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Apostila de Botânica - pt1

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Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
BOTÂNICA: do grego Botanikós – planta, 
erva. Ciência que estuda os vegetais. Visa o 
conhecimento dos vegetais sob o ponto de 
vista científico ou prático. 
 
 
 
 
TAXONOMIA VEGETAL 
Taxonomia: originada de duas palavras de 
origem grega TAXIS e NOMOS, que juntas 
significam disposição organizada de algo. 
Então a Taxonomia é a ciência que elabora as 
leis de classificação. 
Sistemática: Estudo descritivo de todas as 
espécies vivas e suas classificações dentro de 
uma hierarquia de grupamentos. 
Grupos taxonômicos: Reino – Filo – Classe – 
Ordem – Família – Gênero – Espécie 
 
• Reino Plantae ou Metaphyta: agrupa 
os vegetais, subdivididos em: 
Bryophyta (musgos) e Tracheophyta 
(Pteridófitas, Gimnospermas e 
Angiospermas). 
 
Nomes de grupos de plantas: 
Criptógama: palavra composta por cripto, 
que significa escondido, e gama, cujo 
significado está relacionado a gameta 
(estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, 
portanto, "planta que tem estrutura 
reprodutiva escondida". Ou seja, sem 
semente. 
Fanerógama: palavra composta por fanero, 
que significa visível, e por gama, relativo a 
gameta. Esta palavra significa, portanto, 
"planta que tem a estrutura reprodutiva 
visível". São plantas que possuem semente. 
Gimnosperma: palavra composta 
por gimmno, que significa descoberta, 
e sperma, semente. Esta palavra significa, 
portanto, "planta com semente a descoberto" 
ou "semente nua". 
Angiosperma: palavra composta por angion, 
que significa vaso (que neste caso é o fruto) e 
sperma, semente. A palavra significa, "planta 
com semente guardada no interior do fruto". 
 
 
 
BRYOPHYTA: 
Conhecidas como musgos. Denominadas 
Plantas Criptógamas (kripton = oculto e 
gamos = reprodução), Assifonógamas (sem 
tubo político) e avasculares (sem tecidos 
condutores), logo, são plantas que não 
possuem flores; suas estruturas reprodutoras 
denominam-se ANTERÍDIO (masculino) e 
ARQUEOGÔNIO (feminino). São plantas 
simples e dependentes da água, são todas de 
pequeno porte devido a falta de tecidos de 
condução de seiva, a água é absorvida do 
ambiente e é transportada de célula para 
célua, ao longo do corpo de vegetal. 
Estruturas que compõe as briófitas: 
- Rizóides: filamentos que fixam a planta no 
ambiente em que ela vive e absorvem a água e 
os sais minerais disponíveis nesse ambiente; 
- Caulóides: pequena haste de onde partem os 
filoides; 
- Filóides: estruturas clorofiladas e capazes de 
fazer fotossíntese. 
 
 
Figura 1: Estrutura das Briófitas 
 
Principais briófitas: hepáticas, Antoceros e 
Musci. O nome hepáticas vem do 
grego hepathos, que significa 'fígado'; essas 
plantas são assim chamadas porque o corpo 
delas lembra a forma de um fígado. 
Reprodução: metagênese, com fase 
gametofítica duradoura e a fase esporofítica 
transitória. Em alguns musgos forma-se um 
emaranhado filamentoso denominado 
protonema. 
 
Figura 2: Ciclo de vida das briófitas 
 
 Aula 01Aula 01Aula 01Aula 01: Taxonomia : Taxonomia : Taxonomia : Taxonomia 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
PTERIDÓFITAS: 
A palavra pteridófita vem do grego pteridon, 
que significa 'feto'; mais phyton, 'planta', 
devido as folhas em brotamento apresentam 
uma forma que lembra a posição de um feto 
humano no útero materno. Ao longo da 
história evolutiva da Terra, as pteridófitas 
foram os primeiros vegetais a apresentar um 
sistema de vasos condutores de nutrientes; 
favorecendo o surgimento de plantas de porte 
elevado. Exemplos: samambaias, avencas, 
xaxins e cavalinhas. Possuem porte maior que 
as briófitas. O corpo das pteridófitas possui 
raiz, caule e folha. O caule das atuais 
pteridófitas é em geral subterrâneo, com 
desenvolvimento horizontal. Mas, em 
algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule 
é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas 
divide-se em muitas partes menores 
chamadas folíolos. A maioria das pteridófitas 
é terrestre e, como as briófitas, vivem 
preferencialmente em locais úmidos e 
sombreados. 
Reprodução: fase sexuada e assexuada. 
 
 
As primeiras folhas jovens, em forma de 
cajado, denominam-se de báculos. Depois de 
completamente desenvolvidas, as folhas 
abrigam esporângios ricos em esporos para a 
reprodução, que, semelhantes às briófitas, é 
por metagênese, sendo que, neste caso, a fase 
mais importante é justamente a esporofítica. 
Neste particular observa-se a formação de 
uma estrutura cordiforme denominada 
prótalo, que realizará a fase gametofítica 
(transitória), para completar a alternância de 
gerações. 
 
GIMNOSPERMAS: 
Possuem vascularização, mas são mais 
evoluídas que as pteridófitas, devido 
apresentarem uma espécie de “flor” denomida 
de estróbilo, sendo ainda as primeiras plantas 
produtoras de sementes (espermatófitas). Em 
muitas gimnospermas, como os pinheiros e as 
sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos 
e conhecidos como cones o que lhes confere a 
classificação no grupo das coníferas. 
Porém, não formam frutos, daí o nome 
gimnos = nú e sperma = semente. Exemplos: 
Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifólia), 
Pinus (Pinus eliotis), Cedro (Cedrus libanis) e 
as sequóias. Vivem preferencialmente em 
ambientes de clima frio ou temperado. 
Reprodução: Observam-se dois tipos de 
estróbilos, um masculino, denominado de 
microestróbilo, e um feminino, o 
megaestróbilo. O elemento masculino produz 
micipósporos que se modificam, criam 
expansões aliformes e podem ser levados pelo 
vento, funcionando como grãos de pólen. Na 
parte feminina há um óvulo imaturo que é 
uma estrutura formada por elementos 
reprodutores revestidos por tegumentos; 
portanto, não é o gameta, pois o verdadeiro 
gameta é uma célula denominada oosfera que 
após fecundada gera um zigoto diploide que 
dá origem a um embrião que junto com um 
tecido nutritivo (endosperma) e um conjunto 
de tecidos protetores formam a semente 
popularmente conhecida como pinhão, 
quando se trata de pinheiros. No caso do 
Pinheiro do Paraná os sexos são separados: a 
que possui estróbilos masculinos não possuem 
estróbilos femininos e vice-versa. Em outras 
gimnospermas, os dois tipos de estróbilos 
podem ocorrer numa mesma planta. 
 
 
Figura 4: Ciclo reprodutivo do Pinheiro do Paraná. 
 
Figura 3: Ciclo reprodutivo das samambaias 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
ANGIOPERMAS: 
A palavra angiosperma vem do 
grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 
'semente'. Essas plantas representam o grupo 
mais variado em número de espécies entre os 
componentes do reino Plantae ou Metaphyta. 
É o grupo mais evoluído e variado de plantas. 
As Angiopermas são traqueófitas, vasculares, 
fanerógamas, sifonógamas, e espermatófitas, 
o que significa serem plantas com sistema de 
condução de seivas bem desenvolvidas, 
portadoras de flores, formadoras de tubo 
polínico e sementes, possuindo ainda, raiz, 
caule, folha e frutos. Desta forma, surge o 
fruto originado do ovário após a fecundação. 
Neste grupo têm-se plantas de diversos 
portes: herbáceas, arbustivas e arbóreas. As 
Angiospermas são divididas em dois grupos 
de acordo com a quantidade de cotilédones 
(folhas modificadas nutritivas): 
- Monocotiledôneas: aquelas com um 
cotilédone. 
- Dicotiledôneas: aquelas com dois 
cotilédones. 
 
Quadro 1: Diferenças entre monocotiledôneas 
e dicotiledôneas 
Característi
ca 
Monocotiledôneas Dicotiledôneas 
Cotilé-
dones 
 
Caule 
 
 
Sistema 
radicular 
 
 
Folhas 
 
Número de 
elemen- 
tos que 
compõe a 
flor 
 
Exemplos 
Alho, cebola, 
aspargo, abacaxi, 
arroz, trigo, 
centeio, aveia, 
cana-de-açúcar, 
milho, palmeira, 
coco, banana, 
orquídeas 
Abacate, 
Eucalipto, rosas, 
morango, pêra, 
maçã, feijão, 
ervilha, goiaba, 
limão , laranja, 
mamão, maracujá, 
batata, mandioca, 
café, abóbora, 
melancia. 
 
 
CITOLOGIA VEGETAL ou 
FITOCITOLOGIA: Estudo da célula 
vegetal. 
A célula vegetal contémalgumas 
peculiaridades, como a parede celular, e os 
cloroplastos. Está dividida em componentes 
protoplasmáticos, que são um composto de 
organelas celulares e outras estruturas que 
sejam ativas no metabolismo celular, são eles: 
núcleo, retículo endoplasmático, citoplasma, 
ribossomo, complexo de Golgi, mitocôndrias, 
lisossomos e plastos. Componentes não 
protoplasmáticos são os resíduos do 
metabolismo celular ou substâncias de 
armazenamento. Inclui vácuolos, parede 
celular e substâncias ergástricas. 
 Aula 02: Citologia Aula 02: Citologia Aula 02: Citologia Aula 02: Citologia 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
Núcleo: Está imerso no citoplasma, dentro 
localiza-se o nucléolo, ou nucléolos. No 
núcleo está contido o genoma nuclear, que é 
responsável pela maior parte da informação 
genética da célula. Controla todas as 
atividades da célula, regula o metabolismo 
celular, pois determina quais as proteínas 
devem ser produzidas e quando devem 
ocorrer. 
Membrana plasmática: Está situada 
internamente à parede celular e envolve o 
citoplasma com todas as suas estruturas e o 
núcleo. Função controla a entrada e saída de 
substâncias da célula, possibilitando a 
manutenção de sua integridade física e 
funcional. É semipermeável e seletiva. 
Retículo endoplasmático: Incluso no 
citoplasma, próximo a membrana plasmática, 
permeando toda a célula, e também junto ao 
núcleo. Funciona como um sistema de 
comunicação dentro da célula, possibilitando 
a distribuição das substâncias. O retículo 
endoplasmático rugoso (RER) com presença 
de ribossomo tem papel importante na síntese 
de proteína de exportação, já retículo 
endoplasmático liso (REL) é responsável pela 
síntese lipídica. 
Citoplasma: Local onde se encontram o 
núcleo e as organelas, como cloroplastos e 
mitocôndrias, sendo delimitado pela 
membrana plasmática. Apresenta diversas 
funções como reações bioquímicas, facilitar a 
troca de substâncias dentro da célula, bem 
como entre células adjacentes e acumular 
substâncias do metabolismo primário e 
secundário da planta. 
Ribossomo: Presentes no citoplasma celular, 
podendo ou não estar associados ao retículo 
endoplasmático. São também encontrados em 
plastídios e mitocôndrias. Contêm sítios onde 
são acoplados o RNAm e o RNAt que 
transportam os aminoácidos, sendo 
responsáveis pela síntese protéica. 
Complexo de Golgi: No citoplasma da célula 
há um conjunto de dictiossomos ou corpos de 
Golgi, coletivamente referidos como 
complexo de Golgi. A maioria dos complexos 
está associada à síntese dos compostos não-
celulósicos da parede celular (pectinas e 
hemicelulose). Também tem a função de 
secreção celular. 
Mitocôndrias: São organelas que contêm seu 
próprio genoma e se autoduplicam. Elas são 
os sítios de respiração aeróbica celular. Papel 
importante na fotorrespiração. 
Lisossomos: Organelas citoplasmáticas 
membranosas. Em seu interior existem 
enzimas que realizam normalmente a digestão 
intracelular, porém extracelular em casos 
excepcionais. 
Plastos: Também chamado de plastídios, 
contêm seu próprio genoma e se 
autoduplicam. Estão relacionados com o 
armazenamento de substâncias variadas. 
 - Cloroplastos: contêm pigmentos do 
grupo das clorofilas, importante para a 
fotossíntese, além de outros pigmentos, como 
os carotenóides, que são acessórios neste 
processo. 
 - Cromoplastos: portadores de 
pigmentos carotenóides e usualmente não 
apresentam clorofila ou outros componentes 
da fotossíntese. Geralmente encontrados nas 
células das pétalas e outras partes coloridas de 
 
 Figura 5: Célula Vegetal 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
flores, em frutos e algumas raízes. Ex: 
xantoplastos (xantofila, com pigmentos 
amarelos), eritroplastos (eritrofila, com 
pigmentos vermelhos). Também acumulam 
óleos essenciais, sendo denominados 
elaioplastos. 
 - Leucoplastos: não possuem 
pigmentos, mas armazenam substâncias. Ex: 
amiloplastos (armazenam amidos), 
proteinoplastos (armazenam protéinas), 
oleoplastos (armazenam lipídios). 
Vacúolos: Estrutura característica da célula 
vegetal. Possuem forma de bolsas 
membranosas responsáveis pelo acúmulo de 
água e sais minerais. Está relacionado com a 
plasmólise – perda de água, onde o vacúolo 
diminue seu volume. Também relaciona-se 
com o equilíbrio osmótico que é responsável 
pela pressão de turgor (turgescência), 
essencial pela alongamento celular, refere-se a 
forma celular. 
Parade Celular: Uma das mais significativas 
características da célula vegetal. A parede 
celular envolve externamente a membrana 
plasmática e o conteúdo celular. Sua 
constituição química é de polissacarídeos, 
constituindo microfibrilas de celulose 
envoltas em uma espécie de matriz de 
glicoproteínas. Podendo ainda ser observada a 
pectina. Durante o desenvolvimento da planta, 
suas células no nível de parede celulósica vão 
adquirindo sais minerais que acumulam-se 
sobre a lamela média e constituem as paredes 
primária e secundária, dando mais reforço às 
células. 
Substâncias ergástricas: São substâncias de 
reserva ou resíduos, produtos, do 
metabolismo celular. 
- Amido: são partículas sólidas com 
formas variadas, pode ser encontrado no 
cloroplasto ou no leucoplasto. Formam grãos 
com muitas camadas centradas em um ponto 
chamado hilo. 
- Proteína: as proteínas ergástricas são 
material de reserva e se apresentam no 
endosperma de muitas sementes em forma de 
grãos de aleurona. 
- Lípídios: pode ocorrer em forma de 
óleo ou gordura se for para armazenamento 
ou em forma de terpenos que são produtos 
finais como óleos essenciais e resinas. 
- Taninos: um grupo de compostos 
fenólicos que podem ficar em vários órgãos 
vegetais (se acumulam nos vacúolos) e podem 
impregnar a parede celular. 
 
 
HISTOLOGIA VEGETAL : Estudo dos 
tecidos vegetais. 
O estudo dos vegetais é realizado quando a 
planta é jovem e após desenvolvimento 
completo, ou seja, quando adulta. No primeiro 
caso têm-se os Meristemas, e no segundo, os 
Tecidos Adultos. 
1. MERISTEMAS: 
São tecidos formados por células com 
grande capacidade de divisão, portanto, dão 
origem a outros tecidos. Existem dois tipos: 
meristema primário e meristema secundário. 
1.1. Meristema primário 
Podem ser chamados de meristemas 
apicais, encontrados no ápice do caule e numa 
posição subterminal na raiz, sendo 
responsável pelo crescimento em altura da 
planta. É originário do embrião e ao 
multiplicar-se forma qualquer tipo de tecido 
vegetal, para esta capacidade dá-se o nome 
de células topipotentes. Constitui quatro 
tecidos iniciais da planta, que são: 
- Dermatogênio (Protoderme): formará a 
epiderme; 
- Periblema (Região fundamental/Córtex): 
formará a casca; 
- Pleroma (Procâmbio/Região vascular): 
formará o cilindro central; 
- Caliptrogênio: formará a caliptra ou coifa da 
raiz. 
 
 
 Aula 03: Histologia Aula 03: Histologia Aula 03: Histologia Aula 03: Histologia VegetVegetVegetVegetal al al al –––– parte 1parte 1parte 1parte 1 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
1.2. Meristema secundário 
É o resultado da desdiferenciação 
celular, ou seja, as células que não são mais 
embrionárias, mas que continuam com a 
capacidade de voltar a sê-lo, desde que seja 
necessário. Normalmente isso ocorre para a 
planta engrossar ou para reconstituir alguma 
parte cortada, regenerando a porção perdida, 
graças as células já diferenciadas no local, 
que, pelo estímulo, voltam à condição 
embrionária, refazendo a estrutura ou o órgão 
perdido. É dividido em: 
- Felogênio: formará o súber para fora e o 
feloderme para dentro. O conjunto súber + 
felogênio + feloderme constitui a Periderme 
(popularmente chamada de casca). 
- Câmbio: formará o xilema e o floema. 
 
Quadro 2: Tecidos vegetais 
Meristemas 
(tecidos de 
formação ou 
embrioná-rio) 
Meristema 
primário 
Dermatogênio, 
Periblema, 
Pleroma, 
CaliptrogênioMeristema 
secundário 
Felogênio, 
Câmbio 
Tecidos 
Adultos 
(permanen-
tes) 
De Revestimento Epiderme, Súber 
De Sustentação Colênquima, 
Esclerênquima 
De Condução Xilema e Floema 
De 
Preenchimento 
De assimilação – 
clorofiliano, de 
reserva, aquífero, 
aerífero 
 
 
Figura 6: Corte transversal de uma raiz, demonstrando a 
evolução do meristema primário. 
 
2. TECIDOS ADULTOS 
2.1. Tecidos de revestimento 
Possuem função protetora contra intempéries. 
Há dois tipos: a epiderme e o súber. 
 
EPIDERME: é o tecido mais externo dos 
órgãos vegetais em estrutura primária, sendo 
substituída pela periderme em órgãos com 
crescimento secundário. Por estar em contato 
com o ambiente, fica sujeita a modificações 
estruturais. Sua principal função é de 
revestimento. A disposição compacta das 
células impede a ação de choques mecânicos 
e a invasão de agentes patogênicos, além de 
restringir a perda de água. O tecido é formado 
por uma camada de células intimamente 
unidas (uniestratificadas), pode ocorrer na 
forma pluriestratificada, no caso das raízes 
aéreas das orquídeas epífitas, denominando-se 
hipoderme ou velame. Podem ocorrer 
adaptações da epiderme, transformando-se 
sua morfologia nas seguintes estruturas: 
- Papilas: são pequenas projeções epidérmicas 
encontradas em algumas flores (amor perfeito 
e violeta) que lhes configuram um aspecto 
aveludado, o que facilita a atração dos agentes 
de polinização (insetos). 
- Cutícula: camada que é constituída de 
substancia impermeabilizante (cutina) que 
torna as folhas mais espessas, reduzindo a 
transpiração e, consequentemente evitando a 
perda de água para atmosfera. 
- Pelos ou tricomas: podem ser uni ou 
pluricelulares, com células vivas ou mortas, 
com funções específicas para cada órgão ou 
planta. Nas raízes os pelos radiculares 
absorvem água e sais minerais; nas folhas os 
pelos protegem contra o excesso de 
transpiração; em plantas carnívoras secretam 
enzimas digestivas e em plantas como a 
urtiga, os pelos finos e frágeis sendo ricos em 
substâncias urticantes 
- Acúleos: semelhantes a espinhos, são um 
conjunto de células espessas que podem ser 
destacados, ao contrário dos espinhos 
verdadeiros. Ex: roseira. 
 
- Estômatos: estruturas responsáveis pelas 
trocas gasosas entre o vegetal e a atmosfera 
(transpiração). Possuem caráter taxonômico, 
pois de acordo com sua localização nas folhas 
podem classificar os vegetais, exemplo: nas 
dicotiledôneas, estão presentes na epiderme 
inferior. Cada estômato é formado por duas 
células estomáticas ou células-guarda, que 
delimitam uma abertura denominada ostíolo 
por onde entram e saem elementos gasosos. 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
 
SÚBER: tecido morto formado a partir do 
felogênio, que geralmente, faz a planta crescer 
em espessura. Quase totalmente impermeável 
o que garante proteção contra agentes do 
ambiente como variações de temperatura. 
Possui dois anexos: 
- Ritidoma: são pedaços do súber mais velho 
e externo do caule que se desprendem com o 
crescimento lateral do caule. Ex: no tronco de 
plantas como goiabeira, eucalipto, araçá. 
- Lenticelas: conjunto de células mortas que 
deixam espaço entre si, ficando orifícios por 
onde o ar pode passar, portanto são elementos 
de arejamento do caule. 
 
 
Figura 8: Lenticela 
 
2.2. Tecidos de Sustentação 
Responsáveis pela sustentação dos vegetais 
são eles: 
COLÊNQUIMA: Este termo é derivado da 
palavra grega colla, que significa cola ou 
substância glutinosa. Tecido vivo, rico em 
celulose, a função deste tecido é sustentar as 
regiões e órgãos da planta que possuem 
crescimento primário, ou que estão sujeitos a 
movimentos constantes. É encontrado em 
caules herbáceos e alguns arbustivos e em 
pecíolos de folhas, o que lhes permite certa 
mobilidade. 
 
ESCLERÊNQUIMA: O termo é derivado do 
grego skleros, que significa duro. Tecido 
morto, rico em lignina que garante uma 
efetiva sustentação tirando a flexibilidade da 
estrutura. Pode ser observado nas partes 
velhas das plantas e, principalmente ao lado 
de tecidos condutores. Suas células podem ser 
em forma de fibras ou arredondadas. As 
células do esclerênquima às vezes funcionam 
como camada protetora ao redor do caule, 
sementes e frutos imaturos, evitando que os 
animais e insetos se alimentem deles, devido 
à presença de lignina que não pode ser 
digerida pelos animais. 
 
 
 
 
 
2.3. Tecidos de Condução 
Responsáveis pela condução da água com sais 
minerais (seiva bruta) e da água com açúcar 
(seiva elaborada), dentro do vegetal, 
elevando-se ou descendo por toda a planta. Os 
tecidos condutores são o xilema (ou lenho) e 
o floema (ou líber) que formam feixes 
condutores que constituem o complexo 
sistema de condução das plantas traqueófitas 
(Pteridófitas, Gimnospermas e 
Angiospermas). 
 
XILEMA OU LENHO: responsável pelo 
transporte de água e solutos a longa distância, 
armazenamento de nutrientes e suporte 
mecânico. É contínuo através de todos os 
órgãos (vegetativos e reprodutivos) das 
plantas vasculares. Formado por células 
mortas, estas apresentam um reforço interno 
de lignina, que facilita a subida da seiva bruta 
ou mineral. A lignina pode formar estruturas 
de várias formas dentro dos vasos: 
espiraladas, escalariformes, aneladas, 
reticuladadas ou pontuadas. 
Composição celular do xilema: elementos 
traqueais (traqueídes e elemento de vaso), 
células parenquimáticas lenhosas, fibras 
lenhosas. 
Nos vegetais arbóreos o xilema recém 
produzido pelo câmbio, portanto próximos 
dele, constituem o alburno que é o xilema 
funcional, ou seja, para o transporte de seiva 
 
 Figura 7: Estômato 
 Aula 04Aula 04Aula 04Aula 04: Histologia : Histologia : Histologia : Histologia VegetVegetVegetVegetal al al al –––– parte parte parte parte 2222 
Biologia - Botânica 
 
Grupo de Estudos Pré Vestibular Igreja Imaculada Conceição 
bruta. Já o xilema velho, mais distante do 
câmbio, localizado internamente, perde a 
função condutora, sofre impregnação de 
substâncias variadas, como lignina, resina ou 
pigmentos, passar a exercer a função 
sustentadora, denominado de cerne, cujo é 
empregado na indústria madeireira, como 
construção civil ou confecção de móveis. 
 
Anéis de crescimento: 
São zonas concêntricas sucessivas no xilema. 
Resultantes da variação de atividade do 
câmbio vascular em resposta a alterações 
climáticas. Visibilidade ocorre devido 
diferença entre os vasos produzidos no final 
de um ciclo de atividade (xilema 
tardio ou estival) e os produzidos no início 
do ciclo seguinte (xilema 
inicial ou primaveril ), depois de uma fase de 
repouso. 
TARDIO: constituído por vasos xilemáticos 
mais finos e com paredes mais grossas. 
INICIAL: vasos de grosso calibre e paredes 
relativamente mais finas. 
 São mais evidentes em madeiras de 
regiões temperadas, devido às estações serem 
bem marcadas. 
Anel anual: estima a idade da árvore, 
contando-se o número deles. 
Falsos anéis de crescimento: mudanças 
bruscas na disponibilidade de água ou de 
outros fatores ambientais (luminosidade, 
temperatura, chuva, disponibilidade de 
água...) podem, entretanto, ser responsáveis 
pela produção de mais de um anel de 
crescimento num mesmo ano. 
 
 
 
Figura 9:Anéis de crescimento 
FLOEMA OU LÍBER: Tecido vivo, sendo o 
principal tecido de condução de materiais 
orgânicos e inorgânicos em solução nas 
plantas vasculares ou seja seiva elaborada ou 
orgânica, que é produzida após a fotossíntese. 
 Substâncias transportadas na solução 
floemática: água, carboidratos na forma de 
sacarose, substâncias nitrogenadas como 
aminoácidos e amidas, lipídios, ácidos 
orgânicos, ácidos nucléicos, substâncias 
reguladoras de crescimento, vitaminas e íons 
inorgânicos. O transporte de solutos pelo 
floema é um movimento entre órgãos 
produtores (fonte) de carboidratos 
principalmente e órgãos consumidores 
(dreno) que consome substâncias orgânicas 
para a formação de novos órgãos ou para a 
acumulaçãode substâncias de reserva. 
Fonte: folhas maduras, cotilédones e 
endosperma da semente em germinação, 
tecidos de reserva de raízes e caules em 
brotamento. 
Dreno: meristemas, folhas jovens, cotilédones 
ou endosperma de semente em formação, 
tecidos de reserva em raiz, caule ou folhas 
quando estão armazenando substâncias. 
Composição celular do floema: elementos 
crivados, células crivadas e elementos de tubo 
crivado, células parenquimáticas liberianas, 
células companheiras, albuminosas e 
intermediárias; fibras liberianas; e esclereídes. 
Quando as condições climáticas são adversas, 
a planta pode, no nível de floema, interromper 
a circulação da seiva elaborada, devido ao 
polissacarídeo callus, formando uma 
calosidade que durará o período necessário a 
sobrevivência da planta. 
 
 
Figura 10: Células que compõe o xilema e o floema 
Biologia - Botânica 
 
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2.4. Tecidos de Preenchimento 
(Parenquimáticos) 
Tecidos que preenchem permanentemente os 
órgãos das plantas, são células vivas, com 
funções específicas. 
- Parênquima de assimilação 
 Também chamado de parênquima 
assimilador, fotossintético, fotossintetizante, 
clorofiliano ou clorênquima. Função ligada a 
fotossíntese. Encontra-se no mesófilo foliar e 
suas células são ricas em cloroplastos com 
clorofilas. Principais tipos: 
 Parênquima Paliçádico: células 
intimamente unidas lembrando um paliçada 
(cerca ou muro de estacas), portanto quase 
não há espaços entre células. 
 Parênquima Lacunar: células 
ligeiramente afastadas, apresentando lacunas 
(espaços) entre si. 
 
- Parênquima de Reserva: responsável pela 
reserva de substâncias como amido. 
- Parênquima Aquífero: típico de plantas 
xerófitas (clima seco), como cactáceas. 
Armazena água em suas células. 
- Parênquima Aerífero: Acumula ar em 
lacunas existentes em suas células. 
Característico de plantas aquáticas. Ex: 
vitória-régia e o aguapé, o que facilita sua 
flutuação. 
 
Tecidos secretores: Diversos produtos finais 
do metabolismo das plantas ficam 
armazenados em células ou agrupamentos de 
células espalhados pelo vegetal. Embora esses 
produtos não atuem mais diretamente no 
metabolismo, eles ainda podem ser úteis à 
planta. 
- Bolsas secretoras: são formadas por grupos 
de células que delimitam um espaço onde 
acumulam secreções, geralmente oleosos. 
Elas ocorrem geralmente nos parênquimas das 
folhas, dos caules e dos frutos. 
- Vasos Laticíferos: latéx - seringueira 
- Vasos Resiníferos: resina de pinheiros, ex: 
Pinus. 
- Pelos secretores: presente em planta como a 
urtiga que fabrica um líquido cáustico; e os 
das plantas insetívoras que fabricam 
substâncias digestivas. 
- Nectários: néctar 
- Hidatódios: são estruturas que eliminam 
água pura ou soluções diluídas de solutos 
orgânicos e inorgânicos pelo processo de 
gutação, do interior da folha para a sua 
superfície. 
- Células oleíferas: essas células secretoras 
normalmente ocorrem isoladas (idioblastos) e 
contêm substâncias de natureza lipofílica em 
seu interior, provavelmente com função de 
defesa contra microrganismos e herbívoros. 
 
 
 
 
Fisiologia Vegetal: estuda os processos e 
funções naturais que ocorrem nas plantas. 
 
ABSORÇÃO DE ÁGUA: 
A água está ligada a vários processos 
fisiológicos dos vegetais, como: transpiração, 
fotossíntese, translocação de solutos, entre 
outros. É um fator limitante na vida dos 
organismos e participa em três funções: como 
componente químico, solvente orgânico e 
atua na hidratação. A água e os nutrientes 
minerais são retirados do solo e levados até as 
folhas, constituindo a seiva bruta ou mineral 
ou inorgânica. 
Os nutrientes químicos podem ser 
classificados em dois grupos: 
- Micronutrientes: necessários em pequenas 
quantidades. (Cloro, Boro, Zinco, Cobre, 
Ferro, Molibdênio, Níquel, Manganês). 
- Macronutrientes: necessários em grandes 
quantidades. (Nitrogênio, Potássio, Fósforo, 
Enxofre, Cálcio, Magnésio). 
Processo de absorção: a água e os sais 
minerais penetram no vegetal através da raiz, 
pela zono pilífera ou de absorção, cuja células 
apresentam paredes celulares permeáveis, que 
facilitam a entrada de água. 
 
Processos de transporte de água: 
Difusão: movimento de moléculas pela 
agitação térmica ao acaso, de uma região de 
alta concentração para uma de baixa 
concentração. 
Fluxo de massa: é o movimento em conjunto 
de grupos de moléculas em massa, 
normalmente em resposta a um gradiente de 
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pressão. Ex: fluxo de água em uma 
mangueira. 
Osmose: ocorre de forma espontânea em 
função de uma força propulsora, influenciada 
pelos gradientes de concentração e pressão, 
atravessando a membrana semi-permeável. 
 
Sistema solo – planta – atmosfera: 
Direção do transporte de água: 
solo → raízes → caule → folhas → atmosfera 
 
Movimento da água na raiz: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A água pode passar por entre as células da 
raiz (apoplasto). O caminho que atravessa as 
células (simplasto) acaba selecionando os 
elementos que devem entrar ou não no 
cilindro central mais rapidamente que o 
anterior. Mas o apoplasto também acaba 
sendo interrompido, pois precisa atravessas as 
estrias de Carpary, sendo obrigatória a sua 
passagem pelas células, ocorrendo novamente 
a seletividade. 
 
Figura 11: Rotas para absorção de água pelas raízes 
 
TRANSPORTE DA ÁGUA NO XILEMA: 
segue a corrente transpiratória 
A seiva bruta é elevada através do xilema e 
depende da transpiração da água pelas folhas. 
À medida que a água evapora, toda a coluna 
líquida dos vasos lenhosos é empurrada para 
cima devido a sucção interna e a tensão 
superficial das moléculas da água manter-se 
juntas por forças de coesão, conhecida pela 
Teoria de Coesão-Tensão. 
A capilaridade também contribui para este 
processo, pois a água eleva-se 
espontaneamente através de um tubo de 
calibre pequeno devido suas moléculas serem 
carregadas eletricamente, apresentando 
afinidade com a parede do tubo. 
 
TRANSPORTE DE ÁGUA NO FLOEMA: 
A seiva elaborada é transportada através do 
floema das folhas até todas as partes da planta 
pelo mesmo processo osmótico entre as 
extremidades dos vasos liberianos. 
Teoria do fluxo de massa: elaborada por Ernst 
Munch, em 1930. É a mais aceita atualmente 
para explicar o transporte de seiva elaborada 
sob pressão no floema. De acordo com a 
teoria, a água da seiva bruta que chega pelo 
xilema ao órgão de maior pressão osmótica 
(geralmente, a folha) penetra em seus vasos 
floemáticos por osmose, empurrando a massa 
de seiva elaborada neles presente em direção 
ao órgão de menor pressão osmótica 
(geralmente a raiz). Em outras palavras, a 
pressão osmótica nas folhas é elevada ao nível 
dos vasos liberianos, pois o açúcar e outras 
substâncias são bombeados para seu interior. 
Como nas outras regiões a pressão osmótica é 
menor, ocorre um deslocamento em todas as 
direções do vegetal facilitando a distribuição 
da seiva elaborada pelo floema. 
 
Anel de Malpighi: A maior parte das plantas 
atuais, incluindo as grandes árvores, está no 
grupo das angiospermas dicotiledôneas. Neste 
caso a distribuição dos vasos no caule é 
organizada de tal forma que os vasos 
xilemáticos formam um cilindro central 
maciço coberto por outro cilindro constituído 
pelos vasos do floema, os quais se encontram 
aderidos à casca da planta. 
 
Movimento da água na raiz: 
Epiderme → córtex → endoderme → 
xilema. 
Rotas de transporte → da epiderme até a 
endoderme: 
Rota apoplástica – parede celular (na 
endoderme movimento obstruído pelas 
estrias de Caspary - suberina); 
Rota simplástica – plasmodesmas e 
membrana plasmática. 
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Figura 12: Distribuição dos vasos no caule. 
 
Assim, ao retirar-se um anel completo dacasca de uma árvore a região dos vasos 
floemáticos será destruída. Quando executado 
no caule principal, este procedimento resulta 
na interrupção do fluxo de açúcares em 
direção à raiz, a qual não os produz, mas 
depende deles para a manutenção de suas 
células. A raiz passa, então, a utilizar-se de 
suas reservas de amido como fonte de 
carboidratos. O fim das reservas resulta na 
morte das células radiculares, impedindo a 
absorção de água e nutrientes minerais. 
Assim, a parte aérea da planta também morre 
posteriormente. Logo após a formação do anel 
é possível verificar inchaço do caule acima do 
corte. Se o anel de Malpighi for feito 
especificamente em um galho da planta, este 
acumulará mais açúcares na região acima do 
corte, onde pode-se verificar maior 
desenvolvimento das estruturas caulinares, 
maior facilidade na floração e a produção de 
frutos maiores e mais doces. Como a raiz 
continuará recebendo seiva elaborada de 
outros ramos Íntegros não haverá prejuízo ao 
desenvolvimento da planta. 
 
Figura 13: Anel de Malpighi 
 
 
 
 
FOTOSSÍNTESE: o termo significa, 
literalmente, “síntese utilizando luz”. 
A fotossíntese é o principal processo 
autotrófico e é realizada pelos seres 
clorofilados, representados por plantas, alguns 
protistas, bactérias fotossintetizantes e 
cianobactérias. 
 
A energia luminosa dirige a síntese de 
carboidratos a partir do dióxido de carbono e 
água com liberação de oxigênio. 
 
6 CO 2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2 
 Dióxido água carboidrato oxigênio 
 de carbono 
 
Local onde a fotossíntese ocorre: 
Nos organismos mais simples, como 
as cianobactérias (procariontes, sem organelas 
dotadas de membrana), a fotossíntese ocorre 
no hialoplasma, que é onde se encontram 
diversas moléculas de clorofila, associadas a 
uma rede interna de membranas, que são 
extensões da membrana plasmática. Em 
organismos eucariontes a fotossíntese ocorre 
totalmente no interior do cloroplasto. 
Os cloroplastos são um tipo de cromoplastos 
que contém pigmento chamado clorofila, que 
são capazes de absorver a energia 
eletromagnética da luz solar e a convertem em 
energia química. 
 
Figura 14: Interior de um cloroplasto 
 
No interior do cloroplasto existe uma matriz 
amorfa chamada estroma que contém várias 
enzimas, grãos de amido, ribossomos e 
DNA. Mergulhado no estroma, existe um 
sistema de membrana (bicamada) que forma 
um conjunto de sacos achatados em forma de 
discos chamados de membrana tilacóide (do 
grego thylakos, saco). O conjunto de discos 
empilhados recebe o nome de granum. O 
lúmen da membrana tilacóide é chamado 
de espaço tilacóide. Na membrana exposta ao 
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estroma se localizam as clorofilas que 
participam da fotossíntese. 
Os pigmentos ligados a diferentes proteínas e 
lipídeos nas membranas dos tilacóides 
granares e estromáticos formam sistemas 
complexos de proteínas-clorofila 
denominados fotossistemas. Há dois tipos de 
fotossistemas: 
Fotossistema I: localizado na região da 
membrana voltada para o estroma, são as 
menores partículas intramembranosas. 
Fotossistema II: localizado em tilacóides 
granares, formado por partículas maiores. 
 
As etapas da fotossíntese: 
São duas etapas que envolvem várias reações 
químicas: 
- Fase Clara (também chamada de 
fotoquímica) 
- Fase Escura (também chamada de fase 
química) 
Em linhas gerais, os eventos principais da 
fotossíntese são a absorção da energia da luz 
pela clorofila; a redução de uma aceptor de 
elétrons chamado NADP, que passa a 
NADPH2; a formação de ATP e a síntese de 
glicose. 
A fase escura da fotossíntese não precisa 
ocorrer no escuro. O que o nome quer indicar 
é que ela ocorre mesmo na ausência de luz – 
ela só precisa de ATP e NADH2 para ocorrer. 
 
Fase clara: quebra da água (fotólise) e 
liberação de oxigênio. 
Ocorre na membrana dos tilacóides. Como 
resultado têm-se a produção de oxigênio, ATP 
e NADPH2. Nesta fase também ocorre a 
fotofosforilação cíclica e acíclica. Para que 
isto ocorra participam também a ferridoxina, a 
plastoquinona e as cadeias de citocromos. 
 
Fase escura: nessa fase, a energia contida 
nos ATP e os hidrogênios dos NADPH2, 
serão utilizados para a construção de 
moléculas de glicose. A síntese de glicose 
ocorre durante um complexo ciclo de reações 
(chamado ciclo das pentoses ou ciclo de 
Calvin-Benson), do qual participam vários 
compostos simples. 
Durante o ciclo, moléculas de CO2 unem-se 
umas as outras formando cadeias carbônicas 
que levam à produção de glicose. A energia 
necessária para o estabelecimento das 
ligações químicas ricas em energia é 
proveniente do ATP e os hidrogênio que 
promoverão a redução dos CO2 são 
fornecidos pelos NADPH2. 
 
Figura 15: Etapas da fotossíntese 
 
Fatores que influenciam a fotossíntese: 
Quando se mede a taxa de fotossíntese de 
uma planta, percebe-se que essa taxa pode 
aumentar ou diminuir, em função de certos 
parâmetros. Esses parâmetros são conhecidos 
como fatores limitantes da fotossíntese. A 
fotossíntese tem alguns fatores limitantes, 
alguns intrínsecos e outros extrínsecos. 
Limitantes intrínsecos: disponibilidade de 
pigmentos fotossintetizantes, disponibilidade 
de enzimas e de cofatores. 
Limitantes extrínsecos: concentração de CO2, 
temperatura, comprimento de onda, 
intensidade luminosa. 
PONTO DE COMPENSAÇÃO FÓTICO: 
As células vegetais, assim como a enorme 
maioria das células vivas, realizam 
a respiração aeróbica, processo que absorve 
O2 e elimina CO2. A intensidade desse 
processo não é influenciada pela luz, e a 
célula o realiza tanto no claro como no 
escuro. 
 
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A intensidade da fotossíntese é 
influenciada pela luz. Com respeito às trocas 
gasosas, a fotossíntese tem papel inverso ao 
da respiração, pois absorve CO2 e elimina O2. 
 
 
Situação A: sob baixa luminosidade, 
fotossíntese < respiração. 
A planta absorve O2 e elimina CO2 para o 
meio ambiente. 
Situação B: fotossíntese = respiração celular. 
O O2 fotossíntese é consumido na respiração 
celular, e CO2 liberado na respiração celular é 
consumido na fotossíntese. Portanto, as 
trocas gasosas entre a planta e o ambiente 
são nulas. Esta intensidade luminosa é 
chamada Ponto de Compensação 
Luminoso ou Ponto de Compensação 
Fótico. 
Plantas umbrófilas ou de sombra – PCL baixo 
Plantas heliófilas ou de sol – PCL elevado 
Situação C: fotossíntese > respiração 
A planta absorve CO2 e elimina O2 para o 
ambiente. Como a produção de compostos 
orgânicos é superior ao consumo, nesta 
situação a planta cresce e incorpora matéria 
orgânica. 
 
 
 
HORMÔNIOS VEGETAIS : o crescimento 
vegetal é controlado por diversos fatores, 
entre os quais, destacam-se os hormônios 
vegetais ou fitormônios. Ocorrência natural 
na planta, eficientes em quantidades muito 
pequenas, que atuam como sinais para 
estimular ou inibir o crescimento ou regular 
programas de desenvolvimento de plantas. 
 
Quadro 3: Hormônios vegetais e suas funções 
 
Hormônio Principais funções 
Auxina Estimula o 
crescimento do caule 
e da raiz. Papel 
importante no foto e 
geotropismo. 
Participa no 
desenvolvimento dos 
frutos. 
Giberelina Relacionada a 
germinação das 
sementes. Estimula o 
crescimento das 
folhas, participa da 
floração e influência 
o crescimento da 
raiz. 
Citocinina Também afeta o 
crescimento da raiz, 
mas principalmente 
está relacionada a 
divisão celular 
(citocinese). Pode 
estimular a 
germinação e a 
floração. 
Ácido abscísico Inibe o crescimento e 
atua na quebra da 
dormência da 
semente. 
Etileno Amadurecimento de 
frutos e, junto com as 
auxinas participa da 
abscisão das folhas 
(queda). 
Auxina: tendem a migrar para longe das 
regiões iluminadas das plantas. Então quando 
seilumina unilateralmente uma planta, as 
auxinas concentram-se no lado menos exposto 
a luz, fazendo com que a planta se curve em 
direção a fonte luminosa, fenômeno 
conhecido com fototropismo. Atuam também 
no geotropismo que refere-se a capacidade 
dos vegetais em crescer no sentido da força 
gravitacional terrestre (positivo) ou contrária 
a ele (negativo). As auxinas atuam na 
dominância apical, ou seja, inibem o 
crescimento das gemas laterais do caule. 
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Então para fins comerciais de plantas 
ornamentais, ou para cultivos agrícolas faz-se 
a poda do ápice, induzindo com que ramos 
laterais se desenvolvam. 
 
FOTOPERIODISMO : é a influência da luz 
na floração que pode varia de espécie para 
espécie. Fotoperíodo é a duração do dia desde 
o nascer até o pôr do sol. 
 
OS MOVIMENTOS DOS VEGETAIS : 
Os movimentos dos vegetais respondem à 
ação de hormônios ou de fatores ambientais 
como substâncias químicas, luz solar ou 
choques mecânicos. Estes movimentos podem 
ser do tipo crescimento e curvatura e do tipo 
locomoção. 
• Movimentos de crescimento e curvatura: 
tropismo e nastimos ou násticos. 
 
Tropismo: são movimentos orientados em 
relação à fonte de estímulo. Estão 
relacionados com a ação das auxinas (como já 
comentado anteriormente). 
 - Fototropismo: Movimento orientado 
pela direção da luz. Existe uma curvatura do 
vegetal em relação à luz, podendo ser em 
direção ou contrária a ela, dependendo do 
órgão vegetal e da concentração do hormônio 
auxina. O caule apresenta um fototropismo 
positivo, enquanto que a raiz apresenta 
fototropismo negativo. 
 - Geotropismo: Movimento orientado 
pela força da gravidade. O caule responde 
com geotropismo negativo e a raiz com 
geotropismo positivo, dependendo da 
concentração de auxina nestes órgãos. 
 - Quimiotropismo: Movimento orientado 
em relação a substâncias químicas do meio. 
 - Tigmotropismo: Movimento orientado 
por um choque mecânico ou suporte 
mecânico, como acontece com as gavinhas de 
chuchu e maracujá que se enrolam quando 
entram em contato com algum suporte 
mecânico. 
 
Nastismo: são movimentos que não são 
orientados em relação à fonte de estímulo. 
Dependem da simetria interna do órgão, que 
devem ter disposição dorso - ventral como as 
folhas dos vegetais. 
 - Fotonastismo: Movimento das 
pétalas das flores que fazem movimento de 
curvatura para a base da corola. Este 
movimento não é orientado pela direção da 
luz, sendo sempre para a base da flor. Existem 
as flores que abrem durante o dia, fechando-se 
à noite como a "onze horas" e aquelas que 
fazem o contrário como a "dama da noite". 
 - Tigmonastismo e quimionastismo: 
Movimentos que ocorrem em plantas 
insetívoras ou mais comumente plantas 
carnívoras, que, em contato com um inseto, 
fecham suas folhas com tentáculos ou com 
pêlos urticantes, e logo em seguida liberam 
secreções digestivas que atacam o inseto. Às 
vezes substâncias químicas liberadas pelo 
inseto é que provocam esta reação. 
 - Seismonastia: Movimento verificado 
nos folíolos das folhas de plantas do tipo 
sensitiva ou mimosa, que, ao sofrerem um 
abalo com a mão de uma pessoa ou com o 
vento, fecham seus folíolos. Este movimento 
é explicado pela diferença de turgescência 
entre as células de parênquima aquoso que 
estas folhas apresentam. 
 
• Movimentos de locomoção ou 
deslocamento: Movimentos de deslocamento 
de células ou organismos que são orientados 
em relação à fonte de estímulo, podendo ser 
positivos ou negativos, sendo definidos 
como tactismos. 
 - Quimiotactismo: Movimento orientado 
em relação a substâncias químicas como 
ocorre com o anterozóide em direção ao 
arquegônio. 
 - Aerotactismo: Movimento orientado 
em relação à fonte de oxigênio, como ocorre 
de modo positivo com bactérias aeróbicas. 
- Fototactismo: Movimento orientado 
em relação à luz, como ocorre com os 
cloroplastos na célula vegetal. 
 
 
 
ORGANOLOGIA VEGETAL: se dedica ao 
estudo da morfologia externa das plantas. 
RAÍZES: é um órgão importante que é 
originado na radícula do embrião. É 
 Aula 08: Organologia Vegetal Aula 08: Organologia Vegetal Aula 08: Organologia Vegetal Aula 08: Organologia Vegetal ---- RaizRaizRaizRaiz 
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responsável pela absorção da seiva, fixação da 
planta no solo, armazenamento de nutrientes, 
e condução de seivas. 
 
Figura 16: Esquema demonstrando as diferentes 
regiões de uma raiz. Importante observar a região de 
ramificação, as regiões pilíferas (principal região de 
absorção), e região lisa (onde as células se multiplicam 
acentuadamente e permitem a expansão da raiz) e a 
coifa (uma massa de células que recobre e protege o 
meristema apical da raiz). 
CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES 
1. Quanto à origem: 
- Normais: desenvolvem-se a partir da 
radícula. Ex: raiz principal e todas suas 
ramificações (raízes secundárias). 
- Adventíceas: não se originam da radícula do 
embrião ou da raiz principal por ela formada. 
Podem forma-se nas partes aéreas das plantas 
e em caules subterrâneos. Ex: grampiformes. 
 
2. Quanto ao habitat: subterrâneas, aéreas e 
aquáticas. 
 
As raízes subterrâneas podem ser divididas 
em dois grandes grupos: 
- Raiz axial ou pivotante: com um eixo 
principal bem desenvolvido. Característica 
das Angiospermas do tipo dicotiledôneas e as 
Gimnospermas. 
 
- Raiz fasciculada ou cabeleira: não têm um 
eixo principal. É a raiz encontrada 
Angiospermas do tipo monocotiledôneas 
como na cana-de-açúcar, milho, arroz, etc. 
 
 
Figura 17: Tipos de raízes subterrêneas 
 
As raízes subterrâneas axiais e as fasciculadas 
que acumularem reservas nutritivas são 
chamadas de tuberosas, exemplo: batata. 
 
Raízes aéreas: de acordo com o meio em que 
vivem e com as suas necessidades, as raízes 
de certas plantas adaptaram-se modificando 
sua condição normal em formas aéreas. Sendo 
elas: 
- Raízes suportes ou fúlcreas: são 
adventícias, que brotando em direção ao solo, 
nele se fixam e se aprofundam, podendo 
atingir grandes dimensões. Auxiliam na 
sustentação dos vegetais. Ex: milho. 
- Raízes tabulares: são as que atingem grande 
desenvolvimento e tomam o aspectos de 
tábuas perpendiculares ao solo, ampliando a 
base da planta, dando-lhe maior estabilidade. 
São em parte aéreas e em parte subterrâneas. 
Ex: figueira. 
- Raízes grampiriformes ou aderentes: são 
adventícias com a forma de grampos, que 
fixam a planta trepadora a um suporte (seja 
outra planta ou não). Ex: hera. 
- Raízes cinturas ou estranguladoras: são 
adventícias que abraçam outro vegetal e, 
muitas vezes, o hospedeiro morre. Ex: cipós, 
mata-pau. 
- Raízes respiratórias ou pneumatóforos: são 
raízes com geotropismo negativo, que 
funcionam, ao fornecer oxigênio às partes 
submersas, como órgãos de respiração. 
Apresentam orifícios (lenticelas) chamados 
pneumatódios, em toda sua extensão, e, 
internamente, um aerênquima muito 
desenvolvido. Ex: plantas de mangue. 
- Raízes sugadoras ou haustórios: são 
adventícias, com órgãos de contato, os 
apressórios, em cujo interior, surgem raízes 
finas, os haustórios, órgãos chupadores que 
penetram no corpo da hospedeira, absorvendo 
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os alimentos, isto é, parasitando-a. Ex: 
cuscuta, erva-de-passarinho. 
 
Raízes aquáticas: neste caso elas 
desenvolvem um tipo de raiz com parênquima 
aerífero para auxiliar na oxigenação e 
flutuação. Quase não se observam pelos 
absorventes, mas apresentam uma coifa bem 
desenvolvida e, as vezes, dupla para proteger 
contra microorganismos aquáticos. Exemplo: 
aguapé. 
Quadro 4: Raízes aéreas 
 
Cinturas ou estrangulantes Suportes ou fúlcreas 
 
 
Respiratórias ou 
pneumatóforos 
Grampiforme ou aderente 
 
 
Sugadoras ou haustórios TabularesCAULES: elemento de ligação entre as raízes 
e as folhas. Quando jovens são normalmente 
clorofilados. Podem ou não apresentar 
ramifições, sendo normalmente divididos em 
nós (região de onde partem ramos) e entrenós. 
Os caules distinguem-se das raízes por 
apresentarem gemas (terminal ou lateral), que 
originam ramos, folhas e flores. Função 
produção e suporte de ramos, flores e frutos; 
condução da seiva; crescimento e propagação 
vegetativa; às vezes, fotossíntese e reserva de 
nutrientes. Normalmente os caules possuem 
fototropismo positivo (se desenvolvem em 
direção à luz) e geotropismo negativo (contra 
a ação da gravidade). 
 
Figura 18: Imagem de um caule com as estruturas 
típicas: as gemas, que representam os meristemas; os 
nós de onde partem as gemas; e os entrenós, região do 
caule entre dois nós, a qual pode alongar-se para 
promover o crescimentodo eixo em comprimento. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CAULES 
Quanto ao habitat, os caules podem ser 
classificados aéreos (acima da superfície do 
solo), subterrâneos (abaixo da suberfície do 
solo) e aquáticos. 
Aéreos: são subdivididos em eretos 
(desenvolvimento quase sempre vertical), 
rastejantes, trepadores. 
- Eretos: 
Tronco ou fuste: lenhoso, resistente, cilíndrico 
ou cônico, ramificado.Ocorre em árvores e 
arbustos, típico de dicotiledôneas e 
gimnospermas. 
Estipe: lenhoso, resistente, cilíndrico, longo, 
em geral não ramificado. Em seu ápice 
apresenta um tufo de folhas que a ele se 
prendem diretamente. Ex: palmeiras. 
Colmo: silicoso, cilíndrico, com nós e entre-
nós bem marcantes. Podem ser cheios ou oco. 
Colmo típico é o da cana-de-açúcar, com 
gomos cheios de medula. No bambu, a 
medula se desintegra durante o 
desenvolvimento do colmo, de maneira que 
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ele se torna oco, nesse caso sendo chamado de 
colmo fistuloso. 
Haste: herbáceo ou fracamente lenhificado, 
pouco resistente. Ocorre em ervas e 
suarbustos. Ex: serralha. 
Escapo: o que sai do rizoma, bulbo, não 
ramificado, áfilo e sustenta flores na 
extremidade. Ocorre em plantas acaules: 
margarida, falsa tiririca. 
 
- Rastejantes: São apoiados e paralelos ao 
solo, com ou sem raízes, de trechos em 
trechos. 
Sarmento ou prostado: caule que se prende ao 
solo por um único ponto de fixação e cresce 
rastejando, sem formar outros pontos de 
enraizamento. Ex: abóbora. 
Estolonífero ou estolão: alguns autores 
consideram o estolão ou estolho como caule 
rastejante, estes surgem de ramos laterais, 
apoiado no solo ou abaixo dele, que, de 
espaço em espaço, forma gemas com raízes e 
folhas rosuladas, assegurando a vegetação 
vegetativa, ex: violeta, morango. 
 
- Trepadores: são os que sobem em algum 
suporte, por meio de elementos de fixação, ou 
a ele se enroscam, ex: por meio de raízes 
adventícias: hera ou gavinhas: chuchu, uva. 
Volúvel: enroscam-se, mas sem auxílio de 
órgãos de fixação. Podem ser sinistrorsos (ao 
passar por trás do suporte, dirigem-se para a 
esquerda): enrola-semana, e dextrorsos 
(dirigem-se para esquerda). 
 
Subterrâneos: são subdivididos em rizoma, 
tubérculo e bulbo (bulbo sólido ou cheio, 
escamoso, tunicado, composto ou bulbilho) 
Rizoma: geralmente horizontal, emitindo de 
espaços em espaços, brotos aéreos foliosos e 
floríferos; dotados de nós, entre nós, gemas e 
escamas, podendo emitir raízes, ex: bambu, 
bananeira, escapa de São Jorge. 
 
Tubérculo: armazenagem de substâncias de 
reserva (amido) é sua principal função. 
Possuem, geralmente, uma forma globosa, 
ovóide, com gemas nas axilas de escamas ou 
de suas cicatrizes. Ex: batata – inglesa. 
Bulbo: formado por um eixo cônico que 
constitui o prato (caule), dotado de gema, 
rodeado por catáfilos (folhas modificadas), 
em geral com acúmulo de reservas, tendo na 
base raízes fasciculadas. 
 - bulbo sólido ou cheio: açafrão, falsa 
tiririca. 
 - bulbo escamoso: açucena, lírio. 
 - bulbo tunicado: cebola, alho 
 - bulbo composto ou bulbilho: trevo 
alho 
 
Aquáticos: plantas que se adaptaram e se 
desenvolveram sob a água. Para tanto 
apresentam parênquima aerífero que facilita a 
oxigenação e a flutuação. Ex: aquapé. 
 
Quadro 5 : Classificação dos caules 
 
Áereo - Haste Áereo - Tronco 
 
 
Áereo - Estipe Áereo – Colmo cheio 
 
 
Áereo – Colmo fistuloso Rastejante – estolão 
 
 
Rastejante – Sarmentoso Trepador - Volúvel 
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Subterrâneo - rizoma Subterrêneo - tubérculo 
 
Subterrêneo – bulbo 
tunicado 
Caule aquático 
 
 
ADAPTAÇÕES CAULINARES: 
Modificações dos caules normais, muitas 
vezes como consequência das funções que 
exercem ou em razão da influência do meio 
físico. 
Cladódio (filocládio): são caules que 
reassumiram seu papel fotossintético coma 
redução parcial ou até total da área foliar. São 
suculentos e normalmente apresentam aspecto 
de folhas, no entanto, diferem-se destas por 
apresentarem gemas e darem origem 
diretamente a flores. Esses caules são 
denominados cladódios, porém quando 
chegam a se tornar achatados, são, mais 
acertadamente, chamados de filocládios. Ex: 
cactos. 
Gavinhas: são estruturas de fixação que certas 
plantas utilizam enrolando-a no suporte. A 
origem das gavinhas pode ser a partir de 
folhas modificadas, de profilos modificados, 
de ramos ou de inflorescências. Ex: maracujá. 
Espinhos: são ramos caulinares curtos e 
pontiagudos que agem na proteção do vegetal. 
Encontrados na laranjeira, no limoeiro, etc. 
Diferem-se dos acúleos por apresentarem 
vascularização. Os acúleos são processos 
epidérmicos superficiais. 
 
Quadro 6: Adaptações caulinares 
 
Gavinhas Espinhos 
 
Cladódio Filocádio 
 
 
 
 
FOLHA: expansão lateral e laminar do caule, 
de simetria bilateral e crescimento limitado, 
constituindo-se em um orgão vegetativo, com 
importantes funções metabólicas, são elas: 
fotossíntese (nutrição), respiração e 
transpiração; condução e distribuição de 
seiva. 
Uma folha completa apresenta as seguintes 
partes: limbo, pecíolo, bainha ou então 
estípulas. 
 
Figura 19: Composição da folha 
 
Limbo: parte laminar e bilateral; 
Pecíolo: haste sustentadora do limbo; 
Bainha: parte basal do pecíolo que envolve 
total ou parcialmente o caule. 
Nervuras: são os feixes vasculares 
liberolenhosos, responsáveis pela condução 
de seiva e manutenção do limbo aberto. 
Folhas paralelinérveas são típicas de 
monocotiledôneas, enquanto que folhas 
reticuladas, peninérveas são de 
dicotiledôneas. 
 
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 “As folhas que apresentam as quatro partes 
descritas são ditas folhas completas. As folhas 
nas quais alguma ou várias destas estruturas 
estão faltando são chamadas de folhas 
incompletas”. 
 
FOLHAS INCOMPLETAS 
Folhas pecioladas: quando não apresentam a 
bainha. O pecíolo está inserido diretamente no 
caule. Ex: abóbora. 
Folhas invaginantes: não apresentam pecíolo, 
apenas bainha, a qual abraça o caule. Ex: 
gramíneas. 
Folhas sésseis: não possuem nem pecíolo e 
nem bainha. O limbo está inserido 
diretamente no caule. Ex: espada de São 
Jorge. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS 
ESTUDO DO LIMBO 
 
QUANTO À NERVAÇÃO: 
Uninérvias (única nervura); paralelinérveas 
(nervuras secundárias paralelas a principal); 
peninérveas (nervuras secundárias ao longo 
da principal); palminérveas ou digitinérveas 
(nervuras saem do mesmo ponto); 
curvinérveas (nervuras secundárias curvas); 
peltinérveas (nervuras das folhas peltadas, 
com nervuras irradiando do pecíolo que se 
insere no centro ou próximo, na face dorsal do 
limbo) 
QUANTO À CONSISTÊNCIA 
Carnosa ou suculenta (abundante emsucos); 
coriácea (lembrando couro); herbácea 
(consistência de erva, sem lenhosidade); 
membranácea (consistência de membrana, 
sutil e flexível). 
 
QUANTO À SUPERFÍCIE 
Glabra (desprovida de pelos); lisa (sem 
acidentes); pilosa (revestida de pelos); rugosa 
(enrugada). 
 
QUANTO A FORMA DO LIMBO 
Acicular, cordiforme, deltoide, elítica. 
Ensiforme, escamiforme, espatulada, 
falciforme, hastada ou alabardina, lanceolada, 
linear, oblonga, obovada, orbicular, peltada, 
reniforme, sagitada, subulada. 
 
QUANTO AO NÚMERO DE LIMBOS : 
Folhas simples: apresentam limbo único 
inteiro, não dividido em folíolos. 
Folhas compostas: o limbo é dividido em 
pequenas porções denominadas folíolos. As 
folhas compostas podem ainda ser divididas 
em: paripenadas (número par de pinas) E 
imparipenadas (número ímpar de pinas). 
Folíolos: cada uma das partes individuais, 
laminares, dotadas de articulação, de uma 
composta. 
 
***Ainda há classificações quanto a borda da 
folha, quanto ao ápice, à base, a disposição 
das folhas no caule. 
 
FOLHAS MODIFICADAS: 
Brácteas: são folhas geralmente coloridas que 
protegem as flores ou inflorescências e/ou 
agem na atratividade de polinizadores. O 
antúrio, o copo-de-leite, a margarida, são 
exemplos de plantas que apresentam brácteas. 
Catáfilos: têm a função de proteção dos 
meristemas das gemas e/ou de armazenagem 
de reservas (bulbos). 
Espinhos: quando estes têm origem foliar, 
geralmente possuem função de proteção 
contra a transpiração excessiva, como no caso 
dos cactos. 
Espatas: se enrolam e protegem um 
inflorescência denominada espádice. 
Escamas: recobrem os brotos dos bulbos 
subterrêneos. 
Carnívoras: divididas em duas metades, com 
bordas em forma de fímbrias que fecham-se 
rapidamente quando um inseto passa 
provocando irritação, aprisionado o inseto. 
 
FOLHAS COM FUNÇÃO DE 
REPRODUÇÃO 
Esporófilos: folhas como as da samambaia 
que possuem os soros, onde são produzidos os 
esporos. As samambaias ainda possuem 
folhas estéreis, apenas com função 
fotossintética. 
Antófilos: folhas adaptadas para a reprodução. 
Formam as estruturas florais: estames, 
carpelos, pétalas e sépalas. 
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FOLHAS COM FUNÇÃO DE 
NUTRIÇÃO 
Cotilédones: são as primeiras folhas de um 
embrião. São estruturas que podem servir 
como reserva de nutrientes, encontradas nas 
sementes de gimnospermas (vários) e em 
sementes de angiospermas (um – 
monocotiledôneas; ou dois - dicotiledôneas). 
Folhas insetívoras: folhas dotadas de 
glândulas digestivas, encontradas em plantas 
insetívoras. 
Folhas coletoras: com função de coleta de 
água, são folhas características de plantas 
epífitas como as bromélias. 
 
Mais alguns conceitos sobre as folhas 
Abscisão: trata-se da queda periódica das 
folhas (ou de outros órgãos) devido a fatores 
endógenos ou exógenos. As plantas que 
perdem as folhas na estação seca (outono-
inverno) são chamadas decíduas ou caducas. 
já as plantas cujas folhas não são afetadas pela 
estação são chamadas plantas perenes. 
Heterofilia: situação onde dois ou mais tipos 
de folhas estão presentes em um mesmo 
vegetal. 
Filotaxia: é o arranjo das folhas ao redor do 
caule. existem quatro tipos básicos de 
filotaxia: oposta dística, oposta cruzada, 
alterna e verticilada. 
 
 
 
 
ÓRGÃOS REPRODUTIVOS 
FLORES: Aparelho reprodutor sexual das 
plantas superiores (fanerógramos). Função 
reprodução sexual. 
 
Figura 20: Partes constituintes de uma flor completa. 
 
PARTES CONSTITUINTES: 
Pedúnculo: é a haste que prende a flor ao 
ramo. 
Receptáculo floral: extremidade do 
pedúnculo que sustenta os outros verticilos da 
flor. 
Brácteas: folhas modificadas, localizadas 
próximo aos verticilos florais. 
Verticilos: são os conjuntos de peças iguais 
que ocupam o mesmo nível na flor: cálice 
(sépalas), corola (pétalas), gineceu (carpelos) 
e androceu (estames). 
Cálice: conjunto de sépalas, folhas 
modificadas com função de proteção da flor, 
localizadas abaixo da inserção das pétalas 
(geralmente verdes). 
Corola: formada pelo conjunto de folhas 
modificadas chamadas pétalas. 
Androceu: a porção masculina da flor, 
formado pelo conjunto de folhas modificadas 
denominados estames. 
Gineceu (pistilo): porção feminina, formada 
pelo conjunto de carpelos da flor. 
 
 
 Figura 21: Esquema representando um estame à 
esquerda e um carpelo à direita, assim como as suas 
partes constituintes. 
 
 
 
 
Figura 22: Brácteas 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SEXO 
NA FLOR: 
Díclina: 
- Unissexual feminina: presença 
apenas do gineceu. 
- Unissexual masculina: presença 
apenas do androceu. 
Hermafrodita: dois sexos na mesma flor, 
também chamada de monóclina, o mesmo que 
andrógina. 
 
POLINIZAÇÃO: é o transporte do grão de 
pólen da antera até o estigma (parte terminal 
do carpelo) da flor. 
A autopolinização, autogamia ou polinização 
direta ocorre em flores monóclinas. 
A polinização cruzada ou indireta ocorre em 
flores díclinas, onde se faz necessário o 
transporte de pólen entre flores diferentes de 
mesma espécie. Também é comum ocorrer 
em flores monóclinas na busca de 
variabilidade genética. 
 
Adaptações das plantas à polinização: 
Plantas anemófila: anemófila, pelo vento 
Plantas zoófilas: os agentes polinizadores são 
animais. 
 - Entomófilas: insetos 
 - Ornitófilas: passáros 
Plantas hidrófilas: algumas plantas aquáticas 
polinizadas pela própria água. 
 
Tipos de polinização: 
Autogamia ou polinização direta: quando o 
pólen é recebido no estigma da mesma flor, 
ex: cleistógamas (flores que se encontram 
fechadas quando ocorre a polinização, como, 
por exemplo, a ervilha). 
Alogamia ou polinização indireta: quando a 
polinização se faz entre flores diferentes, ex: 
plantas dioicas, milho. 
 
Mecanismos que IMPEDEM a 
autopolinização: (obs – estes mesmos fatores 
favorecem a alogamia ou polinização 
cruzada) 
Dicogamia: Amadurecimento das estruturas 
reprodutoras em tempos diferentes. 
 - Protandria: androceu amadurece 
primeiro que o gineceu. 
 - Protoginia: gineceu amadurece 
primeiro que o androceu. 
Heterostilia: quando as flores têm estilete 
curto e filetes longos; ou quando o estilete é 
longo e os filetes são curtos. 
Autoesterilidade: incompatibilidade genética 
entre os grãos de pólen e o gineceu da mesma 
flor. 
Ercogamia: quando há barreira que impede 
ou dificulta a polinização direta, ex: orquídea. 
Diclinia: produção de flores com sexo 
separado impedindo a autopolinização. 
 
Formação do tubo polínico: 
O grão de pólen (gametófito masculino), ao 
atingir o estigma, adere-se a este por meio de 
pelos ou de substância pegajosa. O grão de 
pólen (fase imatura) carrega duas ou três 
células. Uma destas células germina 
originando o tubo polínico que adentra ao 
orifício do estilete em direção ao ovário da 
flor, enquanto que a outra dá origem a dois 
gametas (fase madura). 
O gametófito feminino (óvulo) maduro é 
chamado de saco embrionário. Este tem 
vários núcleos e várias células das quais uma 
é a oosfera. Dos dois gametas masculinos, 
provenientes do grão de pólen, um se une à 
oosfera originando o zigoto diplóide, 
enquanto que o outro se une com dois núcleos 
polares, dando origem ao endosperma 
(albúmen) triplóide. 
Feito isso, o óvulo se desenvolve na semente 
e o ovário, no fruto. O embrião da semente é 
proveniente do zigoto de dentro do óvulo. 
 
 
Figura 23: Fecundação 
 
 
O gameta masculino dos vegetais é o núcleo 
espermático ou gamético. 
O gameta feminino dos vegetais é a oosfera. 
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Nas gimnospermas não há fruto porque não 
há ovário. 
 
 
 
 
FRUTOS: É o ovário desenvolvido com as 
sementesjá formadas; ou pode ser ainda 
constituído de diversos ovários e ter ou não 
estruturas acessórias. 
Apenas as angiospermas apresentam fruto, o 
qual tem como função a proteção das 
sementes e função auxiliadora na dispersão 
das mesmas. 
 
Constituição: O fruto é formado basicamente 
pelo pericarpo e pelas sementes. O pericarpo, 
por sua vez, possui três regiões: epicarpo, 
mesocarpo (normalmente a parte comestível) 
e endocarpo. 
 
 
Figura 24: Partes constituintes em um fruto carnoso. 
 
TIPOS DE FRUTOS QUANTO A 
CONSISTÊNCIA DO PERICARPO: 
Carnosos: pericarpo espesso e suculento 
Baga: fruto com muitas sementes. Ex: limão, 
tomate, abóbora, etc. 
Drupa: possui apenas uma semente, ou 
caroço. Ex: pêssego, manga. 
Pomo: pseudofruto formado pela dilatação do 
receptáculo, o qual chega a envolver o ovário 
(fruto propriamente dito). Ex: maçã, pêra. 
 
Secos: com pericarpo não suculento. 
Deiscentes: abrem-se quando maduros. Ex: 
legume ou vagem, fruto das leguminosas 
como o feijão, a ervilha e a soja. 
Indeiscentes: não se abrem quando maduros. 
Ex: cariopse das gramíneas como o milho, o 
trigo, o arroz. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS: 
Simples: apenas um ovário, de uma flor. 
Múltiplos: ou agregados, resultam de diversos 
ovários de uma flor diacarpelar. Ex: morango, 
framboesa. 
Compostos: ou infrutescência, resultam da 
concrescência dos ovários das flores de uma 
inflorescência. Ex: abacaxi. 
Complexos: ou pseudofrutos; resultam de uma 
só flor, quando outras partes florais , além do 
ovário, participam de sua constituição. Ex: 
pera, caju. 
 
PSEUDOFRUTO – Proveniente de outras 
partes que não um único ovário. 
Pseudofrutos simples: são originados do 
receptáculo floral. Ex: maçã, pêra, caju etc. 
 Pseudofrutos compostos: são originados de 
vários ovários de uma só flor. Ex: morango. 
Pseudofrutos múltiplos ou infrutescência: são 
derivados de diversas partes de várias flores. 
Ex: abacaxi, figo, amora, etc. 
 
FRUTOS PARTENOCÁRPICOS - são 
frutos que se desenvolvem sem que haja 
fecundação da oosfera. Esses frutos não 
desenvolvem semente. Ex: banana, laranja-
baiana. 
 
Dispersão de frutos: 
Assim como no caso da polinização, a 
dispersão de frutos e sementes recebe nomes 
característicos de acordo com os meios 
dispersores. 
Anemocoria: dispersão pelo vento. 
Zoocoria: dispersão com auxílio de animais. 
Hidrocoria: com auxílio da água. 
 
SEMENTES: é o óvulo desenvolvido após a 
fecundação, contendo o embrião, com ou sem 
reservas nutritivas, protegido pelo tegumento. 
 
Constituição da semente: 
Tegumento ou casca: 
- Testa: originada da primina do 
óvulo; 
- Tegmen ou tegma: originado da 
secundina do óvulo. 
Amêndoa: 
- Embrião: originado da oosfera 
fecundada. São partes constituintes do 
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embrião a radícula, o caulículo, a gêmula e os 
cotilédones. 
- Reservas: que podem ser albume ou 
endosperma (tecido triploide originado da 
fusão dos núcleos polares com o núcleo 
espermático) ou perisperma. 
 
Tipos de disseminação: 
Antropocórica: homem 
Zoocórica: animais 
Anemocórica: vento 
Hidrocárica: água 
Bolocórica: pelo próprio vegetal 
Geocárpica: quando os pedúnculos, após a 
fecundação, enterram no solo os próprios 
frutos, ondem amadurecem. Ex: amendoim. 
 
Germinação: A germinação é dependente de 
muitos fatores externos e internos. Umidade, 
temperatura, oxigênio, luz, são alguns 
exemplos de fatores externos que interferem 
na condição de uma semente germinar ou não. 
Sementes que estão ainda com o embrião 
imaturo são ditas dormentes e estas não 
germinam mesmo que as condições 
ambientais estejam favoráveis. 
Os eixos formados pela germinação recebem 
certos nomes específicos: 
Plântula: embrião já desenvolvido em 
consequência da germinação. 
Epicótilo: eixo embrionário que se posiciona 
acima da inserção do(s) cotilédone(s). 
Hipocótilo: eixo embrionário que se estende 
da inserção do(s) cotilédone(s) até a radícula. 
Radícula: raiz embrionária presente na 
extremidade inferior do embrião. 
Coleóptila: bainha fechada do embrião das 
gramíneas e de outras monocotiledôneas, 
dentro está a plúmula. 
Coleorriza: bainha fechada do embrião das 
gramíneas e de outras monocotiledôneas, 
dentro está a radícula. 
Escutelo: é o cotilédone das gramíneas. 
 
Tipos de germinação: 
Germinação epígea: nas dicotiledôneas os 
cotilédones ficam acima do solo. Ex: feijão. 
 
Germinação hipógea: já nas 
monocotiledôneas o cotilédone fica abaixo do 
solo. Ex: milho. 
 
 
 
Figura 25: Germinação hipógea e epígea 
 
 
Desejo a todos um ótimo vestibular. 
Paz e Bem

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