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Tutoria em EAD I

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TUTORIA EM EAD I 
 
 
2 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Sumário 
 
 
FACUMINAS ............................................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
Ensino a distância ..................................................................................................... 7 
Ambiente virtual de aprendizagem e tecnologias para o ensino .......................... 9 
Interações em sala de aula EAD e presencial: o papel dos professores e dos 
alunos ....................................................................................................................... 11 
EAD: possibilidades e desafios ............................................................................. 13 
Desafios do ensino a distância .............................................................................. 16 
EAD no Brasil .......................................................................................................... 18 
EAD: ensino superior no Brasil ............................................................................. 23 
A docência na EAD ................................................................................................. 26 
A tutoria na EAD ...................................................................................................... 29 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 A Educação a Distância (EAD) não é uma modalidade de educação recente. 
Segundo Nunes (2009), ela teve seu início em 1728 nos Estados Unidos, através de 
um curso oferecido pelo professor Caleb Philips, “[...] que enviava suas lições todas 
as semanas para os alunos inscritos” (NUNES, op. cit. p. 02). Conforme Alves 
(2009), no Brasil, esta modalidade de educação inicia oficialmente no começo do 
século passado, mas especificamente em 1904, através de cursos direcionados à 
área de comércio e de serviços, oferecidos por Escolas Internacionais, de forma a 
atender ao público interessado por trabalho nessas áreas. 
 A evolução desta modalidade de educação foi progressiva, e nela se fez 
presente a emergência de novas possibilidades de interação. A correspondência foi 
a primeira e única ferramenta de comunicação usada até a década de 20. Em 1923, 
através da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, como explicita Alves (op. cit.), o 
rádio se torna o novo aliado da EAD, como meio de construção de conhecimento. O 
Mobral, criado pela Lei número 5.379, de 15 de dezembro de 1967, cujo objetivo 
principal era a alfabetização de jovens e adultos para que estes tivessem condições 
de se integrarem na comunidade à qual pertenciam, é uma exemplificação de um 
dos projetos nacionais que fizeram uso do rádio como meio de comunicação para 
efetivar seu ensino. 
 Após a expansão do rádio na educação a distância, a partir da década de 60, 
a televisão passa a ser outro meio de comunicação utilizado para fins educativos. A 
partir da sua introdução no âmbito educacional, durante muitos anos, o uso desse 
aparato tecnológico como ferramenta didática foi permeado por modificações 
oriundas do Ministério das Comunicações1. Atualmente, as tevês fechadas são 
responsáveis pela transmissão de programas educacionais. 
 Depois da inserção da televisão como recurso pedagógico na EAD, surgem 
as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (doravante NTICs), 
possibilitando ainda mais a expansão da interação humana no âmbito educacional. 
Esta ampliação comunicativa, que é viabilizada por diferentes ferramentas virtuais, 
tais como o chat, o fórum, o blog etc, disponibilizados nas plataformas de ensino2 
 
 
5 
das instituições que trabalham com a EAD, proporciona consigo “[...] novas práticas 
de ensino, as quais nos levam a novas reflexões sobre o papel do professor no 
processo de ensino-aprendizagem”, como pontua Teles (2009, p. 72). 
 Nesta perspectiva, as recentes atribuições direcionadas ao docente não são 
mais exercidas apenas por um único profissional. Para Dias e Leite (2010), uma vez 
que a atual EAD requer diferentes funções docentes, como consequência surge a 
necessidade da identificação de novas categorias de professores. Desta forma, as 
autoras sugerem uma lista com as seguintes denominações: professor-formador; 
conceptor e realizador de cursos e materiais; professor-pesquisador; professor-tutor; 
tecnólogo educacional; professor recurso e monitor. Dentre esses, destacamos o 
professor-tutor3, por ser ele “[...] um dos grandes responsáveis pela efetivação do 
curso em todos os níveis” e também por estar “[...] constantemente orientando, 
dirigindo e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem dos alunos” 
(BENTES, 2009, p.166). Ainda corroborando esta concepção, Gonzalez (2009) 
afirma que este profissional deve mediar todo o desenvolvimento do curso. É ele que 
responde a todas as dúvidas apresentadas pelos estudantes, no que diz respeito ao 
conteúdo da disciplina oferecida. A ele cabe mediar a participação dos estudantes 
nos chats, estimulá-los a participar e a cumprir suas tarefas, e avaliar a participação 
de cada um (op. cit., p. 40). 
 Diante das inúmeras atribuições para a realização das tarefas do tutor da 
EAD e da importância deste profissional para esta modalidade de educação, surge a 
preocupação em investigar o fazer pedagógico do tutor, debruçando-se em torno de 
questões referentes às atribuições do tutor como forma de compreender melhor o 
papel da tutoria na modalidade de educação a distância. 
 Em termos de historicidade, o interesse pela análise do trabalho do professor 
surgiu a partir do desenvolvimento das didáticas das disciplinas e posteriormente 
com a junção dos interesses destas com o da Ergonomia francesa4. Se antes essas 
didáticas centralizavam suas atenções nos alunos, agora elas passam a direcionar 
sua atenção para o trabalho docente, visando entender quais “[...] as capacidades 
e os conhecimentos necessários para que os professores possam ser bem-
sucedidos naquilo que é a especificidade de seu ofício [...] (BRONCKART, 2006, p. 
207, grifo do autor). 
 
 
6 
 Desta forma, ao considerarmos o trabalho do professor, veremos que as 
atribuições das tarefas desse profissional se originam e se perpetuam através dos 
textos prescritivos orais ou escritos. Segundo Amigues (2004), as prescrições têm 
sua importância no exercício da profissão do docente, não apenas como orientação 
para a realização das tarefas, mas também como instrumento de modificação da 
própria prescrição que lhe é dada. 
 Fundamentadanestes recentes estudos, que buscam compreender melhor o 
trabalho de tutoria na educação a distância, esta pesquisa pretende investigar, 
através da análise dos textos prescritivos e das representações que os tutores da 
EAD tecem acerca do trabalho prescrito e do seu trabalho realizado, como este 
professor constrói seu papel nessa modalidade de educação. Defendendo a noção 
de que há um distanciamento7 entre o trabalho prescrito direcionado a este 
profissional nos documentos oficiais e a execução das atividades ali determinadas, 
apontamos como possíveis variáveis vinculadas a esse distanciamento: (i) o domínio 
das ferramentas virtuais interativas disponíveis no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA); (ii) a curta duração do semestre analisado e (iii) o volume de 
avaliações que os tutores devem corrigir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Ensino a distância 
 Para entender o que é Educação à Distância, Moran (2009, p. 1) a define 
como “[...] o processo de ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias, onde 
professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente”. Salienta, 
ainda, que é mais conveniente sua aplicação para educação de adultos, por terem 
mais consolidado a aprendizagem individual de pesquisa. 
 Entende-se que não se pode pensar em avanços sociais significativos sem 
que haja acesso às tecnologias, e é a educação online que vai favorecer a 
aproximação das mídias por um contingente cada vez maior de sujeitos, que se 
tornarão capazes de atribuir-lhes novos significados com a transformação de sua 
visão de mundo. Conforme afirma Guatarri (2008, p.16): As evoluções tecnológicas, 
conjugadas a experimentações sociais desses novos domínios, são talvez capazes 
de nos fazer sair do período opressivo atual e de nos fazer entrar nessa era pós-
mídia, caracterizada por uma apropriação e uma resingularização da utilização da 
mídia. 
 O ensino a distância, é uma alternativa de educação, na qual os principais 
elementos incluem a separação física de professores e alunos durante a instrução e 
o uso de várias tecnologias para facilitar a comunicação entre aluno e professor. 
Tradicionalmente, o ensino a distância tem se concentrado em estudantes não 
tradicionais, como trabalhadores em período integral, militares e não residentes ou 
indivíduos em regiões remotas que não podem participar de palestras em sala de 
aula. No entanto, o ensino a distância tornou-se uma parte estabelecida do mundo 
educacional, com tendências apontando para o crescimento contínuo, 
principalmente no Ensino Superior. 
 O ensino a distância é, por definição, realizado por meio de instituições; não é 
um estudo individual ou um ambiente de aprendizado não acadêmico. As instituições 
também podem ou não oferecer instruções tradicionais em sala de aula, mas são 
elegíveis para credenciamento pelas mesmas agências que empregam métodos 
tradicionais. 
A educação a distância, como qualquer outra educação, estabelece um grupo 
de aprendizado, às vezes chamado de comunidade de aprendizado, composta por 
 
 
8 
alunos, professor e recursos instrucionais - ou seja, livros, áudio, vídeo e gráficos 
que permitem ao aluno acessar o conteúdo da instrução. 
Um dos primeiros assessores tecnológicos da educação foi o slide lanterna 
(por exemplo, o Lanterna de Linnebach), usada no século XIX nas aulas de 
chautauqua e nas escolas de liceu para adultos e em shows itinerantes de barracas 
de palestras em todo o mundo para projetar imagens em qualquer superfície 
conveniente; esses assessores visuais se mostraram particularmente úteis na 
educação de audiências semiletradas. No início do século XX, as teorias da 
aprendizagem começaram a se concentrar em abordagens visuais da instrução, em 
contraste com as práticas de recitação oral que ainda dominavam as salas de aula 
tradicionais. 
Gonzalez (2005) define que a Educação a distância é uma estratégia de 
sistemas educativos que irá ofertar a educação a setores ou a um grupo de pessoas 
que possuem dificuldades de acesso à educação presencial, complementando os 
conceitos abordados anteriormente. 
O Brasil é pródigo em exemplos de professores muito competentes no uso de 
tecnologias e educação a distância. Mas, quase sempre, eles foram vistos como 
grupos de excêntricos ou visionários, que se dedicaram às pesquisas nesse campo 
sem apoio oficial – quando muito, alcançavam a piedosa complacência dos 
gestores. Algumas vezes, os grupos que atuavam na área, disputavam entre si, em 
vez de unidos, buscarem a sensibilização dos dirigentes. O resultado disso foi que a 
educação a distância ficou sendo uma ilha em nossas universidades e instituições. 
(MEC, 2003). 
Quanto à modalidade de Educação a Distância (EaD), atualmente, a definição 
que se destaca e marca de forma simples e clara, é encontrada no site do Ministério 
da Educação (MEC, 2005): Educação a Distância é a modalidade educacional na 
qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-
se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. 
Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na 
Educação Básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de 
nível médio) e na Educação Superior. (BRASIL, 2005). 
 
 
 
9 
Ambiente virtual de aprendizagem e tecnologias para o 
ensino 
 Segundo Moran (2006), p. 25, a educação online pode ser aplicada desde a 
educação infantil até o ensino superior, contemplando não só a educação formal, 
como também a não formal e a educação corporativa, viabilizando tanto cursos 
totalmente a distância, quanto semipresenciais e presenciais: Uma estratégia 
pedagógica dinâmica é realizada com programas que sejam atualizados 
permanentemente, respondendo ao acelerado ritmo de mudança da sociedade do 
conhecimento e do mercado de trabalho atual, superando assim o anacronismo em 
que, cedo ou tarde, caem os conteúdos e programas dos sistemas presenciais. 
 Como salienta LÉVY (1999), p. 17: tornam-se necessárias duas grandes 
reformas dos sistemas de educação e formação. Primeiro, a adaptação dos 
dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e a distância (AAD) no cotidiano e 
no ordinário da educação. É verdade que o AAD explora certas técnicas do ensino a 
distância, inclusive a hipermídia, as redes interativas de comunicação e todas as 
tecnologias intelectuais da cybercultura. O essencial, porém, reside num novo estilo 
de pedagogia que favoreça, ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados e o 
aprendizado cooperativo em rede. Nesse quadro, o docente vê-se chamado a 
tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos, em vez de 
um dispensador direto de conhecimentos. 
 Conforme Carvalho et al. (2011), várias são as possibilidades de se 
implementar e usar os métodos de ensino EAD. Ementas de disciplinas específicas 
se adequam perfeitamente aos moldes desse tipo de ensino, de modo que a 
utilização de recursos computacionais favoreça o aprendizado quando comparados 
ao ensino presencial. Muitas ferramentas que teriam dificuldades de estarem 
disponíveis para o aluno em sala de aula são acessadas por estes de maneira 
rápida, através de aplicativos e softwares. 
Diversos recursos virtuais auxiliam na aquisição da informação, por meio de 
chats, correio eletrônico, fóruns e plataformas de buscas como o Google, garantindo 
assim uma extensa flexibilidade do processo de ensino-aprendizagem entre o aluno 
e o professor. A EAD, em nosso país, ganhou novos rumos e contornos a partir da 
 
 
10 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) e, posteriormente, 
de alguns decretos (n°2949, n°2561, n°5622) que detalharam o funcionamento desta 
modalidade de ensino. 
E. P. Arruda (2015) ainda relata que o decreto nº 5.622/2005 possibilitou a 
oferta de cursos à distância em todos os níveis. O referido dispositivolegal, mesmo 
cercado de cuidados, possibilitou um crescimento incomum a esta modalidade 
educacional, provavelmente devido a uma demanda reprimida pela lacuna ocorrida 
entre 2001 e 2005, período em que o número de cursos à distância pouco cresceu 
no Brasil, saltando de 14 em 2001 para 189 em 2005. Para se ter uma ideia, de 
2005 ao ano seguinte o número de cursos cresceu para 349, ou seja, quase dobrou. 
Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), órgão do governo 
federal, para o ano de 2013, mostravam que naquele ano o número de cursos 
superiores à distância já ultrapassava 1,2 mil. 
Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias é colaborar para 
que professores e alunos nas escolas e nas organizações transformem suas vidas 
em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da 
sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional do seu projeto de vida, no 
desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes 
permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e de trabalho e tornar-se 
cidadãos realizados e produtivos (MORAN, 2006). 
A educação a distância também deve ser vista como uma forma de respeito 
ao ritmo e à forma de aprender, já que a configuração da educação presencial 
coloca obstáculos ao pleno desenvolvimento do estilo de aprendizagem do aluno, já 
que homogeneíza os estudantes — como se todos aprendessem no mesmo tempo e 
de modo igual. 
No ensino a distância, existem tarefas de leitura e compreensão de texto, 
exercícios que exigem maior raciocínio e atividades de elaboração de resumos, por 
exemplo — cada qual exigindo habilidades cognitivas específicas. 
 O Ensino Superior a distância deve ser reconhecido e regulamentado pelo 
Ministério da Educação (MEC). Dessa forma, ele cumpre todas as exigências, seja 
no conteúdo ou na carga horária, que um curso no formato tradicional. Por isso, não 
há diferença entre os diplomas. 
 
 
11 
 
Interações em sala de aula EAD e presencial: o papel dos 
professores e dos alunos 
 Embora as práticas de ensino a distância sejam teoricamente aceitas como 
um modelo para auxiliar na educação formal, uma pesquisa aprofundada deve ser 
conduzida sobre as práticas de ambos os sistemas de ensino, sendo EAD e 
presencial, e os efeitos dessas práticas em estudantes e professores devem ser 
medido. No ensino a distância, são importantes o conhecimento e as tecnologias 
interativas, bem como a capacidade dos professores e alunos de usar essas 
tecnologias interativas. O foco em uma metodologia para educação a distância 
geralmente se torna um foco em tecnologia. 
 O ensino a distância aberto está agora amplamente disponível na maior parte 
do mundo e muitos adultos que trabalham optam pelo ensino a distância para obter 
qualificações. Com as prioridades concorrentes de trabalho, casa e escola, os 
adultos em todos os lugares desejam educação com um alto grau de flexibilidade e 
acessibilidade. A estrutura do ODL oferece aos alunos a maior flexibilidade. Isso 
lhes dá controle sobre o tempo, o local e o ritmo de sua educação. No entanto, 
aprender a distância não é isento de desafios (Dzakiria, Kasim, Mohamed & 
Christopher, 2013). 
À medida que os alunos em um ambiente de EAD iniciam o trabalho de 
aprendizado, precisam de acesso contínuo a professores, bibliotecas e outros 
recursos dos alunos. Os alunos devem ter acesso adequado aos recursos 
apropriados para apoiar seu aprendizado. A instituição de ensino deve avaliar a 
capacidade dos alunos de obter sucesso no aprendizado on-line. 
A maioria das instituições de ensino a distância espera que os alunos 
interajam principalmente por meio de suas ferramentas tecnológicas on-line 
prescritas, a fim de aprender com sucesso e alcançar o resultado pretendido. 
Espera-se que os alunos interajam ativamente on-line com outros alunos, 
professores, universidade, conteúdo e material de estudo para obter sucesso 
acadêmico. 
 
 
12 
A instituição do EAD prescreve o fórum de discussão como um link para a 
interatividade on-line entre os alunos e entre o aluno e o professor. Os professores e 
o pessoal da administração da universidade postam informações na página do fórum 
de discussão, e os alunos são incentivados a formar grupos de estudo e são 
lembrados a fazer suas tarefas para facilitar o aprendizado. As atividades nos fóruns 
de discussão também ajudam os alunos a compartilhar seus conhecimentos e 
aprender uns com os outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
EAD: possibilidades e desafios 
 A sociedade atual requer um novo tipo de profissional em todos os setores 
econômicos, essa necessidade se dá pela busca de competências múltiplas das 
pessoas, no trabalho em equipe, na capacidade de aprender e de adaptar-se a 
situações novas. Para alcançarmos essas competências necessitamos de 
conhecimento para utilizar as novas tecnologias da informação e comunicação, não 
apenas como meios de melhorar a eficiência dos sistemas, mas, principalmente, 
como ferramentas pedagógicas efetivamente a serviço dos profissionais que atuam 
na saúde. 
Sem dúvida a EAD, por sua experiência de ensino com metodologias 
presenciais, pode vir a contribuir inestimavelmente para a transformação dos 
métodos de ensino e da organização do trabalho nos sistemas convencionais, bem 
como para utilização adequada das tecnologias de mediatização da educação. 
A EAD é um meio muito importante e apropriado para atender a grandes 
contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades, e sem riscos 
de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da 
clientela atendida. 
 Através da EAD se têm acesso as tecnologias de comunicação e informação 
para o desenvolvimento profissional e humano, através do uso de mídias variadas, 
facilitando o acesso geográfico, com custo baixo. 
Essa modalidade de ensino facilita, portanto, a aprendizagem do profissional 
na própria instituição sem afastá-lo por muito tempo das suas atividades, pois 
poderá acontecer através de teleconferência ou videoconferência, com total 
interatividade, bem como, disponibilizando um arsenal de recursos multimídia. Além 
dos recursos citados, poderão ser utilizadas a internet, a digitalização e manipulação 
de imagens em CDROMs ou fitas de vídeo entre outros recursos. 
A EAD está sendo comprovada como uma modalidade de educação eficaz, 
possibilitando atendimento e qualidade, acesso a aprendizagem constituindo uma 
forma de democratização do saber. Deve o profissional lutar para conseguir aplicar 
esse método facilitador de ensino continuado nas instituições, compreendendo ser 
essa uma forma de ensino que vem atender as exigências do mundo 
 
 
14 
contemporâneo, onde o uso de vários meios para a produção de conhecimentos 
permite que se escolha como, quando e onde aprender. 
Existem fatores estruturais e conjunturais que foram favoráveis a implantação 
de políticas, sistemas e programa EAD, impulsionando o seu crescimento, como: 
político-social, econômico, pedagógico e tecnológico. 
A modalidade à distância costuma caracterizar-se por sua flexilibilidade em 
torno da proposta de ensino, e que hoje, como resultado do desenvolvimento da 
tecnologia da comunicação, as interações entre docentes e alunos são favorecidas 
encurtando as distancias na modalidade. 
Acreditamos que essas tecnologias vão facilitar, ainda mais, o intercâmbio 
dos profissionais de saúde entre si e com os pacientes, e, também, resolver à 
distância casos de ordem propedêutica e terapêutica. 
Considerando que existem os desafios e que são enfrentadas pelos 
profissionais da área de saúde que atuam no Departamento de Saúde, com relação 
ao acesso à formação continuada, percebemos que ainda é a EAD uma estratégia 
para a educação permanente em saúde. 
Acredita-se que em recursos humanos de indústrias brasileiras o grandeproblema não é somente “a utilização tecnológica, mas treinamento de pessoal para 
assimilar novas tecnologias é trabalhar o coeficiente emocional e não o quociente de 
inteligência. 
O ideal seria a utilização plena dos recursos da EAD, entretanto encontramos 
desafios para desenvolvê-la. Entre esses desafios destacamos; dificuldade de 
acesso às tecnologias da comunicação e informação por parte de alguns 
profissionais de saúde; dificuldade em utilizar as ferramentas, escassez de tempo 
para desenvolver as atividades do curso em vista do duplo emprego; dificuldade de 
comunicação com os tutores por morar em locais muito distantes; a questão da 
família, entre outros. 
Nesse sentido, a EAD enfrenta obstáculos como: a variável tempo é 
independente, mas o mesmo não ocorre com a variável lugar; o outro obstáculo diz 
respeito que muitos veículos do saber poderiam ser utilizados, desde que o aluno 
tivesse condições de possuí-los para uso individual ou que tenha fácil acesso a eles. 
 
 
15 
Desafios na EAD como: demonstramos nossa capacidade de produzir uma 
educação de qualidade volta para o trabalhador, que não seja tratada como um bem 
econômico, e o trabalhador como “cliente” a quem se deve vender uma mercadoria, 
um conhecimento uma habilidade. 
A EAD deve ser praticada enquanto uma outra opção que se coloca ao 
trabalhador para sua qualificação. Não pode ser encarada simplesmente enquanto 
substitutivo do sistema educacional que está ai, por mais deficiente que esteja 
operando. 
A EAD vem sendo vista por muitos governos como um caminho mais barato, 
que atinge rapidamente a um numero maior de trabalhadores. Temos que combater 
este pragmatismo e fazer da EAD um caminho real de socialização de 
conhecimentos, de democratização dos bens culturais e técnicos produzidos pela 
sociedade e da formação do cidadão. 
No sentido de adentrarmos nessas novas linguagens de comunicação, mas 
sem sermos por elas abafados e anulados, pelo encantamento. Superarmos a 
dimensão produtivista, da individualidade acrítica favorecida pelo vislumbramento do 
indivíduo frente a modelagem de belas verdades. 
Assim, como docentes do Departamento de Saúde da UEFS, sentimos que é 
um projeto viável e que tem resultados positivos, entretanto não podemos fechar os 
olhos para os avanços das novas tecnologias ou permanecer encantados com o seu 
funcionamento. Temos sim, o dever de conhecer as novas tecnologias, entrar no seu 
interior, na sua lógica para que utilizemos no sentido de alcançar nossos fins e 
realizar os nossos projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Desafios do ensino a distância 
 Um problema secundário na educação a distância é a falta de comunicação 
aluno-aluno. As aulas tradicionais geralmente são ministradas em ambientes de 
grupo, onde os alunos podem aprender e compartilhar informações com seus 
colegas. É certo que a metodologia de ensino nas formas anteriores de instrução 
vistas no início do ensino a distância geralmente não dependia de muita interação 
ponto a ponto. 
No entanto, em várias partes do mundo, assuntos como filosofia, idiomas e 
debate foram ensinados com a confiança nas interações ponto a ponto. Sem essa 
interação, os programas de educação a distância serviriam apenas como meios de 
transferência de informações, e não como uma classe verdadeira. 
Para muitos, uma comunidade física de alunos em uma sala de aula 
tradicional é uma fonte importante de motivação, criatividade e comprometimento 
com o aprendizado. No entanto, no ensino a distância, essa comunidade é 
problematizada porque existe no mundo virtual, pelo qual os alunos são estimulados 
a participar de atividades de aprendizado e a um diálogo aberto mediado pela 
passividade do mundo virtual. Este ambiente de aprendizagem carece da conexão 
emocional e física entre os alunos que é cultivada por meio de comunicação verbal e 
não verbal. O processo de aprendizagem, como resultado, é diferente e, em alguns 
casos, mais lento. 
Na maioria dos dias, nossa motivação e compromisso com o aprendizado são 
constantemente testados. Já estive em situações em que não queria, por toda a 
minha vida, concluir uma tarefa porque me sentia exausta e esgotada. Eu só queria 
dormir e comer. Essa é uma experiência comum para muitos alunos, especialmente 
aqueles em um ambiente de ensino a distância. Ainda, nesse ambiente, os 
professores precisam ter o apoio da gerência, para que, por sua vez, possam apoiar 
seus alunos através da personalização do curso e da atenção individual. 
De preferência, isso deve ocorrer através de videoconferência ao vivo - ou 
pelo menos através de e-mails regulares (individuais). Isso mantém os alunos 
envolvidos e permite que os professores forneçam feedback individual e os ajudem a 
 
 
17 
resolver problemas de aprendizagem, além de oferecer aos alunos uma conexão 
humana durante o curso. 
Duas tendências são observadas na literatura sobre o impacto da integração 
de tecnologia na prática pedagógica. A primeira é que, contrariamente às 
expectativas, as abordagens de ensino em contextos de e-learning não estão 
necessariamente sendo transformadas ou alteradas para melhor (Conole, 2007). Em 
vez disso, há uma persistência dos modos tradicionais de ensino e, em alguns 
casos, resistência total à inovação educacional. 
 Em um estudo sobre o uso do AVA por professores de uma universidade na 
Irlanda, Blin & Munro (2008) descobriram que o uso dominante do AVA era para a 
disseminação de materiais relacionados ao curso distribuídos anteriormente pela 
Intranet ou no papel (veja também Sharpe et al. al., 2006). 
Hedberg (2006) cita os resultados da pesquisa indicando que para a maioria 
de mais de 20, Com 000 estudantes e 800 funcionários pesquisados em cinco 
grandes universidades tecnológicas da Austrália, o aprendizado on-line significou o 
fornecimento de informações on-line e discussões não moderadas. 
Kirkwood, observa que “Apesar do enorme investimento em infraestrutura por 
governos e instituições individuais, existem níveis decepcionantes de aceitação, 
engajamento e desenvolvimento limitado de 'comunidades de aprendizagem'” em 
ambos os campus contextos de aprendizagem e DE (2009, p. 109). 
O maior desafio para as instituições de ensino em direção ao ensino a 
distância é adotar uma visão, políticas e procedimentos singulares para a sua 
implementação. Em geral, o planejamento do ensino a distância é focado em 
questões de orçamento e de pessoal, e não nas questões pedagógicas críticas do 
ensino a distância. No entanto, o ODL é muito mais do que apenas um modo ou 
método de ensino; é um campo educacional distinto e coerente, focado em novos 
métodos de entrega com uma filosofia pedagógica. 
 
 
 
 
 
18 
EAD no Brasil 
 Conforme Alves (2009), mesmo antes de a EAD no Brasil estar oficialmente 
aberta ao público em 1904, no final do século XIX, já se ofereciam cursos de 
datilografia a distância, mais especificamente no Rio de Janeiro. 
 Até o início da década de 70, o Brasil se posicionava no ranking mundial 
como um dos países que mais se destacavam quanto ao desenvolvimento da EAD. 
Entretanto, durante a ditadura militar, a censura passou a comandar o cenário 
educacional nacional e, sendo o rádio nesta época, o principal meio de comunicação 
usado na educação a distância, seu desmonte foi o que motivou o Brasil a sair do 
ranking. Após o período de estagnação, que durou cerca de 30 anos, esse país 
retorna ao cenário da educação a distância possibilitando uma nova etapa de 
crescimento nesta modalidade em nível nacional. 
 As fases da EAD no Brasil são marcadas pelo uso dos meios de 
comunicação. Desta forma, vejamos como ocorreu a evolução desta modalidade de 
educação em nível nacional, fazendo a relação com os avanços tecnológicos desses 
meios. Segundo Palhares (2009), a evolução dos meios de comunicação utilizados 
na EAD é caracterizada não por etapas, mas por ondas,uma vez que no processo 
de transição de um meio para outro não há evidências de uma separação estanque, 
ou seja, não há como delimitar a inserção de um novo meio de comunicação e a 
saída do antigo, até porque nesse processo as novas tendências não substituem por 
completo as anteriores, pois elas são complementares. 
 Diante dessa indicação de Palhares (op. cit.), sugerimos uma divisão geral de 
quatro ondas no processo evolutivo da EAD em termos de meios de comunicação, 
tomando por base os quatro meios de comunicação que mais tiveram impacto nessa 
modalidade educacional. Primeiramente a correspondência, depois o rádio, 
seguindo-se a televisão e, por último as NTICs. 
 Palhares (op. cit.) apresenta a correspondência como primeiro meio de 
comunicação usado na EAD, em meados do século XIX. A caracterização do 
processo de ensino- aprendizagem mediado pela correspondência não se dá 
apenas pela emissão do material didático através do correio, mas principalmente 
pela mediação professor-aluno-professor, que ocorre através do envio de cartas. O 
 
 
19 
uso desse meio de comunicação na EAD foi duradouro e seu desaparecimento 
ocorreu na década de 90 do século passado. 
 Na sucessão dos meios de difusão dos cursos da EAD, surge o rádio. No 
Brasil, conforme Alves (2009), este aparato tecnológico passa a ser utilizado pela 
primeira vez, sob o comando do Ministério da Educação, a partir de 1937, através do 
Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. Nesta fase da EAD, 
podemos citar como exemplificação de programas educacionais radiofônicos: A Voz 
da Profecia, fundada pela Igreja Adventista; a Universidade do Ar no Rio de Janeiro 
e em São Paulo; a Fundação Padre Landell de Moura, no Rio Grande do Sul, além 
de algumas escolas radiofônicas criadas pela Igreja Católica, que deram origem ao 
Movimento de Educação de Base, e também o Mobral, que estava vinculado ao 
governo federal e era oferecido à população em nível nacional. 
 Entre as décadas de 60 e 70 os cursos ofertados nesta modalidade de 
educação eram “[...] destinados à alfabetização de adultos, educação supletiva e 
capacitação para o trabalho” e tinham basicamente um “[...] caráter maciçamente 
instrucional [...]” (BIANCO, 2009, p. 56). Como mencionamos anteriormente, devido 
à censura no período da ditadura, o Brasil passou por um longo período de 
estagnação em relação à difusão da EAD através do serviço de radiodifusão, e 
apenas em 1990 é que há uma retomada deste meio de comunicação nesta 
modalidade de educação. Desta vez não apenas o governo, mas também 
instituições não governamentais se empenham em transmitir programas 
educacionais, oferecendo à população não mais cursos regulares complementares 
da educação formal, mas, sim, cursos que tenham como meta principal a construção 
do conhecimento acerca da cidadania, saúde, educação, meio ambiente, cultura e 
empreendedorismo (cf. BIANCO, op. Cit). 
 Posteriormente ao rádio, outro meio de comunicação usado pela EAD é a 
televisão. Segundo Alves (2009), os incentivos para se transmitir programas 
educacionais através desse aparato tecnológico têm início na década de 60. No final 
desta década, o Ministério das Comunicações baixou uma portaria que obrigava as 
emissoras comerciais a disponibilizar um tempo gratuito para a transmissão de 
programas educativos e só em 1990 é que esta obrigatoriedade foi extinta, o que, 
para Alves (op. cit.), significou um grande retrocesso, uma vez que os canais abertos 
 
 
20 
de televisão, a partir de então, passaram a disponibilizar programas educativos em 
horários que não eram acessíveis ao público. 
 A alternativa de solução para este problema é a criação de emissoras de TVs 
fechadas, como por exemplo, as TVs universitárias, o Canal Futura, a TV Cultura e a 
TV Escola. Esta última é mantida pelo governo federal e conforme Alves (op. cit.) 
disponibiliza bons programas para a população. 
 Por fim, na última onda sugerida no início desta subseção, temos a inclusão 
das NTICs. Estas, desde meados de 1995, possibilitam um diferente espaço para a 
efetivação do processo de ensino-aprendizagem da EAD e, de acordo com Maia e 
Mattar (2007), passam a caracterizar a educação a distância online. 
 Segundo Palloff e Pratt (2004), no início da EAD, a preocupação das 
instituições de ensino estava voltada para a orientação aos professores, uma vez 
que o objetivo principal era a simples transmissão de conhecimentos. Contudo, o 
aprimoramento das ferramentas tecnológicas e as recentes exigências do mercado 
de trabalho desviam o foco dos cursos a distância para o aluno. Nas palavras dos 
autores, atualmente “A aprendizagem online, em seu melhor aspecto, está centrada 
e focada no aluno.” (PALLOF e PRATT, op. cit., p. 13), principalmente quando o 
assunto se refere aos cursos de nível superior (graduação e pós graduação). Isto se 
deve ao fato de que nesta fase de estudo, na qual os alunos, na maioria das vezes, 
encontram-se na faixa etária entre o final da adolescência e a idade adulta, há uma 
tendência a autoaprendizagem, ou seja, a heutagogia41. Esta nova perspectiva de 
ensino se baseia na máxima de que a função do professor não é de ensinar, mas de 
“[...] facilitar a aquisição de conhecimento” (op. cit., p.15, grifo das autoras). 
 Em termos de legislação, Gomes (2009) informa que, até meados da década 
de 90, a EAD brasileira era considerada clandestina ou excepcional, pois carecia de 
uma lei que a validasse, garantindo-lhe o “[...] status de modalidade plenamente 
integrada ao sistema de ensino.” (DIAS e LEITE, 2010, p.17). Em 20 de dezembro 
de 1996, com a promulgação da Lei 9.394, estabelecida pela segunda Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), esta modalidade de ensino passa a 
ser reconhecida nacionalmente. Em 10 de fevereiro de 1996, ela é normatizada 
através do Decreto 2.494 que é revogado em 20 de dezembro de 2005 pelo Decreto 
5.622, publicado no Diário Oficial da União (DOU). 
 
 
21 
 É precisamente no Artigo 80º da Lei 9.394/96 que há a referência acerca da 
educação a distância: “O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a 
veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades 
de ensino, e de educação continuada.” Porém, em artigos anteriores (5º, 32º, 36º e 
38º), já há elucidações quanto à utilização desta modalidade de educação, daí 
abrirem-se as possibilidades do seu uso como alternativa complementar para a 
educação nos diferentes níveis de ensino. 
 Antes de nos adentrarmos na questão da EAD nos cursos superiores, foco de 
nossa pesquisa, abordamos de forma resumida a aplicabilidade desta modalidade 
de educação na educação básica no nível fundamental e médio nas escolas 
brasileiras. Maia e Mattar (2007), argumentam que “Ao contrário do que muita gente 
imagina a educação a distância é também utilizada na educação básica” (op. cit., 
p.42). Diferentemente do que ocorre no exterior, como no caso dos Estados Unidos, 
Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, onde escolas de nível básico 
oferecem aos alunos a possibilidade de estudar na modalidade de educação a 
distância, aqui no Brasil, a oferta de EAD para este nível é feita com restrições. De 
acordo com o Decreto 5.622, nos incisos do Artigo 30º, a EAD serve apenas para 
complementar a aprendizagem, e só em casos excepcionais42 é que será permitido 
ao aluno o estudo completo nesta modalidade de educação. Neste Decreto 5.622, 
além de uma nova definição43 para esta modalidade de educação, apresentam-se 
alguns dispositivos referentes ao ensino superior44 e ao corpo docente. 
 Ainda em termos de historicidade não poderíamos deixar de mencionar a 
importância da fundação da ABED, em 1995 e da criação da Secretaria da 
Educação a Distância (SEED), em 1996. A ABED, criada em 21 de junho de 1995 
por um grupo de educadores, é uma sociedade científica sem fins lucrativos que tem 
como finalidade“[...] o estudo, a pesquisa, o desenvolvimento, a promoção e a 
divulgação da Educação a Distância [...]” (cf. regimento da ABED). Essa associação 
tem sede em São Paulo e até meados de 2010 contava com 26 unidades47 de apoio 
distribuídas nas regiões do Brasil e também no exterior, mais especificamente na 
Inglaterra. 
 A criação da SEED pelo Ministério da Educação (MEC), através do Decreto 
1.917 em 27 de maio de 1996, teve como finalidade promover além de “[...] 
 
 
22 
inovações a partir da área tecnológica nos processo de ensino e aprendizagem.”, 
também “[...] a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos 
conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras [...]” (DIAS e LEITE, 2010, p. 
24). Dentre os programas e ações48 desenvolvidos por essa secretaria destacamos: 
(i) o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), criado em 1997 com o 
objetivo de distribuir em nível nacional computadores para todas as escolas 
municipais e estaduais de educação básica localizadas em zonas urbanas e rurais; 
(ii) a biblioteca virtual Domínio Público, lançada em 2004, que é considerada a maior 
biblioteca virtual nacional disponibilizando obras literárias, artísticas e científicas 
através de textos, sons imagens e vídeos e (iii) a Escola Técnica Aberta do Brasil (E-
Tec Brasil), que, criada em 2007, tem a finalidade de oferecer, na modalidade a 
distância, cursos profissionalizantes na área tecnológica. Sua extinção, que ocorreu 
em janeiro deste ano, representou, para Carlos Eduardo Bielschowky49, ex-
secretário deste órgão, uma sinalização de que houve uma qualificação na EAD 
e de que, fundamentado na fala do ministro da educação, Fernando Haddad, não 
mais é viável separar ensino presencial do ensino a distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
EAD: ensino superior no Brasil 
 Ao compararmos a inserção da EAD no ensino superior nacional com a de 
outros países, como é o caso da Inglaterra (Universidade de Londres e a Open 
University criadas em 1836 em 1969, respectivamente); a África do Sul (Univeristy of 
the Cape of Good Hope, fundada em 1873) e a Universidad Nacional de Educación 
na Espanha que funciona desde a década de 1970, percebemos quão recente se dá 
a inserção desta modalidade de educação nas nossas universidades. 
 Segundo Maia e Mattar (2007), no universo das universidades brasileiras, as 
Universidade de Brasília (UnB) é a pioneira na oferta de cursos neste modelo 
educacional. Em 1979, a UnB, através do Programa de Ensino a Distância (PED), 
passa a ofertar o primeiro curso de extensão. Até 2006 esta instituição era 
considerada aquela que tinha o maior número de alunos nesta modalidade de 
educação (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, 2007, p. 
40), sendo ultrapassada atualmente pela Universidade de Gama Filho, localizada 
também no Distrito Federal (Censo EAD, 2009, p. 91). 
 Na esfera do ensino superior, Kipnis (2009) comenta que, a Universidade 
Federal do Mato Grosso (UFMT) que, em 1995, criou o curso de Licenciatura em 
Pedagogia a distância, é uma das instituições pioneira na oferta de cursos de 
graduação em EAD em nível nacional. Seguindo esta proposta de formação de 
professores em curso superior a distância, em 2000, a Universidade Estadual de 
Ponta Grossa (UEPG) juntamente com a Universidade Eletrônica do Brasil (UEB) 
disponibilizaram à população docente atuantes na rede pública a oportunidade de 
cursar uma graduação na modalidade a distância, através do Curso Normal 
Superior. Outro exemplo de oferta de curso de graduação para a formação de 
professores em exercício é a UnB que, conforme Kipnis (op. cit.), conseguiu formar, 
aproximadamente, mil docentes da rede pública. Ainda na década de 90, outras 
universidades passaram a disponibilizar cursos de pós-graduação, dentre elas a 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que ofereceu em 1996, um 
programa de pós-graduação na modalidade EAD, no departamento de Engenharia 
de Produção. 
 Em nível regional, mais especificamente no Estado da Paraíba, as 
universidades Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e UEPB respectivamente, 
 
 
24 
também disponibilizam cursos nesta modalidade de ensino. A UFPB oferece, além 
dos cursos de graduação (Licenciatura em Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, 
Ciências Naturais, Matemática, Letras, Letras Libras e Pedagogia), cursos de 
aperfeiçoamento (Educação de Jovens e Adultos, Educação em Direitos Humanos, 
Educação de Jovens, Produção de Material Didático e Educação em Saúde), e de 
pós-graduação (especialização em Gestão Pública Municipal), além de projetos de 
implantação, no ano em curso, de especialização em Gestão de Políticas Públicas 
de Gênero e Raça, Educação no Campo e Estatuto da Criança e do Adolescente. A 
UEPB, por sua vez, contexto de nossa pesquisa, disponibiliza cursos de licenciatura 
e de especialização. Na próxima subseção, trataremos com mais detalhes sobre a 
inserção da EAD na UEPB. 
 Com o objetivo de difundir a educação superior, o MEC instituiu os sistemas 
UAB e PAR. O Sistema UAB, criado em 2006, através do decreto 5.800, pelo MEC 
juntamente com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de 
Ensino Superior (ANDIFES) e empresas estatais, é uma política pública que objetiva 
prioritariamente expandir a educação superior no Brasil, através da formação de 
professores da Educação Básica na modalidade da educação a distância. Além 
desta meta, este sistema, que tem a Diretoria de Educação a Distância (DED) como 
seus principais articuladores, também se responsabiliza pela avaliação da educação 
superior na modalidade EAD. 
 A UAB, esclarecem Dias e Leite (2010), não é uma nova instituição de ensino 
superior na modalidade de educação a distância. É um sistema responsável 
sobretudo por proporcionar uma articulação das universidades municipais, estaduais 
e federais para a criação de cursos superiores que atendam à demanda da 
população de cada região. Ao propor a criação de cursos a distância, as 
universidades têm seus projetos apreciados e avaliados por especialistas que 
determinam a viabilidade ou não da instalação dos cursos solicitados, nas 
instituições interessadas; também são analisadas as condições de instalação de 
polos para apoio das fases presenciais da EAD. Estes polos são espaços físicos que 
se localizam nas cidades onde há carência de oferta de cursos de graduação, e 
devem disponibilizar uma estrutura compatível à demanda de alunos que residem na 
região em que o polo se localiza. Estes espaços devem oferecer não só os 
elementos físicos (biblioteca e computadores conectados à Internet), como também 
 
 
25 
os recursos humanos, como tutor e coordenação. Com base no portal do MEC 
atualmente, cerca de 88 instituições federais e estaduais (universidades e institutos), 
integram este sistema. 
 Quanto ao segundo sistema – o PAR –, trata-se de um instrumento de 
planejamento educacional que deve ser elaborado por municípios e estados com o 
objetivo de trazer melhoria para o ensino do país. Ao aderir ao Plano de Metas 
Compromisso Todos pela Educação51, as unidades federativas interessadas devem 
identificar não só as metas que devem ser alcançadas num prazo de quatro anos, 
como também dados que apontem as necessidades educacionais de cada 
localidade para que, a partir destas informações, o PED possa disponibilizar apoio 
financeiro e técnico aos órgãos educacionais responsáveis pela administração do 
PAR. 
 Atualmente os cursos da UEPB que funcionam na modalidade a distância 
estão vinculados a UAB e ao PAR. O curso de Letras, foco de nossa pesquisa, em 
seu início tinha apenas a UAB como sistema articulador de funcionamento. 
Entretanto, no começo do primeiro semestre de 2010, a grande quantidade de 
alunos matriculados, fez a universidade aderir ao PAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
A docência na EADA reflexão inicial desta seção gira em torno da ausência/presença da figura do 
docente nos documentos oficiais. Na definição de educação a distância apresentada 
no Decreto 2.494- 98 (vide p. 50), o termo professor está ausente, e esta 
modalidade de educação é identificada como uma atividade de autoaprendizagem. 
Já no Decreto 5.622-05 (vide p. 53), há a exclusão deste termo e a inclusão da 
figura do docente, juntamente com a do aluno, como principais atores desse 
processo. Diante dessa constatação, podemos supor que, até 2005, não se dava 
importância à mediação do professor no processo de ensino-aprendizagem da 
modalidade EAD. 
 Ainda em termos de legislação, ao compararmos esses dois decretos, 
percebemos também a inserção do termo tecnologias da informação e comunicação 
(TICs), que antes não aparecia. Assim estes elementos – professor e TICs – são 
vitais no novo conceito de EAD, portanto de igual relevância para a caracterização 
desta modalidade de educação. 
 É evidente que o surgimento das NTICs deu abertura para a expansão da 
comunicação humana em todos os âmbitos sociais, seja econômico, político, 
religioso e também educacional. Em relação a este último, estas ampliações 
interativas, viabilizadas por diferentes instrumentos virtuais disponibilizados nas 
plataformas de ensino das instituições que trabalham com a EAD, segundo Teles 
(2009), revelam: novas práticas de ensino, as quais nos levam a novas reflexões 
sobre o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem. Na sala de aula 
virtual, o ambiente é diferente do presencial [...]. Também mudam as noções de 
espaço geográfico e de tempo. 
 Diante dessas considerações, Teles (op. cit.) faz alguns questionamentos 
“Como é o processo de ensino nesse novo ambiente e qual é o papel do professor 
nele?” (op. cit., p. 72). A segunda inquietação mencionada pelo autor é comum para 
a maioria dos estudiosos que se encontram envolvidos com a educação a distância, 
como é o caso de Berge e Collins (1996), Gonzalez (2005), Maia e Mattar (2007), 
Bentes (2009) e Dias e Leite (2010). 
 
 
27 
 Conforme Teles (op. cit.), há diferentes modelos que propõem uma 
categorização das responsabilidades pedagógicas na docência da EAD. Para 
justificar sua afirmação, ele cita Manson (1989) e Berge e Collins (1996). Vejamos no 
quadro a seguir, como se posicionam estes autores quanto às atividades docentes 
da EAD: 
Tipos de atividades docentes da EAD 
 
 
 Considerando as atribuições listadas nesse quadro, percebemos que na fase 
contemporânea da EAD, o professor deve ser um profissional com múltiplas 
habilidades, bem diferente das concepções anteriores, em que sua função se 
resumia à transmissão de conhecimentos. Ainda considerando a visão de Berge e 
Collins (op. cit.) a diferenciação principal da concepção atual em relação à anterior 
está no fato de que o docente da EAD também é responsável pelo suporte técnico a 
ser dado ao aluno, embora eles façam a ressalva de que essas atribuições não 
devem ser direcionadas a um único professor. Porém, na prática percebemos que, 
apesar dessa observação, quem designa as atribuições ao professor na maioria das 
vezes espera que um único indivíduo cumpra com todas elas. 
 Dias e Leite (2010) também destacam a diferença quanto à responsabilidade 
do professor da EAD em comparação daquele da modalidade presencial, e reforçam 
que a figura do professor assume um valor coletivo nesta modalidade de educação. 
Argumentam os autores que: existe uma certa indefinição quanto ao papel e funções 
do professor a distância. Na complexa tarefa de educar a distância surgem outras 
 
 
28 
tarefas distintas daquelas existentes no meio presencial: o “autor”, que seleciona 
conteúdos; o “tecnólogo educacional” [...], que organiza o material pedagógico; o 
“artista gráfico” que trabalha sobre a arte visual e final do texto/material; o 
“programador” etc. Neste sentido, a característica principal do ensino a distância é a 
de “transformação do professor de uma entidade individual em uma entidade 
coletiva (BELLONI, 1999, p. 81, grifo do autor)” (op. cit., p. 65). 
 Face às especificações das tarefas apresentadas por Dias e Leite (2010), e 
das quatro responsabilidades indicadas por Berge e Collins, (1996), podemos 
visualizar diferentes profissionais desempenhando diferentes funções que não estão 
relacionadas à execução da atividade de docência propriamente dita, isto é, às 
tarefas relativas à explicação de conteúdo, correção de avaliações, mediação de 
discussões etc, somam-se as do tecnólogo educacional, do artista gráfico e do 
programador. Assim, diante dessas novas atribuições do professor da EAD, é visível 
a necessidade de se traçar um novo perfil desse docente. 
 Como nossa pesquisa se centra no papel do tutor da EAD, reservamos a 
próxima subseção para o aprofundamento da discussão em torno das atribuições 
reservadas a essa categoria de profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
A tutoria na EAD 
 Conforme vimos anteriormente, na atual conjuntura da educação a distância, 
as atividades que permeiam o processo de ensino-aprendizagem da EAD não se 
resumem à simples disponibilização de material didático ao aluno ou ao atendimento 
deste pelos profissionais do curso em um espaço on-line, identificado como sala de 
aula virtual. Antes, durante e após esta fase, há inúmeras outras tarefas que, 
segundo Chadwick e Rojas (1980, apud NISKIER, 2000), devem ser 
desempenhadas por diferentes sujeitos, que compõem um grupo de profissionais 
especialistas em diferentes áreas, tais como: analista de sistemas educativos; 
analista de sistemas de instrução; planejador; produtor de materiais; psicólogo, 
avaliador e perito em medidas (op. cit., p. 389). 
 Todas essas diferentes especialidades profissionais necessárias ao 
funcionamento eficiente de cursos da EAD, objetivam, acima de tudo, a satisfação 
das necessidades do aluno virtual. Palloff e Pratt (2004) com base em Strong e 
Harmon (1997), acrescenta às novas exigências feitas pelo aluno que procura um 
curso desta natureza, esta outra: a interação humana. 
 À medida que os atuais cursos a distância oferecem uma abordagem 
centrada no aluno e defendem que o conhecimento não pode ser transmitido, mas 
sim construído através de uma relação de interatividade, não só entre professor-
aluno como também entre aluno-aluno, observamos a importância que o professor 
assume na esfera virtual para garantir a eficácia destes cursos. 
 Dentre os diversos tipos de docentes, conforme classificados por Dias e Leite 
(2010), observamos que a responsabilidade maior para com a prática da interação 
recai sobre o tutor, uma vez que ele é o profissional que está diretamente em 
contato com o aluno e que desempenha diferentes atribuições no exercício da sua 
profissão. 
 Segundo Gonzalez (2009), cabe ao o tutor: mediar todo o desenvolvimento do 
curso. É ele que responde a todas as dúvidas apresentadas pelos estudantes, no 
que diz respeito ao conteúdo da disciplina oferecida. A ele cabe mediar a 
participação dos estudantes nos chats, estimulá-los a participar e a cumprir suas 
tarefas, e avaliar a participação de cada um. (op. cit., p. 40). 
 
 
30 
 Essa diversidade de tarefas desempenhadas pelo tutor da EAD ao mesmo 
tempo que revela a importância deste profissional nesta modalidade de ensino faz-
nos debruçar sobre seu fazer pedagógico com o intento de compreender seu 
trabalho e possivelmente trazer contribuições para os que estão envolvidos nesse 
contexto. É sobre esse fazer que versa a subseção a seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
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