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1 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Sujeitos do Processo – Juiz DIREITO PROCESSUAL CIVIL Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online SUJEITOS DO PROCESSO – JUIZ Atenção! As regras relacionadas ao magistrado estão previstas no artigo 139 e SS do CPC. Por muito tempo, preocupou-se com o fato de o magistrado ser um mero espectador dos direitos das partes, seria aquela pessoa que ficaria em cima do tablado observando o litigar das partes. Mas essa ideia é ultrapassada, pois, atualmente, o modelo processual é o que o juiz é um verdadeiro sujeito de diálogo processual, ou seja, deve estar no mesmo nível das partes e caminhar com elas. Esse modelo é denominado Modelo Processual Cooperativo. O juiz somente se colocará acima das partes no momento em que for impor sua decisão. O juiz é paritário no diálogo, no sentido de buscar uma tutela jurisdicional de maneira cooperativa, e assimétrico na sua decisão. Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: I – assegurar às partes igualdade de tratamento; II – velar pela duração razoável do processo; III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub- -rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; OOb..:� O CPC vigente preconiza uma solução consensual dos conflitos. Aliás, na nova era processual, existe o fenômeno da desjudicialização dos con- flitos. A autocomposição se faz pertinente a todo momento, e é um dos deveres do magistrado assegurar. 2 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Sujeitos do Processo – Juiz DIREITO PROCESSUAL CIVIL Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VII – exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; VIII – determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inqui- ri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; X – quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. Atenção! O artigo 139 dispõe dos deveres do juiz que dirige o processo. Entre essas regras, algumas são mais recorrentes em provas: • Promover autocomposição. • Dilatar prazos (antes de encerrado o prazo) – pode ocorrer em razão da eficiência do processo (ler Enunciado n. 129 FPPC; Enunciado n. 13 JPC; Enunciado n. 35 da ENFAM). • Determinar suprimento de vícios. O juiz pode deixar de julgar, alegando que não existe lei para o caso concreto? Quando o juiz está julgando, ele aplica a lei ao caso concreto, esse fenômeno é chamado subsunção. Porém, existem situações em que não há lei para ser 3 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Sujeitos do Processo – Juiz DIREITO PROCESSUAL CIVIL Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online aplicada ao caso concreto. Mesmo assim o juiz não pode deixar de julgar o caso, pois todas as violações ou ameças de violação a direitos devem ser levadas ao Judiciário. Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscu- ridade do ordenamento jurídico. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. Atenção! O artigo 140 traz a consagração da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, e garante o princípio constitucional do acesso à justiça (art. 5º, XXXV, CF). O juiz tem o dever de decidir. Sempre que uma lei se apresentar insuficiente no caso concreto, o juiz deve observar a incidência do artigo 4º da LINDB e decidir com base nas analogias, nos costumes e nos princípios gerais de direito. Tratam-se de métodos de integração da norma. OOb..:� Equidade significa senso de justiça, senso de razoável. ���������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Roberta Queiroz. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con- teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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