Buscar

PLASTICOS DE ENGENHARIA - Hélio Wiebeck, Júlio Harada

Prévia do material em texto

Hélio Wiebeck 
Júlio Harada 
, 
PLASTICOS DE 
ENGENHARIA 
TECNOLOGIA E APLICAÇÕES 
Para não perderem mercado, as em­
presas buscam aumentar sua produtivi­
dade com qualidade, ao mesmo tempo em 
que procuram racionalizar os custos. E um 
dos caminhos para se atingir essas metas 
está na substituição de peças metálicas 
por outras, construídas com plásticos de 
engenharia. Justamente por isso é que os 
plásticos de engenharia vêm ganhando 
cada vez espaço. 
Conhecer esse material é de primor­
mal importância para os técnicos, enge­
nheiros, supervisores, gerentes de em­
presas transformação de plásticos, 
assistentes técnicos, pessoas relacionadas 
com vendas e ainda os compradores, pois 
a cada dia será mais comum a de 
escolher um ou outro desses materiais. 
Este livro é dirigido também para 
alunos de escolas técnicas do plástico, 
para graduandos ou pós-graduandos em 
faculdades e universidades que possuem 
CUTSOS na área da tecnologia dos plásticos 
em seu currículo. 
Aqui os plásticos de engenharia sâo 
apresentados de forma tal que o 
profissional possa fazer uma análise 
inicial de escolha e seleção criteriosa do 
material a ser empregado ou ofertado. 
., 
Hélio Wiebeck 
Júlio Harada 
Plásticos 
de 
Engenharia 
.GPraça Mauá, 01 - Bairro Mauá 
CEP 09580-500 - São Caetano - SP 
Tel. : 4232-1447 - Fax: 4232-1443 
/ e·mail; liv.esquadro@uol.com.br 
I 
Copyright" 2005 by Artliber Editora Ltda. 
Capa: 
Carlos Roberto do Si::'a 
Ilustração de capa: 
Daniel Fernandes 80rre.'(\' 
Composição eletrôr-':ca: 
Ediarte Comunicação 
Revisão: 
Rosa Simansky 
T.05627 Produção: 
Espaço Editorial 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP. Brasi" 
Wiebeck, Hélio 
Plásticos de engenharia I Hélio Wiebeck. Júlio 
Harada. - São Paulo: Artliber Editora. 2005. 
Bibliografia. 
l. Engenharia química 2. Plásticos 
3. Polímeros e polimerização 
I. Harada, Júlio. 11. Título. 
05-1388 CDD-688.42 
índices para catálogo sistemático: 
I . Plásticos de engenharia: Engenharia química 688.42 
Obra selecionada - convênio Artliber-ABPol 
ASPal Associação Brasileira de Polímeros 
Caixa Postal 490 - 13560-970 - São Carlos - SP 
abpol@linkway.com.br 
www.abpo!.com.br 
2005 
Todos os direitos desta edição reservados à 
Artliber Editora Ltda. 
Av. Diógenes Ribeiro de Lima, 3.294 
05083-010 - São Paulo - SP - Brasil 
Te!.: (lI) 3832-5223 Fax: (lI) 3832-5489 
info@artliber.com.br 
www.artliber.com.br 
www.artliber.com.br
www.abpo!.com.br
http:CDD-688.42
Dedicatórias 
Dedico este trabalho à minha esposa Fatima Regina 
e aos meus filhos Hugo Hajime e Mayumi Marcela. 
Júlio Harada 
Dedico esta obra à minha esposa Elenir, aos meus filhos André Luís e 
Luís Fernando e a todos aqueles que de umafonna ou outra contribuiram 
para que na minha existência terrena eu tivesse essa oportunidade. 
Hélio Wiebeck 
SUMÁRIO 
Prefácio .... ... ... ....... .. ...... ..... .. .. .............. ............... ........ ...... .. ... ....... .. ....... 15 
Apresentação ....... .... ........ ... .... ....... ........ ...... .......... .... ......... .... ............. . 17 
1 - Plásticos de engenharia .......... .. ...... ..... ........ .... ............ .. .......... ...... . 19 
1.1 - Introdução .... . .......... .................. ..... .... .. ................... ........................ 19 
2 - Polietileno de ultra-alto peso molecular - PEUAPM.. ...... ............ 37 
2.1 - Introdução....................................................................................... 37 
2.2 - Características.... ...... .... .... ........ . .. .. .......... .. ........ .......... .. ... ...... .. .. 38 
2.3 - Propriedades .............................. .. .. .... ...... .. .. .. ...... ... ................... 39 
2.3.1 - Propriedades químicas .................. .... ...... ...................... ..... 44 
2.4 - Aplicações ............................................................................ ..... 46 
2.5 - Métodos de transformação do PEUAPM ................ ........ ........ .. 49 
2.5 .1 - Moldagem por compressão ................................................ 49 
2.5.2 - Extrusão Ram .... .... ........ .... ...... ...... .... ...... .... ..... .. .. ...... ........ 49 
3 - Estirênicos ..... .... ........................................... ... .... .. ......... . .... .......... .. 51 
3.1 - Copolímeros de estireno............................ .... .. .. ...... .. .. .. .... ........ 51 
3.2 - Obtenção dos monômeros .... ...... ............................................... 51 
3.2.1 - Acrilonitrila ........................................................................... 51 
3.2.2 - Butadieno ..................................................... ........................... 52 
3.2.2.1 - Características do butadieno .... .... .... ........ ...... .. .. .. ........... 53 
3.2.3 - Estireno ........................................................ .. .... .. .............. .... . 53 
3.2.3.1 - Características do estireno ............ ........ .... ...... ...... ...... .... 54 
3.2.4 - Resina de SAN (Estireno Acrilonitrila) .............. .. .................. 54 
6 Plásticos de engenharia 
3,2.4,1 - Polimerização" "',' "","',",,"'"'''''''''' """"""",,,,,,,,,,.,,,,,, 54 
3 .2.4.2 - Propriedades"" """"'" ""., " .. "",',','" "".,,,,,,, " .. ".,.",.,."., 55 
3.2,4.3 - Processamento ".. , .... "".. " .. """"",,,,, .... ,,,,,,,,.,,,, 
3.2.4.4 - Aplicações "" .. , .... "" .... "" ... ".",,,.,, ... ,,,, .. ,,, .. ,,,,. ",' .. ", .. 
3.2.5 - Resina de ABS. ""....... "".... "."".""... """ ... ""....... ", 
3,2.5.1 - Preparação das resinas de ABS ... " ..... " .... ,,,,, .... ,,.,,,, .... " 
3,2.5,2 - Propriedades das resinas de ABS " .." ... " ..... " ...... " .." ... ", 57 
3.2,5.3 - Processamento " .................................. " ... ,.."."..... "..... 59 
3,2.5.4 - Expansão do ABS .................... " .. ,,,.,, ... ,,,,,............ 60 
3,2.5.5 - ABS reforçado .. " ... """", ... ", .. " .. """" .. "",,, .. ,,,, 60 
3.2,5.6" Aplicações " .. "".... """"... "."" ... ".. "'"",,,.,,,,.,,,, 61 
3.2.5.7 Grades especiais de ABS .. ", ........ " .......... , ........... "...... 62 
4 "Poliacetal ............... " ............ " ................ , .." .. .. 67 
4,\ - Introdução,,, ....... , ........ , .................. ,, .. , ..... ,, .. ,,. " ........ "........... 67 
4,2 - Histórico , .. " ................ , " .... " ............ ,,,,,,,,, .. , .. ,, .. ,,, .. ,, .. ,,,,.,,.,, ... ,,. 68 
4,3 - Obtenção do rnonômero .'" ."""" ... "",.""."""" .."""."".""""""". 68 
4.4 - Produção do polímero " .. " ... "."." ..... " "" ... " .... " .......... " .... " 68 
4.4, I - Homopolímero "" .... " ... " .. ,,, .. ,,..... " .. " ................ "....... 68 
4.4,2 - Copolímero ,,, ..... ', .. ,, .... , .. ,.,, .. ,, .. , .. """,,,,,,,, ....... ,,.,, ...... ,,.,,,,.. 70 
4.5 - Estrutura molecular ." .. , " .... " ... "".. " ,,,,, ... ,, .. ,,, .... ,,.,,,, .. ",, .... ,, .. ,,,,, 70 
4.6" Tipos comerciais "... " .... " ......... "".. " ... """, ............. " ...... " ... " 71 
4.6.1 - Homopo!ímeros " ......... "" .. "",,,,,,,,,, ... ,, .. ,,,,,,,, .... ",, ........... ,,... 72 
4.6.2" Copolímeros ........................... , ... ""." .."""."............. ,,,,,,, 72 
4.7 - Propriedades dos poliacetais " ... ""."".""""".." ..""..",,...... 72 
4.7.1 ' Propriedades mecânicas" "." .... " ..""."" .."" ......... " .... , ... " 73 
4,7.2 Propriedades térmicas .. " .... " .... "."...."" .... " ... " ..". 75 
4,7.3 Propriedades elétricas " ... "" ..... " ... ".".......... " ... "" ....... ""....... 76 
4.7.4 - Propriedades quínücas ... , ..... " .... , .. "" ................................... .. ", 76 
5 ' Poliamida 6 e Poliamida 6.6 ..... " ............... "."......... "."... " .... " ... ".. 81 
5,1 - Jntrodução ......... " ....... "."......... " .......... " .... " ... " .......... " ........" .... ".. 8J 
- Histórico ...................... ,., ..................... , .......... " .......... , ......... " ..... ,.. 82 
, Vantagens c desvantagens das PA ......................................... "....... 83 
5.4 - Tipos de poliamida ........ " ................................. " .................. "........ 83 
5.5 Polímerização das poliamidas 6 e 6.6 ............. " ...... "." ........ ""...... 84 
5.6 Relação estrutura e propriedades ............... " ......... " ... " ............... ". 85 
5.7 Propriedades características ........ " ............ " .... " ........ " .... " ......... ".. 87 
5,8 - Característica tém1ica das poliamidas .... "." ... " ....... "" .... " ... "" .. ".. 88 
5,9 - Características elétricas " .... ""." .... " .......................... " .. , ..... "" ... ".. 89 
Sumário 7 
5.10 Resistêncía químíca das poliamidas 6 e 6.6 ................................. 89 
5.11 Compostos e compósitos com náilon ........................................... 90 
5.12 Aditivos ........................................................................................ 90 
5.12.1 - Termoestabihzantes/antíoxídantes ........................................ 90 
5.1 - Antiultravioleta .................... ............................................... 90 
5.1 - Antíchama............................................................................. 90 
5.1 - Antiestáticos ............ ....................................... ........... ..... ..... 91 
5.1 - Agentes nuc1eantes ............................................................ 91 
5.12.6 - Lubrificantes.................................... ................................ 91 
5.12.7 - Desmoldantes ..... " ............ " ................................................ . 92 
5.12.8 - Modificadores de impacto ................................................... . 
5.13 - Copolímeros 6.6/6: 6/6.6 ............................................................. . 
5.13.1 - Características de processamento ........................................ . 
5. - Campo de aplicação das políanlidas ..................................... 94 
6 - Poliamidas aromáticas ............................................................... 95 
6.1 	 Histórico ... .................. .................................................................. 95 
- Nomenclatura ........................................................................... 97 
6.3 Estrutura ......................................................................................... 97 
6.4 Propriedades ................................................................... ............... 99 
6.5 Principais políaramidas no mercado .............. ""....... ..................... 99 
J - Nomex ................................................................... ".............. 99 
- Conex ..................................................................................... 100 
6.5.3 - Tcchnora ................................................................ ................ 101 
6.5.4 - Kevlar .................................................................................... 102 
6.6 	 Aplícações ........................ " ......... "...................................... 104 
6.6.1- Artefatos à de poliamidas aromáticas ............................. 106 
7· Policarbonato ................................. " ................................. " ..... ,....... 109 
7.1 - Introdução .................................... " ........................................... " .... 109 
- Histórico ......................................................................................... 109 
- Obtenção ......................................................................................... 110 
1- Produção do monómero .......................................................... 110 
7.3.1.1-Fosgênio ....................................... " ................................. 110 
7.3.1.2 - Bisfenol A ou BPA ......................................................... 111 
7.3.2 - Produção do polímero ................................................. ".......... 111 
7.3.2.1- Intercâmbio de esteres ..................................................... 111 
7.3.2.2 - Processo de fosgenização ................................................ 112 
7.4 - Relação entre estrutura e propriedades ............... ...... ................ ...... 114 
7.4.1 - Propriedades ................................................................. 115 
8 Plásticos de engenharia 
7.4.2 - Propriedades químicas ......................................................... 116 
7.43 Propriedades mecânicas ................................... ....................... J18 
7.4.4 - Propriedades ópticas ........................................................... 118 
7.5 - Processamento do policarbonato ............................ ..................... 119 
7.5. I - Pré-tratamento ......................... .......................................... 119 
7.5.2 - Processos de transfonnação ................................................. 	 I19 
1 - Moldagem por injeção ................................................... 120 
7.5.2.2 - Moldagem por tenTloformagem ........................ ............. 121 
7.5.2.3 - Rxtrusão ............................................................. 121 
7.5.3 - Reciclagem .......... ................ .................................. 121 
7.6 - Aplicações ..................................................................................... 121 
8 - Poliésteres e copoliésteres especiais ............................................ .. 
8.1 - Introdução............ ........... ........ ............................... .................... ..... 123 
8.2 - Histórico .... ............................................. ...... ....................... ......... 124 
8.3 - Processo de obtenção ...... ...... ..... ............... ........ .................... ........ 125 
8.4 Rstrutura molecular....... ............................ ............................. 126 
8.5 Principais características e propriedades do ........................ 126 
8.6 Processamento do PET ............................. ..................................... 127 
8.6.1 - Secagem ....... "",,, ..... ,,, .. ,, .... , .... ,., ...... ,,, ............ " ..... " ... ,....... 127 
8.6.2 - Desumidificação ................... .... ..... ..... ..... ......... ............... 127 
8.7 - Processos de moldagem do PET .............. ................................ ..... 127 
8.7.1- Moldagem por injeção ............................................................ . 
8.7.2 - Moldagem por injeção e sopro ................................... 128 
8.7.3 - Moldagem por extrusão ................................. c. .................... 129 
8.7.4 - Moldagem por extrusão e sopro ...... ........................ .. ........... 129 
8.7.5 - Fablicação de fibras ........... ............................ ............ 129 
8.8 - Propriedades ............................... ...................................... 179 
8.9 - Massa molar .................................. ............................................. 130 
8,10 - Cristalinidade ..... ........................ ........................... ....................... 131 
8.11 - Morfologia x características .................................................... :.... 131 
8. 12 - Propriedades mecânicas ..................... ...... .................................... 1 
8.13 Propriedades de barreiras ..................................
c ........................ .. 
8.14 Leveza .................. 	 I
cc ............................. c ........................................ 
8.15 - Transparência e brilho ...........................c...................................... 132 
8.16 - Resistência química .......... .......................................................... 133 
8.17 Higroscopicidade ........................................................................133 
8.18 - Processos de degradação ............................................................. 1 
Sumário 9 
8.18.1 - Hídrólise ""."".. "."."" ...... "......".".".. "" .... "..." 133 
8.18.2 - Térmica".. " .. "".......... " ........ " ......................... " .... " .............. 134 
8.19 - Recíclabilídade .......... " ... " ............ " ........ " .................................... 134 
8.20 - Aplícações ... " ... " ......... " ......... " ......... " ......... " ......... " .." ..... "........ 134 
8.21 - Recíclagem ......"."."...... " ..""." ... " .... " ... " ... "" ...... "" .. "" ..... "...... 136 
8.22 - PETG Poli (tereftalato de etileno glicol) ............. "..................... 136 
8.22.1 - Propriedades ........ " ...... " ... " ........ "........................................ 136 
8.22.2 - Processamento ...... " ..... " ... " ... " ... "" .." ... "" ......."" ....... "....... 137 
8.23 - PBT - Poli(teretIalato de butileno)." ......." ................... " 137 
8.23.1 - Propriedades .. ""."..""...."" .. " ... " ..........................." ....... ".. 138 
8.23.2 - Aplicações ."....".""...... ""."... " .." .." ..... ",, .................... "... 139 
8.24 - peT (Poli(l,4-ciclohexilenodimetileno tereftalato) .""" .... ""..... 140 
8.24.1 - Propriedades ..... " ..............."" ........ " ... "" .......................... "" 142 
8.24.2 - Processamento .." .................... " ........ ""................................ 142 
8.24.3 - Aplicações ....... " .......... " .... " ......... " .......................... " ..... "... 142 
8.25 - Lep - Polímeros líquidos cristalinos ............... " ... " .......... "."....... 143 
8,25,1 - Obtenção ..... "".""""".""." ... "".".. " ............. " ... " .... " ... ,....... 144 
8.25.2 - Propriedades"".... "" ........."" ... " ....... " ......... " .......... ".... 145 
8.25,3 - Aplicações " .." ..... " .." .......... " ..""""......... " ... " .......... " .. , ...... "... 146 
9· PPS· Polissulfeto de fenileno ".." .." .......... " .............. ",,, ..... ,, .... ",,. 147 
9.1 - Histórico ... " ...""".. " ..""....... " .... " ....... " .... "."" ....... """.. " ..""... ,,. 147 
9.2 - Principais características """.""" ... " ..... " .. "".. ""."" .. " ... "" ... " ... ,,. 147 
9.3 - Tipos de resina """.".""""".""""".""""""""."""""""."" .. ""... " 148 
9.4 - Síntese .""""".""."""""""".""""".""."""""."" .. "".""." """ .. ", 148 
9.5 - Cristalinidade ..... "."." ...... " .." ... ". "" .... " ...."." .. """' .. ,.,.""" ..... ",,, 149 
9,6 - Temperatura de transição vítrea/razão de Poisson "" ... " .. "" .. "".", 149 
9,7 - Propriedades térmicas e físicas """"" .." .."." .... "."" ..""."" .... ".",, 149 
9.8 - Propriedades mecânicas "" ....... """" ..... " ... """.. " ................. " ....... ]50 
9.9 - Absorção de água pela resina de PPS ................................... .......... [51 
9.10 - Módulo Creep (Resiliência) ....................................................... .. 
9.11 - Resistência química ...................................................................... ] 51 
9.12 - Processamento ........................................................ ...... ........... ..... 153 
9.13 - Aplicações típicas ............................................................. ".......... 154 
9.13.1 - Aplicações automotivas ........................................................ 154 
9.13.2 - Eletrodomésticos .................................................................. 154 
9.133 - Eletroeletrônicos ................................................................... 155 
9.13.4 - Outras aplicações industriais .................................... ".......... 156 
10 Plásticos de engenharia 
10· Poli (Óxido de fenileno) .................................................................. 157 
10.1 - Blendas de PPO modificado ......................................................... 158 
J0.1.1 - PPOs estirénicos .............................................................. 159 
10,1.2 - PPOs/poliallÚdas ............................................................. 161 
11 • B!endas políméricas ....................................................................... 163 
11.1 - Miscibilidade ...... .... ....... ..... ....... ........ ...... ...... ..... ...... ...... ..... ........ 164 
11.2 - Compatibilização de blendas imiscíveis ...................................... 164 
11.3 - "\1étodos experimentais para avaliar a miscibilídade e COI11­
patibilização de blendas .... ............ ................................ .... ........ 165 
11 1 - Ensaios mecânicos. ....... ..... ..... ....................... ..... ...... ........... ...... 165 
1J.3.2 - Microscopia eletrônica ............ ............................................. 166 
11.3.3 - Análise térmica ................................................................ 167 
11.3.4 - Outras técnicas ......... ............ ......... . ................................. 168 
11.4 - Métodos estatísticos para avaliar a miscibilidade e compa­
tibilização de bIcndas ....... ...... ...... ..... ........... ........... ................ 168 
12 • Compostos - plásticos carregados .............................................. 169 
12.1 Plásticos carregados: compostos.. .. ...................................... 169 
J2. 1.1 - Carbonato de cálcio................... ................. .......... ..... .............. 169 
12.1 .1.1 - Aplicações ....................... ......................................... 172 
1 - Negro-de-fumo: introdução ....... ... ....................................... 173 
12.1.2.1 - Composição do negro-de-fumo .................................... 174 
1 	 1.2.2 - Processos de fabricação dos diferentes tipos de 
negros-de-fumo ....................................................... 174 
12.1.2.3 - Propriedades dos ncgros-de-fumo ................................ 1 
12.1.204 - Classificação dos negros-de-fumo ......................0......... 176 
12.1.2.5 	- Influência dos negros-de-full1o nas propriedades 
dos compostos de borracha ........... 0...... 0 .... 0 ............. . 
12.1.3 - Sulfato de bfuio ..........................o................... o..................... 178 
12.1.4 - Feldspato> ......0............ 0 .... .,0 ....................... 0.......................... 178 
12.1.4.1 - Introdução ......... 0................... 0..................................... 178 
1201.4.2 - Propriedades físicas ...................0............ 0 ......... 0........... 179 
12.1.4.3 - Propriedades elétricas 0....................... 0 .................... 0..... 179 
12.1.4.4 - Propriedades térmicas ...................0.... 0......... 0 .......... 0 ..... 179 
12.1.45 - Propriedades ópticas .............. .,..................................... 179 
1.4.6 - Aplicações .... 	 180o ..................................... o ...... o ............... o ... 
12.15 - Alumina tri-hidratada ou tríhídróxido de alumínio .......0...... 180 
12.1.5.1 - Introdução ...... 	 180o .............................................................. 
12.1.5.2 - Propriedades físicas ...................................................... 181 
12.1.5.3 - Propriedades témlicas ..... ...................... ........................ 181 
12.1.5.4 - Retardantes de chama 0............................................ 0..... ] 81 
Sumário 11 
12.1.5.5 - Aplicações ..................................................................... 182 
12.1.6 - Sílica natural ................................ ,........................................ 182 
12.1 .6.1 - Introdução ............. ................. ................................ 182 
12.1.6.2 - Usos e aplicações ....................................................... 183 
12.1.7 - Caulirn .................................................................... 184 
1.7.1 - Introdução ..........................................................................184 
12.1.72 - Características .................................................................... 185 
12.1 • Aplicações ................. ... ..... .......................... ...... ................ 186 
12.1.7.3.1 - Reforço para borracha ....................................... ............ 186 
12.1.7.3.2 - Caulim para plásticos e tintas plásticas .......................... 188 
12.1.8 - Talco ..................................................................................... 189 
12.1.8.1 - Introdução .................................................................... ,... 189 
12.1.8.2 - Usos e aplicações ............................................................... 190 
12.1.8.3 Aplicações plásticas ........................................................... 191 
12.1.9 - Agalmatolito ................................................................. 192 
12.1.9.1 - Geologia e ocorrências ..................................................... 192 
1.9.2 - Aspectos gerais ........................................................... 	 192 
.9.3 - Beneficiamento do agalmatolito ....................................... 192 
12.1.9.4 - Propriedades .................. ................. ............................. 193 
12.1.9.5 Aplícações ......................................................................... 193 
12.1.9.6 - Informações físicas e químicas .......................................... 194 
12.1.10 - Sílica sintética ........................................................ ........... 194 
12.1.10.1 - Introdução ....................................................................... 194 
12.1.10.2 - Aplicação ........................................................ ................. 195 
13 - Compósitos ou plásticos reforçados ........ ...... ............. ...... ...... ...... 197 
13.1 - Introdução ................................................................... ,................ 197 
13.2 - Fibras ...... ,.,................................................................................... 198 
1 - Mauiz ......................................................................................... 199 
13.4 - Matéria-prima ................. ............................................................. 201 
13.4.1 Fibras de vidro ...................................................................... 202 
13.4.1.1 Tipos de fibra vidro .................................... .............. 203 
13.4.1.2 Agentes de acoplamento e protetores ........................... 204 
13.4.1.3 - Considerações de projeto .............................................. 205 
13.4.1.4 - Matrizes termorrigidas .................................................. 206 
1.5 - Matrizes termoplásticas ................................................ 207 
13.4.2 - Fibras de carbono e grafite ................................................... 208 
13.4.2.1 Processo fibra de carbono poIíacriJonitríla ................... 210 
13 .4.2.2 - Estabílização . ........................ ........... ..... ............ ....... ..... 211 
13.4.2.3 - Carbonização ................................................................ 212 
13.4.2.4 - TrataIllento de superfície "",. .. "", .............. ".,."" .... "..... 213 
13.4.2.5 - CaIíbração ..................................................................... 214 
12 Plásticos de engen haria 
13.4_2.6 - Processo de fibra de carbono baseado em piche... 214 
13.42.7 - Usos .............................................................................. 216 
J 3.43 - Fibras de aramida ..._, ............. _........ , .. _........ " ............... ,._, 216 
13.4.4 - Fibras de polietileno .... _" .. ", .." .." .... , .. __ .... _..... , ____ .. _., .. "._.. 7 
13.4.4.1 - Propriedades ,.......... ............. __ .............. " .. _" .. __ ...... ", 2J7 
13.4.4,2· Aplicações ........................................"""...... " ... ", .. "" ... 217 
13.5 - Comparação entre as propriedades mecânicas das fibras .. ___ .. , .... ' 218 
13_6 - Processos de conformação ... _.......... _" .. ,,,,, ____ .. ,,,,_ .. _.... _.,,,,_,,,. 219 
13.6,1 - Moldagem por contato .. _,_" .. '_ ..",_" .. _"_. ____ "._"",,,_,_,,_,,_ ... __ ,,. 221 
13,6.2 - Moldagem por pressão ....... ""._ .. , ............ , ........... _" .. "", .. " 
13.6.3 - Moldagem por compressão ......... " ... ""._._" ... "" .........."." 224 
13_6.4 - Moldagem por transferência ,_ .."""_" ___ ,.._... """ ... _",,,, .. ,, ____ .. 225 
13.6.5 - Bobinagem" .. "."." .... ",_ " ....... "", "" .. "" .. "." _." ""_" .. ",,, .. ,,.. 225 
13,6,6 - Pultmsão ..... ,,,_ ..... ,, .. ,,,, .. ,,' ... ,, ... ,,.... ""_ .. ,,, ... ,, .. _... _..... _,, 226 
14 - Fluoroplásticos _"._""... _" _.. """.". ___ ....... " "".. _____ " _""".,,,,,., ... _". 229 
14.1 - Introdução"""" ..... ""."_".,, """."".".... _"." ""."" .. """",,,,,,,,_,,,,,, 229 
14.2 	 Politetrafluoretíleno ",,,, ...... ,,,, __ ._, ..... """" .."" ."" .. _" ... " .. ',,, __ ",,". 230 
14,2.1- Estrutura do PTFE "" .. " __ .. " .."" ... "_ ....... " .... _""""" ... ",,._,, 231 
14_2.2 - Propriedades do PTFE .... """ __ "... ""_ .... ,_"" .. _"" __ "._",,,,._,,, 
14.2.2.1 - Propriedades mecânicas "_" ... ". __ " ........"_" ..",, ........... ,,. 232 
14.2.2.2· Propriedades químicas ... " .... , .. " .. _..... " ....._.............."", 233 
14.2,2.3 Propriedades elétricas .. ____ ... ___ .... __ ............_...___ .... " .. _,_,_. 233 
14.2.3 - Compostos e cornpósitos de PTFE ... ",. .. , .... ,. .... " ....... ., ... " ... 234 
143 - CopoIímero de propileno-etileno fluorado FEP ...... ",,,_ .. ,,.,,,, .. _ 235 
143.1 	 Propriedades ___ " ... _._, __ ., ... ___ " ___ ,, .... _..... "",_._.. _._"", __ " ..... , ..... . 
14.3.1,1 - Transições e relaxamentos ..... ". ___ .." .. "_,_"." ___ ",, ....... _,, 237 
14.3_1.2 - Estabilidade térmica ... _..."" __ "_ ............. _............ " .... ,, 237 
14.3_1.3 Efeitos de radiação " ____ ........""..._"""." ... _" .. " .. ",,_,, ..... 237 
14.3_ 1.4 - Propriedades mecânicas .. "" ___ ..". ___ .__ ", __ "." .." ....... ,, ... 238 
14.3, J.5 - Propriedades elétricas .. "" .. "" ....... " ....... " .... _" ... """ .. 238 
14.3.1.6 - Propriedades químicas ... "."._ ...""_" ____ """. __ ".",_",,.,, .. 238 
14.3_1.7 - Propriedades ópticas """ __ ",, __ ._,_ .. ,, .. " __ """ _" .. __ "."". 239 
14.3.2 - Fabricação, .. ,.. " .. " ......... _.. _...... , .. ,_." ..... " ... _... ,, .. , ...... ,,_ ...... ,,_. 239 
14.4 - Perfluoroalcóxi (PFA) " .. ".",_.. _.... ".._. __ "." .. """ ...... " .."_" .. ,, ..._ 240 
14.5 - Policlorollif1úoretileno - PCTFE """._""."""."" ... " .. ", .. _"."._, .. ,,_ 242 
14,6 - Copolímero de etilcno-clorotrítlúoretileno - ECTFE " __ .", ___ .",,_,, 242 
14.7 - Copolírnero de elileno-tetraflúoretileno - ETFE ....... " ... "._"".,,... 244 
14.8· Poli (flnoreto de vinilideno) (PVDF) "".." ..... " ... " ..... " ... "". __ " .... 246 
14.9· Poli(fluoreto de vinHa) - (PVF) "" ........ _"_, ___ ... _."_._",, ...... ,, .... ,, ___ . 247 
14.10 - Conclusões gerais " ........... "...... 	 249 
Sumário 13 
15 - Silicones .......................................................................................... 2S 1 
15.1 - Introdução................................................... .................................. 251 
15.2 - Nomenclatura ............................................................................... 253 
15.3 - Produção dos silicones ..... .... ... ... ... .................................. ............ 253 
15.4 - A natureza e propriedades das bonachas de silicone ................... 257 
15.5 - Tipos de silicone ........................................................................... 259 
15.6 - Vulcanização de borrachas de silicone ......................................... 261 
15.7 - Aplicações .................................................................................... 261 
15.8 - Fluidos(óleos) de silicone ............................................................ 262 
15.9 - Pastas e graxas de silicone ........................................................... 263 
15.10 - Géis, gomas e bOlTachas de silicone ........................................... 263 
15.11 - Resinas de silicone ..................................................................... 263 
16 - Polímeros de alto desempenho - (pI, PPA, PK, PSU, l'EK, PU 
SPS, PAR) ...................................................................................... 265 
16.1 - Plásticos de alto desempenho: evolução histórica.. ...... ... ... .......... 265 
16.2 - Poliimidas .... ........... ... ..... ...... ...... ...... ..... ................. ...... ........ ........ 265 
16.2.1 - Abreviação ..................................................................... 266 
16.2.2 - Cadeia da poliimida ......... ..................................... 266 
16.2.3 - Características do polímero ....... ................. ................. 266 
16.2.4 - Propriedades gerais. .... ........ ...... ...... ..................................... 266 
16.2.5 - Aplicações .............. ................ . ................................... 267 
16.3 - Poliftalamida ........................................ . .............................. 267 
16.3.1 - Abreviação ............................................................................ 267 
16.3.2 - Obtenção da poliftalamida .................................................... 267 
16.3.3 - Características do polímero .................................................. 268 
16.3.4 - Propriedades gerais ............................................................. 268 
16.3.5 - Aplicações ............................................................................ 269 
16.4 - Policetonas ............ ... ..... ......... ..... ...... .................................. ...... ... 269 
16.4. I - Abreviação ..... .............. ... ............................ ................. ...... ... 269 
16.4.2 - Cadeia do PK - polir cetona) ................................ ........ ...... ... 269 
16.4.3 - Características do polímero ....... ... .............. ................. ...... ... 270 
16.4.4 - Propriedades gerais ... ...... ..... ...... .................................. ......... 270 
16.4.5 - Aplicações ............................................................................ 271 
16.5 - Polisulfona .......................................................... ....................... ... 272 
16.5.1 - Abreviação: PSU (po1ysu1fhone) .......................................... 272 
16.5.2 - Característica do polímero ... ............ ...... ..... .................... ... ... 272 
16.5.3 - Propriedades gerais ............................................................... 273 
16.5.4 - Aplicações ............................................................................ 273 
16.7 - Poliuretano ................................................................................... 274 
16.7.1 - Abreviação: PU .................................................................... 274 
16.7.2 - Cadeia do poliuretano ........................................................... 275 
14 Plásticos de engenharia 
16.7.3 - Características do polímero ......................................... 275 
16.7.4 - Propriedades gerais .............................................................. 275 
16.7.5 - Aplicações ............................................................................ 276 
16.7.6 - Tipos ..................................................................................... 280 
16.8··· Poli estireno e poli estireno sindíotálíco ........................................ 280 
16.8.1 - Abreviação ............................................................................ 281 
16.8.2 - Cadeia do PS ......................................................................... 281 
16.8.3 - Aplicações ............................................................................ 281 
16.8.4 - Poliestireno sindiotático - SPS ............................................. 282 
16.8.5 - Características ....................................................................... 282 
16.85.1 - térmica ...................................................... 282 
16.85.2· Resistência química ...................................................... 283 
16.8.5.3 - Rigidez .............................................................. ........... 283 
16.85.4 - Propriedade auto-extingüível ........................................ 283 
16.8.5.5 - Resistência mecânica ........................ ............................ 283 
16.9 - Poliarilatos .................................................................................... 283 
16.9.1 - Abreviação: PAR .................................................................. 283 
16.9.3 - Propriedades ......................................................................... 283 
16.9.4 - Aplicações ............................................................................ 284 
17 • Seleção de materiais ............ ...... ................................... ..... ............ 285 
Referências bibliográficas .................................................................. . 291 
Anexos ................................................................................................. 297 
Plásticos Basf e suas aplicações ............................................................. 298 
Plásticos Braskem e suas aplícações....................................................... 302 
Plásticos Dupont e suas aplicações ......................................................... 311 
Plásticos Eastman e suas aplicações ....................H....................H... H...... 315 
Plásticos GE e suas aplicações ................ ............................... ................ 317 
H ........... H....
Plásticos Ipiranga e suas aplicações .................................... 318 
,a,'CUA" Lanxess e suas aplicações ................................................... ..... 323 
Plásticos Lati e suas .............................................................. 324 
Plásticos Petroquímica Triunfo e suas aplicações ..................HH........... 325 
Plásticos Petroquímica União e suas aplicações H......................H........... 331 
Plásticos Polibrasil e suas aplicações ................................H................. 332 
Plásticos Poli carbonatos do Brasil e suas aplicações ....H....H................. 335 
Plásticos Radici e suas aplicações .......................................................... 337 
Plásticos Rhodia e suas aplicações ......................................................... 338 
Plásticos Solvay e suas aplicações................................. ........... .............. 340 
Plásticos Tícona e suas aplicações ............................... ........................... 345 
Colaboradores ......................................................................................... 350 
PREFÁCIO 
Plásticos de Engenharia é um livro essencial para os profissionais das 
Ciências dos Polímeros que buscam maior aprofundamento nos conceitos téc­
nicos e mercadológicos da fascinante área dos Plásticos e Especialidades 
nlcas. 
Reconhecidos por sua longa e diversificada vivência na pesquisa e de­
senvolvimento tecnologia de negócios no mercado de Plásticos de Enge­
nharia, os autores combinaram as experiências em suas disciplinas para com­
por uma obra singular, que apresenta, ao longo dos seus capítulos, um balanço 
sempre dosado de elementos técnicos com dados de mercado_ Esse ponto, 
raramente atingido em obras com temas simíl,u-es, tanto no Brasil quanto no 
exterior, diferenciam o trabalho ao fixar o interesse do leitor nas intrincadas 
estruturas moleculares das resinas de engenharia, sem abrir mão do prazer da 
leítura, ao apresentar exemplos práticos de utilização, tangíveisno dia-a-dia 
do consumidoL 
A Associação Brasileira de Polímeros ABPol sente-se honrada em po­
der patrocinar e prómover este livro por sua inequívoca contribuição aos estu­
dos dos polímeros e pejo papel que certamente desempenhará nos programas 
de capacitação de recurlios humanos da indústria, pesquisa, e ensino dos plás­
ticos do Brasil, 
Domingos Jafelice 
Presidente 
Associação Brasileira de Polímeros - ABPol 
APRESENTAÇÃO 
Este livro baseou-se em uma apostila milízada como guia para os cursos 
abertos de formação e atualização de esmdantes da de plásticos, Entre eles 
estão técnicos, engenheiros, supervisores, gerentes de empresas de transfonna­
ção de plásticos, e estudantes dc cursos de graduação e pós-graduação em enge­
nharia de materiais plásticos, A apostila foi utilizada para um melhor entendi­
mento da aplicabilidade dos materiais polimêricos considerados de engenharia c 
também como complemento de fonte de consulta de infonnação técnica, 
Com o passar dos anos, surgiram alguns livros que preencheram uma 
parte da lacuna existente nessa área, minimizando a dificuldade de obtenção 
de infonnações técnicas em português. Resolvemos então ampliar a mo­
desta apostíla e transformá-Ia neste livro, que, bem sabemos, não supre a ne­
cessidade existente de literatura especializada sobre o tema. Tampouco temos 
a pretensão de esgotar o assunto, pois, afinal, também somos aprendizes no 
assunto. 
Convidamos os alunos de pós-graduação de Engenharia de Materiais da 
de polímeros do Deprutamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para colaborar com este 
projeto, mnpliando-o com novas pesquisas bibliográficas e acrescentando a 
vivência profissional de todos os envolvidos neste campo. 
Para a ilustração de conceitos foram utilizadas figuras e gráficos extraí­
dos de catálogos de fabricantes dos respectivos plásticos de engenharia e, muitas 
vezes, são utilizados os nomes comerciais destes, pois conforme nossaexperi­
ência é difícil desvincular o nome comercial do nome técnico correspondente. 
18 Plásticos de engenharia 
o leitor notará que alguns assuntos não foram abordados pois, em muitos 
casos, dependem da aplicação tinal da peça ou do processo de transfonnação no 
qual será utilizado, como, por exemplo, se é uma peça técnica injetada, soprada, 
termoformada para indústria eletroeletrônica, automobilística, náutica, 
aeroespacial, etc. ou uma embalagem plástica flexível para alimentos, com a 
necessidade específica de barreira, estrutura física de stand up (ficar de pé). 
Infelizmente, não temos todo o conhecimento disponível, pois o desenvolvi­
mento das matérias-primas e suas técnicas de transformação são muito velozes, 
dificultando o acompanhamento em fanção de nosso pouco tempo disponíveL 
Agradecemos a todos que direta ou indiretamente colaboraram e cola­
boram com este trabalho, e, em especial, às empresas produtoras das matérias­
primas aqui citadas, aos nossos alunos do curso pós-graduação Polí­
USP, mencionados nominalmente; a ABPol - Associação Brasileira de 
Polímeros, por esta parceria, c us empresas onde trabalhamos (Poli-USP e 
Basf S.A.). Agradecemos, em especial, aos engenheiros que colaboraram 
tensan1ente nesta obra com seus trabalhos esclitos: Edson R. Simielli, Fernando 
M, Felícetti, Ana Maria Liguorí, João Carlos Pial.zi, Renato Del Coco Júnior, 
Pérsio de Souza Santos e Sérgio de Carvalho Araújo e as empresas: Basf, 
Tícona/Hoescht, BraskemIPolíalden, Dupont, Aoki. Bekutl1, Polícarbonatos 
do Brasil, Eastman, GE Plastics e Solvay, pela cessão da utilização das fotos 
para ilustração desta obra. 
Em caráter super especial, agradecemos ao engenheiro Paulo Aparecido 
dos Santos, que, inicialmente, produziu o primeiro material em forn1a de apos­
tila, à mestranda Kátía Schoeps de Oliveira, que auxiliou na produção da se­
gunda apostila, ao Daniel Femandes Borrelly e Aline Alves Rodrigues, douto­
randos do Departamento de Engenharia Metahírgica e de Materiais da Escola 
Politécnica da Universidade de São Paulo, que tiveram um enonne trabalho 
agrupando os capítulos, melhorando a apresentação e cOITigindo os eITos en­
conu·ados. 
Aos alunos que ajudaram na elaboração dos capítulos, agradecemos no­
minalmente 110 final do livro. 
Hélio Wiebeck 
Júlio Harada 
São Paulo, setembro de 2004 
1 CAPíTULO 
PLÁSTICOS DE ENGENHARIA 
1.1 	- Introdução 
Os plásticos são, geralmente, divididos em duas categorias quanto a sua 
escala de fabricação e/ou de acordo com o desempenho de suas propriedades. 
Quanto à escala, encontramos os tennoplásticos commoditíes, representando 
o maior volume de produção, compreendidos por: polietileno, polipropileno, 
poli (cloreto de viníla), policstíreno e, atualmente, o PET grau ganafa. Esses 
materiais, em função de sua aplicação, podem levar denominações de plás­
ticos dc uso comum, uso geral, ou, ainda, de massa. 
Os plásticos de uso geral podem ser termoplásticos ou termorngidos. Os 
termoplásticos de uso geral são: polietíleno (PE), polípropileno (PP), 
poliestireno (PS), poliestireno de alto impacto (PSAI), copolímero (estireno­
acrilonitlila) (SAN), copolimero (etileno-acetato de vínilal (EVA), poli(cloreto 
de viníl2) (PVC), poli(acetato de vínila) (PVAc), poli (cloreto de vinilídeno) 
(PVDC) e polí(metacrilato de metila) (PMMA). 
Os termorngídos de uso geral são as resinas: epóxi (ER), fenoj­
forrnaldeído (PR), uréia-formaldeído CUR), melamina-folnlaldeído (MR) e 
poliuretano (PU), este último podendo ser de característica tennoplástica. Os 
polímeros de engenharia também podem ser denominados de uso gera! e de 
uso especial, sendo que o de uso especial pode ainda ser denominado de 
superplástico ou plástico de altíssimo desempenho. 
Os plásticos de engenharia apresentam: 
• 	 Módulo de elasticidade elevado, mesmo a temperaturas relativamen­
te elevada. 
Rose
Marcador de texto
20 Plásticos de engenharia 
• Boa resistência ao impacto. 
• Boa resistência à tração. 
• Boa resistência à flexão. 
• Estabilidade dimensional a alta temperatura. 
• Resistência à degradação térmica e à oxidação. 
• Resistência a reagentes e a solventes. 
• Transparência à radiação eletromagnética. 
Geralmente os plásticos de engenharia possuem: 
• Temperatura de di storção térrrtica acima de 100°C (0,46 MPa) 
• Módulo de elasticidade acima de 20 000 Kgf/cm' 
• Resistência de tensão à tração acima de 500 Kgflcm' 
Alguns autores definem os plásticos de engenharia como sendo materi­
ais estáveis, por determinados períodos, em aplicações onde podem sofrer es­
forços mecânicos, térrrticos, elétricos, químicos ou ambientais. Em geral, são 
mais caros que os plásticos commodities, em função de terem sua obtenção e 
fonnação mais elaborada. 
Os plásticos de engenharia de uso geral são: polietileno de altíssimo 
peso molecular (PEUAPM), poli(óxido de metileno) (POM), poli(tereftalato 
de etileno) (PET), poli(tereftalato de butileno) (PBT), policarbonato (PC), 
poliamida alifatica (náilon) (PA), poli( óxido de fenileno) (PPO) e poli (fluoreto 
de vinilideno) (PVDF). 
Os plásticos de engenharia de uso especial, superplásticos, de altíssimo 
desempenho, são: poli(tetrafluoro-etileno) (PTFE), comumente conhecido 
como tefIon; polarilatos (PAR); polímeros cristais -líquidos (LCP); poli-imidas 
(PI); poli(amidaimida )(PA!) ; poli(éter-imida) (PEI); poli(eter-cetona) (PEK); 
poli(eter-eter-cetona) (PEEK); poli(sulfeto de fenileno) (PPS); polisulfona 
(PSU); polifenilsulfona (PPSU); poliftalamida (PPA); polietersulfona (PES). 
Essas divisões podem apresentar alguma variação qnanto ao fato de um 
material estar alocado a um ou a outro grupo, dependendo do pesquisador. 
Como uma relação de alto desempenho em favor da propriedade mecâ­
nica, resistência à tração na ruptura, podemos ter um material de engenharia 
com uma resistência superior cinco vezes ou mais em relação a um detennina­
do plástico de uso comum. 
Alguns pesquisadores consideram que, para um plástico pertencer aogru­
po dos de engenharia, além de uma alta resistência mecânica, ele também deve 
Rose
Marcador de texto
Rose
Marcador de texto
21 Plásticos de engenharia 
ter uma temperatura de deflexão ténnica de no mínimo 100°C (0,46 MPa), (HDT). 
Esta é a temperatura na qual um corpo de prova na founa de barra sofre uma 
deflexão de 0,25 mm, estando biapoiado entre dois suportes separados de 100 
mm, sujeitos a tensões de 0,46 MPa ou 1,82 MPa (ASTM- D648). 
Vale salientar que um plástico do grupo de uso geral pode ter sua carac­
terística melhorada e passar para o de engenharia. As modificações de propri­
edades podem acontecer com incorporações de fi bras, cargas vegetais ou 
inorgânicas. Uma outra maneira de modificar as propriedades é a cura ou 
reticulação do plástico em questão, que pode ser melhorado em algumas pro­
priedades mecânicas, além da propriedade téunica. 
É possível também introduzir no mercado um plástico da família dos de 
uso geral, mas com uma inovação química de estrutura, a qual possibilita que 
o novo tipo de material tenha uma propriedade de alto ou altíssimo desempe­
nho mecânico e/ou térmico. Algumas bJendas poliméricas podem ter uma fa­
cilidade de confounação , além de um alto desempenho, e podem ser conside­
radas corno plásticos de engenharia. 
Os capítulos a seguir ajudam a ter urna melhor compreensão das propri­
edades inerentes a estes grupos de materiais plásticos. A Tabela I, por exem­
plo, apresenta um resumo cronológico da evolução dos materiais poliméricos 
ao longo do tempo: 
Tabela 1.1 - Evolução histórica dos plásticos de engenharia 
Os chineses descobrem o verniz, extraído de uma árvore (Rhus 
1000 vernicflua), que passa a ser usado na founa de revestimentos im­
a.c. peuneáveis e duráveis. Ele seria utilizado em móveis domésticos 
até a década de 1950. 
Descoberta do âmbar, urna resina termoplástica proveniente de 
árvores fossilizadas. É encontrado, principalmente, na costa do 
79 a.c. Mar Báltico. E peunite a fabricação de pequenas peças através de 
moldagem por compressão. Plínio, o Velho (23·79 a.c.) cita esse 
material em sua obra História Natural. 
Descoberta do chifre como material conformável. Ele se comporta 
como uma chapa de material teunoplástico, podendo ser cortado e 
O moldado após ter sido aquecido em água quente. Lâminas desse 
material podem ser sobrepostas de fOlma a se produzir peças com 
maior espessura. Antigamente, botões de roupa e outros produtos 
22 Plásticos de engenharia 
o 
400 
800 
1550 
1596 
1650 
1770 
1820 
1835 
eram feitos com chifre moído aglomerado com um lígante (como, 
por exemplo, sangue) através de moldagem por compressão. 
Moldagem e corte de cascas de tartaruga, de forma similar ao chifre. 
Até algumas décadas atrás eram comuns os óculos feitos com esse 
material. 
Surgimento da gutta-percha, uma resina natural presente na casca 
de árvores da Malásia. 
Primeira menção à borracha natural feita por Valdes após uma 
expedição à América Central. Os nativos usavam esse material 
como artigos esportivos e impermeáveis há milhares de anos. 
John Huyglen von Linschoeten relata usos da goma laca após uma 
visita à Índia. 
John Tradescant introduz o uso da gutta-percha no Ocidente após 
suas viagens para coleta de plantas no Oriente. Esse material foi 
usado para fabricar desde mangueiras de jardim até móveis, tendo 
sido substituído como revestimento de cabos submatinos na década 
de 1940. 
Priestley atribui o nome de rubber à borracha, uma vez que ela 
consegue remover marcas em um papel (em inglês, to rub significa 
raspar, rasurar). 
Tbomas Hancock (Ing laterra) descobre que a borracha, 
vigorosamente plastificada é capaz de fluir. 
Regnault relata a produção, até então inédita, de cloreto de vinila, 
monômero do PVc. 
Descoberta do nitrato de celulose. Regnault descobre o PVC na 1838 
França, mas como uma curiosidade de laboratório. 
Charles Goodyear (EUA) descobre a vulcanização, processo que 
consiste na adição de enxofre à borracha natural, tornando-a mais 
forte e resilíente. Isso viabilizou seu uso como importante material 
1839 
de engenharia. 
Descoberta, em laboratório, do poliestireno. Contudo não havia 
condições plenas para sua fabricação na época. 
Alexander Parkes (Inglaterra) desenvolve a Parkesina, uma resina 
1840 moldável à base de nitrato de celulose, material extremamente 
inflamável. 
23 Plásticos de engenharia 
1.845 Robert Wílliam Thompson inventa o de borracha. 
Nelson Goodyear patenteia e comerCÍaliza a ebollÍte, material 
produzido pela vulcanização da borracha usando excesso de 
enxofre. Ê uma resina dura, escura e brilhante utilizada por mais I 
de 100 anos na fabricação de bolas de boliche e placas para LISO i
1851 
dentário, neste caso com cor rosada, O surgimento deste material I 
é um marco fundamental na história dos polímeros, pois foi o I 
primeiro material termofixo usado comercialmente e também, 
envolveu a de um natural. 
Urna mistura de goma-laca com serragem é patenteada como I 
material para moldagem por Samuel Peck (EUA), para uso em i 
estruturas e maletas. 
Os químicos Friedrich Kekulé c Archibald Couper demonstram 
1858 que as moléculas orgãnícas são constituídas de átomos carbono,! 
combinados quimieamente em diferentes formatos, 
,L. __,__+ __,, __ , _.~_-j 
1859 Butlerov descreve os polímeros à base de folmaldeído. 
'''''~_+-i:>C:;;c;.()bc:r:tll..do acetato de celulose. _""_,~" .". __.. __ ., ___.__ , 
Wesley Hyatt, dos EUA, vence uma competição para fabricar 
bola dc bilhar melhor. Ele usou um novo material chamado! 
celulóide, uma versão comercial do nitrato de celulose ou I 
nítIOcelulose com adição de cânfora para redução de fragilidade. . __1 __ _ 
Os irmãos Hyatt patenteiam o uso do nitrato de celulose e cânfora, 1870 
obtendo-se um material semelhante ao chifre, o celulóide. 
Adolph Bayer, da Alemanha, registra reações entre H"LIU'l>1872 
aldeídos, gerando substâncias resinosas. 
Sementes seringueiras do Brasil são contrabandeadas por Sir 
Henry Wickham e mandadas posteriormente à Asia, onde 
constituíram a base da indústria mundia 1de borracha. 
--1--­
Uma gravadora bcrlincllse começou a usar goma-laca para a 
fabricação de discos fonográficos, devido à capacidade desse 
1880 material em reproduzir detalhes finos de formato. De fato, a goma­
laca foi usada até 1952 na fabricação de discos fonográficos, qmmdlo 
foi substituída PVC 
Bernigaud produz fihras a partir da celulose, que posteriormente 1884 
receberiam o nome de rayon. 
i 
Goodwin inventa o filme fotográfico de celulóide e seu processo 
de fabricação. 
na França, regenera celulose via nitrato. 
1897 
Arthur Smith, da Inglaterra, patenteia resinas de fenol-formaldeído, 
substituem a ebonite como isolador elétrico. 
-~~... _--~... _--~... _­
Descoberta do sílicone Frederic 
24 Plásticos de engenharia 
Stern & 	Topham desenvolvem método para se produzir seda 
a chamada viscose. 
Leo Baekeland, dos EUA, consegue a primeira de suas 1 patentes 
relativas a resinas de fcnol-forrnaldeído, 
Charles Frederick Cross inventa o celofane, mistura de acetato de : 
celulose e viscose 
Leo Baekcland, dos EUA, pateuteia a B aquelí ta, a primeira resina 
termofixa a substituir mateliais tradicionais como madeira, marfim 
e ehonite. Baquelita se tornou sinônimo deste materiaL 
Hermann Staudinger inicia o deseuvolvimento da borracha sintética 
(isopreno) 
Hugh Moore funda a Dixie Cup Co" fabricante de copos: 
descartáveis, especialmente para atender a uma lei promulgada no I 
estlldo de Kansas (EUA), que proibia o uso de xícaras comunitlirias 
trens. Seu objetivo era restringir a disseminação de doenças I 
a tuberculose, 	 . 
1887 
1892 
1894 
George Eastman Kodak patenteia a máquina para produzir 
fotográfico contínuo. 
HUlell" "íntese do celofane, um filme transparente produzido a 
partir da regeneração da viscose, ou seja, celulose dissolvida, 
Contudo, somente na década de 1910 ele atingiria maturidade 
Cross e Bevans introduzem o acetatode celulose após 
deseuvolverem pesquisas sobre ésteres de celulose para se enlcOIltIêlr 
alternativas não-intlamáveis ao nitrato de celulose 
Adolph Spittclcr, da Bavária (Alemanha), descobre (provavelmente 
acidente) e patenteia resinas a base de casefna. Este material é . 
a partir de leite batido e coalhado, curado por imersão em : 
Seu nome comercial era 
Pl ásticos de engenharia 25 
1910 
Iniciada a produção de meias para mulheres na Alemanha. 
Construída a primeira fábrica de rayon nos EUA. 
1911 Brandenberger, na Suíça, inicia a produção comercial do celofane 
1912 
Ostromislensky, na Rússia, patenteia um processo de polimerização 
do cloreto de vinila, obtendo-se PVC. Contudo, a decomposição 
do polímero durante o processo, inviabiliza seu desenvolvimento 
comercial. Fritz KJatte patenteia um método para a produção de 
seu monômero, cloreto de vinila; ele logra polimerizá-lo em PVC, 
mas essa resina ainda teria de esperar até a década de 1930 para 
ser produzida em escala comercial. A La Cellophane S.A. é a 
primeira empresa a produzir comercialmente celofane na França. 
1914 
Início do uso de soluções de acetato de celulose como verniz para 
aviões e de madeira compensada para fuselagens. 
1916 
F.H. Banbury, dos EUA, patenteia o famoso misturador que leva 
seu nome. 
1918 
Hans J ohn prepara resinas através da reação de uréia com 
formaldeído. 
1919 Introdução comercial do acetato de celulose. 
1920 
A década de 1920 marca o início de uma "era de ouro" nas 
descobertas sobre síntese de polímeros. É quando Hermann 
Staudinger, da Alemanha, se envolve na pesquisa fundamental 
sobre os mecanismos de polimerização de moléculas orgânicas. 
1921 O rayon começa a ser produzido comercialmente. 
1922 Hermann Slaudinger, da Alemanha, sintetiza a borracha. 
1924 Fibras de acetato de celulose. 
1926 
Hermann Stauclinger inicia o trabalho que provará que os polímeros 
são constituídos de moléculas em forma de longas cadeias, 
formadas por moléculas menores , a partir de polimerização. 
Anteriormente se acreditava que os plásticos eram compostos de 
anéis de moléculas ligados. 
Kurt Meyer & Herman Mark usam raios X para examinar a estrutura 
interna da celulose e outros polfmeros, fornecendo evidência 
suficiente da estrutura multiunitária de algumas moléculas 
A primeira injetora comercial foi patenteada na Alemanha, mas a 
produção em escala industrial só se tornou possível em 1937. 
26 Plásticos de engenharia 
A descoberta de plastificantes adequados para o acetato de celulose 
viabiliza esse material como alternativa para o celulóide, que é 
bem mais inflamável. 
1927 
Aparece o PVc. 
W. Semon, da BF Goodrich (EUA), descobre como plastificar 
facilmente o PVc. 
Otto Rohm, na Alemanha, desenvolve o poli(metacrilato de metila) 
e inicia sua produção, em escala limitada, em Darmstadt. 
1928 
Ziegler inicia seus trabalhos sobre química organometálica e lança 
os fundamentos para a catálise na polimerização do polietileno e 
polipropileno. 
Início da produção de PVC nos EUA. 
1929 
A Dunlop Rubber Co., da Inglaterra, produz, pela primeira vez, a 
espuma de borracha. 
Surge a borracha sintética de poli sulfeto (Thyokol) e resinas à base 
de uréia-formaldeído. 
1930 
A BASFIIG Farben (Alemanha) desenvolve o poliesti reno. A Dow 
Chemical Co. (EUA) iniciou o desenvolvimento dessa resina nesse 
mesmo ano, mas a produção comercial só se iniciou em 1937. 
W.L. Semon, da BF Goodrich (EUA) modificou o PVC, de forma 
a melhorar sua transformação e aumentar seu potencial comercial. 
J.A.Hansbeke desenvolve o neopreno, outro tipo de borracha 
sintética. 
1931 
A Imperial Chemical Industries - ICI (Inglaterra) desenvolve o 
polietileno, quase por acidente, quando E.W. Fawcett e R.O. Gibson 
observam uma pequena quantidade de uma cera produzida após 
experimentos com etileno. 
A empresa Forrnica patenteia o material homônimo (núcleo de 
papel fenólico revestido superficialmente de uréia-formaldeído) , 
iniciando um negócio de enonne sucesso. 
Início da prod ução do PVC na Alemanha. 
1932 
Aperfeiçoamentos em compostos de uréia-tiouréia-folmaldeído na 
British Cyanides Co. gera a produção de resinas de uréia­
formaldeído. 
Plásticos de engenharia 27 
1932 
Desenvolvimento da Buna N (aclilonitrila-butadieno) e Buna S 
(estireno-butadieno) na Alemanha. 
Início da produção comercial de neopreno nos EU A, pela DuPont. 
Descoberta do processo de polimerização sob alta pressão do 
polietileno. 
1933 
Pesquisadores da TCI (R. HiII e J.W.c. Crawford) iniciam o 
desenvolvimento do poli(metacrilato de metíla) - PMMA, que seria 
mais tarde comercializado com os nomes comerciais de lucite, 
plexiglas, acrílico, etc. 
Produção dos plimeiros artigos de poliestireno moldados por injeção. 
-
1934 
Wallace Hume Carothers, da DuPont (EUA) desenvolve o náilon, 
originalmente na fonua de fibra. 
1935 
Carothers e DuPont patenteiam o náilon. 
A Henkel patenteia a produção de resinas baseadas em mclamína. 
A empresa rCI patenteia a polimerização do polietileno a partir do 
etileno. 
1936 Uso do PVA, poli (acetato de vinila), e do poli(vinilbntiral) em 
vidros laminados de segurança. 
Iniciada a produção em larga escala de poliestireno na Alemanha. 
Wallace Carothers se suicida antes que o náilon apresentado 
ao público, o que ocorreria entre 1938 e 1939, com a marca 
comercíal de Exton. Q irônico é que Carothers se matou se 
achar um fracasso. 
1937 Qtto Bayer começa o desenvolvimento dos poJiuretanos na IG 
Farbeu. 
A Alemanha começa a produção comercial de borrachas <i. ..<.:. 
estireno-butadieno (Buna S) e butadicno-acriJonitrila (Buna N). 
Inicia-se a produção de poliestireno nos EUA 
1938 
Roy Plunkett (Dupont) descobre acidentalmente o teflon ou PTFE­
politetrafluoretileno. Ele pensou que um cilindro contendo 
fluorcarbonato estivesse vazio. Ao cortá-lo, verificou-se a presença 
de um resíduo branco em seu interior. Nasceu assim o leflon. 
Surgem fibras de náilon 6.6, fabrícadas nos DuPont. 
Iniciada a produção comercial de 
28 Plásticos de engenharia 
1939 
A ICI, da Inglatena, patenteia o processo de cloração do polietileno. 
A mesma empresa inicia a produção comercial de polietíleno de 
baixa densidade. 
Iniciada a produção de resinas de melamina-formaldeído e 
poli (cloreto de vinilideno). 
Iniciada a produção industrial de PVC nos EUA. 
Mangueiras para gasolina feitas com neoprene, fornecido pela 
DuPont, tomam-se comuns nos EUA. 
1940 
Resinas de acrílico (PMMA) começam a ser largamente usadas 
em janelas de aviões. 
Produção de borracha butJ1ica nos EUA. 
Início da produção de PVC na Inglaterra. 
1941 
A IG Farben (Alemanha) começa a produção de poliuretanos. 
A Kinetic Chemical Ltd. patenteia o teflon. 
l.R. Whinfield e l.T. Dickson (Calíco Printers Association) 
conseguem produzir fi bras de PET - polí(tereftalato de etileno), 
sendo lançado com o nome comercial de Terylene. 
1942 
Alemanha: desenvolvimento de silícones e resinas a base de 
fluorcarbono. 
EUA: borrachas de estíreno-butadieno (SBR). 
Início da produção industrial de silicone. 
A BeclOn Dickinson Co. desenvolve a primeira embalagem blisTer 
tennoformada. 
1943 
Construída a primeira planta em escala piloto para a fabricação de 
teflon (PTFE). A produção comercial só teria início em 1950. 
Começam os estudos sobre o uso de fibras de vidro como agentes 
de reforço para resinas plásticas. 
Primeiros usos industriais do poliuretano. 
Introdução do poliisopreno nos EUA. 
1946 
Os organosó is e plastissóis são introduzidos no mercado 
amencano. 
A Wachusett Tools & Dies Co., dos EUA, inova usando ligas de 
cobre-berílio na cavidade de moldes para resinas plásticas. 
A Chrysler usa, pela primeira vez, lentes de acnlico nas lanternas 
traseiras de seus veículos. 
29 Plásticos de engenharia 
1946 
Earl S. Tupper começa a produzir copos de polietileno, dando início 
à famosa Tupperware Co. 
Valdes Kohinoor Inc., dos EUA, inicia a produção de zippers de 
náilon.1947 
Surgimento das resinas epóxi. 
OD Black & D Mackey, da RCA, criam o primeiro circuito impresso. 
1948 Surgimento dos polímeros ABS e fibras de acrílico. 
1949 
Brasil: Fundada a primeira fábrica de poliestireno, a Bakol S.A., 
em São Paulo. 
Iniciada a produção comercial do poliestireno de alto impacto. 
Surgimento das fibras de poliéster. 
1950 
Início da produção de PTFE (Teflon) em larga escala pela DuPont. 
A mesma firma introduz o polietileno cIorossulfonado e fibras de 
acnlico no mercado americano. 
A Kautex Werke lança o primeiro equipamento comercial para 
moldagem por sopro, com pré-forma extrudada continuamente e 
extremidade aberta. 
Desenvolvimento do processo para produção de espuma de 
poliestireno, material mais conhecido pelo nome comercial de 
lSOpOr. 
1951 L. Meyer & A. Hwell requerem a primeira patente para o processo 
de pultrusão. 
William H. Willert, dos EUA, inventou a injetora com plastificação 
através de rosca; a patente foi requerida em 1956 mas a indústria 
só a aceitou a partir de 1962, deflagrando uma revolução na 
moldagem por injeção. 
1952 
Iniciada a produção de discos LP (long-play) e compactos feitos 
de PVC, substituindo as resinas fenólicas e a base de goma laca 
que eram usadas até então. 
A DuPont inicia a comercialização de filmes de PET orientados. 
1953 
Iniciada a produção do PEAD - polietileno de alta densidade, sob 
a marca comercial Polithene, da DuPont. 
Karl Ziegler (Alemanha) desenvolve catalisadores de íons 
metálicos para promover a polimerização regular do polietileno. 
30 Plásticos de engenhari a 
Giulio Natta (Itália) desenvolve catalisadores de íons metálicos 
para a produção de polímeros isotáticos, tais como o polipropileno. 
Ambos receberam o Prêmio Nobel de 1963 pelo feito. 
1953 
Hermann Staudinger recebe o Prêmio Nobel de Química pelo seu 
estudo sobre os polímeros. 
Desenvolvimento do policarbonato por H;e.rmann Schnell . 
A GM, em associação com a Monison Molded Fiberglass Products 
Co., produz experimentalmente 300 automóveis Corvette com 
carroceria totalmente feita em poliéster termofixo reforçado com 
fibra de vidro. 
Desenvolvimento de espumas de poliuretano nos EUA. 
1954 
A A TI aprova o uso de cabos revestidos de PE no primeiro cabo 
telefônico submarino entre os EUA e a Europa. 
A Mobay (que mais tarde receberia o nome de Miles Inc.) introduz 
o poliuretano nos EUA. 
1955 
Produção comercial de PEAD através dos processos Phillips 
(catalisadores de óxido de metal) e Ziegler (catalisadores de alquil 
alumínio). 
Consegue-se a polimerização do poliisopreno, a porção sintética 
da borracha natural, pelo processo de Ziegler-Natta; a primeira 
aplicação comercial surgiu em 1959. 
Brasil: entra em operação a Eletrocloro (atual Solvay), em Rio 
Grande da Sena SP, produzindo PVc. 
1956 
Surgimento dos poliacetais (polioximetileno). 
Iniciada a apli cação em larga escala de resina epóxi reforçada com 
fibra de vidro na fabricação de circuitos impressos. 
1957 
Produção comercial de polipropi leno pela Montecatini, sob a marca 
Moplen, usando os catalisadores de Ziegler-Natta, que permitem 
maior controle sobre a estrutura do polímero. 
1958 
Pesquisas sobre policarbonatos produzidos a partir do bis-fenol 
A, na Alemanha, (Bayer), e EUA, (General Electric Co.), levam à 
produção comercial dessa resina. 
Brasil: entra em operação a Union Carbide, em Cubatão SP, 
produzindo poli etileno de baixa densidade. 
31 Plásticos de engenharia 
1958 Surgimento da primeira embalagem comercial de PEAD moldada 
por sopro noS EUA. 
1959 
Iniciada a produção de acetais (POM) pela DuPont (EUA), sob a 
marca comercial Delrin. 
Início da produção de fibras de carbono pela Union Carbide. 
1960 
Surgimento da borracha de etileno-propileno e das fibras 
spandex. 
1961 
Construído o primeiro vagão-tanque ferroviário com plástico 
reforçado nos EUA. 
1962 
As poliimidas são introduzidas comercialmente pela DuPont 
(EUA). 
A Phillips lança o copolímero em bloco de estireno-butadieno. 
A DuPont lança a poliimida, resina termoplástica que suporta até 
400°C. 
A Pennwalt Co. lança o polivinilideno. 
A ShelI Chemical lança um amplo programa promovendo o uso 
de PEAD na fabricação de garrafas para acondicionamento de leite. 
1963 
Ziegler e N alta recebem o Prêmio Nobel de Química pelos seus 
estudos sobre catalisadores para a síntese de polímeros. 
FH Lambert desenvolve um processo para a moldagem de 
poli estireno expandido, material mais conhecido pela marca 
comercial Isopor (R). 
1964 
A G.E. lança o poli( óxido de fenileno). (PPO) 
Os projetistas britânicos Gibbs & Cox iniciam um estudo de 
viabilidade de um navio caça-minas com 92 metros de 
comprimento feito de diversos polímeros de alto desempenho, o 
qual se tornou realidade posteriormente 
Entrada em operação comercial da primeira máquina para a produção 
de garrafas sopradas de PEAD para acondicionamento de leite. 
1965 
A DuPont (EU A) inicia a produção comercial das polissulfonas. 
A General Electric (EUA) e a Aku (Holanda) introduzem o PPO. 
Surgem os poliésteres aromáticos e os ionômeros. 
Surgem os copolímeros em bloco de estireno-butadieno, dando 
origem aos elastômeros termoplásticos. 
1966 
32 Plásticos de engenharia 
11965·· I ~~~~ef;~im~~;do Ke~;~;:fibr~d~-~t~ resis~ê~cia, p~~StePh~nie11 
, A Owens-Corning Fibcrglass inicia a construção de tanques I 
subterrâneos de gasolina feitos de plástico reforçado, ...~... _ .. ----j~ 
A Shell Chemícal lança o Kraton, um elastômero termoplástico I 
estirênko usado em adesivos sensíveis à pressão em componentes 
i de sapatos, ~' 
I Introdução de fibras ópticas feitas de polímero. _.. ~-+- .. ...,......- ..._-~.... ... - ..._.- ..._­
. Criada, no Brasil, a Petroquisa, subsidiária Petrobrás dedicada , 
1967 I ' , ' ' 
-G:P0:i;:~:;:~e desenvoi~e seu processo d~ poljmerizaçã~ sob 
I baixa pressao, denominado Unipol, tomando possível a síntese de 
polímeros otimizados, como o políetileno linear de baixa 
densidade" PELBD, 1968 
Lançada a primeira garrafa de PVC para bebidas alcoólicas nos 
EUA. Contudo, ela é logo removida do mereado por !lão ter sido 
aprovada pelo governo, Isso não ocorreu na Europa, onde o PVC 
foi muito popular na fabricação de garrafas para água e vinho . 
. Outros desenvolvimentos no período: adesivos de cianoacriJato, 
1960-, I~ d '1 d "1 . • d1970 I copo lmeros e etl eno"acetato e Vlm a, 1Ollomeros, tanques e 
combustível feitos de PEAD. 
. ----~ ,,- ...._ ...• ----~. ...~-.... . 
A Coca-Cola inicia testes de mercado usando garrafas de plástico ~ transparentes, Tratava-se da primeira garrafa plástica do mundo 
para acondicionar bebidas carbonatadas, feita de metacrilonitrila/ 
estireno - AR Este, sem dúvida, é um marco histórico dos 
importantes na história do plástico, quando se considera o enonne 
impacto que a gaTI'afa de plástico teve no mercado de refrigerantes, 
substituindo totalmente as garrafas de vidro no final da década de 
1970, nos EUA, e, no final da década de 1990, no BrasiL A garrafa 
de A:"<, infelizmente, foi proibida em 1977 pela Food and Drug I 
Administration para uso em bebidas carbonatadas, Foi a 
oportunidade para que o projeto de garrafa da DuPont, que usava 
o PET como resina, ganhasse o mercado. Um aspecto vital para a 
viabilização dessa aplicação do plástico foi o desenvolvimento do 
processo de sopro de garrafas com estiramento biaxíal, processo 
a DuPont desenvolveu neste ano e patenteou em 1973, 
1970 
33 Plásticos de engenharia 
1970 
A Hoechst lança o poli(tereftalato de butileno) - PBT na Alemanha. 
As primeiras garrafas plásticas para óleos comestíveis nos EUA 
são feitas de PVc. 
1972 
Começa a funcionar, em Mauá (SP), a Petroquimica União, que 
viabilizou a produção de resinas plásticas em grande escala no 
Brasil, com a criação da Poliolefinas (atual Poli etileno União, 
produtora de PEBD), Polibrasil (PP), Proquigel (PS), Eletrocloro, 
atual Brasken, produtora de PVC, etc. 
A I.C. I. lança a poli(étersulfona)na Inglaterra. 
A Toyo Seikan, no Japão, desenvolve uma garrafa multicamada 
feita de poJipropileno e poli (álcool etilenovinil ) para aplicações 
envolvendo produtos alimentícios. 
1973 A produção mundial de plásticos supera a de aço, tomando como 
base o volume de material fabricado. 
1974 
Ocorre o primeiro grande choque do petróleo após conflitos no 
Oriente Médio, afetando profundamente a indústria dos plásticos. 
O preço do barril de óleo cru subiu 300%, forçando um aumento 
de 200% no preço do etileno, o principal insumo da indústria 
petroquímica, e uma elevação de 50 a 100% no preço de polímeros 
sintetizados por via petroquímica. Cresce o interesse pela 
reciclagem de plásticos. Até então, a reciclagem era paga pelos 
proprietários da sucata plástica. Depois de 1974, esse insumo passa 
a ser comprado pelos interessados. 
1975 
A Union Carbide começa a produção comercial de polietileno linear 
de baixa densidade - PELBD, nos EUA, usando seu processo 
Unipo!. 
1976 
A DuPont lança o Zytel ST (PA 6,6). 
As patentes sobre os catalisadores de Ziegler-Nana para a produção 
de PP, que eram propriedades da Montedison, estão para vencer, 
motivando a construção de inúmeras plantas na Europa para a 
produção dessa resina. Tal massificação fez com que o PP fos se 
apelidado de "o novo aço doce" nos anos seguintes. 
São lançados no mercado utensílios de plástico para uso em fomos 
de microondas. 
As primeiras garrafas de PET para refrigerantes são produzidas 
em escala comercial pela Amoco para a Pepsi-Cola. 
34 Plásticos de engenharia 
1977 
 A ICI sint:"ettli-z:za<i', p-'~..E!1:Ill(:1l<l\~!le:,zc"'5.0"P~Ejt::Jl:':.~K::., O~ 'o~"o i
• _"'0"" _ 
r;\t~u~aJ~d(~ de fonua independente, a Union Carbide e a Dow 
1978 
1979 
1971)· 
1980 
Chemieal conseguem grandes reduções no custo do PEBDL, 
viabilizando economicamente o filme feito com essa resina, 
o início de atividades do Pala Petroquímico de Camaçati (BA), e 
a implantação de sua Central de Matérias-primas (COPENE), 
viabilízaram o surgimento d.e outros fabricantes brasileiros de 
plásticos: Politeno (PEBD e EVA), Políalden (PEAD), CPC (PVC), 
EDN (PS), Polipropileno (Polipropileno S,A, fabricante de PP), 
Policru:boJlat()S (PC), CPB (ABSiSAi\.f) e outras, 
d.esenvolvimentos IlO período: polibuteno isotático, 
(t<'I'dl"1 de burila), eJastômeros tennoplásticos baseados em 
copoliésteres, poli(sulfeto de fenileno), borracha de 
polinorborneno, poliariJatos, polifosfazenos, lentes de contato 
flexíveis, moldagem por injeção reativa (RIM), garrafas para 
bebidas feitas de PET, espumas estruturais, poliétersulfona, 
polimerização em gasosa (Cnipo!), poliarilatos, sacos de 
feitos de PEAD, 
Lançamento comercial do políetíleno linear dc baixa deJ1SI,cla(ie 
(PEBDL). 
1980 I 
Neste ano foram produzidas bilhões de garrafas 
refrigerante em PET; que eram virtualmente inexistentes em 1 
Inicia·se o uso intensivo de esterilização através de rmjlOatrvld.adle, 
abríndo um novo mercado para o uso dos plásticos na medicina, 
A Monsanto introduz o Salltoprene, que foi o primeiro elclstéímero 
olefínico com vulcanização dinâmica a ser introduzidono 
GE introduz a poli(éterimida), 
Bayer, em conjunto com os 
tecnologia de compact discs, desenvolvem novos graus de 
' 
I policarbonato de transparência mais adequados pata este tipo 
específico de aplicação, 
r-I A reI c a Bayer lançam o PEEK, PES e PPS como novos 
I I tennoplásticos de engenharia, I 
i 1983 A FCC, agência federal americana, exige que carcaças de p.lástico, I
' que alojam circuitos eletrônicos utilizados em eletrodomésticos I 
apresentem bloqueio eletromagnético. I 
~'-~J --~------~~---------~-.._,._-- -.._-~--..__. __. 
35 Plásticos de engenharia 
A crescente popularização dos fornos de microondas promove o 
desenvolvimento das primeiras embalagens próprias para 
cozimento nesse tipo fomo, 
r----+~-,--, 
Pela primeira vez é usado um tanque de combustível feito de I 
plástico num automóvel americano, utilizando PEAD sulfonado ! 
para aumentar as propriedades de barreira da resina, tipo de • 
era usado na e em veículos militares americanos, ' 
Entra(ia em operação do Pólo Petroquírnico de Triunfo (RS) que, 
CentraI de Matérias-primas (COPESUL), viabilizou novas. 
empresas produtoras de plásticos: Poliolefinas (atual Petroquimica, ' 
1985 
produtora de PEBD e EVA), PPH (atual Ipiranga, produtora de I 
PP), Ipiranga Petroquímica (PEAD) e PetroquÍmica Triunfo: 
(PEBD), 
1987 Systems (EUA) introduz a estereolitografia, 
desenvolvimentos no período: polissiJanos, polímeros 
cn "ta I líquido, fibras com alto módulo, 
polfmeros condutores, poli(metílpenteno), conformação por I 
pultrusão, substituição dos agentes de expansão a base de 
f[uorocarhollo. 
a era dos plásticos biodegradávcis: a Warner 
dc,;envo'lveo Novou, resina a base de amido; a ICIlança o HI()PCiL 
Eastman ChemiçaJ Co, e a Goddyear conseguem recidar com 
sUI:e,;so galTafas de PET pós,consumo, transformando o polímero 
monómero puro, 
1995 
Lançadas as primeiras resinas polimerizadas usando-se os 
catalísadores de metaloceno, Ocorre, no Brasil, a privatização do 
setor petroquímico, 
-----­
I 2000 
Novas tendências na evolução dos polímeros. O desenvolvimento 
de resinas a partir do zero se toma bem mais raro, A ênfase atual 
está na formulação de polímeros já existentes de forma a se obter 
materiais com propriedades o!Ínúzadas. 
A preocupação com a reciclagem dos polímeros toma,se assunto 
de máxima importância, uma vez que seu desenvolvimento e uso: 
serão inviáveis caso esse problema não seja adequadamente 
resolvido, Começa a reciclagem em larga escala de garrafas de 
poliéster. 
2 CAPíTULO 
POllHILENO DE ULTRA-ALTO PESO MOLECULAR­
PEUAPM 
2.1 - Introdução 
o polietilono é, provavelmente, o polímero de maioT utilização e o mais 
Ht"UW"'w,,, encontrável na vida diária, É, sem dúvida, o plástico mais popular 
em todo o mundo. está presente nas sacolas e sacos plásticos. nos frascos 
de xampu e de iogunes e, inclusive, nos coletes à prova de balas, É um mate­
rial tão versátil, mas com uma estrutura muito simples, talvez a mais simples 
de todos os polímeros comerciais, Uma molécula de polietileno nada mais é 
que uma cadeia longa de átomos de carbono. e os átomos de hidrogênio uni­
dos a cada átomo de carbono. A Figura 2,1 a seguir mostra a sua composição: 
somente cadeia de átomos de carbono e hidrogênio. 
H H H H H H H H H H 
I I I I 
AMAAAAAC-C-C-C-C-C-C-C-C--C-C--4\AAAAAAA 
I I I I I I J I I I I 
H H H H H H H H H H H 
Figura 2, I - Cadeia molecular do poli etileno 
Às vezes, alguns dos carbonos, em lugar de ter hidrogênios unidos a eles, 
contam com cadeias de polietíleno associadas, Isto se chama polietileno ramifi­
cado (baixa densidade, LDPE/PEBD), Figura Quando não ramificação, 
se chama polietíleno linear (alta densidade, HDPE/PEAD), Figura 2.2, 
38 Plásticos de engenharia 
2.2 - A molécula de políetileno linear oU HDPE. esquemático 
Figura 2.3 - A molécula de poliel!leno ramificado ou LDPE, esquemático 
O polietileno linear é produzido normalmente em m3SSa.S molares numa 
faixa de 200 000 a 500 000 g/mol, podendo ser maior. O polietilcno com massas 
molares de a seis milhões denomina-se políetíleno de nltra-alto peso 
molecular, ou PEUAPM, e pode ser utilizado para a confecção de fibras tão 
resistentes que substituem o kevlar para nso em coletes ã prova de balas. As 
grandes chapas podem ser utilizadas no lugar de gelo em pistas de patinação. 
H H HHHHHHHHH 
I I I I I I I I I I I 
Mo C=C IVII\M-C-C-C-C-C-C-C-C-C-MA/V'. 
\ I I I I I I I I I I 
H H HHHHHHHHH 
Figura 2.4 - Esquemático do monômero de etileuo e do políetileno 
O polietileno é um polímero vinDico, obtido a partir do monômero etileno, 
Figura 2.4, O políetileno ramit1cado é feito por meio de uma polimerização 
vinílica por radicais livres. E o polietlleno linear é sintetizado a partir de um 
procedimento mais complicado, chamado polimerização ZiegJer-Natta. O 
PEUAPM é fabricado empreg,mdo

Continue navegando