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Página 1 de 2 GABARITO PROVA DISCURSIVA ODONTOLOGIA – CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL (401) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESIDÊNCIA SAÚDE 2018 QUESTÃO 01) a) Trauma: fratura intra-capsular (em crianças), deslocamento medial da fratura condilar (em adultos), trauma obstétrico e fibrose intracapsular; Infecção: otite média, artrite supurativa; Inflamação: artrite reumatoide, doenças de Still, espondilite anquilosante, doença de Marie-Strumpel e artrite psoriática; Cirúrgico: complicações pós-operatórias da articulação temporomandibular ou cirugia ortognática. b) Tomografia computadorizada. É útil na definição completa da extensão da anquilose, bem como quanto à relação da massa anquilótica com estruturas anatômicas importantes, especialmente da base do crânio. Pode ainda revelar a fusão da massa anquilótica com a base do crânio e, em casos pós- traumáticos, o contraste da tomografia computadorizada ajuda a verificar a distância da artéria maxilar e o pólo medial do côndilo. c) O tratamento adequado requer excisão das estruturas envolvidas e reconstrução imediata. As principais opções de tratamento são: 1) Artroplastia em gaps - É um procedimento que cria uma nova área de articulação distal à ATM fusionada e ao segmento anquilótico. Os defensores deste procedimento destacam sua simplicidade, entretanto a criação de uma pseudo-articulação encurta significativamente a altura do ramo, e esse procedimento está associado a alto grau de reanquilose. O desenvolvimento de má oclusão pós-operatória e faixa de movimentação diminuída são os problemas mais comuns associados a esta técnica. 2) Reconstrução com tecido autógeno - Quando a extensão de ressecção óssea não encurtar severamente a altura do ramo, enxertos autógenos interposicionais podem ser empregados. Estes incluem pele, músculo temporal, cartilagem e fáscia. Vários enxertos ósseos (costocondral, esternoclavicular, da crista ilíaca e da cabeça do metatarso) são utilizados para reconstruir a altura do ramo depois da ressecção da anquilose. O enxerto costocondral apresenta vantagem de ser biologicamente aceitável e possuir potencial de crescimento e remodelação que o torna uma escolha atrativa para a criança em crescimento. 3) Prótese total - Suas principais vantagens são a ausência de leito doador e a capacidade de retornar à função mais rapidamente. As principais complicações relatadas são reações de corpo estranho, fragmentação secundária do material à função, desgaste progressivo, podendo acarretar afrouxamento e fratura da prótese. Reanquilose por calcificações ao redor da prótese foram relatadas, entretanto são mais comumente vistas em pacientes mais jovens. QUESTÃO 02) a) Líquen plano erosivo. b) O líquen plano erosivo é mais difícil de ser diagnosticado do que a forma reticular da doença quando se baseia apenas nas características clínicas. A biopsia muitas vezes é necessária para afastar doenças erosivas ou ulcerativas, como lúpus eritematoso, estomatite ulcerativa crônica e reação liquenoide ao amálgama dentário. As lesões liquenoides ulcerativas isoladas, sobretudo as de palato mole, borda e ventre lingual, e assoalho de boca, devem ser submetidas à biopsia para afastar alterações pré-malignas e malignas. Página 2 de 2 GABARITO PROVA DISCURSIVA ODONTOLOGIA – CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL (401) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESIDÊNCIA SAÚDE 2018 c) O líquen plano erosivo frequentemente é incômodo devido a dor na cavidade bucal. Por ser uma condição mediada imunologicamente, os corticosteroides são recomendados. As lesões respondem aos corticosteroides sistêmicos, mas essa terapia geralmente não é necessária. Corticosteroides tópicos potentes, como fluocinonida, betametasona ou clobetasol em gel, aplicados várias vezes ao dia nas áreas mais sintomáticas, geralmente induzem cicatrização em uma ou duas semanas.
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