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1 Poema e Poesia Literatura O termo deriva do latim e significa “palavra escrita” ou “arte de escrever”. É, portanto, a arte de exprimir sensações, emoções, desejos por meio das palavras. Contexto histórico Até o século XVIII se usava termos como: “poesia”, “versos” “prosas” ou o próprio nome do autor para se designar a literatura. Ex. “vamos ouvir Paula Cristina Lopes”. Na segunda metade do século XVIII Voltaire definiu a literatura como ‘uma área do conhecimento’ já que foi nesse período que as sociedades passaram desenvolver o pensamento crítico e a liberdade de expressão relacionado a política e a economia. Dessa forma, a escrita era uma forma de expor e expressar esse pensamento através de publicações em textos expressos, na literatura, na música e no teatro como uma forma de criticar o governo absolutista. Dessa forma a burguesia passava a ter um maior acesso aos livros, crescendo assim, a indústria do comercio literário. Falar de arte é falar de imitação − Na obra A República, Platão refere-se a literatura e a pintura como “a imitação da realidade”. − Na obra A Poética, Aristóteles, a poética a comedia e o drama de “modos de imitação”. − Tzvetan Todorov a firma que a literatura é a imitação da linguagem assim como a pintura é a imitação da imagem. Mimeses = é a palavra imitada, ou seja, mas se a literatura imita a vida, logo, a vida não é imitada, mas interpretada ou recriada, já que a imitação é uma cópia da realidade e da originalidade. 2 Texto literário e não literário Não existe assunto específico nem para um, nem para outro. Ambos podem abordar qualquer tipo de assunto, mas, com suas particularidades. O texto não literário Prioriza a função utilitária, prática, factual e econômico, pois é direto e objetivo se respaldando da linguagem denotativa, que vai ser o sentido real e concreto da palavra. Os sentidos figurados também podem aparecer em um texto não literário, mas de maneira mais sutil, sem exagero, para não comprometer a informação que deve ser o foco do texto. O seu objetivo é informar, noticiar ou esclarecer algo de uma forma mais direta. Aqui o mais importante é o assunto, é “o que se diz”. Exemplo = jornal, texto didático (livros e apostilas) Esse é um tido de texto coerente. Não é normal não entender um texto jornalístico por exemplo, na primeira leitura, pois esse é um texto que deve ser claro, coeso, ou seja, deve ter logica racional. Se preocupa com as regras da norma culta na linguagem padrão. O texto literário Prioriza a estética, a beleza, a linguagem conotativa, os sentidos figurados, ou seja, o texto tem uma configuração subliminar e subjetiva, é uma maneira impalpável e intangível de passar a mensagem. Também pode informar, mas a sua maior preocupação é a função estética. Aqui o mais importante é o mecanismo utilizado para informar o leitor, ou seja, “como se diz” Esse é o tipo de texto que gera um impacto e uma e uma surpresa levando a reflexão por isso há uma forma indireta de expressar a intensão do texto. É normal não entender um texto literário na primeira leitura já que ele precisa de uma compreensão mais minuciosa e para isso requer mais atenção. Se preocupa com a comunicação e com a linguagem oral, ou seja, coma linguagem oral, pois é comum não utilizar a língua padrão. OBS. Qualquer texto pode ser literário, mas, não é todo texto que pode ser “não-literário”, pois todo texto não-literário tem suas características específica. OBS. A obra só é considerada como obra, a sua criação completa, ou seja, o livro completo, pois uma página ou um verso não é uma obra, é uma parte da obra. 3 Diferencia entre poema e poesia Poesia • Comtempla todas as formas artísticas. • É a arte que exprime sentimento. • É a arte sentida. • Ela pode ser representada por: pintura, escultura, música, textos, poema, cordel, prosa, peça teatral, fotografia, imagem, filme etc. Poema É um gênero literário, ele pode ser considerado uma poesia quando vem cercado pelo sentimentalismo retratado pelo autor. Não existe poema sem poesia, pois geralmente todos os poemas expressam sensações e sentimentos. 4 Utilidade da poesia • A poesia não tem a intenção de denunciar, mas pode trazer uma crítica. • A poesia não tem o objetivo de informar, mas pode trazer o conhecimento do novo. • A poesia não tem a pretensão de questionar, mas pode trazer uma reflexão. • Não cabe o porquê de ter subido o preço do feijão, mas cabe a o choro e a dor de quem tem fome, de quem não como o feijão devido a alto do preço. Historiador e o Poeta Os dois podem informar. Historiador Tem compromisso com a verdade, não pode ter mentira ou impessoalidade. Ex. livro didático sobre a segunda guerra mundial. O poeta Conta a sua verdade, sem compromisso com a verdade, podendo recriar, aumentar ou diminuir os fatos, já que é uma visão pessoal, ou seja, cada um tem a sua. Ele organiza as palavras para ter o máximo de efeito sonoro em busca de um ritmo. O poeta vai além do significado básico da palavra. Ex. O Diário De Anne Frank. FERREIRA GULLAR – NÃO HÁ VAGAS O preço do feijão não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema. Não cabem no poema o gás a luz o telefone a sonegação do leite da carne do açúcar do pão O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos. Como não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras – porque o poema, senhores, está fechado: “não há vagas” Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço O poema, senhores, não fede nem cheira 5 Gêneros literários Gêneros literários é uma classificação de textos literários, reunidos de acordo as suas características. Os gêneros textuais são classificados em: • Narrativo, • Descritivo, • Dissertativo, • Expositivo • Injuntivo Os gêneros literários são classificados em: • Lírico, • Épico, • Dramático. Gênero lírico Do latim, o nome lírico, surgiu de “lira”, que era um instrumento musical de cordas, usada pelos gregos para acompanhar as poesias cantadas. Por isso a palavra é cantada já que aqui impera a presença da musicalidade. Apresenta textos em versos por meio de uma linguagem poética, de caráter sentimental e emocional com predominância da subjetividade do eu-lírico (os pronomes e verbos são escritos na1ª pessoa). UMA DAS POETAS LÍRICAS MAIS CONHECIDAS É DE SAFO DE LESBOS “O amor agita meu espírito como se fosse o vendaval a desabar sobre os carvalhos” Subgênero: • Elegia; • Ode; • Écloga; • Soneto • Poesia • Haicai • Hino • Sátira 6 Gênero épico Note que o termo “épico” vem da palavra “epopeia” do grego (“épos”) simboliza a narrativa em versos de fatos grandiosos centrados na figura de um herói ou de um povo. A palavra é narrada porque predomina a presença de um narrador. Se destaca pela contação de uma história na qual as personagens atuam em um determinado tempo, ou seja, é um grande feito de um povo que marca a história. Esses textos são produzidos através de uma ótica impessoal, a partir de uma perspectiva geral de nação, ou seja, de um povo como um todo. O gênero épico representa a mais antiga literatura das narrativas históricas de grandes acontecimentos, com presença de temas como a mitologia e lendas. Os elementos essenciais das narrativas épicas são: narrador (quem narra a história), enredo (sucessão dos acontecimentos),personagens (principais e secundárias), tempo (época dos fatos) e espaço (local dos episódios).Algumas das epopeias gregas mais conhecidas são Ilíada e Odisseia, cuja autoria é declarada a Homero. A DIVINA COMÉDIA, DE DANTE ALIGHIERI E “OS LUSÍADAS”, DE LUÍS DE CAMÕES. “As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis, que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles, que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando; Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano, A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram: Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta.” 7 Subgênero: • Épico; • Fábula; • Epopeia - eventos extraordinários, ações grandiosas que marcaram época • Novela; • Conto; • Crônica; • Ensaio; • Romance. Gênero dramático Do grego, a palavra “drama” significa “ação”. De acordo com Aristóteles em sua obra “Arte Poética”, os textos dramáticos representam os verso ou prosa, próprios para o teatro, é aquele tipo de texto criado para ser encenado, ou seja, para transformar-se em uma peça de teatro. Por isso aqui a palavra é representada. O diálogo é um recurso muito utilizado, unindo a trilogia da literatura: o autor, o texto e o público. Subgêneros: Auto; Comédia; Tragédia; Tragicomédia; Farsa. Elegia Gêneros literários modernos Com o passar do tempo surgiram novos gêneros criados e reproduzidos na literatura. Alguns desses novos gêneros são: Romance: longas narrativas com conflitos sentimentais complexos; Novela: medias narrativa com conflitos entre personagens. Conto: curtas narrativas de conflito único; Crônica: textos narrativo-reflexivos ligado a vida cotidiana das cidades; Poema: textos escritos em verso com visões particulares do autor. Canção: gênero híbrido entre a literatura e a música; Drama histórico: peças de teatro sobre fatos históricos; Teatro de vanguarda: obras teatrais sob influência das vanguardas europeias no século XX. 8 Características do texto literário O poema tem características próprias. É possível identificar seus aspectos. • Som Nos textos não-literários, o autor combina as palavras seguindo critérios significação e de sentido. No texto literário o autor combina palavras segundo critério de não apenas de significação, mas também de parentesco sonoro. O som do ritmo faz com que o leitor prende a sua atenção no texto, isso é possível graças à harmonização de todos os seus elementos. • O ritmo é notado através da marcação das sílabas poéticas (silabas que rimam) • No ritmo é analisado apenas a letra, ou seja, o texto enquanto poema, sem levar em conta a melodia. Melodia: Sequência de sons composto pelas notas musicais = (dó, ré, mi, fá, sol, lá, sí...) EsTAva à TOa na VIda, O meu aMOR me chaMOU, Para ver a BANda passAR Cantando COIsas de aMOR. • As silabas maiúsculas são tidas como fortes e as minúsculas são, fracas. • O ritmo é formado pela alternância entre as silabas acentuadas (fortes) e não-acentuadas (fracas); ou entre sílabas de vogais longas ou breves (silabas que demoram mais tempo na canção). Cadência: alternância entre sílabas fortes e fracas do verso. "A BANDA", DE CHICO BUARQUE DE HOLANDA Estava à toa na Vida, O meu amor me chamou, Para ver a banda passar Cantando coisas de amor. 9 • Repetição de palavras A repetição a acontece por dois objetivos ▪ Para dar ênfase a uma ideia, chamando a atenção do autor para algo especifico. ▪ Para acrescentar musicalidade. A repetição facilita a memorização e a musicalidade. Aqui a musicalidade nesse caso já parte do título. As repetições lembram o som das percussões da banda, marcando o compasso da marcha, ritmo musical que percorre todo o texto. As repetições são: do som "T", o som "M”, o som "P", e o "Q" (escrito como "c"). O som do “A” se repete em todo o texto de maneira geral. "A BANDA", DE CHICO BUARQUE DE HOLANDA Estava à toa na Vida, O meu amor me chamou, Para ver a banda passar Cantando coisas de amor. 10 • O sentido Estamos falando da significação, do sentido conotativo ou denotativo que é atribuído ao texto. Lexicalmente • Trata-se do léxico das palavras. • Está relacionado ao vocabulário empregado, revelando uma linguagem culta ou coloquial. • A linguagem coloquial é a mais frequente nos poemas modernos. Sintaticamente • Se trata do tipo de períodos do texto: curtos ou longos. Ex. frases, períodos ou orações. • Outras coisas devem ser levadas em conta como: a pontuação, tempo verbal, vozes do discurso e em prego do sujeito e as regras. Semanticamente Refere-se aos efeitos utilizados na comunicação, como as figuras de linguagem, que são muito importantes para o ritmo e para a construção do texto. São esses recursos que vão dar vida a intensão do pensamento do autor, a qual será interpretada pelo leitor. Ao empregar a semântica, o texto apresenta múltiplas de significações, pois cada um conta uma história diferente, dependendo do pensamento de quem ler tem uma abordagem diferente, e sempre depois de uma nova leitura se cria uma opinião discrepante, dando um novo e intencional significado a mensagem. Ou seja, essa variedade de significados é intencional, tanto no plano denotativo como no conotativo da mensagem. Aqui o texto é interpretado de várias maneiras dependendo da imaginação do leitor. O poema indica festa, onde a banda altera a vida das pessoas, o triste fica alegre, o que está parado começa a se movimentar. Tudo aplicado ao ritmo do texto. "A BANDA", DE CHICO BUARQUE DE HOLANDA Estava à toa na Vida, O meu amor me chamou, Para ver a banda passar Cantando coisas de amor. 11 POEMA "JOSÉ", DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse…. Mas você não morre, você é duro, José! Uma estrofe formula uma série de hipóteses, todas elas iniciadas pela repetição da conjunção condicional "se". 12 • A norma culta padrão A literatura não se preocupa com a norma culta padrão da língua portuguesa, não que os textos vão ser escritos errados, mas não é obrigatório a linguagem culta, até porque, a linguagem mais utilizada no poema é a linguagem coloquial, que é a representação da linguagem usada no cotidiano, e se a linguagem utilizada na vida for considerada errada gamaticalamente, ao transcreve-la para o papel vai trazer a mesma realidade. Um texto literário não deixa de perder o seu valor ao utilizar a linguagem coloquial. Temos uma linguagem coloquial Correção: Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu-se o índio. Que pena! Se fosse uma manhã de sol O índio teria se despido Do português. Não existe a expressão à medida em que, mas sim à medida que. O verbo assistir no sentido de observar exige a preposição a. Correção:àquilo tudo. Ora, se a frase não foi concluída, então a expressão deve terminar com reticências. Pois a função dos três pontos é indicar a omissão intencional de uma coisa que se devia ou podia dizer: Correção: “O pipoqueiro…” O POEMA “ERRO DE PORTUGUÊS” DE OSWALD ANDRADE Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. “O ALQUIMISTA” DE PAULO COELHO. “‘O pipoqueiro’, disse para si mesmo, sem completar a frase.” (Pág. 55) “O ALQUIMISTA” DE PAULO COELHO. “O rapaz assistiu aquilo tudo fascinado.” (Pág. 207) “O ALQUIMISTA” DE PAULO COELHO. “Entretanto, à medida em que o tempo vai passando, ...” (Pág. 47) 13 O acento só se justificaria se o que estivesse no final da frase: Correção: “Tanto dinheiro para quê?”. O correto é preferir uma coisa à outra, e nunca do que outra. Correção: …pipoqueiros a casá-las com pastores. O autor utiliza uma palavra que não existe. "O POETA COME AMENDOIM", DE MÁRIO DE ANDRADE: Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada, Porque é o meu sentimento pachorrento, Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir. “O ALQUIMISTA” DE PAULO COELHO. “As pessoas preferem casar suas filhas com pipoqueiros do que com pastores.” (Pág. 49) “O ALQUIMISTA” DE PAULO COELHO. “Para quê tanto dinheiro?” (Pág. 203) 14 • Titulo Todo poema tem um titulo • Sentimentalismo O poema sentimentos emoções, sensações provocando reações. Tais emoções permeiam a nossa vida como: política e economia, só que esse não é o foco • A estética da imagem. O desenho que as palavras formam ao se agruparem na página também é uma característica do poema. Ex. José Lino Grünewald, num poema onde o aspecto visual ou ícone também assume grande importância: forma reforma disforma transforma conforma informa forma • Estrofes e Refrão Estrofes As estrofes são formadas por versos, é um conjunto de versos entre uma linha em branco. Cada estrofe pode ter um, dois, três ou vários versos. Há estrofes de diferentes tamanhos. As estrofes são classificadas de acordo com o número de versos. 1 verso: Monóstico 2 versos: Dístico 3 versos: Terceto 4 versos: Quarteto ou Quadra 5 versos: Quintilha ou quinteto 6 versos: Sextilha ou sexteto 7 versos: Septilha ou sétima 8 versos: Oitava 9 versos: Nona nona novena 10 versos: Décima 15 Existe poemas com vários tipos de organização podem se: • Todas iguais: só tercetos; só quartetos. • Diferentes uma da outra. Refrão É a estrofe ou verso que se repete ao longo do poema. O refrão facilita a memorização das canções. “ai Deus, e u é?” É o refrão MÚSICA TROVADORESCA COMPOSTA PELO REI D. DINIS DE PORTUGAL "Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! ai Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo! ai Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, A aquel que mentiu do que mi há jurado! ai Deus, e u é?” (...) 16 • Organização dos versos Versos É a linha de uma estrofe Cada verso marca um ritmo específico. Escansão métrica Ou metrificação é o estudo dos metros, é o recurso utilizado para medir os versos. A métrica mede a contagem do número de silabas que um verso tem. Aqui se conta e organiza as silabas poéticas (as silabas que rimam). Para contar as silabas é necessário separa-las As sílabas estão presentes dentro dos versos, então é necessário dividir o verso. Por isso a escansão métrica vai dividir um verso em sílabas. OBS. Não se mede a sonoridade das silabas pela escrita, mas pelo som, ou seja, se conta a fonética, ou seja, se conta o som das silabas. • Na morfologia se escreve ca/chor/ro • Na fonologia se pronuncia ka/xo/ro Regras da divisão das silabas do verso. • As silabas maiúsculas são tidas como fortes e as minúsculas são, fracas. Ex. COI / sas / de + a /MOR. • Quando há uma vogal átona no final de uma silaba e outra do começo, elas se juntam, formando uma só sílaba poética. Ex. A / ma / da + ar / te • Quando há uma vogal tônica sozinha ela deixa de ser uma vogal, para ter função (e=conjunção. é=substantivo. à=preposição). Por isso, ela continua sozinha. Ex. Tu / PEN / sas / que / TU / é / que / ÉS • Quando uma silaba é forte e uma é fraca elas não se juntam Ex. No / MEI / o / • Duas silabas fortes se juntam Ex. AL / ma / co / MO+É / teu /NO (me?) • Sinais gráficos como (?, ! também se unem em uma só sílaba) Ex. Há / noi / te? + Há / vi / da + Há / VO / • A contagem das sílabas é feita até a última sílaba tônica do verso, ou seja, a última silaba forte determina a quantidade de silabas que o verso tem poque é ele que auxilia a musicalidade e o ritmo do poema Ex. AL / ma / co / MO+É / teu /NO (me?) • Cabe ao leitor aplicar o ouvido e descobrir as sílabas forte. 17 Poliméricos O nome por si já diz: poli = muito; metro = tamanho. É um conjunto de versos regulares e de tamanhos diferentes. Embora de tamanhos diferentes, têm as sílabas fortes localizadas nas posições indicadas pelas regras métricas tradicionais. Veros livres, irregulares ou heterometricos Não seguem um pararão de métrica (silaba poética), ou seja, um padrão de rima. Não tem uma forma fixa Não obedecem a nenhuma regra métrica. Aqui cada verso pode ter um tamanho diferente, sílabas poéticas ou não, variando a leitura. “TABACARIA” ÁLVARO DE CAMPOS UM DOS HETERÔNIMOS DE FERNANDO PESSOA Heterônimo é um autor fictícios que possui personalidade, é como um personagem. Pseudônimos é o nome dado a um autor. Ambos são utilizados, normalmente, para preservar a identidade do escritor, seja por charme ou necessidade, mas o pseudônimo não possui personalidade. Falhei em tudo. A Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. B A aprendizagem que me deram, C Desci dela pela janela das traseiras da casa. B Fui até ao campo com grandes propósitos. D Mas lá encontrei só ervas e árvores, E E quando havia gente era igual à outra. F Saio da janela, sento-me numa cadeira. G Em que hei de pensar? […] H 18 Versos regulares ou isométricos Seguem um pararão de métrica (silaba poética), ou seja, um padrão de rima. Tem uma forma fixa Esse tipo de verso, é típico do modernismo, vem sendo muito usado na contemporaneidade. Obedecem às regras estabelecidas pela métrica. As rimas aparecem de modo regular, são rimas padronizadas. PARTE DO POEMA "I-JUCA-PIRAMA", DE GONÇALVES DIAS No meio das tabas de amenos verdores, A cercadas de troncos - cobertos de flores, A Alteiam-se os tetos d'altiva nação; B São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, A Ternáveis na guerra, que em densas coortes A Assombram das matas a imensa extensão. B Brancos ou versos soltos Quando os versos obedecem às regras métricas de verificação ou acentuação, mas não apresentam rimas. Aqui o ritmo é solto e imprevisível. O verso livre tem um ritmo irregular “URUGUAI”, DO POETA ÁRCADE BASÍLIO DA GAMA (SÉC. XVIII) Lá, como é uso do país, roçando A Dois lenhos entre si, desperte a chama, B Que já se ateia nas ligeiras palhas, C E velozmente se propaga. Ao vento D Deixa Cacambo o resto e foge a tempo D Apresentam regularidade métrica, mas, as rimas não aparecem.19 Simetria É uma ordem ou sequência da silaba poética. Essa sequência pode ser: • Intercala (abab) • Emparelhado (abba – baab) UM TRECHO DE "REMORSO", DE OLAVO BILAC Sinto o que esperdicei na juventude; a Choro neste começo de velhice, b Mártir da hipocrisia ou da virtude. a (ababab) Os beijos que não tive por tolice, b Por timidez o que sofrer não pude, a E por pudor os versos que não disse! b Nesse caso o poema é simétrico, pois tem a presenta uma sequência intercaladas. Assimetria Quando não segue uma ordem ou sequência. Um texto literário não precisa ter uma sequência de ritmos. Essa é uma nova tendência modernista. "O POETA COME AMENDOIM", DE MÁRIO DE ANDRADE Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso, O gosto dos meus descansos, O balanço das minhas cantigas amores e danças. Brasil que eu sou porque é s minha expressão muito engraçada, Porque é o meu sentimento pachorrento Porque é o meu geito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir. Aqui não há a presença de rimas. Cesura: pausa que ocorre no interior do verso, após a sílaba acentuada. Encadeamento: também conhecido como enjambement ou cavalgamento, esse recurso ocorre quando um verso apresenta ligação sintática (e de sentido) com o verso seguinte. 20 Esquema rítmico: ou E.R. é o nome que se dá à fórmula que indica quantas sílabas poéticas tem o verso (fora dos parênteses) e quais as sílabas acentuadas (dentro dos parênteses). O E. R. vai indicar onde está a silaba forte As / aves, / que a / qui / gor / JEI / Se a silaba JEI é a mais forte o E. R. é 7 Mi / nha / ter / ra / tem / pal / MEI / O E.R. é 7 O + a / mor / é / SEM / Pre + o / vi / nho + e / NÉR / gi / co + ir / ri / TAN / 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 O E.R é 12 (4-8-12) Para os versos regulares ou brancos, são estes os esquemas rítmicos mais frequentes: 21 • Classificação dos Versos Os versos são classificados de acordo com o número de sílabas poéticas (silabas que rimam). Verso de uma sílaba Verso monossílabo: 1 sílaba poética (silaba que rima), a sílaba única é acentuada. “SERENATA SINTÉTICA” DE CASSIANO RICARDO Rua torta. Lua morta. Tua porta. Verso de duas sílabas. Verso dissílabo: 2 sílabas poéticas. Neste verso, a rima é composta por duas sílabas, a última e a penúltima. "A VALSA" DE CASIMIRO DE ABREU. Na valsa Cansaste; Ficaste Prostrada, Turbada! Pensavas, Cismavas, E estavas As silabas destacadas a baixo são as últimas mais fortes por isso o verso termina aí, desconsiderando o resto. Na VAL 1 2 Ru -a / Lu-a / Tu-a juntam-se as vogais (u+a) tor / mor / por são as silabas mais fortes, então para nelas e eliminas as outras que vem depois 22 Verso de três sílabas Verso trissílabo: 3 sílabas poéticas. TRECHO DO POEMA: "TRERN DE FERRO", DE MANUEL BANDEIRA Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passe pasto Passa boi O verso trissílabo pode apresentar um único acento. As silabas destacadas a baixo são as últimas mais fortes por isso o verso termina aí, desconsiderando o resto. FO / ge / BI 1 2 3 Verso de quatro sílabas Verso tetrassílabo: 4 sílabas poéticas. "A CASA", DE VINÍCIUS DE MORAES Era uma casa Muito engraçada Não tinha teto Não tinha nada E / ra + u / um / CA 1 2 3 4 Verso de cinco sílabas Verso pentassílabo: 5 sílabas poéticas. UM TERCETO DE "TEMPO CELESTE" DE CECÍLIA MEIRELES Dorme o pensamento. Riram-se? Choraram? Ninguém mais recorda. DOR / me + o / PEN / as / MEN / 1 2 3 4 5 23 Verso de seis sílabas Verso hexassílabo: 6 sílabas poéticas. É UM TRECHO RETIRADO DE UMA DAS "CANÇÕES" DE CECÍLIA MEIRELES Há noite? Há vida? Há vozes? Que espanto nos consome de repente, mirando-nos? (Alma, como é teu nome?) Há / NOI / te? + Há / VI / da + Há / VO / 1 2 3 4 5 6 Verso de sete sílabas Verso heptassílabo: 7 sílabas poéticas. CANTIGA DE RODA Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria? Como poderei viver Sem a tua companhia? Co / mo / PO / de + o / PEI / xe / VI / 1 2 3 4 5 6 7 Verso de oito sílabas Verso octossílabo: 8 sílabas poéticas. UMA CANÇÃO DE NOEL ROSA "A MELHOR DO PLANETA" Tu pensas que tu é que és A melhor mulher do planeta, Mas eu é que não vou fazer Tudo o que te der na veneta. Tu / PEN / sas / que / TU / é / que / ÉS A partir da sétima silaba poética chama-se Redondilha Maior A partir da sétima silaba poética para baixo chama-se Redondilha Menor 24 1 2 3 4 5 6 7 8 Verso de nove sílabas Verso eneassílabo: 9 sílabas poéticas. É RETIRADO DA III PARTE DO "CANTO DO PIAGA", DE GONÇALVES DIAS Não sabeis o que o monstro procura? Não sabeis a que vem, o que quer? Vem matar vossos bravos guerreiros, Vem roubar-vos a filho, a mulher! Não / as / BE + IS / o / que + o / MONS / tro / pro / CU / 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Verso de dez sílabas Verso decassílabo: 10 sílabas poéticas. O verso de dez sílabas, ou decassílabo, foi um dos versos preferidos pelos poetas clássicos do século XVI. UMA ESTROFE DO CANTO V DE OS LUSÍADAS. 1 Mas já o planeta que no céu primeiro 2 Habita, cinco vezes, apressada, 3 Agora meio rosto, agora inteiro, 4 Mostrara, enquanto o mar cortava a armada, 5 Quando da etérea gávea um marinheiro, 6 Pronto co'a vista: "Terra, terra," brada. 7 Salta no bordo alvoroçada a gente, 8Co'os olhos no horizonte do Oriente. Mas / já + o / pla / NE / ta / que / no / CÉU / pri / MEI / 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 25 Verso de onze sílabas Verso hendecassílabo: 11 sílabas poéticas. PARTE DO POEMA "I-JUCA-PIRAMA", DE GONÇALVES DIAS No meio das tabas de amenos verdores, cercadas de troncos - cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d'altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Terniveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão. No / MEI / o / das / TA / bas / de + a / ME / nos / ver / DO / 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Verso de doze sílabas Verso dodecassílabo: 12 sílabas poéticas. "AMOR" DE CRUZ E SOUZA Nas largas mutações perpétuas do universo O amor é sempre o vinho enérgico, irritante... Um lago de luar nervoso e palpitante... Um sol dentro de tudo altivamente imerso. Nas / lar / gas / um /ta / ÇÕES / per /pé / tuas / do + u / ni / VER / 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Versos com mais de doze sílabas Verso bárbaro: 13 ou mais silabas poéticas Existe versos compostos por dois ou mais versos. Por exemplo: o verso de 14 sílabas seria equivalente a dois versos de 7 sílabas; o de 15 sílabas, a um de 7 mais um de 8 sílabas. 26 • Rimas Rimas É o parentesco sonoro A rima é a semelhança de sons no poema. É a repetição de sons semelhantes, ora no final de versos diferentes, ora no interior do mesmo verso, ora em posições variadas, criando um parentesco fônico entre palavras presentes em dois ou mais versos. Tipos de rimas: Rima externa Ocorre quando se repetem sons semelhantes nofinal de diferentes versos. Rima interna. A rima se repete no começo do verso. Rima consoante Apresenta semelhança ente consoantes “Tristezas", de João de Deus: Na marcha da vida (IDA) Oue vai a voar (AR) Por esta descida (IDA) Caminho do mar (AR) Rima toante Apresenta semelhança entre vogais tônica, "Melancolia" de Guilherme de Almeida: 1 Sobre um fruto cheiroso e bravo (vogal tônica A) 2 todo pintado de vermelho vivo (vogal tônica I) 3 uma lagarta verde dorme. (vogal tônica O) 4 O silêncio quente do meio-dia (vogal tônica I) 5 respira como o papo de uma ave. No ar alvo (vogal tônica A) 6 aasa de uma cigarra risca um silvo (vogal tônica I) 7 longo - brilhante - e some. (vogal tônica O) 8 Melancolia. (vogal tônica I) 27 As rimas podem ser: Cruzadas ou alternadas Trecho de "Dados biográficos" de Carlos Drummond de Andrade Mas que dizer do poeta rima A numa prova escolar? rima B Que ele é meio pateta rima A e não sabe rimar? rima B Que velo de Itabira, rima C terra longe e ferrosa? rima D E que seu verso víra, rima C de vez em quando prosa? rima D As rimas obedecem ao esquema ABAB CDCD. Interpoladas "O sentimento dum ocidental" de Cesário Verde Nas nossas ruas, ao anoitecer rima A Há tal soturnidade, há tal melancolia rima B Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia rima B Despertam-me um desejo absurdo de sofrer rima A As rimas obedecem ao esquema ABBA. As (A) são intercaladas As segundas (B), emparelhadas. Se as rimas tiverem outro tipo de organização, chamam-se rimas misturadas. Quando aparece um verso sem rima, chama-se rima perdida ou rima órfã. 28 As rimas podem ser: Quanto à posição do acento tônico, a rima coincide com a palavra final do verso: • Rimas agudas formadas por palavras agudas ou oxítonas. • Rimas graves, formadas por palavras graves ou paroxítonas; • Rimas esdrúxulas formadas por palavras esdrúxulas ou proparoxítonas. "Poemeto irônico", de Manuel Bandeira O que tu chamas tua paixão, rima A É tão-somente curiosidade rima B E os teus desejos ferventes vão rima A Batendo asas na irrealidade. rima B As rimas "A" ("paixão"/"vão") são agudas; As rimas "B" ("curiosidade"/"irrealidade") são graves. Um soneto de Cruz e Souza É um pensar fiamejador, dardânico (A) Uma explosão rápida de idéias (B) que com um mar de estranhas odisséias (B) saem-lhe do crânio escultural, titânico (A ) As rimas "A" (dardãnico / ltitãnico) são esdrúxulas; As "B" (idéia / odissêia) são graves. 29 Rima rica e rima pobre Para conceituar rima rica e rima pobre é necessário obedecer a alguns critérios: o primeiro critério é gramatical; o segundo fônico. Critérios gramaticais A rima pobre ocorre entre palavras com à mesma categoria gramatical (dois substantivos, dois adjetivos, dois verbos etc. A rima rica se dá entre termos de categorias gramaticais diferentes. (um substitantivo e um adjetivo) "À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO" DE GREGÓRIO DE MATOS, DO SONETO Nasce o Sol e não dura mais que um dia, A Depois da luz se segue a noite escura, B Em tristes sombras morre a formosura, B Em contínuas tristezas, a alegria. A A – Apresenta rima de pobre pois “dia” e “alegria” são dois substantivos B – Apresenta rima de rico pois “escura” é um adjetivo e “formosura” um substantivo. Critérios fonológicos Rima de pobre as letras são iguais a partir da vogal tônica Rima de rica a semelhança começa antes da vogal tônica "Um beijo", de Olavo Bilac Foste o melhor beijo da minha vida, (A) Ou talvez o pior..' dlõria e tormento, (B) Contigo à luz subi do firmamento, (B) Contigo fui pela infernal descida. (A) As rimas "A" são pobres, pois as palavras "vida" e "descida" as rimas partem da vogal tônica; As rimas "B" são ricas, pois a igualdade "firmamento" e "tormento" começa em “men” antes de “to” 30 • Forma fixa Poemas de forma fixa Forma fixa = quando o poema segue um padrão de rimas. Alguns versos têm um padrão de estrutura fixo. Trova “quadra” ou “quadrinha” São poemas de uma estrofe que foram criados no século XIII. As estrofes tem quatro versos (com 7 sílabas poéticas heptassílabos) Balada Baseia-se na repetição. A mesma ideia ou frase se repete no final da estrofe. Tem três estrofes de oito versos com oito sílabas. Vilâncete Aqui temos o monte e as voltas O mote é uma estrofe curta e inicial. A seguir, vêm as "voltas" – são três ou mais estrofes maiores que se desenvolvem em trono do mote. Nas estrofes da volta repete-se um dos versos do mote. Ode A ode costuma ser dividida em estrofes iguais pela natureza e pelo número de versos. Representa um poema lírico da antiguidade. Canção É uma composição curta e melancólico. Madrigal É curta, serve para homenagear alguém. Elegia Exprimi tristeza ou sentimentos melancólicos. Idílio, égloga ou pastoral Celebram a vida no campo, a natureza, e a atividade agrícola e pastoril. 31 Rondó ou rondel São tipos Iguais de estrofes maiores, em versos de sete sílabas. É um poema de forma fixa composto de três estrofes, os dois primeiros versos de uma estrofe são retomados continuadas e retomadas em outra. Epitalâmio Poema composto para celebrar um casamento. Triolé Tem uma ou mais oitavas em versos de sete ou oito sílabas. Aparecem duas repetições de rima. Sextina Tem 6 versoss em cada estrofe. Haicai É um tipo de poema japonês, composto de 17 sílabas, distribuídas em três versos apenas. Soneto O mais conhecido, dentre os poemas de forma fixa é o soneto. Tem dois quartetos e dois tercetos. os versos são geralmente compostos por 10 sílabas poéticas, classificados em: Versos Heroicos: sílabas tônicas nas posições 6 e 10. Versos Sáficos: sílabas tônicas se encontram nas posições 4, 8 e 10. Tipos de Soneto Petrarquiano ou regular é composto de 3 quartetos (estrofes de quatro versos) e 1 dístico (estrofe de dois versos). Monostrófico apresenta uma única estrofe composta por catorze versos. Estrambótico conta com versos ou estrofes adicionais. 32 Como Fazer uma Análise Crítica Literária “Não há receitas” porém, vale ressaltar algumas aspectos que podem contribuir para uma análise literária. Teoria = conhecimento prévio, teor hipotético. A teoria descreve, é a descrição dos fenômenos Crítica = análise, julgamento. Atribui juízo de valor, é a arte de julgar Teoria Crítica = descreve o juízo de valor OBS. A análise crítica também é histórica, pois a crítica evolui com o tempo Teoria histórico crítica = descreve juízo de valor atribuído ao longo da história. Fazer uma análise de uma obra é definir qual a contribuição que a obra tem para a sociedade ao longo do tempo, pode ser ela, psíquica, cultural, social, econômica, política, ou qualquer outro atributo. Critérios de avaliação: • Conhecer Ter conhecimento sobre qualquer assunto, para atestar a veracidade dos fatos. • Convencer Se você tem conhecimento, você também tem razão. É necessário convencer o outro. • Ler e reler Destacar as partes que fazem os olhos saltarem. • Interpretar Conectar as relações entre os diferentes elementos utilizados no texto. • Imparcialidade É necessário saber julgar uma obra que não condiz com a sua idealização ou cultura, mesmo não compactuando com o mesmo pensamento do autor. 33 Referencia: VERSOS, SONS E RITMOS Norma Goldstein Saber mais: A Marcação Latina No sistemaqualitativo, tais regras subdividem os versos, compostos de sílabas longas e sílabas breves. No sistema silábico ou acentuas, elas determinam a posição das sílabas fortes em cada tipo de verso. O ritmo é formado pela alternância rítmica entre as silabas acentuadas (fortes) e não- acentuadas (fracas); ou entre sílabas constituídas por vogais longas e breves. considerava-se a alternância entre sílabas longas e sílabas breves. A sílaba longa, representada pelo sinal /-/. A silaba breve representada pelo sinal /U/, correspondia a metade longa. uma longa e uma breve: /-U/ pé jâmbico uma breve e uma longa: /U-/ pé trocaico ou troqueu duas longas: /--/ pé espondeu uma longa e duas breves: /-UU/ pé dátilo duas breves e uma longa: /UU-/ pé anapesto ou anapéstico.
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