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Aula 02-fundamentos-historicos-e-filosoficos-da-criminologia

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CRIMINOLOGIA
Fundamentos Históricos e Filosóficos da Criminologia
Livro Eletrônico
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CRIMINOLOGIA
Fundamentos Históricos e Filosóficos da Criminologia
Prof.ª Mariana Barreiras
SUMÁRIO
Fundamentos Históricos e Filosóficos da Criminologia ......................................3
1. Fundamentos Históricos e Filosóficos da Criminologia: Precursores ................3
2. Iluminismo e as Primeiras Escolas Sociológicas ...........................................6
3. Marcos Científicos da Criminologia.............................................................7
4. A Escola Liberal Clássica do Direito Penal e a Criminologia Positivista .............8
4.1. Escola Clássica ....................................................................................8
4.2. Criminologia Positivista .......................................................................11
4.3. Escolas Intermediárias ........................................................................16
Resumo ...................................................................................................19
Questões de Concurso ...............................................................................23
Gabarito ..................................................................................................33
Gabarito Comentado .................................................................................34
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Fundamentos Históricos e Filosóficos da Criminologia
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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA 
CRIMINOLOGIA
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? Esta é a nossa segunda aula, na qual estu-
daremos um duelo de pensamentos que está na origem da Criminologia. De tudo o 
que apresentarei, o que o examinador mais cobra nas provas é a diferença entre os 
clássicos e os positivistas. Preste bastante atenção nisso e entenderá a lógica das 
questões sobre o assunto.
1. Fundamentos Históricos e Filosóficos da Criminologia: Pre-
cursores
Antes de falar dos clássicos e positivistas, mencionarei alguns autores conside-
rados precursores da Criminologia. Eles estudavam o fenômeno criminal antes de a 
Criminologia se firmar como ciência.
Aproveitarei este item da aula para falar também de alguns autores com posi-
cionamento intermediário entre clássicos e positivistas, que eram contemporâneos 
ao debate travado entre essas escolas.
No século XVIII a.C., o Código de Hamurabi, por exemplo, determinava que po-
bres e ricos deveriam ser julgados de modo distintos: os ricos, por terem tido mais 
oportunidades e acesso à cultura, deviam ser julgados com mais severidade.
Em tempos mais recentes, os principais precursores são aqueles que se dedi-
caram a buscar, no corpo do delinquente, explicação pseudocientífica para o come-
timento de um crime. A oftalmoscopia tentava explicar o caráter das pessoas pela 
observação dos olhos, enquanto a metoposcopia analisava as rugas com o mesmo 
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objetivo. Os fisionomistas estudavam a aparência externa do indivíduo para deduzir 
seus caracteres psíquicos. Mencionarei alguns deles.
Giovanni Della Porta, por exemplo, nos séculos XVI e XVII, sustentou a perfeita 
correspondência entre os aspectos interiores e a forma externa de uma pessoa.
Johann Lavater, no século XVIII, estudou crânios e defendeu que o tempera-
mento da pessoa pode ser lido pelos contornos da face e que o delinquente tem 
maldade natural.
Petrus Camper, também no século XVIII, mostrou a escala de perfeição dos se-
res, partindo do macaco até chegar a Apolo.
Os fisionomistas autorizaram o surgimento do Édito de Valério, criado pelo juiz 
Marquês de Moscardi, na Itália: quando se tem dúvida entre dois presumidos cul-
pados, condena-se sempre o mais feio.
Ao lado dos fisionomistas, os frenologistas também desempenharam papel im-
portante como precursores da Criminologia. A ideia deles era localizar cada um dos 
instintos humanos em uma parte específica do cérebro. Citarei alguns frenologistas.
Franz Joseph Gall, médico alemão que viveu nos séculos XVIII e XIX, defendia 
que o crime é resultado de um desenvolvimento parcial e não compensado do cé-
rebro.
Johann Spurzheim, discípulo e colaborador de Gall, chegou a elaborar uma carta 
cranioscópica, parecida com os mapas da Geografia.
O espanhol Mariano Cubí y Soler elaborou um manual de frenologia em meados 
do século XIX e foi um dos primeiros a expor a teoria do criminoso nato, um sub-
tipo humano com características que o levam a cometer crimes. O criminoso é um 
enfermo que necessita de tratamento.
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Na psiquiatria, o psiquiatra francês Philippe Pinel (séculos XVIII e XIX) possuía 
ideias humanitárias de tratamento das doenças mentais. Ele demonstrou que os 
delinquentes e os doentes mentais eram coisas distintas.
Bénédict-Augustin Morel (século XIX) associou criminalidade à degeneração. Para 
ele, o crime é uma forma determinada de degeneração hereditária, de regressão.
Jean Esquirol, psiquiatra francês que viveu entre os séculos XVIII e XIX, defen-
dia que o ato criminal somente podia ser realizado sob estado delirante. Como o 
autor do delito não está mentalmente são, não deve haver punição, mas sim tra-
tamento. Seu trabalho com internos e loucos chegou a desencadear a criação de 
comissão para verificar o tratamento dado aos reclusos.
O antropólogo francês Prosper Lucas, em 1847, descreveu o conceito de atavis-
mo; reaparecimento, em um descendente, de caráter não presente em ascenden-
tes imediatos, mas em ascendentes remotos. A tendência criminal seria transmis-
sível por via hereditária.
Depois de Darwin demonstrar a teoria da evolução das espécies, o antropólogo 
inglês Herbert Spencer (século XIX) defendeu que os pobres, incapazes, eram inap-
tos para o crescimento intelectual e seriam superados pelos indivíduos mais aptos.
Outro precursor inglês foi John Howard, um filantropo que inspecionou esta-
belecimentos prisionais, denunciou o estado miserável dos apenados em 1777 e 
buscou reformas carcerárias. Defendia a superação do pecado5 do crime por meio 
da meditação, introspecção e trabalho.
Jeremy Bentham, filósofo inglês pai do utilitarismo, defendeu a construções de 
panópticos, ou seja, de sistemas de construções prisionais que permitiam, com o 
mínimo de esforço e o máximo de economia, obter o máximo de controle dos con-
denados.
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Da torre central de um presídio circular todos os corredores radiais seriam observados, 
bastando, para tanto movimentar a cabeça nas diferentes direções, para se ter o con-
trole pleno de todo o edifício, sem que os presos pudessem saber que estavam sendo 
vigiados1.
Outra linha de precursores da Criminologia adveio da Escola Cartográfica, cujo 
nome mais importante foi Adolphe Quetelet, estatístico belga. Desenvolveu a ideia 
de “homem médio”, um tipo ideal e abstrato que podia ser visto como um padrão 
para análises sociológicas. Ele defendia a existência de uma “lei dos grandes nú-
meros”: o crime apresentaria uma regularidade constante e seria representável em 
funções matemáticas a depender dos estados econômicos e sociais do momento. 
Haveria, então, uma relação constante entre a criminalidade real, aparente e legal. 
Como se verá mais adiante, essa ideia embasará o conceito de cifras negras.
2. Iluminismo e as Primeiras Escolas Sociológicas
A Europa, nos séculos XV a XVIII, vivenciou o que se convencionou chamar de 
Antigo Regime. Era a época das monarquias absolutistas, com o regime centraliza-
do nas mãos do rei. A figura do rei era sagrada e incontestável. A visão teocêntrica 
do mundo era amplamente dominante. Nesse período, o sistema penal era caótico, 
cruel e arbitrário. Os réus não possuíam as garantias processuais e penais que hoje 
existem em qualquer sistema democraticamente sólido.
No século XVIII surgiu o Iluminismo, movimento filosófico que exaltou o poder 
da razão em detrimento do poder da religião. Ideologias absolutistas e religiosas 
foram substituídas pelo conhecimento racional do mundo. O Iluminismo, portanto, 
promoveu o culto à razão e passou a fornecer explicações racionais para os pro-
1 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 7ª ed. São Paulo: RT, 2018, p. 86.
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blemas sociais. O movimento iluminista é a considerado a base tanto dos autores 
clássicos do Direito Penal quanto dos autores positivistas da Criminologia.
As primeiras escolas sociológicas serão vistas ao final desta aula, quando falar-
mos das escolas positivistas.
Enrico Ferri é um autor positivista (conforme explicarei no final desta aula), consi-
derado o pai da Sociologia criminal.
3. Marcos Científicos da Criminologia
Os principais marcos científicos da Criminologia são:
• 1764: Cesare Bonesana, jurista italiano conhecido como Marquês de Becca-
ria, lança a obra Dos delitos e das penas, marco para o Direito Penal Clássico;
• 1835: Adolphe Quetelet lança a obra Ensaio de Física Social, base da Escola 
Cartográfica;
• 1859: Francesco Carrara, jurista italiano, lança o Programa de Direito Crimi-
nal, filiando-se ao pensamento clássico;
• 1876: Cesare Lombroso, antropólogo italiano, lança a obra O homem delin-
quente, marco para o positivismo criminológico;
• 1885: Raffaele Garofalo lança a obra Criminologia, outro marco para o posi-
tivismo;
• 1900: Enrico Ferri lança sua obra Sociologia criminal, dando origem a uma 
linha positivista sociológica.
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4. A Escola Liberal Clássica do Direito Penal e a Criminologia 
Positivista
Como já comentei, tanto a Escola Clássica quanto a Escola Positivista têm ori-
gem no Iluminismo. São praticamente da mesma época, isto é, séculos XVIII e XIX. 
Os principais autores de cada uma delas defenderam seus postulados e criticaram 
os representantes da linha de pensamento oposta.
Delinearei, em primeiro lugar, as características gerais do pensamento de cada 
uma das escolas.
Essa é a parte mais importante da aula. Trata das origens da Criminologia como 
ciência e é bastante cobrada pelas bancas.
4.1. Escola Clássica
Os autores clássicos reconhecem que as pessoas são seres racionais que pos-
suem livre-arbítrio, ou seja, podem fazer escolhas. O cometimento de um crime é 
fruto de uma decisão que implica quebra do pacto social de convivência pacífica. O 
delinquente deve ser punido pelo mal que causou com a sua escolha. A ele, então, 
são aplicáveis as penas previstas no ordenamento jurídico, utilizando-se a técnica 
dedutiva de subsumir uma conduta a uma norma penal incriminadora. A Escola 
Clássica teve na Itália grande epicentro.
Os clássicos consideram que o crime é, antes de tudo, um ente jurídico. É ne-
cessário que haja uma previsão legal para que uma conduta seja considerada cri-
minosa.
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O enfoque clássico se vale de um método dedutivo: parte da regra geral (nor-
mas jurídicas por exemplo) para analisar o fenômeno criminal. O método é também 
abstrato: não analisa crime por crime, mas estuda a criminalidade de uma maneira 
mais genérica. A lei é justa e deve ser aplicada de maneira racional e igualitária 
para todos.
A Escola Clássica não estava tão interessada em entender a razão pela qual al-
guém decide cometer um crime.
As bancas gostam de utilizar o termo etiologia. Se refere à busca de explicações 
das causas do comportamento criminoso. A Escola Clássica não estava, portanto, 
preocupada com a etiologia dos delitos.
Assim, a Escola Clássica pouco contribuiu com a etiologia. Mas foi a Escola Clás-
sica que se preocupou em, pela primeira vez, em fundamentar, delimitar e legitimar 
a pena. Em substituição ao sistema penal caótico e desumano do Antigo Regime, a 
Escola Clássica forneceu um panorama legislativo humanitário e racional, mostran-
do que a pena poderia e deveria ser útil, justa e proporcional.
A pena, para os clássicos, deve ter nítido caráter de retribuição pela respon-
sabilidade moral do delinquente, de modo a prevenir o delito e restaurar a ordem 
externa social.
Os principais autores clássicos relembrados por terem contribuído para a Crimi-
nologia são os seguintes:
• Cesare Bonesana, conhecido como Marquês de Beccaria, com sua obra Dos 
delitos e das penas, de 1764, que serviu de base para a valorização da digni-
dade das pessoas e para a consequente humanização das penas, em contra-
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posição à crueldade das sanções existentes até a primeira metade do século 
XVIII. O indivíduo escolhe ou não obedecer às leis, mas o Estado não pode 
escolher tratamentoscruéis e desumanos. As leis, para Beccaria, devem ser 
simples, conhecidas pelo povo. As penas devem estar previstas em leis. Cri-
ticava o sistema de provas que não admitia o testemunho da mulher, não 
dava atenção ao depoimento do condenado e era complacente com a tortura. 
A obra de Cesare Bonesana é considerada fundamental para o Direito Penal 
liberal e para a Criminologia clássica. Veja alguns trechos:
O juiz deve fazer um silogismo perfeito. A premissa maior deve ser a lei geral; a me-
nor, a ação conforme ou não à lei; a consequência, a liberdade ou a pena. Se o juiz for 
obrigado a elaborar um raciocínio a mais, ou se o fizer por sua conta, tudo se torna 
incerto e obscuro. (...) Quando as leis forem fixas e literais, quando apenas confiarem 
ao magistrado a missão de examinar os atos dos cidadão, para indicar se esses atos 
são conforme a lei escrita, ou se a contrariam (...) então não se verão mais os cidadãos 
submetidos ao poder de uma multidão de ínfimos tiranos (...). À proporção que as penas 
forem mais suaves, quando as prisões deixarem de ser a horrível mansão do desespero 
e da fome (...) as leis poderão satisfazer-se com provas mais fracas para pedir a prisão2.
• Francesco Carrara, com o seu Programa de Direito Criminal, de 1859. Para 
ele, o crime não é um ente de fato, mas sim um ente jurídico. Ou seja, só 
existe crime porque há uma norma dizendo que tal fato é um crime. Os indi-
víduos possuem livre-arbítrio e decidem se comportar de maneira contrária à 
lei, sendo a pena uma retribuição jurídica que pretende restabelecer a ordem 
externa violada. Se o crime é um ente jurídico, deve ser estudado a partir das 
normas, em obediência a um método dedutivo, lógico-abstrato.
Lembra que falei do Quetelet? Ele é considerado uma ponte entre os clássicos e os 
positivistas. Relembrarei para que fixe. Adolphe Quetelet foi matemático e estatís-
2 BECCARIA, Cesare Bonesana, Marches di, Dos delitos e das penas. São Paulo: Martin Claret, 2014, p. 21-24.
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tico belga, e é considerado ou um precursor ou um marco da Criminologia com sua 
obra Ensaio de Física Social, de 1835. Por meio dos números, Quetelet buscava a 
regularidades dos fenômenos criminais. Para ele, os delinquentes se limitavam a 
executar fatos preparados pela sociedade. É possível representar o fenômeno cri-
minal em uma função matemática que depende dos estados econômicos e sociais 
do momento, sendo indispensável lançar mão da estatística para estudar o crime. 
Quetelet já falava da existência de uma relação invariável entre os delitos conhe-
cidos e julgados e os delitos desconhecidos. Assim, nascia a ideia de cifra negra, 
termo que só foi cunhado posteriormente. Quetelet é considerado uma ponte entre 
os pensadores clássicos e os positivistas
4.2. Criminologia Positivista
Vou relembrar aqui, para você, algumas ideias que estudamos na primeira aula.
A Criminologia tem como objeto o crime, o criminoso, a vítima e o controle so-
cial. A Criminologia passa a estudar o delinquente a partir da segunda metade do 
século XIX, com o advento da Filosofia positivista.
Opondo-se ao racionalismo dedutivo dos clássicos, os positivistas defendem a 
observação dos fenômenos criminais, com primazia para a experiência sensitiva 
humana. A ideia era aplicar, nas ciências humanas, métodos oriundos das ciências 
naturais. Como não era possível realizar essa aplicação em relação às normas, co-
meça-se a estudar o próprio delinquente. Muitos autores identificam que aí nasce, 
verdadeiramente, a Criminologia como ciência. Afinal, é nesse momento que come-
ça a se valer do método indutivo, empírico e multidisciplinar.
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Para os positivistas, o livre-arbítrio era uma ilusão. O delinquente era escravo 
do determinismo biológico ou do determinismo social. No determinismo biológico, 
acredita-se que diferenças genéticas entre os indivíduos os tornam mais propensos 
ao crime. São doenças, patologias que levam o indivíduo a se tornar um delinquen-
te. No determinismo social, são as características do ambiente social que levam um 
indivíduo ao crime. Em ambos os casos, não há espaço para a escolha do indivíduo. 
E em ambos os casos, há muito interesse pelo estudo da etiologia do delito. Ou 
seja, com o positivismo a Criminologia passa a tentar entender a razão pela qual 
uma pessoa comete um crime.
É típica do pensamento clássico a adoção de penas proporcionais ao mal causa-
do. A pena, para os clássicos, é retribuição. É característica do pensamento posi-
tivista a adoção de medidas de segurança com finalidade curativa, pelo tempo em 
que persistisse a patologia. A medida de segurança é uma medida de defesa social 
contra o criminoso, que será sempre psicologicamente anormal.
Os principais autores positivistas são:
• Cesare Lombroso, antropólogo italiano, com sua obra O homem delinquente, 
de 1876. Para a maioria dos autores, é com Lombroso que a Criminologia pode 
passar a ser considerada uma ciência. Ele utilizou algumas ideias de fisiono-
mistas para tentar fazer um retrato do delinquente. Várias características cor-
porais das pessoas eram analisadas, tais como estrutura do tórax, tamanho 
das mãos e das pernas, quantidade de cabelo, altura, peso, barba, rugas, 
tamanho da cabeça etc. A ideia era partir da observação da realidade para 
chegar a regras gerais sobre o comportamento delinquente. Tratou, então, de 
aplicar o método empírico e indutivo para analisar o fenômeno criminal. Para 
Lombroso, o crime era um fenômeno biológico, e não um ente jurídico: o de-
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linquente é um selvagem que já nasce criminoso por ser possuidor de algum 
tipo de epilepsia. Por isso, utiliza amplamente o conceito de criminoso nato. 
Os fatores ambientais, sociais, ou seja, exógenos, externos ao indivíduo, ape-
nas têm o poder de desencadear os fatores clínicos, biológicos, endógenos. 
Há, portanto, forte negação do livre-arbítrio, já que o criminoso é um ser 
moralmente inferior, um louco moral, com evidências de atavismo. O ser atá-
vico é aquele que reapresenta características que já estavam presentes em 
ascendentes distantes. Lombroso era, então, um evolucionista: ele entendia 
que algumas pessoas seriam dotadas de uma predisposição primitiva para a 
delinquência. Pessoas mais “evoluídas”, mais distantes de seus antecessores 
primitivos, não seriam criminosas por não serem possuídas dessas caracte-
rísticas inatas que levavam ao crime. Lombroso emanou conceitos bastante 
preconceituosos sobre as mulheres, consideradas cruéis, mentirosas, fracas, 
tagarelas e indiscretas. As mulheres criminosas, para Lombroso, estavam in-timamente associadas à prostituição;
• Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Em sua obra Sociologia crimi-
nal, de 1900, defendia, assim como o sogro, que o livre-arbítrio era uma fic-
ção, mas reconhecia a existência de fatores antropológicos, físicos e também 
sociais. Ele dizia que havia cinco categorias de criminosos: o nato, o louco, o 
habitual, o ocasional e o passional. O criminoso nato – conceito que retirou de 
Lombroso – era impulsivo e incorrigível, agindo de maneira desproporcional 
aos motivos da ação. O criminoso louco é levado ao crime por uma doença 
mental e pela atrofia da moral. O criminoso habitual é um delinquente urba-
no, criado em um ambiente de miséria, que começa com leves faltas e incor-
re numa escalada rumo aos crimes graves. O criminoso ocasional apresenta 
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menor periculosidade, maior possibilidade de ser readaptado socialmente e é 
condicionado por fatores ambientais, como provocação, necessidades, facili-
dades, sem os quais a delinquência não ser verificaria. O criminoso passional, 
por fim, age impelido por alguma paixão pessoal, política ou social. Ferri, ao 
dar o devido peso aos fatores sociais, é considerado o pai da sociologia cri-
minal;
• Raffaele Garofalo, jurista italiano, em sua obra Criminologia, de 1885, dizia 
que o crime é a revelação de uma natureza degenerada. Entendia que temi-
bilidade é a perversidade constante e ativa do delinquente e a quantidade do 
mal que se deve temer desse criminoso. Esse conceito foi importante para a 
proposta dos positivistas de aplicação de medida de segurança, espécie de 
sanção penal com finalidade curativa que, diferentemente da pena, não deve 
ter prazo, mas sim ser aplicada pelo tempo em que persista a patologia. A 
finalidade da medida de segurança, como o próprio nome já diz, é tratar o cri-
minoso e proteger a sociedade. Garofalo defendia, ainda, a existência de um 
conceito de delito natural, ou seja, crimes que seriam considerados crimes 
em todos os tempos e locais, tais como o parricídio, o latrocínio e o homicídio 
por mera brutalidade.
No Brasil, três autores são particularmente identificados como conectados às 
ideias da Escola Positivista Italiana:
• Tobias Barreto, em seu livro Menores e loucos em direito criminal, de 1884, 
apesar de possuir uma concepção humanista, afirma que o direito de punir 
é consequência de uma fórmula científica, algébrica, de imposição da pena 
aos criminosos, que perturbam a ordem social. Tobias Barreto, assim como 
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Lombroso, tinha uma visão bastante preconceituosa da mulher, um ser que se 
deixava levar pelas paixões e que, quando apaixonada, era incapaz de pensar 
em qualquer outro assunto que não o amor;
• Nina Rodrigues, em As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, 
de 1894, criticou o ecletismo de Tobias Barreto e negou o livre-arbítrio invo-
cando a heterogeneidade da cultura mental dos brasileiros. Com postulados 
que foram considerados racistas, Nina Rodrigues dizia que o negro era bri-
guento, violento nas impulsões sociais e muito dado à embriaguez. Chegou 
a defender a existência de, pelo menos, quatro Códigos Penais no Brasil, que 
atendessem diversidades raciais e regionais;
• Afrânio Peixoto, autor de Hygiene, de 1917, foi no Brasil o defensor da euge-
nia (eu: boa; genus: geração). Defendia a importância da medicina eugênica 
preventiva para o trabalho policial: deviam ser investigados e resolvidos os 
problemas biológicos da gestação, para a produção de entes sadios, válidos.
O positivismo, de maneira geral, foi crucial para a Criminologia. Construiu seu 
pensamento a partir da aglutinação de várias ciências. Abandonou-se a perspectiva 
fortemente centrada nos saberes jurídicos dos clássicos. Trouxe para o centro dos 
estudos a visão interdisciplinar e indutiva como métodos; e o delinquente como 
objeto.
Como problemas comuns aos teóricos positivistas podem ser citados a pato-
logização do fenômeno delitivo e a concepção do entorno social como mero fator 
desencadeante da criminalidade. Houve, ademais, um erro metodológico cometido 
pelos positivistas, que consistiu em analisar clinicamente pessoas que já haviam 
sido selecionadas pelo sistema sucessivo de freios que é o Direito Penal.
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4.3. Escolas Intermediárias
As escolas intermediárias não apresentam novas teorias sobre a Criminalidade. 
Tentam compatibilizar o pensamento das Escolas Clássica e Positivista.
Escola de Lyon
Os franceses da Escola de Lyon são considerados precursores da Criminologia 
por alguns autores. É mais apropriado dizer que integram uma posição intermedi-
ária entre clássicos e positivistas.
Alexandre Lacassagne era um médico francês dos séculos XIX e XX que se opôs 
diretamente às ideias de Lombroso – grande expoente do positivismo sobre o qual 
falarei oportunamente. Ele defendia que há dois tipos de fatores que influenciam 
na escolha por praticar um crime: os fatores predisponentes (como os físicos) e os 
fatores determinantes (como os sociais, que são decisivos para a prática do crime). 
Usava de metáfora para ilustrar que a sociedade abriga em seu seio uma série de 
micróbios, que são os delinquentes, que não se desenvolvem se o meio não é ade-
quado. Assim, para Lacassagne, cada sociedade tem o criminoso que merece. Se 
há mais desorganização social, há mais criminosos.
Gabriel Tarde foi outro importante expoente da Escola de Lyon. Também se opôs 
às ideias de Lombroso. Para Tarde, são as causas sociais, e não as somáticas, que 
influenciam as diferentes taxas criminais. A escola do crime era a praça, a rua. Ele 
propugnava a existência de três leis da imitação: o indivíduo, em contato próximo 
com outros, imita-os na proporção direta do contato que mantêm entre si; o infe-
rior imita o superior, os jovens imitam os mais velhos, os pobres imitam os ricos 
etc.; se duas modas se sobrepõem, a mais nova substitui a mais antiga. Assim, se 
há contato social deletério, haverá criminalidade.
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Terza Scuola
A Terza Scuola italiana realizou uma tentativa de harmonizar os postulados do 
positivismo com os dogmas clássicos. Seus principais representantes forasBer-
nardino Alimena, Manuel Carnevale e Giovanni (João) Battista Impallomeni. Eles 
defendiam que o delito é produto de uma pluralidade muito complexa de fatores 
endógenos e exógenos. Postulavam a substituição da tipologia positivista por outra 
mais simplificada, que distinguia os delinquentes em ocasionais, habituais e anor-
mais.
Os autores da Terza Scuola dividiram os criminosos em imputáveis e inimputá-
veis e defenderam uma postura eclética: a possibilidade de se usar tanto a pena, 
fundamentada na responsabilidade moral, quanto a medida de segurança, funda-
mentada na temibilidade do delinquente, a depender das circunstâncias de cada 
caso.
Escola de Marburgo
Também conhecida como Jovem Escola Alemã de Política Criminal. Encabeça-
da por Franz Von Liszt, estava desligada das disputas de escolas e defendia a ne-
cessidade de investigações sociológicas e antropológicas. Em síntese, essa escola 
defendia: análise científica da realidade criminal, dirigida à busca das causas do 
crime (etiologia), em vez de contemplação filosófica ou jurídica; relativização do 
problema do livre-arbítrio, levando, assim como ocorreu na Terza Scuola, à com-
patibilização das penas com as medidas de segurança; pena com função primária 
de defesa social, mas com a necessidade de se levar em consideração, também, a 
importância da prevenção especial.
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Essa escola busca, portanto, um equilíbrio entre os sistemas clássico e positi-
vista. Von Liszt, particularmente, defendia a ciência total do Direito Penal, da qual 
deveriam fazer parte o Direito, a Antropologia, a Psicologia, a Estatística. A ideia 
era conhecer as razões que levam alguém a cometer um crime para que se pudesse 
combater o fenômeno criminal de maneira apropriada.
Se, como veremos nas próximas aulas, hoje são comuns as manifestações con-
trárias às penas privativas de liberdade, muito se deve a essa Escola. As primeiras 
manifestações contrárias às penas privativas de liberdade de curta duração surgi-
ram com o Programa de Marburgo de Von Liszt, em 1882, e a sua “ideia de fim no 
Direito Penal”, quando sustentou que “a pena justa é a pena necessária”.
Escola de Defesa Social
Representado pelo italiano Filippo Gramatica e pelo francês Marc Ancel, o movi-
mento de defesa social é uma filosofia penal, uma política criminal. A ideia central 
reside em articular a defesa da sociedade mediante a ação coordenada do Direito 
Penal, da Criminologia e da Ciência Penitenciária, valendo-se de bases científicas e 
humanitárias ao mesmo tempo. A meta não é castigar o delinquente, mas proteger 
eficazmente a sociedade por meio de estratégias não penais. O Direito Penal não 
deve lutar contra o crime isoladamente. Deve dividir essa tarefa com outras disci-
plinas.
Essa Escola de Defesa Social considera que o castigo tem dupla finalidade: de-
fender a sociedade do crime e ressocializar o criminoso.
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RESUMO
Precursores e Intermediários
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Iluminismo
Marcos Científicos da Criminologia
Em 1764: Cesare Bonesana, jurista italiano conhecido como Marquês de Becca-
ria, lança a obra Dos delitos e das penas, marco para o Direito Penal Clássico.
Em 1835: Adolphe Quetelet lança a obra Ensaio de Física Social, base da Escola 
Cartográfica.
Em 1859: Francesco Carrara, jurista italiano, lança o Programa de Direito Crimi-
nal, filiando-se ao pensamento clássico.
Em 1876: Cesare Lombroso, antropólogo italiano, lança a obra O homem delin-
quente, marco para o positivismo criminológico.
Em 1885: Raffaele Garofalo lança a obra Criminologia, outro marco para o po-
sitivismo.
Em 1900: Enrico Ferri lança sua obra Sociologia criminal, dando origem a uma 
linha positivista sociológica.
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Expoentes da Escola Clássica
Marquês de Beccaria – Dos delitos e das penas, 1764. Valorização da digni-
dade das pessoas. Humanização das penas.
Francesco Carrara – Programa de Direito Criminal, 1859. Crime é um ente 
jurídico. As pessoas escolhem se comportar contrariamente à lei. A pena pretende 
restabelecer a ordem violada.
Expoentes do Positivismo
Cesare Lombroso – O homem delinquente, 1876. Análise de características 
corporais. Crime é fenômeno biológico. Criminoso possui epilepsia. Negação do 
livre-arbítrio. Utilização do conceito de criminoso nato. Visão preconceituosa da 
mulher.
Enrico Ferri – Sociologia criminal, 1900. Livre-arbítrio é ficção. Fatores antro-
pológicos, físicos e sociais determinam o delinquente, que pode ser nato, louco, 
habitual, ocasional e passional. Pai da sociologia criminal.
Raffaele Garofalo – Criminologia, 1885. Crime é revelação da natureza dege-
nerada. Conceito de temibilidade justifica a aplicação de Medidas de Segurança por 
prazo indeterminado. Conceito de crime natural.
Escolas Intermediárias
As escolas intermediárias são:
• Escola de Lyon;
• Terza Scuola;
• Escola de Marburgo;
• Escola de Defesa Social.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (VUNESP/2014/PC/DELEGADO DE POLÍCIA) A obra O homem delinquente, pu-
blicada em 1876, foi escrita por
a) Cesare Lombroso.
b) Enrico Ferri.
c) Rafael Garófalo.
d) Cesare Bonesana.
e) Adolphe Quetelet.
2. (FCC/2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a Criminologia positivista:
a) Ficou consagrada nos Estados Unidos com a obra DelinquentBoys, de Albert 
Cohen.
b) Foi a primeira manifestação de ruptura com a Criminologia do consenso do Ilu-
minismo.
c) A despeito da metodologia correta, os resultados de Lombroso não foram cor-
retos.
d) Sua recepção no Brasil teve ressonância principalmente nos estudos das tribos 
indígenas e suas relações criminosas.
e) No Brasil seu desenvolvimento reforçou cientificamente o racismo.
3. (VUNESP/2018/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) As vítimas podem ser clas-
sificadas da seguinte maneira: vítima completamente inocente ou vítima ideal; 
vítima de culpabilidade menor ou por ignorância; vítima voluntária ou tão culpada 
quanto o infrator; vítima mais culpada que o infrator e vítima unicamente culpada.
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No estudo da vitimologia, essa classificação é atribuída a
a) Benjamin Mendelsohn.
b) Enrico Ferri.
c) Cesare Bonesana.
d) Cesare Lombroso.
e) Raffaele Garofalo.
4. (FUMARC/2018/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA)
Sobre o método, o objeto e as funções da Criminologia, considera-se:
I – A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como 
um enfrentamento entre adeptos de métodos distintos; de um lado, os par-
tidários do método abstrato, formal e dedutivo (os clássicos) e, de outro, os 
que propugnavam o método empírico e indutivo (os positivistas).
II – Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a 
progressiva ampliação e problematização do seu objeto.
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III – A Criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo 
sobre o problema criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a 
respeito dele, pois, com o tempo e o progresso, as teorias se superam.
Estão CORRETAS as assertivas indicadas em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
5. (FUMARC/2018/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA) Numere as seguintes asserti-
vas de acordo com a ideia de Criminologia que representam, utilizando (1) para a 
Criminologia positivista e (2) para a escola liberal clássica do Direito Penal.
�( )� Assumia uma concepção patológica da criminalidade.
�( )� Considerava a criminalidade como um dado pré-constituído às definições le-
gais de certos comportamentos e certos sujeitos.
�( )� Não considerava o delinquente como um ser humano diferente dos outros.
�( )� Objetivava uma política criminal baseada em princípios como os da humani-
dade, legalidade e utilidade.
�( )� Pretendia modificar o delinquente.
A sequência que expressa a associação CORRETA, de cima para baixo, é:
a) 1, 1, 2, 2, 1.
b) 1, 2, 1, 2, 2.
c) 2, 2, 1, 1, 1.
d) 2, 1, 2, 2, 2.
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6. (FUNDATEC/2018/DELEGADO DE POLÍCIA) A Criminologia é definida tradicio-
nalmente como a ciência que estuda de forma empírica o delito, o delinquente, a 
vítima e os mecanismos de controle social. Os autores que fundaram a Criminologia 
(Positivista) são:
a) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo.
b) Franz Von Liszt, Edmund Mezger e Marquês de Beccaria.
c) Marquês de Beccaria, Cesare Lombroso e Michel Foucault.
d) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Michel Foucault.
e) Enrico Ferri, Michel Foucault e Nina Rodrigues.
7. (NUCEPE/2018/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre a Criminologia é CORRETO afirmar:
a) o crime é um fenômeno social.
b) estuda o crime, o criminoso, mas não a vítima.
c) é uma ciência normativa e valorativa.
d) o crime é um fenômeno filosófico.
e) não tem por base a observação e a experiência.
8. (VUNESP/2017/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO) Assinale a alternativa correta em 
relação aos estudos e contribuições de Lombroso para o desenvolvimento histórico 
da Criminologia.
a) Fundadas nas demonstrações de Lombroso, todas as teorias criminológicas de-
fendem que não se deve punir aqueles que cometem crimes em virtude do deter-
minismo genético e biológico.
b) As ideias desenvolvidas por Lombroso fundamentaram as bases da teoria do 
distanciamento.
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c) Lombroso sustentava que era de suma importância estudar as circunstâncias do 
delito em detrimento do delinquente.
d) Os estudos de Lombroso inserem-se no contexto de ideias que contrapõem o 
conceito de livre arbítrio.
e) Os estudos desenvolvidos por Lombroso demonstram-se como um retrocesso 
às ideias e conceitos da Escola Clássica, motivo pelo qual não contribuíram para o 
desenvolvimento da Criminologia como ciência.
9. (FCC/2016/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a Escola Positivista da Crimino-
logia, é correto afirmar:
a) A Escola Positivista ainda não chega a considerar a concepção da pena como 
meio de defesa social, que é própria de escolas mais modernas da Criminologia.
b) Sua recepção no Brasil recebeu contornos racistas, notadamente no trabalho 
antropológico de Nina Rodrigues.
c) É uma escola criminológica ultrapassada e que já influenciou a legislação penal 
brasileira, mas que após a Constituição Federal de 1988 não conta mais com insti-
tutos penais influenciados por esta corrente.
d) Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado um 
autor da Escola Positivista, que possui viés médico e antropológico.
e) O método positivista negava a importância da pesquisa empírica, que possivel-
mente a levaria a resultados diversos daqueles encontrados pelos seus autores.
10. (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Os objetos de investigação da Cri-
minologia incluem o delito, o infrator, a vítima e o controle social. Acerca do delito 
e do delinquente, assinale a opção correta.
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a) Para a Criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente do sistema eco-
nômico; culpável é a sociedade capitalista.
b) Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou pelo mal, embora 
pudesse escolher pela observância e pelo respeito àlei.
c) Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de dirigir livremen-
te os seus atos: ele necessita ser compreendido e direcionado, por meio de medi-
das educativas.
d) Para a Criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga 
hereditária, nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia.
e) A Criminologia e o Direito Penal utilizam os mesmos elementos para conceituar 
crime: ação típica, ilícita e culpável.
11. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O italiano Cesare Lombroso, 
autor da obra “L’Uomo delinquente”, foi um dos precursores da Escola Clássica de 
Criminologia, a qual admitia a ideia de que o crime é um ente jurídico – infração – 
e não ação.
12. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Dos autores a seguir, o que 
pertenceu à Escola Positiva da Criminologia e foi chamado de “discípulo de Lom-
broso” foi
a) Enrico Ferri.
b) Francesco Carrara.
c) Giovanni Carmignani.
d) James Wilson.
e) Hans Gross.
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13. (MPE-SC/2014/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Contrariamente ao classicis-
mo, que não visualizou no criminoso nenhuma anormalidade - e dele não se ocu-
pou - o positivismo reconduziu-o para o centro de suas análises, apreendendo nele 
estigmas decisivos da criminalidade.
14. (VUNESP/2014/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Dentre as escolas penais a se-
guir, aquela na qual se pretendeu inicialmente aplicar ao Direito Penal os mesmos 
métodos de observação e investigação que se utilizavam em outras ciências natu-
rais é a
a) Clássica.
b) Técnico-Jurídica.
c) Correcionalista.
d) Positivista.
e) Moderna.
15. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A escola criminológica que 
surgiu no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Raffaele Garofalo, e que 
pode ser dividida em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é a:
a) Escola Positiva.
b) Terza Scuola Italiana.
c) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
d) Escola Clássica.
e) Escola de Lyon.
16. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) O surgimento das teorias sociológicas em Cri-
minologia marca o fim da pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo po-
sitivista.
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17. (VUNESP/2013/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Este autor foi o criador da 
chamada “sociologia criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos 
antropológicos, físicos e culturais. Trata-se de
a) Francesco Carrara.
b) Cesare Lombroso.
c) Rafael Garófalo.
d) Enrico Ferri.
e) Franz von Lizst.
18. (MPE-SC/2012/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/ADAPTADA) A Escola de Polí-
tica Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne entre os seus postulados a distin-
ção entre imputáveis e inimputáveis – prevendo pena para os “normais” e medida 
de segurança para os “perigosos” – e a eliminação ou substituição das penas priva-
tivas de liberdade de curta duração.
19. (MPE-SC/2012/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/ADAPTADA) Entre os princí-
pios fundamentais da Escola de Chicago, liderada por Marc Ancel, encontra-se a 
afirmação de que o crime é um ente jurídico, o fundamento da punibilidade é o 
livre-arbítrio, a pena é uma retribuição ao mal injusto causado pelo crime e nenhu-
ma conduta pode ser punida sem prévia cominação legal.
20. (PC-SP/2010/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A Escola Clássica tem em Garófa-
lo um dos seus precursores.
a) baseia-se no método empírico-indutivo.
b) crê no livre arbítrio.
c) surge na etapa científica da Criminologia.
d) criou a figura do criminoso nato.
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21. (QUESTÃO INÉDITA) Giovanni Della Porta e Lavater estudaram a aparência 
externa do indivíduo para deduzir seus caracteres psíquicos.
22. (QUESTÃO INÉDITA) Philippe Pinel defendia o tratamento humanitário de do-
enças mentais e foi um dos principais representantes da Escola de Lyon.
23. (QUESTÃO INÉDITA) Tobias Barreto se revelou um grande defensor dos direi-
tos das mulheres no Brasil.
24. (QUESTÃO INÉDITA) Franceso Carrara, um dos representantes da Escola Clás-
sica do Direito Penal, defendia o livre-arbítrio e postulava que a pena pretendia 
restabelecer a ordem violada.
25. (QUESTÃO INÉDITA) Bonesana, Lombroso e Garofalo pertencem à mesma es-
cola criminológica.
26. (QUESTÃO INÉDITA) A eugenia de Afrânio Peixoto pode ser considerada uma 
decorrência dos estudos positivistas.
27. (QUESTÃO INÉDITA) Uma das principais diferenças entre as escolas clássica e 
positivista reside no método. Enquanto os clássicos são eminentemente empíricos, 
os positivistas se valem do método indutivo.
28. (QUESTÃO INÉDITA) Para os positivistas, o delinquente era escravo do deter-
minismo biológico, enquanto para os clássicos ele era escravo do determinismo 
social.
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29. (QUESTÃO INÉDITA) Garofalo foi um jurista positivista que defendeu a aplica-
ção de medida de segurança com finalidade curativa.
30. (QUESTÃO INÉDITA) Tanto a Terza Scuola como a Escola de Marburgo pos-
suem, entre seus postulados, a possibilidade de coexistência da pena e da medida 
de segurança num mesmo ordenamento jurídico.
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GABARITO
1. a
2. e
3. a
4. c
5. a
6. a
7. a
8. d
9. b
10. c
11. E
12. a
13. C
14. d
15. a
16. E
17. d
18. C
19. E
20. c
21. C
22. E
23. E
24. C
25. E
26. C
27. E
28. E
29. C
30. C
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GABARITO COMENTADO
1. (VUNESP/2014/PC/DELEGADO DE POLÍCIA)A obra O homem delinquente, pu-
blicada em 1876, foi escrita por
a) Cesare Lombroso.
b) Enrico Ferri.
c) Rafael Garófalo.
d) Cesare Bonesana.
e) Adolphe Quetelet.
Letra a.
Os autores debatem sobre qual o marco inicial da Criminologia como ciência. Para 
a grande maioria dos estudiosos, a Criminologia moderna nasce com Cesare Lom-
broso, que escreveu O homem delinquente, em 1876.
2. (FCC/2017/DPE/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a Criminologia positivista:
a) Ficou consagrada nos Estados Unidos com a obra Delinquent Boys, de Albert 
Cohen.
b) Foi a primeira manifestação de ruptura com a Criminologia do consenso do Ilu-
minismo.
c) A despeito da metodologia correta, os resultados de Lombroso não foram cor-
retos.
d) Sua recepção no Brasil teve ressonância principalmente nos estudos das tribos 
indígenas e suas relações criminosas.
e) No Brasil seu desenvolvimento reforçou cientificamente o racismo.
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Letra e.
Um dos principais autores de cunho positivista no Brasil foi Nina Rodrigues. Em As 
raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, de 1894, negou o livre-arbítrio 
invocando a heterogeneidade da cultura mental dos brasileiros. Com postulados 
que foram considerados racistas, Nina Rodrigues dizia que o negro era briguento, 
violento nas impulsões sociais e muito dado à embriaguez. Chegou a defender a 
existência de, pelo menos, quatro Códigos Penais no Brasil, que atendessem diver-
sidades raciais e regionais.
3. (VUNESP/2018/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) As vítimas podem ser clas-
sificadas da seguinte maneira: vítima completamente inocente ou vítima ideal; 
vítima de culpabilidade menor ou por ignorância; vítima voluntária ou tão culpada 
quanto o infrator; vítima mais culpada que o infrator e vítima unicamente culpada.
No estudo da vitimologia, essa classificação é atribuída a
a) Benjamin Mendelsohn.
b) Enrico Ferri.
c) Cesare Bonesana.
d) Cesare Lombroso.
e) Raffaele Garofalo.
Letra a.
Os autores mencionados nas letras “b”, “d” e “e” são positivistas, preocupados com 
o delinquente, e não com a vítima. E o autor da letra “c” filia-se à Escola Clássica, 
que dava enfoque ao crime e à pena, e não à vítima.
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4. (FUMARC/2018/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA)
Sobre o método, o objeto e as funções da Criminologia, considera-se:
I – A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como 
um enfrentamento entre adeptos de métodos distintos; de um lado, os par-
tidários do método abstrato, formal e dedutivo (os clássicos) e, de outro, os 
que propugnavam o método empírico e indutivo (os positivistas).
II – Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a 
progressiva ampliação e problematização do seu objeto.
III – A Criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo 
sobre o problema criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a 
respeito dele, pois, com o tempo e o progresso, as teorias se superam.
Estão CORRETAS as assertivas indicadas em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
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Letra c.
I – Certo. A assertiva apresenta corretamente as principais diferenças entre clás-
sicos e positivistas.
II – Certo. A Criminologia começa estudando o crime, passa, em seguida, a ana-
lisar o criminoso, e depois inclui a vítima e os mecanismos de controle social entre 
seus objetos. O objeto tem sido aumentado, portanto.
III – Certo. A assertiva recorda que a Criminologia é uma ciência humana, sujeita 
a alterações e superações, e não uma ciência exata e definitiva.
5. (FUMARC/2018/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA) Numere as seguintes asserti-
vas de acordo com a ideia de Criminologia que representam, utilizando (1) para a 
Criminologia positivista e (2) para a escola liberal clássica do Direito Penal.
�( )� Assumia uma concepção patológica da criminalidade.
�( )� Considerava a criminalidade como um dado pré-constituído às definições le-
gais de certos comportamentos e certos sujeitos.
�( )� Não considerava o delinquente como um ser humano diferente dos outros.
�( )� Objetivava uma política criminal baseada em princípios como os da humani-
dade, legalidade e utilidade.
�( )� Pretendia modificar o delinquente.
A sequência que expressa a associação CORRETA, de cima para baixo, é:
a) 1, 1, 2, 2, 1.
b) 1, 2, 1, 2, 2.
c) 2, 2, 1, 1, 1.
d) 2, 1, 2, 2, 2.
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Letra a.
O positivismo entendia que o criminoso era um doente e, portanto, pretendia curá-
-lo. Alguns autores positivistas, como é o caso de Garofalo, defendiam a existência 
do delito natural: condutas que seriam consideradas crimes em qualquer tempo e 
lugar por sua brutalidade. Essa criminalidade prescindiria, portanto, de definições 
legais.
Já a Escola Clássica entendia que os seres humanos são dotados de igualdade e que 
devem ser respeitados princípios de humanidade, legalidade e utilidade.
6. (FUNDATEC/2018/DELEGADO DE POLÍCIA) A Criminologia é definida tradicio-
nalmente como a ciência que estuda de forma empírica o delito, o delinquente, a 
vítima e os mecanismos de controle social. Os autores que fundaram a Criminologia 
(Positivista) são:
a) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo.
b) Franz Von Liszt, Edmund Mezger e Marquês de Beccaria.
c) Marquês de Beccaria, Cesare Lombroso e Michel Foucault.
d) Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Michel Foucault.
e) Enrico Ferri, Michel Foucault e Nina Rodrigues.
Letra a.
Lombroso, Ferri e Garofalo são os principais nomes e os fundadores do positivismo 
italiano.
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7. (NUCEPE/2018/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre a Criminologia é CORRETO afir-
mar:
a) o crime é um fenômeno social.
b) estuda o crime, o criminoso, mas não a vítima.
c) é uma ciêncianormativa e valorativa.
d) o crime é um fenômeno filosófico.
e) não tem por base a observação e a experiência.
Letra a.
O crime é um fenômeno social, pois afeta os membros da sociedade e é desenca-
deado em função de fatores dessa exata sociedade. A Criminologia estuda a vítima 
e não é uma ciência normativa ou valorativa: olha para o fenômeno criminal sem 
realizar juízos de valores. O crime não é, para a Criminologia, um fenômeno filo-
sófico, mas sim um fenômeno real, verificável pela observação com os sentidos 
comuns das pessoas.
8. (VUNESP/2017/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO) Assinale a alternativa correta em 
relação aos estudos e contribuições de Lombroso para o desenvolvimento histórico 
da Criminologia.
a) Fundadas nas demonstrações de Lombroso, todas as teorias criminológicas de-
fendem que não se deve punir aqueles que cometem crimes em virtude do deter-
minismo genético e biológico.
b) As ideias desenvolvidas por Lombroso fundamentaram as bases da teoria do 
distanciamento.
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c) Lombroso sustentava que era de suma importância estudar as circunstâncias do 
delito em detrimento do delinquente.
d) Os estudos de Lombroso inserem-se no contexto de ideias que contrapõem o 
conceito de livre arbítrio.
e) Os estudos desenvolvidos por Lombroso demonstram-se como um retrocesso 
às ideias e conceitos da Escola Clássica, motivo pelo qual não contribuíram para o 
desenvolvimento da Criminologia como ciência.
Letra d.
Lombroso, assim como seus colegas positivistas, desenvolveram teorias que consi-
deravam o livre-arbítrio uma ficção.
Os positivistas reconheciam o determinismo, mas não por isso defendiam que não 
devesse haver punição. Para Lombroso, o estudo do corpo do delinquente era fun-
damental para entender o crime. Os estudos de Lombroso e dos positivistas trou-
xeram, para a Criminologia, métodos e objetos que puderam consolidá-la como 
ciência. Não há, na Criminologia, referências à teoria do distanciamento.
9. (FCC/2016/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a Escola Positivista da Crimino-
logia, é correto afirmar:
a) A Escola Positivista ainda não chega a considerar a concepção da pena como 
meio de defesa social, que é própria de escolas mais modernas da Criminologia.
b) Sua recepção no Brasil recebeu contornos racistas, notadamente no trabalho 
antropológico de Nina Rodrigues.
c) É uma escola criminológica ultrapassada e que já influenciou a legislação penal 
brasileira, mas que após a Constituição Federal de 1988 não conta mais com insti-
tutos penais influenciados por esta corrente.
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d) Por ter enveredado pela sociologia criminal, Enrico Ferri não é considerado um 
autor da Escola Positivista, que possui viés médico e antropológico.
e) O método positivista negava a importância da pesquisa empírica, que possivel-
mente a levaria a resultados diversos daqueles encontrados pelos seus autores.
Letra b.
Nina Rodrigues, em As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, de 
1894, negou o livre-arbítrio invocando a heterogeneidade da cultura mental dos 
brasileiros. Com postulados que foram considerados racistas, Nina Rodrigues dizia 
que o negro era briguento, violento nas impulsões sociais e muito dado à embria-
guez.
Para os positivistas, a pena podia ser vista como um meio de defesa social, ou seja, 
ela seria utilizada para defender a sociedade dos doentes criminosos.
O instituto penal da medida de segurança pode ser, nos dias de hoje, considerado 
uma decorrência dos postulados positivistas.
Feri é, ao lado de Garofalo e Lombroso, expoente da Criminologia, ainda que tenha 
enveredado pela sociologia criminal.
O positivismo foi a escola responsável por trazer a pesquisa empírica para o método 
da Criminologia.
10. (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Os objetos de investigação da 
Criminologia incluem o delito, o infrator, a vítima e o controle social. Acerca do de-
lito e do delinquente, assinale a opção correta.
a) Para a Criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente do sistema eco-
nômico; culpável é a sociedade capitalista.
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b) Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou pelo mal, embora 
pudesse escolher pela observância e pelo respeito à lei.
c) Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de dirigir livremen-
te os seus atos: ele necessita ser compreendido e direcionado, por meio de medi-
das educativas.
d) Para a Criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga 
hereditária, nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia.
e) A Criminologia e o Direito Penal utilizam os mesmos elementos para conceituar 
crime: ação típica, ilícita e culpável.
Letra c.
Os correcionalistas veem o criminoso como um ser inferior, incapaz de dirigir livre-
mente os seus atos, e que necessita ser compreendido e direcionado, por meio de 
medidas educativas.
Para o marxismo, o infrator é mera vítima inocente do sistema econômico, e culpá-
vel é a sociedade capitalista. Para a Criminologia positivista, o criminoso é um ser 
atávico, escravo de sua carga hereditária, nascido criminoso e prisioneiro de sua 
própria patologia. Para a Criminologia clássica, delinquente é o indivíduo pecador 
que optou pelo mal, embora pudesse escolher pela observância e pelo respeito à 
Lei. Ação típica, ilícita e culpável são elementos do crime para o Direito Penal, mas 
não para a Criminologia.
Incidência aflitiva e massiva, persistência espaço-temporal e inequívoco consenso 
da população sobre a necessidade e efetividade de tipificar a conduta são elemen-
tos que definem um crime para a Criminologia.
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11. (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O italiano Cesare Lombroso, 
autor da obra “L’Uomo delinquente”, foi um dos precursores da Escola Clássica de 
Criminologia, a qual admitia a ideia de que o crime é um ente jurídico – infração – 
e não ação.
Errado.
Lombroso foi um dos precursores do positivismo e não da Escola Clássica.
12. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Dos autores a seguir, o que 
pertenceu à Escola Positiva da Criminologia e foi chamado de “discípulo de Lom-
broso” foi
a) Enrico Ferri.
b) Francesco Carrara.
c)Giovanni Carmignani.
d) James Wilson.
e) Hans Gross.
Letra a.
Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Em sua obra Sociologia criminal, de 
1900, defendia, assim como o sogro, que o livre-arbítrio era uma ficção, mas reco-
nhecia a existência de fatores antropológicos, físicos e também sociais.
13. (MPE-SC/2014/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Contrariamente ao classicis-
mo, que não visualizou no criminoso nenhuma anormalidade - e dele não se ocu-
pou - o positivismo reconduziu-o para o centro de suas análises, apreendendo nele 
estigmas decisivos da criminalidade.
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Certo.
A Escola Clássica não viu nenhuma anormalidade no criminoso e se preocupou mais 
com o crime em si e com a pena. A Escola Positivista, a seu turno, colocou o cri-
minoso na lista de objetos da Criminologia e nele detectou a existência de traços, 
marcas que determinavam o caráter delinquente.
14. (VUNESP/2014/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Dentre as escolas penais a se-
guir, aquela na qual se pretendeu inicialmente aplicar ao Direito Penal os mesmos 
métodos de observação e investigação que se utilizavam em outras ciências natu-
rais é a
a) Clássica.
b) Técnico-Jurídica.
c) Correcionalista.
d) Positivista.
e) Moderna.
Letra d.
A Escola Positivista trouxe, para o estudo do Direito Penal, o método científico em-
pírico, indutivo e multidisciplinar, fundando a Criminologia como ciência autônoma.
15. (VUNESP/2014/PC-SP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A escola criminológica que 
surgiu no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Raffaele Garofalo, e que 
pode ser dividida em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é a:
a) Escola Positiva.
b) Terza Scuola Italiana.
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c) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
d) Escola Clássica.
e) Escola de Lyon.
Letra a.
Raffaele Garofalo pertence ao positivismo, que pode ser dividido em fase antropo-
lógica, de Lombroso; fase sociológica, de Ferri; e fase jurídica, de Garofalo.
16. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) O surgimento das teorias sociológicas em Cri-
minologia marca o fim da pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo po-
sitivista.
Errado.
As teorias sociológicas começam a surgir no seio da Escola Positivista, com Enrico 
Ferri. Não implicam o fim da pesquisa sobre as causas do crime (etiologia). Ao con-
trário, surgem exatamente para dar resposta às investigações etiológicas.
17. (VUNESP/2013/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Este autor foi o criador da 
chamada “sociologia criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos 
antropológicos, físicos e culturais. Trata-se de
a) Francesco Carrara.
b) Cesare Lombroso.
c) Rafael Garófalo.
d) Enrico Ferri.
e) Franz von Lizst.
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Letra d.
Enrico Ferri foi genro e sucessor de Lombroso. Em sua obra Sociologia criminal, 
de 1900, defendia, assim como o sogro, que o livre-arbítrio era uma ficção, mas 
reconhecia a existência de fatores antropológicos, físicos e também sociais. Ferri, 
ao dar o devido peso aos fatores sociais, é considerado o pai da sociologia criminal.
18. (MPE-SC/2012/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/ADAPTADA) A Escola de Polí-
tica Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne entre os seus postulados a distin-
ção entre imputáveis e inimputáveis – prevendo pena para os “normais” e medida 
de segurança para os “perigosos” – e a eliminação ou substituição das penas priva-
tivas de liberdade de curta duração.
Certo.
A Escola de Política Criminal previa a possibilidade de penas conviverem com medi-
das de segurança no ordenamento jurídico. O Programa de Marburgo de Von Liszt, 
mais especificamente, defendia o fim das penas privativas de liberdade de curta 
duração.
19. (MPE-SC/2012/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/ADAPTADA) Entre os princí-
pios fundamentais da Escola de Chicago, liderada por Marc Ancel, encontra-se a 
afirmação de que o crime é um ente jurídico, o fundamento da punibilidade é o 
livre-arbítrio, a pena é uma retribuição ao mal injusto causado pelo crime e nenhu-
ma conduta pode ser punida sem prévia cominação legal.
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Errado.
Os princípios que estão enumerados são típicos da Escola Clássica do Direito Penal 
e não da Escola de Chicago. Marc Ancel, por sua vez, é representante da Escola de 
Defesa Social.
20. (PC-SP/2010/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A Escola Clássica tem em Garófa-
lo um dos seus precursores.
a) baseia-se no método empírico-indutivo.
b) crê no livre arbítrio.
c) surge na etapa científica da Criminologia.
d) criou a figura do criminoso nato.
Letra c.
A Escola Clássica acredita que o indivíduo pode tomar decisões racionais relativas 
ao cometimento de crimes.
As demais alternativas referem-se ao positivismo criminológico.
21. (QUESTÃO INÉDITA) Giovanni Della Porta e Lavater estudaram a aparência 
externa do indivíduo para deduzir seus caracteres psíquicos.
Certo.
Giovanni Della Porta sustentou, nos séculos XVI e XVII, a perfeita correspondência 
entre os aspectos interiores e a forma externa de uma pessoa.
Johann Lavater, no século XVIII, estudou crânios e defendeu que o temperamento 
da pessoa pode ser lido pelos contornos da face e que o delinquente tem maldade 
natural.
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22. (QUESTÃO INÉDITA) Philippe Pinel defendia o tratamento humanitário de do-
enças mentais e foi um dos principais representantes da Escola de Lyon.
Errado.
A primeira parte está correta. Na Psiquiatria, o psiquiatra francês Philippe Pinel (sé-
culos XVIII e XIX) possuía ideias humanitárias de tratamento das doenças mentais. 
No entanto, ele não é considerado um representante da Escola de Lyon.
23. (QUESTÃO INÉDITA) Tobias Barreto se revelou um grande defensor dos direi-
tos das mulheres no Brasil.
Errado.
Tobias Barreto, assim como Lombroso, tinha uma

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