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Sumário Sobre a Autora Introdução – Artigo O que é Avaliação e Monitoramento de Terceiros Porque Avaliar e Monitorar O que Avaliar e Monitorar Frequência da Avaliação e Monitoramento Guarda e Preservação de Documentos Quem são os Terceiros Considerações Finais Direitos Autorais 03 04 08 09 20 26 27 28 32 32 GABRIELA ALVES GUIMARÃES Sócia FourEthics Consultoria Empresarial Advogada certifi cada pela SCCE/ USA como CCEP/ I - Certifi ed Compliance and Ethics Professional – International, com expressivo conhecimento técnico e vivência prática em projetos de compliance de nível e relevância internacional. Atuou como Compliance Offi cer de multinacionais de ponta, tendo implementado ações corretivas e remediativas para ade- quação a acordos fi rmados com o governo norte-americano (DPA/CIA). Como consultora, criou e implementou Programa de Compliance para empresa de logística no BR, PY, UY e AR, que foi reconhecido pela renomada certifi cadora internacional Trace International e re- sultou na captação de investimento estrangeiro na ordem de U$ 300 milhões, e coordenou investigações corporativas para casos emblemáticos: Lava-Jato, Unfair Play e Máfi a das Próteses. Coordenadora e Professora de cursos de compliance na IBS/ FGV, LEC, BKR Business School, FIA, Universidade Cândido Mendes e no Instituto Butantan. Sobre a autora Contato: https://www.linkedin.com/in/ga- briela-alves-guimar%C3%A3es/ gabriela.guimaraes@fourethics.com + 55 11 2802-6649 +55 11 9 9922-9992 Posso contratar uma empresa que está sendo investigada ou foi punida pela prática de corrupção? Artigo A Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13), a crescente tendência de novas leis exigirem a existência de um (efetivo) Programa de Compliance das empre- sas que contratarem com a Adminis- tração Pública, e a Resolução BACEN nº 4595 de 2017, que dispõe sobre políticas de conformidade em institui- ções fi nanceiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, bem como os últimos desdobramen- tos da Operação Lava-Jato, e o cla- mor popular pelo fi m da corrupção, aos poucos vão mudando o jeito de fazer negócios no Brasil. Apesar de o tema já não ser novida- de para muitos - principalmente para as empresas de origem internacional ou que contam com investimento es- trangeiro, integrantes do mercado re- gulado ou com presença na região sudeste- uma dúvida ainda paira per- sistente: é possível contratar com em- presa que esteja sendo investigada ou que tenha sido punida pela prática de corrupção? E mais: os contratos vi- gentes com empresas nesta situação devem ser rescindidos? A resposta está no binômio APETITE DE RISCO X NECESSIDADE/ VIABILIDADE. Os riscos envolvidos na contratação ou associação a terceiros são inegá- veis, uma vez que a Lei Anticorrupção estabelece punição à empresa que obtiver vantagem indevida decorrente da atuação desse agente, ainda que a empresa não tenha ordenado, au- torizado ou consentido com a prática ilícita, o que também pode causar um enorme prejuízo de imagem. Ao mes- mo tempo, temos empresas investi- gadas (ou mesmo sancionadas) em diversos segmentos da indústria, limi- tando o universo de companhias a se- rem contratadas e aumentando a ex- posição a risco. Dependendo da gravidade do caso concreto, do tipo de fornecedor, bem como da disponibilidade, no mercado, de prestadores de serviços aptos ao desempenho de determinada ativida- de, a solução à identifi cação de forne- cedor investigado ou punido pode ser simples: a sua substituição. Porém, muitas vezes, devido à espe- cifi cidade dos serviços, estratégia de negócios ou local de sua realização, não há outra opção senão contratar um profi ssional ou empresa condena- da, sob investigação ou mesmo men- cionada nas tantas delações fi rmadas no âmbito da Operação Lava-Jato. Nessa hipótese, ou mesmo quando existirem outros fornecedores no mer- cado e a contratação daquele eventu- almente condenado mostrar-se mais relevante em razão da sua expertise ou capilaridade geográfi ca, não há, ao contrário do que muitos imaginam, restrição (legal) à concretização do negócio. Não se pode presumir culpada a em- presa mencionada em delação pre- miada, tampouco, aquela sob investi- gação. Por outro lado, no que se refere a empresa condenada, deve-se con- siderar que a aplicação de sanção tem caráter educacional e resulta, in- diretamente, na intimidação do infra- tor para que este não volte a praticar tais atos e não sua saída do mercado. Nesse sentido, e como resultado da eventual exposição negativa resul- tante da condenação, da perda de parceiros estratégicos e/ou incentivos de instituições fi nanceiras públicas ou controladas pelo poder público, da im- possibilidade de contratar com a Ad- ministração Pública, desembolso para o pagamento de multa, dentre outras coisas, a empresa infratora, em alguns casos, até mesmo para garantia da sua sobrevivência, reexamina seus processos e procedimentos de aten- dimento das leis, sanando falhas e incorreções, quando não, implemen- tando um Programa de Compliance. A história recente do compliance mos- tra que, muitas vezes, a investigação de uma empresa ou sua condenação por atos relacionados à corrupção pode fortalecê-la. Assim, tal como a fábula japonesa de Kintsukuroi, na qual ob- jetos quebrados são consertados pelo preenchimento das suas falhas com ouro, passando sua história a ser mais relevante e bela, a investigação/con- denação pela prática de corrupção tem levado empresas a repensarem a forma como realizam negócios e, con- sequentemente, a aplicarem recursos para o desenvolvimento de mecanis- mos de prevenção de riscos mais efe- tivos e efi cazes. Ou seja, a “quebra” da imagem da empresa é reparada pela implementação e manutenção, ao longo do tempo, de um “programa de compliance de ouro”. A qualidade da execução e a consistência no tempo, deste programa, veda as rachaduras que se consolidam em amálgamas de conformidade. Não obstante, o contratante deve, como em todas as suas transações, realizar avaliação de integridade do fornecedor, adotar contratos mais rígi- dos, divulgar suas normas (em alguns casos, realizar treinamento sobre seu Código de Conduta) e, QUANDO A NATUREZA DOS SERVI- ÇOS E LOCAL DA SUA PRESTAÇÃO INDICAREM RISCO ALTO, NOMEAR PROFISSIONAL OU EQUIPE PARA MO- NITORAR AS ATIVIDADES DO REFERI- DO FORNECEDOR. Desta forma, mesmo não sendo de- signado monitoramento direto de de- terminado fornecedor, suas atividades devem ser integradas aos testes, por amostragem, dos processos de con- trole interno da empresa e, por oca- sião de identifi cação de atitude não conforme, o vínculo comercial deve ser imediatamente encerrado. Quan- do comprovado fato ilícito, este deverá ser comunicado às autoridades com- petentes. Como se vê, eventual condenação pela prática de ilícito previsto na Lei Anticorrupção ou leis correlatas pode não ser uma sentença de morte para contrato com terceiros. Até porque, o mundo empresarial está repleto de exemplos nos quais as empresas afetadas por crises seríssimas se tor- naram referências em integridade e processos, trazendo ainda mais se- gurança aos seus parceiros, o que, no entanto, não exclui a importância e prudência de acompanhamento das atividades deste terceiro. O objetivo deste Manual é prover orien- tação preliminar à efi ciente observação da atuação de terceiros, assistindo a empresa numa tomada de decisão assertiva quanto à manutenção ou en- cerramento de determinada relação comercial/ de negócios e, até mesmo, na prevenção de crises. O que é: AVALIAÇÃO DE TERCEIROS A avaliação de terceiros, comumente chamada de background check ou due diligence, confi gura-se na aplica- ção de diligências (due diligence) que visam, dentre outras coisas, identifi car e conhecer a origem e constituição do patrimônio e dos recursos fi nanceiros do terceiro, sua experiência e histórico reputacional. Relativo à aplicaçãodas Políticas “Co- nheça seu Cliente” (KYC- Know Your Customer), “Conheça ser Empregado” (KYE- Know Your Employee), “Conhe- ça seu Parceiro (KYP- Know Your Part- ner), “Conheça seu Desenvolvedor™” (KYD - Know Your Developer™ ), “Co- nheça seu Donatário” (KYD- Know Your Donee), “Conheça seu Fornecedor” (KYS – Know Your Supplier), “Conheça seu Representante” (KYR – Know Your Representative) que objetivam minimi- zar riscos operacionais, legais e de re- putação aos quais a empresa possa estar sujeita, caso o terceiro que atue em seu nome ou em seu favor aja de forma indevida. MONITORAMENTO DE TERCEIROS O Monitoramento, também conhecido como Gestão de Terceiros, observa, no transcorrer da relação comercial ou de negócios, se as condições de execução de um contrato estão dentro dos padrões previamente estabeleci- dos (referente ao acordo comercial), em aderência às leis aplicáveis e se quaisquer alterações no perfi l com- portamental, técnico ou na estrutura operacional do terceiro ocorreram, al- terando o perfi l de risco estimado na sua avaliação ou gerando risco à con- tratante/parceira. Este pode incluir a inspeção de fatos alheios à relação comercial, que po- dem, eventualmente, gerar uma ex- posição negativa ao contratante/par- ceiro. Exemplo: referência negativa na mídia relacionada a fraude em lici- tação e corrupção, ou constantes re- clamações dos clientes atendidos por este contratado. O que é: AVALIAÇÃO DE TERCEIROS A avaliação de terceiros, comumente chamada de background check ou due diligence, confi gura-se na aplica- ção de diligências (due diligence) que visam, dentre outras coisas, identifi car e conhecer a origem e constituição do patrimônio e dos recursos fi nanceiros do terceiro, sua experiência e histórico reputacional. Relativo à aplicação das Políticas “Co- nheça seu Cliente” (KYC- Know Your Customer), “Conheça ser Empregado” (KYE- Know Your Employee), “Conhe- ça seu Parceiro (KYP- Know Your Part- ner), “Conheça seu Desenvolvedor™” (KYD - Know Your Developer™ ), “Co- nheça seu Donatário” (KYD- Know Your Donee), “Conheça seu Fornecedor” (KYS – Know Your Supplier), “Conheça seu Representante” (KYR – Know Your Representative) que objetivam minimi- zar riscos operacionais, legais e de re- putação aos quais a empresa possa estar sujeita, caso o terceiro que atue em seu nome ou em seu favor aja de forma indevida. MONITORAMENTO DE TERCEIROS O Monitoramento, também conhecido como Gestão de Terceiros, observa, no transcorrer da relação comercial ou de negócios, se as condições de execução de um contrato estão dentro dos padrões previamente estabeleci- dos (referente ao acordo comercial), em aderência às leis aplicáveis e se quaisquer alterações no perfi l com- portamental, técnico ou na estrutura operacional do terceiro ocorreram, al- terando o perfi l de risco estimado na sua avaliação ou gerando risco à con- tratante/parceira. Este pode incluir a inspeção de fatos alheios à relação comercial, que po- dem, eventualmente, gerar uma ex- posição negativa ao contratante/par- ceiro. Exemplo: referência negativa na mídia relacionada a fraude em lici- tação e corrupção, ou constantes re- clamações dos clientes atendidos por este contratado. A ISO ABNT 37001:2017 defi ne due diligence como o “processo para aprofundar a avaliação da natureza e extensão dos riscos de suborno e ajudar as organizações a tomar decisões em relação a transações, projetos, atividades, PARCEIROS DE NEGÓCIO e PESSOAL ESPECÍFICO”. AVALIAR OS TERCEIROS A avaliação do terceiro tem como premissa gerar conforto/seguran- ça à empresa pelo prévio conheci- mento daquele com qual se intencio- na estabelecer relação comercial ou de negócios. Assim, o conhecimento do comportamento deste terceiro, se este adota procedimentos apropria- dos para mitigar/administrar risco de suborno e corrupção, bem como a percepção do mercado quanto a sua atuação permitirão a identifi cação e mensuração dos riscos associados a ele e, em uma eventual celebração de contrato ou parceria, permitirá a es- colha do processo de monitoramento mais adequado ao seu perfi l. MONITORAMENTO DE TERCEIROS As razões motivadoras do monitora- mento são inúmeras, desde a identi- fi cação e mensuração de riscos que eventualmente exijam a revisão/ade- quação do Programa de Compliance e/ou, quando existente, de uma Políti- ca de Gestão de Terceiros, à prevenção de fraudes e atos ilícitos, sua imediata interrupção e, como consequência, a preservação da imagem da empresa e minimização de perdas de ordem operacional e/ou fi nanceira. O monitoramento orientará a conti- nuidade da relação comercial/de ne- gócios, subsidiando os tomadores de decisão de informações relevantes à renovação de contratos, suspensão ou denúncia. Quando conveniente a con- tinuidade da relação, permitirá a iden- tifi cação das medidas de salvaguarda adicionais que devem ser adotadas para minimizar os riscos identifi cados. Porque: AVALIAR OS TERCEIROS A avaliação do terceiro tem como premissa gerar conforto/seguran- ça à empresa pelo prévio conheci- mento daquele com qual se intencio- na estabelecer relação comercial ou de negócios. Assim, o conhecimento do comportamento deste terceiro, se este adota procedimentos apropria- dos para mitigar/administrar risco de suborno e corrupção, bem como a percepção do mercado quanto a sua atuação permitirão a identifi cação e mensuração dos riscos associados a ele e, em uma eventual celebração de contrato ou parceria, permitirá a es- colha do processo de monitoramento mais adequado ao seu perfi l. MONITORAMENTO DE TERCEIROS As razões motivadoras do monitora- mento são inúmeras, desde a identi- fi cação e mensuração de riscos que eventualmente exijam a revisão/ade- quação do Programa de Compliance e/ou, quando existente, de uma Políti- ca de Gestão de Terceiros, à prevenção de fraudes e atos ilícitos, sua imediata interrupção e, como consequência, a preservação da imagem da empresa e minimização de perdas de ordem operacional e/ou fi nanceira. O monitoramento orientará a conti- nuidade da relação comercial/de ne- gócios, subsidiando os tomadores de decisão de informações relevantes à renovação de contratos, suspensão ou denúncia. Quando conveniente a con- tinuidade da relação, permitirá a iden- tifi cação das medidas de salvaguarda adicionais que devem ser adotadas para minimizar os riscos identifi cados. Porque: O que os normativos e principais diretrizes de mercado dizem (lista exemplificativa): “Art. 42. Para fins do disposto no § 4º do art. 5º, o programa de integri- dade será avaliado, quanto a sua exis- tência e aplicação, de acordo com os seguintes parâmetros: (...) XIII - diligências apropriadas para contratação e, conforme o caso, SU- PERVISÃO, DE TERCEIROS, tais como, fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados; (...)” - Decreto 8.420/15 – regula- mentador da Lei Anticorrupção. “Art. 16. As regras sobre a contratação de terceiros para prestação de servi- ço de atendimento aos usuários finais das instituições de pagamento devem assegurar a responsabilidade integral da instituição contratante pelo aten- dimento prestado pelo contratado, inclusive no que diz respeito à integri- dade, à confiabilidade, à segurança e ao sigilo dos serviços prestados, bem como quanto ao cumprimento da le- gislação e da regulamentação aplicá- vel a esses serviços.” Resolução Bacen nº 4.282/2013 Art. 1º As instituições financeiras e de- mais instituições autorizadas a fun- cionar pelo Banco Central do Brasil devem implementar políticas, procedi- mentos e controles internos, de forma compatível com seu porte e volume de operações, destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998. (Redação dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.) § 1º As políticas de que trata o caput devem: II - CONTEMPLAR A COLETA E REGIS- TRO DE INFORMAÇÕESTEMPESTI- VAS SOBRE CLIENTES, que permitam a identificação dos riscos de ocorrên- cia da prática dos mencionados cri- mes; (...) III - definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e acompa- nhamento da situação econômico-fi- nanceira dos empregados da institui- ção; (...) § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem incluir medidas prévia e expressamente estabelecidas, que permitam: I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e identificar os beneficiá- rios finais das operações; II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como pessoas politica- mente expostas. (...) Circular BACEN nº 3.461 “Art. 1º Para abertura de conta de depósitos é obrigatória a completa identificação do depositante, median- te preenchimento de ficha-proposta contendo, no mínimo, as seguintes in- formações, que deverão ser mantidas atualizadas pela instituição financeira: I - qualificação do depositante: a) pessoas físicas: nome com- pleto, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil, nome do cônjuge, se casado, profis- são, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão ex- pedidor) e número de inscrição no Ca- dastro de Pessoas Físicas – CPF; (Re- dação dada pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.) b) pessoas jurídicas: razão so- cial, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, conten- do as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, nú- mero de inscrição no Cadastro Nacio- nal de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente registra- dos, na forma da lei, na autoridade competente; (Redação dada pela Re- solução nº 2.747, de 28/6/2000.) II - endereços residencial e comercial completos; (Redação dada pela Re- solução nº 2.747, de 28/6/2000.) III - número do telefone e código DDD; IV - FONTES DE REFERÊNCIA CON- SULTADAS; (...)” Resolução BACEN nº 2.025 Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir, considerando as partes envolvidas, os valores, a f re- quência, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, po- dem confi gurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação ao Conselho de Contro- le de Atividades Financeiras (Coaf): (....) XIV - situações relacionadas com em- pregados das instituições fi nanceiras e seus representantes: a) alteração inusitada nos pa- drões de vida e de comportamento do empregado ou do representante, sem causa aparente; b) modifi cação inusitada do re- sultado operacional da pessoa jurídi- ca do representante ou do correspon- dente no País, sem causa aparente; c) realização de qualquer negó- cio de modo diverso ao procedimento formal da instituição por empregado, representante ou correspondente no País; e b) fornecimento de auxílio ou in- formações, remunerados ou não, a cliente em prejuízo do programa de prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao fi nanciamento do terro- rismo da instituição, ou de auxílio para estruturar ou fracionar operações, bur- lar limites regulamentares ou opera- cionais. Carta Circular nº 3.542, de 12 de mar- ço de 2012 “Art.10 – As pessoas físicas e jurídicas referidas no art. 9°: I – IDENTIFICARÃO SEUS CLIENTES e manterão cadastros atualizados (...) § 1º Na hipótese de o cliente constituir- -se em pessoa jurídica, a identifi cação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autoriza- das a representá-la, bem como seus proprietários. § 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do en- cerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade compe- tente. (...)” Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/98) “Art. 9º A empresa pública e a socie- dade de economia mista adotarão re- gras de estruturas e práticas de gestão de riscos e controle interno que abran- jam: I - ação dos administradores e empre- gados, por meio da implementação cotidiana de práticas de controle inter- no; (...) Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, inclusive presiden- te, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação ilibada e de notório conhe- cimento, devendo ser atendidos, al- ternativamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumu- lativamente, os requisitos dos incisos II e III: I - ter experiência profi ssional de, no mínimo: a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atuação da em- presa pública ou da sociedade de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de direção superior; ou b) 4 (quatro) anos ocupando pelo me- nos um dos seguintes cargos: 1. cargo de direção ou de chefi a su- perior em empresa de porte ou obje- to social semelhante ao da empresa pública ou da sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de chefi a superior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutá- rios mais altos da empresa; 2. cargo em comissão ou função de confi ança equivalente a DAS-4 ou su- perior, no setor público; 3. cargo de docente ou de pesquisa- dor em áreas de atuação da empresa pública ou da sociedade de economia mista; c) 4 (quatro) anos de experiência como profi ssional liberal em ativida- de direta ou indiretamente vinculada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de economia mista; II - ter formação acadêmica compatí- vel com o cargo para o qual foi indica- do; e III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas alíneas do inciso I do caput do art. 1o da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, com as alterações introduzi- das pela Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010. (...) § 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria: I - de representante do órgão regula- dor ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista está sujeita, de Ministro de Estado, de Se- cretário de Estado, de Secretário Mu- nicipal, de titular de cargo, sem víncu- lo permanente como serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na adminis- tração pública, de dirigente estatutário de partido político e de titular de man- dato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda que licencia- dos do cargo; II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como partici- pante de estrutura decisória de parti- do político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realiza- ção de campanha eleitoral; III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; IV - de pessoa que tenha fi rmado con- trato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou ofertan- te, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-ad- ministrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de econo- mia mista ou com a própria empresa ou sociedade em período inferior a 3 (três) anos antes da data de nomea- ção; V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de confl ito de interesse com a pessoa político-administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou sociedade. § 3º A vedação prevista no inciso I do § 2º estende-se também aos parentes consanguíneos ou afi ns até o tercei- ro grau das pessoas nele menciona- das. (...) Art. 18. Sem prejuízo das competên- cias previstas no art. 142 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e das demais atribuições previstas nes- ta Lei, compete ao Conselho de Admi- nistração: I - discutir, aprovar e monitorar deci- sões envolvendo PRÁTICAS DE GO- VERNANÇA CORPORATIVA, relacio- namento com partes interessadas, POLÍTICA DE GESTÃODE PESSOAS e CÓDIGO DE CONDUTA DOS AGEN- TES; (...) Art. 22. O Conselho de Administra- ção deve ser composto, no mínimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de membros independentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão pelo exercício da faculdade do voto múlti- plo pelos acionistas minoritários, nos termos do art. 141 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. § 1o O conselheiro independente ca- racteriza-se por: I - não ter qualquer vínculo com a em- presa pública ou a sociedade de eco- nomia mista, exceto participação de capital; II - não ser cônjuge ou parente consan- guíneo ou afim, até o terceiro grau ou por adoção, de chefe do Poder Exe- cutivo, de Ministro de Estado, de Se- cretário de Estado ou Município ou de administrador da empresa pública ou da sociedade de economia mista; III - não ter mantido, nos últimos 3 (três) anos, vínculo de qualquer natureza com a empresa pública, a sociedade de economia mista ou seus controla- dores, que possa vir a comprometer sua independência; IV - não ser ou não ter sido, nos últi- mos 3 (três) anos, empregado ou dire- tor da empresa pública, da sociedade de economia mista ou de sociedade controlada, coligada ou subsidiária da empresa pública ou da sociedade de economia mista, exceto se o víncu- lo for exclusivamente com instituições públicas de ensino ou pesquisa; V - não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de serviços ou pro- dutos da empresa pública ou da so- ciedade de economia mista, de modo a implicar perda de independência; VI - não ser funcionário ou administra- dor de sociedade ou entidade que es- teja oferecendo ou demandando ser- viços ou produtos à empresa pública ou à sociedade de economia mista, de modo a implicar perda de inde- pendência; VII - não receber outra remuneração da empresa pública ou da sociedade de economia mista além daquela re- lativa ao cargo de conselheiro, à ex- ceção de proventos em dinheiro oriun- dos de participação no capital. (...) Art. 25. O Comitê de Auditoria Esta- tutário será integrado por, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) mem- bros, em sua maioria independentes. §1º São condições mínimas para inte- grar o Comitê de Auditoria Estatutário: I - não ser ou ter sido, nos 12 (doze) meses anteriores à nomeação para o Comitê: a) diretor, empregado ou membro do conselho fiscal da empresa pública ou sociedade de economia mista ou de sua controladora, controlada, coliga- da ou sociedade em controle comum, direta ou indireta; b) responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro integran- te com função de gerência de equipe envolvida nos trabalhos de auditoria na empresa pública ou sociedade de economia mista; II - não ser cônjuge ou parente consan- guíneo ou afim, até o segundo grau ou por adoção, das pessoas referidas no inciso I; III - não receber qualquer outro tipo de remuneração da empresa pública ou sociedade de economia mista ou de sua controladora, controlada, coliga- da ou sociedade em controle comum, direta ou indireta, que não seja aque- la relativa à função de integrante do Comitê de Auditoria Estatutário; IV - não ser ou ter sido ocupante de cargo público efetivo, ainda que li- cenciado, ou de cargo em comissão da pessoa jurídica de direito público que exerça o controle acionário da empresa pública ou sociedade de economia mista, nos 12 (doze) meses anteriores à nomeação para o Comitê de Auditoria Estatutário. (...) Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e so- ciedades de economia mista: (...) VII - na contratação de instituição bra- sileira incumbida regimental ou esta- tutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional ou de instituição dedicada à recupe- ração social do preso, DESDE QUE A CONTRATADA DETENHA INQUESTIO- NÁVEL REPUTAÇÃO ÉTICO-PROFIS- SIONAL e não tenha fins lucrativos; (...) IX - na contratação de associação de pessoas com deficiência física, sem fins lucrativos e de COMPROVA- DA IDONEIDADE, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; (...) Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser contratada pela empresa pública ou sociedade de economia mista a empresa: I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital social seja diretor ou emprega- do da empresa pública ou sociedade de economia mista contratante; II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia mista; III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Federal ou pela unidade federativa a que está vincu- lada a empresa pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdu- rarem os efeitos da sanção; IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, impedida ou de- clarada inidônea; V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedida ou de- clarada inidônea; VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador de empre- sa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período dos fatos que de- ram ensejo à sanção; VII - cujo administrador tenha sido só- cio ou administrador de empresa sus- pensa, impedida ou declarada inidô- nea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção; VIII - que tiver, nos seus quadros de di- retoria, pessoa que participou, em ra- zão de vínculo de mesma natureza, de empresa declarada inidônea. Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput: I - à contratação do próprio empre- gado ou dirigente, como pessoa físi- ca, bem como à participação dele em procedimentos licitatórios, na condi- ção de licitante; II - a quem tenha relação de parentes- co, até o terceiro grau civil, com: a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista; b) empregado de empresa públi- ca ou sociedade de economia mista cujas atribuições envolvam a atuação na área responsável pela licitação ou contratação; c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou sociedade de economia mista esteja vinculada. III - cujo proprietário, mesmo na con- dição de sócio, tenha terminado seu prazo de gestão ou rompido seu vín- culo com a respectiva empresa públi- ca ou sociedade de economia mista promotora da licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses. (...)” Lei das Estatais (Lei 13.303/16) “Art. 69. O programa de integridade será avaliado, quanto a sua existên- cia e aplicação, de acordo com os se- guintes parâmetros: (...) III - padrões de conduta, código de ética e políticas de integridade esten- didas, quando necessário, a terceiros, tais como fornecedores, prestadores de serviços, agentes intermediários e associados § (...) XIII - diligências apropriadas para con- tratação e, conforme o caso, supervi- são de terceiros, tais como fornecedo- res, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados § (...)” Decreto Lei n° 37.296/16 (DF) “Art. 62. Para fins do disposto no art. 36, V, e no art. 51, IV, deste Decreto, o programa de integridade será avalia- do, quanto à sua existência e aplica- ção, de acordo com os seguintes pa- râmetros: (...) III - padrões de conduta, código de éti- ca e políticas de integridade estendi- das, quando necessário, a terceiros, tais como, fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados; (...) XIII - diligências apropriadas para con- tratação e, conforme o caso, supervi- são, de terceiros, tais como, fornece- dores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados; (...)” Decreto Lei n° 46.366/18 (RJ) “Art. 19. O Administrador Fiduciário, ao contratar os terceiros em nome dos Fundos, deve observar que: (...) III. Os demais prestadores de serviços que tiverem suas atividades autorre- guladas pela ANBIMA, e não forem participantes dos Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas, devem, obrigatoriamente, ser classi- ficados como de alto risco e ser su- pervisionados, no mínimo,a cada 12 (meses) meses, nos termos do pará- grafo único, incisos I e III do artigo 22 deste Código, respectivamente. (...) Art. 23. A supervisão baseada em ris- co tem como objetivo destinar maior atenção aos terceiros contratados que demonstrem maior probabilidade de apresentar falhas em sua atuação ou representem potencialmente um dano maior para os investidores e para a in- tegridade do mercado financeiro e de capitais. Parágrafo único. As Instituições Parti- cipantes devem elaborar metodologia para supervisão baseada em risco dos terceiros contratados, a qual deve conter, no mínimo: I - Classificação dos terceiros contra- tados por grau de risco, indicando os critérios utilizados para esta classifica- ção, segmentando-os em baixo, mé- dio e alto risco; II - Descrição de como serão realiza- das as supervisões para cada seg- mento, de baixo, médio e alto risco, e sua periodicidade, que não poderá ser superior a trinta e seis meses; e III - Previsão de reavaliação tempesti- va dos terceiros contratados, na ocor- rência de qualquer fato novo, ou al- teração significativa que a critério da Instituição Participante justifique a re- ferida reavaliação.” Código ANBIMA de Regulação e Me- lhores Práticas para Administração de Recursos de Terceiros (vigente a partir de 2/1/2019) “to prove that [it] had in place adequa- te procedures designed to prevent per- sons associated with [it] from under- taking such conduct” UK Bribery Act 2010 (relacionado à falha nas ações de prevenção à corrupção) “to exercise due diligence and to take all necessary precautions to ensure that they have formed a business re- lationship with reputable and qualified partners and representatives” DOJ incentivo “Third Party Management Risk-Based and Integrated Processes – How has the company’s third-party management process corresponded to the nature and level of the enterprise risk identifi ed by the company? How has this process been integrated into the relevant procurement and vendor management processes? Appropriate Controls – What was the business rationale for the use of the third parties in question? What m e c h a - n i s m s have existed to ensure that the contract terms specifi cally described the services to be performed, that the payment terms are appropriate, that the described contractual work is per- formed, and that compensation is commensurate with the services ren- dered? Management of Relationships – How has the company considered and an- alyzed the third party’s incentive mod- el against compliance risks? How has the company monitored the third par- ties in question? How has the compa- ny trained the relationship managers about what the compliance risks are and how to manage them? How has the company incentivized compliance and ethical behavior by third parties? Real Actions and Consequences – Were red fl ags identifi ed from the due diligence of the third parties involved in the misconduct and how were they re- solved? Has a similar third party been suspended, terminated, or audited as a result of compliance issues? How has the company monitored these actions (e.g., ensuring that the vendor is not used again in case of termination)?” U.S. Department of Justice - Criminal Division Fraud Section - Evaluation of Corporate Compliance Programs “Avaliação de Parceiros de Negócios 8. Acerca do relacionamento da sua empresa com parceiros de negócio, anexe documentos que comprovem: a) A existência de regras e pro- cedimentos formalizados que visem a realização de diligências prévias à contratação e supervisão de parcei- ros de negócio (intermediários, forne- cedores, prestadores de serviço, entre outros), e que identifi que a(s) área(s) responsável(is) pela aplicação. b) Que a empresa estimula a adoção de medidas de integridade entre seus parceiros de negócios. c) A existência de cláusulas de integridade e anticorrupção nos con- tratos fi rmados com parceiros de ne- gócio. d) A previsão de aplicação de penalidades e/ou de rescisão contra- tual em caso de descumprimento das cláusulas de integridade e anticorrup- ção. e) Aplicação das regras e pro- cedimentos referentes às diligências prévias à contratação e à supervisão de parceiros de negócio, mediante a apresentação de caso(s) real(is) vi- venciado(s) pela empresa. f) A existência de regras e pro- cedimentos formalizados sobre a re- alização de verifi cações prévias a fu- sões, aquisições ou outras operações societárias, se for o caso. g) A aplicação das regras e pro- cedimentos previstos no item anterior em caso(s) concreto(s) que a empre- sa tenha vivenciado.” Empresa Pró Ética 2018-2019 O que: AVALIAR A avaliação deve considerar a natureza da relação a ser estabelecida com o terceiro, pois isso pode mudar a percepção quanto ao risco que ele oferece para a empresa. Por exemplo, a debilitada saúde fi nanceira de um donatá- rio não representa o mesmo risco de um fornecedor. O primeiro, instituição do terceiro setor que trabalha com recursos reduzidos e recebe, exclusivamente, doações de entes privados pode representar a situação da maioria das institui- ções sociais de pequenas comunidades do país, ao passo que um fornecedor com saúde fi nanceira prejudicada ou em dívida pode adotar caminhos escu- sos para garantir ou manter um contrato. Além disso, a avaliação deve respeitar o apetite de risco da empresa, a ativida- de deste terceiro, local de sua atuação, se usa intermediários para o desempe- nho de suas atividades. Tudo isso, torna a avaliação individualizada empresa a empresa e, quando realizada de forma integrada permite não apenas a ava- liação singular mas comparada, ou seja, à luz de outros terceiros da mesma categoria que o terceiro sob análise, permitindo à empresa conhecer o perfi l de risco das suas variadas carteiras: de clientes, de fornecedores, de consorcia- dos ou parceiros, de donatários, etc. São exemplos de fontes e informações que podem ser objeto de pesquisa: Permissões ou Restrições Aspectos Legais e de Compliance - Empresas autorizadas ANVISA - TRIC – Cadastro de Empresas Brasi- leiras de Transporte Rodoviário Inter- nacional de Cargas - Consulta de empresas aéreas ANAC - EASP – Entidades Autorizadas dos Serviços Privados (Anatel) - ANP – Consulta de Postos - Registro ANS - Instituições autorizadas BACEN - Empresas autorizadas SUSEP - CADIN - CNEP - CEIS - Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM) - Improbidade Administrativa - Corrupção - Lavagem de Dinheiro - Tráfi co de Infl uência - Crimes contra o Sistema Financeiro - Estelionato - Fraudes - Enriquecimento Ilícito - Confl ito de Interesse - Pessoas Politicamente Expostas (PEP) - Cartel - Práticas anticoncorrenciais - Propriedade Intelectual - Infrações ao Direito do Consumidor - Cadastro Estadual Impedidos de Licitar e Contratar - TAC SUSEP - US Consolidated Sanctions - The Financial Conduct Authority (FCA UK) - Prudential Regulation Authority - OCC - OFAC – Specially Designated Natio- nals (SDN) - Press Complaints Commission (PCC - UK Financial Sanctions (HMT) - Unauthorized Banks - Australian Sanctions - Bureau of Industry and Security (US) - EU Financial Sanctions - Offi ce of the Superintendent of Financial Institutions (Canada) - Conduta Improba - Injúria, Calúnia e Difamação - Assédio Moral ou Sexual - Racismo - Crimes ambientais - Furto e roubo - Associação Criminosa, Crime Orga- nizado e Quadrilha - Tráfi co de Drogas - Contrabando - Segurança da Informação / Vaza- mentos - Trabalho Escravo - Trabalho Infantil - Crimes Hediondos e Homicídio Doloso As referências acima podem ser identifi cadas em pesquisa de antecedentes criminais, nos tribunais de referên- cia, listas restritivas e em pesquisa de mídia O que: MONITORAR Cada relação comercial ou de negócios exige atenção especial e, em muitos casos, monitoramento personalizado (tailor-made monitoring). Para a concepção da melhor estratégiade monitoramento, o exame do resul- tado da análise preliminar – grau de risco do terceiro e red fl ags identifi cados - mostra-se essencial à defi nição do que será monitorado. São exemplos do que pode ser observado em monitoramento: EXPERTISE E INFRAESTRUTURA CULTURA DE INTEGRIDADE E CONFORMIDADE - Detêm todas as autorizações e licenças necessárias? Estão válidas? - Aparenta respeitar as normas regulatórias aplicáveis? - Endereço físico compatível ao constante em contrato (se diferente do end. fi scal) ou exposto claramente no site ou outros veículos de comunica- ção adotados pela empresa? - Equipamentos/maquinário em bom estado ou profi ssionais com qualifi - cação técnica adequada e em número sufi ciente? - Conta com Programa de Compliance amplamente divulgado? - O Programa, quando existente, tem o suporte da alta administração? - A percepção do mercado onde inserida a empresa demonstra que esta tem comportamento probo? - Este programa já foi auditado ou inspecionado? Quais foram os gaps identifi cados? REALIZAÇÃO DOS TREINAMENTOS DESIGNADOS - Atendimento tempestivo dos treinamentos designados? - Realizado pelas principais pessoas envolvidas na execução do contrato? * Relativo a treinamentos solicitados pelo Contratante, quando aplicável PRÁTICAS DE VENDAS - A venda é adequada/ ética (relacionado a preço justo e, quando aplicá- vel, orientação adequada do cliente, se a venda é compatível ao perfi l e necessidades dele)? - Modelo de remuneração da equipe de vendas - A remuneração dos vendedores induz exageradamente a venda de de- terminados produtos em detrimento de outros (especial atenção para a hipótese de vendas de produtos de empresas concorrentes) - Gestão de reclamações de clientes AVALIAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO DE PRODUTOS - Conta com Política de Avaliação e Demonstração de Produtos? - Realiza a devida emissão de nota fi scal para a remessa dos produtos? - Adequado registro e acompanhamento de inventário? - O prazo de avaliação e a quantidade de descartáveis é condizente à es- trutura do potencial cliente? - A cessão gratuita de bens para avaliação ou entrega de amostras é res- trita à novos clientes? ESTRUTURA SOCIETÁRIA - Alteração na estrutura societária, identifi cando, por exemplo, pessoas politicamente expostas ou em posição de potencial confl ito de interesses (ex. funcionário com poder de decisão da manutenção do contrato) - Mudança no objeto social da empresa (CNAE permite a realização da atividade contratada) - Pessoa Politicamente Exposta integra o Quadro Social ou é Administra- dor da Empresa - Modifi cação da estratégia de negócios, por exemplo, pela abertura de fi lial em país com elevado índice de corrupção (IPC) ATIVIDADES DE MARKETING - Serviço contratado é proporcional/compatível ao valor dispendido? - Material promocional em observância às orientações do CONAR e ou- tras leis aplicáveis, com linguagem clara e que não induz o consumidor a erro? - Profi ssionais contratados para atividades de marketing foram designa- dos de acordo com suas competências e receberam um valor compatível ao praticado no mercado para profi ssionais de mesmo calibre (fair market value)? ATIVIDADES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL - Existe Política que trate do assunto? - Existem diligências voltadas à comprovação da real aplicação dos re- cursos doados? Estes são proporcionais ao montante doado e aderentes a eventual projeto apresentado? - Pessoa politicamente exposta coordena, está à frente da instituição? - A ação resulta em qualquer contrapartida comercial para o doador? - Foi indicada por agente público? - Instituição constante no cadastro CEPIM? Nota: O Anexo A, item A.10.3, da ISO ABNT 37001: 2017, elenca fatores que a organização pode considerar úteis para avaliar os parceiros de negócio. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO - Existência de Política de Privacidade e Proteção da Informação - Segurança de sistemas e controles de acesso - Aplicação de Clean Desk Police (Política de Mesa Limpa) - Uso de sistemas, softwares licenciados e respeito às boas práticas de armazenamento e descarte de informações REPUTAÇÃO - Eventual menção em delação - Referência negativa na mídia - Eventual denúncia de prática indevida no Canal de Integridade - Mídia negativa relacionada a antiga razão social (quando o Pesquisado alterou o nome) REGULARIDADE FISCAL, TRABALHISTA - Usa mão de obra escrava ou adota medidas para evitá-la - Observância das leis aplicáveis quanto ao pagamento de salários e en- cargos sociais - Tempestivo pagamento de impostos - Verifi cação de compatibilidade entre mão de obra contratada e mão de obra utilizada FREQUÊNCIA DA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO Não há determinação legal quanto a frequência de avaliação e monito- ramento de terceiros, tampouco uma única prática de mercado. A periodici- dade de avaliação da conduta e qua- lifi cação do terceiro - aderência ao contrato, comportamento probo, infra- estrutura/expertise e saúde fi nanceira compatível ao objeto contratado, den- tre outras coisas- deve ser determina- da de acordo com o grau de risco que esse agente representa para a empre- sa contratante ou parceira. Por grau de risco, observa-se, a exem- plo: natureza da atividade do terceiro, eventual relacionamento com a Admi- nistração Pública (incluindo, mas não se limitando, a venda ou prestação de serviços à Administração Pública, constante fi scalização, por exemplo, pela Anvisa, e identifi cação de pessoa politicamente exposta no quadro so- cietário ou diretivo da empresa), grau de dependência do contratante. A avaliação dos terceiros em relação continuada, ou recondução de back- ground check, para muitas empresas é anual. Porém, como destacado aci- ma, isso não é uma regra, tampouco uma obrigação legal, devendo ser defi nido à luz de outras iniciativas de Compliance que orientarão a relação com esse terceiro (ex. treinamentos periódicos), quando não for conse- quência de fator de risco identifi cado em atividade de monitoramento. Quanto ao monitoramento, seja qual for a frequência estabelecida, impor- tante que a empresa tenha registra- do, por exemplo, em uma Política de Gestão de Terceiros, as condições e critérios que a levaram a dedicar mais atenção a um determinado terceiro em detrimento do outro. Esta política deve estabelecer que, após o relacio- namento ter sido aprovado e as con- dições de pagamento estabelecidas, ambos, o relacionamento e os paga- mentos devem ser revisados e monito- rados regularmente. Não obstante o exposto, a partir de 2 de janeiro de 2019, quando entra em vigor o Código da ANBIMA de Regu- lação e Melhores Práticas para Ad- ministração de Recursos de Terceiros, destinado às instituições que desem- penham o exercício profi ssional de Administração Fiduciária e Gestão de Recursos de Terceiros de Veículos de Investimento, as instituições parti- cipantes e respectivos integrantes do seu conglomerado e grupo econômi- co que estejam autorizados, no Brasil, a desempenhar as atividades citadas, e outras instituições que desejarem se associar à ANBIMA e seguir o Có- digo, deverão observar as diretrizes nele contidas, particularmente quan- to ao prazo limite (nunca superior a trinta e seis meses) para supervisão dos terceiros de acordo com seu ris- co e previsão de reavaliação destes quando identifi cado fato novo relacio- nado. A classifi cação indicada no Có- digo deverá adotar critérios objetivos, presumindo-se que a categorização do terceiro em baixo, médio e alto ris- co, estará baseada em sua avaliação preliminar. FREQUÊNCIA DA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO GUARDA E PRESERVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO Os resultados de avaliação e monitoramento efetuado em terceiros devem ser registrados, documentados e mantidos em arquivo, pelo tempo que for con- siderado necessário ou conforme regulação em vigor, se houver. Os registros devem incluir, dentre outras coisas: - Nome ou razão social do terceiro contratado; - Endereço comercial; - Localidade(s) onde o contrato foi executado,quando aplicável; - Data de início e término do contrato; - Propósito do relacionamento e descrição dos principais termos contratuais; - Pessoa da empresa responsável pelo contratado; - Resultado das pesquisas de campo (incluindo imagens comprovando a existência da empresa, por exemplo) e baseadas em pesquisas de mídia; - Os fatores de risco identifi cados e eventuais medidas de salvaguarda apli- cadas para minimizá-los ou geri-los; - Grau de risco atribuído ao contratado; - As fontes pesquisadas. Quem são os terceiros CONHEÇA SEU FUNCIO- NÁRIO | KNOW YOUR EMPLOYEE Para fi ns de aplicação da Política de Gestão de Pessoas ou relacionada, o entendimento de funcionário deve ser ampliado a fi m de abarcar não ape- nas aqueles sob o regime da CLT. Nes- se sentido, deve-se considerar qual- quer colaborador, assim entendido: Colaboradores Próprios: toda pessoa física que preste serviços de nature- za não eventual (rotineira) e onerosa (percebe salário) à empresa, e en- contra-se a esta subordinada, atuan- do sob sua orientação. Inclui, além do empregado contratado sob o regime da CLT, estagiários, menores aprendi- zes e empregados temporários. Colaboradores Terceiros: Toda pessoa física ou jurídica que atue direta ou indiretamente em nome ou em favor da empresa, em suas instalações e sob sua orientação, na qualidade de prestador de serviços (outsourcing), consultor, independentemente de con- trato formal. Também, devem ser objeto de análi- se de background e monitoramento aqueles que trabalham em caráter vo- luntário e temporário. CONHEÇA SEU DONATÁRIO | KNOW YOUR DONEE Os donatários são as organizações que recebem e administram doações e que são responsáveis pelas ativida- des de execução de projetos e ações sociais apoiadas pela empresa. São entidades de direito privado, sem fi ns lucrativos, com personalidade jurídica própria, formada pelo agrupamento de pessoas para a realização e con- secução de objetivos e ideais comuns (ex. apoio a crianças e adolescentes, assistência à idosos, refugiados, etc.). A verifi cação da real existência da ati- vidade social - ação benefi cente que gere benefícios sociais aos benefi ciá- rios ou para a sociedade -, e do ade- quado e integral direcionamento dos recursos transferidos devem integrar as rotinas da empresa-donatária, do Compliance Offi cer, e estar consubs- tanciado em Política de Doações, uma vez que iniciativas dessa natureza po- dem ser um mecanismo para lavagem de dinheiro, para o pagamento de su- borno e propina. CONHEÇA SEU DESENVOLVEDOR™ | KNOW YOUR DEVELOPER™ Os desenvolvedores, criadores, prove- dores, enfi m os profi ssionais de forma- lização de conceito e ideias, podem existir em diversos cenários, a exem- plo dos principais atores do proces- so de inovação, a saber, empresas e seus centros de inovação empresarial, órgãos governamentais, organizações da sociedade civil, entidades de supor- te à inovação (consultorias, incubado- ras de empresas, núcleos de inovação tecnológica e parques tecnológicos). São considerados desenvolvedores os agentes (pessoa física e/ou jurídi- ca) diretamente ou indiretamente en- volvidos com atividades de pesquisa, inovações tecnológicas, processos de criação artística e/ou aperfeiçoamen- to de produtos ou serviços. O conhecimento e monitoramento desses agentes, permite, dentre ou- tras coisas, a perda de vultosos in- vestimentos em pesquisa, pela venda (corrupção privada) do conteúdo de pesquisas ou para evitar que o fi nan- ciamento vise a lavagem de recursos de origem indevida que retornam ao fraudador em royalties. CONHEÇA SEU FORNECEDOR | KNOW YOUR SUPPLIER São prestadores de serviço/fornece- dores aqueles que mantêm relações comerciais com a empresa, seja for- necendo materiais ou prestando servi- ços, independentemente da natureza, se de forma remunerada ou voluntá- ria, contínua ou pontual. Exemplo de fornecedores: consultoria, serviços de limpeza, auditoria, advo- cacia, despacho, marketing, capaci- tação, treinamento e palestra CONHEÇA SEU CLIENTE | KNOW YOUR CUSTOMER Cliente é todo aquele, pessoa física ou jurídica, que decide a compra de de- terminado bem ou serviço oferecido pela empresa. A política de aceitação de clientes tem como objetivo fi nal mitigar o risco de reputação da empresa, assegurando que os negócios sejam conduzidos com clientes idôneos, que não se utili- zarão da instituição para legitimar re- cursos adquiridos de forma criminosa. Esta política permite constatar a lega- lidade da procedência dos recursos pagos à empresa ou nesta movimen- tados, no caso da contratada ser insti- tuição fi nanceira. CONHEÇA SEU PARCEIRO | KNOW YOUR PARTNER Por parceiro de negócio deve-se en- tender qualquer parte externa com a qual a organização tem, ou planeja estabelecer, alguma forma de rela- cionamento de negócio (ISO ABNT 37001:2017). De forma restrita, é toda pessoa jurídica com a qual a empre- sa tenha acordo que vise, dentre ou- tras coisas, a captação de negócios de uma empresa para a outra, união de esforços para a consecução de um empreendimento específi co. Os procedimentos de identifi cação e aceitação de parceiros comerciais de- * Fonte: https://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/ port/correspondentes.asp vem considerar o perfi l do terceiro e, acima de tudo, o propósito do relacio- namento, de modo que sejam efetivos à prevenção de realização de negó- cios com contrapartes inidôneas ou suspeitas de envolvimento em ativida- des ilícitas. São tipos/subespécies de Parceiros: CONHEÇA SEU SEU CORRESPONDENTE | KNOW YOUR CORRES- PONDET Para o mercado fi nanceiro, os “corres- pondentes são empresas contratadas por instituições fi nanceiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições. Entre os corres- pondentes mais conhecidos encon- tram-se as lotéricas e o banco postal. As próprias instituições fi nanceiras e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem ser contratadas como correspondente.” * No universo jurídico, o correspondente é o advogado que realiza atividades jurídicas a mando de outros advoga- dos, prestando serviços (ex. protocolo de documentos e outras diligências, participação em reuniões) em prol dos interesses dos seus clientes. A relação jurídica contratual é entre o advoga- do que contrata e o corresponden- te contratado, não havendo relação contratual entre o correspondente e os clientes do contratante. Desta forma, quando o contratante solicita os servi- ços do correspondente para a realiza- ção de uma diligência, esse ato está restrito apenas à relação do solicitan- te (contratante) com o profi ssional que realiza a atividade (correspondente contratado), o que não minimiza os riscos aos quais os benefi ciários fi nais (clientes) estão expostos, a exemplo, o de pagamentos indevidos para re- presentantes do judiciário, pelo que importante estender as iniciativas de conhecimento de terceiros aos corres- pondentes. CONHEÇA SEU DISTRIBUIDOR COMERCIAL | KNOW YOUR COMMERCIAL DISTRIBUTOR O distribuidor é aquele que se obriga a adquirir da outra parte, denominada distribuído, mercadorias geralmente de consumo, revendendo-as aos inte- ressados fi nais, obtendo lucro pela di- ferença entre os valores de compra e de revenda. Para Lei nº 6.729/79 (Lei Ferrari), con- sideram-se distribuidor (de veículos automotores de via terrestre) “a em- presa comercial pertencente à respec- tiva categoria econômica, que realiza a comercialização de veículos auto- motores, implementos e componentes novos, presta assistência técnica a es- ses produtos e exerce outras funções pertinentes à atividade”. CONHEÇA SEU REPRE- SENTANTE COMERCIAL | KNOW YOUR COMMERCIAL REPRESEN- TATIVE Segundo a Lei n° 4.886/65 (lei que regula as atividades dos representan- tes comerciais autônomos), “exerce a representação comercial autônoma a pessoajurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desem- penha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a me- diação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos repre- sentados, praticando ou não atos re- lacionados com a execução dos ne- gócios.” No entendimento do TJSP: “Na repre- sentação comercial o representante ou agente desempenha sua função sem ter a disponibilidade dos bens ou coisas negociadas, agindo em nome e por conta da representada, a quem simplesmente apresenta os pedidos feitos pelos clientes, recebendo então uma comissão”. CONHEÇA SEU CONSORCIADO | KNOW YOUR CONSORTIUM PARTNER O consorciado é a empresa que in- tegra “agrupamento de sociedades, feito através de um contrato, com a fi nalidade de executar determinado empreendimento, obrigando-se cada sociedade, em relação àquele com quem o consórcio vai contratar, de acordo com as condições previstas no contrato e respondendo apenas pe- las obrigações por ela assumidas.”* Segundo Ricardo Negrão (NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. São Paulo: Saraiva, 2003. P.458), as sociedades em con- sórcio podem ou não estar sob o mes- mo controle. * Lei nº 6.404/76 CONSIDERAÇÕES FINAIS DIREITOS AUTORAIS Importante destacar que quaisquer ações de conhecimento de terceiros de- vem restringir-se à sua utilidade e necessidade, observando a natureza da ati- vidade que o terceiro exerce ou exercerá, o propósito da relação comercial ou de negócios. Essas ações, que demandam discrição no seu tratamento, além de permanecerem restritas a um grupo seleto de profi ssionais da empresa, de- vem respeitar: a) A privacidade e a intimidade; b) O princípio da equidade; c) O sigilo e a dignidade da pessoa; d) As boas práticas concorrenciais. Quaisquer informações apresentadas pelo terceiro e/ou levantadas pela em- presa não devem ser usadas para outro propósito que não o de resguardar a empresa de ingresso ou permanência em relações que sejam saudáveis e com risco gerenciável, aderente ao apetite da empresa. Esse material que inclui, mas não se limita a abordagem, metodologia, dese- nhos gráfi cos e outros conteúdos aqui apresentados, é de propriedade da Four EthicsTM e sua autora, Gabriela Alves Guimarães, não confi gurando sua apre- sentação pela equipe FourEthicsTM, entrega de cópia física ou qualquer outra forma, em transferência de propriedade intelectual. Como resultado, qualquer reprodução, modifi cação, cópia, distribuição ou qualquer outro uso do seu con- teúdo requer o consentimento prévio por escrito da FourEthicsTM ou da autora; no entanto, o download e a reprodução deste conteúdo disponibilizado no site ou redes sociais da FourEthicsTM ou de seus parceiros é permitido para fi ns exclusivamente privados (uso doméstico) e para fi ns de mídia, desde que se- jam mantidos todos os avisos de direitos autorais e outros avisos proprietários intactos, e também que: (i) nenhuma taxa seja cobrada pela informação, (ii) o conteúdo do documento seja provido em sua totalidade e não seja modifi cado ou alterado de qualquer maneira, (iii) seja dado crédito claro e visível à fonte. A publicação deste material por quaisquer parceiros da FourEthicsTM não resul- ta na transferência, no todo ou em parte, dos direitos de propriedade intelectu- al, tampouco na exclusividade de sua divulgação, na exploração do conteúdo. 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