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LACUNAS DE CONHECIMENTO Atividade Orientada I: Diagnóstico Farmacêutico em Saúde Nome: Letícia Morais Data: 02/09/2016 1. Como é o repasse da verba federal/estadual para um hospital do perfil de Governador Valadares? Até o início do ano o hospital recebia verba como se fosse municipal, ou seja, a maior parte dos gastos são cobertos pela receita municipal e uma pequena porcentagem era dada pelo estado e pela receita federal. Porém, em Março de 2016 a Secretária do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) juntamente com a prefeitura, firmaram um convenio onde incluiu o Hospital Municipal no programa Pro-Hosp, que consiste em recursos provenientes do tesouro do Estado aplicados em hospitais que no dia-a-dia são caracterizados como regionais e SUS em tempo integral. Enviaram a Governador Valadares R$ 15 milhões, onde destes, 40% é usado para melhoria da qualidade de assistência, 50% para custeio hospitalar e 10% para melhor gestão hospitalar. 2. Quais seriam os serviços ofertados por um hospital municipal e um estadual? Ambos os hospitais deveriam oferecer todo tipo de serviço de alta complexidade, como cirurgias de emergências e internações. A diferença de um hospital municipal para um estadual é o investimento, hospitais municipais recebem uma menor verba devido o maior financiador ser a prefeitura, e os impostos nem sempre são bem administrados de acordo com a necessidade da relevância do hospital, já os estaduais tem uma maior receita pois quem os financia é o estado, logo, os hospitais estaduais tendem a ter uma melhor tecnologia e mais leitos, exatamente por ser reconhecido como estadual, receber mais investimento e possuir maior fluxo de pessoas, enquanto o municipal se restringe a cidade. 3. Quais seriam os serviços clínicos farmacêuticos possíveis no hospital? Baseado na resolução 585/13 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), as atividades clínicas farmacêuticas aplicáveis no âmbito hospitalar seria: · Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente; · Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de saúde, ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde; · Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas doses, frequência, horários, vias de administração e duração adequados, contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento e alcançar os objetivos terapêuticos; · Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e técnicos; · Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente; · Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde; · Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do paciente; · Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente, a fim de proceder à avaliação farmacêutica; · Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional, com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia; · Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados de farmacocinética clínica; · Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde; · Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia; · Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indesejadas e clinicamente significantes; · Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente, família, cuidadores e sociedade; · Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções farmacêuticas realizadas, construindo indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados; · Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração de medicamentos ao paciente; · Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto à administração de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações, quando couber; · Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente; · Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medicamentos em uso pelo paciente durante os processos de admissão, transferência e alta entre os serviços e níveis de atenção à saúde; · Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade com vistas ao processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de saúde autolimitados; · Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua competência profissional; · Fornecer informação sobre medicamentos à equipe de saúde; 4. Qual o papel do farmacêutico (na legislação) no CAPS-AD? A partir da Lei Federal 5.991/73, Portaria nº 3.916/GM em 30 de outubro de 1998 do Conselho Federal de Farmácia e da Resolução nº 338/04 do Ministério da Saúde, presume-se que o papel do farmacêutico no CAPS-AD é, entre outras: · Interagir sistematicamente com os profissionais da unidade de saúde, articulando a integração das ações da assistência farmacêutica junto à equipe multiprofissional das unidades; · Auxiliar nas ações de educação em saúde realizando atividades educativas em conjunto com os demais profissionais de saúde; · Fornecer orientações técnicas sobre medicamentos para os profissionais de saúde, · Supervisionar e capacitar a equipe de farmácia quanto às orientações sobre a utilização de medicamentos e mantê-los atualizados quanto às normas e legislação pertinente; · Promover o uso racional dos medicamentos através de ações educativas para prescritores, gestores, equipe multiprofissional e usuários, em nível individual e coletivo; · Participar, em todos os níveis, do processo de organização, estruturação, reestruturação e funcionamento da Farmácia; · Cumprir e supervisionar o cumprimento das exigências legais da vigilância sanitária no que diz respeito aos medicamentos; · Atender e supervisionar o cumprimento das normas de dispensação de medicamentos essenciais, medicamentos da média complexidade (MMC) e estratégicos; · Verificar a prescrição, considerando entre outros: se o prescritor está legalmente habilitado para fazer a prescrição, se a receita está preenchida de acordo com as normas legais vigentes e se há risco de interações medicamentosas clinicamente significantes; · Acompanhar o processo farmacoterapêutico do paciente (adesão, queixas com relação a efeitos colaterais) mantendo a equipe informada; · Desenvolver trabalho de orientação ao usuário com relação à importância do tratamento farmacológico, como utilizar o medicamento, cuidados relativos aos efeitos colaterais mais comuns; · Participar das reuniões de discussão de caso; · Orientar os profissionais do CAPS nas questões relativas a medicamentos; · Supervisionar o controle de estoques e a reposição de medicamentos. 5. Descreva a importância do conhecimento das legislações sanitárias para o farmacêutico? Mesmo que não trabalhe na Vigilância Sanitária, é de suma importância o farmacêutico conhecer e aderir as leis que regem as áreas que pode atuar, pois desta forma, garante que o seu local de trabalho está adequado para funcionamento, não se sujeitando a possíveis denúncias ou punições devido a algum erro técnico ou estrutural. 6. Qual a diferença de drogaria e drugstore? “Drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais” (Lei Federal 5.991/73, art. 4º, inciso XI). “Loja de conveniência e "drugstore": estabelecimento que, mediante autosserviço ou não, comercializa diversas mercadorias, com ênfase para aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos em geral, produtos de higiene e limpeza e apetrechos domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia e da noite, inclusive nos domingos e feriados. ”(Lei Federal 5.991/73, art. 4º, inciso XX). 7. O que é correlato? “Correlato: a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos drogas, medicamentos e insumos farmacêuticos, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários” (Lei Federal 5.991/73, art. 4º, inciso IV) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Lei Federal, nº 5.991, 17 de dezembro de 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5991.htm> Acessado em agosto de 2016. BRASIL, Resolução, nº 585, 29 de agosto de 2013. Conselho Federal de Farmácia. Disponível em: < http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf> Acessado em agosto de 2016. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. SECRETÁRIA DO ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, Pro-Hosp Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/aids/page/410-pro-hosp-sesmg>. Acessado em agosto de 2016.
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