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FMUSP21-Especialidades_Clinicas-prova

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ESPECIALIDADES CLÍNICAS 
 
 
INSTRUÇÕES 
 
 
 
 Verifique se este CADERNO DE QUESTÕES contém 120 questões de múltipla escolha. 
 
 Caso não esteja completo, informe imediatamente o fiscal da sala. Não serão aceitas 
reclamações posteriores. 
 
 Escreva seu nome completo, sala, carteira e assine no campo indicado. 
 
 Utilize caneta de tinta preta ou azul. 
 
 Responda as questões de múltipla escolha na FOLHA OBJETIVA, no espaço indicado. 
 
 Não será permitida qualquer espécie de consulta nem o uso de aparelhos eletrônicos. 
 
 
 
 
 
 
As imagens de pacientes e de exames complementares exibidos têm prévia autorização para apresentação. 
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". 
 
Boa prova! 
 
03/Janeiro/2021 
 
Nome do Candidato: 
 
_________________________________________ 
 
 
 
_________________________________________ 
ASSINATURA 
 
SALA: CARTEIRA: 
RESIDÊNCIA MÉDICA - 2021 
C
A
D
E
R
N
O
 
D
E
 
Q
U
E
S
T
Õ
E
S
 
 
Página 2/24 Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP 
QUESTÃO 01 
Mulher de 65 anos vem com história de fraqueza há dois meses. 
Refere temperatura de 37,5°C no período e emagrecimento de 
3 kg (60 kg para 57 kg) apesar de se alimentar bem. Refere 
insônia e desatenção. Nega medicações em uso. Exame clínico: 
BEG, corada, hidratada, eupneica. PA = 140x70 mmHg, sem 
hipotensão postural, P= 110 bpm. Restante normal. Traz exames: 
hemograma, glicemia, creatinina e potássio normais. 
A medicação mais adequada para o tratamento desta paciente é: 
 
(A) Prednisona. 
(B) Mirtazapina. 
(C) Ceftriaxona. 
(D) Metimazol. 
 
QUESTÃO 02 
Homem de 20 anos, com antecedente de bronquite na infância 
que melhorou na pré-adolescência, apresenta crises de tosse 
seca e aperto no peito há três meses. Em uma das crises, 
procurou Pronto-Socorro, onde recebeu inalações, com melhora. 
Tem tido sintomas diurnos aproximadamente uma vez por 
semana. A espirometria mostra CVF=91%, 
VEF1=82%,VEF1/CVF = 0,74, com resposta significativa após a 
administração de broncodilatador. 
A conduta mais adequada é: 
 
(A) Budesonida+formoterol 400/12 mcg duas vezes ao dia e 
salbutamol 200 mcg nas crises. 
(B) Budesonida 200 mcg duas vezes ao dia e 
salbutamol 200 mcg nas crises. 
(C) Budesonida+formoterol 400/12 mcg nas crises. 
(D) Budesonida+formoterol 200/6 mcg duas vezes ao dia e 
salbutamol 200 mcg nas crises. 
 
QUESTÃO 03 
Mulher de 38 anos é internada para investigação de febre alta, 
com um a dois picos diários, há três meses. Refere rash 
maculopapular pruriginoso acometendo predominantemente o 
tronco, que surge apenas durante a febre e some completamente 
com a resolução da mesma. Exames com anemia de doença 
crônica, leucocitose com neutrofilia, plaquetose, aumento de 
provas de atividade inflamatória e elevação do complemento 
sérico e da ferritina. Sedimento urinário normal e ecocardiograma 
transtorácico, com boa janela, normal. 
O tratamento mais adequado, baseado na principal hipótese 
diagnóstica, é: 
 
(A) Anti-inflamatório não hormonal. 
(B) Pulsoterapia de ciclofosfamida. 
(C) Pulsoterapia de corticoide. 
(D) Antibioticoterapia. 
 
QUESTÃO 04 
Homem de 25 anos apresenta hipertensão arterial. Na 
investigação encontra-se relação aldosterona / atividade de 
renina bastante elevada e nódulo de 6 cm em adrenal esquerda. 
Os exames mostrarão com maior probabilidade: 
 
(A) Hipercalemia, acidemia e hipoglicemia. 
(B) Hipocalemia, alcalemia e hiperglicemia. 
(C) Hipocalemia, acidemia e hiperglicemia. 
(D) Hipercalemia, alcalemia e hipoglicemia. 
 
QUESTÃO 05 
Homem de 55 anos, com diagnóstico de miocardiopatia 
chagásica, com quadro de dispneia progressiva aos esforços, 
que piorou há três dias. Exame clínico: regular estado geral, 
corado, FC = 102 bpm, rítmico, PA = 142X70 mmHg. Bulhas 
rítmicas e normofonéticas, B3+ e sopro sistólico 3+/6+, 
regurgitativo, em área mitral. Murmúrio vesicular presente, com 
estertores finos em 2/3 inferiores, bilateralmente. Edema em 
membros inferiores 2+/4+. 
A conduta mais adequada é: 
 
(A) Furosemida IV e carvedilol VO. 
(B) Dobutamina IV e captopril VO. 
(C) Dobutamina IV e carvedilol VO. 
(D) Furosemida IV e captopril VO. 
 
QUESTÃO 06 
Mulher de 40 anos vem com queixa de diarreia há dois meses. 
São três episódios/dia de fezes líquidas, sem muco ou sangue. 
Nega febre e teve redução de 65 para 63 Kg no período. Nega 
mudança do padrão de alimentação. Refere estar mais ansiosa 
devido à pandemia. Seu exame clínico é normal. Exames: anti-
transglutaminase IgG normal (IgA não realizada), teste de 
tolerância à lactose sérica em jejum e de 30 em 30 minutos: 
85 mg/dL, 90 mg/dL, 95 mg/dL, 95 mg/dL, calprotectina nas fezes 
diminuída, protoparasitológico de fezes com Endolimax nana, 
lipase sérica normal. 
A conduta mais adequada é prescrever: 
 
(A) Amitriptilina. 
(B) Ivermectina. 
(C) Lactase. 
(D) Pancreatina. 
 
QUESTÃO 07 
Mulher de 75 anos em avaliação pré-operatória de histerectomia 
total abdominal com linfadenectomia pélvica por adenocarcinoma 
de endométrio estágio T2N0M0. Refere episódios de 
precordialgia atípica relacionada a episódios de estresse, mas 
não aos esforços. Nega dispneia. Antecedentes: dislipidemia e 
diabetes mellitus há 20 anos, infarto do miocárdio há oito anos, 
com angioplastia primária e colocação de stent não 
farmacológico e episódio de ataque isquêmico transitório há 
quatro anos. Está em uso de metformina, insulina NPH 10U à 
noite, amlodipino, atenolol, AAS, ciprofibrato e atorvastatina. 
Exame clínico: PA = 134x88 mmHg, FC = 88 bpm, 
IMC=34 kg/m², sem sopros carotídeos, sem estase jugular. 
Restante do exame também sem alterações. Exames pré-
operatórios: ECG = ritmo sinusal e inversão de onda T em parede 
inferior, radiografia de tórax, hemograma, função renal, 
coagulograma e eletrólitos normais. Cintilografia de perfusão 
miocárdica realizada há quatro anos = Gated 68%, hipocaptação 
persistente em segmento septal de parede inferior. 
Com relação à avaliação cardiológica adicional para essa 
paciente dever-se-ia: 
 
(A) Proceder à cirurgia sem investigação adicional. 
(B) Solicitar nova cintilografia de perfusão miocárdica. 
(C) Solicitar ecocardiograma transtorácico. 
(D) Solicitar angiografia de coronárias. 
 
 
 
 
 
 
Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP Página 3/24 
QUESTÃO 08 
Homem de 82 anos compareceu à consulta com queixa de perda 
de memória, que é pior durante o período da noite. Tem oito anos 
de escolaridade. Sua esposa relatou que ele se aposentou há um 
mês e, desde então, mudou sua personalidade habitual 
extrovertida. Ele nega qualquer histórico de depressão. O escore 
no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi de 25/30. Durante 
a realização do MEEM, ele reclamou várias vezes da perda de 
memória e respondeu “não sei” para várias perguntas do teste. 
A característica abaixo que sugere mais fortemente um 
diagnóstico de depressão em vez de demência é: 
 
(A) Mudança da personalidade habitual do indivíduo. 
(B) Respostas frequentes “não sei” durante o teste cognitivo. 
(C) Paciente conseguir perceber a perda de memória. 
(D) Os sintomas serem piores durante a noite. 
 
QUESTÃO 09 
Mulher de 32 anos vem com queixas de placas eritematosas 
pruriginosas e fugazes há 12 semanas. Inicialmente apresentava 
edema em lábios, cerca de duas vezes na semana. Após 
procurar o Pronto-Socorro em várias ocasiões, onde era 
medicada com anti-histamínicos e corticosteroides sistêmicos, 
vem se automedicando com prednisona 40 mg ao dia há quatro 
semanas e permanece assintomática desde então. Não identifica 
causas desencadeantes. Não suspendeu o tratamento com 
receio de retorno dos sintomas. 
Além de suspender a prednisona gradualmente, a conduta mais 
adequada é: 
 
(A) Omalizumab. 
(B) Loratadina. 
(C) Montelucaste. 
(D) Observação clínica. 
 
QUESTÃO 10 
Funcionária da limpeza de um hospital,ao torcer o esfregão, 
acidenta-se com agulha que se encontrava de permeio. Vem hoje 
para avaliação médica, quatro dias após o acidente. Não se sabe 
se a agulha do acidente havia sido usada em algum paciente. 
A profilaxia pós-exposição de HIV nesta paciente: 
 
(A) Deve ser iniciada imediatamente e mantida por um mês. 
(B) Deve ser considerada após resultado de sorologia 
negativa. 
(C) Deve ser iniciada imediatamente e reavaliada após 
resultado de sorologia. 
(D) Não é recomendada. 
 
QUESTÃO 11 
Homem de 51 anos com cirrose hepática alcoólica foi submetido 
à endoscopia digestiva alta, que revelou duas varizes esofágicas 
de médio e uma de grosso calibre, com red spots e sinais de 
sangramento recente. Foi realizada ligadura elástica e evoluiu 
com melhora clínica e laboratorial. Na alta, apresentava 
PA = 100x70 mmHg e FC = 64 bpm. 
Com relação à profilaxia secundária de hemorragia digestiva, 
este paciente provavelmente se beneficiará de: 
 
(A) Ligadura elástica e propranolol. 
(B) Ligadura elástica e carvedilol. 
(C) Propranolol. 
(D) Carvedilol. 
QUESTÃO 12 
Mulher de 32 anos, sem queixas ou história de doença 
tireoidiana. Realizou exame ultrassonográfico, solicitado pelo 
ginecologista, que revelou a presença de um nódulo sólido, 
hipoecoico, de contornos irregulares, com pontos 
hiperecogênicos sugestivos de microcalcificações, medindo 
1,4 x 0,8 x 1,2 cm, localizado na transição do lobo direito com o 
istmo. Também foi descrita a presença de um linfonodo de 
aspecto reacional, com hilo hiperecogênico central, medindo 
1,1 x 0,5 x 1,8 cm, localizado na cadeia cervical direita, nível 3. 
Os exames de função tireoidiana mostraram TSH = 1,2 UI/mL, T4 
livre = 1,2 ng/dL e anticorpos anti-tireoidianos negativos. 
A conduta mais apropriada para este caso é: 
 
(A) Observação com ultrassonografia cervical em seis meses. 
(B) Cintilografia da tireoide. 
(C) Punção aspirativa por agulha fina do nódulo da tireoide. 
(D) Punção aspirativa por agulha fina do linfonodo cervical. 
 
QUESTÃO 13 
Homem de 19 anos, com diagnóstico de anemia falciforme, foi ao 
Pronto-Socorro por quadro de crise álgica. À ocasião, 
apresentava hemoglobina = 6,2 g/dL, DHL = 450 U/L e 
reticulócitos = 8%. Foi solicitada transfusão de um concentrado 
de hemácias. A pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) foi 
positiva, com identificação de anti-C. Foi selecionada e 
transfundida uma unidade fenótipo compatível. Seis dias após a 
transfusão, o paciente retorna com quadro de febre e dor óssea. 
Exames atuais: hemoglobina = 4,2 g/dL, reticulócitos = 3,5%, 
DHL = 1.200 U/L, teste da antiglobulina direto (TAD) negativo e 
PAI positivo, com anti-C. O tratamento mais adequado para este 
paciente é: 
 
(A) Tratamento de suporte e suspensão das transfusões. 
(B) Novas transfusões com unidades compatíveis. 
(C) Novas transfusões com unidades recentes e 
leucodepletadas. 
(D) Imunoglobulina intravenosa e suspensão das transfusões. 
 
QUESTÃO 14 
Mulher de 42 anos em avaliação pré-operatória para 
mastectomia total com esvaziamento axilar por neoplasia de 
mama estágio T2N1M0. Sedentária. Nega dispneia ou 
precordialgia. Refere episódios de broncoespasmo 
especialmente à noite, em torno de duas a três vezes por 
semana, e episódios de chiado diurno quase diários. 
Antecedentes: asma brônquica em uso beclometasona 250 mcg 
12/12h e salbutamol de demanda (usa diariamente). Nega 
tabagismo e etilismo. Exame clínico: PA = 110x72 mmHg, 
FC = 92 bpm, IMC = 35 kg/m², presença de sibilos esparsos 
bilateralmente. Restante do exame sem alterações. ECG e 
radiografia de tórax sem alterações. 
Com relação ao manejo perioperatório desta paciente, deve-se: 
 
(A) Associar beta-2 agonista de longa duração; iniciar 
hidrocortisona no intra-operatório e manter por três dias 
após a cirurgia. 
(B) Associar beta-2 agonista de longa duração; iniciar 
prednisona três dias antes e manter por três dias após a 
cirurgia. 
(C) Trocar beclometasona por budesonida; solicitar prova de 
função pulmonar. 
(D) Trocar beclometasona por budesonida; solicitar gasometria 
arterial em ar ambiente. 
 
 
Página 4/24 Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP 
QUESTÃO 15 
Homem de 52 anos é admitido na UTI com suspeita de 
COVID- 19. Por dois dias, fez uso de ceftriaxone, azitromicina, 
metilprednisolona 2 mg/Kg e enoxaparina 1 mg/kg 12/12 h em 
hospital de campanha, onde evoluiu com piora clínica, foi 
intubado e encaminhado a uma UTI. Exame clínico: T = 38,2°C, 
FC = 82 bpm, FR = 30 ipm, PA = 112x78 mmHg. RASS = -5, em 
uso de fentanil e midazolam, relação PaO2/FIO2 = 120, em 
ventilação mecânica controlada, sem drogas vasoativas. 
Secreção traqueal hialina à aspiração. Exame de PCR para 
SARS-CoV-2 positivo em secreção traqueal. Radiografia de 
tórax: infiltrado intersticial bilateral. Exames laboratoriais: 
creatinina = 1,1 mg/dL, ureia = 56 mg/dL, leucócitos = 2.500/mm3, 
linfócitos = 850/mm3, plaquetas = 222.000/mm3, 
D- dímero = 5.800 mcg/L. 
Além de dexametasona, a prescrição deste paciente deve conter: 
 
(A) Enoxaparina profilática. 
(B) Enoxaparina profilática e azitromicina. 
(C) Enoxaparina terapêutica e azitromicina. 
(D) Enoxaparina terapêutica. 
 
QUESTÃO 16 
Mulher de 25 anos vem ao Pronto-Socorro por quadro de febre 
esporádica há uma semana, associada a dores articulares e 
rigidez matinal que dura uma hora e meia. A paciente negou 
corrimento vaginal e referiu atividade sexual com parceiro único 
há três meses. Exame clínico: tenossinovite no dorso do pé 
direito e da mão esquerda (tendões extensores dos dedos), 
poliartrite de metacarpofalangeanas e interfalangeanas 
proximais de ambas as mãos e duas pequenas lesões pustulosas 
na mão direita. Restante do exame clínico normal. 
O tratamento mais adequado para a principal hipótese 
diagnóstica desta paciente é: 
 
(A) Hidroxicloroquina. 
(B) Ceftriaxone. 
(C) Prednisona. 
(D) Metotrexate. 
 
QUESTÃO 17 
Foram avaliados pacientes que apresentaram hematúria 
macroscópica acompanhando infecções de vias aéreas 
superiores (hematúria sinfaringítica). Parte destes indivíduos 
evoluiu para síndrome nefrótica ou glomerulonefrite rapidamente 
progressiva. 
O diagnóstico mais provável é: 
 
(A) Amiloidose renal. 
(B) Glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica. 
(C) Glomerulonefrite membrano-proliferativa. 
(D) Nefropatia por IgA. 
 
QUESTÃO 18 
A saturação de oxigênio de um homem de 45 anos é de 97% e a 
frequência cardíaca é de 80. Ao andar 50 m rapidamente, sua 
frequência cardíaca eleva-se para 100 e a saturação cai para 
84%. É mais provável que ele tenha: 
 
(A) Doença pulmonar obstrutiva crônica. 
(B) Asma grave. 
(C) Pneumonia intersticial. 
(D) Insuficiência cardíaca congestiva. 
 
QUESTÃO 19 
Homem de 87 anos vem ao Pronto-Socorro com síndrome 
consumptiva há cinco meses e dores difusas pelo corpo. Toque 
retal: próstata de consistência pétrea. Paciente emagrecido, 
restrito ao leito, ECOG 3. Tomografias de tórax e abdome: 
linfonodomegalias abdominais e pélvicas, além de múltiplas 
lesões ósseas disseminadas em ossos da pelve e coluna torácica 
e lombar. Biópsia prostática: adenocarcinoma escore 9 (5 + 4) de 
Gleason, ISUP 5. PSA sérico de 1920 ng/mL (normal até 
4 ng/mL). Mantém dores intensas apesar de analgesia otimizada. 
Neste momento, o tratamento mais adequado é: 
 
(A) Sedação paliativa. 
(B) Radioterapia das lesões ósseas. 
(C) Quimioterapia citotóxica sistêmica. 
(D) Hormonioterapia com antagonista de LHRH. 
 
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 20 e 21: 
Mulher de 48 anos é admitida na UTI com quadro de cefaleia 
intensa, vômitos e hemiplegia direita com afasia global. 
Tomografia de crânio: sangramento núcleo-capsular esquerdo. 
Antecedentes: hipertensão arterial de difícil controle, dislipidemia. 
Exame clínico: PA = 180 x 110 mmHg, FC = 92 bpm, FR = 18 ipm, 
T = 36,8°C; SpO2 = 94%, glicemia capilar = 155 mg/dL. Escala de 
Glasgow = 11 (AO = 4; MRM = 6; MRV = 1), hemiplegiadireita. 
Restante do exame clínico normal. 
 
QUESTÃO 20 
O manejo mais adequado da pressão arterial sistólica deve ser 
feito com: 
 
(A) Esmolol para manter < 180 mmHg. 
(B) Nitroprussiato de sódio para manter 110 – 140 mmHg. 
(C) Nitroprussiato de sódio para manter 140 – 160 mmHg. 
(D) Esmolol para manter < 220 mmHg. 
 
QUESTÃO 21 
A paciente evoluiu com necessidade de intubação orotraqueal e 
tratamento cirúrgico. Após 72 horas, em ventilação mecânica 
controlada e realizando medidas de primeira linha para 
hipertensão intracraniana (PIC = 28 mmHg), apresentava 
sódio = 128 mEq/L (queda de 4 – 5 mEq/L/dia). Balanço hídrico 
acumulado = + 2L. Diurese nas últimas 24h = 1.200 mL. 
Osmolaridade urinária = 800 mOsm/L. 
A conduta mais adequada neste momento é: 
 
(A) NaCl 20% 40 mL em bolus e NaCl 0,9% em 24 horas. 
(B) NaCl 3% 150 mL em bolus e NaCl 3% em 24 horas. 
(C) NaCl 3% em 24 horas. 
(D) NaCl 0,9% em 24 horas. 
 
QUESTÃO 22 
Homem de 35 anos apresenta fraqueza, febre, mialgia, artralgia, 
livedo reticular, nódulos subcutâneos, úlceras digitais, 
mononeurite multiplex, claudicação intestinal e insuficiência 
cardíaca. Tomografia não mostra alterações pulmonares. Tem 
sorologia positiva para vírus B da hepatite. O diagnóstico mais 
provável é: 
 
(A) Poliarterite nodosa. 
(B) Doença de Behçet. 
(C) Granulomatose de Wegener. 
(D) Doença de Churg – Strauss. 
 
Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP Página 5/24 
QUESTÃO 23 
Homem de 25 anos com sarcoma alveolar de partes moles em 
coxa esquerda há três anos, vem com piora do controle álgico 
nas últimas semanas. Refere dor de intensidade 8/10 na maior 
parte do tempo, com irradiação para terço distal de membro. Há 
uma semana foi aumentada a dose do opioide em 50% com 
melhora parcial (intensidade 5/10), mas com piora da náusea. 
Está em uso de dipirona 2 g VO a cada 6 h, morfina 30 mg 
VO 4/4h e gabapentina 300 mg 3x ao dia. 
A melhor hipótese diagnóstica e conduta são: 
 
(A) Hiperalgesia induzida por opioide. Manter doses de morfina 
e gabapentina e associar segunda droga adjuvante. 
(B) Hiperalgesia induzida por opioide. Trocar morfina por 
metadona e manter doses de resgate com morfina. 
(C) Tolerância ao opioide. Reduzir dose de morfina e aumentar 
dose de gabapetina. 
(D) Tolerância ao opioide. Trocar morfina por oxicodona e 
associar segunda droga adjuvante. 
 
QUESTÃO 24 
Mulher de 32 anos, sem comorbidades, está em tratamento 
anticoagulante para embolia pulmonar segmentar há quatro 
meses. O evento ocorreu após internação em unidade de terapia 
intensiva por COVID-19, onde permaneceu sob ventilação 
invasiva por 10 dias. No momento está assintomática e retornou 
às suas atividades habituais. Refere que a mãe e uma tia materna 
apresentaram embolia pulmonar com cerca de 30 anos, a mãe 
após viagem de avião prolongada e a tia após a gravidez. A 
suspensão da anticoagulação desta paciente: 
 
(A) Depende da investigação de trombofilia na paciente. 
(B) Depende da investigação de trombofilia na mãe e na 
paciente. 
(C) Pode ser definida sem necessidade de investigação de 
trombofilia. 
(D) Não pode ser realizada, independentemente da 
investigação de trombofilia. 
 
QUESTÃO 25 
Homem de 60 anos, etilista, vem trazido pela esposa com 
rebaixamento do nível de consciência há dois dias. Negava febre. 
Em uso de furosemida 80 mg/dia e espironolactona 200 mg/dia e 
propranolol 80 mg/dia. Teve sangramento digestivo há seis 
meses, quando foi feita ligadura de varizes esofágicas. Hábito 
intestinal duas vezes ao dia. Dieta normal com pouca proteína 
animal. Exame clínico: sonolento, consciente, orientado, 
flapping +, PA = 100x70 mmHg, P = 60 bpm, ictérico ++/4+, 
descorado ++/4+, pulmões e coração normais, ascite pequena, 
fígado não palpável e baço a 3 cm do rebordo costal esquerdo. 
Membros com edema +/4+, telangiectasias em tronco. Exames: 
bilirrubina total = 5,0 mg/dL, bilirrubina direta = 4,5 mg/dL, 
albumina = 3,5 g/dL, INR = 1,6, ureia = 30 mg/dL, 
creatinina = 0,8 mg/dL, hemoglobina = 10 g/dL, 
leucócitos = 5000/mm3, pH = 7,32, bicarbonato = 22 mEq/L. 
No manejo do cuidado deste paciente deve-se: 
 
(A) Diminuir furosemida para 40 mg e espironolactona para 
100 mg. 
(B) Considerar que o nível de consciência seja evolução natural 
da doença. 
(C) Hidratar, introduzir ceftriaxona e esvaziar a ascite. 
(D) Suplementar vitamina K parenteral. 
 
 
QUESTÃO 26 
Homem de 48 anos, negro, com miocardiopatia hipertensiva com 
fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 28%, em uso de 
enalapril 20 mg de 12/12 h, carvedilol 25 mg de 12/12 h, 
espironolactona 50 mg/dia e furosemida 80 mg/dia. Atualmente 
com dispneia aos esforços médios. Exame clínico: 
PA = 142X84 mmHg, FC = 62 bpm e sem sinais de hipervolemia. 
Eletrocardiograma com ritmo sinusal, bloqueio de ramo direito e 
QRS = 128 ms. A intervenção de maior grau de recomendação 
no tratamento desse paciente é: 
(A) Associar ivabradina. 
(B) Associar hidralazina + nitrato. 
(C) Associar losartana. 
(D) Implantar marca-passo com ressincronização. 
 
QUESTÃO 27 
Homem de 14 anos iniciou há cinco dias quadro de odinofagia e 
febre, para o qual recebeu prescrição de anti-inflamatório. 
Evoluiu com piora do quadro que se associou a dor abdominal, 
náusea e vômitos. Três dias depois, deu entrada no PS com 
adinamia, sonolência, dispneia e taquicardia. Há dois dias tem 
apresentado polidipsia, poliúria e polifagia. Exame clínico: regular 
estado geral, torporoso, corado, desidratado ++/4+. T = 38°C; 
FC = 100 bpm; PA = 90x60 mm Hg; FR = 30 ipm. Hálito cetônico. 
Orofaringe com hiperemia e amígdalas hipertrofiadas. Exame 
cardiopulmonar sem outras alterações. Abdome doloroso 
difusamente à palpação superficial e profunda; descompressão 
brusca negativa. Exames: glicemia = 400 mg/dL; 
hemoglobina = 14,9 g/dL; leucócitos = 21.000/mm3; 
ureia = 66 mg/dL; creatinina = 1,7 mg/dL; Na = 130 mEq/L; 
K= 6,0 mEq/L; Ph = 7,02; bicarbonato = 6 mEq/L; 
PaCO2 = 17 mmHg; PaO2 = 100 mmHg 
O tratamento inicial deste paciente deve incluir hidratação, 
insulinoterapia e: 
(A) Bicarbonato de sódio. 
(B) Inalação com beta2-agonista. 
(C) Nenhum tratamento adicional. 
(D) Ceftriaxone e metronidazol. 
 
QUESTÃO 28 
Mulher de 70 anos em consulta de rotina vem com hemograma 
mostrando pancitopenia e macrocitose, com reticulócitos 
diminuídos. Tem artrite reumatoide, diabetes e fibrilação atrial. 
Faz uso crônico de varfarina, metformina, metotrexate e 
omeprazol. O medicamento que MENOS provavelmente leva às 
alterações laboratoriais descritas é: 
(A) Varfarina. 
(B) Metformina. 
(C) Omeprazol. 
(D) Metotrexate. 
 
QUESTÃO 29 
Comparada a uma mulher estadunidense branca de 65 anos de 
idade, 65 Kg de peso e 1,65 m de altura e nenhum fator de risco 
relevante para osteoporose, o risco de uma mulher brasileira, 
com as mesmas características, apresentar uma fratura óssea 
maior por osteoporose, em 10 anos, é aproximadamente: 
(A) Três vezes menor e, portanto, o exame da densitometria 
óssea seria dispensável. 
(B) Duas vezes maior e, portanto, o exame da densitometria 
óssea seria recomendável. 
(C) Igual e, portanto, o exame da densitometria óssea seria 
necessário. 
(D) A metade e, portanto, a densitometria óssea seria 
recomendável. 
 
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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 30 a 32: 
Homem de 62 anos, previamente hipertenso e diabético, em uso 
de enalapril e metformina, é admitido na UTI com quadro suspeito 
de COVID-19. Estava em ventilação mecânica há dois dias em 
uma UPA. Exame clínico: T = 38,2oC, FC = 92 bpm, FR = 32 ipm, 
PA = 98x62 mmHg (PP = 18), SpO2 = 92%, 
glicemia = 280 mg/dL. RASS – 3 em uso de propofol 100 mg/h e 
fentanil 20 mcg/h, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Em 
ventilação mecânica, modo pressão controlada (PCV), 
FR = 27 ipm, FIO2 = 60%, PEEP = 10 cmH2O, P = 12 cmH2O, 
Vc = 480 mL (Peso predito = 80 Kg). Em uso denoradrenalina 
0,05 mcg/Kg/min. Recebe dieta enteral 15 mL/h (1,5 Kcal/mL). 
Diurese = 200 mL (24h), balanço hídrico (24h) = + 500 mL. 
Exames laboratoriais: creatinina = 2,2 mg/dL, ureia = 262 mg/dL, 
potássio = 5,2 mEq/L, sódio = 144 mEq/L, pH = 7,33, 
PaCO2 = 44 mmHg, PaO2 = 62 mmHg, bicarbonato = 22 mEq/L 
e lactato = 36 mg/dL. 
 
QUESTÃO 30 
Em relação ao manejo da lesão renal aguda, a próxima conduta 
mais adequada é: 
 
(A) Furosemida 80 mg IV e, se diurese > 200 mL em 2 horas, 
manter de horário. 
(B) Furosemida 80 mg IV e, se diurese < 200 mL em 2 horas, 
iniciar diálise. 
(C) Realizar expansão volêmica e balanço hídrico positivo. 
(D) Iniciar diálise. 
 
QUESTÃO 31 
Em relação ao controle glicêmico deste paciente, a conduta mais 
adequada é: 
 
(A) Insulinoterapia intravenosa com meta de glicemia capilar 
entre 80-140 mg/dL. 
(B) Fazer 6 UI de insulina regular subcutânea agora e 10 UI de 
insulina glargina à noite. 
(C) Fazer 6 UI de insulina regular subcutânea agora e 8 UI de 
insulina NPH 8/8h. 
(D) Insulinoterapia intravenosa com meta de glicemia capilar 
entre 140-180 mg/dL. 
 
QUESTÃO 32 
Em relação à terapia nutricional, a conduta mais adequada para 
o dia de hoje é: 
 
(A) Suspender a dieta enteral e prescrever glicose 5% 
1000 mL/24h. 
(B) Manter a velocidade de infusão da dieta enteral. 
(C) Modificar para dieta para diabetes e manter velocidade de 
infusão. 
(D) Aumentar a dieta para 40 mL/h e, após 24 horas, para 
55 mL/h. 
 
QUESTÃO 33 
Homem de 50 anos vem para consulta de rotina. Refere usar 
medicação prescrita por psiquiatra, mas não sabe o nome. Traz 
exames recentes, dentre os quais Na = 160 mEq/L. A medicação 
que provavelmente este paciente utiliza é: 
 
(A) Carbonato de lítio. 
(B) Carbamazepina. 
(C) Fenitoína. 
(D) Desvenlafaxina. 
QUESTÃO 34 
Mulher de 67 anos, vem em consulta no ambulatório com queixa 
de astenia e perda de peso há cinco meses. Faz 
acompanhamento na oncologia por neoplasia de mama há cinco 
anos, tratada com exérese cirúrgica, quimioterapia e radioterapia. 
Exame clínico: descorada ++/4+ e baço percutível, sem outras 
alterações. Exames: Hemoglobina = 8,2 g/dL, VCM = 104 fl, 
leucócitos = 3.400/mm3, segmentados = 1.200/mm3, 
linfócitos 800/mm3, plaquetas = 68.000/mm3. 
A hipótese mais provável é: 
 
(A) Deficiência de ácido fólico. 
(B) Síndrome mielodisplásica. 
(C) Hiperesplenismo. 
(D) Infiltração medular pelo câncer. 
 
QUESTÃO 35 
Mulher de 36 anos, primigesta, 12 semanas de gestação, 
assintomática, retorna com as seguintes sorologias: 
Toxoplasmose: IgG e IgM reagentes 
Rubéola: IgG e IgM não reagentes 
CMV: IgG reagente e IgM não reagente 
EBV: IgG reagente e IgM não reagente 
Hepatite B: AgHBs, Anti-HBc e Anti-HBs não reagentes 
Hepatite A: IgG reagente e IgM não reagente 
Hepatite C: não reagente 
A conduta mais adequada é solicitar: 
 
(A) Avidez para toxoplasmose (IgG) e vacinação para 
hepatite B e para rubéola agora. 
(B) Avidez para toxoplasmose (IgM) e vacinação para 
hepatite B e para rubéola após o parto. 
(C) Avidez para toxoplasmose (IgG) e vacinação para 
hepatite B agora. 
(D) Avidez para toxoplasmose (IgM) e vacinação para 
hepatite B após o parto. 
 
QUESTÃO 36 
Homem de 32 anos é trazido para atendimento no Pronto-
Socorro devido a quadro de dificuldade respiratória e fraqueza 
muscular após discussão familiar. Tem hipertensão de difícil 
controle há vários anos. Exames: K+ = 2,2 mEq/L; pH = 7,52; 
PvCO2 = 34 mmHg; bicarbonato = 28 mEq/L. A tabela resume os 
exames da última consulta ambulatorial. 
 
Exame laboratorial Resultado 
TSH e T4 livre Normais 
Cortisol urinário Normal 
Potássio urinário Aumentado 
Sódio urinário Reduzido 
Atividade de renina plasmática Reduzida 
Aldosterona plasmática Reduzida 
 
O tratamento mais adequado é: 
 
(A) Acetazolamida. 
(B) Dexametasona. 
(C) Espironolactona. 
(D) Amilorida. 
 
 
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QUESTÃO 37 
Homem de 66 anos, tabagista (50 maços-ano), com antecedente 
de câncer de cólon operado há sete anos, vem em consulta 
devido a nódulo pulmonar identificado em radiografia de tórax 
durante avaliação pré-operatória para cirurgia de correção de 
hérnia incisional. Está assintomático e sem alterações ao exame 
clínico. Tomografia de tórax: nódulo de 3,6 cm em ápice pulmonar 
esquerdo. Tomografia de abdome: normal. Dosagem sérica de 
antígeno carcinoembrionário: 15,6 microgramas/L (valor normal 
até 5,0 microgramas/L). 
A conduta mais adequada neste momento é: 
 
(A) Quimioterapia paliativa. 
(B) Biópsia do nódulo. 
(C) Colonoscopia. 
(D) Lobectomia associada à linfadenectomia. 
 
QUESTÃO 38 
Homem de 38 anos com anemia falciforme e necrose asséptica 
da cabeça do fêmur retorna para seguimento ambulatorial. Está 
em uso de paracetamol 500 mg via oral a cada 6 h, 
oxicodona 10 mg duas vezes ao dia, lactulose 10 mL três vezes 
ao dia e bisacodil 10 mg duas vezes ao dia. Apresenta dor 
controlada, tem apetite preservado, sem dispneia, mas queixa de 
obstipação, com hábito intestinal a cada cinco dias, com fezes 
ressecadas. Exame clínico: abdome levemente timpânico a 
percussão, sem dor à descompressão brusca. 
A medicação a ser associada para o tratamento da obstipação 
intestinal é: 
 
(A) Senna. 
(B) Polietilenoglicol. 
(C) Supositório glicerina. 
(D) Docusato de sódio. 
 
QUESTÃO 39 
Mulher de 61 anos com queixa de cefaleia recorrente há um mês, 
bitemporal, associada a dor e rigidez nos ombros. Antecedentes 
pessoais: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2 
insulino-dependente e doença arterial coronariana com 
angioplastia há um ano. Exame clínico: IMC 34 kg/m2, 
hipersensibilidade à palpação do couro cabeludo, sem lesões 
cutâneas; dor à movimentação de ombros, com força preservada. 
Restante do exame sem alterações. 
A causa mais provável para a dor nos ombros é: 
 
(A) Polimiosite. 
(B) Fibromialgia. 
(C) Polimialgia reumática. 
(D) Síndrome miofascial. 
 
QUESTÃO 40 
Homem de 60 anos, previamente hipertenso e diabético, será 
submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio. Está 
hospitalizado há 36 horas. 
Em relação à antibioticoprofilaxia, a conduta mais adequada é: 
(A) Vancomicina duas horas antes, com repetição 
intraoperatória após quatro horas. 
(B) Cefuroxima duas horas antes, sem repetição 
intraoperatória. 
(C) Clindamicina uma hora antes, sem repetição 
intraoperatória. 
(D) Cefazolina uma hora antes, com repetição intraoperatória 
após quatro horas. 
QUESTÃO 41 
Homem de 56 anos, hipertenso e com sobrepeso, está internado 
na unidade de terapia intensiva há três dias por quadro de 
insuficiência respiratória decorrente de COVID-19. O paciente 
está sedado, sob ventilação mecânica há 36 horas, no modo 
volume controlado: volume corrente = 480 mL, frequência 
respiratória = 32 ipm, fluxo = 60 L/min (quadrado), 
PEEP =11 cmH20, pressão de pico = 40 cmH20, pressão de 
platô = 26 cmH2O, FIO2 = 60%, sem sinais de assincronia. 
Gasometria arterial: pH = 7,25, PaCO2 = 50 mmHg, 
PaO2 = 65 mmHg, Sata O2 = 91%, bicarbonato = 26 mEq/L. Peso 
predito = 80 Kg. 
A conduta mais adequada para esse paciente é: 
 
(A) Colocar o paciente em posição prona. 
(B) Aumentar o volume corrente para 640 mL. 
(C) Iniciar bloqueio neuromuscular. 
(D) Aumentar PEEP para 15 cm H2O, após manobra de 
recrutamento. 
 
QUESTÃO 42 
Mulher de 42 anos está internada por COVID-19 há três dias. 
Está em uso de cateter de O2 3 L/min e recebendo 
dexametasona 6 mg IV uma vez ao dia. Exame clínico: 
PA = 100/74 mmHg, FC = 94 bpm, SatO2 = 92 e pulmões com 
estertores grossos difusos. Restante do exame sem alterações. 
Há uma hora cefaleia holocraniana e rebaixamento do nível de 
consciência. Foi realizada tomografia de crânio, cuja imagem é 
apresentada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A conduta terapêutica mais adequada para esta paciente é: 
 
(A) Descompressão cirúrgica. 
(B) Heparinizaçãoplena. 
(C) Antiagregação plaquetária. 
(D) Trombólise endovascular. 
 
QUESTÃO 43 
Mulher de 90 anos, viúva, vem à consulta ambulatorial trazida por 
um dos filhos por apatia há seis semanas. Frequentava sempre 
a igreja, porém nesse período não quer mais sair de casa. O 
apetite está reduzido, perdeu 4 kg e também está com dificuldade 
para dormir. Tem antecedentes de hipertensão arterial, 
constipação crônica e quedas frequentes. 
A melhor opção de tratamento para esta paciente é: 
(A) Amitriptilina. 
(B) Fluoxetina. 
(C) Bupropiona. 
(D) Mirtazapina. 
 
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QUESTÃO 44 
Mulher de 68 anos, oriental, vem em consulta com queixa de dor 
em coxa direita iniciada há um mês, inespecífica, de ritmo 
mecânico, sem outros sintomas, com alívio apenas temporário 
quando faz uso de analgésico comum. Antecedentes: 
hipertensão arterial, dislipidemia e osteoporose. Faz uso de 
losartana, anlodipino e sinvastatina há 10 anos e alendronato há 
sete anos. Exame clínico: dor à mobilização do quadril direito, 
sem outras alterações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faz parte do tratamento desta paciente: 
 
(A) Associar cálcio e vitamina D. 
(B) Suspender alendronato. 
(C) Substitutir alendronato por ácido zoledrônico. 
(D) Avaliar adesão ao tratamento. 
 
QUESTÃO 45 
Mulher de 20 anos, gestante de 10 semanas, foi encaminhada 
pelo obstetra por apresentar sorologia reagente para sífilis. 
Refere quadro de urticária generalizada e hipotensão 30 minutos 
após a administração de penicilina benzatina aos 15 anos. Nega 
uso do medicamento posteriormente ou sintomas semelhantes 
com qualquer outro medicamento. Já foi medicada com 
cefalexina em duas ocasiões sem reações adversas. 
A conduta mais adequada é: 
 
(A) Iniciar tratamento com penicilina benzatina. 
(B) Iniciar tratamento com estolato de eritromicina. 
(C) Comprovar alergia à penicilina com teste cutâneo e 
dessensibilizar, se positivo. 
(D) Solicitar RAST para penicilina e, se negativo, liberar o uso 
de penicilina. 
 
QUESTÃO 46 
Mulher de 37 anos em tratamento para artrite reumatoide 
apresenta anemia com ferro sérico = 26 ug/dL e ferritina 
sérica = 110 ng/mL. A anemia desta paciente se caracteriza por: 
 
(A) Elevação da hepcidina e liberação da ferroportina. 
(B) Elevação da hepcidina e bloqueio da ferroportina. 
(C) Queda da hepcidina e liberação da ferroportina. 
(D) Queda da hepcidina e bloqueio da ferroportina. 
QUESTÃO 47 
Mulher de 60 anos, diabética há 10 anos, está internada há três 
dias por coma hiperosmolar, desencadeado por infecção urinária. 
Foi hidratada, recebeu insulina regular em bomba de infusão por 
dois dias e ceftriaxona. Em casa usava metformina 850 mg nas 
três refeições e empagliflozina, 25 mg/dia. Hoje, está em uso de 
insulina NPH 12 U/dia (em duas doses) e insulina regular 
conforme glicemia capilar pré-refeições. Exames de hoje: 
glicemia de jejum = 120 mg/dL, ureia = 50 mg/dL, 
creatinina = 1,6 mg/dL, peptídeo C elevado, HbA1c = 11%. Foi 
decidido por alta hoje, com seguimento ambulatorial. 
O tratamento hipoglicemiante mais adequado para esta paciente 
é: 
 
(A) Insulina NPH e metformina. 
(B) Insulina NPH e glicazida. 
(C) Empagliflozina e metformina. 
(D) Empaglifozina e glicazida. 
 
QUESTÃO 48 
Mulher de 29 anos com diagnóstico de hipertensão arterial 
sistêmica desde a primeira gestação. Está na 8ª semana de uma 
segunda gestação, em uso de enalapril 20 mg 12/12 horas e 
hidroclorotiazida 12,5 mg uma vez ao dia. Assintomática. Exame 
clinico sem alterações, PA = 120/74 mmHg. 
A melhor conduta no momento é: 
 
(A) Trocar medicações para losartana e atenolol. 
(B) Suspender enalapril. 
(C) Trocar medicações para nifedipino e metildopa. 
(D) Suspender hidroclorotiazida. 
 
QUESTÃO 49 
Mulher de 53 anos é admitida com quadro de cólica ureteral 
recorrente. Nega poliúria, polidipsia, fraqueza muscular, dores 
ósseas ou fraturas. Ex-tabagista de 50 maços-ano, parou há três 
anos. Relata constipação intestinal há três meses, com melhora 
com uso de lactulose. Exames laboratoriais: cálcio 
total = 12,8 mg/dL, fósforo = 2,3 mg/dL, creatinina = 0,77 mg/dL, 
25-OH-vitamina D = 7 ng/dL; PTH = 232 pg/mL. 
Para indicação de paratireoidectomia é necessário: 
 
(A) Ultrassonografia cervical. 
(B) Cintilografia com sestamibi tecnécio-99m. 
(C) Investigar neoplasia maligna. 
(D) Nenhum outro exame. 
 
QUESTÃO 50 
Mulher de 22 anos foi ferroada por abelha há uma semana. Após 
10 minutos, iniciou quadro de urticária em todo corpo e dispneia. 
Na investigação inicial após uma semana, a pesquisa de IgE 
sérica específica foi não reagente para veneno de abelha 
(0,20 kU/L). 
A conduta mais adequada é: 
 
(A) Fazer investigação para outra causa de anafilaxia com 
testes cutâneos. 
(B) Fazer testes cutâneos para alergia a veneno de abelha 
neste momento. 
(C) Repetir a pesquisa de IgE sérica específica após quatro 
semanas do evento. 
(D) Fazer investigação para outra causa de anafilaxia com IgE 
sérica específica. 
 
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QUESTÃO 51 
Homem de 80 anos vem ao Pronto-Socorro em anúria há 24 h. 
Detectou-se retenção urinária e coloca-se sonda de alívio com 
saída de 1200 mL de urina. Antes da sondagem, seus exames 
mostravam ureia = 96 mg/dL e creatinina = 2,8 mg/dL. No 
primeiro dia de internação, urinou três litros. Recebeu três litros 
de soro fisiológico IV e no segundo dia urinou quatro litros. 
A sequência dos eventos fisiopatológicos que devem ter ocorrido 
neste paciente, após a desobstrução urinária, são 
respectivamente: 
 
(A) Hipovolemia, deficiência da ação do hormônio anti-
diurético. 
(B) Deficiência da ação do hormônio anti-diurético, perda do 
sistema de contra corrente da medula renal. 
(C) Perda do sistema de contra corrente da medula renal, 
hipovolemia. 
(D) Deficiência da ação do hormônio anti-diurético, 
hipovolemia. 
 
QUESTÃO 52 
Homem de 88 anos, internado por exacerbação de DPOC e 
quadro demencial, apresenta melhora progressiva, porém 
persiste com grande quantidade de secreção pulmonar clara. 
Está em uso de ceftriaxona, azitromicina, hidrocortisona, 
escopolamina, heparina, colírio de atropina sublingual e inalação 
com ipratrópio. 
Dentre as alternativas, a medicação que MENOS auxilia no 
manejo da secreção é: 
 
(A) Hidrocortisona. 
(B) Escopolamina. 
(C) Colírio de atropina. 
(D) Ipratrópio. 
 
QUESTÃO 53 
Houve um ataque bioterrorista no metrô de uma cidade. Os 
sintomas das vítimas variam desde dispneia leve até asfixia, 
gasping, cianose, crise convulsiva e parada cardiorrespiratória 
em assistolia. Não foram observadas fasciculações musculares 
ou outras alterações segmentares ao exame neurológico nem 
alterações do diâmetro das pupilas. Além disso, nenhuma lesão 
de pele ou de mucosas foi identificada nos pacientes expostos. 
O antídoto ou terapia que deve ser providenciado para 
atendimento dos pacientes é: 
 
(A) Pralidoxima. 
(B) Naloxona. 
(C) Hemodiálise. 
(D) Tiosulfato de sódio. 
 
QUESTÃO 54 
A alternativa que melhor correlaciona fatores de risco e protetor 
para câncer de mama é: 
 
 FATOR DE RISCO FATOR PROTETOR 
(A) Menarca precoce tardia 
(B) Menopausa precoce tardia 
(C) Paridade multípara nulípara 
(D) 1ª gestação jovem tardia ( > 30 anos) 
 
QUESTÃO 55 
Homem de 62 anos em avaliação pré-operatória para 
nefrectomia parcial por neoplasia renal estágio T3N0M0. Faz 
caminhadas diárias de 30 min. Nega dispneia aos esforços, 
ortopneia ou dispneia paroxística noturna. Nega precordialgia 
aos esforços. Antecedentes: diabetes mellitus há 40 anos, 
hipertensão arterial há 25 anos e doença renal crônica. Nega 
tabagismo e etilismo. Exame clínico: PA = 140x 86 mmHg, 
FC = 92 bpm, IMC = 28 kg/m². Restante do exame sem 
alterações. Exames pré-operatórios: ECG e radiografia de tórax 
sem alterações, hemoglobina = 10,8 g/dL, 
leucócitos = 6.800/mm³,plaquetas 410.000/mm³, 
ureia = 68 mg/dL, creatinina = 1,6 mg/dL, sódio = 141 mEq/L, 
K = 4,9 mEq/L, clearance de creatinina = 46 mL/min, glicemia de 
jejum 180 mg/dL, hemoglobina glicada = 8,9%. 
Com relação à profilaxia de tromboembolismo venoso para este 
paciente, a melhor opção é: 
 
(A) Enoxaparina 40 mg SC ao dia por 10 dias. 
(B) Heparina não fracionada 5.000 U SC de 12/12 h por quatro 
semanas. 
(C) Enoxaparina 40 mg SC ao dia por quatro semanas. 
(D) Heparina não fracionada 5.000 U SC de 12/12 h por 10 
dias. 
 
QUESTÃO 56 
Homem de 62 anos procura o Pronto-Socorro com queixa de 
equimoses não relacionadas a trauma, febre vespertina e astenia 
há uma semana. Exames: Hemoglobina = 8,9 g/dL; 
leucócitos = 3.400/mm3, com presença de 36% blastos grandes 
e granulares, alguns com bastonete de Auer, 
plaquetas = 5.000/mm3, fibrinogênio = 85 mg/dL, INR = 1,7. 
Durante o atendimento, o paciente apresentou convulsão tônico-
clônica e encontra-se inconsciente após a crise, com pupilas 
midriáticas e fotoreagentes. 
Além de plaquetas e ácido transretinoico, a conduta inicial para a 
principal hipótese do quadro neurológico deve incluir a infusão 
de: 
(A) Plasma congelado e complexo protrombínico. 
(B) Plasma congelado e crioprecipitado. 
(C) Crioprecipitado. 
(D) Complexo protrombínico. 
 
QUESTÃO 57 
Homem de 45 anos, usuário de drogas injetáveis, apresentou 
febre, mialgia, dor faríngea à deglutição e mal-estar geral há 15 
dias. Foi tratado com amoxicilina por cinco dias, com melhora dos 
sintomas. Após cinco dias, vem ao Pronto-Socorro com artralgia, 
parestesias e manchas avermelhadas em membros inferiores. 
Exame clínico: descorado +/4+, normotenso, sem 
adenomegalias, com petéquias confluentes em membros 
inferiores e áreas de livedo reticular. Exames complementares: 
Hemoglobina = 10 g/dL, leucócitos = 8500/mm3, 
plaquetas = 180.000/mm3, VHS = 55 mm/h, FAN negativo, 
C3= 88 mg/dL, C4 = 5 mg/dL, exame de urina com proteinúria 
+/4+ e 80 hemácias/campo. 
A alternativa que contem possíveis diagnósticos para este 
paciente é: 
(A) Púrpura de Henoch-Schönlein, urticária vasculite e lúpus 
eritematoso sistêmico. 
(B) Poliangeite microscópica, vasculite pós-estreptocócica e 
vasculite reumatoide. 
(C) Púrpura de Henoch-Schönlein, crioglobulinemia e vasculite 
por hipersensibilidade a droga. 
(D) Vasculite pós-estreptocócica, crioglobulinemia e doença do 
soro crônica. 
 
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QUESTÃO 58 
Mulher de 28 anos, procedente de São Paulo, administradora, 
procura Pronto-Socorro com história de seis dias de febre não 
medida, calafrios, astenia, mialgia e cefaleia frontal. Há dois dias 
cansaço, tosse seca, náuseas e dor abdominal. Nega 
antecedentes mórbidos. Realizou trilha em área de mata há 
15 dias. Foi vacinada contra hepatite B (três doses) e febre 
amarela há dois anos. Exame clínico: regular estado geral, 
descorada +/4+, ictérica +/4+, hemorragia conjuntival, 
T = 37,4o C. Ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações, 
abdome doloroso difusamente à palpação, fígado a 3 cm do 
rebordo costal direito, doloroso. Petéquias em membros 
inferiores. Exames laboratoriais: Hemoglobina = 10,4 g/dL, 
hematócrito = 31%, leucócitos = 12.060/mm3 (70% neutrófilos, 
18% linfócitos e 12% monócitos), plaquetas = 65.000/mm3, 
ureia = 76 mg/dL, creatinina = 2,1 mg/dL, CPK = 716 mg/dL, 
ALT = 128 U, AST = 110 U, bilirrubina direta = 2,3 mg/dL, 
bilirrubina indireta = 0,7 mg/dL, Na = 136 mEq/L e K = 2,9 mEq/L. 
O tratamento mais adequado para este paciente é: 
 
(A) Ceftriaxone. 
(B) Remdesevir. 
(C) Dexametasona. 
(D) Doxiciclina. 
 
QUESTÃO 59 
Homem de 60 anos tem diagnóstico de doença pulmonar 
obstrutiva crônica há três anos. Está em tratamento com 
broncodilatador de demanda de curta duração. Apresenta índice 
de dispneia modificado do Medical Research Council (mMRC) de 
1 e COPD Assessment Test (CAT) de 9. Foi internado por uma 
exacerbação há seis meses e apresentou nova exacerbação há 
dois meses, que foi tratada ambulatorialmente. Exames 
complementares atuais: VEF1 pós-broncodilatador = 65% do 
previsto; SpO2 = 94% (ar ambiente); eosinófilos = 88/mm3. 
O tratamento de manutenção mais adequado é: 
 
(A) Corticoide inalatório e anticolinérgico inalatório de longa 
duração. 
(B) Corticoide inalatório e beta-2 agonista de longa duração. 
(C) Anticolinérgico inalatório de longa duração. 
(D) Beta-2 agonista de longa duração e anticolinérgico 
inalatório de longa duração. 
 
QUESTÃO 60 
Homem de 72 anos, advogado em atividade, com antecedente 
de hipertensão essencial, diabetes mellitus, cardiopatia 
isquêmica, faz uso de AAS, metformina, insulina, enalapril, 
hidroclorotiazida, atenolol e atorvastatina. É admitido na 
enfermaria com diagnóstico de COVID-19. Exame clínico: 
PA = 138 x 94 mmHg; T = 37,3°C; FC = 60 bpm; FR = 20 ipm; 
SpO2 = 96% (com cateter nasal de O2 3L/min). Consciente e 
orientado. São prescritos ceftriaxone, azitromicina, 
hidroxicloroquina e prednisona, sem documentação de 
consentimento do paciente. Estava sem queixa de dispneia ou 
dores e evoluiu com parada cardiorrespiratória súbita e óbito. 
Os princípios bioéticos que foram desrespeitados neste contexto 
são: 
 
(A) Não-maleficência e justiça. 
(B) Não-maleficência e autonomia. 
(C) Justiça e beneficência. 
(D) Autonomia e beneficência. 
 
 
QUESTÃO 61 
Homem de 45 anos, afrodescendente, vem em acompanhamento 
por hipertensão arterial de difícil controle há seis meses. É 
assintomático e, desde o início do tratamento, passou a fazer 
caminhadas diárias e adequou sua dieta, tendo perdido seis Kg 
no período. Foram afastadas causas secundárias e não há 
evidências de má aderência. Exame clínico: PA 150/94 mmHg, 
FC = 78 bpm, peso = 88 kg, altura = 1,80 m, IMC = 27,2 kg/m2, 
restante sem alterações. Está em uso de enalapril 20 mg duas 
vezes ao dia, amlodipina 10 mg à noite e hidroclorotiazida 25 mg 
pela manhã. 
A conduta mais adequada no manejo do cuidado deste paciente 
é: 
 
(A) Associar espironolactona. 
(B) Associar atenolol. 
(C) Dividir a dose de amlodipina em duas tomadas. 
(D) Aguardar o efeito das mudanças de hábito de vida. 
 
QUESTÃO 62 
Homem de 58 anos, assintomático, passa em consulta médica 
de rotina para mostrar resultado de exames. Não faz 
acompanhamento médico há mais de 30 anos. É sedentário e 
tabagista de 40 maços.ano. Exame clínico: peso = 110 kg, 
altura = 1,70 m, PA = 160X90 mmHg, FC = 80 bpm. Restante do 
exame sem alterações. Hemoglobiona = 12,0 g/dL, 
glicemia = 108 mg/dL, HbA1c = 6,7 %, ureia = 54 mg/dL, 
creatinina = 1,7 mg/dL. Uma nova dosagem após três meses 
mostrou glicemia = 98 mg/dL e HbA1c = 6,6%. 
Com relação ao manejo dos achados glicêmicos, além de 
orientação de mudanças de hábitos alimentares e de vida, 
recomenda-se: 
 
(A) Introduzir glicazida. 
(B) Introduzir empagliflozina. 
(C) Introduzir metformina. 
(D) Não introduzir nenhum medicamento. 
 
QUESTÃO 63 
Homem de 60 anos com história de aumento do volume 
abdominal, acompanhado de edema progressivo de membros 
inferiores há cerca de três meses. Refere dispneia que melhora 
quando se deita. É hipertenso mal controlado há 10 anos e bebe 
duas doses de destilado ao dia há dois anos. Nega tabagismo. O 
exame subsidiário que tem maior probabilidade de estar alterado 
neste paciente é: 
 
(A) NT-Pro BNP. 
(B) Fator V. 
(C) Proteinúria/Creatinúria. 
(D) Creatinina sérica. 
 
QUESTÃO 64 
Homem de 45 anos apresenta dores abdominais recorrentes, 
taquicardia persistente, hipertensão arterial, neuropatia 
periférica, alterações psiquiátricas e hiponatremia. 
O diagnóstico mais provável é: 
 
(A) Hemocromatose. 
(B) Síndrome carcinoide. 
(C) Amiloidose. 
(D) Porfiria intermitente aguda. 
 
 
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QUESTÃO 65 
Mulher de 42 anos, em tratamento de linfoma, portadora de 
cateter de longa permanência, realizou quimioterapia há três 
semanase apresenta contagem absoluta de neutrófilos de 350 
células/mm3. Evoluiu com quadro de febre e choque. Você foi 
avisado pelo serviço de microbiologia que as duas amostras de 
hemoculturas coletadas estão positivas para cocos Gram-
positivos, catalase positivo e coagulase positivo. A amostra de 
sangue retirada do cateter positivou quatro horas antes da 
amostra de sangue periférico. 
O diagnóstico mais provável é: 
 
(A) Infecção relacionada ao cateter por Staphylococcus 
aureus. 
(B) Bacteremia não relacionada ao cateter por Staphylococcus 
aureus. 
(C) Infecção relacionada ao cateter por Streptococcus viridans. 
(D) Bacteremia não relacionada ao cateter por Streptococcus 
viridans. 
 
QUESTÃO 66 
Homem de 70 anos, hipertenso e diabético há 10 anos, com mau 
controle, vem com história de vômitos e queda do estado geral 
há três dias. Exame clínico: PA = 180x100 mmHg, FC = 100 bpm, 
descorado +/4+, em anasarca, ausculta cardíaca normal, 
pulmões com crepitação fina em metade de ambos hemotóraces 
e abdômen com fígado a 2 cm do rebordo costal direito, doloroso. 
Exames: Hemoglobina = 10 g/dL, ureia = 250 mg/dL, creatinina = 
8 mg/dL e relação proteinúria/creatinúria = 4,0. Ultrassonografia 
renal: rins com 11 cm. 
Na investigação das alterações renais descritas, devemos fazer: 
 
(A) Biópsia renal. 
(B) Eletroforese de proteínas. 
(C) Fundoscopia. 
(D) Sorologia para hepatite C. 
 
QUESTÃO 67 
Mulher de 64 anos está internada na UTI com quadro confirmado 
de COVID-19. Está em uso de ventilação não-invasiva com 
FiO2 = 70%, FR = 40 ipm, EPAP = 8 cm H2O, IPAP = 12 cmH2O, 
Vc = 600 mL. Peso predito = 60 Kg. Você opta pela intubação e 
a paciente é colocada em modo volume controlado (VCV), 
PEEP = 10 cmH2O, FIO2 = 100%, Vc = 360 mL, fluxo = 30 L/min, 
pressão de platô = 24 cmH2O, FR = 20 ipm. Após a intubação, a 
paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória em atividade 
elétrica sem pulso. 
A causa mais provável da parada cardiorrespiratória é: 
 
(A) Pneumotórax. 
(B) Atelectasia. 
(C) Intubação seletiva. 
(D) Acidose respiratória. 
 
QUESTÃO 68 
Dado o seguinte exame de urina I: densidade 1005, sangue +++, 
Leucócitos 1000/mL, hemácias: 1000/mL. 
O diagnóstico mais provável é: 
 
(A) Glomerulonefrite difusa aguda. 
(B) Anemia falciforme. 
(C) Carência de vitamina B12. 
(D) Malária grave. 
QUESTÃO 69 
Homem de 82 anos em avaliação pré-operatória para correção 
de hérnia inguinoescrotal. Antecedentes: diabetes mellitus há 40 
anos, hipertensão arterial há 25 anos, acidente vascular cerebral 
há dois anos e depressão há um ano. Em uso de metformina, 
gliclazida, amlodipina, AAS, enalapril, hidroclorotiazida, sertralina 
e clonazepam. Tem hipoacusia e faz uso irregular de aparelho 
auditivo. Ex-tabagista de 40 maços-ano, parou há 15 anos. Ex-
etilista de destilados diariamente, parou há 12 anos. Fica apenas 
dentro de casa. Independente para ABVDs e dependente para 
AIVDs. Nega dispneia ou precordialgia. Exame clínico: 
PA = 150x88 mmHg, FC = 76 bpm, IMC = 22 kg/m². Restante do 
exame sem alterações. A conduta mais adequada em relação ao 
manejo do risco de delirium deste paciente é: 
 
(A) Manter clonazepam e sertralina. 
(B) Suspender clonazepam e manter sertralina. 
(C) Suspender clonazepam e sertralina. 
(D) Trocar clonazepam por quetiapina e manter sertralina. 
 
QUESTÃO 70 
Homem de 76 anos, com diagnóstico de câncer de sigmoide, foi 
internado para realização de retossigmoidectomia. Apresenta 
hematoquezia diariamente. Evoluiu com dispneia súbita e dor 
torácica no segundo dia de internação. Realizou angiotomografia 
de tórax, com diagnóstico de tromboembolismo pulmonar e 
trombose venosa profunda de veia femoral direita. Está 
hemodinamicamente estável. Tem proposta de realizar cirurgia 
em três dias. Exames laboratoriais: Hemoglobina = 7,9 mg/dL, 
leucócitos = 10.200/mm3, ureia = 55 mg/dL, 
creatinina = 1,1 mg/dL, glicemia = 88 mg/dL, 
albumina = 3,2 mg/dL, ferritina = 8 mg/dL. 
A conduta recomendada neste caso é: 
 
(A) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e 
antecipar cirurgia. 
(B) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e 
adiar a cirurgia. 
(C) Filtro de veia cava e antecipar cirurgia. 
(D) Filtro de veia cava, profilaxia com heparina de baixo peso 
molecular e adiar a cirurgia. 
 
QUESTÃO 71 
Homem de 45 anos, com história quatro meses de síndrome 
consumptiva, alteração comportamental e crises convulsivas 
tônico-clônicas generalizadas. A ressonância nuclear magnética 
evidenciou hidrocefalia, atrofia cortical e quebra de barreira. 
Líquor com proteínas = 180 mg/dL, 240 células (62% linfócitos, 
10% monócitos e 28% neutrófilos) e adenosina 
deaminase = 48 U/L. O exame anti-HIV foi reagente, com 
linfócitos T CD4 = 35 células/mm3 e PCR 
HIV= 324.000 copias/mL (5,51 log). 
A conduta mais adequada para este paciente é: 
 
(A) RIPE + corticoide juntamente com Tenofovir + Lamivudina 
+ Dolutegravir. 
(B) Aguardar resultado do teste rápido molecular para 
Mycobacterium tuberculosis. 
(C) Aguardar resultado da PCR para Mycobacterium 
tuberculosis. 
(D) RIPE + corticoide e aguardar dois meses para início de 
Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir. 
 
 
 
 
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QUESTÃO 72 
Homem de 52 anos vem ao Pronto-Socorro às 07h30 trazido por 
familiares porque acordou às 06h30 com dificuldade para 
movimentar os membros do lado esquerdo do corpo. Foi dormir 
às 23h30h sem sintomas. Antecedentes: hipertensão, diabetes 
mellitus e dislipidemia. Exame clínico: PA = 160 x 100 mmHg, 
FC = 82 bpm, FR = 18 ipm, SpO2 = 96%, T = 36,6oC, glicemia 
capilar = 162 mg/dL. Escala de coma de Glasgow = 15, 
hemiplegia esquerda desproporcionada, sem afasia ou 
negligência. NIHSS = 6. Ritmo cardíaco regular. Restante do 
exame normal. Realizadas tomografia e angiotomografia de 
crânio, que não demonstraram alterações observáveis 
(ASPECTS = 10, sem obstrução de grandes vasos). 
O próximo passo no atendimento deste paciente é: 
 
(A) Trombectomia em caso de mismatch em exame de 
neuroimagem avançada. 
(B) Trombólise em caso de mismatch em exame de 
neuroimagem avançada. 
(C) Trombólise imediata. 
(D) Ácido acetilsalicílico. 
 
QUESTÃO 73 
Homem de 32 anos é admitido na UTI por politraumatismo com 
trauma cranioencefálico e contusão pulmonar. Evoluiu com 
quadro compatível com morte encefálica. O exame neurológico é 
compatível com o diagnóstico. Será realizado o teste de apneia. 
Gasometria arterial (FiO2 = 1): pH = 7,26, PaO2 = 100 mmHg, 
PaCO2 = 50 mmHg, bicarbonato = 24 mEq/L. Parâmetros 
ventilatórios: VCV, PEEP = 5 cm H2O, Vc = 360 mL (6 mL/Kg), 
FR = 18 ipm, fluxo = 40 L/min, PPL = 25 cmH2O. 
Os passos subsequentes para proceder ao teste de apneia são: 
 
(A) Otimizar PEEP, aumentar FR, documentar PaCO2 em faixa 
de normalidade e realizar teste de apneia em CPAP. 
(B) Aumentar FR, documentar PaCO2 em faixa de normalidade 
e realizar teste de apneia com cateter intratraqueal a 
6 L/min. 
(C) Otimizar PEEP, aumentar volume corrente, documentar 
PaO2 > 200 mmHg e PaCO2 em faixa de normalidade e 
realizar o teste de apneia em CPAP. 
(D) Não é possível realizar o teste de apneia neste caso. 
 
QUESTÃO 74 
Mulher de 73 anos chega ao consultório com seu marido, muito 
preocupado, referindo que sua mulher até 15 dias atrás fazia todo 
o serviço de casa, quando caiu da própria altura. Após alguns 
dias, passou a ficar apática, inapetente, com flutuação da 
consciência e dificuldade de marcha. Era funcional e 
independente para atividades da vida diária. Faz uso de 
enalapril 20 mg duas vezes ao dia, clortalidona 25 mg uma vez 
ao dia e AAS 100 mg uma vez ao dia. Exame clínico: 
PA = 140 x 60 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 18 ipm, T = 35,6°C. 
Desorientada e desatenta, sem déficits motores. Ritmo cardíaco 
com extra-sístoles eventuais. Sem outras alterações ao exame. 
O próximo passo na investigação diagnóstica é: 
 
(A) Holter cardíaco de 24 horas. 
(B) Rastreamentoinfeccioso. 
(C) Tomografia computadorizada de crânio. 
(D) Dosagem de TSH, T4 livre e vitamina B12. 
 
 
 
 
QUESTÃO 75 
Homem de 45 anos, com queixa de dor epigástrica em cólica, 
náuseas e vômitos há quatro dias e, há dois dias, tosse seca e 
dispneia. Já teve outros episódios de dor abdominal no último 
ano, sem dispneia, mas não procurou atendimento. Nega 
hiporexia, mas perdeu 5 kg nos últimos seis meses. Refere 
etilismo de cerca de 1 litro de pinga ao dia, há 10 anos. Exame 
clínico: PA = 100/70 mmHg, P = 98 bpm, T = 36,6° C, emagrecido, 
descorado +/4+, desidratado +/4+; pulmões com ausência de 
murmúrio vesicular em metade inferior do hemitórax esquerdo; 
dor à palpação profunda de abdômen superior e macicez móvel 
presente. Restante do exame sem alterações. Uma radiografia 
de tórax é mostrada. Hemoglobina = 10,8 g/dL, 
leucócitos = 7.200/mm3, plaquetas 180.000/mm3, proteína total 
sérica = 7 mg/dL, albumina sérica = 3,8 mg/dL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O exame de liquido pleural com maior probabilidade de ser 
encontrado neste paciente é: 
 
(A) Proteínas totais = 3 g/dL. 
(B) Adenosina deaminase = 80 U/L. 
(C) Triglicérides = 2.000 mg/dL. 
(D) Amilase = 1.000 U/L. 
 
QUESTÃO 76 
Mulher de 34 anos, hígida, com diagnóstico de COVID-19, está 
na UTI há seis dias e intubada há cinco dias. Foi curarizada por 
72 horas após a intubação, com três sessões de prona. Evolui 
nas últimas 4 horas com piora de hipoxemia e choque. Ao exame: 
T = 37,2°C, FC = 132 bpm, FR = 32 ipm, PA = 80 x 60 mmHg, 
SpO2 = 80%. RASS – 3, em uso de fentanil 20 mcg/h + 
propofol 150 mg/h. Em ventilação mecânica, modo pressão 
controlada (PCV): PEEP = 16 cmH2O, FIO2 = 100%, 
P = 12 cm H2O, Vc = 240 mL (Peso predito = 60 Kg). Realizada 
ultrassonografia point-of-care: ventrículo direito dilatado com 
movimento paradoxal do septo interventricular, ventrículo 
esquerdo hiperdinâmico, veias femorais e poplíteas 
compressíveis, presença de linhas B com consolidações 
subpleurais em ambos hemitóraces, com deslizamento pleural 
ausente. 
A próxima conduta a ser realizada é: 
 
(A) Reduzir PEEP e aumentar volume corrente. 
(B) Trombólise química. 
(C) Anticoagulação plena. 
(D) Toracocentese de alívio bilateral. 
 
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QUESTÃO 77 
Mulher de 66 anos, hipertensa, em uso de enalapril 10 mg/dia, 
sem seguimento médico regular, procura atendimento devido a 
desconforto abdominal inespecífico há dois meses. Nega outras 
queixas. Exame clínico normal. Ultrassonografia de abdome: 
múltiplos nódulos hepáticos. Biópsia de um dos nódulos: 
adenocarcinoma. 
Os exames complementares indicados inicialmente são: 
 
(A) Tomografias de abdome e pelve, colonoscopia e imuno-
histoquímica. 
(B) Tomografia de tórax, marcadores tumorais séricos e 
colonoscopia. 
(C) Tomografias de tórax, abdome e pelve, mamografia e 
imuno-histoquímica. 
(D) Tomografia por emissão de pósitrons de tórax e abdômen, 
colonoscopia e endoscopia. 
 
QUESTÃO 78 
Mulher de 73 anos, hipertensa, internada há 12 dias devido à 
pancreatite aguda. Há três dias apresentou pico febril isolado, 
sem repercussão hemodinâmica. Sem alterações ao exame 
clínico. Foram coletados exames gerais, hemocultura, urocultura 
e retirados cateter venoso central e sonda vesical. Evoluiu afebril, 
estável, sem outras intercorrências. Urina 1: 1.000.000 leucócitos 
e urocultura positiva (Candida krusei > 1.000.000 UFC): 
A melhor conduta é: 
 
(A) Anfotericina B. 
(B) Não iniciar antifúngico. 
(C) Anidulafungina. 
(D) Fluconazol. 
 
QUESTÃO 79 
Mulher de 35 anos, com história de epistaxis bilateral frequente e 
ciclos menstruais hipermenorrágicos, é encaminhada para 
avaliação pré-operatória de mamoplastia redutora. Tem mãe e 
irmã que também apresentam fluxo menstrual aumentado. 
Exames: Hemoglobina = 11,5 g/dL, VCM = 78 fL, 
reticulócitos = 2%, leucócitos 5000/mm3 com diferencial normal, 
plaquetas = 320.000/mm3, tempo de protrombina – AP = 100%, 
tempo de trombina = 17,0 seg (normal 17,0 seg), tempo de 
tromboplastina parcial ativada – R = 1,29 (normal até 1,21). 
A hipótese diagnóstica mais provável é: 
 
(A) Hemofilia B. 
(B) Deficiência de fator XIII. 
(C) Anticoagulante lúpico. 
(D) Doença de von Willebrand. 
 
QUESTÃO 80 
Homem de 68 anos, tabagista e etilista, fez diagnóstico de 
carcinoma epidermoide de laringe T3N1M0. Indicou-se 
tratamento de preservação de laringe com radioterapia e 
quimioterapia (cisplatina na dose de 100 mg/m2 IV a cada 21 
dias) concomitantes. Deverá receber profilaxia de êmese tardia 
nos dias seguintes à aplicação do quimioterápico. 
Os medicamentos mais eficazes para esta profilaxia são: 
 
(A) Ondansetrona e olanzapina. 
(B) Dexametasona e aprepitanto. 
(C) Haloperidol e aprepitanto. 
(D) Dexametasona e ondansetrona. 
QUESTÃO 81 
Homem, 38 anos, admitido no Pronto-Socorro com intensa dor 
precordial há uma hora, após uso de cocaína inalatória. Sabe ter 
hipertensão e dislipidemia, mas não faz acompanhamento. 
Exame clínico: PA= 154X90 mmHg, FC= 104 bpm (rítmico), 
restante sem alterações. O eletrocardiograma revelou 
supradesnivelamento do segmento ST em parede anterior. 
Neste paciente, devemos evitar o uso de: 
 
(A) Beta-bloqueador. 
(B) Benzodiazepínico. 
(C) Nitroglicerina. 
(D) Morfina. 
 
QUESTÃO 82 
Homem de 80 anos faz acompanhamento por insuficiência 
cardíaca congestiva, fibrilação atrial e osteoporose há 10 anos. 
Há um mês, iniciou tratamento para depressão. Mora com a filha 
e tem autonomia para suas atividades básicas. Está em uso de 
varfarina, captopril, digoxina, amiodarona, omeprazol, 
amitriptilina e vitamina D. Exame clínico: PA = 130x86 mmHg, 
FC = 66 bpm. Pulmões com raras crepitações finas em bases 
pulmonares. Presença de pequenas equimoses em membros 
superiores. 
As medicações a serem retiradas neste momento são: 
 
(A) Varfarina, digoxina, amitriptilina. 
(B) Omeprazol, varfarina, vitamina D. 
(C) Amiodarona, omeprazol, amitriptilina. 
(D) Digoxina, amiodarona, vitamina D. 
 
QUESTÃO 83 
Considere quatro pacientes com as seguintes associações: 
I. Plaquetose e síndrome HELLP. 
II. Leucocitose e síndrome de Felty. 
III. Eosinofilia e poliarterite nodosa. 
IV. Neutrofilia e hemorragia aguda intensa. 
 
As associações corretas são: 
 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e IV. 
(D) III e IV. 
 
QUESTÃO 84 
Mulher de 89 anos teve diagnóstico recente de carcinoma ductal 
invasivo (CDI) de mama. Antecedentes: hipertensão arterial, 
diabetes, artrose de joelhos e, há três anos, trombose em 
membro inferior direito. Biópsia: expressão de receptores de 
estrógeno (100%) e progesterona (90%) e HER2 negativo. 
Exames de estadiamento normais. Realizou mastectomia, 
confirmando-se CDI estádio II e agora está em programação de 
hormonioterapia adjuvante. 
Deve-se EVITAR hormonioterapia com: 
 
(A) Exemestano. 
(B) Tamoxifeno. 
(C) Letrozol. 
(D) Anastrozol. 
 
 
 
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QUESTÃO 85 
Um paciente que começará a usar insulina NPH em três tomadas 
e insulina R, pré-refeições, precisa aprender a se auto aplicar. 
O melhor protocolo é: 
 
(A) Injetar ar no frasco de NPH sem aspirar, seguido de injetar 
ar e aspirar a R e depois aspirar a insulina NPH. 
(B) Injetar ar no frasco de R sem aspirar, seguido de injetar ar 
e aspirar a NPH e depois aspirar a insulina R. 
(C) Aplicar cada insulina separadamente, com intervalo de 15 
minutos entre elas, dando preferência para NPH primeiro. 
(D) Aplicar cada insulina separadamente, com intervalo de 15 
minutos entre elas, dando preferência para R primeiro. 
 
QUESTÃO 86 
Homem de 50 anos, encaminhado por ser portador de tumor 
adrenal identificado em tomografia de abdome realizada para 
investigação de dores abdominais ocasionais e incaracterísticas. 
O paciente é hipertenso há cinco anos e está em uso de 
bloqueador de receptor de angiotensina, com bom controle.Exame clínico: IMC = 29 kg/m2, PA = 140x90 mmHg (supina e 
ortostática), FC = 80 bpm (supina e ortostática), sem estigmas de 
hipercortisolismo. Tomografia: tumor na adrenal direita, com 
5 cm, 30 UH na fase sem contraste, e captação intensa do 
contraste, com clareamento de 10%. 
A conduta mais adequada é: 
 
(A) Ressecção cirúrgica. 
(B) Ressonância nuclear magnética de adrenais. 
(C) Dosagem de catecolaminas. 
(D) Acompanhamento clínico. 
 
QUESTÃO 87 
Homem de 17 anos, com diagnóstico de beta-talassemia maior, 
está recebendo transfusão de concentrado de hemácias filtrado 
e fenotipado. Após uma hora e meia, evoluiu com temperatura de 
38,1°C, sendo suspensa a transfusão. Não há outras queixas e o 
exame clínico está inalterado. 
Após 12 horas, é provável que este paciente apresente: 
 
(A) Persistência da febre. 
(B) Nenhum sintoma. 
(C) Urina escura. 
(D) Prurido. 
 
QUESTÃO 88 
Considerando pacientes que chegam ao Pronto-Socorro, com 
diferentes doenças, e apresentando as seguintes gasometrias, 
aquele que mais provavelmente terá indicação de ventilação 
mecânica é: 
 
 pH PaCO2 (mmHg) Bicarbonato (mEq/L) 
(A) 7,22 60 23 
(B) 7,32 64 35 
(C) 7,11 21 8 
(D) 7,53 44 42 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 89 
Homem de 60 anos, com diagnóstico recente de diabetes 
mellitus, vem para consulta de rotina. É sedentário, não fuma e 
dorme sete horas por noite. Exame clínico: IMC = 30 kg/m2, 
PA = 140X86 mmHg, restante normal. Exames: 
glicemia = 128 mg/dL, HbA1c = 7,0%, creatinina = 1,1 mg/dL, 
colesterol HDL = 40 mg/dL e colesterol LDL = 140 mg/dL. 
Em relação ao valor energético total, as recomendações 
máximas de cada componente da dieta são, para carboidrato, 
gordura, proteína e sacarose, respectivamente: 
 
(A) 40%, 40%, 10%, 5%. 
(B) 60%, 35%, 20%, 10%. 
(C) 35%, 60%, 10%, 0%. 
(D) 20%, 60%, 20%, 5%. 
 
QUESTÃO 90 
Homem de 64 anos, hipertenso, é internado por queda da própria 
altura com fratura de antebraço esquerdo, do quarto e quinto arco 
costal ipsilateral. No segundo dia de internação, recebendo 
tramadol, teve melhora da dor, porém apresentou três episódios 
de vômitos ao longo do dia. 
A medicação que NÃO deve ser usada como anti-emético é: 
 
(A) Ondansetrona. 
(B) Metoclopramida. 
(C) Dimenidrato. 
(D) Haloperidol. 
 
QUESTÃO 91 
Mulher de 76 anos, com diabetes tipo 2 há 10 anos, é internada 
com febre de 39°C, dor abdominal e diarreia. IMC = 32 kg/m2, 
PA = 90x60 mm Hg, FC = 100 bpm, FR 22 ipm. Exames: 
creatinina = 1,8 mg/dL, peptídeo C = 2,3 ng/mL, 
glicemia = 320 mg/dL. Faz uso de metformina 850 mg 3x dia, 
gliclazida 60 mg/dia, sinvastatina 40 mg/dia, 
fenofibrato 200 mg/dia e sitagliptina 50 mg/dia. 
Em relação ao controle glicêmico, a conduta mais adequada é: 
 
(A) Suspender os antidiabéticos orais e iniciar insulinização 
basal/bolus. 
(B) Manter os antidiabéticos orais e associar insulina regular de 
demanda. 
(C) Suspender metformina, aumentar dose de glicazida e 
associar insulina regular de demanda. 
(D) Manter os antidiabéticos orais e associar insulina NPH ao 
deitar 10 UI SC. 
 
QUESTÃO 92 
Homem de 56 anos foi submetido a endoscopia digestiva alta 
para avaliação de sintomas de doença do refluxo 
gastroesofágico. Ao exame, foram observadas na mucosa 
esofagiana da transição esôfago-gástrica duas erosões lineares 
de 4,0 e 4,5 mm, não confluentes, localizadas nas pregas 
mucosas. O grau da classificação de Los Angeles é: 
 
(A) A. 
(B) B. 
(C) C. 
(D) D. 
 
 
 
 
Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP Página 15/24 
QUESTÃO 93 
O paciente, cuja foto é apresentada, deverá fazer o seguinte 
exame: 
 
 
 
 
 
 
 
(A) Tomografia de abdômen. 
(B) Mielograma. 
(C) Sorologia para sífilis. 
(D) Colonoscopia. 
 
QUESTÃO 94 
Homem de 38 anos refere lombalgia aguda após curvar-se para 
pegar o filho de oito anos no colo, há cinco dias. Conta que desde 
então a “coluna travou” e que a dor tem trajeto de irradiação que 
passa pela nádega direita, parte lateral da coxa, anterior da perna 
e ântero-medial do pé direito. Nega comorbidades ou uso de 
medicamentos. Exame clínico: dor à palpação de musculatura 
paravertebral lombar, Lasègue positivo à direita, força 
preservada e reflexos patelar e aquileu normoativos. 
A melhor conduta é: 
 
(A) Anti-inflamatório não-hormonal e radiografia de articulação 
sacroilíaca e coluna lombar. 
(B) Anti-inflamatório não-hormonal e repouso por curto 
período, seguido de reabilitação. 
(C) Corticosteroide injetável de longa duração e ressonância 
magnética de coluna lombar. 
(D) Corticosteroide de curta duração e tomografia de coluna 
lombar. 
 
QUESTÃO 95 
Na investigação de um homem de 60 anos com anemia, foi 
realizado um esfregaço periférico apresentado na imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É mais provável que este paciente apresente: 
 
(A) Ferropenia. 
(B) Hiperfosfatemia. 
(C) Hipercalcemia. 
(D) Macrocitose. 
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 96 e 97: 
Mulher de 30 anos vem ao clínico com lesão de pele em membros 
inferiores há cerca de três semanas. Uma imagem do exame 
físico é apresentada. Feita biópsia que mostrou paniculite septal 
sem vasculite. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 96 
A etiologia mais provável é: 
 
(A) Infecção de vias aéreas superiores. 
(B) Poliarterite nodosa. 
(C) Tuberculose. 
(D) Sarcoidose. 
 
QUESTÃO 97 
Caso não tratada, a lesão deverá evoluir com: 
 
(A) Fistulização. 
(B) Necrose. 
(C) Resolução. 
(D) Abscedação. 
 
QUESTÃO 98 
Dentre as imagens de fundo de olho apresentadas, a que tem 
maior probabilidade de ser encontrada em um paciente com 
hipertensão arterial maligna é: 
 
(A) 
 
(B) 
 
(C) 
 
(D) 
 
 
 
 
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Probabilidade predita
P
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Especificidade
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Limiar de alto risco
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o
ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 99 e 100: 
Durante a pandemia, autores de um consórcio desenvolveram 
um escore prognóstico (escore 4C) para mortalidade hospitalar 
por COVID-19. Os autores apresentaram os gráficos abaixo no 
manuscrito, comparando o escore novo com os escores CURB-
65 e A-DROP e idade isoladamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.bmj.com/content/370/bmj.m3339 
 
QUESTÃO 99 
As informações apresentadas em cada gráfico são, 
respectivamente: 
(A) Discriminação, calibração e análise da curva de decisão. 
(B) Calibração, análise da curva de decisão e discriminação. 
(C) Análise da curva de decisão, discriminação e calibração. 
(D) Calibração, discriminação e análise da curva de decisão. 
 
QUESTÃO 100 
Baseado na análise dos gráficos, pode-se afirmar que: 
(A) A discriminação da idade é melhor do que o escore CURB-
65. 
(B) Há grande probabilidade de se observar o desfecho predito 
com o escore 4C. 
(C) Em um limiar de risco de 10%, o escore 4C é melhor do que 
tratar todos os pacientes. 
(D) Não há diferença na aplicabilidade clínica entre os escores 
4C, CURB-65 e A-DROP. 
QUESTÃO 101 
Homem de 26 anos vem ao Pronto-Socorro por cefaleia de forte 
intensidade há uma semana. Refere há um mês lesões orais 
dolorosas, lesões nodulares em pele e dor ocular. Nega outros 
antecedentes. O exame de líquor mostrou aumento de 
celularidade com predomínio de polimorfonucleares e exame 
bacterioscópico e cultura negativos. As alterações de exame 
clínico são mostradas nas imagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento recomendado para o quadro que trouxe o paciente 
ao hospital é: 
 
(A) Pulsoterapia com ciclofosfamida. 
(B) Ceftriaxone e dexametasona. 
(C) Pulsoterapia com metilprednisolona. 
(D) Aciclovir endovenoso. 
 
QUESTÃO 102 
Mulher de 42 anos é admitida na UTI com quadro de COVID-19 
oriunda de hospital de campanha, ondefoi intubada por 
hipoxemia. Sem comorbidades descritas. Exame clínico: 
T = 36,2oC, FC = 62 bpm, FR = 22 ipm, PA = 115x72 mmHg, 
SpO2 = 97%, glicemia capilar = 115. RASS – 4, em uso de 
midazolam 10 mg/h e fentanil 20 mcg/h, pupilas mióticas e 
fotorreagentes. Em ventilação mecânica, modo pressão de 
suporte (PSV), PEEP = 8 cmH2O, FIO2 = 50%, P = 10 cmH2O, 
Vc = 550 mL (Peso predito = 55 Kg). Sem drogas vasoativas. 
Recebe dieta enteral 20 mL/h. Diurese = 1.200 mL nas últimas 
12 horas. Tomografia de tórax: infiltrado em vidro fosco 
acometendo 30% do parênquima pulmonar. Exames 
laboratoriais: pH = 7,38, PaO2 = 80 mmHg, PaCO2 = 38 mmHg, 
bicarbonato = 24 mEq/L, creatinina = 0,8 mg/dL, 
leucócitos = 8.200/mm3, plaquetas = 192.000/mm3. 
As próximas condutas a serem realizadas nesse caso são: 
 
(A) Desligar a sedação, realizar teste de respiração 
espontânea e proceder à extubação. 
(B) Assegurar sedação profunda, curarizar e modificar para 
modo volume-controlado. 
(C) Instalar BIS com alvo de 20-40, curarizar e modificar para 
modo volume-controlado. 
(D) Manter sedação leve e modificar para modo pressão 
controlada. 
 
 
 
 
 
 
 
Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP Página 17/24 
QUESTÃO 103 
Homem de 62 anos, com antecedente de hipertensão arterial, encontra-se na sala de observação do Pronto-Socorro para investigação 
de dor precordial de início há duas horas. Exame clínico: PA = 170/100 mmHg, FC = 80 bpm, T = 36,7⁰C, FR = 16 ipm. O 
eletrocardiograma da entrada e uma imagem de tomografia de tórax são apresentados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento deste paciente deve incluir: 
(A) Heparina endovenosa. 
(B) Fibrinolítico. 
(C) Ácido acetilsalicílico. 
(D) Beta-bloqueador. 
 
QUESTÃO 104 
O estudo “Outcomes of 3.737 COVID-19 patients treated with hydroxychloroquine/azithromycin and other regimens in Marseille, France: 
a retrospective analysis” foi publicado em junho de 2020. Em uma coorte de pacientes hospitalizados e não-hospitalizados com resultado 
positivo para SARS-CoV-2, os autores compararam o uso da combinação hidroxicloroquina/azitromicina por pelo menos três dias contra 
o uso de outros regimes de tratamento (que incluíram uso de hidroxicloroquina/azitromicina por menos de três dias, hidroxicloroquina 
isoladamente, azitromicina isoladamente e uso de nenhum desses tratamentos). Os desfechos incluíram mortalidade hospitalar, 
admissão em UTI, hospitalização ≥ 10 dias e persistência de positividade em PCR para SARS-CoV-2 ≥ 10 dias. Segundo os autores, 
dado que houve somente 35 óbitos, optou-se por incluir três variáveis para ajuste estatístico (o tratamento utilizado, o escore NEWS2 e 
o escore de comorbidades de Charlson). Os autores analisaram a sobrevida com modelo de regressão de Cox e escores de propensão 
usando pareamento e ponderação. Neste resultado, os autores optaram por analisar apenas pacientes > 60 anos, pois não houve óbitos 
em pacientes com menos de 60 anos, apresentando o resultado abaixo. 
 
Modelo utilizado Hazard ratio (IC 95%) Valor de p 
Modelo de Cox múltiplo (N = 702) 0,49 (0,25 – 0,97) 0,0406 
Modelo de Cox estratificado com pareamento por escore 
de propensão (N = 398) 
0,41 (0,17 – 0,99) 0,0482 
Modelo de Cox com ponderação por escore de 
propensão (N = 702) 
0,49 (0,31 – 0,79) 0,0030 
 
Assinale a alternativa que traz a interpretação correta a respeito dos itens apresentados do estudo: 
 
(A) Os resultados dos modelos com escores de propensão ratificam a confiabilidade no resultado da análise multivariada com o 
modelo de Cox. 
(B) O estudo carece de validade interna e não deve ser utilizado para decisões clínicas e de saúde pública. 
(C) Os grupos comparados se assemelham a uma análise por intenção de tratar em ensaios clínicos. 
(D) O estudo tem validade interna, porém não é generalizável. 
 
QUESTÃO 105 
Uma mulher de 66 anos, assintomática, fumante de um maço de cigarros por dia desde os 20 anos de idade, procura ajuda médica para 
parar de fumar e saber se o cigarro já comprometeu a sua saúde. Ela fuma, sistematicamente, um cigarro a cada 40-45 minutos. Nega 
relação ou alteração do tabagismo com café, sono ou outro hábito diário. Nega também maior vontade de fumar em momentos de 
estresse. A aplicação do teste de Fagerström apontou escore 8. 
A conduta mais adequada é: 
(A) Aconselhamento em grupo para cessação do tabagismo e espirometria. 
(B) Aconselhamento breve individual para cessação do tabagismo e tomografia dos pulmões de baixa dose. 
(C) Aconselhamento, medicamento anti-tabágico e tomografia dos pulmões de baixa dose. 
(D) Aconselhamento, medicamento anti-tabágico e espirometria. 
 
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QUESTÃO 106 
Mulher de 66 anos, diabética, está internada na enfermaria para tratamento de pielonefrite aguda com ceftriaxone IV há sete dias. Estava 
afebril há três dias, porém apresentou dois picos febris nas últimas 24 horas. Urocultura da admissão: Escherichia coli 106 UFC (sensível 
a ampicilina, ceftriaxona, piperacilina-tazobactam, meropenem e amicacina). Os exames complementares são apresentados na tabela: 
 
Exame Admissão Hoje 
Hemoglobina (g/dL) 12,5 11,0 
Leucócitos (/mm3) 15.500 11.300 
Neutrófilos (%) 77 62 
Eosinófilos (%) 3 12 
Basófilos (%) 1 1 
Linfócitos (%) 15 20 
Monócitos (%) 3 5 
Plaquetas (/mm3) 350.000 312.000 
Creatinina (mg/dL) 1,1 2,5 
Ureia (mg/dL) 65 75 
 
A conduta mais adequada é: 
(A) Substituir ceftriaxone por ampicilina. 
(B) Substituir ceftriaxone por piperacilina-tazobactam. 
(C) Manter ceftriaxone por mais três dias. 
(D) Suspender ceftriaxone. 
 
QUESTÃO 107 
Homem de 52 anos, branco, faz acompanhamento ambulatorial por miocardiopatia hipertensiva há seis meses. Faz uso de furosemida 
40 mg e espironolactona 25 mg pela manhã, além de enalapril 20 mg e carvedilol 25 mg duas vezes ao dia. Desde o último retorno há 
dois meses, deixou de melhorar e persiste com dispneia ao caminhar pela casa, no plano. Exame clínico: PA = 108X86 mmHg, corado, 
hidratado, eupneico em repouso, bulhas rítmicas e sopro sistólico ++/4+ em área mitral, com irradiação para axila, pulmões sem 
alterações e membros inferiores sem edema. Hemograma, eletrólitos, ureia e creatinina normais. Ecocardiograma: fração de ejeção = 
0,3; hipocontratilidade difusa. Um eletrocardiograma do momento da consulta é mostrado. 
 
 
 
 
 
W 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A alteração de medicação mais adequada para este paciente é: 
 
(A) Adicionar sacubitril/valsartana. 
(B) Trocar carvedilol por ivabradina. 
(C) Trocar enalapril por sacubitril/valsartana. 
(D) Adicionar ivabradina. 
 
Residência Médica 2021 - Faculdade de Medicina da USP Página 19/24 
Medicação e 
estudo 
Identificador 
ClinicalTrials.gov 
Dose inicial e 
administração 
No de 
mortes/total 
No de 
mortes/total Odds ratio 
(IC 95%) 
Favorece 
esteroides 
Favorece não 
esteroides 
Peso, 
% 
Esteroides 
Não 
esteroides 
Dexametasona 
 DEXA-COVID 19 NCT04325061 Alta: 20 mg/d IV 2/7 2/12 2,00 (0,21-18,69) 0,92 
 CoDEX NCT04327401 Alta: 20 mg/d IV 69/128 76/128 0,80 (0,49-1,31) 18,69 
 RECOVERY NCT04381936 Baixa: 6 mg/d VO ou IV 95/324 283/683 0,59 (0,44-0,78) 57,00 
Efeito fixo de subgrupo 166/459 361/823 0,64 (0,50-0,82) 76,60 
Hidrocortisona 
 CAPE COVID NCT02517849 Baixa: 200 mg/d IV 11/75 20/73 0,46 (0,20-1,04) 6,80 
 COVID STEROID NCT04348305 Baixa: 200 mg/d IV 6/15 2/14 4,00 (0,65-24,66) 1,39 
 REMAP-CAP NCT02735007 Baixa: 50 mg cada 6h IV 26/105 29/92 0,71 (0,38-1,33) 11,75 
Efeito fixo de subgrupo 43/195 51/179 0,69 (0,43-1,112) 19,94 
Metilprednisolona 
 Esteroides-SARI NCT042444591 Alta: 40 mg cada 12h IV 13/24 13/23 0,91 (0,29-2,87) 3,46 
Geral (efeito fixo) 
P= 0,31 parar heterogeneidade; I2= 15,6% 
222/678 425/1025 0,66 (0,53-0,82) 100,0 
Geral (efeito randômico) 222/678 425/1025 0,70 (0,48-1,01) 
 
Favorece

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