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INTRODUÇÃO-A-PAVIMENTAÇÃO apostila

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1 
 
 
INTRODUÇÃO A PAVIMENTAÇÃO 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 
1.1 Camadas dos Pavimentos .......................................................................... 4 
1.2 Classificação dos Pavimentos .................................................................... 6 
1.2.1 Flexível ............................................................................................... 6 
1.2.2 Semi-Rígido ....................................................................................... 7 
1.2.3 Rígido ................................................................................................. 7 
1.2.4 Pavimentos de Concreto-cimento ...................................................... 7 
1.2.5 Pavimentos asfálticos ........................................................................ 8 
2. BASES E SUB-BASES ....................................................................................... 9 
2.1 Granulares ................................................................................................ 10 
2.1.1 Estabilização Granulométrica .......................................................... 10 
2.1.2 Macadames Hidráulico ..................................................................... 10 
2.2 Estabilizadas (com aditivos) ..................................................................... 10 
2.2.1 Solo-cimento .................................................................................... 11 
2.2.2 Solo Melhorado com Cimento .......................................................... 11 
2.2.3 Solo-cal ............................................................................................ 11 
2.2.4 Solo-betume ..................................................................................... 12 
2.3 Rígidas ..................................................................................................... 12 
3. REVESTIMENTOS ........................................................................................... 13 
3.1 Flexíveis Betuminosos .............................................................................. 13 
3.1.1 Revestimentos por Penetração ........................................................ 14 
3.1.2 Revestimentos por Mistura .............................................................. 14 
3.2 Flexíveis por Calçamento ......................................................................... 16 
3.2.1 Alvenaria Poliédrica ......................................................................... 16 
3.2.2 Paralelepípedos ............................................................................... 17 
3.2.3 Blocos Intertravados de Concreto .................................................... 18 
3.3 Rígidos ..................................................................................................... 19 
4. PATOLOGIA EM PAVIMENTOS ...................................................................... 20 
4.1 Trincas ...................................................................................................... 20 
4.1.1 Trincas por Fadiga do Revestimento ............................................... 21 
4.1.2 Trincas nos Bordos .......................................................................... 23 
4.1.3 Trincas Longitudinais ....................................................................... 24 
2 
 
 
4.2 Afundamento / Deformação Permanente ................................................. 25 
4.3 Panelas .................................................................................................... 26 
4.4 Solapamentos........................................................................................... 27 
4.5 Descolamento de Revestimento ............................................................... 28 
4.6 Ondulação / Corrugação .......................................................................... 29 
4.7 Desgaste Superficial ................................................................................. 30 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 
 
3 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Segundo Stuchi (2005), as atividades de pavimentação surgiram com a 
necessidade de se melhorar o tráfego nas estradas e ruas sob qualquer condição 
climática. Com a evolução dos veículos e o aumento do tráfego, tornou-se inevitável 
o aperfeiçoamento da técnica de pavimentação. Acrescentaram-se às funções iniciais 
de conforto e segurança, as funções estruturais, de resistir às cargas por tempos cada 
vez maiores. A importância da pavimentação das vias urbanas é bastante clara, para 
a maioria dos técnicos, políticos ou usuários, embora por motivações diversas. 
Bernucciet al. (2006) define pavimento como uma estrutura de múltiplas 
camadas de espessuras finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem, 
destinada técnica e economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de 
veículos e do clima, e a propiciar aos usuários melhoria nas condições de rolamento, 
com conforto, economia e segurança. 
DENIT (2006) acrescenta que o pavimento é assente sobre um semi-espaço, a 
infra-estrutura ou terreno de fundação, a qual é designada de subleito. O subleito, 
limitado superiormente pelo pavimento, deve ser estudado e considerado até a 
profundidade onde atuam, de forma significativa, as cargas impostas pelo tráfego. 
 
o Camadas dos Pavimentos 
 
O SUDECAP (2016) define que cada camada do pavimento possui uma ou 
mais funções específicas, que deve resistir a deformações compatíveis com sua 
natureza e capacidade portante, proporcionando aos veículos as condições 
adequadas de suporte e rolamento em qualquer condição climática de modo que não 
ocorram processos de ruptura ou danificação de forma prematura. 
Desta forma, a Figura 1 apresenta as camadas componentes da estrutura 
básica dos pavimentos. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Figura 1 - Seção Transversal Típica de um Pavimento Flexível 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
 Subleito: O subleito é o terreno de fundação do pavimento constituído de 
material natural ou de aterro consolidado e compactado, sobre a qual a estrutura do 
pavimento (frequentemente da ordem de 30 a 60 cm) se apoia, assumindo papel 
particularmente importante no dimensionamento e no desempenho dos pavimentos. 
 Regularização do Subleito: A regularização resume-se a corrigir algumas 
falhas da superfície terraplenada, pois, no final da terraplenagem, a superfície já deve 
apresentar bom acabamento. As operações devem compreender até 20 cm de 
espessura, o que exceder esta altura será considerado como terraplenagem. 
 Reforçodo Subleito: É a camada de espessura constante transversalmente e 
variável longitudinalmente, de acordo com o dimensionamento do pavimento, fazendo 
parte integrante deste e que, por circunstâncias técnico-econômicas, será executada 
sobre o subleito regularizado. O reforço do subleito é executado normalmente em 
estruturas espessas resultantes de fundação de má qualidade, ou tráfego de cargas 
muito pesadas, ou ambos os fatores combinados. 
6 
 
 
 Sub-base: É a camada complementar à base, quando por circunstâncias 
técnicas e econômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre a 
regularização ou reforço do subleito. 
 Base: É a camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundos do 
tráfego e distribuí-los, e consiste na utilização de canga ferruginosa, minério de ferro, 
escória siderúrgica, sozinhas ou misturadas a solos finos residuais, laterita, cal e brita 
de bica corrida, estas últimas executadas, exclusivamente, sem mistura. Oferecem, 
após umedecimento e compactação, boas condições de estabilidade. 
 Imprimação: Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico, com 
ligante de baixa viscosidade, sobre a superfície de uma base concluída, antes da 
execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando o aumento da 
coesão na superfície da base, através da penetração do material asfáltico, 
promovendo condições de aderência entre a base e o revestimento. Podem ser 
empregados asfaltos diluídos (tipo CM-30 e CM-70), escolhidos em função da textura 
do material de base. 
 Pintura de Ligação: A pintura de ligação consiste na aplicação de uma 
camada de material asfáltico sobre a superfície de uma base ou de um pavimento, 
antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando promover a 
aderência entre este revestimento e a camada subjacente. 
 
o Classificação dos Pavimentos 
 
De uma forma geral, os pavimentos são classificados em flexíveis, semi-rígidos 
e rígidos: 
 
 Flexível 
 
Aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob 
o carregamento aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas 
aproximadamente equivalentes entre as camadas. 
Exemplo: Pavimento constituído por uma base de brita (brita graduada, 
macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, revestida por uma camada 
asfáltica. 
7 
 
 
 Semi-Rígido 
 
Caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com 
propriedades cimentícias. 
Exemplo: Uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica. 
 
 Rígido 
 
Aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas 
inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do 
carregamento aplicado. 
Exemplo:Pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland. 
Segundo Bernucciet al. (2006) atualmente há uma tendência de usar a 
nomenclatura para indicar o tipo de revestimento do pavimento, como: 
 
 Pavimentos de Concreto-cimento 
 
Aqueles em que o revestimento é uma placa de concreto de cimento Portland, 
Figura 2. Nesses pavimentos a espessura é fixada em função da resistência à flexão 
das placas de concreto e das resistências das camadas subjacentes. As placas de 
concreto podem ser armadas ou não com barras de aço. É usual designar-se a 
subcamada desse pavimento como sub-base, uma vez que a qualidade do material 
dessa camada equivale à sub-base de pavimentos asfálticos. 
Figura 2 – Corte longitudinal Concreto-cimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Bernucciet al., 2006. 
8 
 
 
 Pavimentos asfálticos 
 
Aqueles em que o revestimento é composto por uma mistura constituída 
basicamente de agregados e ligantes asfálticos. É formado por quatro camadas 
principais: revestimento asfáltico, base, sub-base e reforço do subleito, Figura 3. O 
revestimento asfáltico pode ser composto por camada de rolamento, em contato direto 
com as rodas dos veículos, e por camadas intermediárias ou de ligação. Dependendo 
do tráfego e dos materiais disponíveis, pode-se ter ausência de algumas camadas. As 
camadas da estrutura repousam sobre o subleito, ou seja, a plataforma da estrada 
terminada após a conclusão dos cortes e aterros. 
Figura 3 – Corte transversal Asfáltico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Bernucciet al., 2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
2. BASES E SUB-BASES 
 
Para Bernucciet al.nos pavimentos asfálticos, por exemplo, as camadas de 
base, sub-base e reforço do subleito são de grande importância estrutural.Limitar as 
tensões e deformações na estrutura do pavimento por meio da combinação de 
materiais e espessuras das camadas constituintes (Figura 4) é o objetivo da mecânica 
dos pavimentos. 
Figura 4 - Ilustração do sistema de camadas de um pavimento e tensões solicitantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Bernucciet al., 2006 
 
DENIT (2006) classifica as bases e sub-bases, flexíveis e semi-rígidas, como 
esquematizado na Figura 5: 
Figura 5 - Classificação das bases e sub-bases flexíveis e semi-rígidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: DENIT, 2006. 
 
10 
 
 
2.1 Granulares 
2.1.1 Estabilização Granulométrica 
 
São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto 
forno, ou ainda, pela mistura desses materiais. Estas camadas, puramente granulares, 
são sempre flexíveis e são estabilizadas granulometricamente pela compactação de 
um material ou de mistura de materiais que apresentem uma granulometria apropriada 
e índices geotécnicos específicos, fixados em especificações. 
Quando esses materiais ocorrem em jazidas, com designações tais como 
"cascalhos", "saibros", etc., tem-se o caso de utilização de "materiais naturais" (solo 
in natura). Muitas vezes, esses materiais devem sofrer beneficiamento prévio, como 
britagem e peneiramento, com vista ao enquadramento nas especificações. 
Quando se utiliza uma mistura de material natural e pedra britada tem-se as 
sub-bases e bases de solo-brita. Quando se utiliza exclusivamente produtos de 
britagem tem-se as sub-bases e bases de brita graduada ou de brita corrida. 
 
2.1.2 Macadames Hidráulico 
 
Consiste de uma camada de brita de graduação aberta de tipo especial (ou 
brita tipo macadame), que, após compressão, tem os vazios preenchidos pelo material 
de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra) ou mesmo por solos 
de granulometria e plasticidade apropriadas; a penetração do material de enchimento 
é promovida pelo espalhamento na superfície, seguido de varredura, compressão 
(sem ou com vibração) e irrigação, no caso de macadame hidráulico. O macadame 
seco ou macadame a seco, ao dispensar a irrigação, além de simplificar o processo 
de construção evita o encharcamento, sempre indesejável, do subleito. 
 
2.2 Estabilizadas (com aditivos) 
 
A maioria destas camadas têm processos tecnológicos e construtivos 
semelhantes às granulares por estabilização granulométrica, se diferenciando apenas 
em alguns detalhes. 
11 
 
 
2.2.1 Solo-cimento 
 
É uma mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a 
mistura solo-cimento deve satisfazer a certos requisitos de densidade, durabilidade e 
resistência, dando como resultado um material duro, cimentado, de acentuada rigidez 
à flexão. O teor de cimento adotado usualmente é da ordem de 6% a 10%. 
 
2.2.2 Solo Melhorado com Cimento 
 
Esta modalidade é obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento 
(2% a 4%), visando primordialmente à modificação do solo no que se refere à sua 
plasticidade e sensibilidade à água, sem cimentação acentuada, são consideradas 
flexíveis. 
 
2.2.3 Solo-cal 
 
É uma mistura de solo, cal e água e, às vezes, cinza volante, uma pozolona 
artificial. O teor de cal mais frequente é de 5% a 6%, e o processo de estabilização 
ocorre: 
 Por modificação do solo, no que refere à sua plasticidade e sensibilidade à 
água; 
 Por carbonatação,que é uma cimentação fraca; 
 Por pozolanização, que é uma cimentação forte. 
 
12 
 
 
Quando, pelo teor de cal usado, pela natureza do solo ou pelo uso da cinza 
volante, predominam os dois últimos efeitos mencionados, tem-se as misturas solo-
cal, consideradas semi-rígidas. 
2.2.4 Solo-betume 
 
É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura 
considerada flexível. 
 
2.3 Rígidas 
 
Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses 
tipos de bases e sub-bases têm acentuada resistência à tração, fator determinante no 
seu dimensionamento. Podem ser distinguidos dois tipos de concreto: 
 Concreto plástico: Próprio para serem adensados por vibração manual ou 
mecânica; 
 Concreto magro: Semelhante ao usado em fundações, no que diz respeito ao 
pequeno consumo de cimento, mas com consistência apropriada à compactação com 
equipamentos rodoviários. 
 
 
 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS! 
 
 Assista ao vídeo: Estabilização de solos com cal 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yh8p1W8EQG0 
13 
 
 
3. REVESTIMENTOS 
 
De acordo com a SUDECAP (2016), o revestimento é a camada superficial do 
pavimento destinada a resistir diretamente às ações do tráfego e transmiti-las de 
forma atenuada às camadas inferiores, impermeabilizar o pavimento, além de 
melhorar as condições de rolamento. Recebe as cargas estáticas ou dinâmicas, sem 
sofrer grandes deformações elásticas ou plásticas, desagregação dos componentes, 
perda de compactação ou desgaste, devendo melhorar a superfície de rolamento 
quanto às condições de conforto e segurança. 
O DENIT (2006) classifica e agrupa os revestimentos de acordo com o 
esquema da Figura 6. 
Figura 6 - Classificação dos revestimentos 
Fonte: DENIT, 2006. 
 
3.1 Flexíveis Betuminosos 
 
Os revestimentos betuminosos são constituídos por associação de agregados 
e materiais betuminosos. Esta associação pode ser feita de duas maneiras clássicas: 
por penetração e por mistura. 
 
14 
 
 
3.1.1 Revestimentos por Penetração 
 
Esta modalidade envolve dois tipos distintos: por penetração invertida e por 
penetração direta. 
 Revestimentos Betuminosos por Penetração Invertida: São os 
revestimentos executados através de uma ou mais aplicações de material 
betuminoso, seguida(s) de idêntico número de operações de espalhamento e 
compressão de camadas de agregados com granulometrias apropriadas. Conforme o 
número de camadas tem-se os intitulados, tratamento superficial simples, duplo ou 
triplo. O tratamento simples, executado com o objetivo primordial de 
impermeabilização ou para modificar a textura de um pavimento existente, é 
denominado capa selante. 
 Revestimentos Betuminosos por Penetração Direta: São os revestimentos 
executados através do espalhamento e compactação de camadas de agregados com 
granulometria apropriada, sendo cada camada, após compressão, submetida a uma 
aplicação de material betuminoso e recebendo, ainda, a última camada, uma 
aplicação final de agregado miúdo. Revestimento típico, por "penetração direta", é o 
Macadame Betuminoso. O Macadame Betuminoso tem processo construtivo similar 
ao Tratamento Duplo e comporta espessuras variadas e bem maiores, em função do 
número de camadas e das faixas granulométricas correspondentes. Com frequência, 
ele é usado como camada de base. 
 
3.1.2 Revestimentos por Mistura 
 
Nos revestimentos betuminosos por mistura, o agregado é pré-envolvido com 
o material betuminoso, antes da compressão. Quando o pré-envolvimento é feito em 
usinas fixas, resultam os "Pré-misturados Propriamente Ditos" e, quando feito na 
própria pista, têm-se os "Pré-misturados na Pista" (road mixes). 
Conforme os seus respectivos processos construtivos, são adotadas ainda as 
seguintes designações: 
 Pré-misturado a Frio: Quando os tipos de agregados e de ligantes utilizados 
permitem que o espalhamento seja feito à temperatura ambiente. 
15 
 
 
 Pré-misturado a Quente: Quando o ligante e o agregado são misturados e 
espalhados na pista ainda quentes. 
Figura 7 - Revestimento Flexível por Mistura 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
De acordo com o SUDECAP (2016) o revestimento flexível pode, por razões 
técnicas, construtivas ou de custo, ser subdividido em duas ou mais camadas, dando 
origens a expressões como “camada de rolamento”, “camada de ligação”, “camada 
de nivelamento” ou “camada de reforço”. Desta forma, define-se: 
 Camada de rolamento: É a camada superficial do pavimento, diretamente em 
contato com as cargas e com ações ambientais. 
 Camada de ligação: É a camada intermediária, também em mistura asfáltica, 
entre a camada de rolamento e a base do pavimento. 
 Camada de nivelamento: Em geral, é a primeira camada de mistura asfáltica 
empregada na execução de reforços (recapeamento), cuja função é corrigir os 
desníveis em pista, afundamentos localizados, enfim, nivelar o perfil de greide para 
posterior execução da nova camada de rolamento. 
 Camada de reforço: Nova camada de rolamento, após anos de uso do 
pavimento existente, executada por razões funcionais, estruturais ou ambas. 
 
 
 
16 
 
 
3.2 Flexíveis por Calçamento 
 
A utilização destes tipos de pavimento, em rodovias caiu consideravelmente, 
na medida em que se intensificou a utilização de pavimentos asfálticos e de concreto. 
De uma maneira geral, a sua execução se restringe a pátios de 
estacionamento, vias urbanas e alguns acessos viários, muito embora tal execução 
envolva algumas vantagens nos seguintes casos: 
 Em trechos com rampas mais íngremes, aonde, por exemplo, os 
paralelepípedos promovem uma maior aderência dos pneus, aumentando a 
segurança e evitando dificuldades de transposição, principalmente na época das 
chuvas. 
 Em trechos urbanos, onde a estrada coincide com zonas densamente 
povoadas, para os quais estão previstos os serviços de redes de água e esgotos. 
 Em aterros recém-construídos e subleito sujeitos a recalques acentuados. 
 
3.2.1 Alvenaria Poliédrica 
 
De acordo com o SUDECAP (2016) estes revestimentos consistem em 
camadas de pedras irregulares (dentro de determinadas tolerâncias), assentadas e 
comprimidas sobre um colchão de regularização constituído de material granular 
apropriado; as juntas são tomadas com agregado fino (pó de pedra, saibro ou areia, 
ou argamassa de rejunte) e formam um conjunto resistente viabilizando o tráfego de 
veículos e de pessoas. 
Sobre o leito das ruas já previamente preparado, a após o preparo da base que 
não deve ser inferior a 10 cm, deverá ter boa homogeneidade e seguir os critérios de 
compactação indicados pela NBR 7182 de 06/2016, com rolo compressor liso de três 
rodas de massa mínima de 12 toneladas ou outro tipo capaz de produzir o mesmo 
efeito mecânico e deve sempre começar da periferia para o centro em faixas 
longitudinais de modo que a passagem do rolo compressor abranja a metade da faixa 
precedente. Nos locais onde houver depressão ou pedras soltas o revestimento 
deverá ser reconstruído. 
 
 
17 
 
 
Figura 8 - Revestimento por Calçamento em alvenaria poliédrica 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
3.2.2 Paralelepípedos 
 
Estes revestimentos são constituídos por blocos regulares, assentes sobre um 
colchão de regularização, pedrisco, materiais ou misturas betuminosas ou com 
argamassa de cimento Portland. Os paralelepípedos podem ser fabricados com 
diversos materiais sendo os mais usuais constituídos de blocos de granitos, gnaisse, 
basalto ou peças pré-moldadas de concreto de cimento denominados “blockrets”. 
Figura 9 - Revestimento por Calçamento em Paralelepípedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
18 
 
 
3.2.3 Blocos Intertravados de Concreto 
 
O pavimento com blocos pré-moldados de concreto constitui uma versão 
moderna e aperfeiçoada dos antigos calçamentos de paralelepípedos. Sua 
homogeneidade e formas bem definidaspermitem o assentamento, de maneira que 
haja transferência de carga de um bloco aos adjacentes, o que alivia as pressões 
unitárias transmitidas ao subleito e a base, reduzindo assim as possibilidades de 
deformações. Essa característica lhe confere uma forma de trabalho muito similar a 
dos pavimentos de concreto construídos em placas, sem deixar, porém, de funcionar 
como pavimento flexível. 
Revestimento feito com blocos de concreto assentados sobre uma camada de 
areia ou pó de pedra, próximos um do outro e de maneira que se encaixem 
perfeitamente, mantendo-se coesos unicamente pelo atrito entre as peças, por isso 
chamados de intertravados. Este revestimento é indicado para a pavimentação de vias 
devido a sua resistência, estética e a vantagem de dispor de várias cores que facilitam 
a sinalização horizontal. Por ser de fácil manutenção é muito adotado por órgãos 
públicos em vias, praças e padronização de calçadas, dando um aspecto uniforme e 
harmônico. 
Especificação do produto fabricado de acordo com a NBR 9781: 
 Peças de 6 cm de espessura: Calçadas, praças, vias de tráfego leve; 
 Peças de 8 cm de espessura: Vias de tráfego de veículos pesados (ônibus, 
caminhões, etc.). 
Figura 10 - Revestimento por Calçamento em Blocos Intertravados de Concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SUDECAP, 2016 
19 
 
 
3.3 Rígidos 
 
O SUDECAP (2016) define como os revestimentos em concreto de cimento, ou 
simplesmente “concreto” constituídos por uma mistura relativamente rica de cimento 
Portland, areia, agregado graúdo e água, distribuído numa camada devidamente 
adensada. Essa camada funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do 
pavimento e pode ser do tipo pavimento de concreto ou concreto não armado com 
juntas, armado com juntas, armado contínuo. 
Uma das principais diferenças entre as tecnologias é a forma como as cargas 
são distribuídas no terreno. Enquanto os pavimentos flexíveis tendem a transmitir as 
cargas verticalmente, concentradas num único ponto, as placas de concreto atuam de 
forma semelhante a uma ponte sobre o subleito. Dessa maneira, o solo tem menor 
responsabilidade, pois as cargas são distribuídas por uma área maior, portanto 
possuem uma vida útil maior e menor custo de manutenção. 
Sua utilização em geral é rodovias com grande volume de tráfego, vias 
utilizadas por veículos pesados e locais sujeitos a constante derramamento de óleos 
e combustíveis em corredores de áreas urbanas e tráfego pesado em vias marginais. 
Os defeitos mais comuns nos pavimentos rígidos estão diretamente ligados à 
técnica executiva e material inadequados, aliados à ausência de manutenção rotineira 
requerida por este tipo de estrutura e ocorrem em diferentes graus de severidade que 
tendem a agravar com o tempo. Costuma ser frequentea ocorrência de defeitos 
localizados associados a causas específicas, que devem ser avaliados com critério e 
cadastro adequado dos defeitos. 
A manutenção neste pavimento deve ser programada inicialmente para a troca 
dos selantes. Com a manutenção de juntas em função da garantia dada pelos 
fabricantes, que garantem a integridade do material por até dez anos, essa passa a 
ser o prazo para a intervenção na via. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
Figura 11 - Pavimento Rígido de Concreto 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
 
4. PATOLOGIA EM PAVIMENTOS 
4.1 Trincas 
 
Segundo o SUDECAP (2016), nos pavimentos asfálticos, com as ações 
combinadas do tráfego e condições climáticas tendem a aparecer trincas que, nada 
mais são que defeitos na superfície asfáltica que enfraquecem o revestimento 
permitindo a entrada da água, provocando um enfraquecimento das camadas 
inferiores da estrutura do pavimento sendo que, uma vez iniciado o processo, sua 
curva de deterioração tende a aumentar severamente conduzindo a evolução das 
deformações nas trilhas de roda e irregularidade longitudinal que acelera a 
desintegração completa do revestimento asfáltico. 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Figura 12 - Aspectos Gerais das Trincas nos Pavimentos Asfálticos 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
4.1.1 Trincas por Fadiga do Revestimento 
 
As trincas por fadiga são aquelas originadas a partir da repetição sucessiva de 
esforços de carregamento impostos pelo tráfego, com espaçamento entre as trincas 
inferior a 30 cm. Caracteriza-se, em sua fase final, pelas trincas interligadas tipo “couro 
de jacaré” geralmente localizadas nas trilhas de roda. 
 
Níveis de severidade: 
 Baixa:Poucas trincas conectadas sem erosão nos bordos e sem evidência de 
expulsão de água sob a trinca; 
 Média:Trincas conectadas e bordos levemente erodidos sem evidências de 
expulsão de água sob a trinca; 
 Alta:Trincas erodidas nos bordos, movimentação dos blocos quando 
submetidos ao tráfego e com evidência de água sob a placa asfáltica. 
Possíveis causas: 
 Problema estrutural (espessuras inadequadas); 
 Saturação do subleito, sub-base ou base; 
 Enfraquecimento estrutural durante o período das chuvas. 
 
22 
 
 
Figura 13 - Aspecto das trincas por fadiga do revestimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
4.1.1.1 Trincas por Envelhecimento 
 
São trincas provenientes do processo de oxidação do ligante betuminoso ao 
longo do tempo, o que torna o mesmo suscetível a rompimentos, não suportando as 
deformações. 
A forma das trincas por envelhecimento, usualmente, é do tipo irregular com 
espaçamento maior que 0,5 m e, uma vez iniciado o trincamento, tende a propagar-
se em toda a área coberta pelo revestimento. 
Níveis de severidade: 
 Baixa: poucas trincas conectadas sem erosão nos bordos e sem evidência de 
expulsão de água sob a trinca; 
 Média: trincas conectadas e bordos levemente erodidos sem evidências de 
expulsão de água sob a trinca; 
 Alta: trincas erodidas nos bordos, movimentação dos blocos quando 
submetidos ao tráfego e com evidência de água sob a placa asfáltica. 
Possíveis causas: 
O processo de endurecimento do asfalto depende do tipo e qualidade do 
ligante, das condições climáticas e do projeto da camada de revestimento. Teores 
menos elevados de asfalto e alta quantidade de vazios têm efeitos maléficos sobre a 
23 
 
 
vida de uma mistura betuminosa, pois potencializam o processo de oxidação 
promovendo menor durabilidade. 
Figura 14 - Aspecto das trincas por envelhecimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
 
4.1.2 Trincas nos Bordos 
 
As trincas nos bordos são interligadas com aspecto “couro de jacaré” 
geralmente acompanhadas por deformações e desplacamento do revestimento 
asfáltico. Ocorrem geralmente nas vias próximas as sarjetas ou na inexistência da 
sarjeta, pela umidade ou quando contaminada com outros materiais. 
Níveis de severidade: 
 Baixa: Sem perda de material ou desplacamento; 
 Média: Perda de material e desplacamento em até 10% da extensão afetada; 
 Alta: Perda de material e desplacamento em mais de 10% da extensão afetada. 
Possíveis causas: 
 Compactação insuficiente; 
 Dimensionamento inadequado; 
 Umidade; 
 Deficiência no sistema de drenagem pluvial. 
24 
 
 
 
Figura 15 - Aspecto das trincas nos bordos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
4.1.3 Trincas Longitudinais 
 
As trincas longitudinais, geralmente, são trincas longas que geram um 
desconforto visual e ao rolamento, quando localizadas nas trilhas de roda, podendo 
levar a um redirecionamento dos veículos, além de permitir a entrada de água sobre 
o pavimento danificando-o. 
As trincas longitudinais próximas da borda do pavimento geralmente são 
provocadas pela umidade, recalque do terreno de fundação ou a ruptura de aterro, 
também podem causar trincas longas, longitudinais ou parabólicas. O alargamento de 
pista também pode gerar uma trinca longitudinal. 
Níveis de severidade: 
 Baixa: poucas trincas com abertura média inferior a 6 mm; Média: trincas com abertura média entre 6 a 19 mm ou com trincas aleatórias 
adjacentes com severidade baixa; 
 Alta: trincas com abertura média superior a 19 mm. 
Possíveis causas: 
25 
 
 
 Má execução de juntas longitudinais de separação entre duas faixas de tráfego 
(menor densidade e resistência à tração); 
 Contração do revestimento; 
 Abatimento de camadas de aterros; 
 Danos em redes subterrâneas ou problemas relativos ao reaterro de valas; 
 Movimentação de estruturas sob o pavimento. 
Figura 16 - Aspecto das trincas longitudinais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
4.2 Afundamento / Deformação Permanente 
 
Os afundamentos ou deformações nos pavimentos asfálticos são formações 
patológicas formadas pela fluência plástica ou consolidação de uma ou mais camadas 
estruturais do pavimento ou subleito, comprometendo a regularidade da superfície do 
pavimento e obrigando a redução de velocidade nos trechos com maior severidade. 
Compromete o conforto ao rolamento e segurança dos usuários, principalmente dos 
motociclistas. 
Possíveis causas: 
 Dimensionamento inadequado (espessuras insuficientes e/ou materiais 
inadequados); 
 Dosagem da mistura (falta de estabilidade que resulta em deformação plástica 
em razão de elevado teor de ligante, excesso de material de preenchimento e uso de 
agregados arredondados); 
 Compactação inadequada e posterior consolidação pelas cargas do tráfego; 
26 
 
 
 Cisalhamento (fluência plástica) causado por enfraquecimento do revestimento 
asfáltico, em razão de infiltração de água. 
 
Figura 17 - Aspecto de afundamentos consolidados e deformações permanentes 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
4.3 Panelas 
 
São formações patológicas graves caracterizadas por cavidades de dimensões 
e profundidades variadas com exposição das camadas inferiores do pavimento ao 
acesso de águas superficiais, comprometendo as características estruturais e 
funcionais do pavimento. Obriga a redução da velocidade com possibilidade de 
restrição ou interdição do tráfego em função da frequência e severidade desta 
patologia, com prejuízo ao conforto e segurança dos usuários. 
Níveis de severidade: 
 Baixa: panela com profundidade menor que 25 mm; 
 Média: panela com profundidade entre 25 mm e 50 mm; 
 Alta: panela com profundidade maior que 50 mm. 
 
 
27 
 
 
Possíveis causas: 
 Dimensionamento inadequado da estrutura do pavimento; 
 Problemas construtivos (deficiência na compactação das camadas); 
 Segregação da mistura (falta de ligante asfáltico em pontos localizados); 
 Negligência na manutenção do pavimento. 
Figura 18 - Aspecto de buracos / “panelas” no pavimento 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
4.4 Solapamentos 
 
O solapamento é caracterizado pelo afundamento da pista de rolamento 
causado pela “fuga” de material (solo) e posterior formação de cavidades no subleito, 
de médio e grande porte, desapoiando a estrutura do pavimento. 
Tais problemas geralmente são originados por problemas em redes 
subterrâneas, principalmente redes de abastecimento de água, esgoto e drenagem 
pluvial. 
Possíveis causas: 
 Danos ou colapso em redes subterrâneas; 
 Redes de drenagem subdimensionadas ou executadas de forma irregular; 
 Percolação de águas pluviais sob o subleito do pavimento ocasionando “vazios” 
subterrâneos. 
28 
 
 
Figura 19 - Aspecto de solapamento de solo em pavimentos 
 
Fonte: SUDECAP, 2016. 
 
4.5 Descolamento de Revestimento 
 
O descolamento de revestimento de pavimentos é a separação da camada de 
desgaste ou revestimento da camada de base do pavimento seja pela percolação de 
águas pluviais entre estas camadas ou por problemas construtivos (imprimação ou 
pintura de ligação). 
Possíveis causas: 
 Pintura de ligação ineficiente entre o revestimento e a camada subjacente 
gerando os descolamentos sob ação do tráfego; 
 Imprimação ineficiente entre o revestimento e a camada subjacente; 
 Drenagem insuficiente ou comprometida, promovem o arrancamento do 
revestimento em grandes proporções devido à pressão da água e ação das 
enxurradas. 
 
 
 
29 
 
 
Figura 20 - Aspecto do descolamento de revestimentos asfálticos 
Fonte: SUDECAP, 2016 
 
4.6 Ondulação / Corrugação 
 
As ondulações ou corrugações do revestimento asfáltico são patologias de 
caráter plástico e permanente. Normalmente apresentam-se nas regiões de 
aceleração ou de frenagem dos veículos. Podem ocorrer em qualquer região da 
superfície, porém, com maior gravidade nas proximidades das trilhas de rodas. Obriga 
a redução de velocidade nos trechos com maior severidade e compromete o conforto 
ao rolamento e segurança dos usuários, principalmente dos motociclistas. 
Possíveis causas: 
 Dosagem da mistura (falta de estabilidade, em razão do excesso de asfalto; 
ligante asfáltico pouco viscoso, excesso de agregados finos, agregados 
arredondados, com textura lisa ou granulometria inadequada); 
 Aplicação de sucessivas camadas asfálticas sem a fresagem do revestimento 
antigo gerando uma estrutura significativamente delgada e flexível; 
 Problema construtivo (fraca ligação entre base e revestimento, compactação 
insuficiente); 
 Percolação de água entre o revestimento asfáltico e a base do pavimento. 
30 
 
 
 
Figura 21 – Aspecto de ondulações / corrugações do revestimento asfáltico 
 
Fonte: SUDECAP, 2016 
 
4.7 Desgaste Superficial 
 
O desgaste superficial de revestimentos asfálticos é atribuído à perda do 
envolvimento betuminoso da mistura e posterior exposição dos agregados graúdos e 
miúdos, acompanhado do arranchamento progressivo destes. Caracteriza-se pela 
aspereza superficial anormal muitas vezes acompanhada pelo polimento e 
segregação de agregados. Nível de severidade: não é aplicado. Níveis de polimento 
podem ser associados à redução no coeficiente de atrito pneu-pavimento. 
Possíveis causas: 
 Dosagem da mistura (falta de ligante); 
 Execução sob condições metereológicas desfavoráveis (chuva); 
 Abertura ao tráfego antes de o ligante aderir ao agregado; 
 Perda de adesividade ligante-agregado por ação de produtos químicos, água 
ou abrasão; 
 Problema construtivo: superaquecimento da mistura, falta de compactação, 
agregados sujos, úmidos, com pequena resistência a abrasão, e segregação devido 
à ausência de agregados miúdos “menor envolvimento da mistura”; 
 Negligência na manutenção periódica. 
31 
 
 
Figura 22 - Aspecto do desgaste superficial de revestimentos asfálticos 
 
Fonte: SUDECAP, 2016 
32 
 
 
1. REFERÊNCIAS 
 
BERNUCCI, Liedi B.; MOTTA, Laura M. G.; CERATTI, Jorge A. P.; SOARES, Jorge 
B. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: 
PETROBRAS: ABEDA, 2006. 
 
DENIT. Manual de pavimentação. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de 
Transportes.Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Rio de Janeiro, 2006. 3.ed. 274p. 
 
STUCHI, Eduardo Terenzi. Interferências de obras de serviço de água e esgoto 
sobre o desempenho de pavimentos urbanos. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia Civil - Transportes) - Escola de Engenharia de São Carlos. São Paulo: 
USP, 2005.110 p 
 
SUDECAP. Manutenção Viária: Manual prático. Superintendência de 
Desenvolvimento da Capital. Belo Horizonte: SUDECAP, 2016. Vol. 1. 105 p.

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