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Visão Sistêmica e Legislação nos Serviços de Saúde AULA 01 (2)

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Visão Sistêmica e Legislação nos Serviços de Saúde. 
PROFESSORA : KAYSA CRISTINE
1. POLÍTICA DE SAÚDE SISTEMA DE SAÚDE
1.1 EVOLUÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL
 A evolução da saúde está diretamente relacionada com a evolução da própria sociedade em que está inserida, tanto do ponto de vista de desenvolvimento científico como sócio-econômico.
 Pode-se dividir a evolução da saúde no Brasil em quatro períodos históricos.
 Pode-se dividir a evolução da saúde no Brasil em quatro períodos históricos.
1.2 PERÍODO COLONIAL 
A estrutura brasileira tentava imitar o sistema português. Mas o sistema era bastante precário porque a coroa portuguesa por prioridade a urbanização das cidades, comercialização e circulação de mercadorias, com cobertura dos pontos em que a produção era escoada.
 A maioria da população utilizava a medicina popular (uma mistura da cultura indígena, jesuítica e africana) e apenas os senhores rurais tinham acesso aos profissionais da medicina.
 Os principais fatos históricos foram:
De 1685 a 1694: realizada a 1ª. Campanha Sanitária para debelar a epidemia da febre amarela em Recife e Olinda;
1804: A vacina anti-variólica era introduzida pelo Visconde de Barbacena;
1808: Criada a Fisicultura-Mor, que centralizava toda autoridade sanitária e tinha como prioridade regular a prática profissional e combate o charlatanismo.
1.3 PERÍODO REPUBLICANO ATÉ 1930
No início da República, ocorre grave crise econômica devida ao trabalho assalariado escasso, população dizimada por epidemias e recusa da mão-de-obra europeia em vir trabalhar no Brasil, devido às epidemias e más condições de saneamento. 
 Os principais fatos desse período de instabilidade política e econômica foram:
 - De 1902 a 1904: Oswaldo Cruz realizou uma campanha para combater a febre amarela, a peste e a varíola. A campanha da Febre Amarela deixa ao sistema de saúde um respaldo jurídico que legitima a ação de Estado e a sua interferência na saúde. Em 1906, a febre amarela foi declarada oficialmente extinta no Rio de Janeiro. 
- 1923: realizado o 1º. Congresso Brasileiro de Higiene, no qual se discutem e se exigem soluções mais eficazes para os problemas de saúde (ao invés de soluções imediatistas no período de epidemia), aplicando de medidas preventivas antes dos problemas se agravarem e a utilização da educação sanitária;
 - Década de 1920: o médico Carlos Chagas implantou a Reforma Carlos Chagas que propunha algumas mudanças, tais como: propaganda e educação para a saúde, expansão das atividades de saneamento em âmbito nacional, extensão dos serviços de profilaxia para o interior do pais, medidas profiláticas contra a febre amarela ( em convênio com a Fundação Rockefeller), veto da admissão em fábricas de menores de 12 anos, licença-gestante, criação de um programa de visitadoras, criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) aos funcionários das empresas ferroviárias etc.
De 1930 a 1964
 Período marcado pelo êxodo rural e aceleração do ritmo industrial, provocando uma nova ordem social em que os sindicatos pressionam os serviços de saúde para prestarem aos trabalhadores um assistência médica de qualidade.
 Em 14 de novembro de 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde para desenvolver atividades e serviço de saúde em âmbito federal; em 1953, criou-se o Ministério da Saúde.
Os principais fatos históricos foram:
 - Criação do Ministério do Trabalho;
 - Criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões que, com o passar dos anos, começaram a prestar serviço de assistência médica;
 - Obrigatoriamente de uma Comissão de Acidentes (CIPA) nas indústrias com mais de 100 em pregados;
 - Criação da Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) para combater a malária na região Norte, mas que, gradativamente, vai desenvolver atividade de saúde pública nas outras regiões. 
De 1964 em diante
 Período de ditadura militar por mais ou menos 20 anos e marcados pelo “milagre econômico brasileiro”, instabilidade de emprego, baixa do poder aquisitivo. A saúde é posta em questão através das estatísticas de mortalidade, morbidade e acidentes de trabalho.
 Fatores marcantes foram e são:
 - Aumento da participação do setor privado nas atividades de saúde;
 - Suspensão da participação dos representantes dos empregados e empregados no desenvolvimento dos programas nos Institutos de Aposentadorias e Pensões (1964);
- Unificação, em 1967, de todos os Institutos Nacionais de Previdência Social (INPS);
 - Participação, em 1972, na 3ª, Reunião Especial de Ministro de Saúde das Américas, durante a qual se estabeleceu como prioridade e extensão da cobertura dos serviços de saúde a toda a população subatendida até 1980.
 - Criado em 1981 o CONASP (Concelho Consultivo da Administração da Saúde Previdenciária), que propôs normas mais adequadas para a prestação de serviço de assistência a saúde dos previdenciários, a locação de recursos e medidas de controle e avaliação das ações de saúde;
- Instituída em 1983 as Ações Integradas de Saúde ( AIS) para atender, de forma organizada, as necessidades prioritárias da população, de acordo com a política nacional de saúde, baseada em critério epidemiológicos – sociais;
 - Realizada em 1986 a 8
 ª. Conferência Nacional de Saúde, cujos temas de debate foram a reformulação do Sistema Nacional de Saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde como direito e o financiamento do setor;
 - Criada em 1987 o Sistema Unificado Descentralizado de Saúde ( SUDS) para aperfeiçoar qualitativamente as AIS; 
 - Inclusão de artigos (Do 196 a 200) referente a saúde na constituição federal de 1988 e, consequentemente, nas Constituições Estaduais e Municipais, e a elaboração da lei Orgânica da saúde ;
 - Realizado em 1992 a 9ª. Conferencia Nacional de Saúde, para valia e propor avanços no sistema de saúde através dos debates sobre a sociedade, governo e saúde, a implantação de Sistema Único de Saúde (SUS) e o controle social.
1.4 SITEMA DE SAÚDE NO BRASIL
Para atender as diferenças inter e intra-regionais, moraliza a organização no setor público, torna-lo mais eficaz e produtivo e transformar a saúde em direito do ser humano, se fez necessário uma reforma sanitária, ou seja, uma mudança no sistema centralizado da saúde. 
 Criou-se o Sistema Único de Saúde (SUS) que propôs a descentralização para desenvolver as unidades federadas e municípios o poder políticos, administrativo e financeiro. 
 Até os anos 60, a intervenção do governo central era vista como proposta positiva para o desenvolvimento; atualmente, preconizou-se a descentralização do poder e considera-se a centralização como um sério obstáculo ou como características de subdesenvolvimento.
O atual sistema de saúde foi discutido na 8ª. Conferência Nacional de Saúde (março de 1986). Está aparado pelos artigos 196 a 200 da constituição federal, pelas constituição estadual e municipal, pela lei orgânica de saúde e foi rediscutida na 9ª Conferência Nacional de Saúde ( agosto de 1992).
 O sistema de saúde brasileiro tem como princípio: 
 - Descentralização na gestão de serviço, permitindo a participação da comunidade beneficiada, através, por exemplo, da comissão de saúde das unidades prestadora de serviço, devendo está organizadas em níveis de complexidade crescente e articuladas entre si;
 - Fortalecimento do papel do município nas ações da saúde; 
 - Universalização do atendimento, a começar pelas áreas carentes ou totalmente desassistidas, sem discriminação de qualquer ordem (vinculo previdenciário ou categoria social) e tendo como função atender as necessidades da população; 
 - Integralização inter-institucional par eliminar progressivamente a dualidade de ações e a super posição de esforços, prevalecendo a unidade na condução das politicas setoriais;
 - Articulação entre os diferentes sistemas com a unidade básica, responsável pelo atendimento integral de uma determinada população, se articulando comos níveis mais complexos, para que todos tenham acesso a este serviço;
 - Integralização das ações de saúde que, através da articulação das medidas preventivas (primária, secundária e terciária), deverão superar a dicotomia preventivo curativa;
 - Utilização de tecnologia e procedimento apropriados, correspondente ao nível da complexidade dos serviços, para poder atender as necessidades de saúde da população ao menor custo e com a máxima produtividade de serviço;
-Participação comunitária através de entidades representativas que, estimuladas por mecanismo de informação e divulgação do conhecimento sobre saúde, irão influir na formulação da politica, no planejamento, na gestão, na execução e na avaliação do serviço que lhes são prestados;
 - Incorporação dos agente populares de saúde que, sobre coordenação local, irão trabalhar em educação para a saúde e cuidados primários.
 - Expansão e fortalecimento estatal e municipal, com controle dos procedimento de saúde executado pela rede privada. Nos SUS, os níveis federal, estadual e 
municipal, devem estar articulados para a execução das suas atribuições. Compete ao nível:
 - FEDERAL: Formulação e condução da politica nacional de saúde; regulamentação das normas, acompanhamento e avaliação das ações de saúde e relacionamento entre os setores públicos e privados; execução de programas emergenciais; administração do Fundo Nacional de Saúde, com transferência para as unidades descentralizadas; vigilância sanitária adequada ao controle e fiscalização da qualidade e comercialização dos insumos, equipamentos, medicamentos e alimentos; estimulo ao desenvolvimentos e controle dos imunobiológicos, do sangue e derivados e da pesquisa;
 - ESTADUAL: Formulação e condução das atividades do sistema regional de saúde; prestação de serviço em coordenação com o sistema municipais; compatibilização das normas e diretrizes com as peculiaridades regionais; transferências aos municípios, do serviços básico de saúde; administração do Fundo Regional de Saúde, com transferência para as unidades locais; 
 - MUNICIPAL E DISTRITAL: Planejamento coordenação das normas com as peculiaridade locais prestação de serviços básico de saúde e serviço de maior complexidade quando houver recurso; administração do fundo municipal de saúde.
O SUS é financiado pelo recurso da seguridade social que, por sua vez, é financiada mediante receitas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios e pelas as contribuições sociais. Em 1991, os recursos da Seguridade Social vieram das contribuições dos empregadores e empregados (46,97%), Finsocial (22,71%), PIS – PASEP (10,98%), recursos ordinários (tributos) (6,69%), lucro de pessoas jurídicas (3,86%), outros (8,79%).
Mas a saúde não pode ser financiada somente com recursos das contribuições sociais, cabendo as diferentes instancias governamentais destinar recursos de suas receitas fiscais também para a área de saúde. 
 Compete a união fazer a cobertura de eventuais insuficiências financeiras de Seguridade Social. 
No SUS, ocorre a transferência de recursos da união para cada unidade federada, Distrito Federal e municípios, para custear as ações de saúde e de assistência social. 
 A lei de diretrizes orçamentárias estabelece as metas, as prioridade e a destinação dos recursos do orçamento da Seguridade Social; para o ano de 1992, determinou-se que 30% desses recursos seriam destinados ao setor da saúde. 
 O HOSPITAL
 O termo hospital origina-se do latim Hospitiu, que quer dizer “local onde se hospedam pessoas” em referência a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir do século IV d.C, cuja finalidade era prover cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes peregrinos. 
 Hospital é um estabelecimento próprio para internação e tratamento de doentes ou de feridos, que devem agir com hospitalidade e benevolência (HOUAISS.2004).
 Segundo o ministério da saúde (MS), hospital é definido como “estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou de não-internação, no caso de ambulatórios e outros serviços”. 
CLASSIFICAÇÃO E TIPOS
ESPECIALIDADES
 De acordo com as especialidade existentes, o hospital pode ser classificado como: 
GERAL 
Destinada a prestar assistência nas quatro especialidades médicas básicas – clínica – médica, clinicas –cirúrgica, clinica gênico – obstétrica e clinica pediatra. 
ESPECIALIZADO
Com assistência em especialidades como maternidade, neurocirurgia, ect.
NÚMERO DE LEITOS
De acordo com seu numero de leitos, o hospital pode ser classificado em porte: 
Pequeno – até 50 leitos.
Médio – de 51 a 150 leitos.
Grande – de 151 a 500 leitos.
Porte especial para os acima de 500 leitos.
PROPRIEDADE
Hospital público – aquele que integra o patrimônio da união, estados, distrito federal e municípios; autarquias, fundações instituídas pelo poder público, empresas públicas e sociedade de economia mista (pessoas jurídicas de direito privado).
Hospital privado ou particular – integra o patrimônio de uma pessoas natural ou jurídica de direito privado, não-instituída pelo poder publico.
 No Brasil (MS), na área hospitalar 80% dos estabelecimentos que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS),são privados e 75% da atenção ambulatorial é prestada pela rede de hospitais públicos.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E REGISTRO EM SAÚDE
Prontuário – impressos gerais, registro e comunicações
 O prontuário médico ou do paciente é o conjunto de documentos e informações relativos à história da vida de um paciente e da sua doença sob o ponto de vista médica - social para garantir a necessária uniformidade estatística ( Mac Eachern. Serviço do prontuário do paciente). 
 No preenchimento dos impressos, os dados devem ser precisos, sintéticos e escritos com letra que possa se reconhecida por todos. 
Um prontuário completo é aquele que inclui:
Número de identificação do prontuário;
Dados de identificação pessoal do paciente;
Data do ingresso;
Antecedentes pessoais e familiares, história da doença atual e exame físico (anamnese);
Diagnóstico provisório e final;
Tratamento médico e/ou cirúrgico; 
Exames complementares de diagnóstico;
Evolução da doença;
Relatórios (médicos, enfermagem e toda a equipe de saúde);
Gráfico de TPR ( Temperatura, pulso e respiração) e PA (Pressão Arterial);
Resultado final;

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