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Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 1 CURSO PROCURADOR DA PREFEITURA DE BELO HORIZONTE Lei Orgânica do Município de BH (LOM-1990) Professora: Caroline Mesquita – E-mail: professoracarolmesquita@gmail.com 06/01/17 Ø Lei Orgânica o Município (LOM-1990) CR/88 à estrutura federativa - Município à autonomia Política Administrativa Capacidade Financeira Legislativa Competências: CR/CE/LOM Legislativa: interesse local - Considerações: A lei orgânica vai trazer o conjunto de normas que regem um ente federado, neste caso, o município. Além disto, o ente deve respeitar a Constituição Estatual e a Constituição Federal. A lei orgânica não tem status de constituição, mas sim de lei municipal que organiza o município. Já começa trazendo, no sei início, o reconhecimento da autonomia do município. Município possui capacidade legislativa, mas não exclusivamente (pode haver outros entes atuando – não intervindo – no mesmo campo do município), sobre questões de interesse local. Possui capacidade financeira para elencar e recolher seus tributos. Art. 1o - LOM - O Município de Belo Horizonte integra, com autonomia político- administrativa, a República Federativa do Brasil e o Estado de Minas Gerais. Parágrafo único - O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado. Art. 2o - LOM - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Lei Orgânica. § 1o- O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 2 § 2o - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular no processo legislativo; IV - participação na administração pública; V - ação fiscalizadora sobre a administração pública. § 3o - A participação na administração pública e a fiscalização sobre esta se dão por meio de instâncias populares, com estatutos próprios, aprovados pela Câmara Municipal. 1. Princípios e objetivos (art. 3º - LOM) Mesmo os objetivos sendo prioritários, são baseados na Constituição. Ampliação no aspecto cultural, do meio ambiente, etc. Acompanham os princípios constitucionais, mas ampliados de acordo com o interesse local. Art. 3o – LOM - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Constituição do Estado: I - garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos; II - assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e da legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos; III - preservar os interesses gerais e coletivos; IV - promover o bem de todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação; V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum; VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte, moradia, abastecimento, lazer e assistência social; VII- preservar a sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e peculiaridades; VIII- valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglutinador e irradiador da cultura brasileira. Parágrafo único - O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado. 2. Democracia exercício indireto1 Democracia à participação popular exercício direto2 (1) Exercício indireto: representantes eleitos e indicados pela comunidade (instâncias populares reconhecidas inseridas na comunidade). Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 3 (2) Exercício direto: - Plebiscito; - Referendo; presentes na Constituição Federal (art. 14 – CF) - Iniciativa popular1 - Participação na Administração Pública; inovações da Lei Orgânica - Ação fiscalizadora sobre Administração Pública. (1) Iniciativa popular: A iniciativa popular chega até a Emenda da Lei Orgânica Municipal, o que não ocorre com as Constituições Estadual e Federal. O povo pode iniciar o processo legislativo para alterar a LOM. 5% do eleitorado municipal (na esfera federal, é 1% do eleitorado nacional). 3. Direitos e garantias fundamentais - Acompanha a CR/88 (art. 4º - LOM); - Traz algumas especificidades: i. Discriminação – preocupação em proteger aquele que propuser qualquer lide contra o município para que este não sofra qualquer tipo de discriminação com o acesso ao serviço. ii. Reunião – direito clássico da Constituição de exercício coletivo (pela Constituição, tem que ser pacífica e previamente comunicada). A LOM diz que o Prefeito ou autoridade ou órgão para qual este delegue é competente para receber a comunicação prévia. Trouxe a mais a competência específica do Prefeito, ou para quem este delegar, para receber a comunicação) (O Código de Posturas diz que a comunicação deve ser direcionad iii. Informação, petição, certidão: LOM trouxe a importante possibilidade de destituição da função/cargo (direção, chefia, assessoramento) quando esta for utilizada para inviabilizar exercício destes direitos, cujo prazo é de 60 dias para que o município possa regularizar (não é prazo para fornecer – às vezes o prazo é menor – ex. não fornecida certidão no prazo de 5 dias, acionada a ouvidoria e esta não resolver no prazo de 60 dias – o servidor da ouvidoria perderá a função). Caso este prazo não seja cumprido, acarretará na destituição da função/cargo. Art. 4o- LOM - O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. § 1o - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial. § 2o - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido aviso prévio à autoridade competente, que, no Município, é o Prefeito ou aquele a quem ele delegar a atribuição. § 3o- Nos processos administrativos, qualquer que seja objeto e o procedimento, observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão motivados. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 4 § 4o - Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e do Município, nos termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a informação. § 5o - Independe de pagamento de taxa ou emolumentos, ou de garantia de instância, o exercício do direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão, devendo o Poder Público fornecê-la no prazo máximo de trinta dias, para defesa de direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal ou coletivo. § 6o - É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente constituída denunciar às autoridades competentes a prática, por órgão ou entidade pública ou por delegatário de serviço público, de atos lesivos aos direitos dos usuários, incumbindo ao Poder Público apurar sua veracidade e aplicar as sanções cabíveis, sob pena de responsabilização. § 7o - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas Constituições da República e do Estado e nesta Lei Orgânica. § 8o - Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção, em órgão ou entidade da administração pública, o agente público que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do requerimento do interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito previsto nas Constituições da República ou do Estado ou nesta Lei Orgânica. § 9o - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua competência, dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos estabelecimentos privados que pratiquem tais atos. 4. Organização do município (arts. 6 a 10 – LOM) criação Lei distritos/subdistritos à lei municipal supressão Requisitos à legislação estadual Passa por autonomia, passa por separação dos poderes (art. 2º - CF). Município, no entanto, possui apenas dois poderes: executivo e legislativo. Utiliza-se da estrutura judiciária do estado. - União dividida em Estados (divisão constitucional obrigatória). - Estados divididos em municípios (divisão constitucional obrigatório). - Municípios PODEM se dividir em distritos e subdistritos (faculdade do município – forma de organização político-administrativa não obrigatória) – depende de processo legislativo municipal – iniciado na câmara municipal (criação de lei municipal), devendo-se levar em consideração os requisitos previstos na legislação estadual (Lei Complementar 37/2005 de Minas Gerais). Esta divisão ocorre para prestação de serviços administrativos que, por sua vez, podem ser prestados sem a existência dos distritos/subdistritos. Facilita na prestação de serviços, no que tange ao cálculo de orçamento, organização, etc., à população do município. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 5 O município é competente para procedimentos mais básicos que, por sua vez, trazem a este maior responsabilidade, pois são os mais requisitados pela população. Os procedimentos mais complexos são de responsabilidade do estado e da União. Nota: Devem ser firmados consórcios entre o estado e o município para a prestação de serviços à cidadãos que residem em outros municípios. Art. 2º - CF São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 6o – LOM - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Parágrafo único - Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro. Art. 7o – LOM - O Município exerce sua autonomia, especialmente, ao: I - elaborar e promulgar a Lei Orgânica; II - legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar as legislações federal e estadual, no que couber; III - eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores; IV - organizar o seu governo e administração. Art. 8o – LOM - São símbolos do Município a bandeira, o hino e o brasão. Art. 9o – LOM - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do Município e lhe dá o nome. Art. 10 – LOM - Depende de lei a criação, organização e supressão de distritos ou subdistritos, observada, quanto àqueles, a legislação estadual. 5. Organização dos poderes 5.1. Poder executivo (art. 102 – LOM; art. 77 - CF) - Exercido: Prefeito; Eleito em chapa ÚNICA E INDIVISÍVEL com o vice. “Quando se elege o titular, o vice vai junto.” Prefeito possui foro privilegiado, todavia o vice não possui. Presidente e vice são processados e julgados nos mesmos órgãos. PREFEITO E VICE NÃO! VICE-PREFEITO NÃO POSSUI FORO PRIVILEGIADO. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 6 - Auxiliado: Secretários Municipais Quantidade será determinada pelo Prefeito. Mesmos requisitos do Ministro de Estado, quais sejam: a) Brasileiro; b) Mínimo 21 anos; c) Gozo dos direitos políticos Cargo de livre nomeação e exoneração. NÃO POSSUI MANDATO. - Vice-prefeito à missões especiais Não possui rol de atribuições. Substitui e faz o que o Prefeito designa. - Sistema eleitoral: majoritário (M.A.) Maioria absoluta dos votos válidos, excluídos brancos e nulos. Não alcançada a maioria absoluta no primeiro turno, realizar-se-á segundo turno. - Mandato: 4 anos Mandato igual ao do Governador e Presidente. Se modificar o mandato do Presidente, modifica-se o do Prefeito. Mesmas regras do Executivo: inelegibilidade reflexa (impedimento cônjuge, parente até 2º grau...), uma reeleição, afastamento do cargo para concorrer a outro, etc. - Eleição: até 90 dias antes do término do mandato dos antecessores Não é no primeiro e último dia do mês de outubro. - Posse - sessão solene da Câmara Municipal – data: 1º de janeiro – Se passarem-se mais de 10 dias sem posse, o cargo é declarado vago, salvo motivo de força maior. NÃO É COINCIDENTE COM A DA CÂMARA MUNICIPAL. Se o cargo é declarado vago, realizam-se novas eleições. - Perda mandato: assumir outro cargo, salvo concurso. Regra válida também para governador. Afastado do cargo efetivo para assumir o cargo eletivo. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 7 Vice - Substituição1 do prefeito Presidente da Câmara Procurador Geral do Município – INOVAÇÃO 2016 Sucessão2 à vice (1) Substituição: SEMPRE TEMPORÁRIA. MODIFICADO EM 2016 PARA INCLUIR O PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO. (2) Sucessão: Definitiva. - Vacância prefeito e vice à novas eleições: 90 dias depois - REGRA últimas 15 meses à 30 dias à eleição indireta à maioria da câmara Se vagarem os cargos de prefeito e vice, deverão ser realizadas novas eleições direitas em 90 dias a contar da vacância do segundo cargo, para Prefeito e Vice. Todavia, se for nos últimos 15 meses de mandato, serão realizadas eleições indiretas na câmara municipal para Prefeito e Vice. Em ambos os casos, trata-se de “mandato-tampão”. - Prefeito e vice à residirão no Município +10 dias - estado ausência do Município à autorização da câmara qualquer tempo – país PODE OCORRER A PERDA DO MANDATO DO PREFEITO E DO VICE SE ESTES SE AUSENTAREM DO ESTADO. Câmara municipal possui competência privativa para autorizar a saída do Prefeito ou Vice. Art. 102 - LOM - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos Secretários Municipais. IMPORTANTE: A competência da Procuradoria representar o município judicialmente é expressa. A administrativa, contudo, NÃO É EXPRESSA, embora, comumente, recaia a esta. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 8 5.1.1. Responsabilidade do Prefeito 5.1.1.1. Foro privilegiado à função comuns à TJ - Crimes responsabilidade à TJ legislação federal (definição e processo) Infrações político-administrativasà Câmara Presidente da República + vice Governador Prefeito Crime comum – STF Crime de responsabilidade – Senado Federal Crime comum – STJ Crime de Responsabilidade - Assembleia Legislativa - Vice Crime comum – TJ Crime de responsabilidade – Assembleia Legislativa Crime comum – TJ Crime de responsabilidade – TJ Infrações político- administrativas – Câmara Municipal JURISPRUDÊNCIA – STF (ADI`s e julgados): Crime de responsabilidade próprio – Câmara Municipal Crime de responsabilidade impróprio – TJ Verificar a previsão de crime de responsabilidade na lei federal Crimes de matéria federal - TRF Obs.: Se submete à lei 8.429/92 e a Lei 1.079/50. Competência federal à TRF IMPORTANTE: O judiciário pode condenar o Prefeito, mas não tem poderes para retirar o seu mandato. É função da câmara municipal retirar o mandato de Prefeito e Vereador. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 9 5.1.1.2. Suspensão da função - Crimes comuns e crimes de responsabilidade do TJ à recebimento da queixa ou denúncia Tribunal de Justiça. - Infrações político-administrativas à instauração do processo da Câmara. Considerando que, transcorridos 90 dias da citação do Prefeito sem julgamento (vide abaixo), o processo será arquivado, o prazo de suspensão deverá ser, necessariamente, também de 90 dias. 5.1.1.3. Processo na Câmara Municipal Qualquer cidadão pode encaminhar à Câmara (fundamentada) - Denúncia Vereador àimpedimento (voto e comissão processante) Presidente da CM à Comissão processante (7 membros) à 10 dias (parecer) Admissibilidade/arquivamento Plenário - Quórum (2/3) à Prosseguimento à Instrução à parecer/contestação Processo de votação Julgamento + defesa inabilitação por 8 anos Conclusão afastamento definitivo 90 dias (citação) à sem julgamento = arquivo - Considerações: Qualquer cidadão pode denunciar o prefeito para que o processo seja instaurado. Vereador que denunciar o prefeito fica impedido de votar e participar da comissão processante. Comissão processante é formada de forma neutra, não havendo limitação partidária. Quem forma a comissão é o Presidente da Câmara Municipal. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 10 A Comissão faz a análise da admissibilidade do processo em 10 dias e, após, é encaminhado para o plenário que, por sua vez, realiza a votação. Mesmo quórum da Constituição. O julgamento vai exigir votação do plenário acerca da perda do mandato. Em regra, pela Lei Orgânica, a perda do mandato acarretará em inabilitação por 8 anos. Se, após 90 dias da citação do Prefeito, não houver julgamento, o processo será arquivado. Assim, o prazo máximo para o processo é de 90 dias, a contar da data da citação. 5.1.2. Competências do executivo (art. 108 – LOM) - Até 120 dias (contados da posse) à Programa de Metas1 de sua gestão. (1) Programa de Metas: Campanha + plano diretor + diretrizes municipais Audiências à debate Fazer um Programa de Metas que associe o prometido na campanha com o disposto no plano diretor, bem assim com as diretrizes municipais (Leis Orçamentárias). A publicação deve se dar no dia útil subsequente ao término do prazo. Até 30 dias depois da publicação, são abertas as audiências públicas para a divulgação à comunidade. Não cabe à comunidade alterar o Programa de Metas. - Divulgação (semestral) à desempenho De seis em seis meses, deve ter um relatório de desempenho para dizer se o Programa de Metas está sendo cumprido. - Anualmente à Relatório da Execução do Programa de Metas à Indicadores de desempenho IMPORTANTE: Em caso de descumprimento do programa, poderá acarretar responsabilidade e o Prefeito poderá realizar alterações no programa, justificando e divulgando (Ex. Acompanhamento do Plano Diretor). Art. 108 - LOM - Compete privativamente ao Prefeito Municipal: I - nomear e exonerar Secretário Municipal; II - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior do Poder Executivo; III - prover os cargos públicos do Poder Executivo; IV - prover os cargos de direção ou administração superior de autarquia e fundação pública; V - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 11 VI - fundamentar os projetos de lei que remeter à Câmara; VII - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e, para sua fiel execução, expedir decretos e regulamentos; VIII- vetar proposições de lei; IX - remeter mensagem e planos de governo à Câmara, quando da reunião inaugural da sessão legislativa ordinária, expondo a situação do Município, especialmente o estado das obras e dos serviços municipais; X - enviar à Câmara a proposta de plano plurianual, o projeto da lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de Orçamento; XI - prestar, anualmente, dentro de sessenta dias da abertura da sessão legislativa ordinária, as contas referentes ao exercício anterior; XII - extingüir cargo desnecessário, desde que vago ou ocupado por servidor público não-estável, na forma da lei; XIII - celebrar convênios, ajustes e contratos de interesse municipal; XIV - contrair empréstimo, externo ou interno, e fazer operação ou acordo externo de qualquer natureza, mediante prévia autorização da Câmara, observado os parâmetros de endividamento regulados em lei, dentro dos princípios da Constituição da República; XV - convocar extraordinariamente a Câmara, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; XVI - fixar, mediante decreto, o preço dos bens e serviços; XVII - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica. Art. 108-A - LOM - O Prefeito apresentará, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, a contar de sua posse, o programa de metas de sua gestão, que conterá as prioridades, as ações estratégicas, as metas quantitativas e qualitativas e os indicadores de desempenho por órgão e programa de governo, observando-se as diretrizes de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as ações estratégicas e as demais normas do plano diretor do Município de Belo Horizonte. § 1º - O programa de metas será amplamente divulgado em meio eletrônico e na mídia impressa, radiofônica e televisiva e será publicado no Diário Oficial do Município no primeiro dia útil seguinte ao de sua apresentação. § 2º - O Poder Executivo promoverá, nos 30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo de que trata o caput deste artigo, audiências públicas com a finalidade de debater sobre o programa de metas. § 3º - O Poder Executivo divulgará semestralmente os indicadores de desempenho relativos à execução do programa de metas. § 4º - O Prefeito poderá proceder a alterações no programa de metas, em conformidade com o plano diretor e com o plano plurianual de ação governamental, justificando-as por escrito e divulgando-as amplamente nos meios de comunicação previstos no § 1º deste artigo. § 5º - Os indicadores de desempenho serão elaborados e fixados conforme os seguintes critérios: I - promoção do desenvolvimento ambientalmente, socialmente e economicamente sustentável; Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 12 II - inclusão social, com redução das desigualdades regionais e sociais; III - atendimento das funções sociais da cidade, com melhoria da qualidade de vida urbana; IV - promoção do cumprimento da função social da propriedade; V- promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais de toda pessoa humana; VI - promoção de meio ambiente ecologicamente equilibrado e combate à poluição sob todas as suas formas; VII - universalização dos serviços públicos municipais, com observância das condições de regularidade, continuidade, eficiência e equidade. § 6º - Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da execução do programa de metas, o qual será disponibilizado integralmente nos meios de comunicação previstos no § 1º deste artigo. Art. 108-A acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 24, de 13/4/2012 (Art. 1º) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 13 XX/01/17 5.2. Poder Legislativo (art. 70 – LOM) - Exercido pela Câmara Municipal (unicameralismo) = representantes do povo - Vereador – agente político - Mandato do vereador: 4 anos – coincidente com a legislatura da casa. - Sistema eleitoral: proporcional1 ≠ executivo (majoritário) – vide nota abaixo. (1) Sistema eleitoral proporcional: quociente eleitoral e quociente partidário. Quociente eleitoral: n.º votos/lugares Quociente partidário: n.º votos do partido/quociente eleitoral. - N.º de vereadores (cadeiras) – art. 29 – CF – limites 9 a 55 – reforma em 2009 Em Belo Horizonte são 41 vereadores. Aumento – 1 vereador para cada 500 mil habitantes até o limite da Constituição Federal. - Legislatura: 4 anos. 10 primeiros dias úteis do mês - Sessão legislativa à fevereiro a dezembro de cada ano à período ordinário sem convocação Recessos parlamentares – Regimento Interno Presidente da câmara1 Período Extraordinário à convocação Prefeito, presidente da câmara2 Requerimento de 1/3 dos membros2 (1) Convocação pelo presidente da câmara: intervenção no município e posse do prefeito e vice. (2) Convocação pelo prefeito, presidente da câmara e requerimento de 1/3 dos membros: Caso de urgência ou interesse público relevante. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 14 -Legislatura à sessões à reuniões1 (1) Reuniões/encontros: executivo ano de posse legislativo (30 dias da diplomação) 1º ano da legislatura – 01/01 a) Preparatórias 2º ano da legislatura em diante – inicia em fevereiro b) ordinárias: pré-fixadas em dias úteis c) extraordinárias: convocação em período diverso das ordinárias d) solenes motivos específicos estabelecidos no regimento interno e) especiais antes da eleição, o mais antigo preside - Mesa diretora1 eleição (regimento interno) – em chapa (completa ou não) 2 anos, vedada a recondução SUBSEQUENTE (para o mesmo cargo) (1) Mesa diretora: Espécie de comissão com competências constitucionais. Instalação – maioria absoluta (1º n.º inteiro acima da metade) - Quórum regra Deliberação – maioria relativa/simples (maioria dos presentes) Permanentes ou temáticas - Comissões Regimento Interno Temporárias a) Constituição assegurada quando possível a participação proporcional de partidos ou blocos parlamentares. b) Competências: Constituições (Lei Orgânica Municipal) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 15 b.1) Comissões Parlamentares de Inquérito - CPI`s (CF – Regimento Interno – Organização) i Objeto de apuração – fato determinado ii Criada por requerimento de 1/3 dos membros iii Duração: prazo certo iv Apura – bases para responsabilidades – conclusões – MP ou DP v Município não tem judiciário. - Vereadores da diplomação é titular exercício do mandato a) Imunidade material1 exercício – da posse (mandato) circunscrição municipal (1) Imunidade material: inviolabilidade do vereador em suas opiniões, palavras e votos. b) Prerrogativas (relacionadas à função) e proibições – idênticas às dos Deputados Federal e Estadual c) Julgamento: Juiz de Direito d) Perda do mandato. Hipóteses de perda do mandato Decidida (Maioria Absoluta) Declarada De ofício Mesa Provocada – partidos Presidente/incluir na pauta/oficializada Violar proibições da Constituição Federal; Corrupção/improbidade; Incompatibilidade com o decoro (moralidade – regimento interno) – faltar à terça parte das reuniões extraordinárias Deixar de residir no município (somente para prefeito e vereador) Condenação criminal (culposo) trânsito em julgado Perda/suspensão dos direitos políticos Decretação da Justiça Eleita (AIME1 – vide nota baixo) Deixar de comparecer à terça parte das reuniões ordinárias Condenação criminal (doloso) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 16 (1) AIME: Ação de Impugnação de Mandato Eletivo – prática de crime eleitoral i. Corrupção/fraude; ii. Abuso de poder econômico; iii. 45 dias da diplomação; iv. Segredo. - Não perderá no mandato: a) Investidura (apenas afastam do cargo – vereadores têm suplentes partidários): i. Ministro de Estado (opção para remuneração); ii. Secretário de Estado, município; subregiões iii. Administrador regional distritos subdistritos iv. Chefe de missão diplomática (temporária; definitiva é carreira – concurso) v. Dirigente máximo de entidade da Administração Pública (não é só municipal) vi. Licenças – saúde1 e LIP2 (1) Licença saúde: Inclui licença maternidade máximo 60 dias (por sessão legislativa) (2) Licença para tratar de interesses particulares sem remuneração Diferente da licença para servidores ≠ federal/estadual (120 dias) vii. outro cargo de relevância – autorizado (3/5 da câmara) - Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 17 Observação: vaga – mandato tampão Convocação de suplente investidura em outro cargo pelo titular Licenças superiores a 60 dias Superior a 15 meses – eleição interna no partido por mandato tampão Se não tiver suplente disponível Inferior a 15 meses – fica sem suplente. Art. 70 - LOM - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de representantes do povo eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para mandato de quatro anos. Parágrafo único - O número de vereadores aumentará em proporção ao crescimento da população municipal, acrescentando-se um vereador para cada quinhentos mil habitantes até o limite estabelecido na Constituição da República. Art. 29 - CF. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição; IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)(Produção de efeito) (Vide ADIN 4307) a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 18 f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 19 s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 20 f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) Art. 28 - CF. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) Parágrafo único. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 21 Nota: Sistema majoritário Sistema utilizado nas eleições para os cargos de Presidente da República, governador de estado e do Distrito Federal, senador e prefeito, em que será eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos. A maioria pode ser: a) simples ou relativa, onde é eleito aquele que obtiver o maior número dos votos apurados; ou b) absoluta, onde é eleito aquele que obtiver mais da metade dos votos apurados, excluídos os votos em branco e os nulos. A exigência de maioria absoluta visa dar maior representatividade ao eleito, ocorrendo nas eleições para Presidente da República, governador de estado e do Distrito Federal e prefeito de município com mais de 200.000 (duzentos mil) eleitores. Nessas hipóteses, caso o candidato com maior número de votos não obtenha a maioria absoluta, deverá ser realizado segundo turno entre os dois candidatos mais votados, em razão do disposto nos arts. 29, inciso II, e 77 da Constituição Federal. Em Santa Catarina, nas eleições municipais de 2008, os municípios de Florianópolis, Joinville e Blumenau, cidades com mais de 200.000 (duzentos mil) eleitores, estavam sujeitos à ocorrência de segundo turno de votação para a escolha do Prefeito. No município de Blumenau, não ocorreu segundo turno porque o candidato mais votado obteve a maioria absoluta em primeiro turno. Já em Florianópolis e Joinville foi necessária a realização de novo pleito entre os dois candidatos mais votados. Sistema proporcional Sistema utilizado nas eleições para os cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado distrital (DF) e vereador. O sistema proporcional de eleição foi instituído por considerar-se que a representatividade da população deve se dar de acordo com a ideologia que determinados partidos ou coligações representem. Dessa forma, ao votar, o eleitor estará escolhendo ser representado por determinado partido e, preferencialmente, pelo candidato por ele escolhido. Contudo, caso o mesmo não seja eleito, o voto será somado aos demais votos da legenda, compondo a votação do partido ou coligação. Neste sistema se aplica o cálculo do quociente eleitoral, obtidos pela divisão do número de "votos válidos" pelo de "vagas a serem preenchidas". - Fonte: http://www.tre-sc.jus.br/site/eleicoes/calculo-de-vagas-deputados-e-vereadores/index.html Cálculo de vagas (deputados e vereadores) O cálculo das vagas para deputados e vereadores é obtido através do quociente eleitoral. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 22 QUOCIENTE ELEITORAL O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior" (Código Eleitoral, art. 106). Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias" (Lei n. 9.504/97, art. 5º). Obs.: anteriormente à Lei n. 9.504/97, além dos votos nominais e dos votos de legenda, os votos em branco também eram computados no cálculo dos votos válidos. Fórmula: Quociente eleitoral (QE) = número de votos válidos número de vagas Exemplo: Partido/coligação Votos nominais + votos de legenda Partido A 1.900 Partido B 1.350 Partido C 550 Coligação D 2.250 Votos em branco 300 Votos nulos 250 Vagas a preencher 9 Total de votos válidos (conforme a Lei n. 9.504/97) 6.050 QE = 6.050 / 9 = 672,222222... => QE = 672 Logo, apenas os partidos A e B, e a coligação D, conseguiram atingir o quociente eleitoral e terão direito a preencher as vagas disponíveis. QUOCIENTE PARTIDÁRIO O quociente partidário define o número inicial de vagas que caberá a cada partido ou coligação que tenham alcançado o quociente eleitoral. Determina-se para cada partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração" (Código Eleitoral, art. 107). Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 23 Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido (Código Eleitoral, art. 108). Fórmula: Quociente partidário(QP) = (númerode votos válidos do partido ou coligação) / (quociente eleitoral) Exemplo: Partido/coligação Cálculo Quociente partidário Partido A QPA = 1.900 / 672 = 2,8273809 2 Partido B QPB = 1.350 / 672 = 2,0089285 2 Coligação D QPD = 2.250 / 672 = 3,3482142 3 Total de vagas preenchidas por quociente partidário (QP) 7 CÁLCULO DA MÉDIA É o método pelo qual ocorre a distribuição das vagas que não foram preenchidas pela aferição do quociente partidário dos partidos ou coligações. A verificação das médias é também denominada, vulgarmente, de distribuição das sobras de vagas. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e a exigência de votação nominal mínima serão distribuídos mediante observância das seguintes regras: I – o número de votos válidos atribuídos a cada partido político ou coligação será dividido pelo número de lugares por eles obtidos pelo cálculo do quociente partidário mais um, cabendo ao partido político ou à coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima; * O STF, na ADI n. 5420/2015, suspendeu a eficácia da expressão "número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107", mantido – nesta parte – o critério de cálculo vigente antes da edição da Lei n. 13.165/2015. II – será repetida a operação para a distribuição de cada um dos lugares; III - quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às duas exigências do item I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as maiores médias. Fórmula: Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 24 Distribuição da 1ª vaga remanescente(1ª Média) = número de votos válidos do partido ou coligação, dividido pelas vagas obtidas via quociente partidário + 1 Distribuição das demais vagas remanescentes(Médias) = número de votos válidos do partido ou coligação, dividido pelas vagas obtidas via quociente partidário + vagas remanescentes obtidas pelo partido + 1 Havendo mais vagas remanescentes, repete-se a operação. Exemplo: 1ª Média Partido/coligação Cálculo Média Partido A MA = 1.900 / (2+0+1) 633,333333 Partido B MB = 1.350 / (2+0+1) 450 Coligação D MD = 2.250 / (3+0+1) 562,5 Partido ou coligação que atingiu a maior média (1ª) Partido A 2ª Média Partido/coligação Cálculo Média Partido A MA = 1.900 / (2+1+1) 475 Partido B MB = 1.350 / (2+0+1) 450 Coligação D MD = 2.250 / (3+0+1) 562,5 Partido ou coligação que atingiu a maior média (2ª) Coligação D Resumo das vagas obtidas por partido ou coligação Partido Pelo QP Pela média TOTAL Partido A 2 1 (1ª média) 3 Partido B 2 0 2 Partido C 0 0 0 Coligação D 3 1 (2ª média) 4 7 2 9 Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 25 25/01/17 Ø Processo Legislativo Municipal Emenda a lei orgânica do município Lei - Elaboração Resolução Decreto Legislativo autorização indicação Proposições por extensão Ri1 Requerimento Representação (1) Ri: regimento interno (2) Proposições por extensão: São citadas na lei orgânica, mas a tramitação (como é o procedimento, prazos, etc.) estão previstos somente no regimento da câmara municipal. SÃO ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO, MAS O PROCEDIMENTO ESTÁ PREVISTO NO REGIMENTO INTERNO. DEVEM SER CONSIDERADOS JUNTAMENTE COM A EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, LEI, RESOLUÇÃO E DECRETO LEGISLATIVO. 1. Lei Orgânica do Município LOM à Processo – procedimento especial Iniciativa de ementa: - Prefeito2; - Min. 1/3 da câmara - Min. 5% do eleitorado1 circunstanciais Limites3 Formais (1) Incluída, a título de inovação municipal, a iniciativa popular como legitimada para propor emenda à Lei Orgânica do Município. (2) Prefeito: O executivo pode propor emenda à lei orgânica, MAS NÃO A SANCIONA! Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 26 (3) Limites: A lei orgânica do município não tem limite material expresso (cláusulas pétreas). Não se pode, todavia, quebrar a simetria com as Constituições Estadual e Federal. Eis as hipóteses de em que é VEDADA A EMENDA: - Estado de Sítio; - Estado de Defesa; - Intervenção. NA LEI ORGÂNICA NÃO SE TEM LIMITAÇÃO TEMPORAL, MAS SOMENTE CIRCUNSTANCIAL. TEM TAMBÉM LIMITAÇÃO FORMAL QUE, POR SUA VEZ, DIZ RESPEITO AO PROCEDIMENTO. 2 turnos (interstício mínimo 10 dias) - Discussão e votação aprovação: 2/3 comissão - Proposta popular à defesa plenário Proposição extraparlamentar (iniciativa do povo) à presidente da câmara (verifica os requisitos) à distribuição para as comissões da casa legislativa (comissões temáticas que irão analisar de acordo com o objeto a ser proposto e irão emitir parecer – pode ser mais de uma comissão) à análise interna da comissão (trabalho de perícia, oitiva das partes, etc. – deve haver participação popular por meio de representantes – geralmente uma associação legalmente constituída) à comissão emite parecer à aprovado pela comissão, vai para o plenário da casa que, por sua vez, inicia o trâmite de votação (pode voltar para a comissão com, por exemplo, emendas e, posteriormente, retornar para o plenário à mesa para promulgação (criar o ato no ordenamento jurídico e dar conhecimento público). - Promulgação à mesa (n.º de ordem) SEM SANÇÃO DO EXECUTIVO! - Referendo à emenda à requerimento anterior à promulgação (2/3 da câmara ou 5% dos eleitores) Havendo o requerimento deferido, deve-se submeter a matéria tramitada à aprovação do povo. - Emenda rejeitada ou prejudicada1 à não pode ser apresentada na mesma sessão legislativa (1) Prejudicada: Ex. Conexão. Deve ser ARQUIVADA, não podendo ser novamente apresentada na mesma sessão legislativa. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 27 2. Lei A lei municipal tramita em procedimento ordinário. Tramita em procedimento ordinário. Trata-se de lei num sentido amplo. A legislação municipal não trabalha com os conceitos de lei ordinária, complementar e afins. - Lei à Procedimento ordinário membro/comissão PERMANENTE iniciativa prefeito cidadãos (onde a LOM permitir) objeto à interesse local – art. 30 - CF plano diretor quórum à 2/3 parcelamento, ocupação e uso do solo código tributário código de posturas maioria absoluta código de obras organização administrativa código sanitário OUTRAS CODIFICAÇÕES (Ex. Código de Postura) UTILIZAM, EM REGRA, O QUÓRUM DE MAIORIA SIMPLES. O município somente pode legislar em assuntos de interesse local. A LEI ORGÂNICA VAI LIMITAR AS SITUAÇÕES EM QUE O POVO MODIFICAR A LEI. Obs: Divulgação AMPLA à proposições Cidadão à 15 dias = sugestões Povo - Iniciativa - Defesa (processo) - Referendo (ANTES DA PROMULGAÇÃO) - Sugestão do cidadão em proposições que não são de iniciativa popular (proposição) Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 28 Art. 30 - CF. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituire arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré- escolar e de ensino fundamental; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. 3. Matérias privativas regulamento mesa ausência do prefeito (vide prazos acima) mudança temporária de sede da câmara Matérias privativas criação de cargos Regime Jurídico Único Prefeito PPA, LDO, Orçamento... Divisão regional (SOMENTE EM DISTRITOS) Benefícios fiscais... Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 29 4. Pedido de urgência do Prefeito Executivo à projeto de lei à câmara municipal à comissões à parecer à plenário à turno à aprovar à Executivo (sanção/veto – prazo de 15 dias – passados os 15 dias sem manifestação – sanção tácita). Para a lei orgânica, SOMENTE O PREFEITO PODE PEDIR REGIME DE URGÊNCIA NA TRAMITAÇÃO DE LEIS CUJA INICIATIVA É DE SUA COMPETÊNCIA. No regime de urgência, todo o trâmite deve se dar 45 dias. Se não respeitado o prazo, tranca-se a pauta. - Prefeito à iniciativa à urgência: exceção LOM, Estatuto, equivalente 45 dias à manifestação da casa - Sanção ou veto = simetria CR e CE 3/5 à matéria aprovada por 2/3 - Análise do veto à 30 dias à rejeição maioria absoluta à quórum = ou a menor - Promulgação e publicação – simetria 5. Requerimento de vereador aprovado pelo plenário = inclusão de proposições na pauta (sem parecer) depois de 60 dias Requerimento vereador Retirada da ordem do dia (autor) – aprovado pelo plenário O vereador se a matéria estiver a mais de 60 dias na comissão sem parecer, pode requerer a aprovação pelo plenário sem o parecer. O autor pode retirar a matéria da pauta uma única vez. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 30 Nota: - Correção exercício: 01. Comissões parlamentares de inquérito – CPI – da Câmara Municipal (art. 82 – LOM): a) Terão poderes de investigação próprios da autoridade judiciais, além de outros previstos no regimento interno - CORRETO Comissão temporária Requerimento: 1/3 CPI Poderes próprios de autoridades judiciais Fato determinado Prazo: Certo Art. 82 – LOM - A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma do Regimento Interno e com as atribuições nele previstas, ou conforme os termos do ato de sua criação. § 1º - Na constituição da Mesa e na de cada comissão é assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional dos partidos políticos ou dos blocos parlamentares representados na Câmara. § 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Câmara; II - realizar audiência pública com entidade da sociedade civil; III - realizar audiência pública em regiões do Município, para subsidiar o processo legislativo; IV - convocar, além das autoridades a que se refere o art. 76, § 4º, servidor municipal para prestar informação sobre assunto inerente às suas atribuições, constituindo infração administrativa a recusa ou não-atendimento no prazo de trinta dias; V - receber petição, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade ou entidade públicas; VI - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VII - apreciar plano de desenvolvimento e programa de obras do Município; VIII - acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso anterior e exercer a fiscalização dos recursos municipais neles investidos. § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, observada a legislação específica, no que couber, terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, e serão criadas a requerimento de um terço dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado e por prazo certo, e suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, ao Defensor do Povo ou a outra autoridade competente, para que se promova a responsabilização civil, criminal ou administrativa do infrator. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 31 02. O processo legislativo no município, consoante dispões sua lei orgânica, compreende a elaboração: e) à lei orgânica, leis, decretos e resolução – CORRETO 03. Em tema de poder legislativo municipal, a lei orgânica do município dispõe que: d) A participação na administração pública e a fiscalização sobre esta se dão por meio de instâncias populares, com estatutos próprios, aprovados pela câmara municipal – Art. 2º - LOM - CORRETA A LEI ORGÂNICA NÃO FALA EM DIAS! - Legislatura – 4 anos - Sessão legislativa ordinária – fevereiro a dezembro - Sessão legislativa extraordinária – convocação - Reuniões (ordinária, especial, extraordinária, solene, preparatória) PREFEITO É QUEM SANCIONA, PROMULGA E FAZ PUBLICAR LEIS – caso vete e o veto seja derrubado, caberá ao Presidente da Câmara – sempre no prazo de 48 horas; NÃO EXISTE TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO! Prefeito remete as contas aso legislativo que, somente então, remete ao Tribunal de Contas do ESTADO. Art. 2º - LOM - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Lei Orgânica. § 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica. § 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular no processo legislativo; IV - participação na administração pública; V - ação fiscalizadora sobre a administração pública. 04. O município de Recife, na sua atuação, atenderá aos princípios da democracia participativa. A LOM do Recife estabelece que o processo de participação popular será exercido por meio de instrumentos como: b) participação na administração pública. 05. No âmbito da organização político-administrativa do Município de Belo Horizonte: b) A Defensoria do Povo é órgão público dotado de autonomia administrativa e financeira e com funções de controle da administração pública, e suas atribuições, organização e funcionamento serão definidos em lei,aprovada pela maioria dos membros da Câmara. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 32 Art. 100 – LOM - A Defensoria do Povo é órgão público dotado de autonomia administrativa e financeira e com funções de controle da administração pública, e suas atribuições, organização e funcionamento serão definidos em lei, aprovada pela maioria dos membros da Câmara. § 1º - A Defensoria é dirigida pelo Defensor do Povo, com mais de trinta anos de idade, notável experiência, reputação ilibada e reconhecido senso de justiça, eleito por dois terços dos membros da Câmara, para mandato, não-renovável, de quatro anos, e nomeado pelo Presidente desta. § 2º - O Defensor do Povo se sujeita, no que couber e na forma da lei, às proibições, incompatibilidades e perda do mandato aplicáveis ao Vereador. Art. 101 - LOM - A Defensoria do Povo terá, entre outras, as seguintes atribuições: I - apurar os atos, fatos e omissões de órgãos e entidades da administração pública ou de seus agentes, que impliquem exercício ilegítimo, inconveniente ou inoportuno de suas funções; II - apurar: a) as reclamações contra prestação dos serviços públicos; b) os atos ou omissões do Poder Público, com ofensa dos princípios a que se sujeita a administração, de modo especial o pertinente à moralidade administrativa; III - divulgar, para conhecimento do cidadão, os direitos deste em face do Poder Público, incluído o de exercer o controle direto dos atos administrativos; IV - divulgar informações e avaliações relativas à sua ação, com o direito de publicá-la em órgão oficial de imprensa; V - acompanhar os processos de licitação; VI - encaminhar relatórios de suas atividades e prestar suas contas à Câmara. Art. 114 - LOM - A Procuradoria do Município é o órgão que o representa judicialmente, cabendo-lhe também as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos ao Poder Executivo, e, privativamente, a execução de dívida ativa. § 1º - O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. § 2º - A Procuradoria do Município tem por chefe o Procurador-Geral do Município, de livre designação pelo Prefeito, dentre advogados de reconhecido saber jurídico e reputação ilibada. NÃO TEM PRAZO MÍNIMO DE ATUAÇÃO!!! Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 33 06. Um certo Prefeito teve as suas contas submetidas à apreciação do Tribunal de Contas do Estado, o qual emitiu parecer prévio opinando pela sua rejeição. Nesse caso, a Constituição Federal determina que o parecer deve ser remetido: d) Câmara Municipal, onde o parecer só deixará de prevalecer por decisão de dois terços (não é maioria absoluta) dos Vereadores. Art. 95 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da administração indireta é exercida pela Câmara, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder e entidade, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 74 da Constituição do Estado. § 1º - O controle externo, a cargo da Câmara, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. § 2º - Os Poderes Legislativo e Executivo e as entidades da administração indireta manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas nos respectivos planos plurianuais e a execução dos programas de governo e dos orçamentos; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da administração direta e das entidades da administração indireta, e da aplicação de recursos públicos por entidade de direito privado; III - exercer o controle de operações de crédito, avais e garantias, e o de seus direitos e haveres; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 3º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas e ao Defensor do Povo, sob pena de responsabilidade solidária. Art. 96 - Qualquer cidadão, partido político, associação legalmente constituída ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente público. Parágrafo único - A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara e à Defensoria do Povo, ou, sobre o assunto da respectiva competência, ao Ministério Público ou ao Tribunal de Contas. Art. 97 - As contas do Prefeito, referentes à gestão financeira do ano anterior, serão julgadas pela Câmara mediante parecer prévio do Tribunal de Contas, nos termos da Constituição do Estado, o qual somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara. § 1º - Para efeito de exame e apreciação, as contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer cidadão, que poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 2º - No primeiro e no último ano de mandato do Prefeito, o Município enviará ao Tribunal de Contas inventário de todos os seus bens móveis e imóveis. Art. 98 - Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legislativa, a Câmara receberá, em reunião especial, o Prefeito, que informará, por meio de relatório, o estado em que se encontram os assuntos municipais. Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 34 Parágrafo único - Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assunto de interesse público, a Câmara o receberá em reunião previamente designada. Art. 99 - A Câmara, após aprovação da maioria de seus membros, convocará plebiscito para que o eleitorado do Município se manifeste sobre ato político do Poder Executivo ou do Poder Legislativo, desde que requerida a convocação por vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por cinco por cento do eleitorado do Município. 07. A prefeitura de belo horizonte instituiu a votação digital para colocar em prática o orçamento anual da cidade. Esta prática moderna de administração dá ao cidadão o exercício direto do poder que a lei orgânica do município denomina: c) Administração participativa 08. A respeito da organização dos poderes na CR/88 e na LOM/90, correto afirmar, exceto: e) São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos em lei federal especial, que estabelece as normas de processo de julgamento. Nas infrações político-administrativas o Prefeito será submetido a processo de julgamento perante o tribunal de justiça do estado (Câmara dos Vereadores). Art. 109 - São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos em lei federal especial, que estabelece as normas de processo de julgamento. Parágrafo único - Nos crimes de responsabilidade, e nos comuns, o Prefeito será submetido a processo e julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado. Art. 110 - São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara, além de outras previstas nesta Lei Orgânica: I - impedir o funcionamento regular da Câmara; II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da administração pública, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara, pelo Defensor do Povo ou por auditoria regularmente instituída; III - desatender, sem motivo justo, os pedidos de informação da Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular; IV - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e os atos sujeitos a essa formalidade; V - deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em formaregular, a proposta orçamentária; VI - descumprir o orçamento aprovado para exercício financeiro; VII - praticar ato administrativo contra expressa disposição de lei ou omitir-se na prática daquele por ela exigido; VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos à sua administração; IX - ausentar-se do Município por tempo superior ao permitido nesta Lei Orgânica, ou afastar-se do exercício do cargo, sem autorização da Câmara; Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 35 X - deixar de remeter à Câmara, até o dia vinte de cada mês, um duodécimo da dotação orçamentária destinada ao Poder Legislativo, salvo se por motivo justo, fundamentado ao Presidente da Câmara em tempo hábil; XI - deixar de declarar seus bens, nos termos do art. 215, parágrafo único; XII - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. § 1º - A denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por qualquer cidadão, com a exposição dos fatos e a indicação das provas. § 2º - Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a comissão, processante, e, se for o Presidente da Câmara, passará a presidência ao substituto legal para os atos do processo. § 3º - Será convocado o suplente do vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a comissão processante. § 4º - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião subseqüente, determinará sua leitura e constituirá a comissão processante, formada por sete vereadores, sorteados entre os desimpedidos e pertencentes a partidos diferentes, os quais elegerão, desde logo, o presidente e o relator. § 5º - A comissão, no prazo de dez dias, emitirá parecer, que será submetido ao Plenário, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, podendo proceder às diligências que julgar necessárias. § 6º - Aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do processo, por dois terços dos membros da Câmara, o Presidente determinará, desde logo, a abertura da instrução, citando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia, dos documentos que a instruem e do parecer da comissão, informando- lhe o prazo de vinte dias para o oferecimento da contestação e a indicação dos meios de prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado. § 7º - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, com ou sem contestação, a comissão processante determinará as diligências requeridas, ou as que julgar convenientes, e realizará as audiências necessárias para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o denunciado, que poderão assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as reuniões e diligências da comissão, interrogando e contraditando as testemunhas e requerendo a sua reinquirição ou acareação. § 8º - Após as diligências, a comissão proferirá, no prazo de dez dias, parecer final sobre a procedência ou improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de reunião para julgamento, que se realizará após a distribuição do parecer. § 9º - Na reunião de julgamento, o processo será lido integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de quinze minutos cada um, sendo que, ao final, o denunciado ou seu procurador terá o prazo máximo de duas horas para produzir defesa oral. § 10 - Terminada a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais quantas forem as infrações articuladas na denúncia. § 11 - Considerar-se-á afastado definitivamente do cargo e inabilitado, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, o denunciado que for declarado, pelo Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 36 voto de dois terços dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia. § 12 - Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração e, se houver condenação, expedirá a competente resolução de cassação do mandato, ou, se o resultado da votação for absolutório, determinará o arquivamento do processo, comunicando, em qualquer dos casos, o resultado à Justiça Eleitoral. § 13 - O processo deverá estar concluído dentro de noventa dias, contados da citação do acusado, e, transcorrido o prazo sem julgamento, será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos fatos. 09. De acordo com a LOM/90: associe os casos de perda do mandato de vereador, com a postura assumida pela CMBH. Escreva dentro do parênteses se a perda é decidida pela casa, declarada pela mesa ou não constitui motivo da perda: DECIDIDA PELA CASA – incompatibilidades (art. 79 – LOM); DECIDIDA PELA CASA – violação de decoro parlamentar; DECLARADA PELA MESA – faltas em sessão legislativa (terça parte das reuniões ordinárias) DECIDIDA PELA CASA – faltas em sessão legislativa (terça parte das reuniões EXTRAORDINÁRIAS) – tida como violação do decoro parlamentar (vide acima); NÃO CONSTITUI MOTIVO DA PERDA - Licença para tratar de interesses particulares; DECLARADA PELA MESA – perda ou suspensão dos direitos políticos; NÃO CONSTITUI MOTIVO DA PERDA - Licença por motivo de saúde sem prazo fixado em lei; DECLARADA PELA MESA - Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição da República; DECIDIDA PELA CASA - Exercício de qualquer função ad nutum (não especificou o cargo – cargos específicos – art. 80 - são permitidos); DECIDIDA PELA CASA – Condenação criminal em sentença transitada em julgado (culposo) – SOMENTE PARA A LOM DECLARADO PELA MESA - Condenação criminal em sentença transitada em julgado (doloso) – SOMENTE PARA A LOM DECIDIDO PELA CASA - Quando o Deputado for titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo; DECIDIDO PELA CASA - Residir fora do município (SOMENTE NA LOM – NA CF NÃO TEM ESSA PROIBIÇÃO). IMPORTANTE: CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO, NAS ESFERAS ESTADUAL E FEDERAL, INDEPENDEMENTE SE É CULPOSO OU DOLOSO, TRATAR-SE-Á DE DECIDIO PELA CASA. Art. 78 - É defeso ao Vereador: Professora: Carol Mesquita Rafael Barreto Ramos CURSO PROLABORE 2017 37 I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa delegatária de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerados, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades indicadas na alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível ad nutum nas entidades indicadas no inciso I, alínea “a”; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, alínea “a”; d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Art. 79 - Perderá o mandato o Vereador: I - que infringir proibição estabelecida no artigo anterior; II - que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa; III - que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública; IV - que perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;
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