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PAVIMENTO SEMIRRIGIDO O pavimento semi-flexível ou semi-rígido se encontra na categoria intermediária, por incorporar características tanto dos pavimentos flexíveis como dos rígidos. O pavimento semirrígido é o tipo de pavimento constituído por revestimento asfáltico e camadas de base ou sub-base em material estabilizado com adição de cimento. Este tipo de pavimento tem uma deformabilidade maior que o rígido e menor que o flexível. O pavimento semirrígido pode ser dividido em direto quando a camada de revestimento asfáltico é executada sobre camada de base cimentada ou indireto/invertido quando a camada de revestimento é executada sobre camada de base granular e sub-base cimentada. Para pavimentos semi-rígidos também pode-se fazer uso de aglomerantes ou cimentadas hidráulicas que podem ser cal, cimentos naturais, cimento Portland, cimentos de endurecimento rápido, pozolanas, entre outros, que podem ser utilizados de acordo com o projeto, ou disponibilidade do local. O piso Inter travado de concreto consiste no uso de peças pré-moldadas de concreto para pavimentação, e um tipo de execução em que o atrito lateral entre as peças promove o Inter travamento de toda a estrutura. Essas peças de concreto podem ter formatos diversos, sendo as mais comuns o paver e bloquete sextavado. Em termos de resistência, o piso Inter travado compartilha características com o pavimento rígido em concreto. Em áreas de movimentação de veículos pesados o piso Inter travado é uma ótima opção. Em termos de elasticidade, por sua vez, o pavimento feito com piso Inter travado de concreto é mais semelhante ao pavimento flexível. O modo de execução deste tipo de estrutura é feito de forma que as juntas laterais das peças promovem o travamento, contudo, também são pontos de alívio de tensão. A manutenção deste tipo de piso é considerada baixa, praticamente nula, quando comparado com o asfalto, sendo também um fator que deve ser levado em consideração na análise de viabilidade para a escolha do tipo de pavimento. Além disso, é possível substituir peças em eventuais intervenções sob o pavimento, o que não é possível fazer nos pavimentos rígidos. Tradicional Invertido Vantagens Excelente capacidade estrutural Alta vida útil Ausência de fadiga nas camadas betuminosas Deformações muito baixas no subleito Desvantagens Sensibilidade à fabricação ou trabalho mal comissionado Possibilidade de surgimento de fissuras (inconveniente superado com técnicas de pré-saturação) Alto custo em comparação com um pavimento rígido Vantagens técnicas Custos de construção reduzidos em comparação com outras soluções (piso de cimento, a opção mais econômica) Excelente relação custo / vida útil Uso de materiais com baixos requisito Redução de volume de asfalto (equipamento de construção habitual) Tipos de deformações · Trincamento da base cimentada: Este processo de reflexão se dá tanto pela repetição das cargas do tráfego como pelos movimentos térmicos da camada cimentada. O trincamento por fadiga devido à repetição das deformações de tração sob a base, geradas pelas cargas de roda dos veículos, está sempre presente. Se a rigidez da mistura cimentada for muito elevada (como no caso de altos teores de cimento) ou se as condições de cura não forem adequadas, deve-se esperar a formação de trincas transversais de retração na base, pouco tempo após a construção. · Trincamento longitudinal do revestimento nas trilhas de roda: por meio de trincas que se originam na superfície e se propagam para baixo. Estas trincas devem-se às forças cisalhantes centrípetas. As imperfeições de compactação da camada facilitam este modo de trincamento. · Afundamentos em trilha de roda: decorrentes do aumento que se verifica nas tensões verticais de compressão na sub-base ou no subleito, quando há formação de uma trinca na base cimentada. Este processo é agravado pela entrada de águas pluviais pelas trincas, o que enfraquece os solos. · Desgaste e envelhecimento das camadas asfálticas do revestimento, de forma idêntica ao que ocorre nos pavimentos flexíveis. · Afundamento: Deformação permanente caracterizada por depressão da superfície do pavimento, acompanhada, ou não, de pequena elevação do revestimento asfáltico, podendo ser plástico ou de consolidação. · Afundamento plástico: Causado pela fluência plástica de uma ou mais camadas do pavimento ou do subleito, acompanhado de pequena elevação do revestimento asfáltico. · Afundamento de consolidação: Causado pela consolidação diferencial de uma ou mais camadas do pavimento ou subleito sem estar acompanhado de pequena elevação do revestimento asfáltico. · Ondulação ou Corrugação: Caracterizada por irregularidades longitudinais, com pequenos comprimentos de onda e amplitude irregular, acompanhadas ou não de escorregamentos, resultando em sensíveis vibrações para os veículos em movimento. · Escorregamento: Deslocamento do revestimento em relação à camada subjacente do pavimento, com aparecimento de fendas em forma de meia-lua. · Exsudação: Excesso de ligante asfáltico na superfície do pavimento, causado pela migração do ligante através do revestimento. · Desgaste: Efeito do arrancamento progressivo do ligante e do agregado do pavimento, caracterizado por aspereza superficial do revestimento e provocado por esforços tangenciais. · Panela: Cavidade que se forma no revestimento por diversas causas, inclusive por falta de aderência entre camadas superpostas, causando o desplacamento das camadas. · Remendo: É a correção, em área localizada, de defeito do pavimento. Considera-se remendo superficial quando houver apenas correção do revestimento; ou profundo quando, além do revestimento, forem corrigidas uma ou mais camadas inferiores, podendo atingir o subleito. Exemplos de Peças Pré Moldadas mais comuns Paver Bloquete Sextavado