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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA URBANA - PEU DISCIPLINA: PAVIMENTAÇÃO URBANA PROF. JESNER SERENI ILDEFONSO TRABALHO 2: ASFALTOS MODIFICADOS MARINGÁ-PR / 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA URBANA - PEU DISCIPLINA: PAVIMENTAÇÃO URBANA PROF. JESNER SERENI ILDEFONSO TRABALHO 2: ASFALTOS MODIFICADOS Trabalho apresentado ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana, da Universidade Estadual de Maringá, como parte integrante na avaliação da disciplina – Pavimentação urbana. Aluna: Dayane Jackes de Camargo MARINGÁ-PR / 2017 Segundo Lucena et al. (2004), os cimentos asfálticos de petróleo (CAP’s) atendem satisfatoriamente a maior parte das situações as quais são submetidos os pavimentos. Porém, conforme o aumento do volume de veículos médio diário, peso, cargas por eixo e pressão nos pneus, são necessários revestimentos mais resistentes. Conforme Lizcano et al. (2011), a tecnologia de modificação de asfaltos é utilizada para melhorar seu desempenho em diferentes situações de carga e meio ambiente. Um ligante asfáltico modificado possui sua estrutura química ou física e suas propriedades mecânicas alteradas (ALMEIDA, 2012). De acordo com Lizcano et al. (2011), geralmente, as propriedades que se pretende melhorar são a rigidez, resistência sob carga monotônica, escorregamento, fadiga, envelhecimento, e diminuição da susceptibilidade térmica. Ainda de acordo com os autores, também são utilizados quando se procura um revestimento com vida útil mais longa ou para aplicações especiais, permitindo que o revestimento possua espessuras mais finas. O asfalto pode ser modificado com diferentes agentes, como cargas (negro de fumo, cinza volante, cimento Portland), extensores (enxofre e lignina), oxidantes (compostos de Manganês), antioxidantes (sais de cálcio, fenóis e aminas) e polímeros (elastômeros, plastômeros e borracha de pneu moído), (WORLD ROAD, 1998). Os asfaltos modificados tanto por polímeros quanto por pó de borracha de pneus irreversíveis podem dar origem a misturas mais eficazes nos parâmetros de segurança e conforto das vias (ANTOSCZEZEM, 2012). Segundo Lu e Isacsson (1999), duas classes de polímeros são usualmente utilizadas como modificadores de asfalto, os elastômeros e os plastômeros. Os autores ainda afirmam que as propriedades do asfalto modificado diferem com as características e concentração dos polímeros utilizados. Negrão (2006) afirma que os polímeros mais utilizados são SBS (copolímero de estireno butadieno), SBR (borracha de butadieno estireno), EVA (copolímero de etileno acetato de vinila) e o RET (coluna de etileno com dois copolímeros acoplados). De acordo com Silva et al. (2002) também são utilizados copolímero tribloco de estireno-estileno/buteno-estireno (SEBS), copolímero (etileno-propileno-dieno) (EPDM), Resina Epóxi, Poliolefinas, Poliuretanas, Borracha de Pneu Moída, dentre outros. Segundo Botaro et al. (2006) os ensaios realizados em laboratório para a caracterização do material são o de penetração (ABNT NBR 6576), o ensaio de ponto de amolecimento (anel e bola, ABNT NBR 6560) e o índice de susceptibilidade térmica. O primeiro é responsável por medir a consistência do material, o segundo permite medir a evolução da consistência do material, conforme a temperatura é alterada e o último verifica a influência da variação da temperatura na consistência do material asfáltico. Almeida (2012) discorre sobre outros ensaios como o de ponto de fulgor (ABNT NBR 11341), dado pela temperatura onde a aplicação de uma chama resulta na ignição de vapores, o ensaio para determinação da viscosidade Brookfield (ABNT NBR 15184) e o ensaio para determinação da recuperação elástica (ABNT NBR 15086). REFERÊNCIAS ALMEIDA JÚNIOR, A. F. Reaproveitamento de pneus inservíveis: determinação em laboratório das características do asfalto modificado SBS comparadas às do asfalto com pó de borracha. 2012. 97 f. Dissertação. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Engenharia de Produção, Bauru, 2012. ANTOSCZEZEM, J. A. Desenvolvimento dos revestimentos asfálticos produzidos com asfaltos modificados por polímeros e borracha de pneus no Brasil. SINICESP, boletim técnico. Disponível em: <http://www.sinicesp. com.br/materias/2012/bt07a.htm> Acesso em: 12 dez. 2017. BOTARO, V. R.; CASTRO, S. R.; RODRIGUES, F.; CERANTOLA, A. E. Obtenção e caracterização de blendas de asfalto CAP 20, modificado com poliestireno reciclado, resíduos de pneu e lignina organossolve. Metalurgia & Materiais, p. 117-122, 2006, Ouro Preto. LIZCANO, F. A. R.; ECHEONA, C. G.; SALCEDO, L. M. P.; QUINTANA, H. A. R. Comportamiento de un cemento asfáltico modificado con un desecho de PVC. 2011, p. 75-84. Revista Ingenierías Universidad de Medellín, Medellín, v. 12, n. 22, 2013. LUCENA, M. C. C.; SOARES, J. B.; SOARES, S. A.; LEITE, L. F. M. Reologia de asfaltos brasileiros puros e modificados por SBS. In: XVIII ANPET, Florianópolis. Anais… Florianópolis, 2004. LU, X.; ISACSSON, U. Modification of road bitumens with thermoplastic polymers. 1999, p. 77-86. Polymer Testing. Estocolmo, 2001. NEGRÃO, D. P. Estudo de asfaltos modificados por polímeros do tipo RET para aplicações em pavimentos. 2006. 157f. Dissertação. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. SILVA, L. S.; FORTE, M. M. C.; SPECHT, L. P.; CERATTI, J.A. Polímeros como modificadores asfálticos. Transportes – ANPET, v. 10, n. 1, maio de 2006. WORLD ROAD ASSOCIATION (PIARC) – TECHNICAL COMMITTEE FLEXIBLE ROADS (C8). Use of Mofidied Bitumes Binders Special Bitumes and Bitumes With Aditivies in Pavement Applications. Interncioanal Workshop Modified Bitumes. Roma, 1998.
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