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Direito Constitucional II - Procurador da Prefeitura 04 04 17 - CURSO COMPLETO

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Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
														Curso	PROLABORE				 	 	 	 	 	 	 	 	2017	
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CURSO	PROCURADOR	DA	PREFEITURA	DE	BELO	HORIZONTE	
Direito	Constitucional	III	–	Controle	de	Constitucionalidade	
	
Professora:	Rafaella	Leão	
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Instagram:	prof_rafaellaleão	
27/03/17	
Ø Poder	Judiciário		(Arts.	92	a	126	–	CF)	
1.	Matérias	relevantes	para	o	concurso	
-	Súmulas	Vinculantes	referentes	ao	art.	103-A	–	CF;	
-	CNJ	(art.	103-B);	
-	Precatório	(art.	100	–	CF)	-	CAI	
-	Judicialização	das	Políticas	Públicas	
Qual	é	o	 limite	que	o	 judiciário	pode	garantir	 a	 aplicação	da	Constituição	 sem	violar	 a	 separação	dos	
poderes.	
-	Competências	(art.	102	e	art.	105	–	CF,	etc.)		
2.	Súmulas	Vinculantes	(art.	103-A	–	CF	c/c	Lei	11.417/06)	
2.1.	Considerações	iniciais	
O	art.	103-A	–	CF	foi	acrescida	à	Constituição	na	Emenda	45/04,	a	qual	foi	denominada	de	“A	
reforma	do	Judiciário”	que,	por	sua	vez,	trouxe,	dentre	outras	mudanças,	a	figura	das	Súmulas	
Vinculantes,	que	está	mais	voltada	ao	common	law.	
Vale	 dizer	 que	 as	 Súmulas	 Vinculantes	 somente	 podem	 ser	 editadas	 pelo	 Supremo	 Tribunal	
Federal	que,	por	sua	vez,	é	o	guardião	das	constituição.	
As	demais	súmulas	são	persuasivas,	ou	seja,	não	vinculam.	
-	Princípios	correlatos	ao	tema:	
a)	Princípio	da	Segurança	Jurídica	
b)	Princípio	da	Isonomia	
c)	Princípio	da	Celeridade	Processual	
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2.2.	Requisitos	(Criação,	revisão	e	cancelamento	das	Súmulas	Vinculantes)	
2.2.1.	Requisito	formal	
2.2.1.1.	Aprovação	de	2/3	dos	Ministros	do	Supremo	Tribunal	Federal	(no	mínimo	8	ministros);	
2.2.2.	Requisitos	materiais	
2.2.2.1.	Reiteradas	decisões	em	matéria	constitucional;	
“Se	o	STF	 já	decidiu	diversas	vezes	em	matéria	constitucional	 (NÃO	É	EM	MATÉRIA	
INFRACONSTITUCIONAL)”.	
Requisito	passível	de	crítica,	uma	vez	que	nem	sempre	é	respeitado.	
Ex.	Súmula	Vinculante	n.º	11	–	Caráter	excepcional	do	uso	de	algemas	-	que	foi	editada	sem	a	satisfação	
do	requisito	em	tela,	ou	seja,	não	foi	fruto	de	reiteradas	decisões.	
Supremo	entendeu	que,	além	dos	requisitos	legais,	deve	haver	um	fato	novo	que	permita	a	revisão,	e	
eventual	cancelamento,	da	Súmula	Vinculante,	o	que	não	ocorreu	no	caso	da	súmula	vinculante	em	
comento.	
IMPORTANTE:	
STF	entende	que,	para	a	revisão	de	Súmula	Vinculante,	é	necessária	a	existência	de	QUESTÃO	
RELEVANTE	(legal,	política,	econômica,	social,	etc.).	
Já	houve	duas	tentativas	de	cancelamento	de	Súmulas	Vinculantes	(11	e	25),	nas	quais	o	STF	
adotou	este	entendimento.	
Súmula	Vinculante	11	
Só	é	lícito	o	uso	de	algemas	em	casos	de	resistência	e	de	fundado	receio	de	fuga	ou	de	perigo	à	integridade	
física	própria	ou	alheia,	por	parte	do	preso	ou	de	terceiros,	justificada	a	excepcionalidade	por	escrito,	sob	
pena	de	responsabilidade	disciplinar,	civil	e	penal	do	agente	ou	da	autoridade	e	de	nulidade	da	prisão	ou	
do	ato	processual	a	que	se	refere,	sem	prejuízo	da	responsabilidade	civil	do	Estado.	
Súmula	Vinculante	25	
É	ilícita	a	prisão	civil	de	depositário	infiel,	qualquer	que	seja	a	modalidade	de	depósito.	
2.2.2.2.	Controvérsia	judicial	ou	administrativa	que	acarrete	em	insegurança	jurídica	
Art.	103-A	-	CF.	O	Supremo	Tribunal	Federal	poderá,	de	ofício	ou	por	provocação,	mediante	decisão	de	
dois	 terços	dos	seus	membros,	após	 reiteradas	decisões	sobre	matéria	constitucional,	aprovar	súmula	
que,	a	partir	de	sua	publicação	na	imprensa	oficial,	terá	efeito	vinculante	em	relação	aos	demais	órgãos	
do	Poder	Judiciário	e	à	administração	pública	direta	e	indireta,	nas	esferas	federal,	estadual	e	municipal,	
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bem	como	proceder	à	sua	revisão	ou	cancelamento,	na	forma	estabelecida	em	lei.										(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	(Vide	Lei	nº	11.417,	de	2006).	
§	1º	A	súmula	terá	por	objetivo	a	validade,	a	interpretação	e	a	eficácia	de	normas	determinadas,	acerca	
das	quais	haja	controvérsia	atual	entre	órgãos	judiciários	ou	entre	esses	e	a	administração	pública	que	
acarrete	 grave	 insegurança	 jurídica	 e	 relevante	 multiplicação	 de	 processos	 sobre	 questão	
idêntica.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
§	2º	Sem	prejuízo	do	que	vier	a	ser	estabelecido	em	lei,	a	aprovação,	revisão	ou	cancelamento	de	súmula	
poderá	ser	provocada	por	aqueles	que	podem	propor	a	ação	direta	de	inconstitucionalidade.									(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
§	3º	Do	ato	administrativo	ou	decisão	judicial	que	contrariar	a	súmula	aplicável	ou	que	indevidamente	a	
aplicar,	 caberá	 reclamação	 ao	 Supremo	 Tribunal	 Federal	 que,	 julgando-a	 procedente,	 anulará	 o	 ato	
administrativo	ou	cassará	a	decisão	judicial	reclamada,	e	determinará	que	outra	seja	proferida	com	ou	
sem	a	aplicação	da	súmula,	conforme	o	caso.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
Nota:	
Lei	11.417/06	
Regulamenta	 o	 art.	 103-A	 da	 Constituição	 Federal	 e	 altera	 a	 Lei	 no	 9.784,	 de	 29	 de	 janeiro	 de	 1999,	
disciplinando	a	edição,	a	 revisão	e	o	cancelamento	de	enunciado	de	súmula	vinculante	pelo	Supremo	
Tribunal	Federal,	e	dá	outras	providências.	
O	PRESIDENTE	DA	REPÚBLICA	Faço	saber	que	o	Congresso	Nacional	decreta	e	eu	sanciono	a	seguinte	Lei:	
Art.	1o		Esta	Lei	disciplina	a	edição,	a	revisão	e	o	cancelamento	de	enunciado	de	súmula	vinculante	pelo	
Supremo	Tribunal	Federal	e	dá	outras	providências.	
Art.	2o		O	Supremo	Tribunal	Federal	poderá,	de	ofício	ou	por	provocação,	após	reiteradas	decisões	sobre	
matéria	constitucional,	editar	enunciado	de	súmula	que,	a	partir	de	sua	publicação	na	imprensa	oficial,	
terá	efeito	vinculante	em	relação	aos	demais	órgãos	do	Poder	Judiciário	e	à	administração	pública	direta	
e	indireta,	nas	esferas	federal,	estadual	e	municipal,	bem	como	proceder	à	sua	revisão	ou	cancelamento,	
na	forma	prevista	nesta	Lei.	
§	 1o	 	 O	 enunciado	 da	 súmula	 terá	 por	 objeto	 a	 validade,	 a	 interpretação	 e	 a	 eficácia	 de	 normas	
determinadas,	acerca	das	quais	haja,	entre	órgãos	judiciários	ou	entre	esses	e	a	administração	pública,	
controvérsia	atual	que	acarrete	grave	insegurança	jurídica	e	relevante	multiplicação	de	processos	sobre	
idêntica	questão.	
§	 2o	 	 O	 Procurador-Geral	 da	 República,	 nas	 propostas	 que	 não	 houver	 formulado,	 manifestar-se-á	
previamente	à	edição,	revisão	ou	cancelamento	de	enunciado	de	súmula	vinculante.	
§	3o		A	edição,	a	revisão	e	o	cancelamento	de	enunciado	de	súmula	com	efeito	vinculante	dependerão	de	
decisão	tomada	por	2/3	(dois	terços)	dos	membros	do	Supremo	Tribunal	Federal,	em	sessão	plenária.	
§	4o		No	prazo	de	10	(dez)	dias	após	a	sessão	em	que	editar,	rever	ou	cancelar	enunciado	de	súmula	com	
efeito	vinculante,	o	Supremo	Tribunal	Federal	fará	publicar,	em	seção	especial	do	Diário	da	Justiça	e	do	
Diário	Oficial	da	União,	o	enunciado	respectivo.	
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Art.	 3o	 	 São	 legitimados	 a	 propor	 a	 edição,	 a	 revisão	 ou	 o	 cancelamento	 de	 enunciado	 de	 súmula	
vinculante:	
I	-	o	Presidente	da	República;	
II	-	a	Mesa	do	Senado	Federal;	
III	–	a	Mesa	da	Câmara	dos	Deputados;	
IV	–	o	Procurador-Geral	da	República;	
V	-	o	Conselho	Federal	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil;	
VI	-	o	Defensor	Público-Geral	da	União;	
VII	–	partido	político	com	representação	no	Congresso	Nacional;	
VIII	–	confederação	sindical	ou	entidade	de	classe	de	âmbito	nacional;	
IX	–	a	Mesa	de	Assembléia	Legislativa	ou	da	Câmara	Legislativa	do	Distrito	Federal;	
X	-	o	Governador	de	Estado	ou	do	Distrito	Federal;	
XI	 -	os	Tribunais	Superiores,	os	Tribunais	de	 Justiça	de	Estados	ou	do	Distrito	Federal	e	Territórios,	os	
Tribunais	RegionaisFederais,	os	Tribunais	Regionais	do	Trabalho,	os	Tribunais	Regionais	Eleitorais	e	os	
Tribunais	Militares.	
§	1o		O	Município	poderá	propor,	incidentalmente	ao	curso	de	processo	em	que	seja	parte,	a	edição,	a	
revisão	 ou	 o	 cancelamento	 de	 enunciado	 de	 súmula	 vinculante,	 o	 que	 não	 autoriza	 a	 suspensão	 do	
processo.	
§	2o		No	procedimento	de	edição,	revisão	ou	cancelamento	de	enunciado	da	súmula	vinculante,	o	relator	
poderá	 admitir,	 por	 decisão	 irrecorrível,	 a	 manifestação	 de	 terceiros	 na	 questão,	 nos	 termos	 do	
Regimento	Interno	do	Supremo	Tribunal	Federal.	
Art.	 4o	 	 A	 súmula	 com	 efeito	 vinculante	 tem	 eficácia	 imediata,	mas	 o	 Supremo	 Tribunal	 Federal,	 por	
decisão	de	2/3	(dois	terços)	dos	seus	membros,	poderá	restringir	os	efeitos	vinculantes	ou	decidir	que	só	
tenha	eficácia	a	partir	de	outro	momento,	tendo	em	vista	razões	de	segurança	jurídica	ou	de	excepcional	
interesse	público.	
Art.	5o		Revogada	ou	modificada	a	lei	em	que	se	fundou	a	edição	de	enunciado	de	súmula	vinculante,	o	
Supremo	 Tribunal	 Federal,	 de	 ofício	 ou	 por	 provocação,	 procederá	 à	 sua	 revisão	 ou	 cancelamento,	
conforme	o	caso.	
Art.	6o		A	proposta	de	edição,	revisão	ou	cancelamento	de	enunciado	de	súmula	vinculante	não	autoriza	
a	suspensão	dos	processos	em	que	se	discuta	a	mesma	questão.	
Art.	7o		Da	decisão	judicial	ou	do	ato	administrativo	que	contrariar	enunciado	de	súmula	vinculante,	negar-
lhe	vigência	ou	aplicá-lo	indevidamente	caberá	reclamação	ao	Supremo	Tribunal	Federal,	sem	prejuízo	
dos	recursos	ou	outros	meios	admissíveis	de	impugnação.	
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§	 1o	 	 Contra	 omissão	 ou	 ato	 da	 administração	 pública,	 o	 uso	 da	 reclamação	 só	 será	 admitido	 após	
esgotamento	das	vias	administrativas.	
§	2o	 	Ao	 julgar	procedente	a	 reclamação,	o	Supremo	Tribunal	Federal	anulará	o	ato	administrativo	ou	
cassará	a	decisão	judicial	impugnada,	determinando	que	outra	seja	proferida	com	ou	sem	aplicação	da	
súmula,	conforme	o	caso.	
Art.	8o		O	art.	56	da	Lei	no	9.784,	de	29	de	janeiro	de	1999,	passa	a	vigorar	acrescido	do	seguinte	§	3o:	
“Art.	56.	............................	
........................................	
§	3o		Se	o	recorrente	alegar	que	a	decisão	administrativa	contraria	enunciado	da	súmula	vinculante,	caberá	
à	autoridade	prolatora	da	decisão	impugnada,	se	não	a	reconsiderar,	explicitar,	antes	de	encaminhar	o	
recurso	 à	 autoridade	 superior,	 as	 razões	 da	 aplicabilidade	 ou	 inaplicabilidade	 da	 súmula,	 conforme	o	
caso.”	(NR)	
Art.	9o		A	Lei	no	9.784,	de	29	de	janeiro	de	1999,	passa	a	vigorar	acrescida	dos	seguintes	arts.	64-A	e	64-B:	
“Art.	64-A.		Se	o	recorrente	alegar	violação	de	enunciado	da	súmula	vinculante,	o	órgão	competente	para	
decidir	o	recurso	explicitará	as	razões	da	aplicabilidade	ou	inaplicabilidade	da	súmula,	conforme	o	caso.”	
“Art.	64-B.		Acolhida	pelo	Supremo	Tribunal	Federal	a	reclamação	fundada	em	violação	de	enunciado	da	
súmula	vinculante,	dar-se-á	ciência	à	autoridade	prolatora	e	ao	órgão	competente	para	o	julgamento	do	
recurso,	que	deverão	adequar	as	futuras	decisões	administrativas	em	casos	semelhantes,	sob	pena	de	
responsabilização	pessoal	nas	esferas	cível,	administrativa	e	penal.”	
Art.	 10.	 	 O	 procedimento	 de	 edição,	 revisão	 ou	 cancelamento	 de	 enunciado	 de	 súmula	 com	 efeito	
vinculante	obedecerá,	subsidiariamente,	ao	disposto	no	Regimento	Interno	do	Supremo	Tribunal	Federal.	
Art.	11.		Esta	Lei	entra	em	vigor	3	(três)	meses	após	a	sua	publicação.	
Brasília,	19	de	dezembro	de	2006;	185o	da	Independência	e	118o	da	República.	
2.3.	Requisitos	(Criação,	revisão	e	cancelamento	das	Súmulas	Vinculantes)	
Eficácia	imediata,	ou	seja,	uma	vez	editada	uma	Súmula	Vinculante,	esta	estará	apta	a	produzir	
seus	efeitos.	
Todavia,	a	eficácia	é	mitigada	na	lei	11.417/06	que	permite	a	modulação	dos	efeitos	da	Súmula	
Vinculante,	assim	como	na	ADI	(art.	27,	Lei	9868/98).	
2.3.1.	Modulação	dos	Efeitos	da	Declaração	de	Inconstitucionalidade	
Em	regra,	a	decisão	que	reconhece	a	inconstitucionalidade,	produz	efeitos	ex	tunc.	Contudo,	por	razões	
de	segurança	jurídica,	de	forma	excepcional	em	virtude	do	interesse	social,	pode-se	modular	estes	efeitos	
para	ex-nunc,	pró-passado	ou	pró-futuro	(vide	matéria	de	Direito	Constitucional	III).	Para	esta	modulação,	
exige-se:	
-	2/3	dos	Ministros	do	STF;	
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-	Razões	de	Interesse	Público/Social.	
Art.	27	–	Lei	9868/98.	Ao	declarar	a	inconstitucionalidade	de	lei	ou	ato	normativo,	e	tendo	em	vista	razões	
de	segurança	jurídica	ou	de	excepcional	interesse	social,	poderá	o	Supremo	Tribunal	Federal,	por	maioria	
de	dois	 terços	de	 seus	membros,	 restringir	os	efeitos	daquela	declaração	ou	decidir	que	ela	 só	 tenha	
eficácia	a	partir	de	seu	trânsito	em	julgado	ou	de	outro	momento	que	venha	a	ser	fixado.	
2.3.2.	Modulação	da	Súmula	Vinculante	
Da	mesma	forma,	e	com	os	mesmos	requisitos,	admite-se	a	modulação	dos	efeitos	da	Súmula	
Viculante.	
2.4.	Extensão	(A	quem	vincula?)	
A	Súmula	Vinculante	“vincula”:	
a)	Demais	órgãos	do	Poder	Judiciário,	exceto	o	Plenário	STF	(que	pode	mudar	de	opinião);	
O	Ministro	do	STF,	ao	proferir	decisão/voto	monocrático	e,	ainda,	os	órgãos	fracionários	(Turmas)	NÃO	
podem	decidir	de	forma	contrária	à	Súmula	Vinculante.		
b)	 Administração	 Pública,	 direta	 e	 indireta,	 e	 em	 todas	 as	 esferas	 (Federal,	 Estadual,	 Distrital	 e	
Municipal).		
IMPORTANTE:	
A	Súmula	Vinculante	NÃO	vincula	o	Poder	Legislativo	NAS	FUNÇÕES	TÍPICAS	(Produção	de	
atos	normativos).	
Em	razão	do	princípio	da	separação	dos	poderes,	posto	que,	se	vinculasse	o	Legislativo,	admitir-se-ia	que	
o	Judiciário	está	em	patamar	superior	ao	Legislativo.	
-	Tese	da	não	fossilização	do	legislador.	
ADEMAIS,	PODERIA	O	PRESIDENTE	DA	REPÚBLICA	EDITAR	MEDIDA	PROVISÓRIA	CONTRÁRIA	
À	SÚMULA	VINCULANTE	(FUNÇÃO	ATÍPICA	LEGIFERANTE).	
2.5.	 Legitimados	 (Quem	 pode	 provocar	 o	 Supremo	 para	 editar,	 revisar	 ou	 cancelar	 Súmula	
Vinculante	-	STF)	
a)	Os	legitimados	do	art.	103	–	CF	(Rol	taxativo);	
b)	Tribunais	de	2º	grau	(TJ`s,	TRT`s	TRE`s	e	Tribunais	Militares,	onde	houver)	e	Superiores.	
c)	Defensor	Público	Geral	da	União.	
d)	Municípios	incidentalmente	(No	curso	de	processos	em	que	seja	parte).	
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Art.	 103	 -	 CF.	 Podem	 propor	 a	 ação	 direta	 de	 inconstitucionalidade	 e	 a	 ação	 declaratória	 de	
constitucionalidade:											(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)										(Vide	Lei	nº	
13.105,	de	2015)				(Vigência)	
I	-	o	Presidente	da	República;	
II	-	a	Mesa	do	Senado	Federal;	
III	-	a	Mesa	da	Câmara	dos	Deputados;	
IV	-	a	Mesa	de	Assembléia	Legislativa	ou	da	Câmara	Legislativa	do	Distrito	Federal;									(Redação	dada	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
V	-	o	Governador	de	Estado	ou	do	Distrito	Federal;									(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	
de	2004)	
VI	-	o	Procurador-Geral	da	República;	
VII	-	o	Conselho	Federal	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil;	
VIII	-	partido	político	com	representação	no	Congresso	Nacional;	
IX	-	confederação	sindical	ou	entidade	de	classe	de	âmbito	nacional.	
§	1º	O	Procurador-Geral	da	República	deverá	ser	previamente	ouvido	nas	ações	de	inconstitucionalidade	
e	em	todos	os	processos	de	competência	do	Supremo	Tribunal	Federal.	
§	2º	Declarada	a	inconstitucionalidade	por	omissão	de	medida	para	tornar	efetiva	norma	constitucional,	
será	dada	ciência	ao	Poder	competente	para	a	adoção	das	providências	necessárias	e,	em	se	tratando	de	
órgão	administrativo,	para	fazê-lo	em	trinta	dias.	
§	3º	Quando	o	Supremo	Tribunal	Federal	apreciar	a	inconstitucionalidade,	em	tese,	de	norma	legal	ou	ato	
normativo,	citará,previamente,	o	Advogado-Geral	da	União,	que	defenderá	o	ato	ou	texto	impugnado.	
Art.	3o	–	Lei	11.417/06	-		São	legitimados	a	propor	a	edição,	a	revisão	ou	o	cancelamento	de	enunciado	
de	súmula	vinculante:	
I	-	o	Presidente	da	República;	
II	-	a	Mesa	do	Senado	Federal;	
III	–	a	Mesa	da	Câmara	dos	Deputados;	
IV	–	o	Procurador-Geral	da	República;	
V	-	o	Conselho	Federal	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil;	
VI	-	o	Defensor	Público-Geral	da	União;	
VII	–	partido	político	com	representação	no	Congresso	Nacional;	
VIII	–	confederação	sindical	ou	entidade	de	classe	de	âmbito	nacional;	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
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IX	–	a	Mesa	de	Assembléia	Legislativa	ou	da	Câmara	Legislativa	do	Distrito	Federal;	
X	-	o	Governador	de	Estado	ou	do	Distrito	Federal;	
XI	 -	os	Tribunais	Superiores,	os	Tribunais	de	 Justiça	de	Estados	ou	do	Distrito	Federal	e	Territórios,	os	
Tribunais	Regionais	Federais,	os	Tribunais	Regionais	do	Trabalho,	os	Tribunais	Regionais	Eleitorais	e	os	
Tribunais	Militares.	
§	1o		O	Município	poderá	propor,	incidentalmente	ao	curso	de	processo	em	
que	 seja	 parte,	 a	 edição,	 a	 revisão	 ou	 o	 cancelamento	 de	 enunciado	 de	
súmula	vinculante,	o	que	não	autoriza	a	suspensão	do	processo.	
§	2o		No	procedimento	de	edição,	revisão	ou	cancelamento	de	enunciado	da	súmula	vinculante,	o	relator	
poderá	 admitir,	 por	 decisão	 irrecorrível,	 a	 manifestação	 de	 terceiros	 na	 questão,	 nos	 termos	 do	
Regimento	Interno	do	Supremo	Tribunal	Federal.	
2.6.	Reclamação	–	RCL	
Não	é	recurso.	
Trata-se	de	ação	de	competência	originária	do	STF.	
Caso	se	trate	de	decisão	de	judicial,	e	se	for	julgada	procedente,	a	Reclamação	irá	cassá-la.	
Caso	se	trate	de	ato	administrativo,	este	será	anulado.	
Excepcionalmente,	 nos	 termos	 do	 art.	 7º,	 §1º	 da	 Lei	 11.417/06,	 caso	 se	 trate	 de	 ato	
administrativo,	deve-se	ESGOTAR	AS	VIAS	ADMINISTRATIVAS.	
Art.	7o	–	Lei	11.417/06	-		Da	decisão	judicial	ou	do	ato	administrativo	que	contrariar	enunciado	de	súmula	
vinculante,	 negar-lhe	 vigência	 ou	 aplicá-lo	 indevidamente	 caberá	 reclamação	 ao	 Supremo	 Tribunal	
Federal,	sem	prejuízo	dos	recursos	ou	outros	meios	admissíveis	de	impugnação.	
§	 1o	 	 Contra	 omissão	 ou	 ato	 da	 administração	 pública,	 o	 uso	 da	 reclamação	 só	 será	 admitido	 após	
esgotamento	das	vias	administrativas.	
§	2o	 	Ao	 julgar	procedente	a	 reclamação,	o	Supremo	Tribunal	Federal	anulará	o	ato	administrativo	ou	
cassará	a	decisão	judicial	impugnada,	determinando	que	outra	seja	proferida	com	ou	sem	aplicação	da	
súmula,	conforme	o	caso.	
Nota:	
-	Em	regra,	não	é	necessário	o	esgotamento	das	vias	administrativas	para	acionar	o	judiciário,	
em	virtude	dos	princípios	da	inafastabilidade	jurisdicional	(art.	5º,	inciso	XXXV	–	CF).	
art.	5º	-	CF	-	XXXV	-	a	lei	não	excluirá	da	apreciação	do	Poder	Judiciário	lesão	ou	ameaça	a	direito;	
	
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-	Exceção	constitucional:	Justiça	desportiva	(art.	217	-	CF);	
Art.	217	-	CF.	É	dever	do	Estado	fomentar	práticas	desportivas	formais	e	não-formais,	como	direito	de	
cada	um,	observados:	
I	 -	 a	 autonomia	 das	 entidades	 desportivas	 dirigentes	 e	 associações,	 quanto	 a	 sua	 organização	 e	
funcionamento;	
II	-	a	destinação	de	recursos	públicos	para	a	promoção	prioritária	do	desporto	educacional	e,	em	casos	
específicos,	para	a	do	desporto	de	alto	rendimento;	
III	-	o	tratamento	diferenciado	para	o	desporto	profissional	e	o	não-	profissional;	
IV	-	a	proteção	e	o	incentivo	às	manifestações	desportivas	de	criação	nacional.	
§	 1º	 O	 Poder	 Judiciário	 só	 admitirá	 ações	 relativas	 à	 disciplina	 e	 às	 competições	 desportivas	 após	
esgotarem-se	as	instâncias	da	justiça	desportiva,	regulada	em	lei.	
§	2º	A	justiça	desportiva	terá	o	prazo	máximo	de	sessenta	dias,	contados	da	instauração	do	processo,	para	
proferir	decisão	final.	
§	3º	O	Poder	Público	incentivará	o	lazer,	como	forma	de	promoção	social.	
-	Exceções	infraconstitucionais	(rol	exemplificativo):	
a)	Reclamação	contra	ato	administrativo	contrário	a	texto	de	Súmula	Vinculante;	
b)	Habeas	data.	
2.7.	Mais	aspectos	procedimentais	da	Súmula	Vinculante	
a)	 O	 Procurador	 Geral	 da	 República	 OBRIGATORIAMENTE	 participará	 (ou	 como	 legitimado	
provocando	o	STF,	ou	como	custos	legis);	
b)	Amicus	Curiae	pode	participar	nas	matérias	em	que	é	 importante	 levar	o	conhecimento	
técnico	ao	STF;	
c)	Esgotamento	das	vias	administrativas	em	Reclamação	referente	a	ato	administrativo	que	
viola	Súmula	Vinculante	(Art.	7º,	§1º	-	Lei	11.417/06)	(vide	acima).		
APOSTILA:	
-	Súmulas	Vinculantes	(Art.	103-A	c/c	Lei	11.417/06)	
1)	Não	caberá	reclamação	se	a	decisão	judicial	ou	o	ato	administrativo	que	se	pretende	atacar	for	anterior	
à	 edição	 da	 súmula	 vinculante.	 Para	 essa	 situação	 caberá	 outros	 instrumentos	 como,	 por	 exemplo,	
Mandado	de	Segurança	e	Recurso	Extraordinário	(RE).	
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2)	De	acordo	com	o	art.	7o,	§	1o,	da	Lei	11.417/06,	contra	omissão	ou	ato	da	administração	pública,	o	uso	
da	reclamação	só	será	admitido	após	esgotamento	das	vias	administrativas.	
3)	O	STF	recentemente	firmou	entendimento	que	para	a	revisão	ou	cancelamento	de	súmula	vinculante	
é	 necessário	 demonstrar	 que	 houve	 evidente	 superação	 da	 jurisprudência	 do	 STF	 no	 tratamento	 da	
matéria	ou	que	tenha	tido	alteração	legislativa	quanto	ao	tema	ou,	ainda,	que	tenha	ocorrido	modificação	
relevante	no	contexto	político,	econômico	ou	social.	Razão	pela	qual	rejeitou	o	pedido	da	Anamatra	de	
cancelamento	ou	alteração	da	SV	no	25,	bem	como	 rejeitou	o	pedido	da	Confederação	Brasileira	dos	
Trabalhadores	Policiais	Civis	(Cobrapol)	de	cancelamento	da	SV	no	11.	
QUESTÕES	DE	PROVA:	
1)	Assinale	a	opção	correta	a	respeito	de	súmula	vinculante.	
a)	Durante	o	processo	de	aprovação	de	súmula	vinculante,	os	processos	judiciais	em	curso	que	tratem	da	
matéria	objeto	do	enunciado	serão	suspensos	em	observância	à	segurança	jurídica.	
FALSO	-	NÃO	SERÃO	SUSPENSOS.	
b)	A	edição	de	súmula	vinculante	é	matéria	de	competência	absoluta	e	exclusiva	do	Supremo	Tribunal	
Federal,	sendo	vedada	a	intervenção	típica	ou	atípica	de	quaisquer	terceiros.	
FALSO	-	ADMITE	A	PARTICIPAÇÃO	DO	AMICUS	CURIAE.	
c)	A	súmula	vinculante	produz	efeitos	imediatos	a	partir	de	sua	edição,	não	admitindo	a	modulação	que	
pode	ter	lugar	em	determinadas	hipóteses	de	controle	concentrado.	
FALSO	–	PERMITIDA	A	MODULAÇÃO	DOS	EFEITOS.	
d)	 A	 edição	 de	 uma	 súmula	 vinculante	 pelo	 Supremo	 Tribunal	 Federal	 não	 impede	 que	 o	 Congresso	
Nacional	possa	alterar	ou	revogar	dispositivo	constitucional	objeto	do	enunciado	dessa	súmula.	
VERDADEIRO!	
e)	Súmula	vinculante	vincula	o	próprio	Supremo	Tribunal	Federal,	que	haverá	de	necessariamente	ater-
se	ao	comando	nela	contido.	
NÃO	VINCULA	O	SUPREMO,	QUE	PODERÁ	MUDAR	DE	ENTENDIMENTO.	
2)	Os	efeitos	de	súmula	vinculante	editada	pelo	STF	em	razão	de	pacificação	de	controvérsia	
judicial	transcendem	o	Poder	Judiciário	e	alcançam	os	Poderes	Legislativo	e	Executivo.	–	FALSO	
3)	 A	 prerrogativa	 quanto	 à	 provocação	 para	 aprovar,	 rever	 ou	 cancelar	 súmula	 vinculante	
pertence	aos	mesmos	órgãos	e	pessoas	que	têm	competência	para	propor	a	ação	direta	de	
inconstitucionalidade.	 –	 CORRETA,	 MAS	 O	 CESPE	 CONSIDEROU	 ERRADA,	
HAVENDO	RECURSO	SEM	ANULAÇÃO	(Legitimados	do	art.	103	–	CF,	mas	está	incompleta,	
posto	que	não	levou	em	consideração	aqueles	previstos	na	Lei	11.417/06).	
4)	 No	 Brasil,	 não	 cabe	 pena	 de	morte	 –	 ERRADA	 (há	 hipóteses	 em	 que	 é	 admitida	 como,	 por	
exemplo,	em	caso	de	guerra	declarada)	
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SUPERIMPORTANTE:NÃO	 cabe	 ADI	 e	 ADC	 em	 face	 de	 Súmula	 Vinculante,	 mas	 somente	 reclamação	 (vide	
Constitucional	III).	
3.	Conselho	Nacional	de	Justiça	–	CNJ	(art.	103-B	–	CF)	
3.1.	Considerações	iniciais	
Criado	pela	Emenda	Constitucional	45/04	–	Reforma	do	Judiciário.	
É	 órgão	 do	 judiciário,	 no	 entanto,	 diferentemente	 dos	 demais	 órgãos	 do	
judiciário,	 não	 exerce	 a	 função	 típica	 deste	 poder,	 qual	 seja,	 função	
jurisdicional.	
Possui	natureza	administrativa	e	correicional.	
O	CNJ	não	revê	decisões	de	caráter	jurisdicional.	
Ex.	Decisão	que	nega	segurança.	
Art.	 103-B	 -	 CF.	 O	 Conselho	 Nacional	 de	 Justiça	 compõe-se	 de	 15	 (quinze)	 membros	 com	
mandato	de	2	(dois)	anos,	admitida	1	(uma)	recondução,	sendo:										(Redação	dada	
pela	Emenda	Constitucional	nº	61,	de	2009)	
I	-	o	Presidente	do	Supremo	Tribunal	Federal;										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	61,	de	
2009)	
II	-	um	Ministro	do	Superior	Tribunal	de	Justiça,	 indicado	pelo	respectivo	tribunal;	 	 	 	 	 	 	 	 	 	(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
III	-	um	Ministro	do	Tribunal	Superior	do	Trabalho,	indicado	pelo	respectivo	tribunal;										(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
IV	-	um	desembargador	de	Tribunal	de	Justiça,	indicado	pelo	Supremo	Tribunal	Federal;										(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
V	-	um	juiz	estadual,	indicado	pelo	Supremo	Tribunal	Federal;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	
nº	45,	de	2004)	
VI	-	um	juiz	de	Tribunal	Regional	Federal,	indicado	pelo	Superior	Tribunal	de	Justiça;										(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
VII	-	um	juiz	federal,	indicado	pelo	Superior	Tribunal	de	Justiça;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	
nº	45,	de	2004)	
VIII	-	um	juiz	de	Tribunal	Regional	do	Trabalho,	indicado	pelo	Tribunal	Superior	do	Trabalho;										(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
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IX	-	um	juiz	do	trabalho,	indicado	pelo	Tribunal	Superior	do	Trabalho;	(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	
nº	45,	de	2004)	
X	-	um	membro	do	Ministério	Público	da	União,	indicado	pelo	Procurador-Geral	da	República;										(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
XI	um	membro	do	Ministério	Público	estadual,	escolhido	pelo	Procurador-Geral	da	República	dentre	os	
nomes	 indicados	 pelo	 órgão	 competente	 de	 cada	 instituição	 estadual;	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	45,	de	2004)	
XII	-	dois	advogados,	indicados	pelo	Conselho	Federal	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil;										(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
XIII	 -	 dois	 cidadãos,	 de	 notável	 saber	 jurídico	 e	 reputação	 ilibada,	 indicados	 um	 pela	 Câmara	 dos	
Deputados	e	outro	pelo	Senado	Federal.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
§	 1º	O	Conselho	 será	presidido	pelo	Presidente	do	 Supremo	Tribunal	 Federal	 e,	 nas	 suas	 ausências	 e	
impedimentos,	pelo	Vice-Presidente	do	Supremo	Tribunal	Federal.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Redação	dada	pela	Emenda	
Constitucional	nº	61,	de	2009)	
§	2º	Os	demais	membros	do	Conselho	serão	nomeados	pelo	Presidente	da	
República,	depois	de	aprovada	a	escolha	pela	maioria	absoluta	do	Senado	
Federal.										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	61,	de	2009)	
§	3º	Não	efetuadas,	no	prazo	 legal,	as	 indicações	previstas	neste	artigo,	caberá	a	escolha	ao	Supremo	
Tribunal	Federal.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
§	4º	Compete	ao	Conselho	o	controle	da	atuação	administrativa	e	 financeira	do	Poder	 Judiciário	e	do	
cumprimento	dos	deveres	funcionais	dos	juízes,	cabendo-lhe,	além	de	outras	atribuições	que	lhe	forem	
conferidas	pelo	Estatuto	da	Magistratura:										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
I	-	zelar	pela	autonomia	do	Poder	Judiciário	e	pelo	cumprimento	do	Estatuto	da	Magistratura,	podendo	
expedir	atos	regulamentares,	no	âmbito	de	sua	competência,	ou	recomendar	providências;										(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
II	-	zelar	pela	observância	do	art.	37	e	apreciar,	de	ofício	ou	mediante	provocação,	a	legalidade	dos	atos	
administrativos	praticados	por	membros	ou	órgãos	do	Poder	Judiciário,	podendo	desconstituí-los,	revê-
los	ou	 fixar	prazo	para	que	 se	adotem	as	providências	necessárias	 ao	exato	 cumprimento	da	 lei,	 sem	
prejuízo	da	competência	do	Tribunal	de	Contas	da	União;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	
45,	de	2004)	
III	-	receber	e	conhecer	das	reclamações	contra	membros	ou	órgãos	do	Poder	Judiciário,	inclusive	contra	
seus	serviços	auxiliares,	serventias	e	órgãos	prestadores	de	serviços	notariais	e	de	registro	que	atuem	por	
delegação	do	poder	público	ou	oficializados,	sem	prejuízo	da	competência	disciplinar	e	correicional	dos	
tribunais,	podendo	avocar	processos	disciplinares	em	curso	e	determinar	a	remoção,	a	disponibilidade	ou	
a	aposentadoria	com	subsídios	ou	proventos	proporcionais	ao	tempo	de	serviço	e	aplicar	outras	sanções	
administrativas,	assegurada	ampla	defesa;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
IV	-	representar	ao	Ministério	Público,	no	caso	de	crime	contra	a	administração	pública	ou	de	abuso	de	
autoridade;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
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V	-	rever,	de	ofício	ou	mediante	provocação,	os	processos	disciplinares	de	juízes	e	membros	de	tribunais	
julgados	há	menos	de	um	ano;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
VI	-	elaborar	semestralmente	relatório	estatístico	sobre	processos	e	sentenças	prolatadas,	por	unidade	
da	Federação,	nos	diferentes	órgãos	do	Poder	Judiciário;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	
de	2004)	
VII	-	elaborar	relatório	anual,	propondo	as	providências	que	julgar	necessárias,	sobre	a	situação	do	Poder	
Judiciário	no	País	e	as	atividades	do	Conselho,	o	qual	deve	integrar	mensagem	do	Presidente	do	Supremo	
Tribunal	 Federal	 a	 ser	 remetida	 ao	 Congresso	 Nacional,	 por	 ocasião	 da	 abertura	 da	 sessão	
legislativa.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
§	5º	O	Ministro	do	Superior	Tribunal	de	Justiça	exercerá	a	função	de	Ministro-Corregedor	e	ficará	excluído	
da	distribuição	de	processos	no	Tribunal,	competindo-lhe,	além	das	atribuições	que	lhe	forem	conferidas	
pelo	Estatuto	da	Magistratura,	as	seguintes:										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
I	receber	as	reclamações	e	denúncias,	de	qualquer	interessado,	relativas	aos	magistrados	e	aos	serviços	
judiciários;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
II	exercer	funções	executivas	do	Conselho,	de	inspeção	e	de	correição	geral;										(Incluído	pela	Emenda	
Constitucional	nº	45,	de	2004)	
III	 requisitar	 e	 designar	 magistrados,	 delegando-lhes	 atribuições,	 e	 requisitar	 servidores	 de	 juízos	 ou	
tribunais,	inclusive	nos	Estados,	Distrito	Federal	e	Territórios.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	
nº	45,	de	2004)	
§	6º	Junto	ao	Conselho	oficiarão	o	Procurador-Geral	da	República	e	o	Presidente	do	Conselho	Federal	da	
Ordem	dos	Advogados	do	Brasil.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
§	7º	A	União,	inclusive	no	Distrito	Federal	e	nos	Territórios,	criará	ouvidorias	de	justiça,	competentes	para	
receber	reclamações	e	denúncias	de	qualquer	interessado	contra	membros	ou	órgãos	do	Poder	Judiciário,	
ou	 contra	 seus	 serviços	 auxiliares,	 representando	 diretamente	 ao	 Conselho	 Nacional	 de	
Justiça.													(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
Súmula	649	–	STF	–	CONTINUA	VÁLIDA,	MAS	COM	APLICAÇÃO	APENAS	NAS	CONSTITUIÇÕES	ESTADUAIS	
É	 inconstitucional	 a	 criação,	 por	 Constituição	 Estadual,de	 órgão	 de	 controle	 administrativo	 do	 Poder	
Judiciário	do	qual	participem	representantes	de	outros	poderes	ou	entidades.	
Ex.	O	STF	entendeu	que	o	CNJ	não	viola	a	Súmula	649	–	STF,	uma	vez	que	este	é	de	caráter	nacional	que	
fiscaliza	todos	os	membros	do	Poder	Judiciário,	inclusive	daqueles	que	atuam	em	âmbito	estadual.	
A	Súmula	649	–	STF	continua	tendo	validade,	mas	a	sua	aplicação	é	apenas	no	ÂMBITO	ESTADUAL,	ou	
seja,	os	Estados	não	podem	criar	órgão	equiparado	ao	CNJ	com	atuação	estatal.	
Não	 podem	as	 Constituições	 Estaduais	 criar,	 paralelamente	 ao	 CNJ,	 órgão	 equivalente	 de	 atuação	 no	
âmbito	estadual.	
	 	
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3.2.	Atribuições	do	CNJ	(art.	103-B,	§4º	-	CF)	
art.	 103-B	 -	 §	 4º	 Compete	 ao	 Conselho	 o	 controle	 da	 atuação	 administrativa	 e	 financeira	 do	 Poder	
Judiciário	e	do	cumprimento	dos	deveres	funcionais	dos	juízes,	cabendo-lhe,	além	de	outras	atribuições	
que	lhe	forem	conferidas	pelo	Estatuto	da	Magistratura:										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	
de	2004)	
I	 -	 zelar	 pela	 autonomia	 do	 Poder	 Judiciário	 e	 pelo	 cumprimento	 do	 Estatuto	 da	 Magistratura,	
podendo	expedir	atos	regulamentares1,	no	âmbito	de	sua	competência,	ou	recomendar	
providências;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
(1)	Atos	regulamentares	expedidos	pelo	CNJ:	Tratam-se	das	RESOLUÇÕES	DO	CNJ.	
Ex.	Resolução	75	–	CNJ	–	contagem	de	prazo	para	fins	atuação	jurídica	para	ingresso	na	Magistratura.		
-	Resolução	do	CNJ	pode	ser	objeto	de	ADI	e	ADC	(ou	seja,	é	ato	normativo	primário)?	
Supremo	 entendeu	 que	 a	 resoluções	 do	 CNJ	 SÃO	 ATOS	 NORMATIVOS	 PRIMÁRIOS,	 ou	 seja,	 ESTÃO	
SUJEITAS	ÀS	AÇÕES	DE	CONTROLE	CONCENTRADO	DE	CONSTITUCIONALIDADE.	
II	-	zelar	pela	observância	do	art.	37	e	apreciar,	de	ofício	ou	mediante	provocação,	a	legalidade	dos	atos	
administrativos	praticados	por	membros	ou	órgãos	do	Poder	Judiciário,	podendo	desconstituí-los,	revê-
los	ou	 fixar	prazo	para	que	 se	adotem	as	providências	necessárias	 ao	exato	 cumprimento	da	 lei,	 sem	
prejuízo	da	competência	do	Tribunal	de	Contas	da	União;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	
45,	de	2004)	
III	-	receber	e	conhecer	das	reclamações	contra	membros	ou	órgãos	do	Poder	Judiciário,	inclusive	
contra	 seus	 serviços	 auxiliares,	 serventias	 e	 órgãos	 prestadores	 de	
serviços	notariais	e	de	registro	que	atuem	por	delegação	do	poder	público	
ou	oficializados,	SEM	PREJUÍZO	DA	COMPETÊNCIA	DISCIPLINAR	E	CORREICIONAL	DOS	TRIBUNAIS,	
podendo	 avocar	 processos	 disciplinares	 em	 curso	 e	 determinar	 a	 remoção,	 a	 disponibilidade	 ou	 a	
aposentadoria	com	subsídios	ou	proventos	proporcionais	ao	tempo	de	serviço	e	aplicar	outras	sanções	
administrativas,	assegurada	ampla	defesa;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
CNJ	 TAMBÉM	 FISCALIZA	 O	 OFICIAL	 DE	 JUSTIÇA,	 ANALISTA,	 TÉCNICO,	 ESCRIVÃO,	 SERVIDORES	 DE	
CARTÓRIOS.	
CNJ	coexiste	com	os	órgãos	correcionais	internos	de	cada	Tribunal.	
-	A	competência	do	CNJ	é	subsidiária	à	atuação	dos	órgãos	correcionais	internos	ou	então	este	possui	
competência	concorrente	autônoma?	
O	CNJ	possui	competência	concorrente	autônoma.	
O	CNJ,	QUANDO	REVÊ	DECISÃO	PROFERIDA	POR	ÓRGÃO	CORRECIONAL	INTERNO,	PODE	AGRAVAR	OU	
ABRANDAR	A	PENA	APLICADA.		
FUNDAMENTOU-SE	QUE	O	CNJ	ESTÁ	FORA	DO	TRIBUNAL,	PODENDO	POSSUIR	MAIOR	IMPARCIALIDADE	
EM	RELAÇÃO	AO	ÓRGÃO	INTERNO.	
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AS	SANÇÕES	DO	CNJ	SERÃO,	SEMPRE,	DE	NATUREZA	ADMINISTRATIVA!	
NÃO	PODE	 IMPOR	SANÇÕES	DE	NATUREZA	PENAL.	NESTE	CASO,	DEVERÁ	
REPRESENTAR	AO	MINISTÉRIO	PÚBLICO	QUE,	EVENTUALMENTE,	AJUIZARÁ	
A	AÇÃO	PENAL.		
IV	-	representar	ao	Ministério	Público,	no	caso	de	crime	contra	a	administração	pública	ou	de	abuso	de	
autoridade;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
V	-	rever,	de	ofício	ou	mediante	provocação,	os	processos	disciplinares	de	
juízes	e	membros	de	tribunais	julgados	há	menos	de	um	ano;										(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
VI	-	elaborar	semestralmente	relatório	estatístico	sobre	processos	e	sentenças	prolatadas,	por	unidade	
da	Federação,	nos	diferentes	órgãos	do	Poder	Judiciário;										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	
de	2004)	
VII	-	elaborar	relatório	anual,	propondo	as	providências	que	julgar	necessárias,	sobre	a	situação	do	Poder	
Judiciário	no	País	e	as	atividades	do	Conselho,	o	qual	deve	integrar	mensagem	do	Presidente	do	Supremo	
Tribunal	 Federal	 a	 ser	 remetida	 ao	 Congresso	 Nacional,	 por	 ocasião	 da	 abertura	 da	 sessão	
legislativa.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	45,	de	2004)	
IMPORTANTE:	
Tudo	que	foi	explanado	acerca	do	CNJ	aplica-se,	também	ao,	Conselho	Nacional	do	Ministério	
Público	–	CNMP.	
APOSTILA:	
-	Declarada	a	 constitucionalidade	da	 criação	do	CNJ	 ficou	 firmado	o	entendimento	de	que	a	
Súmula	no	649,	STF	está	afeta	apenas	às	Constituições	Estaduais,	não	encontrando	respaldo	na	
Constituição	Federal.	
	
-	O	STF	já	decidiu	que	o	CNJ	é	competente	para	editar	ato	normativo	primário	no	
âmbito	das	matérias	do	art.	103-B,	§	4o,	CF.	Exemplo:	Resolução	no	7	declarada	constitucional	
na	ADC	no	12.	
	
-	Ao	CNJ	não	é	permitido	apreciar	a	constitucionalidade	de	atos	administrativos,	tão	somente	
sua	legalidade	(MS	28.872-AgR)	
	
-	Não	há	necessidade	de	exaurimento	da	instância	administrativa	ordinária	para	a	atuação	do	
CNJ.	 Competência	 concorrente	 (autônoma)	 e	 não	 subsidiária.	 (MS	 28.620rel.	
min.	Dias	Toffoli,	 julgamento	em	23-9-2014).	Desta	forma,	o	CNJ	pode	investigar	magistrados	
independentemente	da	atuação	da	corregedoria	do	Tribunal	(ADI	4638	e	Resolução	no	135	CNJ)	

	
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-	Qualquer	pessoa	é	parte	legítima	para	representar	ilegalidades	perante	o	CNJ.	Apuração	que	é	
de	interesse	público.”	(MS	28.620,	rel.	min.	Dias	Toffoli,	julgamento	em	23-9-2014)	
	
-	No	tocante	ao	art.	102,	I,	r,	CF,	o	STF	tem	dado	interpretação	restritiva	
ao	 dispositivo	 de	 modo	 a	 aceitar	 apenas	 os	 mandados	 de	 segurança,	
mandados	de	injunção,	habeas	corpus	e	habeas	data	contra	ato	do	CNJ	(o	
próprio	CNJ	figura	no	polo	passivo).	Nas	ações	ordinárias	contra	atos	do	
CNJ	a	competência	para	julgar	será	dos	juízes	federais	(art.	109,	I,	CF),	pois	
a	União	quem	vai	figurar	no	polo	passivo	da	ação,	já	que	os	Conselhos	são	
órgãos	federais.	Assim	como	o	STF	firmou	entendimento	de	que	não	é	de	
sua	competência	conhecer	da	ação	popular	e	ação	civil	pública	contra	ato	
do	CNJ.		
A	competência	do	STF	para	 julgar	as	ações	envolvendo	atos	do	CNJ	 resume-se	aos	 remédios	
constitucionais	 em	 que	 o	 CNJ	 tenha	 praticado	 um	 ato	 positivo/afirmativo	 que	 implica	 em	
alteração.	
As	decisões	negativas	 (aquela	que	nada	decide	e	não	 tem	 implicação	prática)	do	CNJ	 sequer	
serão	apreciadas	pelo	poder	judiciário	(vide	abaixo).	
-	Não	cabe	mandado	de	segurança	contra	ato	de	deliberação	negativa	do	
Conselho	 Nacional	 de	 Justiça,	 por	 não	 se	 tratar	 de	 ato	 que	 importe	 a	
substituição	ou	a	revisão	do	ato	praticado	por	outro	órgão	do	Judiciário.	
Assim,	 o	 STF	 não	 tem	 competência	 para	 processar	 e	 julgar	 ações	
decorrentes	de	decisões	NEGATIVAS	do	CNMP	e	do	CNJ.	Como	o	conteúdo	
da	decisão	do	CNJ/CNMP	foi	“negativo”,	o	Conselho	não	decidiu	nada.	Se	
não	decidiu	nada,	não	praticou	nenhum	ato.	Se	não	praticou	nenhum	ato,	
não	existe	ato	do	CNJ/CNMP	a	ser	atacado	no	STF.	Em	razão	do	exposto,	
não	 compete	 ao	 STF	 julgar	 MS	 impetrado	 contra	 decisão	 do	 CNJ	 que	
julgou	 improcedente	pedido	de	cassação	de	um	ato	normativo	editado	
por	vara	 judicial.	 STF.	2a	Turma.	MS	33085/DF,	Rel.	Min.	Teori	Zavascki,	
julgado	em	20/09/2016	(Info840).	
	
QUESTÕES	DE	PROVA:	
1)	 Considere	 que,	 em	 procedimento	 de	 controle	 administrativo,	 o	 Conselho	 Nacional	 de	
Justiça	(CNJ)	tenha	rejeitado	pedido	do	interessado	de	reconhecimento	da	ilegalidade	de	ato	
praticado	 por	 tribunal	 de	 justiça	 e	 que,	 inconformado,	 o	 interessado	 tenha	 impetrado	
mandado	 de	 segurança	 contra	 o	 CNJ	 no	 Supremo	 Tribunal	 Federal	 (STF).	 Nessa	 situação,	
conforme	o	entendimento	do	STF,	a	decisão	negativa	do	CNJ	não	está	sujeita	a	revisão	por	
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meio	de	mandado	de	segurança	impetrado	diretamente	na	Suprema	Corte.	–	CORRETO,	uma	
vez	que	a	decisão	reveste-se	de	caráter	negativo.	
2)	 O	 Conselho	 Nacional	 de	 Justiça	 constitui	 órgão	 de	 controle	 externo	 da	 atividade	
jurisdicional.	–	FALSO	–	O	CONTROLE	É	INTERNO,	OU	SEJA,	DO	PRÓPRIO	PODER	JUDICIÁRIO.	
3)	Embora	a	CF	o	insira	entre	os	órgãos	jurisdicionais	(ou	seja,	que	integra	o	Poder	Judiciário),	
o	 Conselho	 Nacional	 de	 Justiça	 possui	 atribuições	 exclusivamente	 administrativas	 e	
disciplinares	e	submete-se	ao	controle	do	Supremo	Tribunal	Federal.	–	CORRETO	
4)	 Em	 se	 tratando	 de	 crimes	 de	 responsabilidade,	 os	 membros	 do	
Conselho	Nacional	de	Justiça	serão	processados	e	julgados	pelo	Senado	
Federal.	–	CORRETO	(Art.	52,	incisos	I	e	II	–	CF	–	Das	Competências	Privativas	do	Senado	
Federal).		
Art.	52	-	CF.	Compete	privativamente	ao	Senado	Federal:	
I	 -	processar	e	 julgar	o	Presidente	e	o	Vice-Presidente	da	República	nos	
crimes	 de	 responsabilidade,	 bem	 como	 os	 Ministros	 de	 Estado	 e	 os	
Comandantes	 da	Marinha,	 do	 Exército	 e	 da	Aeronáutica	 nos	 crimes	da	
mesma	natureza	conexos	com	aqueles;										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	
nº	23,	de	02/09/99)	
EXCEPCIONA/MITIGA	A	REGRA	DA	VITALICIEDADE	DOS	MAGISTRADOS.	
O	 SENADO,	 EM	 SUAS	 COMPETÊNCIAS	 PRIVATIVAS,	 NÃO	 PROLATA	 UMA	 SENTENÇA,	 MAS	 SIM	 UMA	
RESOLUÇÃO	(RESOLUÇÃO	DO	SENADO	FEDERAL).	
II	 -	 processar	 e	 julgar	 os	 Ministros	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal,	 os	
membros	 do	 Conselho	 Nacional	 de	 Justiça	 e	 do	 Conselho	 Nacional	 do	
Ministério	Público,	o	Procurador-Geral	da	República	e	o	Advogado-Geral	
da	 União	 nos	 crimes	 de	 responsabilidade;	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Redação	 dada	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	45,	de	2004)	
III	-	aprovar	previamente,	por	voto	secreto,	após	argüição	pública,	a	escolha	de:	
a)	Magistrados,	nos	casos	estabelecidos	nesta	Constituição;	
b)	Ministros	do	Tribunal	de	Contas	da	União	indicados	pelo	Presidente	da	República;	
c)	Governador	de	Território;	
d)	Presidente	e	diretores	do	banco	central;	
e)	Procurador-Geral	da	República;	
f)	titulares	de	outros	cargos	que	a	lei	determinar;	
IV	-	aprovar	previamente,	por	voto	secreto,	após	argüição	em	sessão	secreta,	a	escolha	dos	chefes	de	
missão	diplomática	de	caráter	permanente;	
V	-	autorizar	operações	externas	de	natureza	financeira,	de	interesse	da	União,	dos	Estados,	do	Distrito	
Federal,	dos	Territórios	e	dos	Municípios;	
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VI	-	fixar,	por	proposta	do	Presidente	da	República,	limites	globais	para	o	montante	da	dívida	consolidada	
da	União,	dos	Estados,	do	Distrito	Federal	e	dos	Municípios;	
VII	-	dispor	sobre	limites	globais	e	condições	para	as	operações	de	crédito	externo	e	interno	da	União,	dos	
Estados,	do	Distrito	Federal	e	dos	Municípios,	de	suas	autarquias	e	demais	entidades	controladas	pelo	
Poder	Público	federal;	
VIII	-	dispor	sobre	limites	e	condições	para	a	concessão	de	garantia	da	União	em	operações	de	crédito	
externo	e	interno;	
IX	-	estabelecer	limites	globais	e	condições	para	o	montante	da	dívida	mobiliária	dos	Estados,	do	Distrito	
Federal	e	dos	Municípios;	
X	-	suspender	a	execução,	no	todo	ou	em	parte,	de	lei	declarada	inconstitucional	por	decisão	definitiva	do	
Supremo	Tribunal	Federal;	
XI	 -	aprovar,	por	maioria	absoluta	e	por	voto	secreto,	a	exoneração,	de	ofício,	do	Procurador-Geral	da	
República	antes	do	término	de	seu	mandato;	
XII	-	elaborar	seu	regimento	interno;	
XIII	-	dispor	sobre	sua	organização,	funcionamento,	polícia,	criação,	transformação	ou	extinção	dos	cargos,	
empregos	 e	 funções	 de	 seus	 serviços,	 e	 a	 iniciativa	 de	 lei	 para	 fixação	 da	 respectiva	 remuneração,	
observados	os	parâmetros	estabelecidos	na	 lei	de	diretrizes	orçamentárias;	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Redação	dada	pela	
Emenda	Constitucional	nº	19,	de	1998)	
XIV	-	eleger	membros	do	Conselho	da	República,	nos	termos	do	art.	89,	VII.	
XV	 -	avaliar	periodicamente	a	 funcionalidade	do	Sistema	Tributário	Nacional,	em	sua	estrutura	e	 seus	
componentes,	e	o	desempenho	das	administrações	tributárias	da	União,	dos	Estados	e	do	Distrito	Federal	
e	dos	Municípios.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	42,	de	19.12.2003)	
Parágrafo	único.	Nos	casos	previstos	nos	incisos	I	e	II,	funcionará	como	Presidente	o	do	Supremo	Tribunal	
Federal,	 limitando-se	a	condenação,	que	somente	será	proferida	por	dois	 terços	dos	votos	do	Senado	
Federal,	à	perda	do	cargo,	com	inabilitação,	por	oito	anos,	para	o	exercício	de	função	pública,	sem	prejuízo	
das	demais	sanções	judiciais	cabíveis.	
4.	Precatórios	
Mecanismo	utilizado	pela	Fazenda	Pública	para	pagar	seus	débitos.	
-	Ordem	de	pagamento:	
a)	Verbas	de	natureza	alimentícia;	
b)	Verbas	de	natureza	NÃO	alimentícia.	
b.1)	Verbas	de	natureza	alimentícia	de	idosos	(Incluído	pela	Emenda	62/09)		e	portadores	de	doenças	
graves	(Incluído	pela	Emenda	62/09)		e	pessoas	portadoras	de	deficiência	(Incluído	pela	Emenda	94/16)	
(SUPERPREFERÊNCIA)	
Art.	100	-	CF.	Os	pagamentos	devidos	pelas	Fazendas	Públicas	Federal,	Estaduais,	Distrital	e	Municipais,	
em	virtude	de	sentença	judiciária,	far-se-ão	exclusivamente	na	ordem	cronológica	de	apresentação	dos	
precatórios	e	à	conta	dos	créditos	respectivos,	proibida	a	designação	de	casos	ou	de	pessoas	nas	dotações	
orçamentárias	 e	 nos	 créditos	 adicionais	 abertos	 para	 este	 fim.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Redação	 dada	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009).								(Vide	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)			(Vide	ADI	4425)	
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§	1º	Os	débitos	de	natureza	alimentícia	compreendem	aqueles	decorrentes	de	salários,	vencimentos,	
proventos,	pensões	e	suas	complementações,	benefícios	previdenciários	e	indenizações	por	morte	ou	
por	 invalidez,	 fundadas	 em	 responsabilidade	 civil,	 em	 virtude	 de	 sentença	 judicial	 transitada	 em	
julgado,	e	serão	pagos	com	preferência	sobre	todos	os	demais	débitos,	exceto	sobre	aqueles	referidos	
no	§	2º	deste	artigo.												(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).	
ROL	MERAMENTE	 EXEMPLIFICATIVO.	 OS	 HONORÁRIOS	 ADVOCATÍCIOS	 TERÃO	 CARÁTER	 ALIMENTÍCIO	
(VIDE	SÚMULA	VINCULANTE	47	ABAIXO).	
§	2º	Os	débitos	de	natureza	alimentícia	cujos	titulares,	originários	ou	por	sucessão	hereditária,	tenham	
60	(sessenta)	anos	de	idade,	ou	sejam	portadores	de	doença	grave,	ou	pessoas	com	deficiência,	assim	
definidos	na	 forma	da	 lei,	 serão	pagos	 com	preferência	 sobre	 todos	os	 demais	 débitos,	 até	o	 valor	
equivalente	 ao	 triplo	 fixado	 em	 lei	 para	 os	 fins	 do	 disposto	 no	 §	 3º	 deste	 artigo,	 admitido	 o	
fracionamento	 para	 essa	 finalidade,	 sendo	 que	 o	 restante	 será	 pago	 na	 ordem	 cronológica	 de	
apresentação	do	precatório.												(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	94,	de	2016)	
§	 3º	 O	 disposto	 no	 caput	 deste	 artigo	 relativamente	 à	 expedição	 de	 precatórios	 não	 se	 aplica	 aos	
pagamentos	de	obrigações	definidas	em	leis	como	de	pequeno	valor	que	as	Fazendas	referidas	devam	
fazer	 em	 virtude	 de	 sentença	 judicial	 transitada	 em	 julgado.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Redação	 dada	 pela	 Emenda	
Constitucionalnº	62,	de	2009).	
§	4º	Para	os	fins	do	disposto	no	§	3º,	poderão	ser	fixados,	por	leis	próprias,	valores	distintos	às	entidades	
de	direito	 público,	 segundo	 as	 diferentes	 capacidades	 econômicas,	 sendo	o	mínimo	 igual	 ao	 valor	 do	
maior	benefício	do	regime	geral	de	previdência	social.												(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	
nº	62,	de	2009).	
§	 5º	 É	 obrigatória	 a	 inclusão,	 no	orçamento	das	 entidades	de	direito	 público,	 de	 verba	necessária	 ao	
pagamento	de	seus	débitos,	oriundos	de	sentenças	 transitadas	em	 julgado,	constantes	de	precatórios	
judiciários	apresentados	até	1º	de	julho,	fazendo-se	o	pagamento	até	o	final	do	exercício	seguinte,	quando	
terão	seus	valores	atualizados	monetariamente.											(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009).	
§	6º	As	dotações	orçamentárias	e	os	créditos	abertos	serão	consignados	diretamente	ao	Poder	Judiciário,	
cabendo	ao	Presidente	do	Tribunal	que	proferir	a	decisão	exequenda	determinar	o	pagamento	integral	e	
autorizar,	a	requerimento	do	credor	e	exclusivamente	para	os	casos	de	preterimento	de	seu	direito	de	
precedência	ou	de	não	alocação	orçamentária	do	valor	necessário	à	satisfação	do	seu	débito,	o	sequestro	
da	quantia	respectiva.										(Redação	dada	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).	
§	7º	O	Presidente	do	Tribunal	competente	que,	por	ato	comissivo	ou	omissivo,	retardar	ou	tentar	frustrar	
a	 liquidação	 regular	 de	 precatórios	 incorrerá	 em	 crime	 de	 responsabilidade	 e	 responderá,	 também,	
perante	o	Conselho	Nacional	de	Justiça.													(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).	
§	8º	É	vedada	a	expedição	de	precatórios	complementares	ou	suplementares	de	valor	pago,	bem	como	o	
fracionamento,	repartição	ou	quebra	do	valor	da	execução	para	fins	de	enquadramento	de	parcela	do	
total	ao	que	dispõe	o	§	3º	deste	artigo.									(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).	
§	9º	No	momento	da	expedição	dos	precatórios,	independentemente	de	regulamentação,	deles	deverá	
ser	abatido,	a	título	de	compensação,	valor	correspondente	aos	débitos	líquidos	e	certos,	inscritos	ou	não	
em	dívida	ativa	e	constituídos	contra	o	credor	original	pela	Fazenda	Pública	devedora,	incluídas	parcelas	
vincendas	 de	 parcelamentos,	 ressalvados	 aqueles	 cuja	 execução	 esteja	 suspensa	 em	 virtude	 de	
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contestação	administrativa	ou	judicial.									(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).							(Vide	
ADI	4425	–	DECLARADO	INCONSTITUCIONAL)	
§	10.	Antes	da	expedição	dos	precatórios,	o	Tribunal	solicitará	à	Fazenda	Pública	devedora,	para	resposta	
em	até	30	(trinta)	dias,	sob	pena	de	perda	do	direito	de	abatimento,	 informação	sobre	os	débitos	que	
preencham	as	condições	estabelecidas	no	§	9º,	para	os	fins	nele	previstos.									(Incluído	pela	Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009).							(Vide	ADI	4425	–	DECLARADO	INCONSTITUCIONAL¿)	
§	11.	É	facultada	ao	credor,	conforme	estabelecido	em	lei	da	entidade	federativa	devedora,	a	entrega	de	
créditos	em	precatórios	para	compra	de	imóveis	públicos	do	respectivo	ente	federado.										(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).	
§	12.	A	partir	da	promulgação	desta	Emenda	Constitucional,	a	atualização	de	valores	de	requisitórios,	após	
sua	 expedição,	 até	 o	 efetivo	 pagamento,	 independentemente	 de	 sua	 natureza,	 será	 feita	 pelo	
índice	 oficial	 de	 remuneração	 básica	 da	 caderneta	 de	 poupança	
(expressão	declarada	inconstitucional,	devendo	ser	adotado	o	índice	do	
IPCA	–	art.	1º,	“f”	daLei	9499/97	também	declarado	inconstitucional	por	
arrastamento),	e,	para	fins	de	compensação	da	mora,	incidirão	juros	simples	no	mesmo	percentual	
de	 juros	 incidentes	 sobre	 a	 caderneta	 de	 poupança,	 ficando	 excluída	 a	 incidência	 de	 juros	
compensatórios.											(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).							(Vide	ADI	4425)	
Inconstitucional	o	Índice	da	TR,	passando	a	vigorar	pelo	IPCA.	
§	 13.	 O	 credor	 poderá	 ceder,	 total	 ou	 parcialmente,	 seus	 créditos	 em	 precatórios	 a	 terceiros,	
independentemente	da	concordância	do	devedor,	não	se	aplicando	ao	cessionário	o	disposto	nos	§§	2º	e	
3º.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009).	
§	 14.	 A	 cessão	 de	 precatórios	 somente	 produzirá	 efeitos	 após	 comunicação,	 por	 meio	 de	 petição	
protocolizada,	ao	tribunal	de	origem	e	à	entidade	devedora.										(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	
62,	de	2009).	
§	 15.	 Sem	 prejuízo	 do	 disposto	 neste	 artigo,	 lei	 complementar	 a	 esta	 Constituição	 Federal	 poderá	
estabelecer	 regime	 especial	 para	 pagamento	 de	 crédito	 de	 precatórios	 de	 Estados,	 Distrito	 Federal	 e	
Municípios,	 dispondo	 sobre	 vinculações	 à	 receita	 corrente	 líquida	 e	 forma	 e	 prazo	 de	
liquidação.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	 Constitucional	 nº	 62,	 de	 2009	 –	 DECLARADO	
INCONSTITUCIONAL	–	REMETE	AO	ART.	97	-	CF).	
§	16.	A	seu	critério	exclusivo	e	na	forma	de	lei,	a	União	poderá	assumir	débitos,	oriundos	de	precatórios,	
de	Estados,	Distrito	Federal	e	Municípios,	 refinanciando-os	diretamente.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	pela	Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009).	
§	17.	A	União,	os	Estados,	o	Distrito	Federal	e	os	Municípios	aferirão	mensalmente,	em	base	anual,	o	
comprometimento	de	 suas	 respectivas	 receitas	 correntes	 líquidas	 com	o	pagamento	de	precatórios	 e	
obrigações	de	pequeno	valor.													(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	94,	de	2016)	
§	18.	Entende-se	como	receita	corrente	líquida,	para	os	fins	de	que	trata	o	§	17,	o	somatório	das	receitas	
tributárias,	 patrimoniais,	 industriais,	 agropecuárias,	 de	 contribuições	 e	 de	 serviços,	 de	 transferências	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
														Curso	PROLABORE				 	 	 	 	 	 	 	 	2017	
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correntes	e	outras	receitas	correntes,	incluindo	as	oriundas	do	§	1º	do	art.	20	da	Constituição	Federal,	
verificado	no	período	compreendido	pelo	segundo	mês	imediatamente	anterior	ao	de	referência	e	os	11	
(onze)	 meses	 precedentes,	 excluídas	 as	 duplicidades,	 e	 deduzidas:	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	94,	de	2016)	
I	-	na	União,	as	parcelas	entregues	aos	Estados,	ao	Distrito	Federal	e	aos	Municípios	por	determinação	
constitucional;													(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	94,	de	2016)	
II	-	nos	Estados,	as	parcelas	entregues	aos	Municípios	por	determinação	constitucional;												(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	94,	de	2016)	
III	-	na	União,	nos	Estados,	no	Distrito	Federal	e	nos	Municípios,	a	contribuição	dos	servidores	para	custeio	
de	seu	sistema	de	previdência	e	assistência	social	e	as	receitas	provenientes	da	compensação	financeira	
referida	no	§	9º	do	art.	201	da	Constituição	Federal.											(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	94,	de	
2016)	
§	19.	Caso	o	montante	total	de	débitos	decorrentes	de	condenações	judiciais	em	precatórios	e	obrigações	
de	pequeno	valor,	em	período	de	12	(doze)	meses,	ultrapasse	a	média	do	comprometimento	percentual	
da	 receita	 corrente	 líquida	 nos	 5	 (cinco)	 anos	 imediatamente	 anteriores,	 a	 parcela	 que	 exceder	 esse	
percentual	poderá	ser	financiada,	excetuada	dos	limites	de	endividamento	de	que	tratam	os	incisos	VI	e	
VII	do	art.	52	da	Constituição	Federal	e	de	quaisquer	outros	limites	de	endividamento	previstos,	não	se	
aplicando	a	esse	financiamento	a	vedação	de	vinculação	de	receita	prevista	no	inciso	IV	do	art.	167	da	
Constituição	Federal.														(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	94,	de	2016)	
§	20.	Caso	haja	precatório	com	valor	 superior	a	15%	 (quinze	por	cento)	do	montante	dos	precatórios	
apresentados	nos	termos	do	§	5º	deste	artigo,	15%	(quinze	por	cento)	do	valor	deste	precatório	serão	
pagos	até	o	final	do	exercício	seguinte	e	o	restante	em	parcelas	iguais	noscinco	exercícios	subsequentes,	
acrescidas	de	juros	de	mora	e	correção	monetária,	ou	mediante	acordos	diretos,	perante	Juízos	Auxiliares	
de	Conciliação	de	Precatórios,	 com	redução	máxima	de	40%	(quarenta	por	cento)	do	valor	do	crédito	
atualizado,	desde	que	em	relação	ao	crédito	não	penda	recurso	ou	defesa	judicial	e	que	sejam	observados	
os	requisitos	definidos	na	regulamentação	editada	pelo	ente	federado.				 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	(Incluído	pela	Emenda	
Constitucional	nº	94,	de	2016)	
Súmula	Vinculante	47	
Os	 honorários	 advocatícios	 incluídos	 na	 condenação	 ou	 destacados	 do	montante	 principal	 devido	 ao	
credor	 consubstanciam	 verba	 de	 natureza	 alimentar	 cuja	 satisfação	 ocorrerá	 com	 a	 expedição	 de	
precatório	 ou	 requisição	 de	 pequeno	 valor,	 observada	 ordem	 especial	 restrita	 aos	 créditos	 dessa	
natureza.	
DECLARADO	 INCONSTITUCIONAL	 -	 Art.	 97	 –	 CF	 -	 ADCT.	 Até	 que	 seja	 editada	 a	 lei	
complementar	de	que	trata	o	§	15	do	art.	100	da	Constituição	Federal,	os	Estados,	o	Distrito	Federal	e	os	
Municípios	que,	na	data	de	publicação	desta	Emenda	Constitucional,	estejam	em	mora	na	quitação	de	
precatórios	vencidos,	relativos	às	suas	administrações	direta	e	indireta,	inclusive	os	emitidos	durante	o	
período	de	vigência	do	regime	especial	instituído	por	este	artigo,	farão	esses	pagamentos	de	acordo	com	
as	normas	a	 seguir	estabelecidas,	 sendo	 inaplicável	o	disposto	no	art.	100	desta	Constituição	Federal,	
exceto	em	seus	§§	2º,	3º,	9º,	10,	11,	12,	13	e	14,	e	sem	prejuízo	dos	acordos	de	juízos	conciliatórios	já	
formalizados	 na	 data	 de	 promulgação	 desta	 Emenda	 Constitucional.	 	 	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009)							(Vide	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
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§	1º	Os	Estados,	o	Distrito	Federal	e	os	Municípios	sujeitos	ao	regime	especial	de	que	trata	este	artigo	
optarão,	por	meio	de	ato	do	Poder	Executivo:						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
	I	-	pelo	depósito	em	conta	especial	do	valor	referido	pelo	§	2º	deste	artigo;	ou					(Incluído	pela	Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009)	
	II	-	pela	adoção	do	regime	especial	pelo	prazo	de	até	15	(quinze)	anos,	caso	em	que	o	percentual	a	ser	
depositado	na	conta	especial	a	que	se	refere	o	§	2º	deste	artigo	corresponderá,	anualmente,	ao	saldo	
total	 dos	 precatórios	 devidos,	 acrescido	 do	 índice	 oficial	 de	 remuneração	 básica	 da	 caderneta	 de	
poupança	e	de	juros	simples	no	mesmo	percentual	de	juros	incidentes	sobre	a	caderneta	de	poupança	
para	 fins	 de	 compensação	 da	 mora,	 excluída	 a	 incidência	 de	 juros	 compensatórios,	 diminuído	 das	
amortizações	e	dividido	pelo	número	de	anos	restantes	no	regime	especial	de	pagamento.						(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	2º	Para	saldar	os	precatórios,	vencidos	e	a	vencer,	pelo	regime	especial,	os	Estados,	o	Distrito	Federal	e	
os	Municípios	devedores	depositarão	mensalmente,	em	conta	especial	criada	para	tal	fim,	1/12	(um	doze	
avos)	do	valor	calculado	percentualmente	sobre	as	respectivas	receitas	correntes	líquidas,	apuradas	no	
segundo	mês	anterior	ao	mês	de	pagamento,	sendo	que	esse	percentual,	calculado	no	momento	de	opção	
pelo	regime	e	mantido	fixo	até	o	final	do	prazo	a	que	se	refere	o	§	14	deste	artigo,	será:							(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
I	-	para	os	Estados	e	para	o	Distrito	Federal:							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
a)	 de,	 no	mínimo,	 1,5%	 (um	 inteiro	 e	 cinco	 décimos	 por	 cento),	 para	 os	 Estados	 das	 regiões	 Norte,	
Nordeste	e	Centro-Oeste,	além	do	Distrito	Federal,	ou	cujo	estoque	de	precatórios	pendentes	das	suas	
administrações	direta	e	 indireta	corresponder	a	até	35%	 (trinta	e	cinco	por	cento)	do	 total	da	 receita	
corrente	líquida;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
b)	 de,	 no	 mínimo,	 2%	 (dois	 por	 cento),	 para	 os	 Estados	 das	 regiões	 Sul	 e	 Sudeste,	 cujo	 estoque	 de	
precatórios	pendentes	das	suas	administrações	direta	e	 indireta	corresponder	a	mais	de	35%	(trinta	e	
cinco	por	cento)	da	receita	corrente	líquida;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
II	-	para	Municípios:						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
a)	de,	no	mínimo,	1%	(um	por	cento),	para	Municípios	das	regiões	Norte,	Nordeste	e	Centro-Oeste,	ou	
cujo	estoque	de	precatórios	pendentes	das	suas	administrações	direta	e	indireta	corresponder	a	até	35%	
(trinta	e	cinco	por	cento)	da	receita	corrente	líquida;							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	
2009)	
b)	de,	no	mínimo,	1,5%	(um	inteiro	e	cinco	décimos	por	cento),	para	Municípios	das	regiões	Sul	e	Sudeste,	
cujo	estoque	de	precatórios	pendentes	das	suas	administrações	direta	e	indireta	corresponder	a	mais	de	
35	%	(trinta	e	cinco	por	cento)	da	receita	corrente	líquida.							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009)	
§	3º	Entende-se	 como	 receita	 corrente	 líquida,	para	os	 fins	de	que	 trata	este	artigo,	o	 somatório	das	
receitas	tributárias,	patrimoniais,	industriais,	agropecuárias,	de	contribuições	e	de	serviços,	transferências	
correntes	e	outras	receitas	correntes,	incluindo	as	oriundas	do	§	1º	do	art.	20	da	Constituição	Federal,	
verificado	no	período	compreendido	pelo	mês	de	referência	e	os	11	(onze)	meses	anteriores,	excluídas	as	
duplicidades,	e	deduzidas:	(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
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I	-	nos	Estados,	as	parcelas	entregues	aos	Municípios	por	determinação	constitucional;						(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
II	-	nos	Estados,	no	Distrito	Federal	e	nos	Municípios,	a	contribuição	dos	servidores	para	custeio	do	seu	
sistema	de	previdência	e	assistência	social	e	as	receitas	provenientes	da	compensação	financeira	referida	
no	§	9º	do	art.	201	da	Constituição	Federal.							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	4º	As	contas	especiais	de	que	tratam	os	§§	1º	e	2º	serão	administradas	pelo	Tribunal	de	Justiça	local,	
para	pagamento	de	precatórios	expedidos	pelos	tribunais.					(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009)	
§	5º	Os	recursos	depositados	nas	contas	especiais	de	que	tratam	os	§§	1º	e	2º	deste	artigo	não	poderão	
retornar	para	Estados,	Distrito	Federal	e	Municípios	devedores.					(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	
nº	62,	de	2009)	
§	6º	Pelo	menos	50%	(cinquenta	por	cento)	dos	recursos	de	que	tratam	os	§§	1º	e	2º	deste	artigo	serão	
utilizados	 para	 pagamento	 de	 precatórios	 em	 ordem	 cronológica	 de	 apresentação,	 respeitadas	 as	
preferências	definidas	no	§	1º,	para	os	requisitórios	do	mesmo	ano	e	no	§	2º	do	art.	100,	para	requisitórios	
de	todos	os	anos.					(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	7º	Nos	casos	em	que	não	se	possa	estabelecer	a	precedência	cronológica	entre	2	(dois)	precatórios,	
pagar-se-á	primeiramente	o	precatório	de	menor	valor.								(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009)	
§	8º	A	aplicação	dos	recursos	restantes	dependerá	de	opção	a	ser	exercida	por	Estados,	Distrito	Federal	e	
Municípios	devedores,	por	ato	do	Poder	Executivo,	obedecendo	à	seguinte	forma,	que	poderá	ser	aplicada	
isoladamente	ou	simultaneamente:	(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
I	-	destinados	ao	pagamento	dos	precatórios	por	meio	do	leilão;	(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	
62,	de	2009)	
II	-	destinados	a	pagamento	a	vista	de	precatórios	não	quitados	na	forma	do	§	6°	e	do	inciso	I,	em	ordem	
única	e	crescente	de	valor	por	precatório;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
III	-	destinados	a	pagamento	por	acordo	direto	com	os	credores,	na	forma	estabelecida	por	lei	própria	da	
entidade	 devedora,	 que	 poderá	 prever	 criação	 e	 forma	 de	 funcionamentode	 câmara	 de	
conciliação.							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	9º	Os	leilões	de	que	trata	o	inciso	I	do	§	8º	deste	artigo:							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009)	
I	-	serão	realizados	por	meio	de	sistema	eletrônico	administrado	por	entidade	autorizada	pela	Comissão	
de	Valores	Mobiliários	ou	pelo	Banco	Central	do	Brasil;							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	
2009)	
II	-	admitirão	a	habilitação	de	precatórios,	ou	parcela	de	cada	precatório	indicada	pelo	seu	detentor,	em	
relação	aos	quais	não	esteja	pendente,	no	âmbito	do	Poder	Judiciário,	recurso	ou	impugnação	de	qualquer	
natureza,	 permitida	 por	 iniciativa	 do	 Poder	 Executivo	 a	 compensação	 com	 débitos	 líquidos	 e	 certos,	
inscritos	ou	não	em	dívida	ativa	e	constituídos	contra	devedor	originário	pela	Fazenda	Pública	devedora	
até	a	data	da	expedição	do	precatório,	ressalvados	aqueles	cuja	exigibilidade	esteja	suspensa	nos	termos	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
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da	legislação,	ou	que	já	tenham	sido	objeto	de	abatimento	nos	termos	do	§	9º	do	art.	100	da	Constituição	
Federal;							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
III	-	ocorrerão	por	meio	de	oferta	pública	a	todos	os	credores	habilitados	pelo	respectivo	ente	federativo	
devedor;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
IV	-	considerarão	automaticamente	habilitado	o	credor	que	satisfaça	o	que	consta	no	inciso	II;						(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
V	 -	 serão	 realizados	 tantas	 vezes	quanto	necessário	em	 função	do	valor	disponível;	 	 	 	 	 	 (Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
VI	 -	 a	 competição	por	parcela	do	 valor	 total	 ocorrerá	 a	 critério	do	 credor,	 com	deságio	 sobre	o	 valor	
desta;				(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
VII	 -	 ocorrerão	na	modalidade	deságio,	 associado	ao	maior	 volume	ofertado	 cumulado	ou	não	 com	o	
maior	percentual	de	deságio,	pelo	maior	percentual	de	deságio,	podendo	ser	fixado	valor	máximo	por	
credor,	ou	por	outro	critério	a	ser	definido	em	edital;	(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
VIII	-	o	mecanismo	de	formação	de	preço	constará	nos	editais	publicados	para	cada	leilão;	(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
IX	 -	 a	 quitação	 parcial	 dos	 precatórios	 será	 homologada	 pelo	 respectivo	 Tribunal	 que	 o	
expediu.						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	10.	No	caso	de	não	liberação	tempestiva	dos	recursos	de	que	tratam	o	inciso	II	do	§	1º	e	os	§§	2º	e	6º	
deste	artigo:						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
I	 -	haverá	o	sequestro	de	quantia	nas	contas	de	Estados,	Distrito	Federal	e	Municípios	devedores,	por	
ordem	do	Presidente	do	Tribunal	referido	no	§	4º,	até	o	limite	do	valor	não	liberado;							(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
II	 -	 constituir-se-á,	 alternativamente,	 por	 ordem	 do	 Presidente	 do	 Tribunal	 requerido,	 em	 favor	 dos	
credores	de	precatórios,	contra	Estados,	Distrito	Federal	e	Municípios	devedores,	direito	líquido	e	certo,	
autoaplicável	e	independentemente	de	regulamentação,	à	compensação	automática	com	débitos	líquidos	
lançados	por	esta	contra	aqueles,	e,	havendo	saldo	em	favor	do	credor,	o	valor	terá	automaticamente	
poder	liberatório	do	pagamento	de	tributos	de	Estados,	Distrito	Federal	e	Municípios	devedores,	até	onde	
se	compensarem;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
III	 -	 o	 chefe	 do	 Poder	 Executivo	 responderá	 na	 forma	 da	 legislação	 de	 responsabilidade	 fiscal	 e	 de	
improbidade	administrativa;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
IV	-	enquanto	perdurar	a	omissão,	a	entidade	devedora:						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009)	
a)	não	poderá	contrair	empréstimo	externo	ou	interno;						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	
2009)	
b)	ficará	impedida	de	receber	transferências	voluntárias;					(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	
de	2009)	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
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V	-	a	União	reterá	os	repasses	relativos	ao	Fundo	de	Participação	dos	Estados	e	do	Distrito	Federal	e	ao	
Fundo	de	Participação	dos	Municípios,	e	os	depositará	nas	contas	especiais	referidas	no	§	1º,	devendo	
sua	 utilização	 obedecer	 ao	 que	 prescreve	 o	 §	 5º,	 ambos	 deste	 artigo.	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	 11.	 No	 caso	 de	 precatórios	 relativos	 a	 diversos	 credores,	 em	 litisconsórcio,	 admite-se	 o	
desmembramento	do	valor,	realizado	pelo	Tribunal	de	origem	do	precatório,	por	credor,	e,	por	este,	a	
habilitação	do	valor	total	a	que	tem	direito,	não	se	aplicando,	neste	caso,	a	regra	do	§	3º	do	art.	100	da	
Constituição	Federal.	(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	12.	Se	a	lei	a	que	se	refere	o	§	4º	do	art.	100	não	estiver	publicada	em	até	180	(cento	e	oitenta)	dias,	
contados	da	data	de	publicação	desta	Emenda	Constitucional,	será	considerado,	para	os	fins	referidos,	
em	 relação	 a	 Estados,	 Distrito	 Federal	 e	 Municípios	 devedores,	 omissos	 na	 regulamentação,	 o	 valor	
de:						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
I	 -	 40	 (quarenta)	 salários	mínimos	 para	 Estados	 e	 para	 o	 Distrito	 Federal;	 	 	 	 	 	 (Incluído	 pela	 Emenda	
Constitucional	nº	62,	de	2009)	
II	-	30	(trinta)	salários	mínimos	para	Municípios.						(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	13.	Enquanto	Estados,	Distrito	Federal	e	Municípios	devedores	estiverem	realizando	pagamentos	de	
precatórios	 pelo	 regime	 especial,	 não	 poderão	 sofrer	 sequestro	 de	 valores,	 exceto	 no	 caso	 de	 não	
liberação	tempestiva	dos	recursos	de	que	tratam	o	inciso	II	do	§	1º	e	o	§	2º	deste	artigo.(Incluído	pela	
Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	14.	O	regime	especial	de	pagamento	de	precatório	previsto	no	inciso	I	do	§	1º	vigorará	enquanto	o	valor	
dos	precatórios	devidos	for	superior	ao	valor	dos	recursos	vinculados,	nos	termos	do	§	2º,	ambos	deste	
artigo,	ou	pelo	prazo	fixo	de	até	15	(quinze)	anos,	no	caso	da	opção	prevista	no	inciso	II	do	§	1º.						(Incluído	
pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	15.	Os	precatórios	parcelados	na	forma	do	art.	33	ou	do	art.	78	deste	Ato	das	Disposições	Constitucionais	
Transitórias	e	ainda	pendentes	de	pagamento	ingressarão	no	regime	especial	com	o	valor	atualizado	das	
parcelas	 não	 pagas	 relativas	 a	 cada	 precatório,	 bem	 como	 o	 saldo	 dos	 acordos	 judiciais	 e	
extrajudiciais.					(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	16.	A	partir	da	promulgação	desta	Emenda	Constitucional,	a	atualização	de	valores	de	requisitórios,	até	
o	efetivo	pagamento,	independentemente	de	sua	natureza,	será	feita	pelo	índice	oficial	de	remuneração	
básica	da	caderneta	de	poupança,	e,	para	fins	de	compensação	da	mora,	incidirão	juros	simples	no	mesmo	
percentual	de	 juros	 incidentes	 sobre	a	 caderneta	de	poupança,	 ficando	excluída	a	 incidência	de	 juros	
compensatórios.					(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	62,	de	2009)	
§	17.	O	valor	que	exceder	o	limite	previsto	no	§	2º	do	art.	100	da	Constituição	Federal	será	pago,	durante	
a	vigência	do	regime	especial,	na	forma	prevista	nos	§§	6º	e	7º	ou	nos	incisos	I,	II	e	III	do	§	8°	deste	artigo,	
devendo	os	 valores	dispendidos	para	o	 atendimento	do	disposto	no	§	 2º	do	 art.	 100	da	Constituição	
Federal	serem	computados	para	efeito	do	§	6º	deste	artigo.							(Incluído	pela	Emenda	Constitucional	nº	
62,	de	2009)	
§	18.	Durante	a	vigência	do	regime	especial	a	que	se	refere	este	artigo,	gozarão	também	da	preferência	a	
que	se	refere	o	§	6º	os	titulares	originais	de	precatórios	que	tenham	completado	60	(sessenta)	anos	de	
idade	até	a	data	da	promulgação	desta	Emenda	Constitucional.					(Incluído	pelaEmenda	Constitucional	
nº	62,	de	2009)	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
														Curso	PROLABORE				 	 	 	 	 	 	 	 	2017	
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IMPORTANTE:	
-	ADI	4425:	
Trata-se	de	petição	acostada	aos	autos	pelo	Conselho	Federal	da	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil	na	qual	
se	noticia	a	paralisação	do	pagamento	de	precatórios	por	alguns	Tribunais	de	Justiça	do	País,	determinada	
após	o	julgamento	conjunto	das	Ações	Diretas	de	Inconstitucionalidade	nº	4.357	e	4.425,	realizado	em	
14/03/2013,	 pelo	 Plenário	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal.	 Segundo	 narra	 a	 peça,	 “os	 recursos	 estão	
disponíveis,	mas	a	Presidência	de	alguns	Tribunais	entendeu	por	paralisar	os	pagamentos/levantamentos	
de	valores	enquanto	não	modulados	os	efeitos	da	r.	decisão”.	Requer-se,	em	seguida,	seja	determinada	
“a	continuidade	dos	pagamentos	até	que	o	e.	Plenário	module	os	efeitos	da	v.	decisão,	com	a	consequente	
expedição	de	ofícios	a	todos	os	Tribunais	de	Justiça”.	Pede-se	ainda	sejam	os	entes	devedores	instados	
ao	 repasse	 e	 ao	 depósito	 dos	 recursos	 junto	 aos	 Tribunais	 locais,	 sob	 pena	 de	 incidência	 do	 regime	
sancionatório.	 É	 o	 relato	 suficiente.	 Decido.	 A	 decisão	 do	 Plenário	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal	
reconheceu	a	inconstitucionalidade	parcial	da	Emenda	Constitucional	nº	62/09,	assentando	a	invalidade	
de	 regras	 jurídicas	 que	 agravem	 a	 situação	 jurídica	 do	 credor	 do	 Poder	 Público	 além	 dos	 limites	
constitucionalmente	aceitáveis.	Sem	embargo,	até	que	a	Suprema	Corte	se	pronuncie	sobre	o	preciso	
alcance	da	sua	decisão,	não	se	justifica	que	os	Tribunais	Locais	retrocedam	na	proteção	dos	direitos	já	
reconhecidos	 em	 juízo.	 Carece	 de	 fundamento,	 por	 isso,	 a	 paralisação	 de	 pagamentos	 noticiada	 no	
requerimento	 em	 apreço.	 Destarte,	 determino,	 ad	 cautelam,	 que	 os	 Tribunais	 de	 Justiça	 de	 todos	 os	
Estados	e	do	Distrito	Federal	deem	imediata	continuidade	aos	pagamentos	de	precatórios,	na	forma	como	
já	vinham	realizando	até	a	decisão	proferida	pelo	Supremo	Tribunal	Federal	em	14/03/2013,	segundo	a	
sistemática	 vigente	 à	 época,	 respeitando-se	 a	 vinculação	 de	 receitas	 para	 fins	 de	 quitação	 da	 dívida	
pública,	sob	pena	de	sequestro.	Expeça-se	ofício	aos	Presidentes	de	todos	os	Tribunais	de	Justiça	do	País.	
Publique-se.	Brasília,	11	de	abril	de	2013.Ministro	Luiz	FuxRelatorDocumento	assinado	digitalmente	(STF	
-	ADI:	4425	DF,	Relator:	Min.	AYRES	BRITTO,	Data	de	Julgamento:	11/04/2013,	Data	de	Publicação:	DJe-
069	DIVULG	15/04/2013	PUBLIC	16/04/2013)	
APOSTILA:	
REGIME	INCONSTITUCIONAL	DE	COMPENSAÇÃO	OBRIGATÓRIA	DE	CRÉDITO
	
Tanto	o	§	9o,	como	o	§	10	do	art.	100	foram	declarados	integralmente	inconstitucionais	pelo	
STF,	 uma	 vez	 que	 criavam	 um	 regime	 de	 compensação	 obrigatória,	 cujo	 abatimento	 pela	
Fazenda	Pública	ocorreria	de	forma	unilateral	e	automática.		
Conforme	 dispunha	 os	 referidos	 parágrafos,	 antes	 da	 expedição	 dos	 precatórios	 o	 Tribunal	
solicitaria	à	 Fazenda	Pública	devedora	 informações	 sobre	eventuais	débitos	que	o	 credor	do	
precatório	 tivesse	 com	 a	 mesma,	 a	 fim	 de	 ser	 abatido,	 a	 título	 de	 compensação,	 o	 valor	
correspondente	aos	débitos	líquidos	e	certos,	incluídas	parcelas	vincendas	de	parcelamento.		
Tal	 mecanismo	 de	 compensação	 foi	 declarado	 inconstitucional	 pelo	 STF,	 em	 síntese,	 pelos	
seguintes	fundamentos:	a)	a	compensação	obrigatória	de	crédito	a	ser	inscrito	em	precatório	
com	débitos	perante	a	Fazenda	Pública	consagraria	superioridade	processual	da	parte	pública;	
b)	 violação	 à	 garantia	 do	devido	processo	 legal,	 do	 contraditório,	 da	 ampla	 defesa,	 da	 coisa	
julgada,	 da	 isonomia	 e	 ao	 principio	 da	 separação	 dos	 poderes.	 (ADI	́s	 4357	 e	 4425	 julg.	 em	
14.03.13.	rel.	p/	Ac	Min.	Luiz	Fux).		
A	Questão	da	Atualização	Monetária	dos	Precatórios	
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
														Curso	PROLABORE				 	 	 	 	 	 	 	 	2017	
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Certo	é	que	entre	a	data	de	expedição	do	precatório	e	o	seu	efetivo	pagamento	há	um	lapso	
temporal	 que	 impõe	 -	 nos	 termos	 do	 §	 5o-	 que	 o	 valor	 do	 precatório	 seja	 atualizado	
monetariamente	quando	for	pago,	sob	pena	de	uma	desvalorização	do	valor	real	do	crédito	em	
virtude	da	inflação.		
Desta	 forma,	 o	 §	 12	 dispunha	 que	 a	 correção	 monetária	 e	 os	 juros	 de	 mora,	 no	 caso	 de	
precatórios	pagos	em	atraso,	deveriam	adotar	os	índices	e	percentuais	aplicáveis	às	cadernetas	
de	poupança	(índice	TR).	Nesse	mesmo	sentido,	é	a	regra	prevista	no	art.	1o	F	da	Lei	9.494/97.		
Entretanto,	 o	 STF	 declarou	 a	 inconstitucionalidade	 da	 expressão	 “índice	 oficial	 de	
remuneração	da	caderneta	de	poupança”,	constante	no	§	12	do	art.	100,	bem	como	declarou	
inconstitucional,	por	arrastamento,	o	art.	5o	da	Lei	11.960/2009,	que	deu	a	redação	atual	ao	art.	
1o	F	da	Lei	9.494/97.		
Para	os	Ministros,	o	índice	oficial	da	poupança	é	incapaz	de	refletir	a	real	flutuação	de	preços	
apurado	 no	 período	 em	 referência	 e,	 portanto,	 não	 representa	 fielmente	 a	 evolução	
inflacionária.	Razão	pela	qual,	tem-se	utilizado	o	IPCA-E	(índice	de	Preços	ao	Consumidor	Amplo	
Especial)	para	correção	de	precatórios.		
Ademais,	 também	 foi	 declarada	 a	 inconstitucionalidade	 a	 seguinte	 expressão	 do	 §	 12:	
“independente	de	sua	natureza”.	Neste	caso,	o	STF	entendeu	que	aos	precatórios	de	natureza	
tributária,	deveriam	ser	aplicados	os	mesmos	juros	de	mora	incidentes	sobre	todo	e	qualquer	
crédito	tributário.		
A	 inconstitucionalidade	 da	 Criação	 do	 “Regime	 Especial	 de	 Pagamento	 dos	 Precatórios”	
Estabelecido	pelo	§	15,	do	Art.	100,	CF	e	o	Art.	97,	do	ADCT		
A	EC	62/09	ao	acrescentar	o	§	15	ao	art.	100	da	CF	permitiu	que	o	legislador	infraconstitucional	
pudesse	 criar	 um	 regime	 especial	 para	 pagamento	 de	 precatórios	 de	 Estados/DF	 e	 dos	
Municípios,	estabelecendo	uma	vinculação	entre	a	forma	e	prazo	de	pagamentos	com	receita	
corrente	líquida	desses	entes.	De	modo	a	estabelecer	um	regime	especial	para	que	os	Estados	e	
Municípios	fossem	reduzindo	suas	dívidas	de	precatórios,	sem,	no	entanto,	comprometer	seus	
respectivos	orçamentos.		
Dessa	forma,	até	que	fosse	editada	essa	lei	complementar	referida	no	§	15,	foi	incluído	o	art.	97	
no	ADCT,	o	qual	previu	uma	séria	de	vantagens	abusivas	e	absurdas	aos	Estados	e	Municípios,	
como	por	exemplo:	prazo	para	o	parcelamento	de	precatórios	de	até,	pasmem,	15	anos	e,	o	
“leilão	 de	 precatórios”,	 no	 qual	 os	 credores	 de	 precatórios	 competem	 entre	 si	 oferecendo	
deságios	em	relação	aos	valores	que	tem	para	receber,	recebendo	antes	que	os	demais	aqueles	
que	oferecessem	maiores	descontos.		
Conforme	dito	por	Leonardo	da	Cunha,	esse	regime	especial	previa	uma	espécie	de	“moratória”	
ou	 “concordata”	 para	 os	 Estados/DF	 e	 Municípios,	 não	 restando	 outra	 medida	 senão	 a	
declaração	total	de	inconstitucionalidade	do	§	15	e	do	art.	97,	do	ADCT,	como	felizmente	fez	o	
STF.		
Professora:	Rafaella	Leão					 	 	 	 	 	 Rafael	Barreto	Ramos	
														Curso	PROLABORE				 	 	 	 	 	 	 	 	2017	
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Observação:	Não	obstante	tenha	havido	a	declaração	de	inconstitucionalidade	do	§	15,	do	art.	
100	e	do	art.	97,	ADCT,	os	Ministros	do	STF	votaram	no	sentido	de	modular	os	seus	efeitos.		
Por	fim,	estabelece	o	§	16	que	a	União	poderá	assumir	débitos	de	precatórios	dos	Estados,	do	
DF	e	dos	Municípios,	refinanciando-os	diretamente.		
Resumindo:		
-	Dispositivos	declarados	parcialmente	inconstitucionais:	§2o	e	§	12	do	art.	100,	CF
	
-	Dispositivos	declarados	integralmente	inconstitucionais:	§§	9o,	10,	15	do	art.	100,	CF	+	art.	97	
e	parágrafos	do	ADCT.	
Nota:	
PRECATÓRIO	
É	o	nome	que	se	dá	a	um	documento	de	ordem	judicial	que	formaliza	valores	totais	acima	de	60	salários	
mínimos	 ao	 beneficiário	 de	 um	 débito	 da	 Fazenda	 Pública	 (termo	 geral	 que	 engloba	 União,	 Estados,	
Municípios,	 Autarquias	 e	 Fundações	 Públicas).	 Esses	 débitos	 recaem	 sobre	 esses

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