, de tom grave → fácil distinsão dos estertores. A sede mais comum são as regiões axilares inferiores. TÓRAX RESPIRATÓRIO 18 https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/bd9 5be5d-063e-403b-b34653fafd63b7dc/18Auscultas_Pulmonares-A trito_Pleural.mp3 AUSCULTA DA VOZ Ausculta da voz falada e da voz cochichada. O paciente vai falando "trinta e três" enquanto o examinador percorre o tórax com o receptor do estetoscópio, comparando regiões homólogas tal como no exame do FTV. Os sons ouvidos na parede torácica são chamados ressonância vocal. Em condições normais, constitui-se de sons incompreensíveis → não se distinguem as síladas que formam as palavras "trinta e três" (o parênquima pulmonar normal absorve componentes sonoros). Quando ocorre consolidação (pneumonia, infarto) a transmissão é facilitada e as palavras ficam nítidas. É mais intensa no ápice do pulmão direito, nas regiões interescapulovertebrais e esternal superior → mesmas áreas da ausculta da respiração broncovesicular. Broncofonia → aumento da ressonância vocal → condensação pulmonar (inflamatória, neoplásica ou pericavitária). Diminuição → atelectasia, espessamento pleural e derrames. O aumento e a diminuição da ressonância vocal coincidem com as mesmas modificações do FTV. Pectorilóquia fônica → quando se houve com nitidez a voz falada. Pectorilóquia afônica → quando se houve com nitidez a voz cochichada. Egofonia → é um tipo especial de broncofonia; qualidade anasalada e metálica (balido de cabra). TÓRAX RESPIRATÓRIO 19 https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/c66a05 2d-51284dba-ab7247bc5400566b/21Auscultas_Pulmonares-Egofoni a.mp3
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