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Anais V CBAA

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1 
 
 
 
 
 
POSTERES 
 
 
2 
 
 
A INCLUSÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA COMO CONTEÚDO S DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
 
Verônica Gabriela Silva Piovani 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. 
E-mail: veropiovani@hotmail.com 
 
As atividades de aventura tiveram um crescimento acelerado nos últimos 
anos, surgiram como forma de sair da rotina do trabalho, de ter um espaço na 
natureza longe das cidades e aproveitar de modo diferente o tempo livre e o 
lazer. Além disso, as mesmas podem considerar-se como conteúdos presentes 
no ensino da Educação Física no âmbito escolar, pela possibilidade de 
interdisciplinaridade, de motivação, de superação e desafio, de consciência da 
natureza e cuidado do ambiente e da educação para o tempo do lazer. Por 
estes motivos pode-se analisar e introduzi-las como conteúdos de um jeito 
mais significativo, planejando estratégias e metodologias que se orientem a seu 
ensino, onde os desafios individuais e coletivos estejam presentes, o contato 
com a natureza, sua valoração, cuidado e respeito. O objetivo geral da 
proposta é refletir sobre a responsabilidade do professor de Educação Física 
na formação de conhecimento, consciência ecológica, aproveitamento do 
espaço de lazer e contribuição na formação de cidadãos capazes de potenciar 
o essencialmente humano. Como objetivos específicos podem-se encontrar: 
educação ambiental como objetivo de ensino e ferramenta a se desenvolver; 
propiciar o conhecimento do esporte e atividades de aventura desde a 
experiência para assim enriquecer as possibilidades de recreação; gerar o 
desenvolvimento sócio-motriz e a condição física pela pratica destas 
atividades. A metodologia da pesquisa é qualitativa, porque se baseia na 
interpretação dos dados da realidade e analise desde uma perspectiva crítica 
para transformá-la. Utilizaremos instrumentos correspondentes com esta; 
questionários auto-administrados aos alunos, filmagem das atividades, 
entrevistas e observações semi-estruturadas aos pais, alunos e professores. 
Porém, vamos incluir instrumentos da metodologia quantitativa (avaliações 
motrizes e antropométricas) com a intenção de acrescentar a interpretação 
critica, fazendo um aporte teórico da influencia das atividades na condição 
física e motriz das crianças desde a formação integral, pedagógica e não 
apenas de aptidão física. O ponto de partida será a inclusão em duas escolas 
da prefeitura municipal de Florianópolis, de um projeto de ensino na educação 
física na oitava e nona série do Ensino Fundamental, onde se trabalhariam 
como conteúdos atividades de aventura de fácil acessibilidade: trekking, 
caminhadas, escalada, rappel de pouca dificuldade e o mountain bike. Espera-
se que com a pesquisa a desenvolver, consigamos aportar razões para incluir 
na proposta pedagógica dos professores de Educação Física e na sua 
formação profissional o conteúdo de atividades e esporte aventura desde uma 
perspectiva crítica, como um elemento mais da cultura que é rico na hora de 
formar cidadãos mais humanos, conscientes e transformadores. 
3 
 
 
AS ECO-ATIVIDADES FAVORECENDO A FORMAÇÃO CIDADÃ 
 
Valdo Vieira1, Elzir Martins de Oliveira2, Suzana da Silva Farias2 
1- Universidade Veiga de Almeida; UNISUAM – Rio de Janeiro/RJ - Brasil 
2- UNISUAM – Rio de Janeiro/RJ - Brasil 
E-mail: valdovieira@gmail.com 
 
As eco-atividades possibilitam diversificar os tradicionais modelos e 
padrões de exposição de conteúdos, tendo um importante papel na inovação 
nas aulas de educação física, proporcionando aos alunos novas oportunidades 
pedagógicas. As eco-atividades possibilitam aos discentes vivenciar diferentes 
experiências em contato com a natureza, contribuindo para o desenvolvimento 
de novas habilidades e competências, podendo contribuir significamente para a 
sensibilização e conscientização da importância de se preservar o meio 
ambiente. Este estudo iniciou-se após vivências no Projeto de Extensão 
EcoSuam, em que docentes e discentes de distintos cursos de graduação 
participam de atividades em meio natural,envolvendo caminhadas, banho de 
cachoeiras e rapel, todas realizadas na região de Campo Grande (RJ) onde se 
localiza um dos campus da UNISUAM. Através da observação assistemática 
percebeu-se que as eco-atividades estimularam os participantes a interagirem 
e ajudarem uns aos outros em situações de dificuldade em trilhas (como 
transpor uma árvore caída), a valorizarem a preservação do meio ambiente 
natural (era comum frases como ‘alguém deixou lixo aqui na trilha’ ou ‘como é 
que pode alguém pichar aquela pedra?’ ou ainda ‘olha como ficou essa árvore 
com as ancoragens que fizeram?’). Observou-se também que muitos alunos 
declararam que iriam ‘entrar em forma’ para poder fazer outras trilhas, 
mostrando que as eco-atividades podem ser um importante fator para a 
aderência a atividades físicas regulares, contribuindo sobremaneira para um 
estilo de vida ativo. As eco-atividades parecem também favorecer o trabalho de 
pesquisa e investigação científica já que alguns alunos mostraram interesse em 
desenvolver o trabalho de conclusão de curso na temática das atividades de 
aventura. Na revisão de literatura para embasar esse estudo, encontramos 
exposições dos autores que corroboram ao descrito acima. Conclui-se que as 
eco-atividades estimulam e desenvolvem múltiplas competências, entretanto é 
mister salientar que o professor de educação física é fundamental nesse 
processo para incentivar a participação, promover o debate sobre temas 
ambientais para que todos percebam-se integrantes e agentes transformadores 
do meio que vivemos. 
4 
 
 
ATIVIDADES AO AR LIVRE E DE AVENTURA: UMA ALTERNATI VA À 
EDUCAÇÃO FORMAL NA COMUNIDADE DO PEREQUÊ (GUARUJÁ, SP) 
 
Fabiana Rodrigues Pereira 
Faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo, SP, Brasil 
Alcyane Marinho 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil 
E-mail: fabiana.pereira@wave.net.br 
 
Pode-se observar uma crescente busca por atividades ao ar livre e de 
aventura com os mais diversificados objetivos e pelos mais variados tipos de 
pessoas. Tal fenômeno mostra-se importante no processo de compreensão 
das relações sociais que se tem estabelecido na vida atual, uma vez que o 
contato com a natureza e, particularmente, com a aventura oportuniza a 
vivência de sentimentos e emoções, trabalha com medos e inseguranças; 
competências e habilidades, e pode repercutir em várias esferas da vida 
humana, inclusive, na educação. Esta, que se pretende inovadora e qualitativa, 
precisa estar atenta às necessárias transformações ocorridas no mundo atual, 
especialmente, em sintonia com a busca pelo contato com o ambiente natural; 
agregando novos conhecimentos, visões de mundo, interesses e 
necessidades. Neste contexto, este trabalho refere-se a uma pesquisa em 
andamento, cuja abordagem é qualitativa e tem como objetivos: 1) investigar o 
Programa Ilhas da Excelência no Guarujá (SP); 2) verificar se o programa 
dispõe de um projeto voltado ao desenvolvimento de atividades ao ar livre e de 
aventura; e 3) propor a inclusão de um projeto de atividades ao ar livre e de 
aventura no contexto do programa em questão. Para atingir os objetivos 
propostos, este estudo se apóia na revisão bibliográfica sobre a temática; e em 
pesquisa de campo, em que serão investigados os organizadores do Programa 
Ilhas da Excelência (Guarujá, SP), alguns participantes do programa e 
comunidade local, por meio de entrevistas e observação participante. O projeto 
encontra-se na fase inicial de coleta de dados. Preliminarmente, é possível 
apontar que o programa, por meio de seu objetivo específico, inclusão social, 
oferece, atualmente, 8 projetos atendendo aproximadamente 4 mil crianças e 
adolescentes entre 7 e 17 anos de idade. Pode-se destacar os seguintes 
projetos no contexto do programa como um todo: Projeto Ondas (Surfe); 
Projeto Pequenos Remadores na Água (Canoagem); Futebol, Esportes de 
Quadra; Esportesde Areia; Lutas; Atletismo e Natação. Neste momento, os 
dois primeiros projetos (surfe e canoagem) estão sendo observados e as 
entrevistas com os diferentes atores estão sendo coletadas. Com base nestas 
primeiras intervenções, espera-se que esta iniciativa possa contribuir com o 
Programa Ilhas da Excelência, em particular, e com o segmento da aventura, 
em geral, especialmente por propor um projeto pedagógico inovador de 
educação não-formal com base em atividades ao ar livre e de aventura; 
despertando a sensibilidade dos envolvidos para outras questões diferentes 
daquelas tratadas exclusivamente em sala de aula. 
Palavras-chave : Educação ao ar livre. Aventura. Programa Ilhas da 
Excelência. 
5 
 
 
ATIVIDADES DE AVENTURA E ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO E M 
PROGRAMA SOCIAL 
 
Daniele de Cássia Ferreira Dutra, Alex Sandro Seccato 
Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. 
E-mail: daniasocial@yahoo.com.br 
 
Introdução: Atualmente as Atividades de Aventura vem sendo praticada e 
utilizada em vários âmbitos e grupos, destacamos neste estudo a utilização 
destas práticas em um programa social (Programa Poupança Jovem - 
programa destinado a jovens de 14 a 21 anos de idade, com o objetivo de 
diminuir a evasão escolar). De acordo com o programa, as atividades de 
aventura têm o objetivo de promover a inclusão social dos adolescentes e a 
busca de suas potencialidades. Contudo, existem entre os adolescentes do 
programa, aqueles que possuem algum tipo de necessidades especiais, sendo 
assim, este estudo buscou observar, refletir e discutir a utilização de 
estratégias e técnicas para inclusão destes adolescentes nas atividades de 
aventura. Objetivos: Identificar se as estratégias e técnicas utilizadas nas 
diversas atividades de aventura contribuíram para inclusão social de 
adolescentes com necessidades especiais. Metodologia: Foi realizada uma 
visita de campo em uma oficina de lazer do programa a qual desenvolveu 
atividades de aventura (rapel, ascensão em corda com Jumar, escalada em 
muro artificial e corrida de orientação) em que foi observada a participação de 
adolescentes com necessidades especiais e as estratégias utilizadas pelos 
profissionais contratados. Discussão: Constatou-se que os adolescentes com 
necessidades especiais, em particular os cadeirantes, aderiram ao rapel, diante 
de suas possibilidades físicas e estratégias utilizadas pelos profissionais, que 
realizaram essa atividade em local de fácil acesso. Para os adolescentes 
surdos-mudos não houve empecilho na inserção das atividades, porém, os 
profissionais não puderam fazer uma comunicação efetiva, pela falta de 
conhecimento sobre libras ou a presença de um intérprete. Faz-se necessário 
ainda destacar o improviso, pois os profissionais desenvolveram as estratégias 
de acordo com a demanda surgida no momento, sem uma preparação previa e 
foram realizadas com os instrumentos os quais existiam no local. Importa 
salientar o relato dos adolescentes sobre a não continuidade destas atividades 
e que estas são realizadas de maneira aleatória e sem algum preparo anterior, 
e ate mesmo sem nenhum tipo de seqüencia ou progressão pedagógica. 
Conclusão: Conclui-se que para uma melhor realização e inserção de 
adolescentes com necessidades especiais nas atividades de aventura, torna-se 
de extrema importância por parte dos profissionais envolvidos, que seja 
realizada um planejamento do local, em que este tipo de atividade será 
realizado, a fim de promover a sua acessibilidade, assim como dinâmicas de 
caráter participativos e inclusivas. Também o estudo de um planejamento 
6 
 
prévio por parte do programa sobre a continuidade das atividades de aventura. 
Sendo assim, todos em especial aqueles com algum tipo de limitações tenham 
acessibilidade e possam vivenciar práticas de aventuras que podem ter 
também o significado de superação e de vislumbre de novas possibilidades.
7 
 
 
ATIVIDADES DE AVENTURA NOS HOTÉIS DO CIRCUITO DAS 
ÁGUAS PAULISTA 
 
Juliana de Paula Figueiredo, Gisele Maria Schwartz, Priscila Galvão de 
Almeida Leme, Giselle Helena Tavares, Ana Paula Guizarde Evaristo Teodoro, 
Norma Ornelas Montebugnoli Catib 
LEL- Laboratório de Estudos do Lazer- DEF/IB/UNESP - Rio Claro, SP, Brasil. 
E-mail: julianapfig@hotmail.com 
 
A aderência à prática de atividade de aventura no Circuito das Águas 
Paulista é favorecida pelo destaque desta região em comportar cidades que se 
tornaram pólos bem estruturados com diversos parques de aventura, os quais 
oferecem inúmeras modalidades esportivas, sediando, inclusive, campeonatos 
como rallys, cross country e o off road. Em locais apropriados, é realizada a 
prática de rafting e trekking. São inúmeros os hotéis localizados neste Circuito, 
porém, não se conhece, ainda, o potencial da indústria hoteleira da região, no 
que concerne aos interesses de desenvolvimento das atividades de aventura 
em suas próprias dependências, para atender à demanda crescente de 
pessoas voltadas à prática de atividades de aventura. Sendo assim, este 
estudo de natureza qualitativa teve como objetivo investigar se as atividades de 
aventura estão sendo inseridas nos hotéis da região. Para tanto foi realizada 
uma pesquisa exploratória, desenvolvida no site do Circuito das Águas 
Paulista, entre os 143 hotéis, chalés e pousadas cadastrados, focalizando-se 
apenas aqueles que disponibilizavam sites próprios. Os dados evidenciaram 
que, na cidade de Águas de Lindóia, dos 21 hotéis, apenas 1 possui estrutura 
de aventura; em Amparo, dos 16 hotéis, em 5 destes pode-se realizar tais 
práticas. Quando analisada a cidade de Jaguariúna, não foi encontrado 
qualquer hotel que oferecesse vivência das atividades de aventura; em Lindóia, 
2 dos 8 hotéis cadastrados prestam este tipo de atividade. Serra Negra é a 
cidade que mais possui hotéis cadastrados, em um total de 45, sendo que em 
13 são propostas estas atividades, enquanto que, em Monte Alegre do Sul, dos 
13 hotéis, 6 proporcionam estas práticas. Na cidade de Socorro, dos 24 hotéis, 
em 8 podem-se praticar as modalidades de aventura; já na cidade de Pedreira, 
não foram constatados hotéis que propusessem este tipo de atividade. Com 
base nas modalidades oferecidas, as trilhas são as mais citadas, seguidas em 
ordem decrescente pela tirolesa, arvorismo, escalada, rapel e, encontrando-se 
com apenas uma incidência o acqua ride, o bóiacross, a canoagem, o off road 
e o tombonágua. Os resultados apresentados salientam que, apesar de o 
Circuito das Águas já ser reconhecido pelas variadas oportunidades de praticar 
atividades de aventura, poucos são os hotéis localizados nesta região que já 
estão investindo na oferta destas atividades e na estrutura de lazer para o 
desenvolvimento destas modalidades em suas próprias dependências. 
Evidencia-se, assim, a necessidade de se investigar, em estudos futuros, os 
fatores limitantes da implantação das atividades de aventura na rede hoteleira, 
mesmo estando esta em um pólo consagrado e de demanda para estas 
práticas. 
Palavras-chave : atividades de aventura; hotéis; circuito das águas 
8 
 
 
ATIVIDADES DE AVENTURA: DIMENSIONANDO AS MAIS ESTUD ADAS 
NOS ANAIS DO CBAA 
 
Priscila Galvão de Almeida Leme, Gisele Maria Schwartz, Norma Ornelas 
Montebugnoli Catib, Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan 
LEL- Laboratório de Estudos do Lazer- DEF/IB/UNESP - Rio Claro, SP, Brasil. 
E-mail: prismagalvao@ig.com.br 
 
A aderência às diversas modalidades existentes no contexto das 
atividades de aventura vem aumentando significativamente em âmbito 
nacional. O turismo, bem como o esporte e algumas iniciativas referentes às 
gestões públicas, entre outros aspectos, de certa forma, forma bastante 
intervenientes para este aumento da procura. As Atividades Físicas de 
Aventura, praticadas tanto na natureza quanto no meio urbano, são, inclusive, 
vivenciadas como uma possibilidade de desenvolvimento pessoal ou 
atendendo a diversas finalidades com um grande potencial para o sucesso domercado que as envolve, com implicações que acabam por impulsionar 
pesquisas acadêmicas e sua divulgação em congressos e eventos científicos. 
Entretanto, ainda há pouca sistematização das informações referentes a este 
assunto, as quais se encontram dispersas, o que gerou o interesse deste 
estudo, no sentido de contribuir para aglutinar esse conhecimento. Sendo 
assim, o objetivo desse estudo, de natureza qualitativa, centrou-se em 
investigar as principais atividades de aventura tomadas como foco das 
pesquisas publicadas nos anais das 4 versões do Congresso Brasileiro de 
Atividade de Aventura, os quais ocorreram no período de 2006 a 2009. Este 
evento tem sido reconhecido como um dos principais espaços para 
disseminação de temáticas sobre aventura em nível nacional. Para este 
estudo, foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, na qual foi feito um 
levantamento de dados sobre os trabalhos apresentados e classificadas as 
atividades de aventura especificadas nos mesmos. Os dados foram analisados 
descritivamente, com base na Técnica de Análise de Conteúdo Temático, 
evidenciando os trabalhos apresentados em forma de pôster e oral, atividades 
como: escalada, skate, rafting, trilhas, bóia-cross, rapel, arvorismo, exploração 
de cavernas, banana-boat, surf, alpinismo, montanhismo, pára-quedismo, 
hang gliding, Le parkour, mountain bike, vôo-livre, off-rod (rally com jipe), 
corrida de orientação, corrida de aventura e mergulho. Para detalhamento dos 
resultados obtidos, foram criadas categorias de análise, tendo como referência 
as palavras-chave denominativas das comunicações científicas. Os resultados 
evidenciaram 28 ocorrências para Escalada, 24 para Trilha e 20 para o Rapel, 
o que demonstra que estas representam as modalidades de maior incidência 
Na sequência, aparecem o Arvorismo, a Corrida de Orientação e o Surfe com 
11 trabalhos cada. Para o Skate foram localizados 10 trabalhos e Canoagem, 
Rafting, Vôo-Livre e Mergulho 7 estudos cada. Outras modalidades aparecem 
com menos de 4 ocorrências cada. Pode-se verificar, durante a análise dos 
dados, que as pesquisas referentes às modalidades mais estudadas, 
apresentam correlações com aspectos educacionais e que as interfaces com o 
Turismo são de grande relevância nesses estudos. As modalidades menos 
citadas, como Le pakour, caving, montan bike, rally e banana boat mostram-se 
9 
 
como uma lacuna ainda a ser explorada sob diversos focos. Tornam-se 
importantes novas discussões por parte do meio acadêmico, no sentido de 
buscar a sistematização das informações produzidas sobre estas temáticas, 
para subsidiar outros estudos e instigar novas reflexões. 
Palavras chave : Atividades de aventura, CBAA, informação 
10 
 
 
ATIVIDADES RADICAIS E DE AVENTURA NAS AULAS DE EDUC AÇÃO 
FÍSICA DOS ALUNOS DO CICLO I DE UMA ESCOLA PÚBLICA 
 
Friedrich Richter 
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) - SÂO PAULO 
E-mail: richter2006@gmail.com 
 
O presente texto revela minhas experiências como Educador Físico de 
uma Escola Pública, na qual venho ao logo de minha carreira desenvolvendo 
Atividades de Aventura. De acordo com as diretrizes dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCN’s), as aulas de Educação Física devem abranger 
atividades que ofereçam possibilidades de desenvolver as dimensões afetivas, 
cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos. A partir de novas experiências 
é possível enriquecer e diversificar o conteúdo das aulas. Neste estudo busco 
mostrar e evidenciar algumas modalidades que podemos trabalhar com os 
alunos do ensino fundamental I, assim como Escalada Esportiva, Rapel, Le 
Parkour, Slackline e Enduro a Pé. Essas atividades contribuem para uma 
melhora nos aspectos motores, afetivo e social dos alunos. Tais atividades 
foram propostas a alunos de uma escola Pública situada na Zona Norte de São 
Paulo. Algumas atividades como, Skate, Escalada, Montanhismo, Rapel, Le 
Parkour, Slackline e Enduro a Pé foram apresentadas no inicio do ano letivo, e 
os alunos através de um planejamento participativo puderam escolher algumas 
modalidades. Tivemos como apoio o corpo docente de Educação Física, 
composto pelos Professores: Friedrich Richter, Renato Eduardo Galon, e a 
equipe Gestora: Ana Luisa (Diretora), Márcia Regina (Vice- Diretora), Débora 
Mariano, e alunos do colégio. 
11 
 
 
ESPORTES DE AVENTURA: O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCA ÇÃO 
FÍSICA 
 
Fernando Azeredo Varoto, Cinthia Lopes da Silva 
Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Piracicaba/SP, Brasil 
E-mail: varotaum@hotmail.com 
 
Introdução: Este trabalho tem como objetivo analisar o papel do professor de 
Educação Física que atua no âmbito dos esportes de aventura. Tais esportes 
ocorrem nos momentos de lazer de seus praticantes e tem sido difundidos 
como forma de lazer mercadoria, comercializado por empresas que há algum 
tempo oferecem esse tipo de serviço. Historicamente, os profissionais atuantes 
nos esportes de aventura, muitos com formação em Educação Físca, tem tido 
um papel profissional restrito ao conhecimento técnico, a noções de segurança 
e primeiros socorros. Esse tipo de conhecimento tem mostrado insuficiente 
para que os sujeitos praticantes usufruam dos esportes de aventura de modo a 
se divertirem e se desenvolverem tanto do ponto de vista pessoal como social. 
Orientados por uma ação profissional restritamente técnica, os praticantes se 
tornam mais suscetíveis às influências da cultura de consumo e a visão de 
esportes de aventura como mercadoria a ser consumida. Como procedimentos 
metodológicos, foi realizada pesquisa bibliográfica a partir das palavras-chave: 
esportes de aventura, atuação profissional e lazer. Como resultados 
preliminares nota-se que é fundamental o professor de Educação Física 
atuante no âmbito dos esportes de aventura ter acesso nos cursos de formação 
profissional a conhecimentos acerca do debate sobre o lazer, das práticas e 
técnicas de esportes de aventura e de uma visão de sociedade e de mundo 
que lhe possibilite intervir efetivamente, contribuindo para a ocorrência de 
mudanças na cultura. Compreende-se que diante de tal pressuposto, a atuação 
por parte dos profissionais de Educação Física teria como finalidade viabilizar 
aos sujeitos o descanso, o divertimento e o desenvolvimento, de modo que 
tenham acesso a uma gama maior de possibilidades de práticas em meio à 
natureza e o desenvolvimento da consciência ecológica e preservacionista. 
Com base nessas reflexões, concluimos que uma atuação efetiva por parte dos 
profissonais de Educação Física no âmbito dos esportes de aventura considera 
como fundamental uma intervenção que viabilize aos sujeitos a vivência e 
reflexão de tais modalidades. Espera-se com esse trabalho contribua para que 
os profissionais de Educação Física possam rever conceitos e valores. 
12 
 
 
CURSO DE MONITORIA DE ESCALADA ESPORTIVA EM PAREDE 
ARTIFICIAL: ANÁLISE DA METODOLOGIA REALIZADA 
 
Eduardo Garcia Leal de Almeida, Lucas Prestes, Tatiane Augusta Meneguetti, 
 Carlos Gomes de Oliveira 
Grupo de Estudos do Lazer (GEL/UEM/CNPq) 
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. 
E-mail: edueduca83@hotmail.com 
 
Introdução: O Grupo de Estudos do Lazer (GEL), da Universidade Estadual de 
Maringá, vem desenvolvendo desde o ano de 2007 pesquisas e projetos na 
área da escalada esportiva em paredes artificiais. No ano de 2010 iniciou um 
projeto gratuito de ensino dessa modalidade, voltado para iniciantes com 
idades variadas. Porém o grupo se deparou com a necessidade de formar 
novos monitores neste esporte para auxiliar as aulas. Dada essa carência, o 
GEL desenvolveu um curso e ministrou-o em 4 dias englobando 7 temas 
julgados necessários para a formação desses monitores. Objetivo: Descrever a 
experiência no desenvolvimento da metodologia do curso de monitoria em 
escalada esportiva em parede artificial. Método: Este trabalho é um relato de 
experiência sobre o curso de monitoria de escalada esportiva em parede 
artificial. O cursocontou com a participação de 09 ministrantes e 03 monitores, 
todos integrantes do grupo. Foram realizadas reuniões para leitura e produção 
de textos informativos, bem como encontros na parede para nivelamento 
técnico dos ministrantes. O curso obteve 50 inscritos. Os materiais utilizados 
para a escalada foram cordas de 20m por 11mm tipo dinâmicas, freios gri-gri, 
mosquetões e cadeiras além das apostilas e recursos áudio/visuais. Os temas 
abordados no curso foram: Histórico da Escalada, Tipos de Escaladas, 
Materiais utilizados, Técnicas de Segurança, Técnicas de Escalada, Tipos de 
Nós e Primeiros Socorros. Resultados: No dia 11 e 12 de março atividades 
foram das 18h às 17h30min para o primeiro grupo e das 20h às 21h30min, 
abordando os temas: histórico da escalada, Tipos de Escalada, Materiais 
Utilizados, Técnicas de Segurança e Técnicas de Escalada. Os Alunos do 
curso foram divididos em dois grupos de 25 cada um com depois horários 
distintos subseqüentes. No segundo dia, o tema abordado foi continuação das 
Técnicas de Escalada e Segurança, visto que estes tópicos são os principais 
para a formação de monitores de escalada. Os dois últimos temas foram 
ministrados na Fazenda Experimental da UEM, onde todos acamparam. Junto 
com esses temas, outras atividades foram realizadas, como o rapel, a tirolesa e 
a corrida de orientação, a fim de integrar melhor os alunos do curso ao 
ambiente natural, próprio das atividades de aventura. O sistema de avaliação 
foi por freqüência tendo aprovação, o aluno com a participação igual ou 
superior a 75%. Conclusão: O Curso foi ministrados nos 4 dias propostos com 
todas as atividades planejadas cumpridas. Concomitante à presença de 
participantes com objetivos de sociabilização ou fruição recreativa, também se 
detectou pessoas interessadas em dar continuidade aos conhecimentos 
trabalhados. Hodiernamente, 10 participantes calouros ingressaram no GEL e 
estão estagiando como monitores voluntários da escalada nas quatro turmas 
de iniciação. 
13 
 
Apoio: Sociedade Eticamente Responsável (SER), Coordenadoria de 
Desportos e Recreação (CDR), Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI). 
14 
 
DICIONÁRIO DE ESPORTES E ATIVIDADES DE AVENTURA: UM A 
PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DE TERMOS E VOCÁBULOS 
Carla Rodrigues, Mônica de Campos Pinheiro, Luciano Bernardes 
FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo – SP, Brasil 
E-mail: carlakim_@hotmail.com 
 
A necessidade de identificar e explicar termos e vocábulos utilizados na 
linguagem dos praticantes de esportes e atividades de aventura se faz 
importante na medida em que demonstra o vocabulário diversificado utilizado 
por esses praticantes dentro dos novos empreendimentos na área, leigos sobre 
o assunto e demais interessados na compreensão dessa linguagem. 
Praticantes de atividades físicas em meios naturais e urbanos ou turistas já 
ouviram alguns termos do esporte e turismo de aventura e até mesmo os 
utilizam em seu dia a dia, e ainda, as empresas que oferecem serviços os 
utilizam diariamente, sejam no ramo de Turismo, Esportes, Educacional ou 
outros. Não se pode afirmar que a utilização desses termos esteja adequada a 
cada modalidade e sub modalidade das atividades, pois a falta de 
conhecimento geral de termos específicos do domínio do esporte e atividades 
de aventura demonstra uma sublíngua de especialidade caracterizada pela 
segmentação. Cada complexo de atividades centraliza termos e vocábulos 
oriundos dos praticantes dessa subárea e são de certa forma, novidade para 
grande parte do público de outras modalidades sendo que os que possuem um 
pouco mais de conhecimento são aqueles que participam de diversas 
atividades. Analisando-se os termos utilizados pelos praticantes de atividades 
de aventura foram encontradas basicamente subdivisões não agrupadas em 
campos lexicais, mas segundo outros critérios, por exemplo, neologismos 
surgidos para retratar as novas atividades; termos em língua inglesa 
correntemente usados aqui no Brasil; uma série de siglas e acrônimos que 
representam os órgãos relacionados aos setores do Esporte e Turismo e, 
termos em língua portuguesa facilmente decodificados, mas que são novidade 
para diversos praticantes e profissionais relacionados. Este estudo visa o 
desenvolvimento de um Dicionário de Atividades de Aventura que organize 
conceitos, termos específicos, vocábulos e traduções sobre os tipos de 
atividades existentes, equipamentos utilizados e bem como o linguajar utilizado 
por seus praticantes. A proposta de organização dos vocábulos tem como 
principal objetivo suprir a carência de conhecimento dos diversos termos 
utilizados dentro de cada modalidade incluindo os tradicionais e os novos. 
Entretanto não tem a pretensão de esgotar a pesquisa semântica própria da 
formação dos termos das atividades de aventura. A reunião de vocábulos 
específicos dentro de um dicionário pode trazer fundamentação para outras 
pesquisas no campo do esporte e atividades de aventura. Com suas devidas 
definições e conceitos descritos estabelecer-se-á um vínculo de compreensão 
consensual e socialização entre as diversas modalidades de atividades de 
aventura. Um estudo sobre este tema está em desenvolvimento e abordará 
aspectos sobre o panorama geral das Atividades de Aventura, expansão das 
modalidades e sub modalidades da área e proposta de elaboração do 
Dicionário da Aventura. 
15 
 
 
ESCALADA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA: PRIM EIRAS 
‘VIAS’ 
 
Tony Honorato, Nayara Teixeira, Catiana Leila Possamai, Ernani Xavier Filho 
Universidade Estadual Londrina, Londrina, Paraná, Brasil 
E-mail: tony@uel.br 
 
Na sociedade contemporânea observa-se a chegada de novas 
tecnologias, velocidade de informações e busca incessante do homem por 
experiências que fujam da superficialidade e representem valores significativos 
para sua condição existencial. Uma possibilidade é a prática da escalada. A 
escalada vem despertando interesse e incorporando cada vez mais adeptos, 
principalmente depois do aparecimento de paredes artificiais. Ela se 
desenvolve em diversos ambientes, especialmente, no universitário por ser 
uma prática sócio-cultural, motora, psíquica e física realizável antes e depois 
dos horários de aula dos estudantes. Este Projeto de Extensão refere-se, 
então, à vivência de escalada no Centro de Educação Física e Esporte (CEFE) 
da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que na atualidade tem uma 
parede de escalda desativada. A sua relevância consiste em retomar a 
disseminação do conhecimento e da prática de escalada indoor voltada para 
uma educação da experimentação e vivência de fortes emoções com risco 
controlado. O Projeto objetiva revitalizar a parede de escalada do CEFE e 
ofertar vivência lúdica em escalada orientada para comunidade interna e 
externa à UEL. O Projeto, ora apresentado, encontra-se em desenvolvimento, 
está na fase de formação do seu grupo gestor. As atividades já desenvolvidas 
foram: a) cadastro dos estudantes interessados na ação; b) estudo do texto de 
Costa (1999), Marinho (2001), Marinho & Bruhns (2001), Nazari (2001), Ferrer 
(2002); c) participação no 10º Encontro de Escalada de Londrina-PR realizado 
em 2009; d) formação de parceria com o Clube de Montanha Norte 
Paranaense – CMNP. O primeiro resultado será revitalização da parede de 
escalada no CEFE/UEL, tornando-a um equipamento de lazer e de atividade 
física em permanente condição de funcionamento para comunidade. Assim 
considera-se a vivência da escalada na universidade como uma forma de 
experimentar uma dimensão lúdica promotora de sociabilidade, emoções e 
divertimento marcado pelo movimentar do corpo prazerosamente. 
16 
 
 
ESPORTE DE AVENTURA E SUA APLICABILIDADE NA ESCOLA 
 
Gisele Santos de Carvalho, Luciano Bernardes, Mônica Pinheiro 
FMU, São Paulo, SP, Brasil. 
E-mail: gisele_s2002@yahoo.com.br 
 
As vivências decorrentes da prática do esporte de aventura 
proporcionam ao homem moderno o reencontro com a natureza e a 
oportunidade dese aventurar estabelecendo novos desafios à vida cotidiana. O 
ser humano tenta resgatar sua relação com a natureza e os esportes de 
aventura vêm contribuindo nesse sentido. As modalidades ligadas à natureza 
crescem numa proporção maior devido a diferentes fatores como a 
necessidade do homem de afastar-se do estresse das grandes cidades, de 
estabelecer novos desafios entre outros. Atualmente, os PCN´s trazem no eixo 
os temas transversais com a temática relacionada ao Meio Ambiente, 
juntamente com Ética, Saúde, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural, 
Sexualidade e Trabalho e Consumo que por envolverem múltiplos aspectos e 
diferentes dimensões vem merecendo um lugar de destaque nas discussões 
relacionadas à elaboração e a implementação de novas propostas 
educacionais para a Educação Física junto à natureza. O objetivo desse 
trabalho é mostrar através de uma pesquisa de campo e bibliográfica que o 
Esporte de Aventura pode ser inserido como conteúdo nas aulas de Educação 
Física Escolar, contribuindo para a formação do cidadão, através de uma 
prática que vai além das modalidades tradicionais. Na pesquisa de campo, os 
sujeitos serão divididos em dois grupos de 15 professores cada (Grupo A: 
professores que não ministram os esportes de aventura em suas aulas, Grupo 
B: professores que ministram os esportes de aventura), de ambos os sexos, 
onde deverão responder o questionário com perguntas abertas e fechadas. O 
trabalho investigará se é viável ou não a aplicabilidade do esporte de aventura 
como conteúdo para as aulas de Educação Física do ensino fundamental I e II. 
Palavras- Chave : Educação, Educação Física, Esporte de Aventura. 
17 
 
 
ESPORTE DE AVENTURA, EDUCAÇÃO FÍSICA E DEFICIÊNCIA 
INTELECTUAL 
 
Álan Annibal Schmidt 
LEL- Laboratório de Estudos do Lazer- UNESP- Rio Claro; NEAFA- Núcleo de 
Estudos em Atividade Física Adaptada- UFSCAR- São Carlos 
E-mail: c2resp@yahoo.com.br 
 
Introdução: Os esportes de aventura na natureza vem se massificando cada 
vez mais em nossa cultura, contemplando diversos públicos, entre eles, as 
pessoas com deficiência intelectual. Nesse estudo, mostramos como a pessoa 
com deficiência intelectual se apresenta ao praticar a canoagem, esporte de 
aventura praticado em lagos, rios ou oceanos; e, também, como a interface 
educação física e esporte de aventura, enquanto, prática pedagógica, pode 
contribuir para o desenvolvimento das habilidades adaptativas das pessoas 
com esse tipo de deficiência. Objetivo: Compreender como as estratégias das 
aulas de educação física interfere nas ações corporais das pessoas com 
deficiência intelectual durante as aulas de canoagem. Método: O trabalho foi 
realizado a partir de uma pesquisa qualitativa, baseando-se em uma 
observação-participante e registrada em um diário de campo. Participaram 
deste estudo 11 pessoas com deficiência intelectual de uma escola de 
educação especial em parceria com uma escola de canogem, com idade entre 
13 e 22 anos. Para interpretarmos os dados levantamos quais são os aspectos 
corporais e intelectuais apresentados a cerca da pessoa com deficiência 
intelectual; as considerações teóricas da educação física, enquanto área do 
conhecimento, sobre esse público específico e a investigação bibliográfica 
sobre a interface esportes de aventura e deficiência intelectual. Resultados: 
Pode-se observar durante o estudo que os processos pedagógicos sugeridos e 
incorporados durante a ação docente durante as aulas de canoagem 
contribuíram para o sucesso das atividades, bem como, para o aprendizado 
dos conteúdos apresentados ao grupo. Também comprovou-se que o conteúdo 
esporte de aventura, pode ser inserido no planejamento anual da disciplina de 
educação física de uma escola de educação especial, porém, ressalta-se a 
necessidade do professor estar familiarizado com as técnicas de seguranças 
necessárias para o andamentos das atividades propostas. Conclusão: 
Evidenciou-se durante o estudo a contribuição da educação física, 
representada por um professor formado na área, que as estratégias 
formuladas, o esporte de aventura, no caso a canoagem e, o local onde este 
estudo foi realizado, desencadeou, no grupo observado, interesse, prazer, 
motivação e autonomia critica e construtiva. Isso comprova que os conteúdos 
trabalhados na educação física, bem como, o esporte de aventura, podem 
contribuir positivamente para o desenvolvimento da pessoa com deficiência 
intelectual. 
18 
 
 
ESPORTES DE AVENTURA E SEUS RISCOS 
 
Wilson José Silva, Antonio Marcos Xavier Cardoso e Sheila Cristina dos Santos 
de Oliveira 
UniÍtalo-São Paulo/São Paulo Brasil 
E-mail: Will_19732000@yahoo.com.br 
 
Introdução: Com a crescente adesão pelos esportes ou atividades de aventura 
na natureza por pessoas sedentárias, procuramos saber o porquê desse 
crescimento. O objetivo desse ensaio é mostrar que os esportes de aventura 
são uma das possibilidades educacionais, além de promover satisfação 
pessoal, conscientemente ou não o ser humano. A metodologia escolhida foi a 
pesquisa literária. Os esportes de aventura, nos últimos anos tem sido uma 
válvula de escape de muitas pessoas, que no seu cotidiano precisam de uma 
forma de descarregar suas emoções. Essas pessoas encontram nos esportes 
de aventura uma possibilidade de auto-realização, procurando superar limites e 
ao mesmo tempo, observar ao seu redor e fortalecer seus laços e amizades 
com outros praticantes, que buscam da mesma forma fugir de sua rotina, ou 
monotonia. O que leva as pessoas a praticarem esse tipo de esportes são: os 
riscos, a busca de desafios e a imprevisibilidade dos resultados. Há de se 
observar que as características dessas práticas se justificam devido à serem 
praticadas em locais desconhecidos dos homens e não necessariamente por 
imprudência de seu praticante. Nos esportes de aventura temos que considerar 
a preservação de nossa integridade física, emocional, condições físicas, todos 
os equipamentos de segurança que a modalidade necessita e também a 
presença de equipes de socorro. Muitos autores afirmam que os esportes de 
aventura podem ser inseridos no âmbito escolar, sofrendo algumas 
modificações, além dos alunos vivenciarem uma nova prática esportiva, terão a 
oportunidade de aprender um pouco mais sobre o meio ambiente, já que nos 
dias atuais, crianças e adolescentes podem relacionar a atividade física com a 
preservação do planeta. Os esportes de aventura sendo inseridos nas praticas 
pedagógicas, vão incentivar vários praticantes e ao mesmo tempo auxiliarão a 
preservar o local onde será praticado. Na escola os alunos terão a 
oportunidade de manusear uma bússola que lhes dará noções de 
direcionamento, por exemplo, convivendo com a natureza e aprendendo sobre 
ela. Ser um praticante de esportes de aventura necessita estudar o local 
explorado, analisar a infra-estrutura, utilizar sempre equipamentos de 
segurança, estar com um profissional ou pessoa mais experiente. Assim, 
tomando precauções e tornando a atividade mais prazerosa e menos perigosa. 
A prática dos esportes de aventura pode levar a conscientização da cidadania 
pela sensibilização do ser com o meio ambiente e com as pessoas. 
19 
 
 
ESPORTES E ATIVIDADES DE AVENTURA COMO FERRAMENTA P ARA O 
DESENVOLVIMENTO HUMANO: EDUCAÇÃO PELA AVENTURA PARA O 
DESENVOLVIMENTO HUMANO 
 
Cleber Liberal de Oliveira, Luciano Andrade Bernardes, Monicade Campos 
Pinheiro 
UNIFMU: FACULDADES UNIDAS METROPOLITANAS - SÃO PAULO, SP, 
BRASIL 
E-mail: cleber.liberal@ig.com.br 
 
A visão do mundo que orienta o conceito de educação na sociedade 
moderna é o Paradigma do Desenvolvimento Humano. Trata-se da crença que 
o desenvolvimento de um país, ou de uma comunidade, depende 
fundamentalmente das oportunidades que são oferecidas para que as pessoas 
desenvolvam seus potenciais, ou seja, ajudar a formar os cidadãos do presente 
e do futuro. Sendo assim, o conceito de desenvolvimento humano implica no 
entendimento que todo ser humano é portador de umpotencial e do direito de 
tornar-se pessoas verdadeiramente capazes de enfrentar os desafios que suas 
vidas e o tempo que vivem lhe impõem, preparando-se para promover ações 
transformadoras no mundo que está inserido. Enquanto as discussões sobre o 
desenvolvimento humano estão avançadas, principalmente no campo 
educacional, os Esportes de Aventura ainda estão descobrindo o seu papel 
dentro da Educação e como podem fomentar o Desenvolvimento Humano. Nas 
últimas décadas, observa-se um grande crescimento desses esportes tidos 
como “esportes radicais” tanto nos centros urbanos como nas academias e 
escola, sendo considerados, principalmente, atividades de lazer. Trata-se 
evidentemente de um fenômeno internacional de mudança de hábitos, o que 
reflete transformações culturais cuja profundidade ainda não se compreende 
inteiramente. Entretanto, foram iniciadas reflexões teóricas acerca da 
apropriação da prática de esportes de aventura como elemento educativo nas 
aulas de Educação Física Escolar, embora ainda esteja longe de ser entendida 
como um conteúdo relevante e de extrema importância dentro do âmbito 
educacional. Muitos autores sociais têm proposto e implementado iniciativas 
que geram oportunidades de desenvolvimento; estas iniciativas dão subsídios 
aos jovens para que façam suas escolhas e ajam positivamente sobre a 
realidade. Entretanto, é importante questionar: quais iniciativas são estas e se 
efetivamente promovem o Desenvolvimento Humano. De qual tipo de 
desenvolvimento se está falando: social, cognitivo ou motor; e ainda, de quem 
é o papel de proporcionar e garantir tal desenvolvimento? E os esportes de 
aventura, como inseri-lo dentro desta discussão e usá-lo como ferramenta que, 
efetivamente, garanta o desenvolvimento humano? O presente trabalho tem 
como objetivo discutir e compreender como os esportes de aventura podem ser 
uma ferramenta para proporcionar o desenvolvimento humano, com base em 
uma revisão de literatura. 
20 
 
 
EXPERIENCIAS NA DISCIPLINA “PRATICAS CORPORAIS E NA TUREZA” 
 
Pedro Henrique Silva Benevides, Gabriel Camargo Santos 
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil 
E-mail: phsilvabenevides@hotmail.com 
 
A disciplina “Práticas Corporais e Natureza” foi desenvolvida como um 
Núcleo Livre da Faculdade de Educação Física, Universidade Federal de 
Goiás, tendo como eixos principais a discussão da relação ser humano e 
natureza, as práticas de aventura nesse meio e a visão de corpo e saúde no 
mundo contemporâneo, objetivando compreender a relação do indivíduo com o 
meio ambiente, levando ao uso conscientemente de seus recursos naturais e 
mantendo uma relação de coexistência, de maneira que possamos continuar 
com o nosso processo de evolução, sem provocar sua degradação. O homem, 
a partir da estruturação do capitalismo, acabou se distanciando cada vez mais 
da natureza e, assim, esqueceu que também faz parte dela, visto que tudo o 
que construiu, ao longo da história, foi retirado da natureza e o trabalho, que é 
algo inerente ao ser humano, é constituído por essa relação. Neste sentido, a 
preservação da natureza é de extrema importância, por, acima de tudo, ser 
uma auto-preservação. As Práticas Corporais de Aventura na Natureza - 
PCAN’s, proporcionam aos seres humanos experiências diferentes das 
habituais, retirando-os do stress do mundo urbano e colocando-o frente à 
natureza, sendo este um espaço para diversas práticas que podem ser 
realizadas, no lazer, na escola ou de forma esportivizada. No lazer e/ou na 
escola, podem ser realizadas por qualquer pessoa e não necessitam de 
materiais específicos, tampouco de um corpo “perfeito”, como é colocado pela 
mídia. Essas práticas acabam se tornando uma espécie de válvula de escape 
do cotidiano, auxiliando no combate ao stress, causado pelo dia a dia, e na 
saúde corporal, tanto fisicamente, devido à movimentação do corpo na 
realização das práticas, quanto subjetivamente, por conta de sentimentos de 
satisfação, superação pessoal, sensações de liberdade e prazer. Contudo, a 
mídia apresenta um estereótipo de corpo perfeito e, a partir deste, uma noção 
de saúde, que acaba prejudicando a sociedade, que acredita que o corpo 
mostrado na mídia é sempre um corpo saudável; este modelo é transferido 
para as PCAN’s e muitas pessoas pensam serem inaptas para tais práticas por 
não apresentarem tais corpos. Essa disciplina foi realizada durante um 
semestre através de aulas em sala e práticas ao ar livre, dentro dos limites da 
Universidade. Na disciplina tivemos contato com formas alternativas de se 
promover saúde, a partir da alimentação vegetariana, a acupuntura e a 
homeopatia, dentre outras que propiciam uma vida mais saudável; vivenciamos 
algumas PCAN’s, como tirolesa, rapel, mergulho autônomo e outras, 
relembrando sempre o uso consciente do meio ambiente, além de discussões 
teóricas ressaltando a atitude do ser humano com relação a natureza, ao corpo 
e a saúde em geral. 
21 
 
 
FORMAÇÃO DO MONITOR EM ATIVIDADES DE AVENTURA 
 
José Ricardo Auricchio 
UNIFMU – São Paulo/SP 
E-mail: RICARDO@CAT.TUR.BR 
 
Desde o final da década de 80 os chamados esportes radicais vêm se 
popularizando no Brasil, mais especificamente no Estado de São Paulo, onde 
na década de 90 surgiram muitas empresas na área de aventura. Tais 
empresas são geridas por pessoas com experiência em determinadas 
atividades que contratam mão de obra local muitas vezes com pouca ou 
nenhuma experiência para auxiliar os guias ou instrutores nas atividades a 
serem realizadas com clientes. Mas qual a formação ideal para os monitores de 
atividades de aventura? Algumas entidades do turismo como ABETA e MTUR 
junto com a ABNT publicaram normas técnicas para algumas atividades como 
montanhismo, mergulho, caminhada, espeleoturismo entre outras com foco no 
que o monitor (condutor) deve seguir em sua formação. Estas normas estão 
em vigor desde 2005 e as empresas vêm desde então se adequando para 
cumpri-las. Este estudo tem o objetivo de mostrar, com base na literatura 
específica e nas experiências de algumas empresas do ramo, qual a formação 
ideal para o monitor de atividades de aventura nas diferentes linhas de 
atuação. Muitos profissionais da área estão se especializando com cursos de 
formação ou ainda faculdades de turismo e educação física, nas quais foram 
inseridos diversos cursos de extensão e especialização em atividades de 
aventura nos últimos anos. Este estudo mostra ainda que este ramo de 
atuação seja uma vertente na área de lazer, e isso faz com que esses 
profissionais deixem de ser meros acompanhantes e passem a intervir de 
forma construtiva e responsável nas atividades. 
22 
 
 
INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA NOS ESTADOS D AS 
EMOÇÕES E HUMOR 
 
Rodolfo Antonio Zagui Filho1, Luciano Bernardes2 
1Pós-Graduando em Esportes e Atividades de Aventura – UNIFMU 
2Professor e coordenador do curso de Esportes e Atividades de Aventura – 
UNIFMU 
E-mail: rodolfozagui@gmail.com 
 
A prática de atividades de aventura proporciona diversos benefícios 
corporais, fisiológicos, psicológicos e alterações significativas nas emoções e 
estados de humor, como, ira, tristeza, medo, prazer, amor, entre outras. A 
prática constante de respostas emocionais como forma do sujeito observar-se, 
poderia auxiliar no controle das reações. Se a atividade física dirigida 
especificamente para esse fim permite acessar esquemas sensórios-motores, 
que levam através de um processamento esquemático, ao processamento 
conceitual, então tais atividades podem auxiliar em programas de 
autoconscientização. No decorrer de nossos dias, no trabalho ou em casa, os 
acontecimentos causam alterações em nossas emoções e no nosso humor, 
pelos desafios exigidos, por termos que superar limites, traçar planejamentos e 
tomar decisões. Quanto mais nosso mundo moderno se desenvolve, mais o ser 
humano busca o contato com sua essência, um bom exemplo disso são as 
trocas de fogões tão sofisticados sem chamas, comdesign arrojado por fogões 
a lenha para que possam degustar de uma comida feita ao fogo em momentos 
de lazer, bem como viagens a praias e ao campo para que possam pescar, 
adquirir seu alimento sem ter que ir ao mercado ou pedi-los pelo telefone ou 
internet, para que assim se sintam ao menos por pequenos momentos mais 
livres. Nesse estudo iremos cruzar dados dos estados de emoções do dia a dia 
com os dados das emoções ligadas as atividades de aventura e também dados 
de um grupo praticante de atividades de aventura com dados de um outro 
grupo de pessoas não praticantes. O teste será aplicado em três momentos, 
sendo o primeiro momento antes de cada atividade de aventura, o segundo 
após atividade de aventura e terceiro em dias esporádicos durante a semana 
para avaliar estado de humor do dia a dia do individuo. Identificando as 
alterações conseguiremos indicar uma melhor administração dos estados de 
humor. Para isso, será solicitado aos sujeitos que preencham um breve 
questionário biográfico que recolherá vários tipos de informações. Como 
instrumento de pesquisa utilizaremos, o teste Profile of Mood State (POMS). 
Este instrumento tem sido utilizado em estudos de psicologia para avaliar os 
estados emocionais e os estados de humor, assim como a variação a que 
estão associadas. A versão utilizada neste estudo é composta por 42 itens que 
são adjetivos das escalas de tensão, depressão, hostilidade, vigor, fadiga e 
contusão. 
23 
 
 
MESURAÇÃO DA ESCALA DE BORG E FREQUÊNCIA CARDÍACA 
DURANTE TRABALHO DE EXPLOSÃO COMO PROCESSO AVALIATI VO 
DE INICIANTES NA ESCALADA EM PAREDE ARTIFICIAL 
 
Isabelle Niviane Tomazi Amorim, Caroline Ferraz Simões, Giuliano Gomes de 
Assis Pimentel 
 Grupo de Estudos do Lazer da Universidade Estadual de Maringá, 
Maringá – Paraná – Brasil 
E-mail: niiihhh.amorim@gmail.com 
 
Em função de pesquisas survey sobre demanda potencial para 
atividades de aventura na região metropolitana de Maringá, foi evidenciada a 
carência de propostas e de iniciativas públicas para oferta dessas práticas. 
Visando atender parte dessa demanda potencial, em 2010 o grupo GEL (Grupo 
de Estudos do Lazer – na linha de pesquisa em Atividades de Aventura), em 
parceria com setores organizados da sociedade, abriu quatro turmas de 
iniciação à escalada esportiva em ambiente artificial. O projeto é gratuito e tem 
atendido pessoas com diferentes realidades e interesses. Visto ação e reflexão 
serem indissociáveis, o grupo está desenvolvendo uma bateria de testes para 
iniciantes e avançados. O objetivo deste trabalho é analisar os resultados de 
tempo obtidos em teste de explosão na subida em relação a outros dados 
obtidos (massa/ estatura/ idade/freqüência cardíaca/escala de Borg). O teste 
consiste em escalar, com proteção, a via mais difícil. A medição do tempo é 
iniciada ao sinal do avaliador e encerrada quando este alcança o topo da 
parede, com altura de 4,5 metros. O teste está sendo realizado em todos os 
alunos da escola de escalada em sua primeira aula. Inicia-se o teste com o 
aluno em repouso, sendo monitorado por um frequêncimetro e, depois de olhar 
para a parede de escalada e para a escala de Borg nos diz sua expectativa 
para a subida. A escala de Borg é numerada de 6 a 20 contendo as seguintes 
marcas: 6-7-8 muito fácil; 9-10 fácil; 11-12 relativamente fácil; 13-14 
ligeiramente cansativo; 15-16 cansativo; 17-18 muito cansativo e; 19-20 
exaustivo. O aluno, após cumprir o teste, diz o esforço real percebido. A 
freqüência cardíaca foi monitora em repouso, antes da subida e imediatamente 
após. Com um dos professores monitorando e anotando a freqüência cardíaca 
de repouso e inicial, o aluno começa subir a parede. O estudo está 
parcialmente concluído, servindo clinicamente para dar pistas aos instrutores 
sobre a capacidade física do aluno escalar e de como seu corpo reage a esse 
esforço. Porém, tais dados não se resumem a uma dimensão biológica, pois 
orientam pedagogicamente sobre os cuidados no ensino da escalada conforme 
os limites corporais e a capacidade (ou acuidade) de cada aluno perceber 
diferentemente o esforço necessário para subir uma via. Nesse sentido, o 
estudo continuará com outras avaliações, incluindo se os alunos iniciantes que 
prediziam com fidedignidade seu esforço também serão bem sucedidos na 
interpretação das vias, um dos conteúdos ministrados na fase intermediária do 
curso. Pretende-se concluir essa pesquisa até o término do ano de 2010 e 
conseguir enriquecer outros trabalhos com o mesmo foco, ampliando as fontes 
de pesquisas. 
24 
 
Palavras-chave : atividade de aventura, esporte de aventura, ambiente 
artificial. 
25 
 
 
MULHERES MERGULHADORAS E ESPORTE AVENTURA E RISCO 
 
Luciana Silva Abdalad, Vera Lucia de Menezes Costa 
UGF-LIRES-LEL, Universidade Gama Filho, Laboratório do Imaginário e das 
Representações Sociais, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 
Email: luabdalad@globo.com 
 
Esta pesquisa, de natureza qualitativa é um estudo de caso que propõe-
se a investigar, sob a ótica do Imaginário Social, quais são os sentidos de risco 
e do mergulho em apneia para uma mulher recordista mundial desta atividade. 
Neste universo, a vivência de um esporte de risco extremo é deliberadamente 
escolhida pela informante. Nossa amostra, intencional, foi composta por uma 
mulher que pratica o esporte por lazer e competição e possui uma 
representatividade no meio do mergulho em apneia. A interpretação do 
discurso fundamenta-se na Análise do Discurso proposta por Orlandi. A 
mergulhadora das grandes profundidades sabe que ao praticar um esporte de 
risco extremo desafia e estende seus limites corporais, e precisa tomar cuidado 
para não extrapolar esses limites. A preocupação parece estar presente na 
vivência deste limiar entre a vida e a morte, embora o esporte desponte como o 
principal espaço de realização pessoal no seu cotidiano. 
Palavras-chave : Esporte aventura, mulher, risco, mergulho 
26 
 
 
O IMAGINÁRIO DAS CRIANÇAS JUNTO À NATUREZA: UMA AVE NTURA 
NA FLORESTA 
 
Sergio Trinchão, Eduardo Rodrigues, Vera Costa, Sergio Azevedo 
Universidade Gama Filho / Rj / Brasil - LIRES/LEL – Laboratório do imaginário 
social 
E-mail: sergiotrinchao@globo.com 
 
A aventura junto à natureza vivida por crianças que moram em zona 
urbana, em que o enquadrinhamento e a violência da cidade lhes roubam os 
espaços de brincadeira, revela atividades de desafios e de construção de 
coragem e superação de limites que lhes são impostos no seu cotidiano. O 
objetivo dessa pesquisa é compreender os sentidos que essas crianças 
imprimem em suas caminhadas na floresta. Ao mergulharmos sob a ótica do 
imaginário social, encontraremos pistas que revelam a dinâmica da lógica 
externa social, com informações simbólicas que contribuem para compreender 
as estruturas que movem as ações humanas manifestadas nas imagens, 
símbolos presentes nas culturas desses grupos. É uma pesquisa qualitativo-
interpretativa, sendo realizadas 10 entrevistas-depoimentos com meninos entre 
11 e 15 anos, da comunidade Cidade de Deus / Rio de Janeiro, estudantes da 
Rede Municipal de Ensino, cursando do 5º ao 6º ano do Ensino Fundamental, 
freqüentadores da Floresta da Tijuca/RJ. Os dados coletados cobrem o uso 
lingüístico, possibilitando um mergulho em acontecimentos e narrativas que 
indicam pistas para obtermos respostas aos nossos questionamentos. Para a 
criança, o imaginário. A aventura e o risco se tornam práticas imprescindíveis, 
uma vez que estes são deflagradores do processo de desenvolvimento 
humano. A aventura pressupõe uma ruptura com um mundo familiar ou social 
sendo ponto de partida para um mundo estranho. Por serem atividades que 
integram a função simbólica, as atividades de aventura têm grande significado 
no processo de desenvolvimento infantil. O imaginário junto à natureza como a 
contemplação de chegar à cachoeira em uma trilha inexplorada e a associação 
livremente às imagens vivenciadas dentro da floresta, podem ressignificarfantasmas criados pela razão, pela condição de quase miséria e pela vivência 
do cotidiano violento em que essas crianças vivem. Nesse sentido, observar-
lhes se aventurando nos apresenta um lugar privilegiado de descobertas de 
seus potenciais. O significado de aventura tem conhecimentos prévios de 
vivência, que é um rompimento com o cotidiano, algo diferente. As crianças 
têm diferentes sensações, de acordo com o lugar em que é praticada sua 
aventura. 
27 
 
 
O PERFIL DO PRATICANTE DE CAMINHADAS EM MEIOS NATUR AIS, 
TREKKING, QUE RESIDEM NA GRANDE SÃO PAULO 
 
Jose Carlos Pires de Camargo, Luciano Andrade Bernardes 
FMU- Metropolitanas Unidas, São Paulo – SP, Brasil 
E-mail: jcarlos.edufisica@gmail.com 
 
A percepção da qualidade de vida do cidadão residente na capital e 
grande São Paulo é de baixa qualidade de vida com relação da prática regular 
de atividade física e pouco contato com a natureza. O cenário atual demonstra 
que o desenvolvimento do meio urbano traz profundas e sérias conseqüências 
para o ambiente e para o ser humano devido ao afastamento e a ausência de 
contato com o meio natural, a elevada densidade populacional, e a 
predominância de atividade industrial e de prestação de serviço. O estresse e a 
falta de qualidade de vida estão cotidianamente ao lado das pessoas, no 
trânsito, no trabalho, em casa. Percebe-se também que o estresse está 
presente no lazer: nas filas do teatro ou cinema, no estádio lotado e nos 
acessos rodoviários em feriados. Observa-se também a crescente valorização 
do turismo na natureza, e da prática das Atividades Físicas de Aventura na 
Natureza – AFAN, por pessoas à procura de melhor qualidade de vida. Este 
estudo verifica a condição atual dos cidadãos residentes na grande São Paulo 
quanto à sua percepção de qualidade de vida bem como as saídas que 
buscam para melhorar seu dia a dia. Surgem assim atividades diversas junto à 
natureza. A caminhada praticada em ambientes naturais, conhecido como 
trekking, é apontada como a modalidade mais procurada dentre as Atividades 
de Aventura no Brasil e conseqüentemente São Paulo. Este estudo tem por 
objetivo a verificação do perfil do praticante de trekking e sua utilização como 
meio de melhoria de sua qualidade de vida. Para tanto se utilizou a pesquisa 
bibliográfica com aplicação de instrumento de coleta de dados junto aos 
praticantes desta modalidade. Foram aplicados cem questionários a fim de 
verificar os principais fatores de aderência desses indivíduos às atividades 
físicas de aventura na natureza, bem como as possíveis alterações físicas e 
psicológicas advindas da prática regular das caminhadas, trekking. Obtiveram-
se como principais resultados entre os pesquisados, que 73% praticam a 
modalidade em busca da integração com a natureza, 44% procuram a 
caminhada visando à promoção de saúde e significativamente a maioria, 56%, 
praticam pelo menos uma vez por semana o trekking. 
28 
 
 
O SURFE COMO FERRAMENTO DE INCLUSÃO E TRANSFORMAÇÃO 
SOCIAL NA COMUNIDADE DO TERREIRÃO – RECREIO DOS 
BANDEIRANTES 
 
Mairton Laurentino da Silva, Ney Felippe de Barros Rodrigues Cocchiarale 
UNIGRANRIO – Duque de Caxias – RJ – Brasil 
 E-mail: mairtonesl@yahoo.com.br
 
O presente estudo teve o objetivo de investigar os significados do surfe 
na comunidade conhecida como Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Essa 
comunidade, proveniente de um processo de favelização horizontal, está 
localizada junto a alguns dos melhores locais para a prática do surfe no 
município do Rio de Janeiro, que engloba o canto do Recreio, a Praia do 
Pontal, que possui pontos conhecidos como Macumba, Curvão e CCB, a 
Prainha e, um pouco mais distante, Grumari. No canto do Recreio, 
encontramos cerca de cinco escolinhas de surfe estabelecidas entre os postos 
onze e doze do Salvamar, o que contribui para a divulgação e disseminação do 
esporte. A cultura do surfe se faz presente na comunidade através das diversas 
lojas voltadas para esse mercado e oficinas de fabricação e consertos de 
pranchas. Para a realização deste estudo, utilizamos como instrumento de 
coleta de dados uma entrevista semiestruturada que buscou respostas para as 
seguintes perguntas: para os gestores de escolas de surfe – A sua escola de 
surfe desenvolve algum projeto social? Se sim, qual? Você percebe alguma 
mudança na vida dos seus alunos carentes que pode ser relacionada com a 
prática do surfe? Qual é o significado do surfe para a vida dos moradores do 
Terreirão? Para alunos e moradores da comunidade – O que o surfe significa 
para você? Houve alguma mudança na sua vida que pode ser relacionada com 
o surfe? Para a interpretação das entrevistas foi utilizada a análise de discurso 
de Orlandi (2007). Foram entrevistados quinze indivíduos, sendo três gestores 
de escolas de surfe, seis alunos dessas escolas e seis moradores da 
comunidade praticantes da modalidade, que concordaram em participar após 
serem esclarecidos acerca dos procedimentos e objetivos da pesquisa, sendo 
assegurado o seu total anonimato. A análise das respostas obtidas aponta para 
a importância do surfe como ferramenta de inclusão e transformação social 
para a comunidade do Terreirão, tanto para suprir a falta de opção de 
atividades de lazer no local onde os respondentes vivem, quanto para melhoria 
em aspectos relacionados à saúde pela incorporação de uma atividade física 
regular em contato com a natureza, bem como através da oportunidade de 
renda oriunda do surfe, pela profissionalização no esporte, fabricação, conserto 
e venda de pranchas e demais artigos que envolvem a cultura e a prática do 
surfe. 
Palavras-chave : Surfe; cultura; inclusão. 
29 
 
 
PARKOUR E O RESIGNIFICADO DOS ESPAÇOS: DO NÃO-LUGAR E 
LUGAR 
 
Emília Amélia Pinto Costa da Silva, Petrucio Venceslau de Moura, Priscilla 
Pinto Costa da Silva, Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas 
Universidade de Pernambuco/ Universidade Federal da Paraíba- Recife- PE- 
Brasil 
E-mail: milapcosta@hotmail.com 
 
O crescimento desordenado das cidades faz surgir um déficit contínuo 
no que diz respeito à infra-estrutura e urbanização, minimizando os espaços 
que propiciam a prática e experiências de lazer. Por uma outra dimensão, a 
verticalização dos centros urbanos associado aos interesses imediatos das 
cidades vem transformando os espaços em ambientes frios e passageiros, 
transformando-os em não-lugar. Neste sentido, surge na França na década de 
80, uma prática radical denominada Parkour que possibilita redesenhar o 
espaço urbano por meio de novas relações entre o homem e os lugares da 
cidade. Assim, a pesquisa objetiva analisar a utilização dos espaços urbanos 
por grupos de Parkour a partir da classificação antropológica do lugar e não-
lugar. Este estudo caracteriza-se como semiótica por analisar fenômenos 
culturais e seus significados e representações, no qual, tem a ciência dos 
signos como objeto da semiose, constituindo a ação dos símbolos, nos 
processos significativos na cultura e na natureza. Deste modo, foram objeto de 
investigação dezoito vídeos de três grupos praticantes de Parkour no Brasil, 
disponíveis nos respectivos sites de divulgação, tendo como estrutura de 
análise o cenário e a ocupação do espaço urbano. A partir dos resultados foi 
possível inferir que o Parkour pode ser praticado em diferentes espaços 
urbanos, tais como praças e fachadas de prédios públicos, ruas e espaços 
naturais. Os praticantes idealizaram obstáculos e estratégias a serem 
alcançadas a partir das possibilidades que o lugar oferecesse, aproveitando os 
espaços livres da cidade, muitas vezes não utilizados pelos moradores. Da 
análise advinda dos vídeos, foi nítido o abandono do espaço, que ganhou vida 
e significado, transformando um não-lugar em lugar, com identidade, 
historicidade e afetividade próprias. Foi possível perceber uma utilização 
minuciosa e ao mesmo tempo ampla do espaço da cidade, ondefoi usado 
desde o meio fio das calçadas, corrimão e escadas até altas fachadas de 
edifícios e espaços naturais. Neste sentido, o Parkour é uma prática radical 
acessível aos adeptos, por proporcionar elevado grau de satisfação e desafios 
aos praticantes, contribuindo para o autoconhecimento corpo-mente, 
desenvolvendo força, equilíbrio, coordenação, determinação, superação e 
percepção dos lugares da cidade. 
Palavras- chave : Parkour; Lugar; Não-Lugar. 
30 
 
 
PARKOUR, RADICALIDADE CORPORAL 
 
Dimitri Wuo Pereira, Jonas Alfredo da Silva 
Universidade Nove de Julho 
São Paulo – SP. Brasil 
E-mail: dimitri.wuo@terra.com.br 
 
No final do século XX surgiu uma vertente da atividade física que 
quebrou paradigmas e demonstrou um novo ponto de vista capaz de incluir a 
liberdade ao corpo em movimento chamada Parkour. Esse nome deriva de 
percurso em francês, pois o desafio nessa prática provém dos antigos 
percursos dos combatentes militares. O objetivo desse estudo é descrever 
essa atividade contemporânea para vislumbrar novas possibilidades dentro da 
educação física e do lazer. A revisão de literatura será o método de pesquisa 
utilizado. O Parkour foi criado por David Belle e teve influência de seu pai 
Raymond que como militar e combatente do Vietnã tinha a missão de 
reconhecer o campo inimigo e precisava ser ágil, rápido e eficiente para 
manter-se vivo. Ele tem Raízes no método natural de Georges Hebert, que 
desenvolvia atividades ginásticas em contato com a natureza. David por sua 
vez, praticou diversas atividades esportivas como: artes marciais, ginástica, 
escalada entre outras e reuniu-as com o objetivo de usar apenas seu corpo 
para transpor obstáculos com a maior eficiência possível. Como sua intenção 
não era competitiva e sim a descoberta interior, ele contrariando algumas 
lógicas modernas começou a difundir o Parkour de forma gratuita, não 
competitiva e individualizada, podendo acontecer tanto em ambientes naturais 
como urbanos. Assim cada pessoa pode descobrir seus limites e fortalecer a 
união corpo e mente de acordo com seus interesses, não estando sujeita a 
regras pré estabelecidas. Interessante perceber que da mesma forma que 
outros acontecimentos contemporâneos, o Parkour se difundiu pela internet 
atingindo assim rapidamente os jovens e se espalhando pelo mundo com 
custos mínimos de divulgação, muito diferente das formas de atividades físicas 
que conhecemos. Podemos verificar que é uma atividade interligada a uma 
forma de ser que se aproxima e se combina com os hábitos das gerações 
globalizadas e informatizadas. Podemos concluir que para os pesquisadores e 
profissionais do lazer e da educação física, o Parkour dá fortes indicações de 
como tende a ser o comportamento relativo às práticas corporais no futuro, 
afinal descobrimos que a liberdade de movimentos, a busca de desafios 
subjetivados, a cooperação, a solidariedade, o voluntariado, o aprendizado do 
enfrentamento do risco, a melhoria das condições físico-motoras pode ocorrer 
de modo muito distinto daquele descrito nos livros e artigos que atualmente 
encontramos nessas áreas de conhecimento, suscitando novos entendimentos 
e olhares para o corpo em suas dimensões radicais, de aventura e de ação. 
31 
 
 
PEFAI 
PROGRAMA DE ECOTURISMO COM ATIVIDADES FÍSICAS PARA IDOSOS 
 
Lilian Suelen de Oliveira Cunha 
Universidade do Estado do Pará, Santarém, Pará, Brasil. 
E-mail: lilian_oliveiracunha@hotmail.com 
 
Introdução: Diante da grande procura de atividades na natureza por pessoas 
nas várias faixas etárias, pesquisas desenvolvidas em diversas áreas do 
estudo demonstram os principais benefícios oferecidos ao homem do século 
XXI a beira de um “ataque de nervos”. Nesse sentido e baseado na pesquisa 
de DIAS (2006) que aponta a necessidade de um olhar mais específico de 
Empresas no tratamento das atividades de ecoturismo para idosos este estudo 
criou e implementou uma nova alternativa denominada PEAFI. Objetivo: O 
estudo através da criação do PEAFI teve como objetivo verificar a importância 
da especificidade do serviço para o usuário idoso, verificando também 
vantagens e desvantagens do programa, a fim de oferecer o modelo a 
Empresas do ramo e como proposta para secretaria de turismo do município de 
Santarém-PA. Metodologia: Sendo esta uma pesquisa qualitativa os 29 idosos 
na faixa etária entre 60 e 76 anos, de ambos os sexos, foram selecionados 
intencionalmente por praticarem atividades físicas há no mínimo seis meses 
em um programa de extensão da Universidade do Estado do Pará. A pesquisa 
foi dividia em duas fases: a primeira foi a construção do PEAFI e a segunda foi 
a aplicação das atividades realizada no período de agosto a outubro de 2009, 
sendo apenas aos sábados. Para coleta de dados foram utilizadas entrevistas 
semi-estruturadas antes, durante e depois do programa, observação direta e 
vivencia da pesquisadora e da equipe de apoio. É importante salientar que o 
diferencial do PEAFI em relação a outros que promovam a atividade de 
ecoturismo para idosos é a participação de uma equipe multiprofissional 
composta por 15 pessoas: Educadores físicos, Enfermeiros, Fisioterapeuta, 
Bióloga, Administrador e Bombeiros que durante todas as atividades seguiram 
as determinações do PEAFI e principalmente o atendimento das necessidades 
específicas do grupo idoso durante as atividades físicas e/ou outras oferecidas 
pelo programa. Resultado: Foram realizadas oito atividades com o grupo de 
idosos previsto pelo programa, demonstrando sua viabilidade e segurança e 
atrelado a isso, outros benefícios atingiram os idosos como maior socialização, 
satisfação, bem estar emocional e físico e principalmente o sentimento de 
valorização pelas pessoas que estavam atuando junto a eles. Conclusão: O 
modelo do PEAFI enquanto programa mostra eficiência e garantia de 
satisfação e segurança para idosos, mas também demonstra o quão 
necessária são as pesquisas em torno da temática em evidencia, pois 
inúmeras são as previsões de que em 2050 o número de idosos deverá ser 
superior a 25% da população no Brasil. Portanto, este estudo apenas traz 
inovações para a literatura e iniciam outras que ofereçam a camada 
populacional idosa o direito a lazer, saúde e envelhecer com qualidade de vida. 
 
32 
 
 
PRÁTICAS DE ATIVIDADES DE AVENTURA NA UFAC – RELATO DE 
EXPERIÊNCIA 
 
Carlos Roberto Teixeira Ferreira, Ilbert Silveira de Azevedo 
Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Brasil 
 E-mail: carlostferreira@yahoo.com.br 
 
O interesse por elaborar o presente projeto está na necessidade 
repassar experiências e conhecimentos tepráticos em atividades de aventura. 
As “Práticas de Atividades de Aventura na UFAC” caracteriza-se por ser um 
projeto de extensão que tem por objetivo proporcionar aos acadêmicos da 
Universidade Federal do Acre a vivência em atividades de contato com a 
natureza. Neste projeto, os acadêmicos têm a possibilidade de ampliar seus 
conhecimentos em atividades que interage o homem com a natureza e de 
práticas que contribuem para o desenvolvimento do ser humano. A UFAC é um 
lugar privilegiado porque propicia atividades em ambientes de mata. Nesse 
sentido, o projeto abrange os seguintes conteúdos: 1) Estágio básico de selva; 
2) Orientação e navegação com bússola; 3) Rapel; 4) Arborismo. As práticas 
referentes às atividades em ambiente de selva contaram com a parceria do 4º 
Batalhão de Infantaria de Selva da capital. Através deste projeto foi possível 
discutir e implantar no eixo curricular do curso de Educação Física Bacharelado 
a disciplina “Esportes Radicais e Atividades de Aventura” e no curso de 
Licenciatura em Educação Física da zona rural o projeto de extensão 
“Atividades Interativas em Educação Física”, com um dos conteúdos, o curso 
teórico e prático de bússola e navegação. Um fato importante é que a prática 
dessas atividades possibilitou o fortalecimento das relações sociais, o que é 
possível devido à integração entre os praticantes nas experiênciaspráticas. 
Finalmente, pude perceber que este projeto é um veículo de participação e 
integração entre a comunidade acadêmica e o meio ambiente, possibilitando a 
formação de cidadãos com atitudes e valores de preservação do meio 
ambiente e na qualidade de vida. 
33 
 
 
PROJETO CICLOPOIESIS - 2° ETAPA 
 
Rodrigo Duarte Ferrari, Carlos Luiz Cardos 
Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis/Santa Catarina - Brasil 
E-mail: rd.ferrari@gmail.com 
 
Introdução: Esse resumo é um recorte da pesquisa realizada como trabalho de 
conclusão do curso de licenciatura em educação física da Universidade Federal 
de Santa Catarina (UFSC). O objeto de investigação desse trabalho foi às 
interações de um grupo de pessoas que realizaram uma viagem de bicicleta 
em 2007, orientados por uma proposta sistematizada, denominada Projeto 
CicloPoiesis. Os integrantes desse grupo pedalaram mais de 2500 km, em dois 
meses de cicloviagem no Chile e Bolívia. O pesquisador se inseriu nessa 
realidade, desempenhando os papeis de cicloviajante e pesquisador, 
configurando assim um estudo etnográfico. A etnografia é definida como uma 
descrição densa das interações e relações humanas que se estabelecem em 
determinado contexto cultural. Objetivo: Descrever e refletir sobre o modo de 
viver dos integrantes do Projeto CicloPoiesis durante essa viagem de bicicleta, 
para compreender esse fenômeno, tanto numa perspectiva biológica quanto na 
cultural no campo de conhecimento da educação física. Fundamentos 
Teóricos-Metodológicos: Como base teórica para compreender e refletir sobre 
essas descrições utilizou-se principalmente a Biologia do Conhecer. Nessa 
abordagem destacam-se as noções de Autopoiesis, Filogenia, Ontogenia e 
Linguagem, que expressam os princípios científicos e concepções desse 
trabalho, bem como, o tema da mobilidade urbana. Como caminho 
metodológico utilizou-se elementos dos estudos etnográficos e da 
hermêneutica, sendo a observação participante a principal técnica de coleta 
dos dados. Conclusão: Essas interações observadas apontam para a 
caracterização de uma atividade de aventura que proporciona transformações 
biológicas e no modo de viver de seus praticantes, mesmo que 
temporariamente, no que se refere a: a) A estrutura e acoplamento estrutural 
dos organismos no meio; b) Percepções espaço-temporais; b) Relações com 
objetos materiais e hábitos de consumo; c) Intensificação da noção de 
coletividade e cooperação entre os integrantes do grupo; d) Aproximação 
intensa de diferentes culturas. 
34 
 
 
PROJETO CICLOPOIESIS - 3° ETAPA 
 
Rodrigo Duarte Ferrari 
Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis/Santa Catarina - Brasil 
E-mail: rd.ferrari@gmail.com 
 
Introdução: Esse resumo é um relato de experiência da 3° viagem de bicicleta 
do Projeto CicloPoiesis, que percorreu 3000 km entre Peru e Equador. Essa foi 
realizada em 2010, por dois integrantes do projeto. Além de ser uma atividade 
de aventura, o projeto objetiva promover o uso da bicicleta como opção de 
modalidade urbana em deslocamentos urbanos e viagens. A principal 
estratégia para alcançar essa meta é a produção e veiculação de textos 
reflexivos, fotos e vídeos na internet. Com isso, optou-se pelas reflexões em 
torno dos processos de produção audiovisual durante a cicloviagem, devido ao 
critério de prioridade da utilização dessa linguagem como caminho para 
alcançar os objetivos do projeto. Objetivo: Descrever e refletir sobre os 
processos de produção audiovisual durante a viagem de bicicleta da 3° etapa 
do Projeto CicloPoiesis. Fundamentos Teóricos-Metodológicos: Como base 
teórica para compreender e refletir sobre essas descrições utilizou-se 
principalmente a Antropologia Visual e a Mídia-Educação, destacando-se as 
novas possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação. Foram 
filmadas mais de 40 horas no formato FullHD, esse material foi editado, 
finalizado e veiculado na internet na forma de 29 pequenos vídeos que ilustram 
as experiências dos cicloviajantes. Conclusão: Essas experiências retratam, 
sobretudo, as facilidades de produzir e veicular conhecimentos e informações 
na atualidade, abrindo um campo de atuação e reflexão novo no universo das 
atividades de aventura. Estudos refletem sobre essas novas possibilidades 
democráticas na área da comunicação, evidenciando o contraste entre o mass 
media e esse novo meio de interações comunicativas que está emergindo. No 
cenário dominado pelo mass media, o capital controla o lado da emissão e os 
canais de transmissão. No cenário digital, da forma como a internet foi 
estruturada, o capital controla a infraestrutura de conexão, mas não controla os 
fluxos de informação, nem consegue determinar as audiências. Para finalizar, 
conclui-se sobre a importancia dessa abertura e da socialização de 
experiências, com a intenção de fortalecer as atividades de aventura ao se 
apropriar dessas novas possibilidades democráticas de comunicação. 
35 
 
 
QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À PRÁTICA DE ATIVIDAD E FÍSICA 
EM SURFISTAS AMADORES E PROFISSIONAIS 
 
Júlia Krüger Romariz, Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, Alcyane 
Marinho 
UDESC/CEFID – Florianópolis – SC – Brasil 
E-mail: julinha_151@hotmail.com 
 
As diferentes perspectivas que fomentam o interesse por atividades em 
contato com a natureza apresentam um eixo norteador comum: a busca pela 
implementação da qualidade de vida - elemento caracterizado por inúmeros 
aspectos na vida atual. Nesta perspectiva, este estudo, de corte transversal, 
objetivou investigar a qualidade de vida relacionada à prática de atividade física 
em surfistas amadores e profissionais, na faixa etária entre 18 e 35 anos, de 
ambos os sexos, participantes dos campeonatos da Federação Catarinense de 
surfe durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 2009. A 
amostragem por conveniência foi de 202 surfistas com média de idade de 
25,9±7,5 anos, sendo 83,2% do sexo masculino e 16,8% feminino. Para coleta 
de dados, optou-se por um questionário auto-aplicável dividido em quatro 
partes: a) Identificação pessoal; b) Situação socioeconômica (ABEP) - 2008; c) 
IPAQ (curto); d) Whoqol (abreviado). Para análise dos dados, utilizou-se o 
programa estatístico SPSS -13.0. A maioria dos surfistas são solteiros (82%), 
possuem ensino médio completo (64%) e são pertencentes ao estrato 
econômico B (61%). Dos 202 participantes, 94,1% são surfistas amadores, e 
todos realizam atividade física por, pelo menos, duas a três vezes por semana 
(42,6%), com duração de mais de uma hora (56,9%). O nível de atividade física 
da maioria dos surfistas foi muito ativo (83,2%), além de 10,4% ativos e 6,4% 
insuficientemente ativos. A qualidade de vida, de forma geral, pode ser 
considerada boa a muito boa, com escores que variam de 59,8% a 77,0%, 
sendo o valor mínimo obtido de 25% no domínio social e máximo de 100% 
também neste domínio. As médias dos escores de cada domínio da qualidade 
de vida foram de 59,8% no domínio físico, 66,7% no domínio ambiental, 69,6% 
no domínio psicológico e 77% no domínio social. O domínio social foi o que 
obteve maior escore e o físico o mais baixo. Houve uma fraca associação entre 
as variáveis dos domínios da qualidade de vida e os componentes da atividade 
física (r=-0,105 - r=0,114), não havendo significância entre as mesmas, ou seja, 
a qualidade de vida, no presente estudo, não foi influenciada pela prática de 
atividade física, não sendo possível afirmar que a qualidade de vida de boa a 
muito boa ocorreu em função da prática do surfe. Provavelmente, outros 
hábitos dos surfistas investigados contribuem de forma mais significativa para o 
fenômeno qualidade de vida pesquisado. 
36 
 
 
RELATO DE CASO: REFLEXÕES SOBRE AS ATIVIDADES DE AV ENTURA, 
NOMENCLATURA E PROCESSO DE APROPRIAÇÃO 
 
Douglas Abrahão de Oliveira 
Universidade Federal de Uberlândia - Uberlândia / Minas Gerais / Brasil 
E-mail: douglas_abrahao@hotmail.com 
 
Este trabalho tem como escopo, propor

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