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Curso de Engenharia Civil para Concursos

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2 
 
APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO ......................................................................................... 4 
Fundações Profundas .............................................................................................................................. 7 
Classificação de estacas e tubulões ................................................................................................................... 7 
Classificação de tubulões .............................................................................................................................................. 8 
Classificação de estacas ............................................................................................................................................... 9 
Execução de Tubulões ...................................................................................................................................... 17 
Tubulão a céu aberto .................................................................................................................................................. 17 
Tubulão a ar comprimido ........................................................................................................................................... 21 
Execução de Estacas ......................................................................................................................................... 28 
Estaca Franki .............................................................................................................................................................. 28 
Estaca Strauss ............................................................................................................................................................. 35 
Estaca escavada sem fluido estabilizante .................................................................................................................. 40 
Estaca escavada com fluido estabilizante .................................................................................................................. 41 
Estaca hélice contínua ................................................................................................................................................ 45 
Estaca raiz ................................................................................................................................................................... 46 
Microestaca ................................................................................................................................................................ 48 
Estaca de reação (mega ou prensada) ....................................................................................................................... 52 
Estaca de madeira ...................................................................................................................................................... 54 
Estaca metálica........................................................................................................................................................... 56 
Estaca pré-moldada de concreto ................................................................................................................................ 59 
Lista de questões .................................................................................................................................. 94 
Referências bibliográficas .................................................................................................................... 115 
Considerações Finais das Aulas ............................................................................................................ 116 
GABARITO ........................................................................................................................................... 117 
 
 
 
 
 
 
3 
 Ao final dessa aula, você terminará a preparação de fundações, conhecendo 
profundamente uma das principais áreas da engenharia. Tenha disciplina nos estudos, planeje, revise o conteúdo e 
confie em você. Você concurseiro tem uma dignidade muito grande e, com muito estudos, merece muito mais do 
que passar em grandes concursos! Parabéns por ter chegado até aqui! 
 
 
 
 
 
 
 
4 
APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO 
Olá, amigo do Estratégia Concursos, tudo bem? 
É um prazer iniciar essa jornada com você nesse curso de Engenharia Civil focado em concursos de 
alto nível do país. Faremos uma breve apresentação de nossas origens: 
-Jonas Vale Lara: Sou engenheiro do Tribunal de Contas do estado de Minas Gerais, tendo 
sido aprovado em 1º lugar no concurso de 2018. Tenho formação em engenharia civil na 
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e fiz mestrado em Saneamento. Atuei em 
obras no Brasil e no exterior e sou um apaixonado por esportes e natureza. 
-Lineker Max Goulart Coelho: Sou Professor do CEFET-MG, fui aprovado em 4 concursos na 
área de engenharia e em 4 concursos para professor em instituições superiores federais. 
Formei em engenharia civil na UFMG, e fui agraciado com a medalha de ouro dos formandos 
de 2011. Além disso, atuei em obras de grande porte na parte de projetos, tendo 
especialização em engenharia de estruturas e fiz mestrado e doutorado em Saneamento, 
Meio Ambiente e Recursos Hídricos. 
Buscamos fazer um material objetivo e fácil de ler, para que você não só aprenda o que tem em cada 
apostila, mas também para que goste de ler todas as páginas. Afinal, o estudo é um parceiro seu, e 
não um inimigo. Queremos que qualquer pessoa possa ser um grande engenheiro dos concursos, de 
forma que esse curso seja um trampolim para uma vida muito melhor. 
A sociedade espera muito de você! Sabia que o conhecimento que passamos é muito melhor do que 
você viu na universidade e, no final, você vai concluir que fez uma pós-graduação de altíssimo nível. 
Você estará acima de outros engenheiros que não fizeram esse curso, pois o diploma não significa 
nada na hora da prova. O que conta é a preparação para o concurso; é cada página que você terá 
lido e entendido que resultará no resultado final em um concurso. 
Lembre-se: não há conhecimento já produzido que seja impossível de entender! 
Quando a matéria parecer cansativa, dê um tempo ao seu cérebro, tente andar um pouco no local 
onde você está, pense em outras coisas, fazendo uma pausa de uns 5 minutos. Depois retorne para 
os estudos, que já estará com a cabeça mais fresca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
O nosso curso será dividido nas seguintes aulas: 
AULAS TÓPICOS ABORDADOS 
00 Fundações - Parte I 
01 Fundações - Parte II 
02 Fundações - Parte III 
03 Concreto – Parte I 
04 Concreto – Parte II 
05 Concreto – Parte III 
06 Concreto armado - Parte I 
07 Concreto armado - Parte II 
08 Construção: organização do canteiro de obras - NR18 
09 Orçamento de obras 
10 Estruturas metálicas 
11 Planejamento de Obras 
12 Instalações Elétricas 
13 Instalações Hidrossanitárias 
14 Fiscalização de obras 
15 Obras hídricas 1 - Drenagem pluvial 
16 Obras hídricas 2 - Abastecimento de Água 
17 Obras hídricas 3 - Tratamento de água 
18 Obras hídricas 4 - Coleta de esgoto 
19 Obras hídricas 5 - Tratamento de esgoto 
Mãos à obra rumo ao sucesso? 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
Vamos juntos nessa aventura? 
 
Um grande abraço, 
Jonas e Lineker 
Para tirar dúvidas, não perca tempo, acesse nosso fórum de dúvidas! Buscaremos 
responder com o máximo de clareza e rapidez! 
 
 
 
 
 
 
7 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
CLASSIFICAÇÃO DE ESTACAS E TUBULÕES 
Na aula anterior vimos que as fundações profundas ou indiretas podem ser divididas basicamente 
em dois grupos: estacas e tubulões. 
• As estacas são elementos de fundação profunda executados por equipamentos ou, em 
alguns casos, por ferramentas (Figura 7), mas sem que em qualquer fase de sua execução 
ocorra trabalho manual em profundidade. Nasestacas normalmente a resistência de fuste é 
a principal responsável pela capacidade de carga da fundação. Em contrapartida, a 
resistência de ponta atua como um adicional de segurança. Todavia, essa afirmação não se 
trata de uma regra geral, pois em alguns tipos de estacas a resistência de ponta pode ser a 
principal responsável por resistir aos esforços a que a fundação está submetida. (Figura 1); 
• Os tubulões são elementos de fundação escavados manualmente ou com maquinário e que 
ao menos na etapa final há necessariamente a descida de um operário ao fundo da escavação 
para realizar o alargamento da base e/ou a limpeza do fundo. Nos tubulões a resistência de 
ponta é preponderante quanto à capacidade de carga da fundação (Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Figura 1: Esquema de fundações profundas: tubulão e estaca 
Estes dois grupos apresentam variantes as quais se diferenciam quanto às situações em que se 
aplicam e principalmente quanto ao procedimento utilizado na execução da fundação. 
Então, agora iremos conhecer em detalhes os tipos de tubulões e estacas. 
Classificação de tubulões 
Os tubulões podem ser divididos em dois tipos: tubulões a céu aberto e tubulões a ar comprimido. 
• O tubulão a céu aberto é utilizado quando a fundação está acima do lençol freático. Neste 
caso, a fundação é executada a pressão atmosférica e não há necessidade de revestimento 
(encamisamento) da área escavada (Figura 2). 
• O tubulão a ar comprimido é utilizado quando a cota de assentamento da fundação está 
abaixo do nível do lençol freático (abaixo do NA) e não é possível fazer o rebaixamento do 
lençol freático. Nesse caso o tubulão é executado com camisa metálica ou de concreto para 
proteção da área escavada. Além disso, no interior da escavação do tubulão é aplicado ar 
comprimido de modo a evitar que a água do lençol freático penetre no furo e atrapalhe a 
escavação e concretagem. Sendo assim, durante a execução, o interior do tubulão fica isolado 
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9 
da atmosfera externa com o uso do revestimento e de uma campânula no topo da escavação 
(Figura 2). 
 
A campânula utilizada durante a execução do tubulão a ar comprimido funciona como uma cápsula 
dentro da qual é aplicado ar comprimido de modo que a pressão no interior da campânula e do 
tubulão que está sendo escavado seja superior à pressão atmosférica. Existem aberturas 
denominadas cachimbos no revestimento e na campânula do tubulão, que permitem retirar solo do 
interior da escavação e, então, inserir a armadura e o concreto no interior do tubulão. 
 
Figura 2: Tipos de tubulão 
Classificação de estacas 
No caso das estacas há uma variedade ainda maior de tipologias sendo que cada uma apresenta 
vantagens e desvantagens conforme será detalhado na próxima seção. De modo geral as estacas 
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10 
podem ser classificadas, quanto ao tipo de resistência predominante, em dois grupos: estacas de 
ponta e estacas flutuantes. 
Embora já tenhamos visto em aula anterior, nas estacas flutuantes a resistência da estaca é 
proveniente principalmente do atrito lateral entre a estaca e o solo. Nesse caso o atrito lateral 
mobilizado ao longo do fuste da estaca resulta em uma resistência superior a resistência de ponta. 
Isso ocorre quando o solo da cota de assentamento não é muito resistente ou quando as camadas 
de solo resistentes se encontram a elevadas profundidades, o que requer estacas de comprimento 
elevado, resultando em grande área lateral para mobilizar atrito. A denominação flutuante é 
utilizada, porque não é o apoio da ponta da estaca que garante sua sustentação, mas sim seu atrito 
lateral. Sendo assim, é como se a estaca estivesse “flutuando”, já que o esforço que é exercido pela 
ponta da estaca no solo de fundo é bem pequeno se comparado ao resistido pelo atrito lateral. 
Já nas estacas de ponta a maior parcela da resistência é proveniente do contato entre ponta da 
estaca e a camada de solo da cota de assentamento. As estacas de ponta normalmente atravessam 
camadas de solo de baixa resistência ou camadas alternadas de solos fracos e resistentes até 
atingirem uma camada espessa de solo com resistência elevada o suficiente para suportar as cargas 
da estrutura. 
As estacas podem também ser classificadas quanto ao local de sua fabricação, havendo neste caso 
dois grupos: estacas pré-fabricadas (ou pré-moldadas) e as estacas moldadas in loco. 
As estacas pré-moldadas são fabricadas previamente à execução da fundação e em local diferente 
de onde ela será empregada. As estacas pré-moldadas são fabricadas em indústrias especializadas e 
depois levadas para o local onde serão instaladas. São exemplos de estacas pré-fabricadas: as 
estacas metálicas, as estacas de madeira, as estacas pré-fabricadas de concreto, e as estacas de 
reação (mega ou prensada). 
Já as estacas moldadas in loco são produzidas no local em que a fundação será instalada, utilizando 
o próprio furo da fundação como molde para o concreto ou argamassa. Nesse caso, após sua 
execução deve-se aguardar que o concreto ou argamassa atinja uma resistência mínima para que a 
fundação possa receber as cargas da estrutura. São exemplos de estacas moldadas in loco: estaca 
Franki, Strauss, raiz, escavada, barrete, hélice contínua, a trado e microestaca. 
Outra forma de classificar as estacas é com relação ao procedimento de instalação das fundações. 
Nesse caso existem dois grupos: estacas escavadas e estadas cravadas. 
• As estacas escavadas (Figura 3) são executadas realizando-se o furo por retirada do solo. 
Nesse caso faz-se uma escavação manual ou mecânica do solo para criação de um furo com 
diâmetro e profundidade adequado. São exemplos dessa técnica: estaca escavada, estaca 
barrete, a trado, hélice contínua, raiz, microestaca e Strauss. 
• Nas estacas cravadas (Figura 3), por sua vez, o furo não é feito por retirada solo, mas sim por 
deslocamento do solo através da cravação da própria estaca no terreno ou de algum 
elemento provisório de furação (camisa metálica), o qual força o solo se deslocar à medida 
que o corre a penetração da estaca no terreno. Por isso as estacas cravadas são também 
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denominadas estacas de deslocamento. A cravação pode ser realizada por percussão, 
prensagem ou vibração. São exemplos de estacas cravadas: Franki, estaca de madeira, 
metálica, estaca pré-fabricada de concreto e estacas de reação (mega ou prensada). 
O método mais comum de cravação é a percussão. Neste caso a cravação é realizada utilizando um 
equipamento que aplica golpes no topo da estaca forçando a penetração desta no solo. Esses golpes 
são aplicados por meio de um martelo, o qual consiste em um cilindro metálico de peso elevado que 
é solto em queda livre a uma certa altura acima do topo da estaca. O peso do martelo de cravação 
não é constante para um determinado equipamento e varia de acordo com o tipo de estaca e com 
as características do solo. 
Uma vantagem da estaca cravada em relação à escavada refere-se à mobilização da resistência por 
atrito lateral. No caso da cravação, o furo é gerado pela própria estaca, que força a abertura do 
terreno para sua penetração, mobilizando a resistência lateral já na fase de implantação da 
fundação. Diferentemente, na estaca escavada, inicialmente remove-se o solo, criando o furo e em 
seguida o material (concreto ou argamassa) que irá formara estaca é introduzido dentro da 
escavação. Nessa fase inicial quase não há mobilização de atrito entre solo e estaca escavada, pois 
a interação entre eles ocorre de maneira suave com retirada de solo e introdução de material no 
furo. Sendo assim, no caso de estacas escavadas o atrito lateral entre solo e estaca será mobilizado 
apenas quando a estaca sofrer o recalque ao receber as cargas da estrutura. Por isso, dizemos que 
o atrito lateral entre solo e estaca é mobilizando de maneira muito mais efetiva em estacas cravadas 
do que em estacas escavadas. 
Por outro lado, a principal desvantagem das estacas cravadas em relação às estacas escavadas está 
ligada aos ruídos e vibrações gerados na cravação. Durante a cravação a percussão há geração de 
ruído excessivo que pode gerar incômodos sonoros na vizinhança. Além disso, a cravação produz 
vibrações no terreno que podem afetar as edificações adjacentes à área de execução da fundação, 
gerando trincas nas paredes, quebra de vidros ou até afetando a integridade estrutural das 
edificações vizinhas. A cravação por prensagem ocorre por meio de macacos hidráulicos que 
pressionam a estaca contra o solo forçando a sua penetração no terreno. A cravação por vibração 
ocorre com o uso de um martelo vibratório que acaba transmitindo uma vibração vertical para a 
estaca e promovendo pouco a pouco sua penetração no solo. 
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Figura 3 : Classificação de estacas quanto ao procedimento de instalação das fundações. 
 
O impacto da execução de estacas cravadas nas edificações vizinhas é um tema bastante recorrente 
em questões de concursos. Sendo assim, é muito importante se lembrar que o processo de cravação 
gera ruídos e vibrações que podem afetar as áreas adjacentes à obra. O ruído excessivo gera 
poluição sonora e incomoda a população próxima à área de execução da fundação. As vibrações do 
terreno podem afetar a estrutura de edificações vizinhas e gerar trincas em paredes ou quebra de 
vidros. Sendo assim, em áreas em que há prédios históricos ou edificações com estruturas frágeis, 
o uso de fundações por cravação não é recomendado, pois neste caso o risco de afetar as edificações 
vizinhas é alto. 
Apresenta-se a seguir um esquema que resume os vários tipos e classificações das fundações 
profundas. Detalhes sobre a execução de cada tipo de tubulão e estaca serão apresentados nas 
próximas seções. 
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13 
 
 
Classificação de 
fundações 
profundas
Tubulão
Classificação quanto 
ao procedimento de 
implantação
Tubulão a céu aberto
Tubulão a ar comprimido
Estaca
Quando ao tipo de 
resistência 
predominante
Estaca 
flutuante
Estaca de 
ponta
Classificação quanto 
ao procedimento de 
implantação
Estaca 
cravada
Estaca Franki
Estaca de madeira
Estaca metálica
Estaca Prancha
Perfil I ou H
Trilhos
Tubo
Estaca pré-moldada de concreto
Estaca de reação (mega ou 
prensada)
Estaca simplex
Estaca 
escavada
Estaca escavada sem fluido 
estabilizante
Estaca escavada com fluido 
estabilizante
Estacão
Barrete
Estaca Hélice contínua
Estaca raiz
Estaca Strauss
Microestaca
Classificação quanto 
ao local de fabricação
Estaca 
pré-
moldada
Estaca de madeira
Estaca metálica
Estaca Prancha
Perfil I ou H
Trilhos
Tubo
Estaca pré-moldada de concreto
Estaca de reação (mega ou 
prensada)
Estaca 
moldada 
in loco
Estaca escavada sem fluido 
estabilizante
Estaca escavada com fluido 
estabilizante
Estacão
Barrete
Estaca Franki
Estaca Hélice contínua
Estaca raiz
Estaca simplex
Estaca Strauss
Microestaca
 
 
 
 
 
 
14 
 
CESPE – MPU – Analista – Perícia – Eng. Sanitária - 2010 
As fundações de uma edificação devem suportar as cargas da estrutura com segurança e 
adequar-se a fatores tais como o topográfico, o maciço de solos e os aspectos técnicos e 
econômicos da construção. Com base nos conceitos de fundações, julgue o item. 
Tubulão a céu aberto é um elemento de fundação de forma cilíndrica, que pode ser escavado 
manualmente e executado abaixo do nível da água no terreno. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
O tubulão a céu aberto pode ser escavado manualmente, porém não pode ser executado 
abaixo do nível d’água. Para este último caso, é necessário o emprego de tubulões executados 
a ar comprimido. A afirmativa está errada. 
Gabarito: “errado”. 
FGV - ALERO – Ana. Legislativo - Eng. Civil - 2018 
Em uma obra de um viaduto, através das sondagens do solo, o projetista verificou a 
necessidade de utilização de fundações profundas. As opções a seguir apresentam exemplos 
de fundações profundas, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Estaca raiz. 
b) Tubulão. 
c) Sapata. 
d) Estaca Franki. 
e) Estaca Strauss. 
Comentários: 
As estacas e os tubulões pertencem à categoria das fundações profundas. Já os blocos, radiers 
e sapatas consistem em fundações diretas ou superficiais. 
Gabarito: “c”. 
 
 
 
 
 
 
15 
PR4 - UFRJ – Mestre em Edificações e Infraestrutura - Geral – 2016 - Adaptada 
Sobre a conceituação, os tipos e critérios de escolha de fundações de edificações, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
a) As fundações profundas são aquelas cujas bases são implementadas a uma profundidade 
superior a oito vezes sua menor dimensão e a, pelo menos, 3 metros de profundidade. 
b) Em solos granulares compactos, com edificações estruturalmente vulneráveis na vizinhança, 
as estacas tipo Franki Standard (sem escavação prévia do terreno) são as mais adequadas. 
c) Podem ser consideradas fundações superficiais: bloco, sapata, sapata corrida, viga de 
fundação, grelha, sapata associada, radier. 
d) Podem ser consideradas fundações profundas: estacas (cravadas ou escavadas), tubulões (a 
céu aberto ou a ar comprimido) e caixões. 
e) Nas zonas urbanas, além dos dados da estrutura a construir e do tipo de solo, as condições 
dos vizinhos constituem, frequentemente, o fator decisivo na definição da fundação. 
Comentários: 
O item “a” está correto, pois conforme apresentado na aula anterior de fundações, as 
fundações profundas são aquelas cujas bases são implementadas a uma profundidade superior 
a oito vezes sua menor dimensão e a, pelo menos, 3 metros de profundidade. 
O item “b” está incorreto, pois as estacas cravadas tais como as do tipo Franki não são 
recomendadas para áreas de edificações estruturalmente vulneráveis na vizinhança, tendo em 
vista que sua execução gera vibrações durante o procedimento de cravação. 
O item “c” está correto, pois conforme apresentado na primeira aula de fundações, os 
elementos: bloco, sapata, sapata corrida, viga de fundação, grelha, sapata associada e radier 
são exemplos de fundações superficiais. 
O item “d” está correto, pois conforme apresentado na primeira aula de fundações e também 
nesta, os seguintes elementos são exemplos de fundações profundas: estacas (cravadas ou 
escavadas), tubulões (a céu aberto ou a ar comprimido) e caixões. 
O item “e” está correto. Conforme apresentado nesta seção, as condições dos vizinhos 
constituem muitas vezes o fator decisivo na definição da fundação. Isso porque fundações que 
requerem processos que geram muita vibração podem gerar ruídos e danificar edificações 
vizinhas, causando incômodos e prejuízos à vizinhança. Dessa forma, fundações deste tipo não 
são recomendadas em áreas com edificações frágeis e edifícios históricos. 
Gabarito: “b”. 
 
 
 
 
 
 
16 
FCC –TRT 12 – Ana. Judiciário – Eng. Civil - 2013 
De acordo com a metodologia de execução as estacas para fundação podem ser pré-moldadas 
ou moldadas in loco. Entre as estacas do tipo moldadas in loco NÃO se pode citar: 
a) raiz. 
b) Strauss. 
c) metálica. 
d) barrete. 
e) Franki. 
Comentários: 
Conforme mostrado nesta seção, as estacas do tipo raiz, Strauss, barretee Franki são de 
concreto armado sendo todas elas moldadas in loco sendo que cada uma apresenta um 
procedimento de execução diferente. A estaca metálica, entretanto, é uma estaca pré-
moldada cuja execução consiste na cravação de um perfil metálico. Sendo assim, a resposta 
“c” é a alternativa correta. 
Gabarito: “c”. 
CESPE – MPU – Analista – Perícia – Eng. Sanitária - 2010 
As fundações de uma edificação devem suportar as cargas da estrutura com segurança e 
adequar-se a fatores tais como o topográfico, o maciço de solos e os aspectos técnicos e 
econômicos da construção. Com base nos conceitos de fundações, julgue o item. 
Estacas pré-moldadas são elementos de fundação que podem ser cravados no terreno pelos 
métodos de percussão, prensagem ou vibração. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
Conforme visto nesta seção, as estacas pré-moldadas são elementos de fundação profunda 
que podem ser cravados utilizando métodos de percussão, prensagem e vibração. A afirmativa 
está correta. 
Gabarito: “certo”. 
 
 
 
 
 
 
17 
EXECUÇÃO DE TUBULÕES 
Nesta seção serão apresentados os procedimentos para a execução de tubulões a céu aberto e a ar 
comprimido. 
Tubulão a céu aberto 
O procedimento de execução de um tubulão a céu aberto inicia-se pela escavação do terreno, a 
qual pode ser realizada manualmente ou com auxílio de equipamentos. Em função das 
características do solo pode ser necessário o uso de revestimento do furo com elementos metálicos 
(encamisamento do furo), visando evitar desmoronamento da escavação. No caso de escavação 
mecânica, são utilizados normalmente trados acionados por perfuratrizes. A escavação ocorre até 
que se atinja a cota de assentamento (cota de fundo) do tubulão (Figura 4). 
 
Figura 4: Etapas na execução de um tubulão a céu aberto. 
Em seguida é realizado o alargamento da base do tubulão caso esta esteja prevista em projeto. Esse 
procedimento é executado manualmente com a descida de operário até o fundo da escavação ou 
mecanicamente. Essa etapa é fundamental para o adequado funcionamento do tubulão, pois é o 
alargamento da base que permite aumentar a capacidade de suporte do tubulão e garantir que a 
resistência de ponta prevista em projeto seja atendida. 
Um operário deverá obrigatoriamente descer ao fundo do tubulão, mesmo no caso em que não 
esteja previsto o alargamento da base ou quando o alargamento for realizado mecanicamente. 
Nesses casos, a atividade do operário será apenas de limpeza do fundo, removendo material solto. 
De acordo com a NBR 6122, é proibido o trabalho simultâneo em bases alargadas cuja distância, de 
centro a centro, seja inferior a 2,5 vezes o diâmetro da maior base. 
Para garantir que o alargamento da base e a limpeza do fundo do tubulão sejam executados 
adequadamente, a NBR 6122 exige que um profissional habilitado desça ao fundo da fundação para 
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18 
inspecioná-la, devendo verificar in loco a capacidade suporte do material de apoio da base do 
tubulão. Nessa etapa, pode-se utilizar o auxílio de equipamentos como o penetrômetro de barra 
manual, que mede a compactação do solo. 
Além disso, no caso de obras públicas, para a liberação da concretagem é comum a exigência de que 
a fiscalização deva descer ao fundo do tubulão para verificar se a limpeza e alargamento da base 
foram executados conforme previsto em projeto. Assim, é comum que em concursos o 
procedimento de inspeção do fundo do tubulão seja associado à fiscalização. 
 
De acordo com a NBR 6122, se estiver previsto o alargamento da base no projeto do tubulão, seja 
ele a céu aberto ou a ar comprimido, este deve ter a forma de tronco de cone e deve possuir uma 
base cilíndrica maior ou igual a 20 cm de altura, denominada rodapé (Figura 5). 
 
Figura 5: Altura mínima do rodapé de um tubulão e ângulo β. 
 
Outro ponto importante é que a altura da base do tubulão deve ser de no máximo 1,8 m para 
tubulões a céu aberto e de no máximo 3 m para tubulões a ar comprimido. Além disso, o ângulo β 
mostrado na Figura 5 é normalmente definido para que o próprio concreto resista aos esforços de 
tração na base do tubulão, de modo a evitar a necessidade de armadura nessa área, o que facilita a 
execução do tubulão. 
A norma NBR 6122 recomenda um valor de β maior ou igual a 60°. Rebello (2008) e Velloso & Lopes 
(2010) indicam que esse valor de 60° é suficiente para evitar a necessidade de armadura na base do 
tubulão, sendo por isso o valor mínimo indicado. Fique atento, pois algumas bancas podem cobrar 
essa definição do β, perguntando o porquê dele ser maior ou igual a 60°. 
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Você sabe quando é necessária a base alargada no tubulão? 
Usamos a base alargada quando o solo onde se apoia a fundação apresenta baixa resistência, 
podendo ser, por exemplo, um NSPT bem baixo, típico de argila mole ou areia fofa. Assim, a base, ao 
ser alargada, aumenta a área de transferência da carga que vai da fundação para o terreno, 
reduzindo a tensão que chega na camada suporte de solo. 
Após o alargamento e inspeção da base, insere-se a armadura no tubulão. De acordo com a NBR 
6122, no caso de haver armadura na base do tubulão, esta deve apresentar aberturas de pelo 
menos 30 cm para permitir a adequada passagem do concreto. 
Por fim realiza-se a concretagem do tubulão, a qual deve ser executada imediatamente após a 
escavação e introdução da armadura. O procedimento de concretagem requer o uso de funil com 
comprimento de pelo menos 1,5 m. O uso de funil visa a evitar a contaminação do concreto por 
solo das paredes do fuste, o que normalmente ocorre quando a concretagem é realizada 
diretamente no interior da escavação. Tendo em vista que não é necessário o emprego de vibrador, 
o concreto deve apresentar plasticidade adequada para que consiga alcançar todo o volume do 
tubulão. 
 
 
Alargamento 
da base
• Inspeção in loco
da base
Introdução 
da armadura
•Aberturas de pelo 
menos 30 cm na 
base do tubulão
• Permitir passagem 
do concreto
Concretagem
•Uso de funil com 
1,5 m
• Evitar 
contaminação do 
concreto por solo
• Plasticidade 
determinada no 
projeto
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Uma das principais desvantagens do uso do tubulão é a necessidade de descida dos operários até o 
fundo da escavação. Isso porque essa etapa oferece risco a saúde e segurança do trabalhador em 
caso de ocorrência de desmoronamento. Inclusive normas regulamentares do trabalho (NRs) 
apresentam critérios específicos para a construção de tubulões visando à preservação da saúde e à 
segurança do trabalhador. 
A NR-18, que trata das condições do ambiente de trabalho na indústria da construção, apresenta 
alguns requisitos a serem atendidos durante a execução de tubulões visando a redução dos riscos a 
saúde e segurança dos trabalhadores. Sendo assim, lembre-se que no caso dos tubulões, além das 
diretrizes da NBR 6122 é preciso atender aos requisitos apresentados na NR-18. 
• Dentre as diretrizes da NR-18 para os tubulões, destaca-se a recomendação do diâmetro 
mínimo, o qual deve ser de no mínimo 80 cm. A NR-18 até permite o uso de tubulões com 
70 cm de diâmetro, mas neste caso é preciso que o engenheiro responsável apresente uma 
justificativa técnica para o uso desta dimensão. Esses valores de diâmetro mínimo não tem 
relação com o funcionamento geotécnico ou estrutural do tubulão, na verdade estas 
dimensões visam garantir que o operário possua espaço suficiente para se movimentar no 
interior do tubulão sem prejuízos a sua saúde. 
Além disso, a NR-18 apresenta ainda as seguintes exigências: 
• Os tubulões a céu aberto devem ser encamisados, exceto quando houver projeto elaboradopor profissional legalmente habilitado que dispense o encamisamento; 
• A escavação manual só pode ser realizada acima do nível d’água ou abaixo dele nos casos 
em que o solo se mantiver estável e seja possível controlar a água no interior do tubulão. 
Pessoal, basta lembrar do risco de desmoronamento que há quando se faz a escavação 
manual, sobretudo no momento de alargamento da base; 
• A profundidade de tubulões escavados manualmente a céu aberto deve ser de até 15 
metros. Veja a vedação da norma: 
✓ "É proibida a utilização de sistema de tubulão escavado manualmente com 
profundidade superior a 15 m (quinze metros)." 
• É proibido o trabalho simultâneo de o alargamento da base em tubulões adjacentes. 
Novamente trata-se de um critério para evitar desmoronamentos. Lembre-se que a NBR 
6122 também apresenta uma restrição semelhante a esta, pois ela indica que é proibido o 
trabalho simultâneo em bases alargadas cuja distância, de centro a centro, seja inferior a 
2,5 vezes o diâmetro da maior base. É esse mesmo critério de se evitar desmoronamento 
que define que, no caso de tubulões próximos, mas assentados em cotas diferentes, deve-se 
começar a executar dos mais profundos para os mais rasos. 
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Tubulão a ar comprimido 
O procedimento de execução de um tubulão a ar comprimido começa com a instalação do primeiro 
segmento da camisa metálica ou de concreto. Então, inicia-se a escavação que é realizada 
manualmente. Em seguida realiza-se de maneira sequencial a escavação com o incremento de 
segmentos da camisa de proteção lateral. Ao se atingir o nível d’água do lençol freático (NA), deve-
se instalar a campânula de ar comprimido no topo da camisa. 
A campânula funciona como uma cápsula dentro da qual é aplicado ar comprimido de modo que a 
pressão no interior da campânula e do tubulão seja superior à pressão atmosférica. Com isso, evita-
se que a água do lençol freático preencha a área escavada do tubulão. Dessa forma, a aplicação do 
ar comprimido dentro do tubulão permite o trabalho de escavação a seco (Figura 6). 
 
Figura 6: Execução de tubulão a ar comprimido: Furação inicial e instalação da campânula. 
A escavação termina ao se atingir a cota de assentamento do tubulão. Em seguida procede-se ao 
alargamento da base, caso este esteja previsto em projeto. A base é escavada manualmente e 
durante a realização deste procedimento o fundo da camisa de proteção deve ser escorado de modo 
a evitar sua descida. Assim como para o tubulão a céu aberto, no procedimento a ar comprimido um 
profissional habilitado deve descer ao fundo do tubulão para verificar in loco a capacidade suporte 
do material de apoio da base do tubulão, podendo para isso utilizar penetrômetro de barra manual. 
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Após a finalização da escavação, o alargamento e a inspeção, procede-se a colocação da armadura, 
a qual é montada no interior do tubulão (Figura 7). 
 
Figura 7: Execução de tubulão a ar comprimido: escavação e colocação de armadura. 
A próxima etapa consiste na concretagem, a qual é realizada a partir do cachimbo da campânula. A 
concretagem dever ser realizada sob condições de ar comprimido até que o peso próprio do 
concreto seja superior ao empuxo hidrostático de modo a evitar o levantamento do concreto pela 
água do lençol freático. Finalizada a concretagem, aguarda-se cerca de seis horas e, então, 
despressuriza-se o tubulão e retira-se a campânula. (Figura 8). 
 
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23 
 
Figura 8: Execução de tubulão a ar comprimido: concretagem e despressurização. 
 
A utilização de tubulão a ar comprimido necessita de um procedimento de execução bem mais 
complexo do que o tubulão a céu aberto, pois envolve o uso de equipamentos específicos (camisas, 
campânulas, bombas e compressores). No método a ar comprimido requer-se o trabalho em 
condições hiperbáricas, ou seja, em pressões acima da pressão atmosférica, situação que envolve 
riscos adicionais à saúde (devido à pressão interior) e à segurança (devido ao risco de 
desmoronamento e do trabalho sob alta pressão) dos operários. 
O problema do trabalho na campânula é que a alta pressão vigente altera o equilíbrio dos gases 
dissolvidos no sangue do operário. Com isso, as pessoas ficam sujeitas a problemas circulatórios 
como a embolia, não podendo permanecer por muito tempo na campânula. 
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O risco à saúde dos operários que entram dentro da campânula é tão alto, que a NR 18 proibiu sua 
execução: 
“É proibida a execução de fundação por meio de tubulão de ar comprimido.” 
Porém, a própria NR 18 estipula 2 anos para início da proibição de tubulões a ar comprimido, bem 
como a doutrina e a NBR 6122 continuam permitindo esse tipo de fundação. Assim, a matéria pode 
muito bem cair em provas. 
 
O alargamento da base (quando necessário) e a descida de uma pessoa até o fundo do tubulão são 
duas etapas básicas do processo de execução de um tubulão, tanto para a execução a céu aberto 
quanto para a ar comprimido. 
A seguir são apresentados esquemas resumo das principais etapas de execução de cada tipo de 
tubulão. 
 
 
 
Tubulão a céu 
aberto
Escavação 
manual ou 
mecânica
Alargamento 
da base
Colocação da 
armadura
Concretagem
Tubulão a ar 
comprimido
Escavação a céu 
aberto até 
atingir lençol 
freático (NA)
•Uso de revestimento 
desde o inicio da 
escavação
Colocação de 
campânula 
escavação sob 
ar comprimido
•Campanula de 
isolamento no topo 
do tubulão
Alargamento da 
base
Colocação da 
armadura e 
concretagem
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CESPE – EMAP - Especialista Portuário – Eng. Civil - 2018 
Na construção de um acesso para um porto existente e de suas novas instalações, foi 
necessário realizar trabalhos de escavação, fundações e desmonte em rochas, atividades que 
envolvem cuidados especiais de segurança. Para economizar horas de equipamento e otimizar 
o espaço disponível na obra, os materiais retirados da escavação foram depositados 
imediatamente ao lado da borda do talude; e, para evitar pânico na população local — de 
grande densidade —, nas detonações em rocha, os alarmes sonoros foram substituídos por 
sinalizadores de fumaça colorida. Além disso, com o propósito de reduzir custos, o engenheiro 
responsável pelo projeto dos tubulões a céu aberto, após realizar estudos geotécnicos, 
dispensou o seu encamisamento. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
A previsão pelo projetista de execução de tubulões a céu aberto sem encamisamento é 
permitida por norma, desde que sejam atendidos diversos requisitos, entre os quais a proibição 
do trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulões adjacentes. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
Afirmativa está correta de acordo com o procedimento de execução de tubulões apresentado 
nesta seção. 
Gabarito: “certo”. 
VUNESP – Prefeitura SP - Auditor Municipal de Controle Interno – Infraestrutura - 2015 
Tubulões são fundações de grande capacidade de carga que: 
a) exigem a utilização de lama bentonítica para estabilização das paredes, durante a escavação. 
b) correspondem a estacas de grande diâmetro escavadas mecanicamente, com pressão 
positiva (ar comprimido). 
c) correspondem a poços com bases alargadas manualmente. 
d) apresentam fustes ocos de grande diâmetro,formados a partir da cravação de aduelas de 
concreto. 
e) são profundas escavadas com o auxílio de lama bentonítica. 
 
 
 
 
 
 
26 
Comentários: 
Os tubulões são fundações profundas escavadas e com base alargada manualmente para 
aumento da capacidade de carga. Sendo assim, a resposta correta é a alternativa “c”. 
Gabarito: “c”. 
CESPE - FUB – Técnico - Material de Construção - 2015 
Com relação às fundações, julgue o item a seguir. 
O tubulão difere da estaca principalmente pelo processo construtivo, pois para o tubulão há 
necessidade da descida do operário para a escavação. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
De fato uma das principais diferenças entre tubulões e estacas é que durante a execução do 
tubulão necessariamente um operário deve descer até o fundo da escavação para realizar e 
verificar o alargamento da base, o que não acontece para as estacas. A afirmativa está correta. 
Gabarito: “certo”. 
FCC – TRF 3 - Ana. Judiciário - Eng. Civil - 2014 
Os tubulões, quando comparados a outros tipos de fundações profundas, apresentam algumas 
desvantagens, tais como: 
a) níveis de vibrações e ruído gerado durante as escavações. 
b) custos de mobilização e desmobilização de equipamentos. 
c) riscos de desmoronamento durante as escavações. 
d) possibilidades de alteração das dimensões durante a escavação para compensar condições 
de subsolo distintas das inicialmente previstas. 
e) escavações que podem atravessar solos com pedras e matacões. 
Comentários: 
Uma das principais desvantagens dos tubulões é o risco de desmoronamento durante a 
execução das fundações, pois o alargamento da base é normalmente realizado manualmente 
e, no caso de desmoronamento, o risco a saúde e segurança dos trabalhadores atuando na 
escavação é elevado. Esse risco é menor no caso de estacas, pois estas são cravadas ou 
escavadas mecanicamente com o uso de máquinas e equipamentos. 
 
 
 
 
 
 
27 
Gabarito: “c”. 
FCC – TRF 2 – Ana. Judiciário – Eng. Civil - 2012 
Os tubulões são elementos estruturais de fundação profunda, em geral, dotados de uma base 
alargada, construídos concretando-se um poço revestido ou não, aberto no terreno com um 
tubo de aço de diâmetro mínimo de 70 cm, de modo a permitir a entrada e o trabalho de um 
homem, pelo menos na sua etapa final, para completar a geometria da escavação e fazer a 
limpeza do solo. Divide-se em dois tipos básicos: os tubulões a céu aberto, normalmente sem 
revestimento e não armados, no caso de existir somente carga vertical, e os tubulões a ar 
comprimido ou pneumáticos. Os tubulões a ar comprimido são utilizados em solos onde há a 
presença de: 
a) bolsões de ar pressurizados. 
b) rocha e que não seja possível removê-la. 
c) argila de baixa capacidade. 
d) água e que não seja possível esgotá-la. 
e) camadas de areia confinadas. 
Comentários: 
Com relação às situações abaixo e o uso de tubulão a ar comprimido, afirma-se que: 
O uso de tubulão a ar comprimido não é indicado pelo fato do solo: 
- apresentar bolsões de ar pressurizados. 
- possuir rocha e que não seja possível removê-la. 
- apresentar argila de baixa capacidade. 
- apresentar camadas de areia confinadas. 
A técnica de tubulões a ar comprimido é indicada em situações em que o nível d’água seja 
superior à profundidade da base do tubulão e não seja possível fazer o rebaixamento do lençol 
freático durante a execução da fundação. 
Na verdade, dado que será utilizado tubulão como fundação, o único fator que determina o 
uso ou não de tubulão a ar comprimido é a posição do lençol freático em relação à cota de 
assentamento da fundação. As demais situações citadas nas demais alternativas da questão 
não interferem na decisão de utilizar um tubulão a ar comprimido. Portanto, não se confunda 
com as alternativas da questão, pois a banca vai sempre criar uma situação nova que pode 
parecer justificar o tubulão a ar comprimido. 
Sendo assim, a letra “d” é a reposta correta. 
Gabarito: “d”. 
 
 
 
 
 
 
28 
CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria de Obras Públicas - 2011 
Considerando que as fundações são os primeiros elementos estruturais executados em uma 
obra de edificação, e que os possíveis erros de dimensionamento e execução desses elementos 
afetam consideravelmente a qualidade da construção, julgue o item que se segue. 
Por motivo de segurança, durante a execução de tubulões, a fiscalização não deve inspecionar 
o fundo da escavação antes da concretagem. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
Por motivo de segurança a fiscalização deve inspecionar o fundo do tubulão antes da 
concretagem para se certificar que o alargamento da base foi adequadamente realizado, o que 
é crucial para que a resistência de ponta prevista em projeto seja alcançada. Então a afirmativa 
está errada. 
Gabarito: “errado”. 
EXECUÇÃO DE ESTACAS 
Agora que nós já vimos os procedimentos para execução de tubulões, falta entender também o 
processo de execução de cada tipo de estaca. 
Estaca Franki 
A estaca Franki é um tipo de estaca de concreto armado moldada in loco sendo executada pela 
cravação de um tubo metálico que possui em sua ponta uma bucha seca de areia e/ou brita a qual 
é golpeada por um pilão. Esta estaca possui a base alargada. 
 
A maioria das estacas cravadas são pré-moldadas. Entretanto, isso não é sempre verdade, a estaca 
Franki, por exemplo é um tipo de estaca cravada, mas que é moldada in loco. 
A principal vantagem da estaca Franki é o fato de atingir elevada resistência lateral, assim como as 
estacas pré-moldadas, mas sem apresentar as desvantagens destas tais como: dificuldades de 
transporte, manuseio até o local da obra e necessidade de emendas e cortes. Conforme apresentado 
na aula anterior o procedimento de execução deste tipo de estaca pode gerar o levantamento de 
estacas previamente executadas, sobretudo por ser uma estaca do tipo cravada com alargamento 
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da base (ou ponta), conforme se verá nessa seção. Dessa forma atenção especial deve ser dada no 
caso da execução de estacas muito próximas. 
Outra desvantagem é que este tipo de estaca não é recomendado para casos em que haja camadas 
de solo mole saturado, o que pode acarretar descontinuidade da camada de concreto 
(estrangulamento do fuste) devido a movimentação do solo durante a execução da estaca. Além 
disso, por ser uma estaca cravada sua execução gera vibrações no solo e ruído gerando impactos 
negativos na área vizinha a obra. 
A execução deste tipo de estaca inicia-se com o posicionamento do tubo metálico de revestimento 
no local em que será cravado (Figura 9). Em seguida sua ponta é preenchida com areia e/ou brita e 
esta é compactada com um pilão de modo a formar uma bucha (também chamada bucha seca) na 
ponta do tubo fortemente aderida a este por atrito. Então, passa-se ao procedimento de cravação, 
em que a bucha seca é submetida a golpes do pilão que forçam a penetração desta e do tubo no 
solo. Esse procedimento continua até se atingir a cota desejada. 
Ao se atingir a cota de apoio, realiza-se a expulsão da bucha seca do tubo metálico. Para isso 
prende-se o tubo à torre do pilão (evitando seu movimento) e golpeia-se a bucha com o pilão 
forçando sua saída do tubo para formar a base alargada da fundação (Figura 9). 
 
Uma particularidade da estaca Franki é que a cravação não é realizada por golpes de um martelo no 
topo da estaca, mas sim por golpes de um pilão na bucha que está ponta da estaca. Caso fique 
curioso, o pilão é mais fino do que o martelo, penetrando por dentro do tubo e dando golpes na 
bucha seca. 
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30 
 
Figura 9: Execução da esta Franki: Cravação e alargamento da base. 
Após o alargamento da base coloca-se a armadura no interior da estaca ancorando-a na basealargada. Por fim realiza-se a concretagem da estaca por meio do lançamento de concreto no furo 
em pequenas quantidades com posterior apiloamento. Paralelamente a concretagem, realiza-se a 
retirada do tubo metálico (Figura 10). 
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Figura 10: Execução da esta Franki: Colocação da armadura e concretagem. 
 
Caso existam camadas se solos muito moles ou fluxo de água subterrânea na área de execução das 
estacas, pode-se optar pela não retirada do revestimento. Neste caso a estaca é denominada Franki 
tubada ou apenas de estaca tubada. Essa é uma forma de se evitar o estrangulamento do fuste. 
 
 
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32 
IESES – TRE MA – Téc. Judiciário – Téc. em Edificações - 2015 
Um dos diferentes tipos de fundações profundas consiste em se cravar um tubo no solo e logo 
em seguida se lançar em seu interior certa quantidade de concreto seco que após ser apiloado 
formará uma bucha. O subsequente apiloamento desta bucha levará consigo o tubo até a 
profundidade de projeto. Em seguida é feita a expulsão da bucha, colocação da ferragem e 
concretagem em pequenos trechos com apiloamento e subsequente retirada do tubo de 
molde. Esta forma de execução se refere a que tipo de estaca? 
a) Estaca Strauss. 
b) Tubulão. 
c) Estaca Franki. 
d) Estaca raiz. 
Comentários: 
Conforme visto nesta seção, a descrição acima apresentada corresponde à execução da estaca 
do tipo Franki. 
Gabarito: “c”. 
CESPE - MPOG – Eng. - Área 1 - 2015 
O engenheiro responsável pela construção de um prédio visitou o canteiro de obras para 
verificar in loco se os serviços estavam sendo realizados de acordo com as especificações do 
projeto, das normas técnicas e das boas práticas construtivas. Na sua visita, foram levantadas 
as seguintes informações: a área de projeção em planta do prédio possui 520 m2; foram 
realizados dois furos de sondagem de simples reconhecimento do solo na área de projeção em 
planta do prédio; o terreno onde o novo prédio está sendo construído fica em uma região 
altamente edificada, e pode ser observado, em um dos prédios vizinhos, que algumas de suas 
janelas estão com vidros quebrados; as sondagens de percussão de simples reconhecimento 
executadas em alguns locais onde serão construídas as fundações apresentam um SPT igual a 
40; e as fundações do prédio estão sendo feitas com estacas do tipo Franki. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
Uma das possíveis causas da quebra de vidro das janelas do prédio vizinho é a vibração causada 
no terreno da obra, decorrente do processo de cravação das estacas do tipo Frank. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
33 
Com base nas informações apresentadas, nota-se que o tipo de estaca utilizado requer um 
procedimento de execução caracterizado pelo uso de equipamento que permite a cravação da 
estaca por meio de golpes sobre um pilão em bucha seca de brita, areia ou concreto. Este 
procedimento gera vibrações que podem se propagar pelo terreno e atingir edificações 
adjacentes com risco de danos às estruturas destas tais como rachaduras em paredes ou 
quebra de vidros. Outro aspecto que reforça esta constatação é o fato de os ensaios de SPT 
resultarem em valores elevados (40). Isso porque, tais valores indicam que o solo é bastante 
resistente requerendo um aumento da energia de cravação, o que contribui para maior 
intensidade da vibração gerada pela execução da estaca. O aumento da intensidade das 
vibrações aumenta o risco de danos às edificações vizinhas. Sendo assim, a afirmativa está 
certa. 
Gabarito: “certo”. 
 
CESPE – Min. Justiça - Eng. Civil - 2013 
Julgue o item seguinte relacionado à execução de coberturas e de fundações em obras de 
edificações. 
A estaca Franki, classificada como fundação direta, caracteriza-se por possuir uma base 
alargada, obtida a partir da introdução de concreto, por meio de golpes de pilão, no terreno. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
A descrição geral sobre a estaca Franki está correta, pois de fato este tipo de estaca possui uma 
base alargada, obtida a partir da introdução de concreto, por meio de golpes de pilão, no 
terreno. Entretanto, há uma afirmação ERRADA muito sutil, pois no início da frase é dito que a 
estaca do tipo Franki é um tipo de fundação direta, o que não é verdade, pois as estacas são 
fundações profundas. Portanto, fiquem atentos a todas as informações apresentadas na 
questão, já que às vezes a informação errada é apresentada de maneira bem discreta, em uma 
só palavra, enquanto todo o resto está certo. Portanto, aprenda a segurar sua ansiedade e não 
vá logo marcando que a questão é correta, pois esse tipo de questão é comum. A afirmativa 
está errada. 
Gabarito: “errado”. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
CESPE – TCE-RO - Agente de Controle Externo – Eng. Civil - 2013 
A respeito de técnicas de construção em edificações, julgue o item que se segue. 
Estaca Franki é um tipo de fundação pré-moldada cujo processo de cravação é controlado pela 
relação carga-penetração. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
A estaca do tipo Franki é um tipo de fundação moldada in loco. A afirmação está errada. Esta 
questão pode gerar confusão, pois a estaca Franki é um dos poucos tipos de estacas cravadas 
moldadas in loco. A maioria das estacas cravadas são pré-moldadas. Todavia no caso da estaca 
Franki não é a estaca propriamente dita que é cravada, mas sim o revestimento. Após cravação 
do revestimento faz-se a concretagem da estaca acompanhada da retirada do revestimento. 
Gabarito: “errado”. 
VUNESP - SAP SP - Eng. Civil - 2011 
É um tipo de fundação profunda integralmente armada, que tem uma base alargada obtida 
cravando-se no terreno, por meio de sucessivos golpes de um pilão, um tubo de ponta fechada 
por pedra e areia, previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito. Esta 
descrição refere-se à estaca tipo: 
a) tubulão. 
b) broca. 
c) Strauss. 
d) Franki. 
e) hélice contínua. 
Comentários: 
Conforme apresentado nesta seção, a descrição acima se refere à estaca Franki. 
Gabarito: “d”. 
 
 
 
 
 
 
35 
Estaca Strauss 
A estaca Strauss é um tipo de estaca de concreto armado moldada in loco sendo escavada por meio 
de uma sonda (piteira) e introdução simultânea revestimento metálico de proteção, o qual é 
posteriormente retirado à medida que se realiza a concretagem. 
De acordo com a NBR 6122 este tipo de estaca não deve ser utilizado em areias submersas ou com 
argilas moles ou saturadas, pois nestes casos aumenta o risco de estrangulamento do fuste (redução 
do diâmetro em alguns trechos) quando retira-se o revestimento da estaca. Além disso, no caso de 
solos arenosos ou pouco coesivos a presença de água também pode levar ao fechamento do furo 
durante o processo de concretagem. Sendo assim, a aplicação desse tipo de estaca abaixo do nível 
do lençol freático deve ser evitada. A principal vantagem deste tipo de estaca é o fato de requerer 
equipamentos simples para sua execução e que podem ser utilizados inclusive em locais de difícil 
acesso, devido a sua baixa altura. Consequentemente, trata-se de uma estaca de baixo custo. Além 
disso, o processo executivo não gera muito ruído nem vibrações, evitando assim, efeitos negativos 
nas áreas vizinhas a obra. 
A execução da estaca Strauss inicia-se com a aplicação de sucessivos golpes com a sonda para 
criação de um pré-furo no qual é introduzido um segmento de revestimento com coroa na ponta. A 
coroa consiste em um reforço cortante na extremidade inferior do tubo, que visa facilitar a 
penetração deste no solo (Figura 11). Então, são realizados sucessivos golpes com a sonda que 
consiste em um cilindro metálico vazado que perfura o terreno e se enche de solo sendo então 
puxado para fora do furo trazendo no seu interior o solo que é então retirado atravésde aberturas 
laterais da sonda (ver detalhes na Figura 11). 
Após esvaziar a sonda, o processo se repete até se atingir a cota de assentamento desejada, à 
medida que o furo avança, o revestimento vai sendo prolongado com o uso de segmentos 
rosqueáveis. A função do revestimento é garantir a integridade do furo e evitar que o solo se 
misture ao concreto. Ao se atingir a cota de assentamento, a perfuração é encerrada e procede-se 
à limpeza do furo com o uso de água. Em seguida passa-se a concretagem, a qual é realizada pelo 
lançamento do concreto no furo com o auxilio de funil e retirada simultânea do revestimento. 
Inicialmente lança-se uma quantidade de concreto no fundo da escavação e faz-se o seu 
apiloamento para formar um bulbo de concreto na ponta da estaca. Em seguida realiza-se o restante 
da concretagem da estaca por etapas que consistem em lançamento do concreto e seu posterior 
apiloamento. Com relação às armaduras, se forem submetidas a esforços de flexão, tração ou 
horizontais, elas devem ser colocadas previamente à concretagem. Do contrário, a armadura pode 
ser introduzida após a concretagem, pois não terá função estrutural. 
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Figura 11: Execução da estaca Strauss. 
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Um aspecto importante para garantir a perfeita execução da estaca Strauss está relacionado com a 
conservação da sonda ou piteira. A integridade da sonda ou piteira é essencial para a adequada 
execução da estaca, por isso este elemento deve ser verificado quanto ao seu desgaste, 
amassamento, empenamento e existência de trincas. 
 
FGV - ALERO – Ana. Legislativo – Eng. Civil - 2018 
Leia o texto a seguir, elaborado a partir da NBR 6122 - Projeto e execução de fundações. 
A estaca Strauss é uma estaca de concreto __________, executada através da escavação, 
mediante emprego de uma sonda também denominada 
__________, com a simultânea introdução de __________ até que se atinja a profundidade 
projetada. 
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do texto acima. 
a) pré-moldada – martelo – suplemento 
b) moldada in loco – piteira – revestimento metálico 
c) pré-moldada – trado espiral – bentonita 
d) moldada in loco – trado helicoidal – haste central 
e) apiloado – pilão – bucha 
Comentários: 
De acordo com a NBR 6122 a estaca Strauss é executada por perfuração do solo com uma sonda 
ou piteira e revestimento total com camisa metálica, realizando-se o lançamento do concreto 
e retirada gradativa do revestimento. 
Gabarito: “b”. 
 
ADVISE – Prefeitura Cuité Maman - Eng. Civil - 2016 
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O tipo de fundação que a definição abaixo se refere é a: 
“estaca executada por perfuração do solo com uma sonda ou piteira e revestimento total com 
camisa metálica, realizando-se o lançamento do concreto e retirada gradativa do revestimento 
com simultâneo apiloamento do concreto.” 
a) estaca Strauss 
b) estaca Franki 
c) estaca de reação 
d) estaca raiz 
e) estaca hélice contínua 
Comentários: 
Conforme apresentado nesta seção a descrição acima apresentada corresponde à execução da 
estaca do tipo Strauss. Uma característica marcante da execução deste tipo de estaca e que 
facilita sua identificação é o uso de sonda ou piteira. 
Gabarito: “a”. 
FADECIT - Prefeitura Coqueiral – Eng. - 2016 
Sobre a Estaca Strauss é correto afirmar: 
a) Não requer grandes cuidados na execução quando se trabalha abaixo do lençol d’água. 
b) É um tipo de estaca moldada no solo que requer um equipamento relativamente simples; 
c) Caracteriza-se pela execução por perfuração rotativa ou rotopercussiva e por uso de 
revestimento integral no trecho em solo. Foram desenvolvidas para a contenção de encostas; 
d) São utilizadas exclusivamente em fundações de pontes e obras marítimas, ou seja, nos casos 
em que a estaca tem uma parte em água ou ar; 
Comentários: 
O item “a” é falso, pois o uso de estaca Strauss em situações de argila saturada pode levar ao 
estrangulamento do fuste da estaca, de modo que trabalhos abaixo do nível do lençol freático 
devem ser evitados com este tipo de estaca. 
O item “b” está correto, a estaca Strauss é um tipo de estaca moldada cuja principal vantagem 
é o uso de equipamentos simples. 
 
 
 
 
 
 
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O item “c” está errado, a estaca Strauss não é escavada por procedimento rotativo ou 
rotopercussivo, os quais se aplicam no caso de estacas raiz ou microestacas. 
O item “d” é falso, as estacas Strauss não são utilizadas em obras de grande porte como pontes, 
nem em situações em que a estaca está parte na água e parte no ar. A estaca Strauss é indicada 
em obras residenciais de pequeno porte. 
Sendo assim, o item “b” é a resposta correta. 
Gabarito: “b”. 
CESPE – TELEBRAS - Especialista em Gestão de Telecomunicações - Eng. Civil - 2015 
Julgue o próximo item, relativo à execução de fundações. 
A estaca tipo Strauss não deve ser utilizada em terrenos arenosos em presença de água, visto 
que poderá haver, nessa situação, fechamento do furo e secção da estaca durante a 
concretagem. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
A afirmativa é verdadeira, pois no caso de solos arenosos ou pouco coesivos a presença de 
água pode levar ao fechamento do furo durante o processo de concretagem. 
Gabarito: “certo”. 
CESPE – ANATEL – Ana. Administrativo – Eng. Civil - 2014 
Em relação aos projetos de obras civis e aos projetos complementares, julgue o item 
subsequente. 
As estacas Strauss e Franki, fundações profundas de base alargada, são obtidas pela inserção, 
no terreno, de material granular ou concreto, por meio de golpes de pilão. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
A afirmativa está errada, pois a estaca Franki apresenta base alargada, mas a estaca Strauss 
não apresenta base alargada. 
Gabarito: “errado”. 
CESPE – Min. Justiça - Eng. Civil - 2013 
 
 
 
 
 
 
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A respeito dos projetos de fundações em uma obra civil, julgue o próximo item. 
A estaca do tipo Strauss é executada por escavação mecânica, com uso ou não de lama 
bentonítica, de revestimento total, e posterior concretagem. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários: 
A estaca Strauss não requer o uso de lama bentonítica. A afirmação está errada. 
Gabarito: “errado”. 
Estaca escavada sem fluido estabilizante 
A estaca escavada sem fluido estabilizante é um tipo de estaca de concreto moldada in loco, sendo 
escavada utilizado trado espiral manual ou mecânico. Este tipo de estaca é utilizado quando a 
coesão do solo é suficiente para garantir a estabilidade do solo sem necessidade do uso de 
revestimento, ou de fluido estabilizante durante a furação. 
A execução da estaca escavada sem fluido estabilizante inicia-se com a perfuração, que é realizada 
com um trado espiral acoplado a uma haste. Ao se atingir a cota de assentamento da fundação, o 
fundo normalmente é apiloado com soquete. A NBR 6122 recomenda que a concretagem seja 
realizada no mesmo dia da perfuração com o auxílio de funil para lançamento do concreto (Figura 
12). 
 
Figura 12: Execução da estaca escavada sem fluido estabilizante 
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Com relação às armaduras, se elas forem submetidas a esforços de flexão, tração ou horizontais, 
estas devem ser colocadas previamente à concretagem. Da mesma forma que no caso das estacas 
Strauss, se não houver os esforços de flexão, tração ou horizontais, a armação poderá ser introduzida 
após a concretagem, pois não terá função estrutural. 
Neste tipo de estacao processo executivo não gera muito ruído nem vibrações, evitando assim 
efeitos negativos nas áreas vizinhas à obra. Outra vantagem é o baixo custo de execução dessa 
técnica. Por outro lado, sua aplicabilidade é limitada a: 
• Profundidades com camadas de solo sem presença de água durante todo o processo de 
executivo, ou seja, desde a escavação até à concretagem. 
• Solos que não apesentam pedregulhos ou matacões. 
 
A estaca escavada sem fluido estabilizante é denominada de broca quando é executada utilizando-
se trado manual, sendo aplicada normalmente para edificações de um pavimento. De acordo com 
a NBR 6122, a broca deve ter comprimento mínimo de 3 m, tendo como aplicação o uso em 
fundações de pequenas construções, com cargas de até 100 kN. 
Estaca escavada com fluido estabilizante 
A estaca escavada com fluido estabilizante é um tipo de estaca escavada moldada in loco. Neste 
tipo de estaca, o furo realizado é preenchido com um fluido estabilizante que tem como papel evitar 
que as paredes da escavação desmoronem, fechando o furo. Normalmente utiliza-se a lama 
bentonítica para perfuração como fluido estabilizante, mas também podem ser utilizados 
polímeros sintéticos, naturais ou naturais modificados. 
Este tipo de estaca recebe denominações diferentes em função do seu formato. As estacas de seção 
circular são denominadas estacões ou estacas de grande diâmetro e as estacas de seção retangular 
são chamadas de estacas barrete. Além disso, as estacas deste tipo podem ainda ter seções 
compostas, que são formadas pela junção de seções simples. 
 
A lama bentonítica é formada por água e bentonita, a qual é uma rocha de origem vulcânica cujo 
mineral predominante é a montimorilonita. O uso da bentonita se justifica pelo fato de em repouso 
ele ter consistência gelatinosa, mas quanto sobre agitação, fluidifica-se. Sendo assim, sua aplicação 
no furo é fácil, pois é feita sob agitação, tornando a lama líquida e, uma vez em repouso no furo da 
estaca, a lama adquire consistência gelatinosa o que permite conter as paredes da escavação. 
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Esse tipo de estaca é indicado em obras de grande porte que impõem sobre as fundações cargas 
elevadas. Todavia, este tipo de estaca requer equipamentos robustos, elevando seu custo de 
implantação. Outra desvantagem é o consumo de lama bentonítica que é altamente poluente e 
deve ser tratada previamente ao descarte. 
O procedimento de execução das estacas com fluido estabilizante é o mesmo independentemente 
do formato da estaca. Primeiramente instala-se um tubo guia no caso de estacões e uma mureta 
guia no caso de estacas barrete (Figura 13). O papel destas estruturas guia é manter o equipamento 
no ponto correto de escavação. As guias devem possuir no mínimo 1 m de comprimento, de acordo 
com a NBR 6122. Após o posicionamento das guias, inicia-se a escavação com o equipamento 
adequado. No caso dos estacões, utiliza-se uma caçamba circular acoplada a uma perfuratriz, 
enquanto que no caso da estaca barrete, utiliza-se uma escavadeira do tipo clam-shell. O 
lançamento do fluido estabilizante é feito em concomitância com a escavação. De acordo com a 
NBR 6122, o nível de fluido estabilizante deve estar a no mínimo a 2 m acima do nível do lençol 
freático. A escavação e introdução do fluido estabilizante no furo continua até se atingir a cota de 
assentamento prevista em projeto. 
 
Figura 13: Execução estaca escavada com fluido estabilizante: Estaca de seção circular – Estacão: 
posicionamento e escavação. 
Após concluir a escavação procede-se à colocação da armadura e, em seguida, realiza-se a 
concretagem de maneira submersa. Para isso, é introduzida no furo uma tubulação denominada 
tremonha, que permite inserir o concreto de baixo para cima a partir da cota de assentamento da 
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fundação. À medida que o concreto é introduzido, o fluido estabilizante vai sendo expulso do furo 
(Figura 14). Conforme já comentado, a execução dos estacões e das estacas barrete é semelhante. 
Primeiramente apresentou-se o procedimento para os estações (Figura 13 e Figura 14) e a seguir 
apresenta-se também o procedimento paras as estacas barrete (Figura 15 e Figura 16). 
 
Figura 14: Execução estaca escavada com fluido estabilizante: Estaca de seção circular – Estacão: 
Colocação da armadura e concretagem. 
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Figura 15: Execução estaca escavada com fluido estabilizante: Estaca de seção retangular – Estaca 
barrete: Posicionamento e escavação. 
 
Figura 16: Execução estaca escavada com fluido estabilizante: Estaca de seção retangular – Estaca 
barrete: Colocação da armadura e concretagem. 
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Estaca hélice contínua 
A estaca hélice contínua é uma estaca de concreto armado moldada in loco, com escavação 
realizada por rotação de um trado helicoidal contínuo. O concreto é introduzido por meio da haste 
do trado à medida que esta é retirada do furo. 
Neste tipo de estaca, o processo executivo não gera muito ruído nem vibrações, evitando assim 
efeitos negativos nas áreas vizinhas à obra. Além disso, seu processo de execução permite uma 
elevada produtividade, ou seja, permite a implantação de várias estacas em um curto intervalo de 
tempo. 
A principal desvantagem da estaca hélice contínua consiste na dificuldade de instalação de 
armaduras com comprimentos elevados e na impossibilidade de uso em solos com matacões. 
A execução inicia-se com o posicionamento e nivelamento do equipamento de perfuração. Então, 
procede-se à escavação com a descida rotativa do trado até a cota de assentamento da fundação 
(Figura 17). Em seguida realiza-se a concretagem de baixo para cima, com a introdução do concreto 
no furo pela ponta da haste do trado. O concreto é lançado no furo simultaneamente à subida do 
trado. A pressão do concreto deve ser controlada por operador durante todo o procedimento de 
concretagem e deve ser positiva a fim de inibir a interrupção do fuste. Após a concretagem, insere-
se a armadura no furo. 
 
Figura 17: Execução da estaca tipo hélice contínua. 
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Estaca raiz 
A estaca raiz é uma estaca moldada in loco e constituída de argamassa de cimento e areia com 
armadura. A escavação neste tipo de estaca é realizada pelo processo de perfuração por rotação, 
ou por rotopercussão. Durante a furação, utiliza-se revestimento metálico, formado por segmentos 
com comprimento entre 1 m e 1,5 m que são rosqueados com o avanço da perfuração. Salienta-se 
que o revestimento é recuperado ao final da execução da estaca. 
 
A perfuração rotativa consiste no avanço da escavação por meio da rotação de um elemento com 
ponta cortante, sendo utilizada para escavar solo. Já a perfuração rotopercusiva é utilizada para 
perfurar rochas e envolve simultaneamente a rotação do elemento cortante e a aplicação de golpes 
(marteladas) deste elemento sobre a rocha que está sendo perfurada. Nesse caso a escavação 
ocorre pela combinação de dois efeitos, o corte rotativo e os golpes (percussão) aplicados à rocha. 
A principal vantagem da estaca raiz é a possibilidade de utilização em locais de difícil acesso tendo 
em vista o uso de equipamentos compactos. Outra vantagemé a capacidade de utilização em locais 
com materiais no solo que sejam de difícil penetração (rochas, estruturas de concreto armado). 
Este tipo de estaca permite ainda a execução de estacas com inclinação elevada e com alta 
capacidade de resistência a tração. Neste tipo de estaca o processo executivo não gera muito ruído 
nem vibrações, evitando assim efeitos negativos nas áreas vizinhas à obra. 
Entretanto, as estacas raiz possuem custo elevado e consomem grande volume de água e energia 
elétrica durante sua execução. 
A execução da estaca raiz inicia-se com a perfuração do solo, utilizando uma perfuratriz rotativa ou 
rotopercusiva, a qual vai forçando o revestimento metálico a penetrar no solo por meio de rotação 
(Figura 18). Na ponta do revestimento inicial há uma coroa feita de material cortante para facilitar 
a perfuração. À medida que o furo avança, novos segmentos são adicionados ao revestimento por 
meio de emenda rosqueável. Durante a perfuração, há injeção de água na área perfurada, visando 
à limpeza do furo e à remoção do solo (Figura 18). 
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Figura 18: Execução esta raiz: perfuração. 
Ao se atingir a cota de assentamento da estaca, encerra-se o procedimento de perfuração limpa-se 
o interior do revestimento com água e procede-se à colocação da armadura (Figura 19). Em seguida 
preenche-se o interior dos furos com injeção de argamassa de cimento e areia e/ou pedrisco (Figura 
19). 
O preenchimento de argamassa é realizado do fundo da estaca para o topo, proporcionado a 
expulsão da água de lavagem (Figura 19). Por fim realiza-se a remoção do revestimento metálico 
com o auxílio de macaco hidráulico, que puxa o revestimento para fora do furo (Figura 19). 
Conforme a NBR 6122, a cada 1,5 m de tubo de revestimento retirado, deve-se verificar o nível de 
argamassa e completá-lo. 
Além disso, no caso de estacas com diâmetro menor ou igual a 200 mm, à medida que se retira o 
revestimento, deve-se aplicar uma pressão no topo da estaca por meio de ar comprimido ou de 
bomba de injeção de argamassa, de modo a garantir o adensamento da argamassa e seu 
espalhamento em todo volume do furo, inclusive na área ocupada pelo revestimento que foi 
removido (Figura 19). Depois de se aplicar a pressão na estaca e remoção dos tubos de revestimento, 
é necessário completar o nível de argamassa. 
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Figura 19: Execução da estaca raiz: Colocação de armadura, injeção de argamassa e retirada do 
revestimento. 
Microestaca 
A microestaca ou estaca injetada é um tipo de estaca moldada in loco com armadura e calda de 
cimento injetada, cuja execução é realizada com perfuração rotativa ou rotopercusiva. 
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A execução da microestaca é similar à de uma estaca raiz, apresentando também as mesmas 
vantagens e desvantagens deste tipo de estaca. 
A execução da microestaca inicia-se com a perfuração do solo, utilizando uma perfuratriz rotativa 
ou rotopercusiva, a qual vai forçando o revestimento metálico a penetrar no solo por meio de 
rotação. Durante a perfuração, há injeção de água na área perfurada visando à limpeza do furo 
(Figura 20). 
 
Figura 20: Execução de microestaca: perfuração. 
Ao se atingir a cota de assentamento da estaca encerra-se o procedimento de perfuração, limpa-se 
o interior do revestimento com água e procede-se à colocação da armadura (Figura 21). No caso de 
microestacas, a armadura pode ser um tubo metálico com válvulas manchetes ou gaiola de barras 
de aço com um tubo de PVC (de material virgem, não reciclado) com manchetes (Figura 21). 
Observem que no caso de estaca raiz, a armadura é geralmente constituída por barras de aço, e não 
tubos. 
Nas estacas raiz, as injeções são feitas por ar comprimido a baixas pressões, enquanto que nas 
microestacas, trabalha-se com uma técnica de nome complicado, mas de fácil compreensão: tirantes 
injetados de múltiplos estágios. Basicamente, trata-se do uso de peças espaçadas no tubo chamadas 
manchetes para se fazer as injeções. 
Mas o que seriam as manchetes? 
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A manchete é um tipo de válvula utilizada para permitir a passagem da calda de cimento do interior 
do tubo para o solo adjacente à estaca. No caso da microestacas, colocam-se várias manchetes 
espaçadas ao longo dos tubos que compõem a estrutura da armadura (Figura 21). A válvula 
manchete se abre apenas quando é submetida a elevada pressão. Por isso, nas microestacas a calda 
de cimento é injetada no interior do tubo sob pressão, o que faz com que as manchetes se abram e 
liberem jatos de calda de cimento no solo do entorno. 
Após colocação dos tubos com as manchetes, faz-se o preenchimento com calda de cimento do 
espaço entre o tubo de revestimento e o tubo com manchete (Figura 21). Este preenchimento é 
denominado de bainha e é realizado com injeção de calda de cimento a partir do fundo do tubo 
com manchetes. 
 
Figura 21: Execução de microestaca: colocação de tubo armadura com manchetes e detalhes do 
preenchimento da bainha com calda de cimento. 
 
Quando se injeta sob pressão a calda de cimento no interior do tubo em um ponto próximo a uma 
válvula manchete, esta se abre, o que possibilita o lançamento de jatos de cimento sobre pressão, 
saindo do tubo e atingindo as camadas de solo próximas à estaca (Figura 22). Este espalhamento da 
calda de cimento proporcionado pela manchete possibilita expandir o diâmetro de alcance da calda 
aumentando a área de ancoragem da estaca. Com isso, aumenta-se o atrito lateral. 
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Após o preenchimento da bainha, retira-se o revestimento da estaca. Em seguida realiza-se o 
preenchimento do tubo que possui as válvulas manchete com calda de cimento, iniciando-se as 
injeções de baixo para cima (Figura 22). As injeções são realizadas no nível de cada válvula manchete, 
permitindo a geração de pressões elevadas próximas às válvulas, aumentando o alcance do jato de 
calda de cimento, que sai da manchete e penetra no solo (Figura 22). 
 
Figura 22: Execução de microestaca: retirada do revestimento e início da injeção de calda de 
cimento sob pressão nas válvulas manchete. 
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Estaca de reação (mega ou prensada) 
A estaca de reação também denominada de estaca mega ou prensada é uma estaca pré-moldada 
constituída de elementos de concreto armado ou metálicos. Esses elementos que são cravados no 
terreno utilizando-se um macaco hidráulico. 
A estaca mega é normalmente utilizada em obras de reforço de fundações e em locais de difícil 
acesso, pois requer um equipamento de pequeno porte para sua execução. Todavia o uso deste tipo 
de estaca acaba sendo limitado, tendo em vista seu alto custo de execução. 
O processo de execução deste tipo de estaca inicia-se pelo posicionamento do macaco hidráulico 
na área em que a estaca será inserida (Figura 23). Em seguida procede-se a prensagem dos 
segmentos pré-moldados contra o solo forçando a penetração destes no terreno. Então, à medida 
que um segmento é inserido, inclui-se um novo elemento e retoma-se o processo de prensagem. O 
processo continua até que se atinja

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