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[RESUMO] Aula 45 - Sujeitos do Processo - Juiz

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Sujeitos do Processo – Juiz
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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SUJEITOS DO PROCESSO – JUIZ
Atenção!
As regras relacionadas ao magistrado estão previstas no artigo 139 e SS do 
CPC. Por muito tempo, preocupou-se com o fato de o magistrado ser um mero 
espectador dos direitos das partes, seria aquela pessoa que ficaria em cima do 
tablado observando o litigar das partes. Mas essa ideia é ultrapassada, pois, 
atualmente, o modelo processual é o que o juiz é um verdadeiro sujeito de 
diálogo processual, ou seja, deve estar no mesmo nível das partes e caminhar 
com elas. Esse modelo é denominado Modelo Processual Cooperativo. 
O juiz somente se colocará acima das partes no momento em que for impor 
sua decisão. O juiz é paritário no diálogo, no sentido de buscar uma tutela 
jurisdicional de maneira cooperativa, e assimétrico na sua decisão.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, 
incumbindo-lhe:
I – assegurar às partes igualdade de tratamento;
II – velar pela duração razoável do processo;
III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir 
postulações meramente protelatórias;
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, 
inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
V – promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com 
auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;
OOb..:� O CPC vigente preconiza uma solução consensual dos conflitos. Aliás, 
na nova era processual, existe o fenômeno da desjudicialização dos con-
flitos. A autocomposição se faz pertinente a todo momento, e é um dos 
deveres do magistrado assegurar.
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VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios 
de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir 
maior efetividade à tutela do direito;
VII – exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, 
além da segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII – determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inqui-
ri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de 
outros vícios processuais;
X – quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar 
o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros 
legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 
1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for 
o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser 
determinada antes de encerrado o prazo regular.
Atenção!
O artigo 139 dispõe dos deveres do juiz que dirige o processo. Entre essas 
regras, algumas são mais recorrentes em provas:
• Promover autocomposição.
• Dilatar prazos (antes de encerrado o prazo) – pode ocorrer em razão da 
eficiência do processo (ler Enunciado n. 129 FPPC; Enunciado n. 13 JPC; 
Enunciado n. 35 da ENFAM).
• Determinar suprimento de vícios. 
O juiz pode deixar de julgar, alegando que não existe lei para o caso concreto? 
Quando o juiz está julgando, ele aplica a lei ao caso concreto, esse fenômeno 
é chamado subsunção. Porém, existem situações em que não há lei para ser 
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aplicada ao caso concreto. Mesmo assim o juiz não pode deixar de julgar o 
caso, pois todas as violações ou ameças de violação a direitos devem ser 
levadas ao Judiciário. 
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscu-
ridade do ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
Atenção!
O artigo 140 traz a consagração da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, e 
garante o princípio constitucional do acesso à justiça (art. 5º, XXXV, CF). O juiz 
tem o dever de decidir. Sempre que uma lei se apresentar insuficiente no caso 
concreto, o juiz deve observar a incidência do artigo 4º da LINDB e decidir com 
base nas analogias, nos costumes e nos princípios gerais de direito. Tratam-se 
de métodos de integração da norma.
OOb..:� Equidade significa senso de justiça, senso de razoável. 
���������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pela professora Roberta Queiroz. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.

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