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Ecologia Holística da Terra Viva

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Ecologia Holística da Terra Viva 
Maurício da Silva1 
 
 
OBJETIVOS GERAIS. 
Levar o aluno aprender a: 
1. Praticar auto-observação de si mesmo, para descobrir e erradicar estados psicológicos 
equivocados, geradores de violência, tais como ansiosidade, agressividade, tensão, etc. 
2. Despertar o interesse pelo conhecimento de si mesmo, para eliminar de dentro de sua 
psique os fatores que causam violência. 
3. Praticar técnicas de relaxamento, de concentração, para perceber e eliminar os agentes do 
desequilíbrio emocional. 
4. Perceber e conscientizar-se acerca do beco-sem-saída em que a sociedade foi colocada pela 
violência generalizada e elaborar planos para sair daí. 
5. Viver a vida sem violência, lutando sempre pela construção da paz. 
6. Lutar pela reconquista dos valores éticos, morais e espirituais perdidos, eliminando os 
defeitos geradores da violência, criando as virtudes geradoras da paz. 
7. Refletir para compreender a responsabilidade que todos nós temos na luta contra a 
violência, para construir a paz. 
8. Desenvolver faculdades de percepção, de atenção, de observação, discriminação, análise, 
síntese, dedução e criatividade acerca do processo de criação da paz. 
9. Adquirir hábitos de pesquisar assuntos acerca da violência, em jornais, revistas, livros, etc, 
para auto-sensibilização. 
10.Conhecer os Três Fatores de Construção da Paz, contidos nos Fatores de Revolução da 
Consciência instituídos pelo Dr. Samael Aun Weor. 
 
CONTEÚDOS. 
1. O que é a paz. 
2. A violência nas escolas. 
3. A Violência na família. 
4. A Violência onde há aglomeração de pessoas: shows jogos, comícios, etc. 
http://www.geocities.ws/instituinte/mauricioecologiaholistica.htm#nota1
6. Violência social. 
7. Violência nas instituições públicas. 
8. Violências nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
9. Disciplina e ordem. 
10.Fatores de causas da violência: ansiosidades, tenção, agressividade, desassossego, etc. 
11. Autoridade, autoritarismo, limites e permissividade. 
12. Perdas de parâmetros éticos. 
13. Erotização na mídia, na televisão, no cinema, na música, na internet, etc. 
14. As causas da depredação, da pichação e do usou de drogas nas escolas. 
15. O ego e a essência. 
16. Pseudo Educação. 
17. Punição: forma de castigo ou de discriminação. 
18. Educação não combina com competição. 
19. Psicologia da Violência. 
20. Técnicas para dissolução da violência. 
21. Educação e violência múltipla. 
22. Ação nas causas da violência. 
23. Propostas concretas de combate à violência. 
24. Educação Revolucionária. 
25. Ecologia Holística ou profunda. 
26.As Florestas Tropicais do Mundo. 
27.A Estrutura de uma Floresta tropical. 
28.Os animais de uma Floresta Tropical. 
29.O Homem e as Florestas Tropicais. 
30.Florestas em extinção. 
31.Preservação das Florestas tropicais. 
 
ESTRATÉGIAS. 
1. Aulas expositivas e dialogadas. 
2. Leitura e interpretação de textos de violência, em jornais, revistas, livros, etc. 
3. Discussão das atividades desenvolvidas pelos alunos acerca da violência. 
4. Trabalhos individuais ou grupos sobre violência, utilizando as diversas técnicas de 
dinâmica de grupo. 
6. Entrevistas feitas pelos alunos a especialista em assuntos de violência. 
7. Realização de visitas dos alunos a pessoas atingidas pelas diversas formas de violência. 
8. Projeção de filmes sobre violência. 
9. Realização de pesquisas bibliográficas. 
10.Leitura em jornais dos assuntos inerentes à violência cotidiana. 
11.Painéis sobre violência. 
12.Seminário sobre violência. 
13.Debates acerca da violência. 
14.Escrever cartas e mandar e-mails ao maior número possível de pessoas acerca da violência 
generalizada. 
15.Colocar placares sobre violência nas escolas e em locais de grandes concentrações de 
pessoas. 
16.Feitura de Composições, pelos alunos, sobre violência, com auxílio professores de 
português, utilizando textos de jornais, revistas, livros, etc. 
18.Montagem do histórico da violência generalizada, nos quatro cantos do mundo, com 
orientação de professores de história. 
19.Mapeamento pelos alunos da violência no mundo, com auxílio dos professores de 
geografia. 
20.Retratação da violência pelos alunos, com auxílio dos professores de educação artística. 
21.Elaboração pelos alunos da estatística da violência mundial, com auxílio do prof. de 
matemática. 
22.Elaboração pelos alunos de propostas de paz. 
23.Participação dos alunos em campanhas pela paz. 
24.Elaboração pelos alunos de cruzadinha sobre a violência e a paz. 
25.Composição feita pelos alunos sobre a paz e não violência, na forma de tragédia, comédia, 
drama, etc. 
26.Entrevistas feitas pelos alunos com especialistas em Florestas Tropicais, em Botânica e 
Ecologia Holística. 
27.Palestras Feitas por especialistas em Florestas Tropicais, em Botânica, em Zoologia e em 
Ecologia profunda. 
28.Realização de atividades de campo, visita a Jardins, Parques e ecossistemas naturais. 
29.Utilização de material audiovisual. 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO, REFLEXÃO E DISCUSSÃO. 
1. Sabendo-se que holisticamente o Universo possui a tendência de sintetizar as unidades em 
totalidades organizadas, qual é a conexão que as plantas estabelecem entre o Sol e os demais 
seres vivos? 
2. Sabendo-se que o Sol é a base da cadeia alimentar, qual é o papel dos vegetais nesta 
cadeia? 
3. De onde vem a energia da lenha que se queima nos fornos das pizzarias? 
4. O que é fotossíntese? 
5. Defina ecossistema, fatores bióticos e abióticos. 
6. Quais as diferenças entre seres autótrofos e heterótrofos? 
7. Que é Holística, qual é o seu papel? 
8. Qual a diferença entre movimento de rotação e de translação da Terra? 
9. Qual é o seu endereço no Cosmos? 
10. Considerando que a Terra representa para o Cosmos o que um grão de areia representa 
para um oceano e que ela foi criada para abrigar bilhões de pessoas, você não acha que seria 
um desperdício muito grande de material e de tempo, criar um imenso cosmo só para isso? 
Qual é sua opinião? 
11. Quais as principais diferenças entre Ecologia Holística ou Profunda e a Ecologia 
Convencional? 
12. Elabore uma proposta para Preservação das Florestas e dos ecossistemas em geral. 
13. Há riscos de todas as florestas tropicais do mundo desaparecerem? Explique como. 
14. Existem tipos diferentes de florestas tropicais? Quais são? 
15. O que é uma floresta tropical? 
 
NOTA DO AUTOR. 
A Terra é um planeta vivo do cosmo. Ela nasce, cresce, envelhece e morre, possuindo um 
ciclo vital semelhante ao nosso. Ela vive como todos nós e os demais seres vivos, possui um 
corpo físico tangível, um corpo vital, órgãos, sistemas, respira, alimenta, adoece, etc. Ela 
possui inteligência, agradece as atitudes de interferências positivas à natureza e repudia, 
rechaça as interferências negativas, revida as agressões violentas que o homemóide lhe impõe, 
com reações proporcionais à intensidade de agravo destas. 
A Terra é uma célula viva do cosmos, por isso ela gera, sustenta e desenvolve a vida de todos 
os seres vivos. Ela possui um princípio, um meio e um fim, que foram previamente 
calculados, arquitetados e dirigidos pela inteligência divina, para servirem aos propósitos da 
vida existencial. Portanto, ela não surgiu a esmo do acaso, como apregoam os homemóides 
antiecológicos do antropocentrismo materialista. 
A Terra é um planeta vivo do cosmo, que possui quase de tudo para seus filhos; importando 
apenas a energia solar, para transforma-la nos seres vivos e brutos, ao longo da trajetória de 
elaboração da Teia da vida da biomassa. 
A Terra viva, Gaia, é um departamento de educação do cosmos. As essências dos seres vivos 
e os elementais dos quatro elementos que vem para cá para se educarem, ao longo dos seus 
processos de evolução-involução e revolução. 
A viva Terra é apenas um elemento do conjunto de mundos mesocósmicos, que está a serviço 
da vida atravésda mecânica holística. Pela mecânica holística da Terra viva, os fenômenos 
naturais acontecem de maneira simultânea, harmônica e interdependentemente. Viva a vida da 
Terra Viva! Ela é holística! 
A Terra tem sido agredida, degradada e violentada absurdamente pelo homemóide 
antiecológico do antropocentrismo filosófico, que poluiu o ar, a água, o solo e a alma. Por 
isso, ela está doente, está febril e pode morrer a qualquer momento, se não conseguirmos 
reverter esta marcha nefasta de destruição, imposta pelo homemóide antiecológico. 
A paz da Terra está em nossas mãos. Chega de agressão e de violência nas escolas, no campo, 
na cidade, na sociedade e na ecologia. Nossa Mãe já não agüenta mais! Vem, vamos nos 
mobilizar articuladamente, para salvar a vida da Mãe Terra! Vamos formar o exército 
ecológico, para lutarmos pela paz na Terra! Não seja conivente com a violência que ai está, 
estude, reflita, pratique o conteúdo deste livro, que foi escrito para você, avante, lute conosco, 
para juntos ajudarmos erradicar a violência e construir a paz na Terra! 
Vamos formar cidadãos holísticos que busquem novas formas mais modernas de governar as 
cidades, os estados e os países do mundo, pondo fim ao tão cacarejado neoliberalismo 
glabalizante. O mundo precisa de governantes que priorizem as questões sociais e ecológicas, 
para que possamos preservar a Terra viva. 
Precisamos formar cidadãos holísticos que compreenda que os benefícios advindos da 
globalização, do fruto do trabalho, devem ser aproveitados por todos e não como um fator 
gerador de pobreza, de miséria, de violência e de destruição da raça humana, da maneira 
como quer o homemóide antiecológico do antropocentrismo. 
Precisamos formar uma geração de governantes holísticos que entendam que todos os povos 
de todos os países possuem direito e acesso às inovações tecnológicas e adotem mecanismos 
de cooperação para erradicar a miséria, a fome, a violência, o desemprego, promovendo uma 
educação transformativa, maior coesão social e igualdade de direito, maior respeito aos 
direitos humanos e de oportunidade de segurança paz para todos. 
1. PARADIGMA DA NOVA CONCEPÇÃO DE MUNDO. 
Como professor de física tenho lido, refletido e ensinado aos meus alunos acerca da revolução 
que vem lentamente ocorrendo através das novas concepções da física; que vem mudando 
profundamente nossas visões de vida e do universo; passando da visão superficial de vida 
efêmera no mundo mecanicista de Descartes e de Newton para uma visão cosmológica de 
Einstein, de Huberto Rhoden e do Dr. Samael Aun Weor, muito mais profunda, holística e 
ecológica. 
As mudanças de paradigmas, para Kuhn, ocorrem sob a forma de rupturas descontínuas e 
revolucionárias e representam uma transformação cultural. As mudanças de paradigmas 
ocorrem em todas áreas do conhecimento humano: nas ciências, na cultura, nos esportes, etc, 
e refletem em toda sociedade. 
Um paradigma tem seu ponto de partida e de chegada e, quando vai chegando ao fim é porque 
vai sendo substituído por outro, após haver predominado por muito tempo. O paradigma 
cartesiano, que na física é newtoniano já vai se indo, após haver dominado a nossa cultura 
centenas de anos, aonde moldou a sociedade ocidental, influenciou o mundo inteiro. Esse 
paradigma é calcado no antropocentrismo centrífugo, que concebe o universo como sendo um 
sistema casual, automático, composto de sistemas fragmentados. Ele visualiza o micro, o 
meso e o macro-cosmo, como sendo máquinas, totalmente destituídos de qualquer princípio 
organizativo inteligente. A vida em sociedade é concebida como sendo uma luta competitiva 
pela existência e a crença no progresso material é ilimitado. Deve ser obtido por intermédio 
de um crescimento econômico, feito a custo do sacrifício dos desvalidos, em decorrência do 
mais valia. 
O novo paradigma, que já vai substituindo gradativamente os princípios antropocêntricos, de 
natureza econcêntrica, é denominado de concepção holística do cosmos, por conceber o 
universo como uma totalidade integrada, onde as unidades funcionam simultânea, 
interdependente e integradamente e não como um conjunto desconexo de partes dissociadas. 
Na visão ecocêntrica há o reconhecimento da independência fundamental de todos os 
fenômenos; onde há o encaixe e a dependência dos homens nos processos cíclicos da 
natureza. Aí os sistemas vivos possuem conexões vitais com o meio ambiente e se sustentam 
reciprocamente. 
A Ecologia Profunda já é um movimento popular global, que vai sendo conhecido por muita 
gente e está rapidamente adquirindo preponderância. Arne Naess fundou escola filosófica 
ecocentrista, no início dos anos 70, dando distinção entre "Ecologia Rasa", a ecologia 
convenciona e "Ecologia Profunda", a ecologia revolucionária. Onde fica claro que a Ecologia 
Convencional é muito superficial e antropocêntrica, por estar centralizada no ser humano. 
Para ela os seres humanos estão situados acima ou fora da natureza, como sendo a fonte de 
onde emergem todos os valores, tendo no meio ambiente e nos demais seres vivos apenas um 
valor de objeto de uso. 
Na Ecologia Profunda os seres humanos não se separam das outras coisas do meio ambiente 
natural, sejam elas de natureza vegetal, animal ou mineral. Para ela o mundo não se constitui 
numa coleção de objetos isolados, mas numa rede de fenômenos cósmicos interconexos, 
simultâneos e interdependentes. 
A ecologia profunda compreende que cada ser vivo se constitui numa pérola muito valorosa 
engastada no colar da Teia da Vida da Terra Viva; reconhece o valo intrínseco de cada ser 
vivo e vê o ser humano apenas como um fio particular desta teia da vida. 
Devemos nos reeducar convenientemente, para adquirir consciência ecológica profunda, o 
que significa experimentar e compreender a realidade da sensação de pertinência e de 
interconexidade com Unidade Absoluta do universo cósmico, ser diversidade na unidade, ser 
uno com o todo. 
As escolas devem abordar em seus currículos a Ecologia Profunda, para construir a Cultura da 
Paz e Não Violência na Terra: paz ambiental, escolar e social, por intermédio do combate à 
violência na causa. Nossas escolas devem ensinar aspectos importantes do novo paradigma 
ecológico, fazendo suas abordagens dentro de uma visão ecológica coerente com o holismo 
cósmico. 
Nossa natureza tem sido dramaticamente violentada por uma sociedade homemoidal 
fundamentalmente antiecológica, decorrentes de nossas estruturas sócio-econômicas estarem 
solidificadas no neocapitalismo que engendra sistemas ideológicos dominadores, que geram 
explorações antiecológicas, traduzidas no patriarcado, no imperialismo, no racismo, no 
escravagismo. 
As mudanças de paradigmas só poderão se dar por meio da revolução da consciência 
ecológica, com base nos três fatores de revolução da consciência. Isto ampliará nossa 
capacidade de registro das nossas percepções do holismo do universo, mudando nossas 
maneiras de pensar e sentir a natureza. 
 
Numa sociedade capitalista como a nossa, é amedontrador para maioria das pessoas conceber 
mudanças de paradigma, para atingir valores centrípetos mais equilibrados; principalmente 
aqui no Brasil, onde levar vantagem em tudo é a lei, o que reforça a competitividade, a 
individualidade e egoísmo, em detrimento da solidariedade e do altruísmo; onde muitos são 
favorecidos, privilegiados, recebem recompensas econômicas e poderio político. 
A síndrome do medo exacerbado imposta pelo ego, leva o homemóide à aquisição de poder 
excessivo de dominação sobre os demais. Se as estruturas políticas, militares e corporativas 
fossem hierarquicamente organizadas para servir ao próximo seriam toleráveis; mas, para 
defender a ideologia da estrutura de poder, para manutenção de privilégios à camada 
dominante, se constitui em algo criminoso e absurdo. Ninguém desejaria poder para si 
mesmo, se não possuísse o germe egóico do medo da inferioridade.Para pessoas investidas de 
poder, as mudanças de paradigmas, de valores trazem em seu bojo o medo existencial. 
Portanto, para o exercício do poder, mais apropriado para o novo paradigma, seria o poder 
como influência de outros. A estrutura ideal para exercitar esse tipo de poder não é a 
hierarquização das funções, mas uma rede intrincada de convergência ecocêntrica, que é 
também, ao mesmo tempo, a metáfora central da Ecologia Profunda. A mudança de 
paradigma passa também por uma mudança na organização social, mudando de hierarquias 
para redes; indo de uma relação de poder hierárquico para uma rede dialógica. 
 
2. NOVO RENASCIMENTO ECOLÓGICO. 
O homemóide antropocêntrico, antiecológico, de natureza egocêntrica, violentou a natureza e 
nos colocou num beco-sem-saída e nos deixou diante de uma série de problemas globais, por 
intermédio de violências múltiplas que prejudicam a biosfera e a vida microcósmica, de modo 
alarmante e quase irreversível. 
A humanidade chegou a esse nefasto estágio de descosmificação em razão do 
hipertrofiamento do ego, causa do paradigma que configurou a sociedade ocidental com 
fundamento no antropocentrismo centrífugo, induzindo as pessoas do mundo inteiro a uma 
cultura de devastação ambiental e social. 
O paradigma centrífugo - que deu base à desconexão entre microcosmo hominal e o 
mesocosmo terrestreal, tirando-lhe a compreensão do holismo transcendental dos cosmos - 
consubstancializa-se em idéias e valores periféricos que ofuscam a percepção da realidade e a 
visão do holismo univérsico, para conceber o universo como sendo um sistema mecânico, 
automático e casual. 
Assim caminhou a humanidade através dos tempos, afastando cada vez mais do centro de si 
mesma, concebendo o micro e o mesocosmo como sendo uma máquina desprovida de valores 
transcendentais. O centrífugo antropocêntrico deu ao homemóide egocêntrico uma 
conformação egóica, uma visão da vida em sociedade com sendo uma luta competitiva pela 
existência, onde o lucro é que interessa e a crença num progresso material ilimitado a ser 
alcançado pelo crescimento econômico emergente de uma ciência desprovida de consciência. 
Gradativamente, ainda que muito lento, os valores antiquados do velho paradigma do 
antropocentrismo vão perdendo força e um novo paradigma do despertar da consciência 
ecológica vai aparecendo, trazendo uma visão holística do cosmo, que concebe o mundo 
como um todo integrado e não como uma reunião de partes dissociadas. Esta percepção 
profunda dos fenômenos ecológicos está associada a uma escola filosófica, acoplada a um 
movimento global que é denominado Ecologia Profunda. 
As ciências ambientalistas convencionais são superficiais, centrífugas e antropocêntricas. 
Vêem o homem como centro do cosmos, acima ou fora da natureza, como uma fonte de onde 
convergem todos os valores e concebe a natureza como sendo um objeto de uso, um 
instrumento de satisfação de seus prazeres. Por outro lado, a Ecologia Profunda não 
desconecta o Homem sapiens dos outros seres vivos e dos seres bruto do ambiente natural. 
Isto permite a ela enxergar o universo como sendo uma teia de fenômenos cósmicos inter-
relacionados, simultâneos e interdependentemente, onde todos estes seres vivos e seres brutos 
estão inseridos nos processos cíclicos da natureza e dependem deles. 
A ecologia Profunda é uma ciência de religação do homem ao cosmos, sabendo-se que os 
cosmos se reduzem aos universos relativo e absoluto, onde a diversidade se entrelaça com a 
unicidade, para configurar a uniciência, unipresença e a unipotência em todas as coisas. 
Portanto, a Ecologia Profunda se faz presente em todas as ordens religiosas, com sua 
esplendorosa gnosiologia, seja místicos cristãos, budistas, no islamismo, na filosofia, na 
cosmologia, no antropologismo, etc. 
A Ecologia Profunda reconhece o valor inerente da vida que gira ao redor vida humana. Pois 
considera que todos os seres dos reinos: mineral, vegetal e animal são membros do mesmo 
Oikos, do mesmo Lar Terrenal, onde toda a comunidade se interliga numa rede de 
interdependências. Se os homens despertassem a consciência para esta realidade 
fenomenológica, uma nova ética ambiental e social de valores holísticos emergiria. 
Há necessidade de uma completa revolução nas ciências convencionais, recheadas de 
materialismo centrifuguista se colocam a serviço da morte e não da vida, uma vez que a maior 
parte do trabalho dos cientistas e do povo em geral não é em função de promover e de 
preservar a vida, mas sim destruí-la. Desta forma os físicos trabalham a serviço da criação de 
sistemas bélicos, criando armas e artefatos belicistas o bastante para extinguir a vida do nosso 
planeta. Os químicos trabalham criando substâncias que contaminam o meio ambiente e 
matam a vida. Os biólogos e os engenheiros do geneticismo inconsciente estão criando novos 
e desconhecidos microorganismos sem a devida consciência desperta para saber das 
conseqüências. Biólogos, médicos, psicólogos e outros cientistas torturam animais cobaias, 
infringindo-lhes dores, desespero e todo tipo de sofrimento, cometendo o pior dos absurdos 
em nome de um pseudoprogresso cientifico. 
 
3. ÉTICA ECOLÓGICA PROFUNDA. 
Os valores éticos são fundamentais para a ecologia profunda, no sentido de revolucionarem a 
consciência ecológica do ente social, elevando-o do senso comum, traduzido pelo velho 
paradigma antropocêntrico da ecologia convencional, à consciência holística do novo 
paradigma da Ecologia Profunda. O velho paradigma está baseado em valores 
antropocêntricos, isto é, é centralizado no ser humano como sendo o centro do universo, o que 
deu sustentação às agressões e violência à natureza, levando o mesocosmo ao caos. 
Por outro lado, a Ecologia Profunda está embasada no novo paradigma de valores 
ecocêntricos, isto é, centralizado na Terra, traduzido numa visão de mundo que reconhece o 
valor inerente da vida não só humana, mas também de todos os seres vivos e não vivos. 
Porque todos os seres vivos e os não vivos são membros de uma mesma casa, a Terra, 
espalhados através das comunidades ecológicas, que estão ligadas umas às outras numa rede 
de interdependências, interconexidade e simultaneidade. 
Quando o ser humano despertar a consciência, para o holismo do mesocosmo, terá tido acesso 
à percepção ecológica profunda; o respeito à mãe natureza tornar-se-á parte de sua 
consciência cotidiana; e dai emergirá um novo sistema ético, revolucionário transcendental. 
Faz-se urgente à emergência de uma ética ecológica profunda de uma ecoética, nos dias de 
hoje, fundamentalmente no campo das ciências físicas, químicas e biológicas, levando em 
consideração que a maior parte dos cientistas fazem ciência sem consciência, atuando a 
serviço da morte, destruindo a vida, como os físicos que projetam armamentos para eliminar a 
vida do planeta, como os químicos que estão contaminando o meio ambiente com os produtos 
químicos antiecológicos, como os biólogos que estão criando tipos desconhecidos de 
microorganismos e cruzando animais sem saber prever as conseqüências destes atos, como os 
filósofos, os psicólogos, políticos, juristas e outros cientistas que estão impondo sofrimento 
aos povos, torturando e matando animais em nome da evolução social e científica. 
Naess propôs a Ecologia Profunda, em 1973, se inspirando nos pensamentos ecofilosóficos de 
Henry Thoreau e de Aldo Leopoldo, contidos na Ética Ambiental, numa resposta a visão 
dominante acerca do uso dos recursos naturais. Arne denominou de Ecologia Profunda por 
que esta demonstra profundamente a sua distinção frente ao paradigma dominante, traduzido 
na Ecologia Convenciona, de configuração muito superficial. A Ecologia Profunda concebe o 
homem em harmonia com os seres vivos e com a natureza, enquanto que Ecologia 
Convencional, vê o homem como um ser que domina os outros seres vivos e a natureza. 
Na Ecologia Profunda, toda naturezapossui um valor intrínseco transcendental. Para o 
paradigma convencional o ambiente natural tem valor enquanto fonte de recursos naturais 
para uso dos seres humanos. Para as ciências do paradigma convencional, os seres humanos 
são superiores aos demais seres vivos; enquanto que para as ciências do paradigma 
revolucionário da Ecologia Profunda, todos os seres humanos representam apenas uma das 
espécies de seres vivos, em total igualdade, na Teia da Vida, com todas as outras espécies de 
seres vivos. 
O paradigma convencional materialista concebe o crescimento econômico e material como 
sendo base do crescimento humano; enquanto que as metas materiais estão a serviço de 
objetivos transcendentais de auto-realização do ser. O paradigma convencional apregoa a 
crença em amplas reservas de recursos naturais. Ao passo que para o paradigma 
revolucionário, o planeta possui recursos limitados. 
O antropocentrismo centrífugo visualiza o progresso e soluções para problemas baseados em 
alta tecnologia, que demandam gastos de muita energia; já o novo paradigma concebe uma 
tecnologia apropriada, fruto de uma ciência com consciência. Do materialismo do paradigma 
convencional emanou o consumismo, que engendrou os descartáveis que, por sua vez, conduz 
à devastação da natureza. Já para a Ecologia Profunda o homem faz uso só daquilo que é 
necessário, reciclando sempre os recursos não-renováveis. 
 
 
4. MENSAGEM DE AMOR À MÃE NATUREZA HOLÍSTICA. 
Deixo minha homenagem para esta mãe doce e bondosa, que foi bem lembrada com a maior 
mensagem de amor já deixada para ela. Esta mensagem foi composta com cada ato, cada 
olhar e cada sentimento de um homem, que soube ver na criação o reflexo do seu Criador. 
Para este homem tudo, que compõe a natureza, era importante, desde o mais diminuto até o 
maior ser, fosse animado ou inanimado; e também os quatro elementos eram importantes: 
terra, água, ar e fogo. Pois seus olhos cintilavam, com uma beleza da alvorada e em suas veias 
corriam as águas limpas dos rios. Assim como seus ouvidos entendiam a linguagem dos 
pássaros, sua alma se exultava com cada crepúsculo. De modos, que possam os ventos levar a 
ti nossa gratidão, irmão Francisco; que fora de Assis. E que toda a humanidade apreenda com 
o teu exemplo: respeitar e amar verdadeiramente a mãe natureza. Que aprendamos a 
inspirarmos, cada manhã, quando os dedos mornos da aurora tocarem a nossa face e 
exclamarem: Oh, irmão Sol Não dito isto por sentimentalismo, mas, por conscientização de 
que precisamos da mãe natureza; porque somos parte dela e, mais ainda, que a natureza e nós 
somos uma só coisa!(Simone Silva Santos, minha esposa). 
 
5. CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA ECOLÓGICA. 
Culturalmente o homem altera o seu modo de vida por intermédio de sua inteligência criativa, 
que constrói capacidades de buscar soluções para seus problemas. Então ele busca maneiras 
de sobreviver aqui no planeta, se agrupando sempre, por tratar-se de um animal social. 
Entretanto, o mal em tudo isto foi que o homem não aprendeu a desenvolver a sua consciência 
paralelamente ao uso das ciências. E inteligência utilizada sem consciência, quase sempre se 
dirige para o mal, é empregada para destruir o planeta, a serviço da morte. 
Temos que preparar uma sociedade ecológica de cidadãos holísticos, que possua consciência 
ecológica desenvolvida e a utilize na tecnologia do bem, para adaptar o ambiente as suas 
necessidades, sem degradação deste, usando para isto a sua inteligência criativa, para se 
apossar da cultura acumulada ao longo dos milhares de anos. 
O homem holístico respeita e preserva as culturas de todos os povos, porque sabe que com 
isto está respeitando e preservando a própria natureza. Nossa vida em grupo requer 
cooperação, solidariedade e compreensão. Porém, devido ao capitalismo nossa sociedade se 
pauta pela competição, gerando antagonismo, individualismo e competição. 
Precisamos preparar o homem do futuro, revesti-lo de cidadania ecológica, para que possa 
zelar pelo seu destino e da sua grande causa que é o planeta Terra. Devemos educa-lo com 
base nos fatores de revolução da consciência holística da Psicologia Revolucionária, para que 
venha ter uma ética de valores elevados, de respeito aos seres vivos, à natureza, ao seu 
semelhante e a si mesmo. 
O homemóide do antropocentrismo destruiu muitas culturas, violentou muita gente, ao 
modificar seus hábitos, descaracterizando e exterminando muitos grupos humanos, com ajuda 
dos aparelhos ideológicos de estados, religiões, escolarizações, etc. Não bastasse isto, o 
homemóide destruiu a sua própria morada. Agora, o futuro da humanidade está nas mãos do 
homem holístico e não do homemóide antropocêntrico. 
Certamente, por tudo isto, o homemóide continuará pertencendo ao gênero homo, à família 
dos hominídeos, à ordem dos primatas, à classe dos mamíferos, ao reino animal, como antes 
fora. Entretanto, este mamífero intelectual não pode mais ser classificado como espécie Homo 
sapiens, porque sapiens denota sabedoria, conhecimento, compreensão, etc; e como pode ser 
sábio, um ente antiecológico que destrói os seres vivos, a sua própria morada e a si mesmo? A 
maioria absoluta de seres humanos já não faz jus ao qualificativo de Humano, e sim, 
desumano, pois são violentos, fazem guerras, provocam a miséria, a fome, a desordem, a 
violência generalizada, etc. 
Os componentes físicos, químicos e biológicos do planeta são gerados, interagem e 
transformam-se coordenados pelos princípios inteligentes da natureza, por intermédio da 
mecânica holística. Os princípios inteligentes da natureza utilizam-se de fatores determinantes 
das transformações da hidrosfera, da atmosfera e da litosfera para da origem à vida existencial 
e posteriormente distribuí-la na natureza, para composição dos ecossistemas, adotando para 
isto mecanismos de adaptação, evoluções e modificações ao longo dos tempos. 
A inteligência organizativa da natureza construiu condições físicas, químicas, climáticas e 
nutricionais, através da mecânica holística, para geração, desenvolvimento, manutenção e 
perpetuação da vida existencial. 
A humanidade retira da natureza os recursos que necessita para a sua existência. Só, que na 
atualidade, vem retirando muito, e repondo pouco ou quase nada, daquilo que sem dúvida 
desequilibra a natureza, empobrece-na gradativamente, agonizando-a até à morte. 
Devemos formar uma sociedade holística que retire do solo somente aquilo que necessita, 
fazendo a as devidas reposições na mesma proporção da retirada, para que haja um 
desenvolvimento auto-sustentado, ao bem de todos nós e das gerações futuras. 
A humanidade atual chegou ao ano 2000 com uma crise existencial total, trazendo em seu 
bojo a miséria, a desordem, a violência e o caos. A crise que vivenciamos, oriunda das ações 
centrífugas do homemóide antropocêntrico antiecológico, mostra-nos que há erros profundos 
no paradigma antropocêntrico, que separou o homem da sua mãe natureza, tornando-o órfão e 
imbecil. 
Por outro lado, falando em construtivismo de Piaget, à luz da mecânica pendular, a crise de 
valores morais e espirituais que a humanidade atravessa, representa uma oportunidade para 
reconhecermos nossos erros e emendarmos deles, corrigirmos o desequilíbrio ecológico, 
construirmos um novo modelo de organização social, criando uma sociedade ecologicamente 
ambientalista, que avance em direção à humanização holística, sob os signos de um 
paradigma psicognóstico. 
 
6. TEIA DA VIDA NA TERRA VIVA. 
A Ecologia Holística nos coloca uma nova forma de compreender o mundo, como sendo uma 
extensão de nós mesmos. Ela possui uma visão sistêmica, que concebe o mundo como um 
todo, formado por partes interdependentes. É uma concepção que transcende a antiquada 
visão da ecologia convencional, que concebe o mundo como sendo um sistema mecânico, 
casual, automático, morto, aleatório e determinista. 
A deusa grega Gaia,que simbolizava a Terra viva, emprestou seu nome à moderna Teoria de 
Gaia, que considera nosso planeta Terra como uma totalidade integrada, um organismo vivo, 
que gera e desenvolve a vida e processa matéria e energia para todos os seres vivos. 
A Teoria de Gaia, que concebe nosso planeta como um verdadeiro sistema vivo resultante do 
acoplamento perfeito do meio ambiente com os seres vivos, formando uma unidade auto-
reguladora; ela revoluciona o saber convencional que concebe a Terra como um planeta 
morto, constituído de seres brutos inanimados: solo, rochas, oceanos e atmosferas, automático 
e casualmente habitado pela vida. 
A Ecologia Profunda tem por objetivo integrar homem e natureza; eles foram separados pelo 
centrifuguismo antropocêntrico. Ao entrarmos em contato com a natureza cósmica, 
constatamos que de seus locais virginais, emanam energias que mobilizam internamente as 
nossas capacidades de percepção, permitindo-nos um modo mais profundo de sentir, pensar e 
agir; estados internos mais profundos que nos permitem perceber o holismo e restabelecer o 
elo de ligação com a teia da vida do sistema Gaia. 
Precisamos educar nossas crianças dentro dos princípios holísticos, para perceberem melhor a 
si mesmas e a perfeita conexão que há entre suas próprias vidas, os seres vivos microcósmicos 
e o mesocosmo telúrico. 
 
A natureza viva organizou os organismos dos seres vivos e deu-lhes uma forma holística, de 
tal forma que os materiais ingeridos por eles sofrem transformações, para que haja um 
funcionamento harmonioso das células que formam os órgãos e sistemas, para tornar 
realidade à geração e desenvolvimento da vida existencial. 
O princípio organizativo da natureza dotou os organismos dos seres vivos de receptores, para 
captação de estímulos externos, para percepção dos estímulos externos, dos fenômenos 
naturais e da própria existência. Os sentidos internos, dotados de receptores externos, se 
constituem num importante departamento de espionagem e vigilância para os seres vivos, 
destinados a mantê-los informados acerca das condições ambientais, situações de perigo, etc. 
Eles matem estes seres vivos informados acerca de tudo aquilo que está ao seu redor, 
prevenindo-os, inclusive, de certas substâncias nocivas e coisas venenosas. Os sentidos 
coordenados pela consciência informam aos animais e ao homem sobre tudo, 
preventivamente, a fim de que possam se ajustar às novas circunstâncias ambientais e 
interagir holisticamente com elas. 
O homemóide antropocêntrico afastou-se muito de si mesmo ao desenvolver um progresso 
tecnológico destituído do desenvolvimento da consciência; gerou situações degradantes: 
agressões, degeneração moral, violência ambiental, explosão populacional desarticulada de 
métodos científicos de controle de concepção, sem planejamento adequado. Assim, a 
sociedade demanda uma grande quantidade de alimentos, vestimentas, remédios, energia, 
transportes, moradias, etc; coisas que exigem um alto consumo de matéria prima para 
manutenção das necessidades humanas, trazendo a devastação ambiental, que deixou a Terra 
desarrumada, doente, a caminho da morte. 
Por isso devemos lutar incessantemente para construirmos uma sociedade de cidadania 
ecológica, para formação de uma sociedade holística formada de homens que tenham uma 
ética ambiental, cultural e social, como condição básica para se evitar morte definitiva do 
nosso Planeta Azul e, com ele, os seres vivos e nós também! 
As ciências holísticas estão lutando para reintegrar o homem ao planeta, por intermédio de 
uma filosofia centrípeta e de uma psicologia revolucionária. 
Cada ser vivo, esteja onde estiver no cosmos, se constitui numa pérola engastada no grande 
colar da Teia da Vida. Devemos ensinar aos nossos alunos fundamentarem suas opiniões 
acerca das questões relacionadas a desequilíbrio ambiental e suas conseqüências para 
dinâmica ambiental e para saúde pessoal, que está intimamente relacionada à saúde ambiental. 
Nossas crianças precisam aprender que o meio ambiente se constitui em algo resultante da 
interatividade entre seus elementos constituintes. Esta interação holística se dá através dos 
ciclos da matéria e do trânsito da energia. O equilíbrio dinâmico do ambiente é devido à 
existência dos ciclos da matéria e do fluxo da energia, coisa que o homemóide não 
compreende e destrói a manutenção deste equilíbrio dinâmico da natureza, porque não 
entende que este equilíbrio holístico do ambiente significa saúde ambiental, que é base da 
saúde social. 
O homemóide antiecológico não compreende que ruptura a qualquer ciclo da natureza resulta 
em desequilíbrio ambiental, comprometendo todas as espécies que vivem ali e 
conseqüentemente a saúde social que é o expoente da saúde ambiental. 
Cada ser vivo, inclusive o ser humano, é um elemento importante para manutenção do 
equilíbrio ambiental da natureza. Cada ser vivo se constitui num elemento que capta, 
transforma e transmite energias cósmicas para geração e desenvolvimento da vida existencial 
na Terra. 
Cada ser vivo capta, conforme nos ensina o Dr. Samael através de suas obras holísticas, 
energia do cosmos em determinadas freqüências, transforma-na integralmente e transmite-na 
à cápsula terrestre numa freqüência adequada à manutenção da vida da Terra Viva. 
Então, cada ser vivo constitui-se num componente muito especial da Teia da Vida, por ser um 
fio de captação, transformação e transmissão de raios de energias cósmicas à cápsula terrestre. 
Todo ser vivo, ao mesmo tempo, que vai transmitindo as energias recicladas a terra, vai 
absorvendo as energias degradadas e retransmitindo-as ao espaço cósmico, para reciclagem e 
posterior reintrodução ao solo, num eterno ciclo das radiações univérsicas, para geração, 
manutenção e desenvolvimento da vida existencial na Terra. O homemóide antropocêntrico 
degrada tudo isto ao destruir os fios da teia da vida, violentando a natureza, por não 
compreender que cada ser vivo, seja ele de que espécie for, inclusive o homem, é um precioso 
elemento de constituição da vida de Gaia. 
O homemóide antiecológico não consegue compreender que cada ser vivo guarda estreitas 
relações de dependência com os demais seres vivos e com o meio ambiente em geral, de 
modo holístico, isto é, as relações ocorrem de maneira simultânea e interdependente. Assim, 
devemos engendrar esforços para formação de uma sociedade de cidadãos holísticos, que 
percebam a fragilidade da teia da vida e que a menor interferência nesta provoca ruptura no 
equilíbrio ambiental e compromete seriamente a vida de cada ser vivo, inclusive a do ser 
humano. 
 
Em decorrência da hipertrofiação dos defeitos dos eus componentes do ego homemoidal, o 
homemóide já destruiu uma enorme quantidade de espécies de seres vivos, trazendo prejuízo 
a energização do planeta, à saúde humana, ao equilíbrio ambiental, agonizando a Terra, com 
sérias ameaças à continuidade da vida existencial. 
7. SHOW DA BIODIVERSIDADE HOLÍSTICA. 
Todos os dias há o silenciar das manhãs e também dos entardeceres, onde os ecossistemas 
revelam a sua harmonia holística e a sua biodiversidade, traduzidos pelos fenômenos 
simultâneos e interdependentes. A floresta exibe suas árvores, seus arbustos e herbáceas, que 
cintilam e bailam ao ressoar o vento, à luz do Sol brilhante, revelando um maravilhoso 
universo holístico de extraordinária variedade de seres vivos que compõem a unidade da vida. 
Aí os passarinhos cantam, voam e pulam nos ramos e nos galhos; há também os insetos que 
navegam pelo oceano das belas flores e os répteis que rastejam e toma sol sobre as pedras. 
Enquanto isto, lá pra aqueles cafundós piam o nambu chitão e o chororó, canta o sabiá nos 
galhos do jequitibá, as joaninhas coloridas que se movem através das folhas, o pica-pau vai 
cortando madeira, enquanto o João-de-barro constrói sua casa e o bem-te-vi diz estar vendo 
tudo, num grande show da biodiversidade!8. NOSSO ENDEREÇO NO COSMOS. 
Naturalmente todos nós moramos em uma casa que está inserida em uma rua, a rua pertence a 
um bairro, o bairro está contido na cidade que, por sua vez, pertence ao estado; o estado está 
contido no país; o país está contido no continente e o continente está dentro do planeta Terra. 
E o planeta Terra onde está? Nosso planeta pertence ao Sistema Solar de ORS. O Sistema 
Solar está contido na Galáxia de Gutemberg, que está contida na Via Láctea. A Via Láctea 
está contida no Universo. O Universo não é o fim de tudo. Como disse Einstein: Depois de 
cada Universo há um espaço vazio e, depois do espaço vazio, vem outro Universo e assim 
sucessivamente; e o conjunto de todos os universos compõe o cosmos. E o que são os 
cosmos? Conforme ensinamentos contidos nas obras científicas do Dr. Samael Aun Weor, 
que em sua cosmologia transcendental nos fala acerca de um universo extraordinário, 
composto por um conjunto de mundos emanantes e transcendentes, há sete cosmos: 
Protocosmos, Ayocosmos, Macrocosmos, Deuterocosmos, Mesocosmos, Microcosmos e 
Tritocosmos. O vocábulo grego cosmos tem o significado de beleza, ordem, etc. Por exemplo, 
quando uma mulher quer ficar bela utiliza cosmético. Por outro lado, na dialética dos 
contrários, caos é o oposto de cosmos, significa feiúra e desordem, etc. 
A história da humanidade é construída com batalhas incansáveis para vencer os limites que a 
natureza lhe impõe. O homem se apropria de ciência e tecnologia para vencer os limites e 
decretar a sua independência, enquanto que os demais seres vivos são obrigados a viver onde 
o clima lhes é favoráveis. O grande problema para o homem é saber que a tecnologia constrói 
a sua independência dos fatores climáticos adversos da natureza, mas que o mesmo não 
acontece em relação aos fatores bióticos abióticos de constituição da vida. Apesar do avanço 
tecnológico, a humanidade ainda depende da natureza. Sua liberdade é restrita e complicada, 
porque evoluiu em ciência, retrocedeu em consciência e solidificando o caos por intermédio 
da violência. 
Ao desenvolver em ciência e regredir em consciência o homem violentou a natureza, 
desequilibrou-a, colocando-a em perigo através dos impactos ambientais, da depredação 
descomedida, ameaçando a continuidade da vida no planeta: poluição da água, do ar, 
desmatamentos descomedidos, exploração irracional dos recursos naturais, degradação do 
solo, etc. 
 
Como impedir que o homem programado para destruir a vida e o planeta consiga a sua meta? 
Como preservar a vida da agressão do seu violentador? Isto só seria possível se 
construíssemos um relacionamento holístico com planeta, calcado numa ética transcendental 
revestida de uma formação com valores da consciência. O que viria, por certo e permitir ao 
homem um desenvolvimento cultural, moral, espiritual, que se constitui em fatores básicos de 
preservação da natureza, condição fundamental à continuidade da vida no planeta. 
 
Há necessidade urgente de uma educação transcendental para nossas crianças, para jovens e 
para os adultos também, revestida de uma pedagogia que lhes confira o despertar da 
consciência holística, construção da cidadania ecológica e de atitudes práticas em favor da 
sobrevivência do planeta Terra. 
A luta pela preservação da natureza é uma guerra contínua contra a violência do homemóide 
inconsciente; que em nome da globalização promove a desagregação social, ao obrigar os 
habitantes das margens de um rio belo, piscoso, recreativo, etc., a morar nas cidades. Tudo 
isto para construção de usinas que alimenta indústrias de coca-cola e outros. Será que isto é 
desenvolvimento ou violência? Não seria violência generalizada o fato de marginalizar, 
despersonificar e massificar seres humanos, ao obrigá-los a abandonar sua pesca, seu 
artesanato, sua canoa, para habitar nas cidades, viver em favelas, passar fome, engrossar a 
violência urbana, etc? 
A luta contra os homemóides antiecológicos, contra agressores que violentam a mãe natureza, 
contra os que praticam violência ao meio ambiente, é sustentada pelas pessoas que possuem 
uma consciência da importância da ecologia holística para continuidade de nossa existência 
no plano físico. 
 
9. HOMEMÓIDE, HOMEM E SUPER-HOMEM. 
Homemóide é o mamífero intelectual automaticamente deformado pela ortodoxia dos 
sistemas sociais institucionalizados. O homemóide é um mamífero intelectual 
equivocadamente chamado de homem como diz o Dr. Samael Aun Weor. O homemóide é um 
ente social antiecológico, adormecido, inconsciente, autômato, etc. Ele é um títere, um boneco 
de engonço, um indivíduo programado pelos sistemas sociais antropocêntricos, que se deixa 
ser manejado pelos componentes do seu ego. 
A Pedagogia Revolucionária classifica o ente social, de acordo com a posição que ocupa na 
escala da consciência, em três grupos bem distintos: homemóide, homem e super homem. A 
Educação Revolucionária consiste em elevar o estudantado do grau de consciência 
homemoidal ao grau de consciência de super-homem, passando pela posição intermediária de 
homem. Homemóide é o mamífero racional, intelectual, modelado pela ortodoxia dos 
sistemas sociais centrífugos: escolar, político, econômico, etc. 
Ao falarmos em homemóide, homem e super-homem, o fazemos com base na escala de 
seidade interna, isto é, com relação ao percentual de consciência desperta que cada um tem. 
De maneira grosseira podemos dizer que a consciência do homemóide fica aquém dos 3%, a 
do homem parte daí e chega até ao início do grau da consciência de super-homem, que possui 
a plenitude da consciência desperta. 
O homemóide é a Fera, o ego, personificado no conto infantil de A Bela e a Fera. Entretanto, 
este possui uma Bela, sua essência, que poderá tirá-lo deste estado caótico e inseri-lo no 
universo hominal. Para tal precisa reconhecer a si mesmo, reconhecer a sua feiúra resultante 
da atuação dos defeitos do ego e do estado caótico que se encontra. 
O filme A Bela e Fera, na versão francesa, mostra um diálogo entre a Bela e a Fera, em que a 
Fera pergunta à Bela: -Eu sou muito feio? -Você sabe que não sei mentir, respondeu-lhe a 
Bela. -Eu sei que sou feio e não tenho inteligência, reafirmo a Fera! -Você possui a 
inteligência de reconhecê-lo a si mesmo, da maneira como é, respondeu-lhe a Bela. 
A inteligência da Besta é a maior inteligência que uma pessoa pode possuir, que permite 
reconhecer a si mesmo como é; reconhecer o mais cru realismo do estado caótico que nos 
encontramos, em razão do baixo percentual de consciência desperta que temos. Reconhecer 
este estado se constitui no ponto de partida para o trabalho sobre si mesmo, com o propósito 
de se emendar dos erros, morrer para os defeitos e nascer para as virtudes da alma e trabalhar 
gratuitamente ao bem do nosso semelhante, para que se torne um cidadão holístico na senda 
do despertar da consciência, indo do grau de homemóide do senso comum ao grau de super-
homem de consciência total. 
O homemóide é filho da dispersão, da fornicação, agente do ego; enquanto que o homem é 
fruto da autoconstrução, da revolução da consciencitiva, feita sobre os três fatores de 
revolução da consciência da Psicologia Revolucionária. 
O homemóide é produto da reação dos defeitos psicológicos do ego, ao passo que o homem é 
agente das virtudes da essência. O físico Huberto Roden descreveu o Homem Integral como 
sendo um ser que já equilibra ego e consciência, numa proporção balanceada de 50% para 
cada. Outro físico, não menos extraordinário, Albert Einstein, também falou do homemóide e 
do homem em suas obras científicas e filosóficas, ao dizer que o homem tem um valor, 
diretamente proporcional à quantidade de ego liberada, isto é, à quantidade de defeitos 
erradicados de dentro de si mesmo. 
Nietzsche fala muito acerca do Super-Homem, ao enunciar a doutrina do Super-homem, na 
sua magistral obra Assim Falava Zaratustra. Nietzsche concebeua filosofia do Super-Homem 
e Hitler a usou, equivocadamente, a serviço da morte, no nefasto Facismo. A raça ariana de 
Nietzsche, formada de homens superiores, se constituía numa super raça, composta de 
homens de consciência desperta, portanto da paz, da liberdade e do amor e não do ódio e do 
terror e da violência, conforme entendeu o homemóide Hitler. 
Os ensinamentos de Nietzsche são usados por psicólogos com jogadores de futebol e de 
outros esportes, em momentos difíceis, por intermédio da terapia de auto-superação. O Dr. 
Samael deixou-nos importantes ensinamentos acerca da doutrina do Super-homem, em seu 
livro do Homem ao Super-homem. Tendo nos deixado o modus operandi para se tornar 
também um Super-homem. Como exemplos vivos de Super-homens podemos citar: 
Zoroastro, Saint Germain, Pitágoras, Platão, Sócrates, São Francisco de Assis, Santo 
Agostinho, Krishna, Buda, Jesus Cristo, Samael Aun Weor, VM. Rabolu e muitos outros. 
Homemóide é o mamífero intelectual automaticamente deformado pela ortodoxia dos 
sistemas sociais institucionalizados. O homemóide é o "mamífero intelectual 
equivocadamente chamado de homem" (Dr. Samael Aun Weor). O homemóide é um ente 
social antiecológico, adormecido, inconsciente, autômato, etc. Ele é um títere, um boneco de 
engonço, um indivíduo programado pelos sistemas sociais antropocêntricos, que se deixa ser 
manejado pelos eus componentes do seu ego. 
O homemóide é um bonifrates desprovido de hominalidade e de consciência ecológica, 
características fundamentais dos agentes holísticos. A ausência de consciência, principalmente 
a ecológica, é uma constante no ente homemoidal que compõe a massa social do segundo 
milênio. 
Homemóide, infelizmente, com esta palavra, ainda que na ausência de heteromorfismo e de 
heterofrasia, designa eficaz e literalmente o maior percentual de entes sociais componentes da 
sociedade moderna, equivocadamente chamada de humanidade. 
Homemóide é qualquer um de nós que compõe a sociedade atual que, mais do que nunca, está 
recheada de desumanidade, de defeitos que afloram nas mais variadas formas de violências, 
que traduzem na destruição do holismo da Terra, ameaçando o planeta telúrico, impondo o 
desequilíbrio ecológico para a vastidão do cosmos. 
Homemóide é todo agente social que possui o centro de gravidade, ou de inteligência, na 
periferia do universo psicológico, isto é, no ego. Por isso, ele se conduz pelos caminhos 
irracionais da razão subjetiva, gerando violência ecológica por onda passa. 
O ente homemoidal é um fornicário, que extravasa a sua matéria seminal, dia após dia até se 
tornar impotente, que o leva a descosmificação total, conforme se comprova em Levítico 
15:16. Não só Levítico, mas a Bíblia inteira está recheada de referenciais que atestam a 
descosmificação do ente homemoidal através do derramamento seminal, da fornicação. Esta é 
a causa que levou a humanidade e se destituir sua qualificação hominal, para transformar-se 
ao longo dos tempos em entes homemoidais e mergulhar no universo da violência, agentes 
ameaçador da biomassa, causador de desequilíbrio ecobiopsicossocial. 
O homemóide é um ente social carente de poder temporal, que enaltece o culto à 
personalidade, por se tratar de um ente autólatra, que é revestido de vaidade, orgulho e de 
luxúria; ele é um elemento gastronômico, cheio de cobiça. 
O homemóide é um ente social imanente do centrifuguismo antropocêntrico, que promove 
almoços, jantares, banquetes políticos e todo tipo de festas, como pretexto para tratar de 
assuntos econômicos de seu interesse. Todo homemóide se sente muito macho, é revestido de 
prepotência e está sempre se apoiando no substrato de sua força física, no seu poderio 
econômico, político, religioso, bélico, etc, para defender seus interesses unilaterais e 
disseminar a violência múltipla sobre o meio ambiental e social nos quatro cantos do mundo. 
O mesocosmo telúrico está densamente povoado de machos homemodais, entretanto, está 
rarefeito de homens e super-homens. Há, por aqui, muitos machos e poucos homens! Uma 
diferença fundamental entre o macho homemoidal e o ente hominal, que está na prepotência 
do primeiro ante a humildade do segundo. O macho homemoidal está para o ego, agente dos 
defeitos geradores de violência, assim como o ente hominal está para as virtudes que 
engendram a paz. 
O homemóide não preenche as condições ecopsicossocial para ser classificado na espécie dos 
Homo sapiens. Porque sapiência denota conhecimento, sabedoria, holismo. Portanto, somente 
o ente humano, revestido de hominalidade, deveria ser classificado na espécie Homem 
sapiens do sistema de classificação dos seres vivos do naturalista sueco Lineu (1707-1778). 
Da mesma forma, não se pode confundir o ser homemoidal, em hipótese alguma, com o 
agente humanal da escala de Nietzsche, mesmo que se dê todo crédito à doutrina biológica do 
notável evolucionista inglês Charles Darvin (1809-1822). A propósito, ao bem da veracidade 
dos fatos, pode-se inferir que a doutrina biológica darwiniana - cuja exclusão extrema se 
fundamenta no parentesco fisiológico e na comunhão de origem em todos os seres vivos com 
formação de novas espécies, por um processo de seleção natural - não possui competência 
para identificação das distinções evidentes que existem entre o ente humanal e o ser 
humanoidal. 
O ente humanoidal é revestido de todo tipo de temor. Tem medo da morte, tem medo da vida, 
tem medo dos outros, tem medo de si próprio, tem medo de tudo; por isso se arma contra tudo 
e contra todos e produz violência generalizada; enquanto que o agente hominal só tem medo 
de ter medo. Por isso o homemóide engendra o pseudonacionalismo por entre a sociedade, por 
causa medo que possui dos outros povos e para defender suas posses, coloca as fronteiras 
entre povos e nações. 
O homemóide se arma até os dentes, armazena artefatos bélicos, cria muralhas em torno de 
suas propriedades e em torno de si mesmo, para defender o que expropriou, quase sempre de 
maneira indevida, dos demais. Devido a hipertrofiação do seu ego, este autômato jamais 
dividiria o que possui com o seu semelhante de modo a atender a justiça social. 
O homemóide, o mamífero intelectual, erroneamente chamado de homem, é destituído de 
anelos espirituais e da verdade das coisas; não possui inquietudes que demandem o despertar 
de sua consciência, que está acondicionada pelo ego. Essa espécie de ser é internamente vazio 
e busca refúgio nas coisas materiais, exteriores e efêmeras, para preencher o vácuo do seu 
coração, para enriquecer a pobreza de seu espírito. Com isso, hipertrofia o seu eu da cobiça, 
da ambição, da inveja, da ira, que se transformam em violência, em antagonismo e 
beligerância. 
O Homemóide beligerante, às vezes é condecorado pelos seus feitos heróicos nas lutas, nas 
guerras e se sente orgulhoso dos seus feitos antiecológicos contra vida, nas barbáries 
cometidas no matadouro humano. Entretanto, esta criatura, de baixo percentual de consciência 
desperta, não sabe que o seu heroísmo que emerge do temor é proporcional ao seu percentual 
de medo, que consiste num dos sentimentos mais inferiores do ser homemoidal. 
O temor bloqueia a mente homemoidal, tira-lhe a inteligência, a felicidade, a liberdade e 
mergulha-o no oceano da escravidão. Todo agente homemoidal desconhece os sentimentos 
superiores como a paz, a liberdade e o amor, pois vive sempre no substrato do seu ego, no 
mundo dos sonhos e das ilusões, se projetando para fora de si mesmo as recordações do 
passado e os projetos do futuro, o que lhe tira a vivência do presente. Na sua ânsia maluca de 
poderes econômicos, temporais, religiosos, políticos, etc, comete violência, injustiça, desatino 
e todo tipo de barbárie, para consecução de seus objetivos. 
Desta forma, a maioria do dos eventos planejados pelo o homemóide tende ao fracasso, 
porque este ente social não possui práxis, não consegue ligar suasintenções às realizações. O 
que podemos comprovar, por exemplo, no evento Eco-92, em que as intenções ali firmadas 
não conseguiram sair do papel até hoje, numa total desconexão entre plano e planificação. 
O homemóide antiecológico perdeu o seu livre arbítrio e se transformou em autômato tiranete, 
à medida que se tornou escravo da luxúria, da sensualidade, da volúpia degenerada, da 
sodomia, etc. Daí, ele se encerra nos motéis, locais de baixa freqüência vibratória, onde 
habitam os íncubos e súcubos, elementos que se alimentam das secreções gonodais. 
Para o homemóide degenerado o amor é sinônimo de saldo bancário, carros belos, de noitadas 
nos motéis, etc. Entretanto, no fundo, o homemóide não passa de uma criatura amedrontada, 
que precisa ser compreendida por todos, por não possuir capacidade de compreender 
ninguém. Pois é um ignorante, não conhece a si mesmo, desconhece a sua integridade 
psicológica, conseqüentemente desconhece o holismo cósmico, a filosofia univérsica, o 
cosmo, os deuses e seus mistérios. 
Infelizmente, o vocábulo homemóide - aparentemente revestido de heterofrasia, ainda que na 
ausência de caracterização de heteromorfismo - designa literalmente a maioria dos entes 
sociais da nossa sociedade atual. Homemóide é o termo que objetivamente descreve, com 
precisão, cada um de nós, que direta ou indiretamente tomamos parte na destruição do 
mesocosmo telúrico e dos microcosmos animais e vegetais, impondo desequilíbrio ao meio 
ambiente. 
O homemóide é um homúnculo que se prima pela irracionalidade e que na sua ação fornicária 
de extravasamento da energia seminal, dia após dia, chega à impureza total, tornando-se 
protagonista da violência generaliza nas escolas, na ecologia e na sociedade, com reflexos 
imediatos em todos acontecimentos da vida (Levítico 15:16-18). O homemóide é um ser que 
ama a autofilia, cultua a personalidade, adora ser homenageado, os elogios, as bajulações, se 
recheia de ira, de vaidade, de orgulho, de autolatria, de glutonaria, se transforma num glutão 
que vivencia verdadeiras maratonas gastronômicas. 
 
10. RUMO À ECOLOGIA PROFUNDA. 
A Ecologia Profunda traz em seu bojo uma concepção que não faz separação entre os homens 
e a natureza, por isso vai gradativamente ganhando relevância através das ciências 
ecocêntricas, ao enunciar uma nova visão da realidade da natureza e da vida. 
 
À medida que o ano 2000 se desenrola, as preocupações com o meio ambiente vão adquirindo 
importância relevante. Vivenciamos a violência generalizada nas escolas, na sociedade e na 
ecologia, que nos traz uma série de problemas globais de destruição da biosfera e da vida 
humana, de modo espantoso, alarmante e irreversível. 
Os inúmeros problemas de nossos tempos atuais não podem ser equacionados e nem 
solucionados isoladamente, por se tratarem de questões de natureza sistêmicas, por estarem 
interligados e serem interdependentes, o que podemos verificar, na citação de Fritjof Capra, 
que nos ensina que: Só será possível a estabilização da população quando a pobreza for 
reduzida em âmbito mundial. Dizendo que a extinção das espécies dos animais e dos vegetais, 
numa escala massiva, continuará enquanto o hemisfério meridional estiver sob o fardo das 
enormes dívidas. A escassez dos recursos e a degradação do meio ambiente combinam com 
populações em rápida expansão; o que leva ao colapso das comunidades locais, à violência 
étnica e tribal; o que se tornou característica mais importante da era pós-guerra fria. Em 
última análise, estes problemas precisarão ser vistos exatamente como sendo das diferentes 
facetas de uma única crise; que é, em grande medida, de percepção. Há solução sim para os 
principais problemas de nossos tempos! Mas isto requer uma mudança radical das nossas 
percepções, dos nossos pensamentos e dos nossos valores. E de fato, estamos agora no 
princípio dessa mudança fundamental de visão de mundo na ciência e na sociedade, uma 
mudança de paradigma, tão radical, como a revolução de Copérnico. Porém, esta 
compreensão ainda não despontou entre a maioria dos nossos líderes políticos. O 
reconhecimento de que é necessária uma profunda mudança de percepção e de pensamento 
para garantir a nossa sobrevivência ainda não atingiu a maioria dos líderes das nossas grandes 
universidades. Nossos líderes não só deixam de reconhecer como diferentes problemas estão 
inter-relacionados; eles também se recusam a reconhecer como suas assim chamadas soluções 
afetam as gerações futuras. A partir do ponto de vista sistêmico, as únicas soluções viáveis 
são as soluções sustentáveis. O conceito de sustentabilidade adquiriu importância chave no 
movimento ecológico e é realmente fundamental. Este, em resumo, é o grande desafio do 
nosso tempo proporcionar chances de vida existencial às gerações futuras. 
 
11. VISÃO HOLÍSTICA DOS FENÔMENOS NATURAIS. 
Devemos compreender que a natureza é uma só em todo o universo cósmico. No cosmos toda 
multiplicidade material e energética se reduz à unidade absoluta; toda unidade absoluta se 
converge para diversidade. É o princípio cósmico da unipresença, uniciência e unipotência 
também descrito nos livros alquímicos. Ao compreender que a integração entre os diversos 
ambientes se deve à constante movimentação da água, do ar, do solo, à transferência de 
matéria e de energia nas cadeias alimentares, estamos tendo uma visão holística da dinâmica 
cósmica. 
O planeta Terra é um componente do Universo Relativo, onde a diversidade de ambientes e 
de seres vivos é garantida pela possibilidade dos elementos químicos formarem misturas 
homogêneas. Na Terra, o princípio de que a diversidade se reduz à unidade, fica garantida 
pelo fato de que os ambientes se relacionam uns com os outros, para formar uma só natureza 
holística. 
Na dinâmica holística do nosso planeta, a gravidade é um fator fundamental. Ela é uma das 48 
leis que estamos sujeitos. Graças a ela a água líquida está sempre se movimentando para 
potenciais mais baixos; ela sai das nuvens e vem para o chão e corre nos rios, indo para lagos, 
mares e oceanos. Em sua caminhada, a água dissolve, transporta e deposita substâncias 
diversas; com a sua evaporação fica realimentado o ciclo. Graças à evaporação e à 
movimentação da água, reinicia-se o eterno ciclo e ela é encontrada na maior parte do planeta. 
Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, tudo circula, tudo se movimenta e 
os ciclos eternizam a natureza, que fica integrada nos seus diversos ambientes, pela estratégia 
da movimentação e as transformações dos materiais. A água, o solo e o ar, tão necessários à 
vida, resultam da mistura de várias substâncias. Destes, o ar e a água circulam pelo interior 
dos seres vivos e pelo ambiente através da mecânica holística, para tornar a Terra um planeta 
vivo e belo! 
Na dinâmica da mecânica holística do planeta Terra, a circulação da água se dá nos estados 
líquidos e de vapor; de repente a água se torna estática, na forma sólida; porém, quando 
derrete, volta a circular novamente. A água vira vapor pela ação do calor e sobe; lá no alto 
esfria, vira líquido e cai na forma de chuva, atraída pela gravidade. 
Esta dinâmica de subida e de descida da água garante a distribuição desta para toda a Terra, 
possibilitando a existência da vida em quase todas as partes. A circulação garante a dissolução 
de substâncias, permitindo acumulação de materiais necessários à vida. Devemos lutar para 
preservar a água, esta é uma tarefa fundamental de todos nós. A água é usada por todos, para 
tudo: nas fábricas, nas escolas, nas casas, pelos seres vivos, etc. Na mecânica holística do 
planeta, a vida, tanto na terra como na água, usa o mesmo mecanismo, uma vez que os seres 
vivos apresentam as mesmas necessidades. 
Os participantes de uma cadeia ecológica mudam no espaço e no tempo, porém o mecanismo 
de passagem de matéria e energia é sempre o mesmo. Neste mecanismo estãosempre 
presentes os produtores, os consumidores e os decompositores. Ai os produtores transformam 
a matéria inorgânica em orgânica e os decompositores transformam a matéria orgânica em 
inorgânica, onde o alimento passa de um organismo vivo ao outro, possibilitando a 
continuidade da vida. Nesta mecânica os seres clorofilados produzem a matéria orgânica, por 
meio da fotossíntese, por serem os produtores na cadeia ecológica, utilizando as moléculas 
mães que constituem o corpo de todos os seres vivos. Para continuidade da existência da vida 
no planeta é de extrema importância a ação dos decompositores na transformação da matéria 
orgânica em inorgânica, utilizável pelos autótrofos produtores. Desta forma os ciclos se 
completam. 
Não seria possível a continuidade da vida existencial no planeta, se os cadáveres e os restos 
dos seres vivos não se decompusessem pela ação dos decompositores, transformando os 
restos de seres vivos em substâncias minerais; não haveria materiais para a formação de novos 
seres, uma vez que pela lei da conservação da energia nada se cria. Dai, é de fundamental 
importância a criação de uma consciência ecológica, para se respeitar o equilíbrio da natureza. 
Com ignorância, sem compreensão, não há respeito à ecologia; o que há é violência à 
natureza. É preciso compreender que a mecânica da natureza é dinâmica e esse dinamismo é o 
fator responsável pela manutenção da vida existencial no planeta. 
Não podemos ser fanáticos, a ponto de conceber a idéia de que a natureza é intocável. Não é 
assim! A natureza deve ser explorada com cuidado, com conhecimento de sua mecânica 
holística e com consciência, para não causar violência ao equilíbrio ecológico. 
Para que não haja mais violência à natureza, gerando mais desequilíbrio ecológico, é preciso 
levar aos estudantes uma formação adequada para que eles, como homem, venham interferir 
positivamente na natureza, com conhecimento e compreensão da dinâmica de um 
ecossistema, dos mecanismos das cadeias alimentares, dos processos de reciclagem, do 
dinamismo dos ciclos naturais, etc. 
 
12. ECOLOGIA PROFUNDA DO UNIVERSO HOLÍSTICO. 
Hoje os ecologistas de todo o planeta estão adotando uma nova abordagem holística em seus 
estudos, que denominam de Ecologia Profunda. A Ecologia Profunda vai além dos trabalhos 
científicos tradicionais, para incorporação de um maior nível de consciência cósmica do nosso 
planeta. É a ciência que mergulha para o âmago das células, para dentro das partículas 
subatômicas, para estudar as grandes verdades cósmicas, sob um novo paradigma do despertar 
da consciência ecológica, levando em consideração que o progresso científico tecnológico, só 
é salutar, na medida que contempla a existência de todos os seres vivos em beneficio da 
totalidade dos seres humanos. 
A Ecologia Profunda é baseada na visão holística de um mundo cósmico concebido como um 
todo integrado e não como uma coleção de partes fragmentadas, isoladas. A Ecologia 
Profunda ou Holística é fundamentada numa percepção ecológica de muito profundidade, de 
muito maior amplidão que a usual. Ela reconhece a interdependência fundamental de todos os 
fenômenos cósmicos e possui a compreensão do fato de que somos elementos do conjunto de 
seres vivos e estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza e somos 
dependentes desses processos. 
Há uma grande diferença entre a visão ecológica convencional, que é bem superficial e a 
visão da ecológica holística, que é muito profunda. A primeira é fundamentada no 
antropocentrismo, isto é, está centralizada no ser humano. Ela concebe os seres humanos, 
como centro do mundo, situados acima ou fora da natureza, como a fonte emergente de todos 
os valores. Para este tipo de homemóide a natureza só serve para servi-lo, deve estar a seu 
serviço, não há a recíproca, atribui apenas um. A natureza na visão antropocêntrica é apenas 
instrumento de uso, um objeto descartável. 
A Ecologia Profunda não fragmenta nada. Para ela os seres humanos estão contidos nos seres 
vivos e unidos aos seres brutos e a todas as outras coisas do cosmos. Para ela o mundo não se 
resume a uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos cósmicos 
interconectados e interdependentes. Para a Ecologia Holística há o valor intrínseco de todos 
os seres vivos, onde o Homo sapiens é concebido como sendo apenas um fio particular nesta 
teia da vida. 
A Ecologia Holística possui uma percepção real da mecânica holística; onde os fenômenos 
univérsicos simultâneos e interdependentes têm implicações em todos os níveis dos sistemas 
vivos, dos sistemas sociais e dos ecossistemas. 
A Ecologia Profunda possui a virtude de realizar uma mudança de paradigmas em todas as 
ciências e conseqüentemente no homem; levando-os do senso comum à consciência 
ecológico, saindo de uma visão antropocêntrica para uma óptica centrípeta. A ecologia 
Profunda pode ser colocada em prática em todos os ramos de atividades, é aplicável nos mais 
diferentes contextos: na educação formal e informal, nas ciências sociais e exatas, na filosofia, 
nas atividades comerciais, na política, na assistência à saúde e na vida cotidiana. 
Na óptica holística, concebe-se o universo como um todo integrado; onde há ordem, beleza e 
interatividade cósmica. Na visão holística, as partes interdependentes não estão dissociadas. 
Esta visão holística pode ser denominada também de ecológica, se o vocábulo ecologia for 
empregado num sentido mais profundo que o convencional. 
A natureza cósmica é cíclica, todos os seres vivos possuem seu ciclo vital, enquanto que os 
seres brutos se encaixam nos ciclos naturais. Nós, os seres humanos, enquanto pertencentes 
aos seres vivos, dependemos dos ciclos da natureza; muito embora o ser homemoidal 
violenta-os, por sua absoluta inconsciência ecológica, em achar que independe dos ciclos 
naturais e do holismo univérsico. 
A Ecologia Profunda é a ciência que mergulha para o âmago das células e para dentro das 
partículas subatômicas, para estudar e descobrir as grandes verdades cósmicas, sob um novo 
paradigma do despertar da consciência ecológica, levando em consideração que o progresso 
científico tecnológico só é salutar, na medida em que contempla a existência de todos os seres 
vivos em beneficio da totalidade dos seres humanos. 
A Ecologia Profunda é baseada na visão holística de um mundo cósmico, concebido como um 
todo vivo, integrado e não como uma coleção de partes fragmentadas, isoladas, sem vidas. A 
Ecologia Profunda ou Holística é fundamentada numa percepção ecológica de muita 
profundidade, de muito maior amplidão que a ecologia convencional. Ela reconhece a 
interdependência fundamental de todos os fenômenos cósmicos e possui a compreensão do 
fato de que somos apenas elementos do conjunto de seres vivos e que juntamente com estes 
estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza e somos inteiramente 
dependentes destes processos. 
Há uma grande diferença entre a visão ecológica convencional, superficial e a visão da 
ecológica holística, profunda. A primeira é fundamentada no antropocentrismo, isto é, está 
centralizada no ser humano. Ela concebe os seres humanos, como centro do mundo, situados 
acima ou fora da natureza, como sendo a fonte emergente de todos os valores. Para este tipo 
de homemóide a natureza só serve para servi-lo, deve estar a seu serviço, não há a recíproca, 
atribui apenas um valor material a esta. A natureza na visão antropocêntrica é apenas 
instrumento de uso, um objeto descartável. 
A Ecologia Profunda não fragmenta nada, integra tudo. Para ela os seres humanos estão 
contidos nos seres vivos e unidos aos seres brutos e a todas as outras coisas do cosmos. Para 
ela o mundo não se resume a uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de 
fenômenos cósmicos interconectados e interdependentes. Para a Ecologia Holística há o valor 
intrínseco de todos os seres vivos,onde o Homo sapiens é concebido como sendo apenas um 
fio particular nesta teia da vida. 
A Ecologia Holística possui uma percepção da realidade da mecânica holística, onde os 
fenômenos univérsicos simultâneos e interdependentes têm implicações em todos os níveis 
dos sistemas vivos, dos organismos, dos sistemas sociais e dos ecossistemas. 
A Ecologia Profunda possui a virtude de realizar uma mudança de paradigmas em todas as 
ciências e no homem, levando-os do senso comum à consciência ecológica profunda, 
levando-os de uma visão antropocêntrica para uma óptica centrípeta. A ecologia Profunda 
pode ser colocada em prática em todos os ramos de atividades, é aplicável nos mais diferentes 
contextos: na educação formal e informal, nas ciências sociais e exatas, na filosofia, nas 
atividades comerciais, na política, na assistência à saúde a vida cotidiana. 
Na óptica holística concebe-se o universo como um todo integrado, onde há ordem, beleza e 
interatividade cósmica. Na visão holística, as partes interdependentes não estão dissociadas. 
Esta visão do paradigma holístico pode ser denominada também de ecológica, se o vocábulo 
ecologia for empregado como uma ciência mais profunda que a convencional ecologia que 
estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente apenas. 
A natureza cósmica é cíclica e todos os seres vivos possuem seu ciclo vital, enquanto que os 
seres brutos se encaixam nos ciclos naturais. Os seres humanos, enquanto seres vivos, 
dependem dos ciclos da natureza; muito embora o ser homemoidal violenta-os, por sua 
inconsciência ecológica em achar que independem destes ciclos naturais e do holismo 
univérsico. 
O homemóide revestido de uma visão antropocêntrica que o coloca como centro do universo, 
possui uma visão fragmentada das coisas da natureza, uma inconsciência ecológica e uma 
prática de vida egoística de individualização na sociedade, sem alteridade, sem empatia, sem 
paz e sem amor. Os problemas sociais, a miséria, a fome e a violência dos dias atuais são 
frutos decorrentes desta visão fragmentada de vida. Os entes sociais detentores desta 
concepção de vida não compreendem a totalidade cósmica que se expressa através do holismo 
univérsico. Assim, pensam que a natureza é morta, destituída de vida, em que os fenômenos 
naturais são coisas mecânicas, que ocorrem automaticamente, aleatoriamente ao princípio da 
inteligência organizativa, de modo casual. 
Desta forma, políticos, cientistas, religiosos, educadores, governadores e todo tipo de pessoas 
influentes concebem o mundo como uma coisa morta, destituída de vitalidade. Pessoas assim, 
não possuem visão da realidade, não percebem a interdependência dos processos sistêmicos, 
não percebem que estão inter-relacionados com este, com interdependência e simultaneidade. 
O homemóide antropocêntrico é detentor da idéia de que todo o cosmo é uma grande 
máquina, destituída de vida ou de qualquer sentido. A despeito disto vejamos o que nos 
ensinam Antônio Fragoso Guimarães, com base no filósofo Arne Naess, no físico Fritjof 
Capra e outros, conforme texto a seguir, na íntegra: O homemóide compreende a natureza de 
uma forma automática, como um sistema mecânico similar ao das máquinas feitas pelo 
homem, por isso, dentro do fugaz período de tempo a que se resume uma vida humana, é 
perfeitamente lícito, dentro desta concepção filosófica, que o indivíduo procure extrair o 
máximo deste sistema morto, a fim de dar um significado ao que, em última análise, e de 
acordo com esta visão, não parece igualmente ter significado algum: a existência humana. Daí 
o conjunto de caracteres típicos de nossa sociedade industrial e capitalista: a visão da vida em 
sociedade como uma luta competitiva pela existência, a ênfase na sobrevivência mais que na 
vivência e na melhoria real da qualidade de vida a partir do enriquecimento interpessoal, a 
crença num progresso material ilimitado, num contínuo crescimento econômico explorador de 
recursos naturais limitados, o patriarcalismo com suas várias facetas e formas de dominação, 
etc. 
Muita gente, desde o século passado, vem criticando contundentemente a marginalização, a 
alienação e o automatismo humano, decorrentes da revolução industrial do capitalismo 
ideologizante, embasada na concepção antropocêntrica, que infelizmente, ainda compõe os 
ideais dos cientistas, educadores, políticos e instituições das filosofias, ciências e letras 
convencionais. 
A ideologia do capitalismo, veiculada pelos meios de comunicação de massa, pelas 
instituições econômicas, educacionais, religiosas e políticas, detentoras de uma gigantesca 
mídia, que agem no sentido de abafar o despertar das consciências, impedindo, por entropia, a 
formação de uma compreensão da grandiosidade da mecânica holística e a ampliação da 
consciência ecológica. 
Os aparelhos ideológicos de estado, apontados pelo filósofo francês Altosser: religiões, 
família, escola, política, etc, impõem uma ideologia dominante para mascarar e distorcer a 
capacidade de percepção da realidade dos fatos e impor e perpetuar mecanismos legislativos e 
de ações ideológicas favoráveis aos seus ideais, aos seus objetivos gananciosos. 
A ideologia dominante do homemóide antiecológico promove o embotamento das 
consciências dos entes sociais, a atrofiação da compreensão e o hipertrofiamento do ego, para 
camuflar a verdade através de uma pseudo-realidade, fictícia e alienativa, que embota o senso 
crítico das pessoas, a fim de acentuar seus laços de domínio e a perpetuação da estrutura de 
poder que lhe é mais conveniente. 
Já não se pode mais ficar de olhos fechados ante a violência nas escolas, na ecologia, nos 
esportes, nas cidades e na sociedade. É grande a degradação social, ambiental e dos valores 
éticos morais e espirituais. Desta forma, a sociedade, calcada no paradigma da ideologia 
dominante, agressivamente violenta o sistema vivo Terra, colocando nosso planeta em 
agonia. 
 
Se acharmos que somos civilizados e que nosso moderno mundo industrial tem promovido só 
bem, é porque o grau de alienação já chegou a tal ponto que embotou as nossas consciências, 
nos impedindo de aperceber-se até mesmo da dor que a violência de nossa civilização 
tecnicista causa à natureza, aos seres vivos e aos homens em geral. 
Nos quatro cantos do planeta impera os efeitos nocivos do modo capitalista que neoliberal, 
proporcionado pelo eu hipertrofiado da ambição materialista, onde o sistema dominante tem 
engendrado uma ideologia de consumismo desenfreado, vetor de violência ao mesocosmo. O 
sistema dominante engendra filosofia altamente calcada nas ciências convencionais, para 
impor hábitos de consumo à população mundial, fazendo com os seres humanos consumam o 
que lhes impõem e não o que realmente se necessita. 
"O crescimento desordenado da população mundial, especialmente nos países pobres, entre os 
quais está o Brasil da era neoliberal do vaidoso neoimperador FHC, é a resultante direta do 
crescimento das dificuldades sociais que impedem a educação básica, que muito auxiliaria no 
planejamento familiar; aliás, problema que aponta para o descaso que nossos políticos têm de 
pensar em termos sistêmicos a longos prazos; e fazem da educação, como um todo, na prática 
uma temática supérflua diante do ideal, basicamente industrial, de que o crescimento e riqueza 
de uma nação são medidos pelo crescimento linear da economia, que se concentra nas mãos 
de poucos, e de que um alto PIB é sinônimo de bem-estar social. Ora, sendo assim basta que a 
educação básica inculque os valores e os hábitos de um mundo industrial" (Carlos Antônio F. 
Guimarães). 
"A escassez de recursos, a bizarra e surreal distribuição de renda e a degradação do meio 
ambiente a fim de saciar a ânsia de crescimento econômico dos empresários, e/ou - por meio 
da exploração irracional dos recursos humanos e naturais - para o pagamento da dívida 
externa ou para cobrir o rombo de instituições

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