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1. Introdução Um choque pode ser ocasionado de modo direto (quando, por exemplo, uma criança coloca o dedo ou algum objeto na tomada) ou indireto (fuga de corrente, por meio de um eletrodoméstico, como ventiladores, geladeiras e máquinas de lavar). A sobretensão também está entre as causadoras do aumento considerável de choques nos últimos anos, em ocasião da crescente presença de aparelhos eletrônicos em residências advindos com a modernidade. Muitos aparelhos ligados no mesmo circuito elétrico causam sobrecarga na instalação e curtos circuitos, podendo ocasionar choques elétricos. Isso também ocorre quando se utiliza um aparelho que exige uma corrente maior do que a instalação foi projetada. Universidade Federal do Ceará - Campus de Sobral Disciplina: Instrumentação, Medidas e Instalações Elétricas Relatório nº 8 Curso: Engenharia Elétrica Professor: Adson B. Moreira Data 20/11/2019 Estudantes: Matrícula: Nota: Dimas Carneiro Costa 378734 Elizeu Victor Fernandes Paiva 406644 Julivan Hugo da Silva Freitas 396336 Sheldon Lopes Pinto 431416 2. Objetivo da prática Esta prática tem por objetivo introduzir o aluno à familiarização com circuitos de proteção contra choque elétrico e corrente de fuga, permitindo a análise da dinâmica do funcionamento do dispositivo da diferença residual (DR), além de conhecer as exigências normativas relativas ao tema. 3. Disjuntor Diferencial Residual O disjuntor DR possui como função básica acusar e desarmar o circuito em que está empregado caso ocorra uma fuga de corrente seja por curto circuito e ocasionando sobrecarga ou, também, caso um simples cabo decapado esteja dando massa em algum lugar da edificação e/ou uma pessoa levar um choque nesse local. Esses dispositivos de proteção são recentes e possuem um Núcleo Toroidal em seu interior, ou seja, um anel de ferrite. Então são enrolados os cabos a serem monitorados, sendo assim, quando a quantidade de corrente elétrica que entra for igual a corrente que sai, o dispositivo permanece no mesmo estado, armado, porém quando a corrente que sair for menor do que a grandeza que entrou, o dispositivo entende que há uma fuga elétrica, então outro ponto do dispositivo amplifica o sinal e realiza uma comparação do valor da fuga, onde, se o valor for acima do projeto do DR, ele irá desarmar e cessar a passagem de corrente em todo circuito, essa corrente projetada em DR geralmente é próximo de 30 mA. Os DR’s ainda possuem em sua parte frontal um botão de teste, esse botão deve ser pressionado todo mês para verificar se o dispositivo está funcionando de acordo com o projetado. Principais Aplicações do disjuntor DR Os DR’s foram inventados para salvar vidas de serem eletrocutadas, sendo assim, sua empregabilidade em circuitos é tão favorável quanto a instalação de disjuntores simples. Os DR’s são capazes de detectar correntes de fuga muito pequenas e atuarem em frações de segundos, o que é uma tarefa muito difícil para disjuntores comuns. Na norma NBR 5410 existe um item (5.1.3.2.2) que fala exatamente sobre os DR’s e suas aplicações em residenciais, vejamos as características dos locais que devem receber essa proteção: ● Circuitos que possuem pontos de utilização em locais que contenham chuveiros, banheiras, torneiras, etc; ● Circuitos que contemplem tomadas em áreas externas; ● Circuitos que tenham tomadas internas, porém que possam alimentar aparelhos na área externa; ● Circuitos com tomadas em áreas como cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e áreas que possam ser submetidas a lavagens ou normalmente molhadas. A norma ainda lembra que os DR’s podem ser aplicados por ponto, em circuitos ou grupos de circuitos, mas nunca com o Disjuntor Geral, pois a ideia é sempre saber qual circuito está com fuga de corrente e também aplicar nos locais onde a corrente será direta com o usuário. Nas indústrias, os DR’s são aplicados em máquinas, porém é utilizado os dispositivos com projetos de 300mA de disparo, essa mudança deve-se ao fato de que a intenção, além de desarmar e evitar o choque, é evitar algum centelhamento perigoso. Alguns aparelhos possuem a característica de darem fuga à terra e, dessa forma, quando se instala o disjuntor DR nesse circuito ocorrerá um desarme imediato, como ocorre com os chuveiros elétricos comuns que não possuem blindagem no aterramento. A única solução desse problema é adquirir equipamentos com aterramento adequado. Outro problema que ocorre durante a instalação e que é o mais perigoso é a famosa castração do DR. Esse dispositivo é um “dedo duro” para os eletricistas, com isso, na maioria das vezes em que se instala um DR num circuito, o mesmo desarma instantaneamente e faz com que o eletricista tenha um segundo trabalho que é descobrir onde está ocorrendo a fuga. Infelizmente existem profissionais que não vão atrás do local exato em que a fuga está ocorrendo, dizem não querer perder tempo e não vai fazer diferença, pois o circuito já possui o disjuntor e, dessa forma, burlam o DR para o usuário ser enganado. Esses eletricistas basicamente abrem o DR e cortam suas conexões internas, com isso ele não opera mais. Mas aqui vai a dica que fará esses eletricistas caírem por terra, para você verificar se o disjuntor DR está castrado ou não, basta apertar o botão de teste, se o DR não desarmar o circuito, o dispositivo com certeza foi castrado. Os dispositivos DR ou IDR apenas servem para acusar e desarmar o circuito elétrico quando acontece alguma fuga, sendo assim eles não servem e não são feitos para exercerem a função de disjuntor. Dessa forma, é necessário usar sempre um disjuntor bem dimensionado em conjunto com o disjuntor DR. 4. Procedimento Experimental 8 - Foi montado o circuito como apresentado na figura 8, deixando o potenciômetro na sua posição de máxima resistência. Foi analisado o seu funcionamento. Então o DR foi testado manualmente e, depois, o disparo automático foi provocado, reduzindo lentamente a resistência do potenciômetro. Em seguida, a tabela foi preenchida. Figura 8 - circuito de teste de funcionamento de DR. Foto do circuito montado Foto do DR Tabela 8 - Características do DR Comentário: Neste exemplo, foi visto que, quando existe um aumento de corrente que ultrapasse o valor nominal da mesma, o disjuntor abre o circuito evitando a passagem de corrente. 5. Questionário 1 - Qual a diferença entre Interruptor DR e Disjuntor DR? R: O DDR é a sigla para Disjuntor Diferencial Residual. O IDR é a sigla para o Interruptor Diferencial Residual. O IDR se diferencia do DDR, pois ele não funciona como disjuntor, o que é o caso do DDR. IDR atua somente em casos de corrente de fuga, não de curtos circuitos. Já o DDR funciona como disjuntor e também em casos de corrente de fuga. 2 - O que significa DR de alta sensibilidade? R: Significa que os DR's são capazes de detectar correntes de fuga muito ínfimas e atuarem em frações de segundos, algo que seria um trabalho muito difícil para um disjuntor comum. 3 - Quais são as classes dos IDR e DDR? Comente sobre cadauma delas. R: De maneira a proteger adequadamente cada tipo de circuito contra corrente de fuga, foram criadas classes para os dispositivos de corrente de fuga. Grandezas Corrente (A) Corrente Nominal (In) 40 Corrente Nominal Residual (I[delta]n) 30 m Corrente de Disparo Medida 800 Tipos de classe para IDR e DDR. Classes para IDR e DDR. Classes AC – Corrente alternada A classe AC detecta correntes residuais alternadas e são normalmente utilizados em instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais, como também em instalações elétricas industriais de características similares. Classes A – Corrente alternada e contínuas pulsadas A classe A detecta correntes residuais alternadas e contínuas pulsantes. Este tipo de dispositivo é aplicável em circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a forma de onda senoidal. Classes B – Corrente contínua A classe B detecta correntes residuais alternadas, contínuas pulsantes e contínuas puras. Este tipo de dispositivo é aplicável em circuitos de corrente alternada normalmente trifásicos que possuam, em sua forma de onda, partes senoidais, meia-onda ou ainda formas de ondas de corrente contínua, geradas por cargas como: equipamentos eletro médicos, entre outros. Classe SI – Corrente alternada e contínuas pulsadas super imunizado A Classe SI foi concebida para manter uma rede de segurança e uma continuidade de serviço ótima nas instalações com perturbações: - por condições atmosféricas extremas, - por cargas geradoras de harmônicas, - por correntes transitórias de manobras. Desta forma, as 4 classes abrangem instalações elétricas tanto residenciais quanto industriais, e os variados tipos de sistemas elétricos existentes formando uma proteção contra o choque elétrico e outros tipos de fuga de corrente elétrica em todas as circunstâncias. O uso adequado de dispositivos de proteção, como os dispositivos diferenciais garantem além de segurança, em primeiro lugar, a continuidade operacional adequada das etapas variadas das instalações e por fim a seletividade. 6. Conclusão Através desta prática foi possível ver como funciona o diferencial residual, uma vez que a mesma foi um teste com o equipamento. O equipamento se mostrou muito sensível à fuga de corrente, podendo, desta forma, salvar vidas em casos de acidentes, por exemplo, quando crianças colocam o dedo na tomada, tal situação poderia não ser evitada com um disjuntor, dependendo da corrente nominal do mesmo, causando uma fatalidade. Referências bibliográficas TEODORO, M. Fundamentos de Eletricidade. Rio de Janeiro: LTC, 2011 O QUE É E PARA QUE SERVE O DR - DIFERENCIAL RESIDUAL. Reymaster, 2019. Disponível em: http://www.reymaster.com.br/blog/o-que-e-e-para-que-serve-o-dr-diferencial-residual. Acesso em: 20 de nov. de 2019. FUNCIONAMENTO APLICAÇÃO E FUNÇÃO DO DISJUNTOR DR. Sabereletrica, 2019. Disponível em: https://www.sabereletrica.com.br/funcionamento-do-disjuntor-dr/. Acesso em: 20 de nov. de 2019. http://www.reymaster.com.br/blog/o-que-e-e-para-que-serve-o-dr-diferencial-residual https://www.sabereletrica.com.br/funcionamento-do-disjuntor-dr/
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