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GRA1649 - Atividade 3 A3

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Rodrigo Molgado Engenharia Elétrica GRA1649 Tecnologia dos Equipamentos Elétricos 
Atividade 3 
 
Quando trabalhamos com projetos de subestação, temos que dimensionar os 
equipamentos, de forma que a subestação suporte as condições de operação de tensão, 
corrente e potência características da carga. Dessa forma, fazemos tanto o projeto executivo da 
subestação para alocação dos equipamentos como o estudo de curto-circuito e de proteção em 
determinados pontos da rede. Ambos são feitos para realizar a parametrização dos relés 
secundários da subestação, afinal, como já vimos, o disjuntor, por si só, não atua contra 
correntes de curto circuito, sobrecargas ou faltas monofásicas na linha. Para que a proteção atue 
a jusante ou a montante do local em que pode ocorrer a falta, é realizado um estudo de 
coordenação e seletividade, sendo necessário coordenar as proteções do circuito para que cada 
uma possa atuar de forma correta. Afinal, ao longo dos alimentadores da subestação até as 
redes de distribuição, existem religadores, chaves fusíveis e chaves seccionadoras automáticas, 
e é necessária uma coordenação chaves fusíveis e chaves seccionadoras automáticas, e é 
necessária uma coordenação entre todos esses equipamentos. 
 
Agora, descreva como funciona a coordenação entre o religador de subestação, a 
seccionadora e o elo fusível. Considere os pré-requisitos necessários para que haja a 
coordenação entre eles. 
 
RESPOSTA: 
 
Devido à maioria dos defeitos nas redes de distribuição ser de natureza transitória (de 
80 a 90%), se faz necessário o emprego de equipamentos de proteção com religamentos 
automáticos empregados de forma seletiva. Os dispositivos mais eficientes são os religadores e 
os seccionalizadores que empregados de forma coordenada, em caso de defeito permanente, 
somente o primeiro equipamento a montante do defeito deverá bloquear. O religador é 
basicamente um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha seus contatos repetidas 
vezes, em caso de defeito transitório, até que haja bloqueio, em caso de defeitos permanentes. 
Estão predominantemente localizado no alimentador de distribuição, embora, como a 
interrupção de corrente e o aumento são contínuos, eles são encontrados em funções básicas 
no sistema de distribuição: confiabilidade e proteção de sobrecorrente. Os seccionalizadores 
são dispositivos interruptores automáticos controlados hidraulicamente e/ou eletronicamente. 
São projetados para trabalharem com um religador ou disjuntor com religamento automático 
na sua retaguarda. Interrompem o circuito durante o tempo morto do equipamento a montante. 
São umas soluções econômicas para seccionalizar grandes redes ao ar livre, e muitas vezes usado 
em lugares onde a coordenação com outros dispositivos é difícil. 
 
São faltas transitórias, aquelas em que havendo a operação de um equipamento de 
proteção desaparece a causa do defeito e o circuito funciona perfeitamente depois de religado. 
Como exemplos de faltas transitórias, podemos ter: 
 
 
 
• Descargas atmosféricas 
• Contatos momentâneos entre condutores 
• Abertura de arco elétrico 
• Materiais sem isolação adequada 
• Contatos de objetos estranhos 
 
RELIGADOR: 
Os religadores são usados tanto para a proteção da saída de alimentadores, como para 
a proteção de linhas, ao longo do alimentador. Da mesma forma que os disjuntores, os 
religadores possuem unidades para proteção de fase e terra independentes. 
As curvas dos religadores, normalmente, possuem características a tempo dependente 
extremamente inversa, muito inversa ou normal inversa para fase e terra. O religador possui 
duas curvas: uma rápida e uma temporizada. A característica de operação do religador permite 
que ambas as curvas sejam usadas em uma sequência de aberturas e religamentos de maneira 
que o religador opere na curva rápida durante as primeiras operações e opere na curva lenta 
nas últimas operações antes do bloqueio. Devido a isso o melhor emprego para o religador é 
evitar que faltas de natureza transitória queimem elos fusíveis. 
 
Quando uma unidade de proteção do religador é sensibilizada por uma corrente de 
defeito depois de transcorrido o tempo especificado na sua curva característica de operação, o 
religador operará, e abrirá o circuito. 
Os religadores são dimensionados para suportarem a corrente nominal e para 
interromperem a corrente de curto circuito máxima no seu ponto de localização. Portanto, 
quando um religador for projetado deve-se verificar a corrente passante por esse ponto e o valor 
do curto circuito trifásico. 
 
SECCIONADOR: 
O seccionador é um dispositivo de proteção automático, utilizado em sistemas de 
distribuição sempre em conjunto com outro equipamento de proteção, normalmente um 
religador. Porém, não é capaz de interromper correntes de curto circuito, embora possa 
interromper correntes até a sua corrente nominal. Objetivo pretendido, em ramais longos e 
problemáticos e após consumidores que não suportam longas interrupções. 
Ainda para a instalação de um seccionador, deve ser observada a corrente de curto 
circuito disponível no ponto de instalação, pois esta deve ser menor que a capacidade suportável 
da bobina ou sensor de corrente do equipamento. 
 
COORDENAÇÃO SECCIONADOR/RELIGADOR: 
Ao contrário da coordenação entre elos fusíveis, a coordenação entre religadores e 
Seccionadores não exige o estudo de curvas, uma vez que o seccionador não possui 
características tempo x corrente. 
Quando o seccionalizador for percorrido por corrente de falta maior que seu valor de 
atuação, ele será sensibilizado e estará pronto para iniciar a contagem. Além do seccionador, o 
religador na retaguarda também é sensibilizado. Uma vez que o religador for sensibilizado, ele 
fará sua primeira atuação, abrindo o circuito. No instante em que a corrente cessa, o 
seccionador realiza sua primeira contagem. 
Se o curto circuito for transitório, quando o religador realizar o primeiro religamento 
automático, a corrente se normaliza e o seccionalizador volta à condição inicial. Caso o curto 
circuito seja permanente, o seccionador somente irá abrir os seus contatos na terceira vez que 
o religador atuar, ou seja, na sua terceira contagem. 
É importante lembrar que o seccionador é ajustado para uma operação a menos que o 
religador, assim somente abre seus contatos quando o religador se encontrar operado, ou seja, 
quando não houver corrente de falta circulando por ele. Isso porque o seccionador não tem 
capacidade de interromper corrente de falta. 
 
CONDICÕES PARA COORDENAÇÃO ENTRE RELIGADOR E SECCIONADOR: 
• A corrente de curto circuito mínima na zona de proteção do seccionalizador deve ser 
maior que a corrente mínima do acionamento do seccionalizador; 
• O religador ou o equipamento de proteção da retaguarda deve ser capaz de sentir a 
corrente mínima de curto circuito na zona de atuação do seccionador; 
• O seccionador deve ser preparado para uma operação a menos que o religador; 
• A corrente mínima de atuação do seccionador hidráulico é 160% do valor de sua bobina 
série, quando eletrônico, a corrente mínima de disparo é 100% de seu resistor de sensor 
de fase. A corrente de disparo do seccionador deve ser 80% da corrente de pick-up do 
religador, tanto para fase como para terra; 
• Os seccionadores que não estejam equipados com sensor de falta para terra podem ser 
coordenados com a corrente mínima de disparo de terra do religador ou equipamento 
de proteção da retaguarda, neste caso, é necessário observar que existe a possibilidade 
de operações impróprias quando existir correntes de in rush; 
• Os seccionadores trifásicos são limitados para coordenar com equipamentos na 
retaguarda que abrem simultaneamente as três fases. A abertura não simultânea do 
equipamento de retaguarda pode ocasionar a interrupção de uma corrente de falta pelo 
seccionalizador, o que não é uma operação adequadapara o equipamento; 
• O uso de seccionadores está condicionado ao fato de o dispositivo de proteção de 
retaguarda ter sua zona de proteção cobrindo todo o comprimento do ramal para o qual 
o seccionador é dispositivo de proteção primário. 
 
 
OS ELOS FUSIVÉIS 
Os elos são instalados em chaves fusíveis para proteção de ramais ou derivações de 
troncos dos alimentadores de distribuição de energia bem como no primário dos 
transformadores na média tensão. 
Tal proteção é muito utilizada pelas concessionárias devido principalmente as questões 
econômicas. Seria inviável a instalação de religadores ou relés para cada derivação ou 
transformador instalado ao longo da rede de distribuição. 
Os elos fusíveis utilizados no sistema de distribuição de energia podem ser, por exemplo, 
dos tipos H, K e T. Também há os elos fusíveis do tipo EF e ES utilizados em subestações como 
proteção de transformadores e banco de capacitores. Para transformadores de baixa potência 
geralmente são utilizados elos fusíveis do tipo H. Os elos a serem instalados são tabelados 
conforme as normas técnicas de cada concessionária e variam em função da potência do 
mesmo. 
 
Já para proteção de transformadores de maior potência ou de ramais de alimentadores 
de média tensão as concessionárias geralmente utilizam elos fusíveis do tipo K ou T. 
A diferença entre estes dois últimos tipos de Elos Fusíveis consiste em que os elos K são 
classificados como de ação rápida e do tipo T de ação lenta. 
Para o dimensionamento dos elos fusíveis de ramais, deve-se verificar se o mesmo 
liberará a corrente de carga do ramal bem como se o mesmo será sensível para um defeito no 
final do trecho protegido para o menor valor de curto-circuito calculado (algumas 
concessionárias também aplicam um fator de segurança para ampliar a faixa de sensibilidade). 
Os conceitos e aplicações sobre elos fusíveis como proteção de ramais e 
transformadores em média tensão são muito importantes para uma correta operação do 
sistema de distribuição. Porém, poucos profissionais tiveram em sua graduação este tema 
contemplado nas disciplinas de engenharia elétrica. Também há poucos cursos de pós-
graduação ou de aperfeiçoamento disponíveis no mercado. 
 
FONTES: 
• Zonas de coordenação Fonte - ELETROBRÁS,2001. 
• CEMIG. Equipamentos de RDA. Sete Lagoas: 2009 
• CAMINHA, A. C. Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos. São Paulo: Edgard

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