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Aula 1 COMUNICACAO NAS ORGANIZACOES DA ERA DO CONHECIMENTO

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2
COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DA ERA DO CONHECIMENTO
Maria Terezinha Angeloni. São Paulo: Atlas, 2010.
Para uma melhor compreensão da importância da comunicação organizacional, faz-se necessário analisá-la no contexto em que ela está inserida. Portanto, partimos da compreensão da evolução da sociedade por meio das principais ondas de mudança, a agrícola, a industrial, a da informação e a do conhecimento, e consequentemente a compreensão da evolução histórica da comunicação humana.
Vivemos com uma influência cada vez maior dos paradigmas da sociedade da informação e do conhecimento. Sendo assim, entender a razão da valorização dos ativos intangíveis pelas organizações, dentre eles os dados, as informações e os conhecimentos como matéria-prima para a comunicação e a decisão organizacional, torna-se essencial.
Com a evolução da sociedade, evoluem também as teorias administrativas, e acompanhar a evolução da importância da comunicação em cada um dos modelos de gestão utilizados pelas organizações de Taylor aos nossos dias é compreender sua importância nos novos modelos de gestão e o papel que desempenha nas organizações contemporâneas.
1.1 A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DA COMUNICAÇÃO
Para compreender a importância da comunicação organizacional, é importante conhecer anteriormente as etapas de evolução da sociedade caracterizadas pelas ondas de mudança, nas quais o volume de dados, informação e conhecimentos vem crescendo exponencialmente, consolidando a crescente relevância do papel da comunicação nas organizações.
1.1.1 As ondas de mudança da sociedade
A contextualização histórica da sociedade faz-se necessária para a compreensão das transformações ocorridas nas empresas advindas da necessidade de se adequarem a cada nova prescrição da sociedade.
Alguns autores (TOFFLER, 1980, LYNCH; KORDIS, 1988, SAVAGE, 1996) descreveram as transformações da sociedade sob a forma de ondas, conforme demonstrado na Figura 1. Segundo esses autores, uma onda se forma à medida que mudanças de valores, crenças e comportamentos se acumulam e são disseminados no interior e entre as sociedades.
ONDAS DO MÚSCULO			 ONDAS DO CÉREBRO
Agricultura - 5.000 anos
300 anos
Algumas décadas
FIGURA 1 - ONDAS DE MUDANÇA
FONTE: Adaptada de Toffler, 1980
 
Para análise do contexto organizacional, a evolução da sociedade é analisada por meio de quatro grandes variáveis:
- as ondas de mudança;
- a duração de cada onda;
- a curva de informação; e
- a separação entre ondas do músculo e do cérebro.
a) As ondas de mudança
As quatro principais ondas de mudança da sociedade são a agrícola, a industrial, a da informação e a do conhecimento.
Na primeira onda, dominavam os detentores da terra, na segunda dominavam os que possuíam máquinas e o capital, na terceira e quarta onda dominam os que dispõem da informação e do conhecimento
Vale destacar que as ondas são apresentadas de maneira linear, o que não acontece na realidade. Pode-se dizer que uma onda perde sua supremacia para uma outra onda. Serão necessários sempre alimentos e produtos industriais, mas quem fica com a maior parte do valor final de venda dos produtos?
Na onda industrial, a maior parcela do valor de venda do produto ficava com quem transformava o produto e não com quem plantava ou extraía o produto da natureza.
Na era da informação e do conhecimento, quem fica com a maior parcela do valor final do produto é quem cria a informação e o conhecimento, como pode ser verificado na FIGURA 2, ou seja, quem produz o conhecimento fica com 55% do valor do produto.
15 %
 30 %
 55 %
								
FIGURA 2 – PESO DO CONHECIMENTO NA CADEIA DE VALOR
FONTE: Relatório anual 2001 (qpud Gomes et al. 2003)
Outra forma de verificar a importância da informação e do conhecimento pode ser observada pelo exemplo da Embrapa com relação à aplicação do conhecimento na agricultura, mais especificamente no desenvolvimento de uma nova espécie de banana, a Sigatoga Amarela, FIGURA 3.
	
	A análise da relação da bana pioneira com a espécie Sigatoga Amarela nos permite verificar que a nova espécie:
· Tem o mesmo sabor da pioneira;
· É 20% maior;
· Produz frutos 3 meses antes; e
· Em 1 hectare produz 70% mais.
FIGURA 3 - SIGATOGA AMARELA
FONTE: GOMES et al. (2003).
Pelo exemplo acima, podemos observar que uma onda não elimina a outra, mas podem se complementar, ou seja,, com a incorporação de conhecimento na agricultura pode-se melhorar a produtividade.
Um outro exemplo que merece destaque e reflexão é o da NIKE.
· O que a matriz produz?
· Quem transforma os bens intangíveis em bens tangíveis?
· Quanto custava uma camiseta oficial da copa do mundo?
· Quanto custava uma camiseta sem a marca?
· O que podemos deduzir dessa reflexão?
Para compreender a passagem da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento, é importante saber distinguir o que são ativos tangíveis e intangíveis. Para Brooking e Motta (1996), os tangíveis são aqueles bens (ativos) tipicamente encontrados no balanço das organizações, tais como: maquinário, equipamentos, construções. Na categoria dos bens intangíveis, estão as pessoas e suas competências, os processos de negócios, a propriedade intelectual e os ativos de mercado, como fidelização dos clientes.
Coletivamente, estes bens intangíveis são conhecidos como capital intelectual e os autores os dividiram em quatro componentes:
· Ativos centrados no humano, que compreendem as habilidades coletivas, capacidade criativa, liderança, empreendedorismo, capacidade de comunicação e habilidades gerenciais incorporadas nas pessoas da organização;
· Ativos de propriedade intelectual, que incluem o know-how, direitos autorais, registro de patentes e outros direitos;
· Ativos de infraestrutura, que se referem às tecnologias, metodologias e processos, os quais permitem o funcionamento da organização, incluindo métodos de gerenciamento das forças de venda, base de dados, de informações, clientes, sistemas de comunicação; e
· Ativos de mercado que definem o potencial da organização em termos de ativos intangíveis relacionados ao mercado, incluindo marcas, atendimento ao mercado, posicionamento e valor de mercado.
Dentre os ativos intangíveis destacamos a importância da informação e do conhecimento, dois elementos essenciais para a comunicação nas organizações.
· Para Pieere Lévy (1993), informações e conhecimentos estão na fonte das novas formas de riqueza e figuram entre os bens econômicos principais de nova era; e
· Segundo Peter Drucker (1994), a riqueza será gerada pela inovação e esta, pela capacidade de agregar conhecimento aos produtos e serviços.
Discutidas as principais características das ondas de mudança, passamos à análise do tempo de duração de cada uma delas.
b) A duração de cada onda
Pelas informações contidas na Figura 1, pode-se observar que o tempo de duração de cada uma das ondas foi reduzido de maneira significativa no decorrer do tempo.
A primeira onda, a da agricultura, teve seu tempo de duração de cerca de 5.000 anos, dado que pode variar de acordo como o autor. A segunda onda, a industrial, teve uma duração de aproximadamente 300 anos. A terceira onda, a da informação, tem apenas algumas décadas e já se fala na onda do conhecimento.
Algumas divergências podem ser detectadas na literatura com relação a separação e tempo de duração de cada uma das ondas. Alguns autores, como Toffler (1980) não separam as ondas da informação e do conhecimento, e outros, como Lynch e Kordis (1988), acrescentam outras ondas, como a do espírito, a da sabedoria, que não discutiremos aqui por ainda não estarem suficientemente consolidadas.
O que podemos inferir no que se refere ao tempo de cada uma das ondas com relação às organizações é que o tempo de permanência de um produto no mercado também é cada vez menor, o que pode ser exemplificado pelo Ford T.
O automóvel Ford T ficou no mercado por décadas, o que é uma realidade completamente diferente da atual, na qual o ciclo de vida de um produto, dentre eles o automóvel, é cada vez menor.
Outrodestaque a ser dado é o ambiente de concorrência no qual as organizações estão inseridas, que pode ser visualizado pelo número de marcas e tipos de veículos disponíveis ao consumidor.
· Na época do Ford T, quais eram as opções de compra de carro que o consumidor possuía?
· Qual a realidade atual?
c) A curva de informação
Com relação à curva da informação, podemos destacar que:
· O aumento na quantidade de informações disponíveis tem ocorrido exponencialmente; e
· O homem pode se comunicar com qualquer outro em qualquer parte do planeta.
Apresentamos abaixo algumas curiosidades com relação ao aumento do volume de informações no decorrer do tempo:
· Nos últimos 30 anos, foram produzidos mais informações do que nos cinco mil anteriores;
· Uma edição de dia útil do New York Times contém mais informações do que um cidadão médio do século XVI poderia obter em toda a sua vida;
· Em 1917, uma carta levava 40 dias entre EUA e a Inglaterra;
· Em 1865, a morte de Abraham Lincoln levou 13 dias para ser conhecida na Europa;
· Hoje as informações chegam em tempo real;
· A biblioteca de Dante Alighieri no século XIV tinha 1.338 volumes e continha todo o conhecimento da época;
· 300 anos mais tarde, Isaac Newton tinha 25 mil livros e supostamente todo o conhecimento europeu da época;
· Em 1990, a biblioteca do Congresso Americano tinha cerca de 93 bilhões de livros, cerca de três trilhões de bytes;
· O telescópio Hubble enviou à Terra, em 1995, cerca de um trilhão de bytes/dia (PEREIRA; FONSECA, 1997);
· Em 19 de maio de 2009, segundo a Agência EFE, o telescópio Hubble, com lentes novas e baterias recarregadas, foi colocado em órbita e permitirá a obtenção de imagens de alta resolução e extremamente claras e detalhadas, com uma gama muito variada de cores.
Diante do exposto, podemos verificar os efeitos do aumento do volume de informação nas organizações. Um executivo do início do século XX defrontava-se com uma grande carência de informações como suporte à tomada de decisão, enquanto que um executivo do início do século XXI encontra-se soterrado em um mar de informações. 
A questão então muda: como gerenciar estas informações e retirar delas o subsídio para a tomada de decisão?
d) A separação entre ondas do músculo e do cérebro
Nas ondas agrícola e industrial, existia uma separação dos atores da organização entre os que pensavam e os que executavam. Na sociedade da informação e do conhecimento, em razão do aumento do volume de informações e conhecimentos e da incapacidade dos gestores em processá-las, da formação dos integrantes das organizações, não é mais possível separar seus atores pois:
· As organizações necessitam não apenas de mão de obra (homem operacional) mas também do cérebro de obra (homem parentético), surgindo os trabalhadores do conhecimento (RAMOS, 1984); e
· As exigências saem do escopo do saber como fazer para saber por que fazer (DRUCKER, 1994).
O “homem parentético” de Ramos (1984) é considerado “Cérebro de obra”. Ele é um reflexo das novas circunstâncias sociais e uma reação a elas. A capacidade do homem parentético encontra-se na habilidade de abstrair-se do ambiente em que está inserido para analisa-lo de forma crítica, comprometido com os valores que o norteiam. Ele se sente capaz e motivado para participar, intervir e mudar o ambiente no qual vive. O “homem parentético” é denominado por Sfez (1984) de “homem aleatório” e é considerado pelo autor como um ser político jogando com a informação e a palavra como meio de influência.
O “homem operacional” na percepção da escola clássica, deve apenas executar e, segundo Taylor (1967), quando chegasse às fábricas deveria deixar do lado de fora não apenas seu sobretudo, mas também seu cérebro. O autor considerava os conflitos existentes nas organizações uma demonstração de má gestão.
Hoje, para dar conta de processar o grande volume de informações geradas tanto no ambiente externo como interno, as organizações necessitam não apenas da “mão”, mas também do “cérebro” de seus integrantes.
Mas por que o homem na visão clássica de gestão era denominado de mão de obra? Normalmente não analisamos as expressões que utilizamos em nosso cotidiano. A expressão mão de obra era utilizada pelo simples fato de que para as organizações da era agrícola e industrial interessava apenas a “mão” de seus trabalhadores, os músculos, e não seu cérebro.
Para melhor compreender a sociedade industrial e os primórdios da teoria administrativa, sugerimos:
	
Veja o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin e faça uma análise comparativa com as organizações da era industrial e com a teoria de Tempos e Movimentos de Taylor
	
FIGURA 4 – CENA DO FILME TEMPOS MODERNOS DE CHARLES CHAPLIN
FONTE: Google. Acesso 15/7/2014
Analisadas as principais etapas pelas quais passou a sociedade, passemos agora à compreensão de como evoluiu a comunicação no tempo.
1.1.2 A evolução da comunicação
A evolução da sociedade atingiu também a comunicação, que percorreu um grande caminho, do homem das cavernas à Internet. A história da comunicação humana também pode ser analisada em ondas ou etapas. Algumas ferramentas inventadas pelo ser humano tiveram e têm como finalidade melhorar cada vez mais a comunicação entre os seres humanos.
As etapas (ondas) de comunicação na história da civilização, conforme McGarry (1999), estão estruturadas em:
· Oral;
· Do alfabeto e do manuscrito;
· Da tipografia; e
· Da eletrônica
Durante a onda oral, a voz humana era o único meio de transmissão das informações e conhecimentos, sendo, para McLuhan (1964), o meio de informação mais rico no universo da comunicação, pois envolve todos os sentidos intensamente.
As principais características da comunicação oral:
· A transmissão das mensagens era feita por mitos construídos e repetidos por meio de contos e narrativas (LEVY, 1993);
· A principal restrição dessa etapa foi que com o decorrer do tempo, muitas informações e conhecimentos foram perdidos por não terem sido registrados;
· A comunicação ocorria em grupos pequenos (minimizando ruídos na transmissão);
· A utilização de redundância de informações (evitando mal-entendidos); e
· Finalmente, tinha-se que contar com a boa memória dos agentes envolvidos na comunicação.
A onda que envolve a criação do alfabeto e do manuscrito acaba com a imprecisão da etapa oral e minimiza algumas restrições da fala. O alfabeto surgiu da evolução de sistema de sinais, conforme ressalta McGarry (1999): do pictográfico (representações de objetos, de ações ou ideias – ícones), passando à ideográfica (representa uma atividade, objeto ou ideia – indicadores) culminando na silábica (representa grupos de letras – símbolos).
As principais características da comunicação da etapa baseada no alfabeto e no manuscrito:
· A escrita combina signos ao mundo sonoro, criando um novo elo entre os dois modos de comunicação;
· Com a intensificação da função visual, o alfabeto reduziu o papel dos sentidos, do som, do tato e do paladar;
· Por meio do alfabeto, segundo McGarry (1999), o ser humano conseguiu comunicar ideias por meio de signos;
· O registro permite que o conhecimento, a partir de então, possa ser transmitido para as gerações futuras;
· O registro permite que o conhecimento, a partir de então, possa ser transmitido para as gerações futuras;
· A história não mais se baseava na imaginação coletiva acumulada, mas sim nas tábuas de argila, rolos de papiro e manuscritos;
· Os discursos são separados das circunstâncias em que foram produzidos, eliminando a mediação humana na adaptação ou tradução das mensagens, indispensável na etapa oral; e
· A escrita, ao intercalar um tempo entre a emissão e a recepção da mensagem, inicia a comunicação espaçada, que pode gerar mal-entendidos, perdas, erros, já que as mensagens podem aparecer fora de contexto ou ser ambíguas.
A tipografia veio revolucionar a comunicação e pode ser considerada a primeira revolução da informação. Antes da tipografia, os livros eram manuscritos e caros. Não há dúvida de que a imprensa revolucionou os meios de comunicaçãoe, segundo McGarry (1999), uniformizou a ortografia, o uso educado da língua, influenciou os padrões de organização e a recuperação do conhecimento registrado.
As principais características da comunicação na etapa baseada na tipografia são:
· O poder de preservação dos conhecimentos, anteriormente passados somente através do modo oral ou de poucos manuscritos, cresceu muito;
· As ideias que haviam sido registradas em poucos manuscritos corriam sempre o perigo de se perderem ou caírem no esquecimento;
· A impressão, de acordo com Levy (1993), transformou profundamente o modo de transmissão dos textos, em razão do aumento da quantidade de impressos em circulação;
· Cada leitor pode gerar suas próprias interpretações independentemente da presença do mestre, como ocorria na época do ensino oral;
· A partir da invenção da escrita e, posteriormente, da imprensa, a possibilidade de comunicar-se tomou um tal vulto que atualmente muitos reclamam do excesso de informações disponíveis; e
· O destinatário do texto após a imprensa é um indivíduo isolado que lê em silêncio.
Após a tipografia, a onda eletrônica surgiu com a criação do computador, que inicialmente era restrito a determinadas instituições e hoje está em quase todos os lugares. O tempo transcorrido da criação do mainframe (computador de grande porte) ao notebook foi de apenas algumas décadas e a criação de novas tecnologias não parou de crescer até hoje. Com a convergência das tecnologias da informática, televisão e telecomunicações, surge o conceito de rede, que vem, mais uma vez, revolucionar a comunicação.
Podem-se destacar como principais características da etapa da comunicação eletrônica:
· O computador pessoal e a formação de redes, para Levy (1993), transformaram a informática em um meio de comunicação de massa, onde é possível trabalhar com a imagem e o som tão facilmente quanto com a escrita;
· As redes de informática encurtam o tempo e a distância e evidenciam os diferentes padrões da comunicação humana, principalmente os elos de comunicação informal entre usuários;
· A comunicação rompe o tempo e o espaço e se transforma em tempo real; e
· As redes são responsáveis pelo aumento vertiginoso do volume de dados, informações e conhecimento.
Essa divisão em ondas, a exemplo das ondas de mudança da sociedade, não significa que uma etapa cessou para dar início a outra. Na realidade, elas coexistem, sendo que uma auxilia a outra, proporcionando uma melhor comunicação entre os seres humanos.
1.2 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO – MATÉRIA-PRIMA PARA A COMUNICAÇÃO
FIGURA 5 – DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO
FONTE: Google. Acesso 15/7/2014
Para bem compreender o processo de comunicação, é importante entender, antes de tudo, o papel que nele exercem os dados, as informações e os conhecimentos.
Dado, informação e conhecimento são elementos fundamentais para a comunicação e a tomada de decisão nas organizações, mas seus significados não são tão evidentes. Eles formam um sistema hierárquico de difícil delimitação. O que é um dado para um indivíduo pode ser informação e/ou conhecimento para outro. Davenport (1998) corrobora esse ponto de vista colocando resistência em fazer essa distinção, por considera-la nitidamente imprecisa.
Considerando a inter-relação e difícil possibilidade de separar o que é dado, informação e conhecimento, e consciente de suas importâncias para a decisão, é importante compreender seus significados.
· Dados – são elementos brutos, sem significado, desvinculados da realidade. Eles constituem-se na matéria-prima da informação. Dados sem qualidade levam a informações e decisões da mesma natureza. Exemplo de dado: os elementos contidos em um balanço patrimonial.
· Informações – são dados com significado, dotados de relevância e propósito. São dados contextualizados que visam fornecer uma solução para uma determinada situação de decisão. Exemplo: a relação de um ou mais dados do balanço patrimonial irá fornecer índices financeiros (rotação, liquidez, rentabilidade etc.).
· Conhecimentos – podem ser considerados como as informações processadas pelos indivíduos. O valor agregado à informação depende dos conhecimentos anteriores dos mesmos. Adquirimos conhecimento por meio do uso da informação nas nossas ações. Ou seja, o uso dos índices financeiros na tomada de decisão gera o conhecimento.
Assim sendo, conhecimento pode ser entendido como informação significativamente organizada, acumulada e incorporada no processo de criação de conhecimentos ou da sua aplicação objetivando uma ação (MAIER, 2007).
Dotar os dados, as informações e os conhecimentos de significados não é um processo tão simples como parece. Características individuais que formam o modelo mental de cada pessoa interferem na codificação/decodificação dos mesmos, acarretando muitas vezes distorções individuais que poderão ocasionar problemas no processo de comunicação.
Segundo Lago (2001), Pereira e Fonseca (1997) e Davenport (1998), para amenizar essas distorções devemos ter consciência de que:
· Existem diferenças entre o que queremos dizer e o que realmente dizemos; entre o que dizemos e o que os outros ouvem; entre o que ouvem e o que escutam; entre o que entendem e lembram; e entre o que lembram e retransmitem;
· As pessoas só escutam o que querem e como querem de acordo com suas próprias experiências, paradigmas e prejulgamentos;
· Nosso estado de espírito e humor podem afetar a maneira como lidamos com a informação; e
· As abordagens informacionais normalmente privilegiam os atributos racionais sequenciais, em detrimento de outros igualmente importantes, “se não mais”, como os relacionados às abordagens intuitivas e não lineares.
O conhecimento pode ser considerado, segundo Gottshalk (2007), como informação combinada com experiência, contexto, interpretação, reflexão, intuição e criatividade. A informação se torna conhecimento quando é processada na mente de um indivíduo. Este conhecimento se torna informação novamente quando é explicitado e comunicado a outros indivíduos, na forma de texto, saída computacional, palavras escritas, entre outros meios.
1.2.1 Alavancando as decisões
No processo de tomada de decisão, é importante ter disponíveis dados, informações e conhecimentos, mas estes normalmente estão dispersos, fragmentados e armazenados na cabeça dos indivíduos e sofrem interferência de seus modelos mentais. Nesse momento, o processo comunicacional e o trabalho em equipe desempenham papéis relevantes para resolver algumas das dificuldades essenciais no processo de tomada de decisão.
Sendo assim, o decisor deve ter consciência de que o maior desafio não é o de obter os dados, as informações e os conhecimentos, mas sim a aceitação de que no processo de codificação/decodificação as distorções ocorrem e que existem formas para amenizá-las.
Estar consciente dessas e de muitas outras interferências no processo de tomada de decisões consiste no primeiro passo para amenizá-las.
Podemos exemplificar a interferência das pessoas na codificação, decodificação e distorção na transformação do dado em informação e da informação em conhecimento com o seguinte exemplo:
Diferentes pessoas frente a um mesmo fato tendem a interpretá-lo de acordo com seus modelos mentais, que os levam a percebê-lo de forma diferente: um carro BMW, último tipo, conversível, zero quilômetro, totalmente destruído em um acidente no qual o motorista bateu em uma árvore centenária derrubando-a, pode ser codificado, decodificado e distorcido das seguintes maneiras. Algumas pessoas serão levadas a decodificar as informações baseadas em seus valores materiais: logo um carro tão caro! Será que ele está segurado? Enquanto que outras pessoas com valores humanos mais aguçados terão seu foco no ser humano: será que o acidente resultou em feridos? Outras pessoas com interesses ecológicos ainda terão suas atenções voltadas ao destino da árvore centenária: logo essa árvore! Não poderia ter sido em uma outra BMW? (ANGELONI, 2003.
1.2.2 Nnnn
1.2.3 
1.3 
Nesse momento, o processo comunicacional e o trabalho em equipedesempenham papéis relevantes para resolver algumas das dificuldades essenciais no processo de tomada de decisão.
Pelo processo de comunicação pode-se buscar o consenso que permitirá prever adequação dos planos individuais de ação em função do convencimento, e não da imposição ou manipulação.
Pelo trabalho em equipe pode-se conseguir obter o maior número de informações e perspectivas de análise distintas, sendo validada a proposta mais convincente no confronto argumentativo dos demais (GUTIERREZ, 1999).
Sendo assim, é fundamental investir na melhoria da comunicação e no envolvimento das pessoas na tomada de decisão para garantir a qualidade das decisões tomadas.
As pessoas passam então a contribuir no campo das decisões “quando conseguem, no processo do diálogo, colocar-se no lugar do outro e perceber, a partir desta nova perspectiva, suas razões e interesses” (PIAGET apud GUTIERRES, 1999, P. 41), tornando-se fundamental destacar a importância da maturidade como elemento essencial na comunicação organizacional para a tomada de decisão.
A decisão é considerada como um sistema linguístico, um processo essencialmente coletivo no qual impera a multirracionalidade, caracterizada pela interferência das diferenças individuais na coleta e interpretação da informação, impossibilitando a existência de uma única decisão: a correta.
Mas, se não existe uma única alternativa para uma determinada situação de decisão, onde fica a racionalidade? Como diminuir as interferências individuais no processo decisório?
Considerando que nenhuma pessoa detém todas as informações e conhecimentos organizacionais, e que nem sempre essas informações e conhecimentos estão explicitados e disponíveis, fazendo com que cada um detenha apenas uma parte deles, a tomada de decisão em equipe é uma forma a ser utilizada para superar as barreiras das informações e conhecimentos parciais.
Quando falamos em tomada de decisões e principalmente de tomada de decisão em equipe, não podemos deixar de considerar também o papel que exerce a tecnologia.
Os autores Hesselbein et al. (1997) lembram que o aumento do número de informações disponíveis não leva, necessariamente, a melhores decisões. Deve-se observar que, assim como a ausência de informações é prejudicial ao processo de tomada de decisão, o excesso também é um fator complicador.
A diversidade e a complexidade das informações requerem da organização, e mais precisamente das pessoas que a integram, esforços para compartilharem, de forma madura, as informações e os conhecimentos disponíveis para apoiar o processo decisório.
Na mesma linha de pensamento, Sfez (1984) propõe a política do surcode, na qual a decisão considerada como um sistema linguístico. Ele considera a decisão como um discurso, e se insere na corrente epistemológica da antirracionalidade. Para Sfez, a decisão é um processo essencialmente coletivo onde impera a multirracionalidade em níveis diferentes de racionalidade, incompatíveis entre elas. A decisão é um processo contínuo diretamente inter-relacionado com outras decisões.
Segundo o autor, as decisões não vêm do nada, mas não reações a outras decisões. O homem não tem um comportamento em si, mas uma reação ao comportamento dos outros. Esse encadeamento ininterrupto de decisão/reação se manifesta pela troca de informações e cada um codifica e decodifica as informações em função de seu modelo mental.
Por sua vez, Capra (1982, 2001, 2002) coloca que as habilidades dos administradores, em um mundo turbulento em constante mutação, devem estar apoiadas em um processo constante de conversação.
Com base em Geus, assevera que “as decisões crescem no solo fértil das conversas informais” (CAPRA, 2002, p. 135), exigindo, portanto, líderes que se apoiem às vezes em redes informais de comunicação e às vezes em estruturas firmes com objetivos concretos em um processo contínuo de avaliação das situações de modo a fazer suas escolhas dentre as inúmeras possibilidades existentes.
Tanto para Capra como para Sfez e Lindblom (1959, 1982), um dos primeiros passos para compreender o processo de decisão organizacional é a identificação dos comportamentos comunicativos dos indivíduos envolvidos no processo decisório e sua complexidade, questionando a explicação do funcionamento das organizações com base em uma abordagem puramente psicológica. Capra (2002, p. 166) acrescenta ainda que “à medida que tecemos continuamente uma teia linguística, nós coordenamos nossos comportamentos e juntos criamos nosso mundo”.
Visando alavancar a qualidade das decisões organizacionais, sugerimos uma reflexão na melhoria da comunicação e no envolvimento das pessoas na tomada de decisão.
1.2.2 Melhorando a comunicação
Alguns teóricos da administração, como Davenport (1998), Nonaka e Takeuchi (1997), Stewart (1998) e Sveiby (1998) apontam um novo direcionamento da comunicação, voltado principalmente às questões relacionadas à transmissão da informação e do conhecimento organizacional (ANGELONI; FERNANDES, 1999).
Os conceitos de dado, informação e conhecimento estão estritamente relacionados com sua utilidade no processo decisório e ligados ao conceito de comunicação. O processo de comunicação é uma sequência de acontecimentos no qual dados, informações e conhecimentos são transmitidos de um emissor para um receptor.
Segundo Davenport (1998), uma das características da informação consiste na dificuldade de sua transferência com absoluta fidelidade, e sendo o conhecimento a informação dotada de valor, consequentemente, a transmissão é ainda mais difícil.
Nesta direção, Pereira e Fonseca (1997, p. 226) salientam que
A apreensão da informação é uma função cognitiva superior que se processa no âmbito da linguagem. Sempre que quisermos apreender mais informações do contexto em que estamos inseridos, temos que ampliar as nossas habilidades perceptivas, porque o nosso modo de viver nos induz a um estreitamento perceptivo e a uma visão de mundo muito restrita e fragmentada e que as necessidades das pessoas em relação à informação mudam constantemente porque a percepção além de ser individual é contingente.
	A informação, assim, é valiosa precisamente porque alguém deu a ela um contexto, um significado, acrescentou a ela sua própria sabedoria, considerou suas implicações mais amplas, gerando o conhecimento. O conhecimento, consequentemente, é tácito e difícil de explicitar. “Quem quer que tenha tentado transferir conhecimento entre pessoas e grupos sabe como é árdua a tarefa. Os receptores devem não apenas usar a informação, mas também reconhecer que de fato constitui conhecimento” (NONAKA apud DAVENPORT, 1998, p.19).
Para melhorar a qualidade da comunicação, o ser humano tem que desenvolver as habilidades de se expressar e de ouvir. Normalmente, as pessoas estão pré-dispostas a defender seus pontos de vista, assim, quando um interlocutor está falando a outro não está atento ao que ele está dizendo, mas já está preparando a argumentação para defender seu ponto de vista, interferido na qualidade da comunicação.
A ação comunicativa realmente ocorre quando as pessoas, livres de autodefesas, buscam chegar a um acordo sobre determinada situação de decisão, ouvindo e respeitando outros pontos de vista. Corroborando esse ponto de vista, Gutierrez (1999, p. 38), “pressupõe que um conjunto de pessoas, com preparação intelectual, informações e interesse em chegar a um acordo, debate todas as alternativas possíveis, até constituir um plano de ação coletivo consensual”. O autor compreende que esse processo “vai das normas de educação até a ausência de desvios patológicos que possam impedir a percepção do sentido geral de uma discussão, ou a revisão pessoal de comportamentos e conceitos quando confrontados com argumentos distintos”.
As pessoas passam, assim, a contribuir no campo das decisões “quando conseguem, no processo do diálogo, colocar-se no lugar do outro e perceber, a partir desta nova perspectiva, suas razões e interesses” (PIAGET apud GUTIERREZ, 1999, p. 41), tornando-se fundamental destacar a importância da maturidadecomo elemento essencial na comunicação organizacional para a tomada de decisão.
Em síntese, podemos assim representar o caminho percorrido pelo dado e pela informação no processo de comunicação:
 O que DEVERIA DIZER
 O que SABE dizer
EMISSOR O que PENSA dizer
 O que realmente DISSE
 
O que PERCEBE
 O que COMPREENDE			RECEPTOR
 O que ACREDITA E ADMITE
 O que RECORDA 
			O que DIRÁ
FIGURA 6 – CAMINHO PERCORRIDO PELO DADO E PELA INFORMAÇÃO NO PROCESSO DE 
 COMUNICAÇÃO.
FONTE: Sanz de la Tajada (s/d)
1.2.3 Envolvendo as pessoas na decisão – a importância do trabalho em equipe
A tomada de decisão nas organizações vai exigir cada vez mais trabalhos em equipe e maior participação das pessoas. O trabalho em equipe coloca em evidência os procedimentos de diálogo baseados na ideia de que, em uma organização, a comunicação deve ser estimulada visando o estabelecimento de um pensamento comum (ANGELONI, 1992). O estabelecimento de um pensamento comum consiste em considerar o ponto de vista de cada um, para que as decisões tomadas nas organizações tenham um nível de qualidade superior. O processo decisório passa então do nível individual para o nível de equipe.
Envolver um maior número de pessoas na tomada de decisão tende a resultados mais qualificados, aumentando o conhecimento da situação de decisão, amenizando, pela agregação de informações e conhecimentos, as distorções da visão individualizada.
Decisões tomadas por equipes heterogêneas, compostas por mulheres, homens, jovens, idosos, tendem a resultados de maior qualidade. Pessoas com pontos de vista e experiências diferentes decodificam a situação de decisão, também de maneira diferente. Ouvir e tentar compreender essas visões leva ao aprimoramento das decisões. As decisões tomadas em equipes tendem a ser mais sólidas que as tomadas individualmente.
FIGURA 7 – DIRIGENTES DA SOCIEDADE INDUSTRIAL
FONTE: Google.com.br. Acesso em 17/7/2014
Os dirigentes não devem apenas coordenar sua equipe olhando para trás como na FIGURA 7, mas envolver sua equipe no processo gerencial de maneira efetiva (FIGURA 8).
FIGURA 8 – DIRIGENTES DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
FONTE: Google.com.br. Acesso em 17/7/2014
O desafio dos dirigentes diante de um período de turbulência, proveniente de um ambiente altamente dinâmico, é o de desenvolver uma cultura participativa voltada ao estabelecimento de vantagens competitivas, cujo lema é: do comando e controle à gestão participativa. Não tem mais como manter uma relação de comando, controle e subordinação.
Na visão tradicional, o dirigente se comporta como um chefe, com visão individualista, à imagem do capitão que lidera o grupo.
As organizações precisam adotar um estilo de gestão no qual seus integrantes passam a ser considerados como capital humano intelectual e os dirigentes, líderes que participam ativamente da equipe (ROMANI; DAZZI, 2008).
O estilo gerencial para as organizações do conhecimento deve ser direcionado para a participação, flexibilidade, autonomia e apoio, cujos dirigentes, são conscientes do papel fundamental que desempenham como mola propulsora da organização.
Quando falamos em decisões e principalmente em tomada de decisão em equipe não podemos deixar de considerar o papel que exerce a tecnologia.
1.2.4 A inter-relação entre as variáveis
Com base no exposto, podemos inferir que existe uma forte inter-relação entre as variáveis dado, informação e conhecimento com os processos de comunicação e decisão, conforme representado na FIGURA 9.
FIGURA 9 – ELEMENTOS INTERVENIENTES NA TOMADA DE DECISÃO
FONTE: Google.com.br. Acesso em 17/7/2014
Considerando o dado como matéria-prima da informação, por sua vez, como matéria-prima do conhecimento, de nada adiantaria a organização dispor de dados, informações e conhecimentos, se persistir na organização a cultura de que dados, informações e conhecimentos constituem-se em poder.
As informações e os conhecimentos devem circular pela organização por meio de um eficiente sistema de comunicação envolvendo a instalação de uma infraestrutura tecnológica adequada. Só assim a organização disporá de dados, informações e conhecimentos de qualidade e em tempo hábil para dar suporte à tomada de decisão.
Após a compreensão da importância da comunicação para as organizações, torna-se importante analisar como ela evoluiu no decorrer da história das teorias administrativas.
1.3 A COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS
Na evolução dos estudos de Teorias das Organizações, diversas abordagens foram propostas considerando o desenvolvimento da sociedade e consequentemente das empresas.
A presente classificação foi definida por Angeloni em 1994 nos estudos de sua tese de doutorado e posteriormente aprofundada no texto de Angeloni e Fernandes, de 1999. Aperfeiçoamentos nos estudos são realizados constantemente na busca de compreender a relação entre organização e comunicação.
1.3.1 Corrente racionalista clássica
Para os teóricos desta corrente, como Taylor, Fayol e Weber, a comunicação da empresa é enfocada como informação operacional e formal. Ela se limita à informação descendente e sob forma diretiva (BENOIT, 1994).
Os racionalistas clássicos transmitem uma imagem mecanicista da organização, onde o ser humano ocupa passivamente seu posto. Esses modelos de organização são fundamentados na racionalidade. O que importa é que as instruções sejam seguidas. Esse estilo de gestão despótico de administração separa os executantes dos dirigentes; o trabalho em equipe, entre os operários, deve ser evitado, a fim de evitar más influências.
As abordagens racionalistas das organizações sofrem de etnocentrismo, pois ignoram a importância do meio político, social e econômico na gerência das organizações (JAMEUX, 1996). A comunicação é essencialmente formal e descendente, baseando-se na transmissão da informação e não na comunicação. A comunicação informal é indesejada, devendo seguir os canais prescritos pelas redes [formais] da organização (PETIT et al. 1993). A noção de comunicação, nessa corrente de pensamento, é secundária.
Corrente Racionalista
Taylor, Fayol e Weber
Características:
- Importa essencialmente a informação e não a comunicação;
- a comunicação é formal e descendente;
- a comunicação informal não é desejada;
- a comunicação deve seguir os canais definidos e os circuitos 
 implantados pela direção;
- a noção de comunicação é secundária;
- as mudanças se realizam através da direção e não dos
 Empregados
- conflito é considerado como um erro da administração
FIGURA 10 - COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA CORRENTE RACIONALISTA
FONTE: Angeloni, 2010
1.3.2 Corrente psicológica
Essa corrente se posiciona particularmente contra a concepção do homo economicus e faz referência a outros fatores explicativos do comportamento dos indivíduos no interior das organizações, constituindo-se em um progresso incontestável do ponto de vista das motivações não econômicas.
Os psicólogos, entre eles Mayo, Likert, McGregor, Leavitt e Maslow, quiseram mostrar que a psicologia poderia ser útil e, sobretudo, importante para as organizações e abrem uma nova perspectiva para a comunicação organizacional, a era das relações humanas, onde o trabalho em equipe e o interesse pelas pessoas são privilegiados (BENOIT, 1994; PETIT, 1993).
Os métodos tradicionais de autoridade são colocados em xeque pelas novas estruturas, mas a abordagem continua sendo paternalista à medida que as tarefas assumidas pelos executantes continuam pobres e o poder e as responsabilidades continuam centralizadas, mesmo que as prática das relações humanas privilegiem a expressão dos sentimentos. Os psicólogos têm por objetivo tornar mais flexíveis as organizações e facilitar as comunicações. Essa corrente é a origem da multiplicação das políticas de comunicação e supõe umdesenvolvimento da informação descendente e da comunicação horizontal. Os psicólogos reconhecem a importância da comunicação formal e informal, considerando-as como um fator de cooperação em todos os níveis hierárquicos. A comunicação não é mais somente funcional, mas também relacional.
A consciência da importância da comunicação interna começa a ser desenvolvida.
Corrente Psicológica
McGregor
Likert
Maslow
Mayo
Leavitt
Características:
- propõe uma nova perspectiva da comunicação organizacional;
- considera a importância da dimensão humana na comunicação;
- as práticas de relações humanas privilegiam a expressão de 
 Sentimentos;
- o objetivo é o de facilitar as comunicações;
- reconhecimento da importância da comunicação informal como 
 um fator de cooperação em todos os níveis;
- a comunicação não é somente funcional, mas também 
 relacional;
- a consciência da importância da comunicação interna começa a 
 ser desenvolvida
FIGURA 11 - COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA CORRENTE PSICOLÓGICA
FONTE: Angeloni, 2010
1.3.3 Corrente sociológica
Do ponto de vista da corrente dos sociólogos, mais especificamente do sociólogo Friedberg (1981), a abordagem dos psicólogos desconsiderava a importância das estruturas organizacionais, analisando as comunicações no vazio. Contudo, os indivíduos em situação de trabalho estão inseridos em estruturas organizacionais que definem de maneira relativamente restritiva como as comunicações podem e devem se desenvolver. Os atores das organizações não são, assim, totalmente livres par adotar não importa qual comportamento. A organização determina o comportamento humano, por meio da divisão de trabalho, suas especializações e suas definições hierárquicas determinam claramente a autoridade e o sistema de relações que regulamentam a comunicação necessária entre os cargos de trabalho.
Encontramos, assim, os diferentes traços que caracterizam uma organização e, entre eles, observamos a importância de um sistema de comunicação que torne possível as relações e interdependência entre os diferentes atores. As respostas dos sociólogos que se interessam pelas organizações são diversas. Friedberg, Emery e Trist e Crozier, entre outros, refutam o excesso de formalismo ou de centralização nas organizações, preferindo a flexibilidade e a sinergia (FRIEGBERG, 1981).
As empresas tornam-se sistemas abertos, sua estrutura psicossociológica comporta um certo número de subsistemas (entre eles o subsistema de comunicação). A participação dos atores das organizações proporciona uma distribuição mais democrática do poder.
Eles denunciam a burocracia não comunicante e colocam em valor a comunicação multidirecional, conforme as características apresentadas na FIGURA 11.
Corrente Sociológica
Friedberg
Emery e Trist
Crozier
Características:
- reconhecimento da importância de um sistema de comunicação que torne possível as relações de interdependência entre os diferentes atores;
- consideram que que a flexibilidade organizacional possibilita contatos mais pessoais;
- desenvolvimento da comunicação multidirecional;
- a expressão dos atores é considerada como prioritária;
- denunciam a burocracia não comunicante;
- primeiros a descrever a organização comunicante.
FIGURA 12 - COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA CORRENTE SOCIOLÓGICA
FONTE: Angeloni, 2010
Para essa corrente de pesquisadores, a expressão passa a ser considerada como prioritária. Ela é vista como um dos elementos da administração participativa, em que o pessoal está engajado a dar seu parecer, não somente para ser escutado, mas também para preparar as decisões com a preocupação de uma maior eficácia.
1.3.4 Corrente gerencial
Para os autores inseridos na corrente gerencial, como Simon e Drucker, “a racionalidade humana” deve ser questionada. Os conceitos de participação, de estratégia, de administração por objetivos, de decisão, de contingência, etc. ocupam um lugar central. Os indivíduos, dotados de personalidade própria, limitados por restrições múltiplas, devem contentar-se com uma “solução satisfatória” permitida pelos meios e recursos disponíveis na circunstância (FRIEDBERG, 1981).
Nesse quadro, a comunicação é importante, pois a abordagem gerencial baseia-se na busca de coordenação em todos os níveis (BENOIT, 1994). A importância dos investimentos e o peso das decisões conduzem a uma administração global. Essa diversificação impõe estruturas novas. Esses autores consideram que existem competências particulares no gestor não encontradas nas outras correntes de pensamento. Uma das competências é a comunicação ao interior das organizações, outra é a decisão em condições de incertezas, e finalmente a planificação estratégica.
Mas se à luz dessa análise retornarmos à definição formal da organização, percebemos que ela é incompleta. Uma organização não se reduz somente a um organograma e aos regulamentos internos, que são apenas abstrações. A organização é um corpo vivo, habitado por indivíduos livres que desenvolvem seus papéis em função de seus objetivos, pois a conduta dos membros de uma organização é parcialmente definida pelas regras oficiais. Subsiste sempre uma zona de relações que não é passível de regulamentação (FRIEDBERG, 1981).
Corrente Gerencial
Simon
Drucker
Características:
- a comunicação é importante, pois a abordagem baseia-se na
 coordenação em todos os níveis
- reconheceem a importância da competência comunicativa nos 
 gestores
FIGURA 13 - COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA CORRENTE GERENCIAL
FONTE: Angeloni, 2010
Apesar dos grandes avanços dentro da Teoria das Organizações na análise da comunicação, as contingências ambientais e o avanço do conhecimento dão espaço a novas perspectivas.
1.3.5 Corrente da administração pós-industrial
O recente desenvolvimento científico abre novos panoramas. Outros conceitos são considerados nessa busca permanente da compreensão do comportamento dos indivíduos e de desempenho das empresas.
Ouchi, Peters e Waterman, Archier e Serieyx e Kanter são os representantes mais importantes dos novos modelos ocidentais de administração pós-industrial (SERIEYX, 1993).
A corrente da administração pós-industrial reforça a importância das empresas em desenvolver técnicas e métodos para facilitar a comunicação, admitindo que o papel tradicional dos executivos deve ser adaptado a esse novo momento. Eles devem ser, sobretudo, animadores e comunicadores.
O papel primordial dos executivos é o de facilitar a comunicação, estimulando interações constantes e positivas. O sucesso das empresas está intimamente relacionado com a comunicação rica e informal.
A comunicação passa a ser caracterizada por uma efervescência de ideias, de conceitos, de métodos, pela explosão de novas teorias e ampliação do campo de pesquisa, surgindo, dessa forma, a consciência da necessidade da comunicação organizacional como uma função básica das empresas. 
Na FIGURA 14 são apresentadas as principais características dessa escola
Corrente pós-Industrial
Archier e Serieyx 
Peeters e Waterman
Ouchi
Kanter
Características:
- a comunicação é fundamental;
- a estrutura é uma verdadeira rede de comunicação;
- a comunicação e a cultura são estritamente ligadas;
- o sistema de comunicação é rico e informal;
- a intensidade das comunicações é extraordinária
FIGURA 13 - COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA CORRENTE PÓS-INDUSTRIAL
FONTE: Angeloni, 2010
Verifica-se assim a passagem da referência mecânica da época taylorista à referência biológica e sistêmica, onde organizar não é mais colocar a ordem, mas criar a vida, tornando a comunicação um dos elementos-chave para o sucesso das empresas.
1.3.6 Corrente contemporânea
A corrente de administração contemporânea, por meio de seus principais teóricos – Davenport e Prusak (1998), Nonaka e Takeuchi (1997), Stewart (1998), Sveiby (1998) e Morrison (1997) - aponta um novo direcionamento da comunicação, voltado não apenas à transmissão de dados e informações, mas também do conhecimento organizacional.
Acomplexidade ambiental, na qual as organizações passam a estar inseridas, modifica o paradigma da comunicação empresarial. O grande desafio passa a ser o da transmissão do conhecimento dentro das dimensões interna e externa, assim como em todas as direções e sentidos da organização. Essa relevância do conhecimento dentro das organizações se dá pelo fato de que ele passa a ser a única vantagem competitiva duradoura de uma empresa. Corroborando esse pensamento, Davenport e Prusak (1998) afirmam que a importância fundamental da comunicação do conhecimento se dá pelo fato de esse último apresentar uma capacidade de lidar com a complexidade.
Nonaka e Takeuchi (1997) afirmam a importância da comunicação para a transmissão e conversão do conhecimento tácito em explícito e vice-versa e, como uma função básica da organização, ela se volta a facilitar os processos de compartilhamento do conhecimento, dentro não apenas do espaço físico comum da empresa, mas agora dentro de uma realidade virtual, onde a comunicação no ciberespaço passa a ser essencial para as empresas.
Outro aspecto relevante dessa corrente é a explosão da tecnologia como objeto facilitador da comunicação, principalmente com o advento da telemática. As conexões em rede, a comunicação a laser, a fibra ótica e os sistemas de computação de grandes computadores cresceram significativamente e espalharam pelo contexto empresarial uma ideia de conectividade.
Stewar
Sveiby
Morrison
Nonaka e Takeuchi
 Davenport e Prusak
Corrente Contemporânea
Características:
- a comunicação é propiciadora do compartilhamento do 
 conhecimento;
- a comunicação é realizada em ambiente de ciberespaço;
- as tecnologias facilitam e disseminam a comunicação interna e 
 externamente;
- exigências da conectividade empresarial.
FIGURA 14 - COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DA CORRENTE CONTEMPORÂNEA
FONTE: Angeloni, 2010
Apesar das grandes mudanças no ambiente de negócios e do ápice de algumas variáveis em detrimento a outras, a comunicação Percorreu o caminho do pensamento administrativo, crescendo em importância e firmando seu papel fundamental para a eficiência e eficácia dos objetivos empresariais. Imaginar o êxito organizacional na perspectiva contemporânea, sem trabalhar os processos de comunicação, pode ser considerado uma imprudência.
Que conclusões podem-se tirar da análise da teoria administrativa do ponto de vista da comunicação?
· Pode-se observar nessa análise histórica que, inicialmente, a empresa tinha apenas uma responsabilidade: a econômica, com objetivo único da maximização dos lucros;
· Em 100 anos, a administração dos ativos materiais (administração da produção, do capital etc.) deixou lugar importante à administração de ativos cada vez mais imateriais (informação, imagem da empresa, administração de pessoas etc.);
· A comunicação começa a aparecer verdadeiramente como uma função da empresa no mesmo nível que a administração da produção, financeira ou de pessoas (MUCCHIELLI, 1993); e
· A evolução do mundo dos negócios teve que seguir a evolução da sociedade. As organizações do início do século XX, rígidas, organizadas em torno de um sistema tradicional, não têm mais espaço nos dias atuais, quando a informação e o conhecimento tornam-se recursos fundamentais para o gerenciamento das organizações, tanto em suas formas internas como externas.
Importante destacar que nenhuma organização está inserida em apenas uma corrente, mas sofre influência de mais de uma delas, tendo contudo, uma como predominante
 1.4 Considerações finais sobre o capítulo
Neste capítulo, foi analisada a evolução da sociedade e da comunicação, com o objetivo de compreender o contexto no qual as organizações estão inseridas, identificando as ondas de mudança da sociedade e consequentemente a evolução da comunicação.
Para compreender o papel da comunicação nas organizações, uma análise das teorias administrativas foi realizada do ponto de vista da comunicação. Esta análise destaca as principais características da comunicação na abordagem dos principais teóricos e correntes da administração.
No capítulo, foi destacada ainda a importância dos dados, informações e conhecimentos para o processo decisório e de comunicação das empresas, assim como a inter-relação de todas estas variáveis.
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1 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL NA ERA DO CONHECIMENTO
1.1 A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DA COMUNICAÇÃO
1.1.1 As ondas de mudança da sociedade
1.1.2 A evolução da comunicação
1.2 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO – MATÉRIA-PRIMA PARA A COMUNICAÇÃO
1.2.1 Alavancando as decisões
1.2.2 Melhorando a comunicação
1.2.3 Envolvendo as pessoas na decisão – a importância do trabalho em equipe
1.2.4 A inter-relação entre as variáveis
1.3 A COMUNICAÇÃO DO PONTO DE VISTA DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS
1.3.1 Corrente racionalista clássica
1.3.2 Corrente psicológica
1.3.3 Corrente sociológica
1.3.4 Corrente gerencial
1.3.5 Corrente da administração pós-industrial
1.3.6 Corrente contemporânea

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