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MICROCORRENTE para processo de Cicatrização de Pele

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INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO 
Pós-Graduação “Latu Sensu” em COSMETOLOGIA E ESTÉTICA PELA 
FACULDADE DO LITORAL PARANAENSE 
 
 
 
 
 
MÔNICA BEATRIZ DE LARA KAPPAUN RIBEIRO 
 
 
 
 
MICROCORRENTE NO REPARO DE FERIDAS ABERTAS POR 
FALTA DE ELASTICIDADE DE PELE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO - RS, 2019 
 
 
 
 
 
MÔNICA BEATRIZ DE LARA KAPPAUN RIBEIRO 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
MICROCORRENTE NO REPARO DE FERIDAS ABERTAS PELA 
FALTA DE ELASTICIDADE DA PELE 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do título de Especialista no 
Curso de Pós Graduação “Latu 
Sensu” em COSMETOLOGIA E 
ESTÉTICA, pela Faculdade do Litoral 
Paranaense- ISEPE Guaratuba. 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador (a): Esp. Silvia Patrícia de Oliveira, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO - RS, 2019 
 
 
 
MICROCORRENTE NO REPARO DE FERIDAS ABERTAS PELA 
FALTA DE ELASTICIDADE DA PELE 
 
3 
Autor:Mônica Beatriz de Lara kappaun 
Ribeiro 
Orientador: Esp. Silvia Patricia de 
Oliveira 
 
Resumo: A eletroestimulação por microcorrentes tem como principal característica o 
fato de atuar a nível celular e de microestruturas, produzindo microestimulação e 
neuroestimulação, onde há o reparo do tecido quando ocorre algum trauma que gere a 
necessidade de cicatrização do tecido onde essa regeneração primeiro ocorre com a 
recomposição da atividade funcional do tecido ou segundo pela cicatrização com 
restabelecimento da homeostasia do tecido com perda da sua atividade funcional pela 
formação de cicatriz fibrótica. A cicatrização consiste em três fases sendo a primeira 
na fase inflamatória, a segunda chamada proliferativa que é a responsável pelo 
colágeno e a terceira fase de remodelação já depois do décimo dia. A microcorrente 
sendo um recurso de eletroterapia tem efeito positivo na aceleração da cicatrização, 
onde uma sequência de eventos fisiológicos e bioquímicos como a inflamação, síntese 
de colágeno, formação de tecido de granulação e reepitelização Metodologia: Revisão 
bibliográfica. Foram selecionados artigos publicados no ano de 2009 até 2019, no 
idioma português, abrangendo técnicas de microcorrentes e processos de cicatrização 
do tecido pela falta de elasticidade da pele. Resultados: Dentre os artigos selecionados 
abordaram a técnica de microcorrentes com efeito positivo no reparo do tecido pelo fato 
de acelerar a cicatrização assim como a síntese de colágeno que melhora o reparo da 
pele que sofre pela falta de elasticidade. Conclusão: Os estudos dessa revisão 
mostram que a microcorrentes é um ótimo recurso na aceleração do reparo da pele, 
além de ser indolor e barato para o paciente e também para o profissional que dispõe 
desse recurso eletroterápico. 
 
Palavras Chave: colágeno, cicatrização, inflamação, reparo, eletroterapia 
 
Abstract: All living beings have a self-regenerative capacity, where there is tissue repair 
when there is a trauma that generates the need for tissue healing where this regeneration 
first occurs with the recomposition of the functional activity of the tissue or second through 
the healing with restoration of the tissue. tissue homeostasis with loss of its functional 
activity by the formation of fibrotic scar. Healing basically consists of three phases where 
the first occurs through the inflammatory phase, cytokine and other nutrients are released, 
where they are sent to the injured areas that need to be repaired, where bacteria and cell 
4 
debris are removed, the second phase called The proliferative process consists of four 
fundamental stages: epithelialization, angiogenesis, formation of granulation tissue and 
collagen deposition, where this phase normally begins on the 4th day after the injury and 
may go until the end of the second week, the third stage of remodeling. occurs by the tenth 
day, where the wound must be completely filled due to the granulation phase. The 
granulation tissue is enriched with collagen fibers and begins to acquire the appearance of 
a fibrotic mass that is characteristic of the scar. The microcurrent being an electrotherapy 
resource has a positive effect on the acceleration of healing, where a sequence of 
physiological and biochemical events such as inflammation, collagen synthesis, formation 
of granulation tissue and reepithelization Methodology: Literature review. Articles published 
from 2009 to 2019 in Portuguese were selected, covering microcurrent techniques and 
tissue healing processes due to the lack of skin elasticity. Results: Among the articles 
selected, they addressed the microcurrent technique with a positive effect on tissue repair 
due to the fact that it accelerates healing as well as the synthesis of collagen that improves 
the repair of the skin that suffers from lack of elasticity. Conclusion: The studies in this 
review show that microcurrents are a great resource in accelerating skin repair, in addition 
to being painless and inexpensive for the patient and also for the professional who has this 
electrotherapeutic resource. 
Key Words: collagen, healing, inflammation, repair, electrotherapy 
1. INTRODUÇÃO 
 
A microcorrente pode ser definida como um tipo de eletroestimulação que utiliza 
correntes com parâmetro de intensidade de faixa de microamperes, baixa frequência, 
podendo ser contínuo ou pulsado (CAVALCANTE, MEJIA, 2016). Corrente elétrica 
alternada, de baixa intensidade e de custo baixo a microcorrente produz efeitos 
fisiológicos como o aumento do ATP, transporte de membranas celulares, 
restabelecendo a bioeletricidade tecidual entre outro benefícios. Devido a mesma não 
ser invasiva e não apresentar efeitos colaterais esse recurso é totalmente viável e é 
muito usado no reparo tecidual (ARANTES, PEREZ, MONARI, SANTOS, PAIS, 
MUGNOL, 2018). Em relação a microcorrente as funções fisiológicas dos tecidos 
biológicos são intermediadas por correntes elétricas endógenas e que possuem faixas 
de intensidade em microamperes, desse modo estimulações elétricas exógenas teriam 
mais efeitos se estimuladas com intensidade semelhante (MARTELLI, THEODORO, 
ZANIBONI, FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
Dentro do processo de cicatrização fase da inflamação é a fase mais importante, 
uma vez que há liberação de citocina e outros nutrientes, onde são enviados para as 
5 
áreas lesionadas que necessitam ser reparadas, onde há a remoção de bactérias e 
restos celulares (LIMA, SOUZA, GRIGNOLI, 2015). A segunda fase chamada de 
proliferativa é constituída por quatro etapas fundamentais: epitelização, angiogênese, 
formação de tecido de granulação e deposição do colágeno, onde normalmente inicia-
se essa fase no 4º dia após a lesão podendo ir até o final da segunda semana 
(CAMPOS, BRANCO, GROTH, 2011). A fase da remodelação ocorre pelo décimo dia, 
onde a ferida deve estar totalmente preenchida devido a fase de granulação. O tecido 
de granulação vai sendo enriquecido com fibras de colágeno e começa a adquirir uma 
aparência de massa de fibrótica que é característica da cicatriz (BALBINO, PEREIRA, 
CURI, 2015). 
A microcorrente tem efeito positivo na aceleração da cicatrização, onde uma 
sequência de eventos fisiológicos e bioquímicos como a inflamação, síntese de 
colágeno, formação de tecido de granulação e reepitelização (MARTELLI, THEODORO, 
ZANIBONI, FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). A aplicação de 
forma correta da microcorrente em lesões pode aumentar o fluxo de corrente endógena 
onde essa excitação elétrica é capaz de multiplicar as células do tecido conjuntivo, 
elevar a concentração de receptores, de fator de crescimento que aumenta a formação 
de colágeno, onde desse modo permite à área traumatizada a recuperar sua 
capacitância, resistência deste tecido é então reduzida permitindo a bioeletricidade 
entrar nesta área para restabelecer a homeostase (CAVALCANTE, MEJIA,2016). 
Algumas restrições quanto à aplicação de microcorrentes, que diz respeito às 
contra indicações, que estão direcionadas às gestantes, epiléticos, portadores de 
prótese mamária e marca-passo, cardiopatas, pessoas com infecções cutâneas e 
portadores de neoplasias (GAMES, KAMIZATO, 2016). 
O objetivo geral desta pesquisa é entender e descrever os benefícios da 
eletroestimulação por microcorrentes na cicatrização do tecido. 
2. CICATRIZAÇÃO 
O processo de cicatrização do tecido se dá basicamente em três fases: 
inflamação, formação de tecido de granulação e deposição de matriz extracelular e 
remodelação, onde na fase inflamatória as células endoteliais sofrem alterações quando 
lesionadas, podendo haver em alguns casos o extravasamento de e ruptura de vasos 
sanguíneos (BALBINO, PEREIRA, CURI, 2015). Nos primeiros momentos da lesão, já 
se inicia o processo de reparo com o tamponamento dos vasos, onde devido a influência 
nervosa e ação de mediadores oriundos da desgranulação de mastócitos, ocorre a 
vasoconstrição como primeira resposta. O endotélio na sua vez dispara uma sequência 
de eventos para que haja deposição de plaquetas e caso necessário recrutando mais 
6 
plaquetas, formando assim um de trombo rico em plaquetas que provisoriamente 
tampona a lesão. Esse trombo rico em plaquetas logo é infiltrado pela fibrina, 
transformando-se em um trombo fibroso, onde os eritrócitos são capturados e logo 
formam um novo trombo vermelho (BALBINO, PEREIRA, CURI, 2015). 
Quando há lesão no tecido cutâneo, há a estimulação das citocinas, que são 
essenciais no processo inflamatório, na imunorregulação, no crescimento e no reparo, 
visto que as mesmas são agentes químicos capazes de ativar processos celulares, 
desencadeando então a comunicação e a ação das células da epiderme e derme (LIMA, 
SOUZA, GRIGNOLI, 2015). 
Durante a homeostasia, migração dos leucócitos é início da reparação tecidual, 
já na fase proliferativa caracteriza-se pela fibroplastia, angiogênese e reepitelização, 
onde na fase da remodelação, o colágeno, o principal componente da derme, sofre uma 
mudança no tipo de colágeno, já que o colágeno tipo III é mais abundante que o tipo I, 
e ao longo do processo, este vai sendo degradado, enquanto o colágeno tipo I tem sua 
produção aumentada pelos fibroblastos (MARTELLI, THEODORO, ZANIBONI, 
FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
A agregação plaquetária se dá pelo processo de coagulação, uma vez a 
plaqueta ativada aumentada e a ação da protrombinase, gera maior produção de 
trombina criando assim condições de amplificação de adesão plaquetária (BALBINO, 
PEREIRA, CURI, 2015). 
Nessa fase o processo chamado fibroplasia se dá através do aumento do 
número de fibroblastos ativados para a produção de colágeno no local, a matriz 
extracelular começa a ser substituída por um tecido conjuntivo mais forte e mais 
elástico, mas para que isso ocorra com eficiência é necessário que ocorra em paralelo 
a formação de novos vasos sanguíneos, gerando assim a neovascularização. Além da 
ação direta de fatores de crescimento sobre as células da vasculatura, a indução da 
angiogênese é, em parte, creditada à baixa tensão de oxigênio característica que ocorre 
no centro de uma ferida (BALBINO, PEREIRA, CURI, 2015). 
O colágeno do tipo III é mais comum encontrado em tecidos moles, como vasos 
sangüíneos, derme e fáscia. A derme sã contém aproximadamente 80% de colágeno 
tipo I e 20 % de colágeno tipo III,já o tecido de granulação expressa 30 a 40% de 
colágeno do tipo III, sendo considerado colágeno imaturo, além disso colágeno é o 
principal componente da matriz extracelular dos tecidos (CAMPOS, BRANCO, GROTH, 
2011). 
Existem fatores que influenciam na cicatrização, onde esses podem ser locais 
ou sistêmicos, onde problemas como diabetes, hipotireoidismo, problemas com 
7 
coagulação, queimaduras, drogas entre outras assim como também há comprovação 
sobre a nicotina, que por sua vez testes realizados com injeções de nicotina em ratos 
demonstrou deficiência na cicatrização comparados com os demais que não tiveram a 
nicotina injetada (CAMPOS, BRANCO, GROTH, 2011). 
 
2.1 MICRODERMOABRASÃO 
A modalidade de eletroterapia conhecida como microcorrentes é uma terapia 
não invasiva que se utiliza de uma corrente de baixa polaridade com alternância entre 
polaridades positiva e negativa (GAMES, KAMIZATO, 2016). 
A microcorrente tem efeito positivo na aceleração da cicatrização, onde uma 
sequência de eventos fisiológicos e bioquímicos como a inflamação, síntese de 
colágeno, formação de tecido de granulação e reepitelização (MARTELLI, THEODORO, 
ZANIBONI, FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
De acordo com (Games, Kamizato, 2016), os efeitos terapêuticos da 
microcorrentes está relacionado ao aumento do metabolismo celular, reparo 
regenerativo tecidual, normalização do pH e ao aumento da síntese de colágeno e 
elastina, onde vem apresentando resultados excelentes na cicatrização de feridas, 
reabilitação do músculo e regeneração muscular e processos acneicos. 
Esses efeitos estão relacionados aos estímulos da microcirculação cutânea, 
causam a melhora da nutrição, oxigenação e revitalização do tecido. Além disso, ocorre 
também a estimulação dos fibroblastos e do sistema linfático. Os fibroblastos passam a 
produzir colágeno em maior quantidade e melhor qualidade (OLIVEIRA, 2011). 
A aplicação de forma correta da microcorrente em lesões abertas pode 
aumentar o fluxo de corrente endógena onde essa excitação elétrica é capaz de 
multiplicar as células do tecido conjuntivo, elevar a concentração de receptores, de fator 
de crescimento que aumenta a formação de colágeno, onde desse modo permite à área 
traumatizada a recuperar sua capacitância, resistência, permitindo a bioeletricidade 
entrar nesta área para restabelecer a homeostase (CAVALCANTE, MEJIA, 2016). 
Portanto a terapia das microcorrentes elétricas pode ser vista como um 
catalisador útil na iniciação e perpetuação das numerosas reações elétricas e químicas 
que ocorrem no processo de cura de feridas abertas (MARTELLI, THEODORO, 
ZANIBONI, FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
Pode-se elencar os mecanismos de ação gerados pela microcorrentes tanto na 
área médica ou estética como: aumento dos benefícios linfáticos e sanguíneos, 
reeducação muscular, penetração de produtos, aumento da produção natural do 
colágeno e elastina, aumento da síntese de proteínas, gluconeogenese e transporte de 
8 
membranas, atividades mitocondrial incrementada e dispersão do colágeno endurecido 
(GAMES, KAMIZATO, 2016). 
As principais contra-indicações da microcorrentes são: cardíacos portadores de 
marca-passo, ou cardiopatias congestivas; uso de prótese metálica; portadores de 
neoplasia; patologias circulatórias tipo flebite, trombose; renais crônicos; gestantes em 
qualquer idade gestacional; processos inflamatórios e infecciosos; sobre a pele 
anestésica (sem sensibilidade); epilepsia ou patologias neurológicas que contra 
indiquem aplicação de corrente elétrica (OLIVEIRA, 2011). 
3. METODOLOGIA 
A presente pesquisa trata-se de uma revisão sistemática sobre estudos que 
abrangem a associação da microcorrente aplicado nas reparo de feridas abertas. Foram 
utilizadas para essa pesquisa em livros impressos, nas bases de dados Biblioteca Virtual 
de Saúde - BVS e a Scientific Electronic Library Online – Scielo, os artigos foram 
publicados entre os anos de 2009 até 2019, no idioma português, abrangendo 
informações sobre toda fase da cicatrização de pele e a eletroterapia de microcorrentes 
para associar nessa cicatrização. Para essa busca foram utilizados como descritores as 
palavras chaves: microcorrentes, cicatriz, reparo de feridas, fases de cicatrização, 
colágeno, além de suas combinações. Foram excluídos dessa revisão sistemática, artigos 
da língua inglesa e também aqueles que não se encaixaram nos objetivos damesma. 
Todos os artigos encontrados nas buscas realizadas tiveram o seu título e resumos 
analisados a fim de selecionar os válidos para a pesquisa. Por meio de uma busca 
realizada nas bases de dados encontraram-se 33(trinta e três) artigos,destes ainda foram 
excluídos 18 (dezeoito) por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Por fim 16 
(dezeseis) artigos foram selecionados para fazer parte desta revisão. 
3. DISCUSSÃO 
Segundo (Steffani, Kroth, Lorencete, D’Agostini, 2011), a utilização de corrente 
elétrica para promover o reparo do tecido não é algo novo, visto que há registros há mais 
de 300 anos, mas a partir de 1982 eletroterapia ganhou um impulso na criação das 
microcorrentes, onde veio um novo conceito desde então que a corrente elétrica estimula 
a cura, o crescimento e a regeneração de todos os organismos vivos. Acredita-se que a 
partir da correta aplicação das microcorrentes no local lesionado há o aumento do fluxo 
da corrente endógena, onde há o aumento do ATP. 
A estimulação elétrica por meio de microcorrentes pode desencadear efeitos 
bioquímicos nos tecidos biológicos, podendo restabelecer a bioeletricidade do tecido, 
9 
aumento da permeabilidade das membranas celulares e do transporte de aminoácidos 
além de auxiliar na síntese proteica (STEFFANI, KROTH, LORENCETE, D’AGOSTINI, 
2011). 
De acordo com (Steffani, Kroth, Lorencete, D’Agostini, 2011), foram realizados testes 
em laboratórios em ratos com dois grupos de 50 ratos cada. Elaborando um planejamento 
onde um dos grupos foi submetido a microcorrentes e outro não foi submetido, visto que 
o total de 100 ratos foram lesionados da mesma forma tendo no final de todo o estudo o 
resultado apresentado pela equipe com análises microscópicas, histológicas onde se teve 
a comprovação que as lesões dos animais submetidos a microcorrentes teve retração da 
ferida foi maior quando comparado ao grupo não submetido, além da qualidade do tecido 
neoformado. 
Segundo (Borges, Scorza, 2016) o efeito da microcorrente polarizada, desencadeia 
um processo de reparação, com o objetivo de estimular a produção de colágeno na área 
afetada. 
A microcorrente pode ser definida como um tipo de eletroestimulação que utiliza 
correntes com parâmetros de intensidade na faixa de microampères, de baixa frequência, 
com correntes contínuas e alternadas, onde o uso terapêutico dessa corrente tem a 
capacidade elétrica tecidual, visto que é um dos recursos usados no pós operatório de 
cirurgias plásticas (CAVALCANTE, MEJIA, 2016). 
De acordo com (Cavalcante, Mejia, 2016) o uso correto da microcorrente em um 
local que foi lesionado aumenta o fluxo de corrente endógena, sendo então a mesma vista 
como um catalisador útil na iniciação e perpetuação das numerosas elétrica e químicas. 
Hoje correntes exógenas são usadas na prática clínica para facilitar a cicatrização de 
diferentes tecidos, inclusive de fusão óssea e fraturas que não consolidam. 
Desde 1960 os estudos e pesquisas têm aumentado, com o objetivo de avaliar os 
efeitos da microcorrente na cicatrização de feridas, onde são relatados nessas pesquisas 
as mudanças nas células epiteliais e na sua distribuição induzidas pelos campos elétricos 
constantes com atração de células pelo anado (polo positivo) e catado (polo negativo), 
onde os leucócitos migram para o anado em correntes baixas e os macrófagos migram 
tanto pro catato quando anado dependendo da força do campo. Essa série de eventos 
desencadeados por esse recurso terapêutico, como a proliferação fibroblástica, 
promovendo assim o aumento da síntese de colágeno, ações na contratilidade do tecido, 
neovascularização, incremento de síntese proteica, aumento da permeabilidade das 
Comentado [1]: VER ESSES ESPAÇOS ENTRE 
PARAGRAFOS 
10 
membranas celulares e normalização da bioeletricidade tecidual (MARTELLI, 
THEODORO, ZANIBONI, FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
Vários são os estudo e pesquisa bem sucedidas na utilização da microcorrente no 
processo cicatricial devido ao efeito benéfico para devolver a bioeletrecidade ao tecido, 
aumenta a velocidade de contração e fechamento da ferida, além de um processo 
totalmente indolor. Mais um dos estudos citados foi referente ao uso da microcorrente em 
uma ferida pós traumática de 77cm2 localizada n a região anterior da coxa no membro 
inferior direito, não infectado, com cicatrização por segunda intenção há cinco meses, 
recebeu 30 sessões de MC(microcorrente 100 MHz intensidade=80uA), três vezes por 
semana em dias alternados durante uma hora. Após 10 sessões a área ferida reduziu para 
54cm2 onde em porcentagem em torno de 29,9%, após 20 sessões a redução foi para 
64,9% e com as 30 sessões houve uma redução de 92,2% melhorando a vascularização, 
bordas da ferida e tensionamento tecidual (MARTELLI, THEODORO, ZANIBONI, 
FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
Com relação ao tempo de aplicação da microcorrente, não existem estudos que 
cheguem a um consenso de tempo ideal para cicatrização de feridas. Além disso é 
importante salientar que fatores extrínsecos , como metabolismo, cuidados à lesão e 
mesmo a etiologia são aspectos responsáveis também responsáveis pelo sucesso do 
tratamento visando a redução do tratamento (MARTELLI, THEODORO, ZANIBONI, 
FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
Em extensa revisão realizada por (THAKRAL et al. 2013 e UD-DIN e BAYAT30 et al. 
2014) observa-se que, apesar das variações no tipo de corrente, duração e dosagem da 
estimulação elétrica, a maioria dos estudos mostram uma melhoria significativa na 
redução do tamanho da ferida com o uso de MC, bem como a melhora da perfusão local 
não sendo observados relatos de complicações ou efeitos adversos na literatura existente. 
Portanto, a terapia por MC é segura, fácil de usar e não invasiva (MARTELLI, 
THEODORO, ZANIBONI, FREITAS, PASTRE, MELO, ANDRADE, SANTOS 2016). 
Segundo um estudo clínico realizado com uso da microcorrente (Korelo, 
Valderramas, Ternoski, Medeiros, Andres, Adolph, 2012), foi analisado quanto a dor e área 
de úlcera venosa, onde em relação a dor demonstraram sendo eficaz na redução do 
quadro analgésico, onde foram apenas necessárias 4 semanas de intervenção, visto que 
foi de extrema importância já que úlceras crônicas comprometem a qualidade de vida, 
demonstrando que a utilização da terapia de microcorrentes para úlceras venosas é 
promissora podendo não abranger uma conduta farmacológica para controle da dor. 
11 
Quanto ao tamanho da úlcera foi realizado a planimetria no papel vegetal e do programa 
Image J, onde os estudos desse mesmo grupo demonstraram uma diminuição significativa 
também usando da microcorrentes como o recurso. Entretanto comparado ao grupo de 
controle, os resultados não foram significativos, onde o que pode ser justificado é o pouco 
tempo de aplicação e pelo número reduzido da amostra, visto que em outras referências 
e estudos a estimulação pela microcorrente, favorece o reparo tecidual, aumenta síntese 
proteica, aumenta níveis de cálcio intracelular, fibroblastos, adenosina trifosfato e timidina, 
além de ação bactericidada e melhora a formação e liberação do fator de crescimento 
endotelial vascular. 
Segundo estudo realizado com o uso do microcorrente na cicatrização tecidual, 
mostrou uma maior retração das feridas com a aplicação da microcorrente com relação 
ao grupo que não foi submetido a nenhum tipo de intervenção (ARAÚJO, BELCHIOR, 
ALVES, SILVA, LACERDA, 2016). 
Estudos confirmam a eficiência do uso do microcorrente no processo de cicatrização, 
ajudando na aceleração desse reparo, segundo (Isaac et. al 2010) mostrou que estímulos 
com microcorrente acelerou a recuperação de fraturas ósseas em ratos, tais achados 
estão em concordância com nosso estudo, pois assim como em outros estudos o uso da 
microcorrente mostra uma maior eficácia no estímulo do reparo tecidual, com relação aos 
grupos que não receberamnenhum tipo de intervenção, com a excitação elétrica, 
acontece uma multiplicação de células, havendo uma maior concentração de receptores 
de fator de crescimento, aumentando assim a formação de fibras de colágeno (ARAÚJO, 
BELCHIOR, ALVES, SILVA, LACERDA, 2016). 
Estudos com a microcorrente e o laser respectivamente, e certificou-se que ambas 
as terapias foram eficazes na redução de sinal inflamatório, porém tal achado foi mais 
significante com a utilização da microcorrente. Outro estudo realizado por Freitas et al. 
(2013) utilizando um modelo de queimadura em ratos Wistar, também observou que 
quando aplicado em associação, o laser visível de AlGaInP e a microcorrente promoveram 
melhora significativa apenas na formação de novos vasos sanguíneos quando comparado 
à terapia com modalidade única (ARAÚJO, BELCHIOR, ALVES, SILVA, LACERDA, 
2016). 
Em pesquisa realizada com 18 participantes com úlcera venosa crônica na região 
de membros inferiores, onde foram divididos em doi grupos, sendo um deles com 
aplicação de Microcorrentes e outro com Alta Frequencia, com 3 encontros semanais num 
total de 10. Dentre as métricas de avaliação a Microcorrente teve 57,70 % de reparo 
12 
tecidual da área lesionada já a utilização da Alta Frequencia mostrou um percentual de 
recuperação do tecido de 24,06%, onde dessa forma houve a comprovação de reparo 
tecidual da área lesionada demonstrando assim que a terapia com a microcorrente tem 
grande significância no tratamento das lesões por ulceras venosas (MOURA, SANTOS, 
FILHO, CASSÉ, SANTOS, 2014). 
Dentre vários artigos pesquisados é comprovado a eficácia da utilização da 
microcorrente no reparo do tecido, assim como analgesia quanto a dor. 
4. CONCLUSÃO 
Na rotina de profissionais da saúde e estética, a cicatrização de pele/tecido está 
cada vez mais presente, principalmente por hoje a área de cirurgia estética ser algo 
mais comum e crescente, assim como na área médica as questões de feridas 
decorrentes de vários fatores e que também devido há algumas patologias não é 
possível pelo processo normal de cicatrização ter sua regeneração efetiva. Por ser um 
evento local, esse processo abrange uma gama de fatores que precisam interagir entre 
si para que haja uma evolução de forma eficiente nesse processo. A microcorrente(MC) 
é uma técnica inovadora e eficiente e que pode ser usada de forma isolada ou associada 
a outros métodos físicos ou a curativos nos protocolos de tratamento visando à 
reparação tecidual, diminuição da inflamação, dor e favorecimento das atividades da 
vida diária e qualidade de vida, além de ser um tratamento indolor e de custo muito 
baixo. 
Dentre os estudos pesquisados observou-se que na sua quase totalidade o uso 
da microcorrente teve eficácia na reparação tecidual e também alguns estudos 
apontaram a associação da microcorrente ao laser, que também teve um ótimo 
resultado, sendo em alguns casos melhor do que apenas o uso isolado da 
microcorrente. 
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