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AÇÃO TRABALHISTA motorista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE ... ESTADO DO PARANÁ
QUALIFICAÇÃO ENDEREÇO, através de seu advogado infra-assinado (proc. anexa) vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 840, §1º, da CLT e da Lei 13.103/15, para promover a presente
R E C L A M A Ç Ã O T R A B A L H I S T A
Em face de QUALIFICAÇÃO - pelas razões de fato e de direito que adiante passa a expor:
I. DA RESENHA FÁTICA.
A) DA CONTRATUALIDADE
O reclamante foi contratado na data de (XXX) para desempenhar a função de motorista de caminhão, sendo demitido sem justa causa na data de (XXX).
B) DA REMUNERAÇÃO
Conforme infere-se da CTPS em anexo, o reclamante recebia a percepção salarial de R$1000,00 ocorrendo diversas alterações salariais.
Sua ultima alteração salarial ocorreu em 01 de agosto de 2018 de R$2.000,00.
C) DA JORNADA DE TRABALHO
De imediato cumpre enfatizar que a reclamada não realizava o pagamento de horas extras, horas noturnas e tempo de espera. O reclamante realizava o transporte de cargas da sociedade empresária para diversas localidades, como CIDADES dentre outras.
O reclamante também não realizava o descanso mínimo de 11 horas consecutivas entre duas jornadas de trabalho. Durante este período de contrato de emprego, jamais teve o descanso legalmente previsto no artigo 66 da CLT.
Este fato também corrobora para o pagamento de horas extras, pela supressão dos intervalos.
Ressalta que o caminhão utilizado para transporte possui rastreador, requerendo desde já que a reclamada anexe aos autos os arquivos em sua posse com relação ao rastreador.
Inicialmente foi contratado para realizar a jornada de 8h diárias, com início às 07h30 até 18h, com 1h de intervalo. Contudo Excelência a real jornada de trabalho iniciava às 05h estendendo-se até aproximadamente 00h00.
Com as orientações da empresa, realizavam o também o controle de forma manual, contudo eram obrigados a anotar a jornada anteriormente descrita (07h30 até 18h), sem possuir nexo com a real jornada laborativa.
Trabalhava de segunda a sexta, cumprindo esta jornada extensiva de trabalho, de aproximadamente 17h diárias. Não era cumprida a jornada estabelecida no artigo 235-C da CLT de 8h diárias.
 A parte apresenta quadro de horas médias semanais de trabalho, horas extras, horas noturnas com o acréscimo de horas extras e horas de espera de todo período laborado:
	1.MÉDIA SEMANAL DE HORAS DE TRABALHO
01/2014 até 12/2018
	2.MÉDIA SEMANAL DE HORAS NOTURNAS 01/2014 até 12/2018
	3.MÉDIA SEMANAL DE HORAS EXTRAS NOTURNAS 
	4.MÉDIA SEMANAL DE HORAS EXTRAS diurnas
01/2014 até 12/2018
	5.MÉDIA SEMANAL DE HORAS DE ESPERA
03/2015 até 10/2018
	85 horas
	20 Horas
	20 horas 
	15 Horas
	10 Horas
QUADRO 1:
O artigo 235-C, §9º da CLT estabelece a porcentagem de 30% sobre o valor da hora normal de trabalho para o tempo de espera. A parte salienta que não recebia nenhuma verba referente ao tempo de espera para carregamento/descarga.
Apresenta também quadro explicativo com relação ao valor das horas:
QUADRO 2:
	1.SALÁRIO PAGO
	2.SALÁRIO HORA NORMAL
	3.SALÁRIO HORA EXTRA 50% 
	4.SALÁRIO HORA NOTURNO 
	5.SALÁRIO HORA NOTURNA EXTRA 
	6.SALÁRIO HORA NORMAL COM ACRÉSCIMO DE 30% - 235-C, §9º da CLT -TEMPO DE ESPERA
	a) ANO2015
R$2.196,50
	R$9,98
	R$14,97
	R$11,97
	R$17,96
	R$12,97
	b) ANO2016
R$2.415,77
	R$10,98
	R$16,47
	R$13,17
	R$19,76
	R$14,27
	c) ANO2017
R$2.537,00
	R$11,53
	R$17,29
	R$13,83
	R$20,74
	R$14,98
	d) ANO2018
R$2.600,43
	R$11,82
	R$17,73
	R$14,18
	R$21,27
	R$15,36
O reclamante evidencia a necessidade dos QUADROS 1 e 2 supramencionados com a peculiaridade do caso em tela, pois exemplificam a jornada semanal de trabalho, a média de horas extras prestadas no período diurno e noturno, a média de horas noturnas prestadas, bem como a quantidade média de horas semanais de tempo de espera.
Portanto, a parte exemplifica os reais valores devidos a título de horas extras, horas noturnas com o devido acréscimo de horas extraordinárias (50% sobre o valor da hora noturna), tempo de espera que corresponde ao seguinte:
QUADRO 3:
2015:
	1. POR MÊS
	2.SALÁRIO PAGO
	3.HORAS NOTURNAS HE Quadro1.3 x Quadro 2. 5- a = HEN x 4 (valor mês).
	4.HORAS EXTRAS Q1. 4 x Q2.3-a = B x 4 (valor mês)
	5.TEMPO DE ESPERA Q1.5 x Q2.6-a = D x 4 (valor mês)
	6. RESULTADO Q3.3 + Q3.4 + Q3.5 = ACRÉSCIMO NO SALÁRIO decorrente de HE e tempo de espera por mês
	Por mês de contrato de trabalho
	R$2.196,50
	R$1.436,80 por mês
	R$898,20 por mês
	R$518,80 por mês
	R$ 2.853,80 por mês em 2015
Dados: Q1 = QUADRO 1; Q2 = QUADRO 2; Q3 = QUADRO 3.
2016:
	1. POR MÊS
	2.SALÁRIO PAGO
	3.HORAS NOTURNAS HE Quadro1.3 x Quadro 2. 5- b = HEN x 4 (valor mês).
	4.HORAS EXTRAS Q1. 4 x Q2.3-b = B x 4 (valor mês)
	5.TEMPO DE ESPERA Q1.5 x Q2.6-b = D x 4 (valor mês)
	6. RESULTADO Q3.3 + Q3.4 + Q3.5 = ACRÉSCIMO NO SALÁRIO decorrente de HE e tempo de espera por mês
	Por mês de contrato de trabalho
	R$2.415,77
	R$1.580,80 por mês
	R$988,20 por mês
	R$570,80 por mês
	R$ 3.139,80 por mês em 2016
Dados: Q1 = QUADRO 1; Q2 = QUADRO 2; Q3 = QUADRO 3.
2017:
	1. POR MÊS
	2.SALÁRIO PAGO
	3.HORAS NOTURNAS HE Quadro1.3 x Quadro 2. 5- c = HEN x 4 (valor mês).
	4.HORAS EXTRAS Q1. 4 x Q2.3-c = B x 4 (valor mês)
	5.TEMPO DE ESPERA Q1.5 x Q2.6-c = D x 4 (valor mês)
	6. RESULTADO Q3.3 + Q3.4 + Q3.5 = ACRÉSCIMO NO SALÁRIO decorrente de HE e tempo de espera por mês
	Por mês de contrato de trabalho
	R$2.537,00
	R$1.659,20 por mês
	R$1.037,40 por mês
	R$599,20 por mês
	R$ 3.295,80 por mês em 2017
Dados: Q1 = QUADRO 1; Q2 = QUADRO 2; Q3 = QUADRO 3.
2018:
	1. POR MÊS
	2.SALÁRIO PAGO
	3.HORAS NOTURNAS HE Quadro1.3 x Quadro 2. 5- d = HEN x 4 (valor mês).
	4.HORAS EXTRAS Q1. 4 x Q2.3-d = B x 4 (valor mês)
	5.TEMPO DE ESPERA Q1.5 x Q2.6-d = D x 4 (valor mês)
	6. RESULTADO Q3.3 + Q3.4 + Q3.5 = ACRÉSCIMO NO SALÁRIO decorrente de HE e tempo de espera por mês
	Por mês de contrato de trabalho
	R$2.600,43
	R$1.701,60 por mês
	R$1.063,80 por mês
	R$614,40 por mês
	R$ 3.379,80 por mês em 2018
Dados: Q1 = QUADRO 1; Q2 = QUADRO 2; Q3 = QUADRO 3.
Conforme as tabelas supramencionadas o reclamante deixou de receber a importância TOTAL por ano de:
a) Em 2015 de R$34.245,60 (trinta e quatro mil e duzentos e quarenta e cinco reais e sessenta centavos);
b) Em 2016 de R$37.677,60 (trinta e sete mil e seiscentos e setenta e sete reais e sessenta centavos);
c) Em 2017 de R$39.549,60 (trinta e nove mil e quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta centavos);
d) Em 2018 de R$40.557,60 (quarenta mil e quinhentos e cinquenta e sete reais e sessenta centavos),
Pela ausência injustificada do pagamento, a reclamada não cumpre com as suas obrigações patronais, deixando de realizar a diferença em depósitos de FGTS, exigindo trabalho extenuante de seu empregado/reclamante.
A jornada extenuante de trabalho será comprovada através de testemunhas Excelência. 
Fato é que é obrigação da reclamada realizar o controle de jornada de seus empregados, portanto, REQUER que seja compelido a anexar aos autos os devidos controles, sob pena de confissão quanto a extensa jornada de trabalho.
O valor total do débito referente a horas extraordinárias, horas noturnas e de tempo de espera perfaz a importância total de R$152.030,40 (um cento e cinquenta e dois mil e trinta reais e quarenta centavos), bem como REQUER os reflexos em RSR’s, aviso prévio, 13º salários, adicional noturnos, férias +1/3 CF e demais vantagens salariais.
Considerando a falta grave do empregador em descumprir com suas obrigações patronais, de ausência de depósitos regulares de FGTS, jornada extenuante sem a devida contraprestação, ausência de intervalo regular para repouso e alimentação, REQUER a condenação da sociedade empresária a quitação integral deste valor.
D) DA FUNÇÃO 
O reclamante relata que também realizava o carregamento e descarregamento das cargas/produtos. Cada caminhão carregava em torno de 17 a 21 toneladas de produto (carne bovina, suína, etc). Cada peça variava de 80kg a 120kg, sendo exigido diariamente e de formamanual o carregamento e descarregamento dos produtos nos estabelecimentos de entrega.
Decorrente das situações já relatadas de jornadas extensivas com carregamento e descarregamento dos produtos, função esta que não lhe competia, contudo era exigido pela sociedade empresária, o reclamante adquiriu severa doença ocupacional lombar. 
Inicialmente cumpre ressaltar que foi realizado ASO admissional, não sendo constatada nenhuma lesão neste período. A reclamada realizava exames de RAIO-X em seus exames periódicos, os quais não demonstravam a gravidade das lesões.
Conforme entendimento médico, para atestar lesões ocasionadas por desempenho de função, seria necessário a realização de Ressonância Magnética.
Cabe enfatizar ainda que o desempenho de suas funções acarretaram grave lesão lombar, conforme documentos em anexo. Pela narrativa da realidade fática é evidente que atrela-se a função desempenhada riscos ergonômicos, que podem ocasionar ou agravar lesões ou doenças ocupacionais.
Pelo longo contrato de emprego e decorrente da função de carga e descarga de produtos, está arcando exclusivamente com lesões adquiridas no emprego. Assim, a reclamada está transferindo os riscos de sua atividade ao emrpegado, o que é vedado conforme prevê o artigo 2º da CLT.
Ademais, a reclamada descumpre com a exigência do artigo 157 da CLT, com relação às ordens de serviço para precauções no sentido de evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Novamente a reclamada descumpre com a regra trabalhista.
A parte requer que a reclamada comprove o cumprimento das exigências da NR 36 e 17, com relação a trabalhos em frigoríficos.
Não obstante as situações, o reclamante adentrava na câmara fria do caminhão (temperatura abaixo de 0 graus) sem os devidos EPI’s necessários para afastamento da insalubridade (agente frio).
O contato era diário e permanente Excelência, entretanto, jamais recebeu o devido adicional de insalubridade em grau médio de 20%, nos termos do anexo IX da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 e do artigo 192 da CLT.
O posicionamento da doutrina e da jurisprudência é de que não é o local de trabalho que define a insalubridade, mas sim a natureza das atividades exercidas e as condições específicas com que eram desenvolvidas. 
No presente caso, como motorista de caminhão, responsável pelo transporte dos produtos e carregamento e descarregamento dos mesmos, o reclamante mantinha contato permanente com o agente insalubre frio, considerando que adentrava na câmara fria para realizar a atividade de descarregamento, sem os devidos EPI’s necessários para afastamento da insalubridade e, portanto, se expunha a agentes insalubres capazes de configurar o direito ao recebimento do adicional de insalubridade, nos termos do Anexo nº IX da NR-15, Portaria 3214/78.
Ressalta que jamais recebeu qualquer EPI da reclamada suficiente para afastamento da insalubridade.
A parte não contente com excesso de jornada estabelecido, implicando em serviço superior ao que poderia qualquer trabalhador suportar, REQUER a digne Vossa Excelência a condenação da reclamada ao pagamento e quitação das horas extras, horas noturnas e de tempo de espera, bem como a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais e materiais decorrentes da doença ocupacional adquirida/agravada na empresa.
REQUER ainda a condenação da reclamada ao pagamento do devido adicional de insalubridade no importe médio de 20% sobre todo período de contrato de trabalho.
II) PRELIMINARMENTE – DA JUSTIÇA GRATUITA	
Cumpre salientar que o Reclamante não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil.
Dispõe o artigo 790, § 3º da CLT que “é facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social”.
Em recente julgado o desembargador Altino Pedrozo dos Santos do e. TRT da 9ª Região já decidiu neste mesmo sentido[footnoteRef:1]. [1: TRT-9 - RO: 00003570320145090005 PR, Relator: ALTINO PEDROZO DOS SANTOS, Data de Julgamento: 15/03/2018)] 
Cumpre enfatizar ainda que o reclamante paga pensão mensal para seu filho. Considerando a declaração de hipossuficiência, REQUE-SE, portanto, a concessão benefícios da justiça gratuita. 
III) DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS, HORAS NOTURNAS, DE TEMPO DE ESPERA e SUPRESSÃO INTERVALO INTERJORNADA
Esclarece inicialmente que o pagamento das horas requeridas, computam em seu valor também com o não cumprimento da sociedade empresária, com relação a disposição do artigo 66 da CLT (intervalo interjornada), ou seja, sem o mínimo de 11 horas consecutivas de descanso.
Vejamos disposição da OJ 355 “INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT - O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional”.
Desta forma, resta evidente o direito do reclamante a percepção de horas extras pela supressão do intervalo interjornada mínimo de 11 horas consecutivas de descanso. Sendo devido pagamento como horas extras aquelas que foram suprimidas pela sociedade empresária, decorrente da jornada estabelecida.
Pela narrativa fática é evidente que a jornada iniciava-se às 5h ou 6h estendendo-se até às 00h00, portanto, por semana de trabalho eram suprimidas 20 horas de descanso do trabalhador. REQUER a condenação da reclamada ao pagamento das horas extras postuladas.
Conforme os QUADROS 1, 2 E 3 DA RESENHA FÁTICA o reclamante prestava semanalmente a média de 15 horas extraordinárias diurnas, 20 horas extraordinárias noturnas semanais e 10 horas de tempo de espera semanais.
As horas prestadas e devidas pela parte jamais foram pagas, tampouco compensadas. A reclamada realizava o chamado banco de horas, que NUNCA FOI UTILIZADO PELOS EMPREGADOS, tampouco as horas foram quitadas.
Os documentos em anexo atestam tal circunstância de prestação de horas extras e não pagamento. 
Cumpre enfatizar que existe a possibilidade da sociedade empresária ter o controle sobre a jornada do reclamante, para aferição da quantidade de horas extras prestadas, considerando que existem em seus caminhões rastreadores, os quais eram comparados com os registros realizados pelos empregados de forma manual.
Portanto, a reclamada possui em seus arquivos as frotas e viagens realizadas pelos empregados.
Dispõe o artigo 7º, IX e XVI da CF, respectivamente “IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;” e “XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal”.
O artigo 235-C, §5º da CLT, corrobora ainda para o pagamento com o devido acréscimo “§5º As horas consideradas extraordinárias serão pagas com o acréscimo estabelecido na Constituição Federal ou compensadas na forma do § 2o do art. 59 desta Consolidação”.
A jurisprudência não diverge do entendimento:
TRT-PR-09-10-2018 MOTORISTA. ATIVIDADE EXTERNA. POSSIBILIDADE DE CONTROLE DE JORNADA. EXCEÇÃO DO ARTIGO 62, I, DA CLT. Havendo garantia constitucional do pagamento de horas extras, as exceções legais ou convencionais só podem ser admitidas se estritamente observados seus requisitos. A exceção do artigo 62, I, da CLT deve ser aplicada tão somente nos casos em que não seja possível o controle, e não naqueles em que o empregador simplesmente abdica do controle do labor prestado pelo empregado para se eximir do pagamento de horas extras. No caso, o conjuntoprobatório não evidenciou a impossibilidade de controle do horário de trabalho do reclamante, mas, ao contrário, revelou que era viável a fiscalização e que, se esta não houve, foi por mera liberalidade das empresas. Recurso ordinário da reclamada a que se nega provimento, no particular. TRT-PR-42133-2015-002-09-00-1-ACO-14439-2018 - 2A. TURMA. Relator: CÁSSIO COLOMBO FILHO. Publicado no DEJT em 09-10-2018
TRT-PR-29-11-2016 JORNADA DE TRABALHO. MOTORISTA. ATIVIDADE EXTERNA. ARTIGO 62, I, DA CLT. POSSIBILIDADE DE CONTROLE. Para a configuração da hipótese excepcional prevista no inciso I do art. 62 da CLT, não basta que a atividade desempenhada pelo empregado seja externa, mas é essencial que, no caso concreto, seja efetivamente impossível o controle de horários. A existência de relatório contendo anotação das datas de saída, destinos, horários de início, intervalo e término das viagens, a utilização de veículo equipado com tacógrafo e rastreador, e a quitação de horas extras em folha de pagamento comprovam de forma inequívoca a possibilidade de controle da jornada do empregado. Recurso ordinário da reclamada ao qual se nega provimento, no particular. TRT-PR-01541-2015-125-09-00-5-ACO-40589-2016 - 3A. TURMA. Relator: THEREZA CRISTINA GOSDAL. Publicado no DEJT em 29-11-2016
HORAS EXTRAS. MOTORISTA CAMINHONEIRO. A atividade da reclamante, embora realizada externamente, era compatível e estava sujeita a controle de jornada de trabalho, conforme os elementos dos autos. (TRT-4 - RO: 00203985520165040782, Data de Julgamento: 05/04/2018, 3ª Turma)
RECURSO ORDINÁRIO PATRONAL. CAMINHONEIRO. HORAS EXTRAS. Doutrina e jurisprudência há muito vem esposando a tese de que a rota fixada pela empresa, especialmente aquela excessivamente longa, caso dos autos, é incompatível com a norma celetista (art. 62, I) invocada na defesa. O roteiro, atrelado ao uso de recursos tecnológicos de fiscalização, oferece ao patrão o controle da duração do trabalho. Além disso, o empregador sabe de antemão que o grande volume de serviço exigirá do empregado jornada superior ao limite diário previsto em lei; a admitir tal procedimento, estariam escancaradas as portas para a sonegação de horas extras, o que deve ser coibido pelo Poder Judiciário. Apelo improvido. (Processo: RO - 0001074-38.2015.5.06.0013, Redator: Fabio Andre de Farias, Data de julgamento: 16/08/2017, Segunda Turma, Data da assinatura: 16/08/2017) (TRT-6 - RO: 00010743820155060013, Data de Julgamento: 16/08/2017, Segunda Turma)
Extrai-se que com os documentos em anexo, era plenamente possível o controle de jornada pela reclamada, o que já se encontra consolidado pela disposição do artigo 2º, V, b da Lei 13.103/15.
Com relação ao tempo de espera, estabelece o artigo 235-C, §§ 8º e 9º da CLT:
Art. 235-C: [...] § 8º São considerados tempo de espera as horas em que o motorista profissional empregado ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do destinatário e o período gasto com a fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computados como jornada de trabalho e nem como horas extraordinárias. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) 
§ 9º As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30% (trinta por cento) do salário-hora normal. 
Vejamos que a jurisprudência não diverge deste entendimento:
TRT-PR-21-10-2016 TEMPO DE ESPERA - MOTORISTA CARRETEIRO - Conforme o art. 235-C, §§ 2º, 8º e 9º da CLT, o tempo de espera de carga e descarga do caminhão não é considerado tempo à disposição para fins de jornada de trabalho e pagamento de horas extras, mas sim pago como indenização com base no salário-hora acrescido de 30%. TRT-PR-01074-2015-242-09-00-7-ACO-35542-2016 - 6A. TURMA. Relator: SÉRGIO MURILO RODRIGUES LEMOS. Publicado no DEJT em 21-10-2016
O QUADRO 3 DA RESENHA FÁTICA dispõe dos pagamentos devidos mês a mês, conforme se infere da narrativa da realidade fática, desta forma salienta que a importância totade horas extras, horas noturnas e de tempo de espera perfaz R$152.030,40 (um cento e cinquenta e dois mil e trinta reais e quarenta centavos).
Em 2015 de R$34.245,60 (trinta e quatro mil e duzentos e quarenta e cinco reais e sessenta centavos). Em 2016 de R$37.677,60 (trinta e sete mil e seiscentos e setenta e sete reais e sessenta centavos). Em 2017 de R$39.549,60 (trinta e nove mil e quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta centavos). Em 2018 de R$40.557,60 (quarenta mil e quinhentos e cinquenta e sete reais e sessenta centavos).
REQUER a digne Vossa Excelência a condenação da reclamada ao pagamento das verbas extraordinárias devidas, horas noturnas e de tempo de espera de todo período laboral, no importe supramencionado.
REQUER ainda o reconhecimento da nulidade do banco de horas fraudulento estipulado pela sociedade empresária, considerando que durante o contrato de trabalho inexistia qualquer compensação ou utilização do mesmo, se comportando somente como meio de fraudar a legislação pertinente.
REQUER a condenação da reclamada a anexar aos autos os controles de jornadas realizados, tanto manuais como através do rastreador, sob pena de confissão quanto a jornada mencionada. 
IV) DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
Prevê o artigo 192 da CLT que “O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo”. 
Conforme breve relatos o reclamante adentrava na câmara fria para realizar a carga e descarga dos produtos da sociedade empresária, sem o fornecimento de EPI’s necessários e suficientes para afastamento da insalubridade (agente frio).
O caminhão possui “baú” com a câmara fria, tendo em vista que para transporte dos produtos é necessário para conservação da qualidade das carnes.
Por este fato, REQUER a digne Vossa Excelência a condenação da reclamada ao pagamento do adicional em grau médio de 20%, considerando a exposição habitual e permanente do trabalhador., 
Inexiste possibilidade da reclamada eximir-se de suas responsabilidades frente ao evento danoso. 
Apesar do contato ser habitual e permanente com os agentes biológicos, conforme disposição do enunciado nº 47 do Colendo TST sobre insalubridade, “o trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional”.
Cabe ressaltar o entendimento firmado através da súmula 293 do c. TST “A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade”.
A jurisprudência é no mesmo sentido:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. MOTORISTA DE CAMINHÃO BAÚ REFRIGERADO. CONTROLE DE DESCARREGAMENTO. EXPOSIÇÃO AO FRIO. O quadro fático delineado pelo Regional, com base nas provas pericial e testemunhal, é de que o Autor estava exposto ao agente insalubre frio, tendo em vista que ingressava no caminhão baú refrigerado para efetuar o controle da entrega das mercadorias. Incidência da Súmula 126 do TST. Recurso de Revista não conhecido. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. SÚMULA 228 DO TST. A base de cálculo do adicional de insalubridade, enquanto não editada norma específica, deve ser o salário mínimo, mantendo-se o entendimento consagrado na parte inicial da antiga redação da Súmula 228 do TST, uma vez que não cabe ao Poder Judiciário fixar base de cálculo diversa da prevista em lei. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST - RR: 313009720085040701 31300-97.2008.5.04.0701, Relator: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 21/08/2012, 8ª Turma)
Desta forma, resta evidente o direito do reclamante a percepção do adicional de insalubridade no importe de 20% (grau médio), postula a condenação da reclamada durantetodo período de contrato de trabalho, que perfaz a importância total de R$9.600,00 (nove mil e seiscentos reais).
REQUER, com fundamento no artigo 195 da CLT, designação de perícia técnica para atestar a insalubridade, reiterando pelo entendimento do enunciado 293 da súmula do TST. 
REQUER que seja realizado perícia devido ao contato com agentes biológicos, agente insalubre frio, bem como de vibração no caminhão.
V) DOS DANOS MORAIS 
A indenização por danos morais tem por fundamento uma lesão a um bem juridicamente tutelado que não se exprime em valores econômicos, porque se refere aos aspectos mais íntimos da personalidade, como a honra, a imagem. 
A tutela jurídica destes bens não suscetíveis de valor econômico está expressa, em nosso ordenamento jurídico, na própria CF/88, que não só proclama a "dignidade da pessoa humana" como fundamento do Estado Democrático de Direito (artigo 1.º, III), como preceitua serem invioláveis "a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação" (artigo 5º, X).
Os danos morais na hipótese vertente são evidentes.
Para caracterização do dano moral é essencial a configuração de três elementos: dano, ação ou omissão e nexo de causalidade.
O dano moral no caso em tela se abrange pelo fato do reclamante laborar 17 horas por dia, sem se quer o devido intervalo mínimo de 1 (uma) hora para repouso e alimentação, tampouco ao intervalo interjornada mínimo de 11 (onze) horas para descanso.
A peculiaridade do caso em tela representa fidedigno dano extrapatrimonial, na medida em que conforme os relatos da realidade fática a jornada era extenuante, não havia a contraprestação devida ao reclamante, bem como houve reiteradas infrações por parte das reclamadas.
A exigência de jornada extenuante acarreta dano moral in re ipsa conforme entendimento da jurisprudência do c. TST. A parte ressalta ainda que manter o vínculo sem o fornecimento de EPI’s necessários para afastamento da insalubridade (agente frio) poderá ocasionar maiores prejuízos ao reclamante.
É nítido a existência de danos causados pelas ações e omissões por parte das reclamadas que ocasionaram atos ilícitos, devendo ser condenadas nos termos do artigo 186 e 927 do CC a reparação por dano moral, bem como a presença de nexo de causalidade entre danos e atitudes.
O conjunto probatório é unânime em reconhecer a realidade fática relatada nesta exordial, inexistindo possibilidade da reclamada eximir-se de suas responsabilidades frente aos danos causados. 
Vejamos que o entendimento jurisprudencial não diverge deste entendimento:
“A exigência por parte do empregador de trabalho excessivo do empregado, tem gerado o reconhecimento de dano moral. Tem entendido do Tribunal Superior do Trabalho que o empregado submetido a excesso de jornada fica privado do convívio familiar e social, sendo grave violação aos direitos fundamentais. Analisando caso concreto de um motorista de caminhão submetido a jornada diária de 18 horas inclusive em sábados e domingos, com quase nenhum intervalo para refeição, o TST reconheceu além do direito a horas extras o dano moral. O Relator da 3ª Turma, Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira sustentou que “a limitação da jornada de trabalho constituiu uma das mais relevantes bandeiras (senão a mais importante delas) que levaram ao surgimento do Direito do Trabalho como ramo jurídico autônomo durante o século XIX. Verificou-se que a ausência de limites temporais para a realização do trabalho subordinado reduzia a pessoa do trabalhador “livre” a um ser meramente econômico, alienado das relações familiares e sociais. ” Em decisão unânime o Tribunal entendeu que “ As regras de limitação da jornada e duração semanal do trabalho tem importância fundamental na manutenção do conteúdo moral e dignificante da relação laboral, preservando o direito social ao lazer, previsto constitucionalmente (art. 6º, caput). É fácil perceber que o empresário que decide descumprir as normas de limitação temporal do trabalho não prejudica apenas os seus empregados, mas tensiona para pior as condições de vida de todos os trabalhadores que atuam naquele ramo da economia. Diante desse quadro, tem-se que a deliberada e reiterada desobediência do empregador às normas de limitação temporal do trabalho ofende toda a população, que tem por objetivo fundamental construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I, da CF). Tratando-se de lesão que viola bem jurídico indiscutivelmente caro a toda a sociedade, surge o dever de indenizar, sendo cabível a reparação por dano moral. Frise-se que, na linha da teoria do danum in re ipsa, não se exige que o dano moral seja demonstrado. Ele decorre, inexoravelmente, da gravidade do fato ofensivo que, no caso, restou materializado pela exigência de prática de jornada exaustiva e consequente descumprimento de norma que visa à mantença da saúde física e mental dos trabalhadores no Brasil. Recurso de revista conhecido e desprovido. ” (TST-RR-4112-57.2013.5.03.0063) O valor da reparação do dano moral foi mantido em R$ 30.000,00. Existe limite para a jornada ordinária (oito horas) e para a jornada extraordinária (duas horas), o desrespeito habitual e reiterado a essas regras não se limita ao pagamento de horas extras, mas a reparação de um dano maior, para muitos “dano existencial” que retira da pessoa o convívio familiar e o direito ao lazer. Fonte: A tribuna[footnoteRef:2] [2: Disponível em: <https://jucicleide.jusbrasil.com.br/noticias/325854873/jornada-de-trabalho-excessiva-dano-moral-de-r-30000-00>. Acesso dia: 25/04/2018.] 
Os intervalos são garantias de normas de saúde e segurança aos trabalhadores. Não resta dúvida pelos documentos em anexo que o excesso de jornada prestado pela parte extrapola os limites normais suportados por qualquer trabalhador.
Interessante salientar, por oportuno, que a Instrução Normativa nº 91 do Ministério do Trabalho e Emprego, ao dispor sobre a fiscalização para a erradicação do trabalho em condição análoga à de escravo, assim estabelece:
Art. 3º. Para os fins previstos na presente Instrução Normativa, considera-se trabalho realizado em condição análoga à de escravo a que resulte das seguintes situações, quer em conjunto, quer isoladamente:
[...]
II - A submissão de trabalhador a jornada exaustiva;
[...]
§ 1º. As expressões referidas nos incisos de I a VI deverão ser compreendidas na forma a seguir: 
[...]
b) "jornada exaustiva" - toda jornada de trabalho de natureza física ou mental que, por sua extensão ou intensidade, cause esgotamento das capacidades corpóreas e produtivas da pessoa do trabalhador, ainda que transitória e temporalmente, acarretando, em consequência, riscos a sua segurança e/ou a sua saúde;
Ressalta que em momento algum durante o contrato de emprego houve a devida contraprestação devida pelas horas extras, horas noturnas de trabalho e de tempo de espera. 
O dano extrapatrimonial abrange não só a ofensa à honra, mas também a dignidade da pessoa humana. Os princípios trabalhistas protegem o trabalhador de qualquer afronte a sua dignidade. 
Ademais, a CF/88, ao tutelar a saúde (artigo 196), tem como finalidade a proteção da vida humana, como valor fundamental, sendo certo que a proteção constitucional se volta ao resguardo da saúde físico-psíquica do trabalhador enquanto cidadão, tanto é assim que, no inciso XXII do artigo 7º, o legislador constituinte instituiu como direito do trabalhador a "redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança".
Assim, o dano moral encontra fundamento legal nas disposições contidas no referido artigo 5º, V e X, da CF/88, sendo considerado aquele proveniente da violação dos direitos individuais de cada cidadão relativamente à sua intimidade, privacidade, honra e imagem, de natureza íntima e pessoal em que se coloca em risco a própria dignidade da pessoa humana, diante do contexto social em que vive.
Oartigo 186 do Código Civil consagra a regra de que todo aquele que causa dano a outrem é obrigado a repará-lo. Atento ao que dispõe o mencionado dispositivo legal, cumpre registrar que são quatro os pressupostos da responsabilidade civil, quais sejam: ação ou omissão, culpa ou dolo, relação de causalidade e o dano experimentado pela vítima. Todos os pressupostos encontram-se presentes.
Portanto, as negligências aos riscos ergonômicos por parte da reclamada ocasionaram graves danos à saúde do trabalhador, pugna-se pela condenação pecuniária pelos danos causados e ainda suportados exclusivamente pela parte. 
Com advento da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), os danos são quantificados pelos artigos 223-A e seguintes da CLT, cabendo ao Magistrado apreciar a natureza do bem jurídico tutelado, intensidade do sofrimento e humilhação do empregado, reflexos pessoais e sociais da ação, extensão da ofensa, bem como valorar a natureza do dano (leve, média, grave ou gravíssima).
Este já foi o entendimento firmado em diversas sentenças, vejamos a correlação com o presente caso: “Com escopo de preservar a saúde e, em última análise, a própria vida do trabalhador, determinadas funções sofrem regramentos trabalhistas. Também em várias outras situações, dependendo da função realizada, a limitação de jornada também se direciona à proteção dos cidadãos genericamente considerados. É o caso da limitação de jornada dos motoristas, os quais, por estafa e fadiga, sujeitam-se naturalmente a um maior risco de sofrer acidentes. Isto é fato, eis que diariamente os noticiários retratam os trágicos acidentes envolvendo veículos de grande porte, haja vista a pressão que os empregadores exercem sobre os empregados, submetendo-os a jornadas exaustivas, descortinando um quadro bastante nefasto e repulsivo. Vidas são ceifadas e famílias são desestruturadas. Este é o retrato da situação envolvendo empresas de transportes e seus empregados, tudo por conta da preponderância e dos imperativos do lucro, em evidente detrimento do valor social do trabalho e da dignidade da pessoa humana. De outro lado, induvidosamente, a jornada excessiva afasta o trabalhador do convívio social, desestrutura sua família e lhe acarreta doenças. [footnoteRef:3] [3: (TRT-15 - RO: 00114176520145150082 0011417-65.2014.5.15.0082, Relator: FABIO ALLEGRETTI COOPER, 6ª Câmara, Data de Publicação: 04/01/2018)] 
A jurisprudência tem entendido neste mesmo sentindo, de cabimento de indenização por danos extrapatrimoniais, vejamos:
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. JORNADA EXTENUANTE. O empregado padece de dano existencial quando é injustamente privado de sua liberdade, de seu convívio familiar, sofrendo prejuízo pessoal e social, situações que contribuem para a frustração dos seus projetos de vida em virtude de práticas abusivas do empregador [...] (TRT-23 - RO: 00006275220155230021, Relator: ROBERTO BENATAR, 2ª Turma-PJe, Data de Publicação: 25/01/2017)
DANO EXISTENCIAL. [...] JORNADA EXAUSTIVA. [...] RESTRIÇÃO SISTEMÁTICA AO DESCANSO E LAZER. OFENSA A DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL. DANO MORAL. Desponta na moderna doutrina uma nova abordagem segundo a qual a imposição de jornadas exaustivas no curso do contrato de trabalho possui aptidão para gerar dano extrapatrimonial, na modalidade de "dano existencial". Isto porque a ampliação do tempo de alienação com redução das pausas intervalares e prorrogação sistemática de jornada, implica em contraponto, a subtração de parcela substantiva do tempo que o empregado deve ter para si, ocasionando dano à própria existência do trabalhador, vez que importa confisco irreversível de tempo que poderia destinar ao descanso, convívio familiar, lazer, política de classe ou em geral, estudos, reciclagem profissional, práticas esportivas, música, e tantas outras oportunidades de enriquecimento do corpo e do espírito. Neste sentido conceitua Hidemberg Alves Frota: "O dano existencial constitui espécie de dano imaterial que acarreta à vítima, de modo parcial ou total, a impossibilidade de executar, dar prosseguimento ou reconstruir o seu projeto de vida (na dimensão-familiar, afetivo-sexual, intelectual, artística, científica, desportiva, educacional ou profissional, dentre outras) e a dificuldade de retomar sua vida de relação (de âmbito público ou privado, sobretudo na seara da convivência familiar, profissional ou social). Subdivide-se no dano ao projeto de vida e no dano à vida de relações. Em outras palavras, o dano existencial se alicerça em 2 (dois) eixos: de um lado, na ofensa ao projeto de vida, por meio do qual o indivíduo se volta à própria autor realização integral, ao direcionar sua liberdade de escolha para proporcionar concretude, no contexto espaço-temporal em que se insere, às metas, objetivos e ideias que dão sentido à sua existência; e, de outra banda, no prejuízo à vida de relação, a qual diz respeito ao conjunto de relações interpessoais, os mais diversos ambientes e contextos, que permite ao ser humano estabelecer a sua história vivencial e se desenvolver de forma ampla e saudável, ao comungar com seus pares e experiência humana, compartilhando pensamentos, sentimentos, emoções, hábitos e reflexões, aspirações, atividades e afinidades, e crescendo, por meio do contato contínuo (processo de diálogo e de dialética) em torno da diversidade de ideologias, opiniões, mentalidades, comportamentos, culturas e valores ínsita à humanidade." (Hidemberg Alves da Frota, Noções Fundamentais Sobre o Dano Existencial, Revista Latino Americana de Derechos Humanos, Vol. 22 (2): 243, Julio-diciembre, 2011 (ISSN: 1659-4304 pgs. 251/252). [...] São de conhecimento público as consequências negativas do trabalho sem intervalo e sem descanso adequado, merecendo repúdio tais imposições. Ademais, a ausência de adequado descanso impossibilita o pleno exercício do direito ao trabalho, já que restringe as potencialidades do trabalhador ao afetar profundamente a sua saúde e capacidade físico-mental. Assim, restando provada a insólita conduta patronal, com a prática de abuso do poder diretivo ao exigir jornadas exaustivas (ainda que pelo mecanismo perverso da "compra" do direito irrenunciável) e restrição dos direitos ao descanso/lazer, com óbvias consequências à saúde do obreiro, que se via na contingência de ter que produzir sem poder refazer as energias dispendidas, resultaram ofendidos direitos humanos fundamentais, atingindo-se a dignidade, a liberdade e o patrimônio moral do demandante, de tal resultando a obrigação legal de reparar. (TRT-2 - RO: 00015084520125020271 SP 00015084520125020271 A28, Relator: RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS, Data de Julgamento: 18/02/2014, 4ª TURMA, Data de Publicação: 28/02/2014)
REPARAÇÃO POR DANO EXISTENCIAL. JORNADA EXCESSIVA. Evidenciado que o reclamante esteve sujeito a extensa jornada de trabalho durante todo o contrato de trabalho, em montante além dos limites constitucionais, os prejuízos sociais experimentados são evidentes. Caracterizado está o ilícito do empregador, na medida em que agiu em flagrante violação de direitos sociais do reclamante, garantidos pela Constituição Federal, fato este que enseja reparação por dano existencial. (TRT-4 - RO: 00003469620155040871, Data de Julgamento: 13/03/2018, 3ª Turma)
DANO EXISTENCIAL. JORNADA EXTRA EXCEDENTE DO LIMITE LEGAL DE TOLERÂNCIA. DIREITOS FUNDAMENTAIS. O dano existencial é uma espécie de dano imaterial, mediante o qual, no caso das relações de trabalho, o trabalhador sofre danos/limitações em relação à sua vida fora do ambiente de trabalho em razão de condutas ilícitas praticadas pelo tomador do trabalho. Havendo a prestação habitual de trabalho em jornadas extras excedentes do limite legal relativo à quantidade de horas extras, resta configurado dano à existência, dada a violação de direitos fundamentais do trabalho que integram decisão jurídico-objetiva adotada pela Constituição. Do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana decorre o direito ao livre desenvolvimento da personalidade do trabalhador, nele integrado o direito ao desenvolvimentoprofissional, o que exige condições dignas de trabalho e observância dos direitos fundamentais também pelos empregadores (eficácia horizontal dos direitos fundamentais). Recurso provido. (ACÓRDÃO 0000105-14.2011.5.04.0241 RO. DESEMBARGADOR RELATOR JOSÉ FELIPE LEDUR. Órgão Julgador: 1ª Turma)
Cabe salientar o reclamante fazia jornadas diárias de 17horas sem qualquer contraprestação pela jornada exaustiva.
Resta evidente o direito do reclamante a devida indenização pelos danos extrapatrimoniais sofridos, não há dúvidas de que a reclamada contribuiu para a existência do dano. 
Assim, com fundamento no artigo 223-G, §1º, IV da CLT, REQUER a digne Vossa Excelência a condenação da reclamada ao pagamento de indenização de natureza gravíssima, no importe de R$30.000,00 (trinta mil reais). 
VI) DOS DANOS MATERIAS DECORRENTES DA DOENÇA OCUPACIONAL
Inicialmente cumpre relatar que o reclamante não possui mais condições de trabalho, tampouco consegue arrumar emprego devido ao fato de não conseguir se quer se movimentar devido a lesão lombar adquirida no ambiente de trabalho.
Desta forma, houve significativa redução da capacidade laborativa. É responsabilidade da reclamada arcar com as consequências advindas da prestação laboral e não da reclamante.
A parte adquiriu doença profissional devido ao exercício de suas funções na empresa e atualmente está impossibilitado de exercer qualquer função, considerando que seu quadro de saúde é grave.
Extrai-se da narrativa da realidade fática e do desempenho de sua função de carregar e descarregar produtos, que existe alto grau de responsabilidade e nexo de causalidade entre lesões e função exercida.
O simples fato de que o trabalhador motorista exercia esta função de descarregar 17 a 21 toneladas de produtos, de forma manual, já é fato suficiente para caracterizar a responsabilidade objetiva, com fundamento no parágrafo único do artigo 927 do CC.
As lesões que acometem o autor são decorrentes do exercício de sua função na empresa, tendo em vista que realizava o carregamento e descarregamento dos produtos, de aproximadamente 80kg a 120kg cada peça de carne, de forma manual, sem o auxílio de qualquer máquina.
Prevê o artigo 950 do Código Civil que “se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Conforme exposto, o reclamante está impossibilitado de trabalhar, restando incapacitado para o trabalho. O parágrafo único do artigo 950 do CC prevê a possibilidade de pensão mensal vitalícia paga em uma única parcela, o que postula o reclamante.
A jurisprudência caminha neste sentido:
TRT-PR-15-05-2018 EMENTA: DOENÇA OCUPACIONAL. PENSÃO MENSAL. POSSIBILIDADE DE RECUPERAÇÃO. DOENÇA DO TRABALHO. PENSÃO MENSAL. PERCENTAGEM. Segundo entendimento desta 7ª Turma, o pensionamento deve levar em consideração a incapacidade para a atividade que o empregado exercia em favor da empregadora, nos termos do artigo 950 do Código Civil (CC). Recurso ordinário da reclamante conhecido e parcialmente provido. TRT-PR-00527-2015-749-09-00-3-ACO-07962-2018 - 7A. TURMA. Relator: ALTINO PEDROZO DOS SANTOS. Publicado no DEJT em 15-05-2018
"INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DOENÇA PROFISSIONAL. FIXAÇÃO DO VALOR DA PENSÃO MENSAL VITALÍCIA. [...] De acordo com o art. 950 do CCB, a pensão tem como finalidade reparar o dano que impossibilitou o empregado de exercer sua profissão, ou que lhe diminuiu a capacidade de trabalho, a qual corresponderá à importância do trabalho para o qual se inabilitou ou da depreciação que ele sofreu. Essa é a melhor interpretação que se atribui ao art. 950 do CCB, aquela que traduz a intenção do legislador com a edição da norma e dá efetividade ao princípio da restitutio in integrum, no sentido da natureza jurídica reparatória da pensão mensal. Assim, havendo inabilitação total ou parcial com relação à atividade que exercia o trabalhador, o valor do pensionamento deverá a ela corresponder, (TST-E-ED-RR-22640-13.2005.5.15.012, SDI-I, Relator Ministro Augusto César Leite de Carvalho, DEJT 16.03.2012).
RECURSO DE REVISTA. DOENÇA PROFISSIONAL. INCAPACIDADE TOTAL PARA A PROFISSÃO. DANOS MATERIAIS. BASE DE CÁLCULO. VALOR CORRESPONDENTE À ÚLTIMA REMUNERAÇÃO PERCEBIDA.. [...] 3. É que o grau de incapacidade - se total ou parcial - deve ser aferido à luz da profissão exercida pela vítima, entendimento que encontra respaldo no princípio da restitutio in integrum e nas disposições contidas no art. 950do CC (-Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou ou da depreciação que ele sofreu- . 4. Tal conclusão - de que -o cálculo da pensão deve observar o percentual de 100% do último salário- - não é alterada pelo fato de a trabalhadora poder desempenhar atividades laborais distintas daquelas executadas em benefício da reclamada. A possibilidade de trabalho em outra função não anula a efetiva perda da capacidade para o exercício de -seu ofício ou profissão-, pressuposto legal apto a ensejar o pagamento de pensão mensal integral, nos moldes previstos no dispositivo transcrito. [...] (RR-2076-90.2010.5.12.0000, Redator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 03/10/2014).
"RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. PERDA DA CAPACIDADE PARA O OFÍCIO OU PROFISSÃO. PENSÃO MENSAL. [...] Logo, constatada a perda ou a redução da capacidade para o ofício ou profissão que a vítima exercia antes do acidente de trabalho ou do desenvolvimento de doença ocupacional é devida a pensão mensal integral ou parcial, a depender do grau de perda da capacidade laboral, em valor correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento" (TST-ARR-187100-09.2008.5.02.0432, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 30.05.2014).
"DOENÇA OCUPACIONAL. REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE TRABALHO DO EMPREGADO. DANOS MATERIAIS. ART. 950 DO CCB.). [...] A decisão merece ser revista, pois o art. 950, caput, do CCB não cogita hipótese de exclusão da obrigação de indenizar em decorrência do fato de a vítima poder vir a exercer outra atividade compatível com sua depreciação. Com efeito, infere-se da norma que é o próprio 'ofício ou profissão' do trabalhador que deve servir de parâmetro para a fixação do valor da pensão e é este o caso. Assim, configurado o dano material (incapacidade laboral para a mesma atividade desempenhada para a Reclamada) e reconhecida a responsabilidade civil da Reclamada - já condenada ao pagamento de indenização por dano moral -, a reparação civil do dano sofrido a título de pensão mensal, em 70% da última remuneração, torna-se imperiosa. Recurso de revista conhecido e provido no aspecto" (TST-RR-839-78.2010.5.09.0008, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 29.11.2013).
Conforme supramencionado é plenamente possível o cabimento de pensão mensal vitalícia, baseada em laudo que ateste que o reclamante não pode mais exercer as atividades que anteriormente poderia executar, conforme disposição do artigo 950 do CC.
Considerando dar efetividade ao princípio da restitutio in integrum, havendo inabilitação total ou parcial com relação à atividade que exercia o trabalhador na empresa, o valor do pensionamento deverá corresponder a inabilitação.
 Enfatiza que a lesão lombar incapacita a parte para o trabalho anteriormente exercido.
Levando em consideração que o reclamante possui 34 (trinta e quatro) anos, com expectativa de vida perto dos 75 anos, recebendo percepção salarial de R$2.600,00 (dois mil e seiscentos reais), a gravidade da doençaocupacional decorrente do trabalho desenvolvido, incapacitando-o para o trabalho, REQUER a digne Vossa Excelência a condenação da reclamada ao pagamento de pensão mensal vitalícia até os 75 (setenta e cinco) anos de idade no importe de 1 salário da reclamante, R$2.600,00 (dois mil e seiscentos reais).
VI.1) CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL. 
O pedido de constituição de capital encontra-se aventado no artigo 533 do Código de Processo Civil, vejamos:
Portanto, havendo pedido de prestação de alimentos, torna-se necessária seja ordenada a constituição de capital para garantir assim o pagamento.
REQUER-SE. 	
 
VII) CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
O reclamante REQUER a regularização de sua situação perante o INSS e a cabível efetivação dos recolhimentos devidos à Previdência Social durante a vigência do contrato de emprego, no percentual de 20% sobre a totalidade da remuneração devida, conforme disposição do artigo 22, I da Lei 8.212/91.
VIII) HONORÁRIOS DE SUCUMBENCIA
Considerando a inclusão pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) do artigo 791 – A da CLT, cabe a fixação de honorários de sucumbência “entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa”.
Por esta razão REQUER que seja a reclamada condenada ao pagamento de honorários de sucumbência, observados os parâmetros estipulados pelo artigo 791-A da CLT, e considerando ainda o grau de zelo do profissional, o lugar de prestação de serviço, a natureza e importância da causa, bem como o trabalho realizado e o tempo exigido para o serviço. 
IX) DISCRIMINAÇAO DE VALORES 
	DOS DEBITOS
	VALORES
	HORAS EXTRAS, HORAS NOTURNAS, TEMPO DE ESPERA e SUPRESSÃO INTERVALO INTERJORNADA
	R$152.030,40 (um cento e cinquenta e dois mil e trinta reais e quarenta centavos),
	INSALUBRIDADE
	R$9.600,00
	DANOS EXTRAPATRIMONIAIS
	R$30.000,00
	DANOS MATERIAIS ¹
	R$31.200,00
	TOTAL
	R$222.830,40
¹ - A Instrução Normativa nº 41 do TST em seu artigo 12, § 2º estabelece que o valor da causa será estimado, observando, no que couber, o disposto nos artigos 291 a 293 do CPC.
Considerando a IN 41 do TST e a disposição do artigo 292, III do CPC, SOMENTE PARA FINS DE ALÇADA, não correspondendo ao valor devido à parte reclamante, apresenta o referido valor indicado neste item.
X) REQUERIMENTO FINAL
Ante todo o exposto, REQUER a digne Vossa Excelência:
DA JUSTIÇA GRATUITA
a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita ao reclamante, eis que não possui condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e da família, com fulcro nos artigos 98 do CPC e 790, §§3º e 4º da CLT, conforme item I;
DA CITAÇÃO
b) A citação da reclamada no endereço retromencionado nesta exordial, para que, querendo, no prazo legal apresente contestação ou outras medidas que julgar necessárias, sob pena de confissão ficta sobre a matéria correlacionada ao caso em tela;
DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS, HORAS NOTURNAS, TEMPO DE ESPERA e SUPRESSÃO DOS INTERVALOS INTERJORNADAS
c) A condenação da reclamada a quitação das horas extraordinárias diurnas e noturnas prestadas, das horas noturnas, de tempo de espera e ao pagamento das horas extraordinárias advindas da supressão do intervalo interjornada, que correspondem a importância total de R$152.030,40 (um cento e cinquenta e dois mil e trinta reais e quarenta centavos), conforme item III, bem como aos reflexos decorrentes em RSR’s, férias + 1/3 CF, gratificações natalinas, FGTS e demais vantagens salarias e trabalhistas;
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
d) Ao pagamento do devido adicional de insalubridade em grau médio (20%) conforme anexo IX da NR-15, com fundamento no artigo 192 da CLT, tendo em vista o contato diário, habitual e permanente com agente insalubre (FRIO), que perfaz a importância total de R$9.600,00 (nove mil e seiscentos reais), conforme item IV, ou apurado através de realização de perícia técnica, durante todo contrato de trabalho, com as suas integrações no pagamento reflexo do 13º salário, férias, aviso prévio, horas extras, FGTS e demais vantagens salariais e trabalhistas;
DOS DANOS MORAIS
e) A condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos extrapatrimoniais sofridos, com fundamento no artigo 223-G, §1º, IV da CLT, de natureza gravíssima no importe de R$30.000,00 (trinta mil reais), diante de todos os fatos expostos na presente reclamatória, conforme item V;
DOS DANOS MATERIAIS DECORRENTES DA DOENÇA OCUPACIONAL
f) Suplica-se pela condenação da parte reclamada ao pagamento dos danos materiais sofridos, na forma de pensão mensal, com fundamento no artigo 950 do CC, na forma de uma pensão mensal levando-se em consideração o salário percebido pelo reclamante (R$2.600,00), o grau de incapacidade, as lesões que acometem a parte, a expectativa de vida do autor que é de 75 anos, a capacidade econômica da parte, dentre outros requisitos, conforme item VI;
g) Seja ordenada ao devedor, ora requerida, a constituição de capital, cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão, sendo a pensão fixada por base no salário da parte, nos termos requeridos acima, com fundamento no parágrafo 4º, do artigo 533 do código de Processo Civil;
DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
h) A condenação da reclamada no recolhimento das contribuições previdenciárias durante toda a vigência do contrato de trabalho, sem qualquer desconto ao reclamante, eis que não deu causa ao inadimplemento, observando-se os parâmetros legais;
i) Seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, condenando a Reclamada nos pedidos e outras cominações legais, inclusive juros de mora, correção monetária e honorários advocatícios com fulcro no artigo 791-A da CLT, visando o trabalho realizado, o tempo exigido para o serviço e a complexidade da causa;
j) Seja aplicado os princípios de proteção ao empregador nos casos em que caibam essa interpretação em favor do obreiro;
k) Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, documentais, testemunhais, periciais, depoimento pessoal das partes e outras que porventura surgirem no decorrer do trâmite processual e que desde já ficam requeridas. 
k.1) a parte anexará aos autos os vídeos e fotos do ambiente de trabalho, entregando CD na Secretaria da Vara;
l) A reclamada descumpriu com as normas previstas nas CCT da categoria (convenções em anexo), com relação as horas extraordinárias, intervalo intrajornada, intervalo interjornada, horas noturnas, tempo de espera e outras garantias concedidas, REQUER a condenação da reclamada ao pagamento nos exatos termos da peça vestibular, considerando as disposições nas convenções coletivas de trabalho;
VALOR DA CAUSA:
Atribui-se à causa, exclusivamente para fins de alçada, o valor de R$222.830,40 (duzentos e vinte e dois mil e oitocentos e trinta reais e quarenta centavos).
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade, data
Assinatura digital
OAB....

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