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87 P O R T U G U Ê S - F R E N T E A - C A P ÍT U LO 0 3 1. INTERPRETAÇÃO: 1.1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - POEMAS FRENTE A | CAPÍTULO 03 PORTUGUÊS INTRODUÇÃO POEMAS A interpretação de poemas exige do leitor uma dinâmica de leitura distinta da que ele está acostumado. Como a linguagem é fi gurada, as frases estão dispostas em versos, com um ritmo que difere do que empregamos na linguagem oral ou no texto em prosa, é necessário pausa diferente, um olhar diferente. Você gosta de música? Música brasileira…? Quem gosta de música gosta de poesia. Geralmente as músicas são poemas. E se você se envolve com as músicas, você também se envolve com poemas. Só leia o poema e pergunte a você mesmo(a) como você se sente… o que lhe vem à mente. Isso que vem à sua mente tem tudo a ver com o tema! Vai fundo! EX: Poesia em forma de música Ainda bem - Marisa Monte Ainda bem Que agora encontrei você Eu realmente não sei O que eu fi z pra merecer Você Porque ninguém Dava nada por mim Quem dava, eu não tava a fi m Até desacreditei De mim O meu coração Já estava acostumado Com a solidão Quem diria que a meu lado Você iria fi car Você veio pra fi car Você que me faz feliz Você que me faz cantar Assim O meu coração Já estava aposentado Sem nenhuma ilusão Tinha sido maltratado Tudo se transformou Agora você chegou Você que me faz feliz Você que me faz cantar Assim Marisa Monte/Arnaldo Antunes Antes de tudo, vamos explicar como se dá o processo de interpretação. A Hermenêutica, a área da fi losofi a que estuda isso, diz que é preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abordagem efi caz de um texto: PRÉ-COMPREENSÃO Toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios sobre o assunto ou área específi ca. Isso signifi ca dizer, por exemplo, que se você pegar um poema do modernismo e nunca viu essa escola literária porque ainda estuda o 1º Ano do Ensino Médio e esse assunto só é visto no 3º ano, certamente, vai encontrar difi culdades para entender o assunto, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura. COMPREENSÃO Já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informações novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da PRÉ-COMPREENSÃO, o leitor “prende” a informação nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu entendi, mas não compreendi”. Isso signifi ca dizer que quem leu entendeu o signifi cado das palavras, a explicação, mas não as justifi cativas ou o alcance social do texto. INTERPRETAÇÃO: Agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compreendê-lo (sim, é preciso “conversar” com 88 PORTUGUÊS - FRENTE B - CAPÍTULO 03 1. INTERPRETAÇÃO: 1.1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - POEMAS P O R T U G U Ê S - F R E N T E A - C A P ÍT U LO 0 3 o texto para haver a interpretação de fato). É formada então o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto. Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos. INTERPRETANDO O TEXTO: Poema “Presságio” O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p’ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar... Falando de amor, Pessoa exprime pessimismo e falta de coragem para enfrentar a vida, dois traços bastante habituais na poesia que assinou com seu verdadeiro nome (Pessoa ortônimo). Apesar de sentir desejos e paixões, como todo mundo, assume a sua incapacidade de ação face a eles. Embora quase todas as rimas estejam em verbos (que implicam ações), o sujeito apenas assiste a tudo, imóvel. Aquilo que deveria ser fonte de felicidade e prazer se transforma, invariavelmente, em dor. Ao longo de todo o poema, transparece a sua atitude derrotista face ao amor, desacreditando a forma como os outros o encaram. Esta análise e intelectualização das emoções, quase até esvaziá-las de sentido, é outra característica da sua obra poética. Para este sujeito, o sentimento só é verdadeiro quando não passa de um “presságio”, existindo no seu interior, sem nenhum tipo de consumação ou reciprocidade, sem sequer a revelação da sua existência. O medo do sofrimento se traduz em mais sofrimento, já que ele não consegue avançar, correr atrás da própria felicidade. Por tudo isto, como um sonho que é destruído no momento em que se materializa, a paixão correspondida parece uma utopia que nunca poderá alcançar. No fundo, e acima de tudo, o poema é a confissão de um homem triste e derrotado que, não sabendo se relacionar com as outras pessoas, acredita estar destinado a uma solidão irremediável. Carolina Marcello- Mestre em Análise Literária AULAS 04 2. ESTILÍSTICA 2.5. SEMÂNTICA A. VÍCIOS DE LINGUAGEM APOSTILAS: 1 resumo + 20 questões EXERCÍCIOS ONLINE: 30 questões CAIU NO ENEM: 320 questões REVISÃO NA PLATAFORMA SEÇÃO VESTIBULARES QUESTÃO 01 (IFAL) Leia o texto abaixo e assinale a opção correta. Farinha A farinha é feita de uma planta da família das euforbiáceas de nome Manihot utilissima, Que um tio meu Apelidou de macaxeira E foi aí que todo mundo achou melhor!... A farinha tá No sangue do nordestino eu já sei desde menino o que ela pode dar E tem da grossa, tem da fina Se não tem da quebradinha Vou na vizinha pegar; Pra fazer pirão ou mingau; Farinha com feijão É animal! O cabra que não tem eira nem beira Lá no fundo do quintal Tem um pé de macaxeira. A macaxeira é popular, É macaxeira pr’ali, macaxeira pra cá E em tudo que é farinhada A macaxeira tá. Você não sabe o que é farinha boa Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas! Djavan De acordo com o texto, A. macaxeira e Manihot utilissima são duas coisas distintas. B. a macaxeira é um alimento de ricos. C. macaxeira e Manihot utilissima são a mesma coisa. D. só existe farinha em Alagoas. E. toda farinha é boa. EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 89 QUESTÃO 02 (IFBA) Super-homem, a canção 1Um dia, Vivi a ilusão de que ser homem bastaria, Que o mundo masculino tudo me daria Do que eu quisesse ter. 2Que nada! Minha porção mulher, que até então se resguardara, É a porção melhor que trago em mim agora. É que me faz viver. 3Quem dera? Pudesse todo homem compreender, oh, mãe, quem dera? Ser o verão o apogeu da primavera E só por ela ser. 4Quem sabe? O Super-homem venha nos restituir a glória, Mudando como um deus o curso da história, Por causa da mulher! Gilberto Gil A respeito das expressões que iniciam cada estrofe da canção, é possível afirmar: A. “Um dia” (ref. 1) dá a ideia de um futuro garantido. B. “Que nada” (ref. 2) introduz uma afirmação do poder masculino. C. “Quem sabe” (ref. 4) expressa uma certeza de futuro. D. “Quem dera” (ref. 3) faz apologia a algo que será dado ao homem. E. “Quem dera” (ref. 3) expressa um desejo. QUESTÃO 03 (CPS) Leia a letra da música “O Sal da Terra”, escrita por Beto Guedes e Ronaldo Bastos. O sal da terra Anda, quero te dizer nenhum segredo Falo nesse chão da nossa casa Vem que tá na hora de arrumar Tempo quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meu semelhante Nem por isso quero me ferir Vamos precisar de todo mundo Pra banir do mundo a opressão Para construir a vida nova Vamos precisar de muito amor A felicidade mora ao lado E quem não é tolo pode ver A paz na Terra, amor O pé na terra A paz na Terra, amor O sal da Terra És o mais bonito dos planetas Tão te maltratando por dinheiro Tu que é a nave nossa irmã Canta, leva tua vida em harmonia E nos alimenta com seus frutos Tu que é do homem a maçãVamos precisar de todo mundo Um mais um é sempre mais que dois Pra melhor juntar as nossas forças É só repartir melhor o pão Recriar o paraíso agora Para merecer quem vem depois Deixa nascer o amor Deixa fluir o amor Deixa crescer o amor Deixa viver o amor A letra da música transmite a ideia de que é possível construir um mundo melhor. A partir de elementos do texto, é correto afirmar que, para isso, é necessário A. investir na automação industrial, que substitui a mão de obra humana pelas máquinas e acaba com a destruição do meio ambiente. B. diminuir o consumo de bens materiais e buscar formas de conciliar o progresso econômico com a preservação dos recursos ambientais. C. realizar reformas urbanas que permitam desmatar áreas de florestas nativas e construir cidades cada vez mais tecnológicas, democráticas e limpas. D. eliminar o consumo de bens não duráveis e aumentar a retirada de matérias-primas da natureza, para trazer de volta o equilíbrio natural do planeta Terra. E. explorar mais as reservas de sal, pois a natureza não tem fornecido matérias-primas adequadas para a produção de alimentos, encarecendo os produtos agrícolas. QUESTÃO 04 (EPCAR-AFA) ENVELHECER A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer Eu quero é viver para ver qual é e dizer venha pra o que vai acontecer (...) Pois ser eternamente adolescente nada é mais *démodé com os ralos fios de cabelo sobre a [testa que não para de crescer Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr. (...) Arnaldo Antunes/Ortinho/Marcelo Jeneci *démodé: fora de moda. Assinale a alternativa que apresenta uma inferência correta. A. A expressão “vira a cara para o presente”, no verso 8, foi utilizada no sentido de encarar fixamente o presente. B. O eu lírico destaca, nos versos de 2 a 4, apenas as perdas físicas que caracterizam a chegada da velhice. C. Conservar os cabelos longos, quando já estão ralos devido à calvície, é uma atitude fora de moda. D. No verso 1, é possível perceber uma alusão ao aumento da expectativa de vida na modernidade, já que envelhecer tornou-se comum. EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 90 QUESTÃO 05 (EPCAR-CPCAR) O Sal da Terra Anda! Quero te dizer nenhum segredo Falo desse chão, da nossa casa Vem que tá na hora de arrumar Tempo! Quero viver mais duzentos anos Quero não ferir meu semelhante Nem por isso quero me ferir Vamos precisar de todo mundo Pra banir do mundo a opressão Para construir a vida nova Vamos precisar de muito amor A felicidade mora ao lado E quem não é tolo pode ver A paz na Terra, amor O pé na terra A paz na Terra, amor O sal da Terra! És o mais bonito dos planetas Tão te maltratando por dinheiro Tu que és a nave nossa irmã Canta! Leva tua vida em harmonia E nos alimenta com seus frutos Tu que és do homem, a maçã Vamos precisar de todo mundo Um mais um é sempre mais que dois Pra melhor juntar as nossas forças É só repartir melhor o pão Recriar o paraíso agora Para merecer quem vem depois Deixa nascer, o amor Deixa fluir, o amor Deixa crescer, o amor Deixa viver, o amor O sal da terra GUEDES, Beto. Leia as afirmativas abaixo acerca do texto “O Sal da Terra”. I. O locutor esboça sua preocupação com as gerações futuras e considera fundamental pautar suas ações no sentido de construir-lhes um lugar melhor para viver. II. A “paz na terra” depende tanto do cuidado com a natureza quanto do fim da ganância e das desigualdades sociais. III. O emissor da mensagem em “Quero não ferir meu semelhante/ Nem por isso quero me ferir” argumenta que pensar no bem- estar alheio é prejudicial ao indivíduo. IV. A necessidade de mudanças na preservação do planeta não é uma novidade, mas o locutor exorta todos a realizá-las o mais rápido possível. As inferências corretas são apenas A. I, II e IV. B. II, III e IV. C. I e IV. D. II e III. QUESTÃO 06 (UPE) A relação entre textos sempre existiu como retomada de um texto mais novo de outro que o antecede, contudo o termo intertextualidade foi usado pela primeira vez por Julia Kristeva, que, baseando-se nos estudos de Bakhtin sobre o discurso, concluiu: “todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto”. KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974. p.72. Sobre intertextualidade, analise os textos 1 e 2. Texto I Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal Não sente inveja ou se envaidece O amor é o fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria É um não querer mais que bem querer É solitário andar por entre a gente É um não contentar-se de contente É cuidar que se ganha em se perder É um estar-se preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor É um ter com quem nos mata a lealdade Tão contrário a si é o mesmo amor [...] Renato Russo, Monte Castelo Texto II Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Camões Assinale a alternativa CORRETA. EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 91 A. Em Monte Castelo, Renato Russo dialoga com dois textos distintos: o poema de Camões Amor é fogo que arde sem se ver; e a Bíblia, no Capítulo 13 da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, quando fala do Amor como um bem supremo, além de o título aludir a uma batalha da Segunda Guerra Mundial, da qual participaram soldados brasileiros. B. Partindo do conceito de intertextualidade, expresso por Julia Kristeva, pode-se afirmar que Renato Russo não devia ter lançado mão de partes da Bíblia Sagrada para montar a letra de uma música profana. C. O diálogo entre textos conduz indiscutivelmente ao plágio; dessa maneira, a montagem, como paródia de três diferentes textos, realizada por Renato Russo, não o isenta da responsabilidade de ter usado indevidamente a produção de autores que o antecederam. D. Monte Castelo não foi uma montagem de dois textos, pois não houve intencionalidade do poeta em realizar tal façanha. A semelhança entre os textos é mera coincidência. E. O trabalho artístico do compositor brasileiro não pode ser considerado arte, porque não apresenta originalidade e ineditismo; trata-se de uma mera paráfrase de textos anteriores a ele. Inadmissível de acordo com as concepções dos dois autores: Bakhtin e Kristeva. QUESTÃO 07 (UFJF) A televisão A televisão Me deixou burro Muito burro demais Oh! Oh! Oh! Agora todas coisas Que eu penso Me parecem iguais Oh! Oh! Oh! O sorvete me deixou gripado Pelo resto da vida E agora toda noite Quando deito É boa noite, querida Oh! Cride, fala pra mãe Que eu nunca li num livro Que o espirro Fosse um vírus sem cura Vê se me entende Pelo menos uma vez Criatura! Oh! Cride, fala pra mãe! A mãe diz pra eu fazer Alguma coisa Mas eu não faço nada Oh! Oh! Oh! A luz do sol me incomoda Então deixa A cortina fechada Oh! Oh! Oh! É que a televisão Me deixou burro Muito burro demais E agora eu vivo Dentro dessa jaula Junto dos animais Oh! Cride, fala pra mãe Que tudo que a antena captar Meu coraçãocaptura Vê se me entende Pelo menos uma vez Criatura! Oh! Cride, fala pra mãe! Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Belloto As estrofes 1 e 5 do texto acima permitem afirmar que a inteligência do sujeito está, respectivamente, relacionada: A. ao discernimento e à liberdade. B. à liberdade e à emoção. C. à memória e à informação. D. à cognição e à leitura. E. à violência e à ordem. QUESTÃO 08 (UFRGS) Leia abaixo a letra da canção Mamãe Coragem – composição de Caetano Veloso e Torquato Neto, interpretação de Gal Costa – que integra o álbum Tropicália ou Panis et Circencis. Mamãe, mamãe, não chore A vida é assim mesmo Eu fui embora Mamãe, mamãe, não chore Eu nunca mais vou voltar por aí Mamãe, mamãe, não chore A vida é assim mesmo Eu quero mesmo é isto aqui Mamãe, mamãe, não chore Pegue uns panos pra lavar Leia um romance Veja as contas do mercado Pague as prestações Ser mãe É desdobrar fibra por fibra Os corações dos filhos Seja feliz Seja feliz Mamãe, mamãe, não chore Eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz Mamãe, seja feliz Mamãe, mamãe, não chore Não chore nunca mais, não adianta Eu tenho um beijo preso na garganta Eu tenho um jeito de quem não se espanta (Braço de ouro vale 10 milhões) Eu tenho corações fora do peito Mamãe, não chore Não tem jeito Pegue uns panos pra lavar Leia um romance Leia “Alzira morta virgem” “O grande industrial” Eu por aqui vou indo muito bem De vez em quando brinco Carnaval E vou vivendo assim: felicidade Na cidade que eu plantei pra mim E que não tem mais fim Não tem mais fim Não tem mais fim Considere as seguintes afirmações sobre a canção. EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 92 I. A inversão apresentada na canção – é o/a filho/a jovem que consola a mãe e não o contrário – manifesta-se nas expressões comumente relacionadas ao vocabulário materno como “A vida é assim mesmo” e “Não chore nunca mais, não adianta”. II. A sirene ouvida na abertura da canção é uma provável referência às fábricas da cidade, para onde o sujeito cancional se desloca em busca de oportunidades que superem o trabalho doméstico, a rotina e os passatempos provincianos. III. O uso de “beijo” em vez de “grito”, no verso “Eu tenho um beijo preso na garganta”, expõe a ternura, apesar da rebeldia, que caracteriza o sujeito cancional. Quais estão corretas? A. Apenas I. B. Apenas II. C. Apenas III. D. Apenas I e II. E. I, II e III. QUESTÃO 09 (FUVEST) São Paulo gigante, torrão adorado Estou abraçado com meu violão Feito de pinheiro da mata selvagem Que enfeita a paisagem lá do meu sertão Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante. Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreendido como A. descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região Nordeste do país. B. contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o sertão com a presença dos pinheiros. C. analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada pelos bandeirantes no século XVII. D. metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do concreto e das construções. E. generalização do ambiente rural, independentemente das características de sua vegetação. TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 10 A 15. José “E agora, José? A festa acabou, a luz se apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou e agora, José? E agora, José? sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; que morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde?” Carlos Drummond de Andrade QUESTÃO 10 (PUC-SP) José teria, segundo o poeta, possibilidades de alterar seu destino. Essas possibilidades estão sugeridas: A. na 5ª e 6ª estrofes. B. na 1ª, 2ª e 3ª estrofes. C. na 3ª, 4ª e 6ª estrofes. D. na 4ª e 5ª estrofes. E. n.d.a. QUESTÃO 11 (PUC-SP) Para o poeta, José só NÃO é: A. alguém realizado e atuante. B. um solitário. C. um joão-ninguém frustrado. D. alguém sem objetivo e desesperançado. E. n.d.a. EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 93 QUESTÃO 12 (PUC-SP) José é um abandonado. Essa ideia está bem traduzida: A. na 4ª estrofe. B. na 5ª estrofe. C. no 12º, 13º e 14º versos da 2ª estrofe e nos sete primeiros da 6ª estrofe. D. no 8º e 9º versos da 1ª estrofe. E. n.d.a. QUESTÃO 13 (PUC-SP) “A noite esfriou” é um verso repetido. Com isso, o poeta deseja: A. deixar bem claro que José foi abandonado porque fazia frio. B. traduzir a idéia de que José sentiu frio porque anoiteceu. C. exprimir que, após o término da festa, a temperatura caíra. D. intensificar o sentimento de abandono, tornando-o um sofrimento quase físico. E. n.d.a. QUESTÃO 14 (PUC-SP) O verso que exprime concisamente que José é “ninguém” é: A. “você que faz versos”. B. “a festa acabou”. C. “você que é sem nome”. D. “que zomba dos outro”. E. n.d.a. QUESTÃO 15 (PUC-SP) Assinale a afirmativa FALSA a respeito do texto. A. José é alguém bem individualizado e a ele o poeta se dirige com afetividade. B. O ritmo dos sete primeiros versos da 5ª estrofe é dançante. C. “Sem teogonia” significa “sem deuses”, “sem credo”, “sem religião”. D. Os versos são em redondilha menor porque tal ritmo se ajusta perfeitamente à intimidade, singeleza e espontaneidade das idéias. E. n.d.a. QUESTÃO 16 (UFSCAR) Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Moraes Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta A. não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas. B. acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor. C. entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas. D. concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. E. vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor. QUESTÃO 17 (PUC-RJ) SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Sobre o poema de Vinícius de Moraes, é correto afirmar, exceto: A. O poema Soneto de separação possui forma fixa e regular, formado por quatro estrofes, quatorze versos, dois quartetos e dois tercetos. Viníciusestá entre os poetas que consagraram o soneto no Brasil. B. O recurso da antítese em “fez-se” e “desfez-se” revela, sob certo aspecto, a inconstância na vida amorosa de Vinícius, que ao longo da vida casou-se várias vezes. C. O soneto é composto por um jogo antitético: riso x pranto, calma x vento; triste x contente e próximo x distante, o que confere certo dinamismo ao soneto. D. No soneto, o poeta utiliza vocábulos do cotidiano, pouco comuns nesse tipo de composição. Pode-se observar também que o erotismo é recriado a partir de uma forma clássica e de uma linguagem direta. SEÇÃO ENEM QUESTÃO 01 (ENEM) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 94 Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e [comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e [sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) A. representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade. B. apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. C. evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo. D. critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas resgatadas de Itabira. E. apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos. QUESTÃO 02 (ENEM) Aquele bêbado — Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool. O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio. — Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos. Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos. ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma A. metaforização do sentido literal do verbo “beber”. B. aproximação exagerada da estética abstracionista. C. apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem. D. exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”. E. citação aleatória de nomes de diferentes artistas. QUESTÃO 03 (ENEM) “Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara para não ver Se liga aí que te botaram numa cruz só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto A. Caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. B. Cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. C. Tom de diálogo pela recorrência de gírias. D. Espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. E. Originalidade, pela concisão da linguagem.” QUESTÃO 04 (ENEM) “Disneylândia Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-King E produzem com matéria-prima brasileira Para competir no mercado americano [...] Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul [...] Crianças iraquianas fugidas da guerra Não obtêm visto no consulado americano do Egito Para entrarem na Disneylândia Na canção, ressalta-se a coexistência, no contexto internacional atual, das seguintes situações: A. Acirramento do controle alfandegário e estímulo ao capital especulativo. B. Ampliação das trocas econômicas e seletividade dos fluxos populacionais. C. Intensificação do controle informacional e adoção de barreiras fitossanitárias. D. Aumento da circulação mercantil e desregulamentação do sistema financeiro. E. Expansão do protecionismo comercial e descaracterização de identidades nacionais.” QUESTÃO 05 (ENEM PPL) Texto I Mama África Mama África (a minha mãe) é mãe solteira e tem que fazer mamadeira todo dia além de trabalhar como empacotadeira EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 95 nas Casas Bahia Mama África tem tanto o que fazer além de cuidar neném além de fazer denguim filhinho tem que entender Mama África vai e vem mas não se afasta de você quando Mama sai de casa seus filhos se olodunzam rola o maior jazz Mama tem calos nos pés Mama precisa de paz Mama não quer brincar mais filhinho dá um tempo é tanto contratempo no ritmo de vida de Mama CHICO CÉSAR. Mama África. São Paulo: MZA Music, 1995. Texto II A pesquisa, realizada pelo IBGE, evidencia características das famílias brasileiras, também tematizadas pela canção Mama África. Ambos os textos destacam o(a) A. preocupação das mulheres com o mercado de trabalho. B. responsabilidade das mulheres no sustento das famílias. C. comprometimento das mulheres na reconstituição do casamento. D. dedicação das mulheres no cuidado com os filhos. E. importância das mulheres nas tarefas diárias. QUESTÃO 06 (ENEM) Leia estes poemas: Texto I AUTO-RETRATO Provinciano que nunca soube Escolher bem uma gravata; Pernambucano a quem repugna A faca do pernambucano; Poeta ruim que na arte da prosa Envelheceu na infância da arte, E até mesmo escrevendo crônicas Ficou cronista de província; Arquiteto falhado, músico Falhado (engoliu um dia Um piano, mas o teclado Ficou de fora); sem família, Religião ou filosofia; Mal tendo a inquietação de espírito Que vem do sobrenatural, E em matéria de profissão Um tísico profissional. Manuel Bandeira. “Poesia completa e prosa”. Rio de Janeiro: Aguilar, 1983. p. 395. Texto II POEMA DE SETE FACES Quando eu nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. (....) Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo mais vasto é o meu coração. Carlos Drummond de Andrade. “Obra completa”. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53. Esses poemas têm em comum o fato de A. descreverem aspectos físicos dos próprios autores. B. refletirem um sentimento pessimista. C. terem a doença como tema. D. narrarem a vida dos autores desdeo nascimento. E. defenderem crenças religiosas. QUESTÃO 07 À garrafa Contigo adquiro a astúcia de conter e de conter-me. Teu estreito gargalo é uma lição de angústia. Por translúcida pões o dentro fora e o fora dentro para que a forma se cumpra e o espaço ressoe. Até que, farta da constante prisão da forma, saltes da mão para o chão e te estilhaces, suicida, numa explosão de diamantes. PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992. A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos da produção literária contemporânea, que, no poema de José Paulo Paes, se expressa por um (a): A. reconhecimento, pelo eu lírico, de suas limitações no processo criativo, manifesto na expressão “Por translúcidas pões”. B. subserviência aos princípios do rigor formal e dos cuidados com a precisão metafórica, como se em “prisão da forma”. C. visão progressivamente pessimista, em face da impossibilidade da criação poética, conforme expressa o verso “e te estilhaces, EXERCÍCIOSPORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 03 96 suicida”. D. processo de contenção, amadurecimento e transformação da palavra, representado pelos versos “numa explosão / de diamantes”. E. necessidade premente de libertação da prisão representada pela poesia, simbolicamente comparada à “garrafa” a ser “estilhaçada”. Casa dos Contos & em cada conto te cont o & em cada enquanto me enca nto & em cada arco te a barco & em cada porta m e perco & em cada lanço t e alcanço & em cada escad a me escapo & em cada pe dra te prendo & em cada g rade me escravo & em ca da sótão te sonho & em cada esconso me affonso & em cada claúdio te canto & e m cada fosso me enforco & ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978. QUESTÃO 08 O contexto histórico e literário do período barroco-árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975. A restauração de elementos daquele contexto por uma poética contemporânea revela que A. a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece sobre a observação da realidade social. B. a reflexão do eu lírico privilegia a memória e resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da Inconfidência Mineira. C. a palavra “esconso” (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a utopia e sua opção por uma linguagem erudita. D. o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continuidade de procedimentos estéticos e literários. E. o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão vivido pelos inconfidentes. QUESTÃO 09 Cântico VI Tu tens um medo de Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. MEIRELES. C. Antologia poética, Rio de Janeiro: Record. 1963 (fragmento). A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana, A. a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar. B. o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo. C. o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas. D. a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente. E. um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas. QUESTÃO 10 O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem A. direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais. B. forma clássica da construção poética brasileira. C. rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol. D. intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética E. lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais. GABARITO VESTIBULARES ENEM 1 C 11 A 1 C 2 E 12 C 2 A 3 B 13 D 3 D 4 D 14 C 4 B 5 A 15 A 5 B 6 A 16 D 6 B 7 A 17 D 7 D 8 E 18 • 8 E 9 E 19 • 9 A 10 D 20 • 10 A
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