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TEXTO SAGRADO III LIVROS POETICOS-rev (UNINTA)

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2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
JESSÉ VITORINO DA SILVA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
Texto Sagrado III 
Livros Poéticos 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL 
2018 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
 
Palavra do Professor autor 
Sobre o autor 
Ambientação à disciplina 
Trocando ideias com os autores 
Problematizando 
 
Unidade 1 - Escrita Poética Sabedoria 
Escrita Poética Sapiencial 
Sabedoria Judaica 
 
Unidade 2 - SALMOS - PROVÉRBIOS – JÓ 
Salmos 
Anexo A 
Provérbios 
O livro de Jó 
 
Unidade 3 - CÂNTICO DOS CÂNTICOS – ECLESIASTES 
Cânticos dos Cânticos 
O livro de Eclesiastes 
 
Unidade 4 - SABEDORIA DE SALOMÃO – ECLESIÁSTICO 
A aliança veterotestamentária diante dos apócrifos dos pseudoepígrafos 
Sabedoria 
Eclesiástico 
 
Explicando melhor a pesquisa 
Leitura Obrigatória 
Pesquisando na internet 
6 
 
Saiba Mais 
Vendo com os olhos de ver 
Revisando 
Autoavaliação 
Bibliografia 
Bibliografia da Web 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Palavra do Professor 
 
Adentrarmos em um rico acervo de expressões poético-filosóficas 
inspiradas pelo Santo Espírito do Criador é incomparável, a oportunidade de 
observar a composição de um conhecimento que transcende a racionalidade e 
se faz de maneira conjunta da vivência existencial do ser e seu desfrute da 
constante diária presença influente de Deus, que gera harmoniosa relação de 
produção relacional em aprendizagem e devoção. 
Discorrer sobre tal temática na Sagrada Escritura sempre se faz por 
momento substancial que se apresenta como deleite ante o esplendor da via de 
vivência entre o Deus que ama e sua criatura profundamente amada. Criatura 
esta dotada de produção intelectual que dentro dos escritos sagrados assume 
expoente distintivo enlevo, pois diante das mais diferentes culturas se 
apresentam como uma sabedoria distinta: Produção intelectual humana movida 
por uma realidade de partilha – Deus e o Homem, lado a lado, gerando um 
conhecimento de vida e existência, firmados em lutas e batalhas ante as 
adversidades da existência. 
O aluno, caso opte pela reverência do sorver da preciosa oferta de 
conhecimento que tais livros (como dádivas) se propõem a graciosamente 
ofertar, certamente encontrará substancial tesouro que o proverá de humilde 
sabedoria e o dotará de vislumbre salvífico, pelo Deus de amor. 
Cântico 5 
8. Filhas de Jerusalém, eu vos conjuro: 
Se encontrardes o meu amado, 
Que lhe direis? ... Dizei 
Que estou doente de amor! 
 
 
8 
 
Sobre o Autor 
 
JESSÉ VITORINO DA SILVA JÚNIOR - É graduado em Teologia e Especialista 
em Ciências da Religião pelas Faculdades INTA. Realiza trabalhos 
evangelísticos disseminando a filosofia do Cristo Ressurrecto, o kerigma do 
evangelho vivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Ambientação 
 
Nesta obra, apreciaremos de forma panorâmica, alguns livros que se 
encontram na terceira seção do cânon judaico reconhecido pelo título de 
Escritos (heb. Ketûbîm). Livros também designados pelo termo grego de 
hagiographa ou “escritos sagrados”, segundo os pais da Igreja. Inicialmente 
abordaremos os livros do cânon oficial e encerraremos com os apócrifos ou 
deuterocanônicos, obras que não se encontra deste agrupamento. 
 
Cânon - “Canon. (I) C. da Sagrada Escritura. C. vem do gr.m o w ó v : 
régua de caniço (Ez 40,3.5), medida (óu:campo determinado: 2Cor 10,13.15; n 
o r m a de vida: Gál 6,16) ou lista de livros;” (...) Born, A. Van Den. Dicionário 
Enciclopédico da Bíblia, Rio de Janeiro:Vozes, 1977. p. 232-233 
 
A Bíblia Hebraica compõe-se de 24 livros repousando em três grandes 
seções: Lei (Torah), Profetas (Nebiim) e Escritos (Ketubim). Interessante 
observar em Lucas 24.44 tal referência, onde cita-se Lei, Profetas e Salmos. 
Salientamos que tais 24 livros correspondem aos 39 da Bíblia Protestante. Uma 
observação se torna pertinente: devido a enumeração em distinto de cada um 
dos Profetas Menores e se utilizar separação entre 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 
e 2 Crônicas, Esdras e Neemias, aporta-se inevitavelmente em uma realidade 
numérica maior. Contudo são os mesmos livros. E todos perfazem o enredo dos 
canônicos. 
Na Bíblia Protestante teremos em acordo com o cânon: Jó, Salmos, 
Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos ou Cantares de Salomão. E 
serão estes os que contemplaremos neste trabalho. 
No conjunto desta produção intitulada Escritos é importante 
compreendermos que a Revelação estava sendo apresentada como redação, 
numa grafia de forma de gradativa percepção compreensiva, ou seja, Deus, 
10 
 
poética, sábia e diligentemente de maneira eficaz, norteava Israel para uma 
aliança nova que inevitavelmente se aproximava. Estas Obras inspiradas por 
Deus constituíam vestígios exegéticos que a hermenêutica da cruz promoveria 
em salvação a todo o que crer, em espírito e verdade, na boa nova do amor, 
trafegando brilhante enredo neotestamentário. 
 
 
 Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a 
vida eterna, e são elas que de mim testificam; 
Jo 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Trocando ideias com o autor 
 
Neste trabalho contempla-se com uma sintética e panorâmica incursão, 
obras do Velho Testamento que abordam estilos de poesia e sabedoria bíblicas. 
Livros comuns ao cânon judaico e protestante são colocados numa breve 
coletânea ao lado de escritos intitulados em determinados círculos teológicos por 
apócrifos ou em outras instâncias interpretativas de deuterocanônicos. Seriam 
eles: Sabedoria de Salomão e Eclesiástico. 
Numa linguagem acessível, sempre buscando a relevância em cada 
tema abordado, o texto flui de maneira leve e constante. Existe a preocupação 
em evitar vias de vastos aprofundamentos teóricos, buscando sempre a didática 
de estilo direto e conciso, sem perder a valia acadêmica do material apresentado. 
Ideal para quem busca noções acadêmicas e não dispensa as isenções 
da produção científica, esta apostila detém vasta bibliografia em que autores 
católicos apostólicos tanto romanos quanto protestantes são considerados para 
recorrentes fins de embasamento adequado. 
Sugerimos para um aprofundamento na temática, a leitura das 
obras: 
 
 A literatura de Sabedoria do Antigo Testamento é 
contemplada com esmero na obra apresentada. Livros dos 
Provérbios, Jó, Eclesiastes, Sabedoria de Salomão, 
Eclesiástico, são abordados com maestria. Também o texto 
é enriquecido com um capítulo dedicado a Sabedoria 
Veterotestamentária e o Novo Testamento. Assim, Israel e o 
mundo antigo recebem do autor um eficiente olhar crítico 
perante suas produções sapienciais confeccionadas. 
 
12 
 
CERESKO, R. Anthony. A Sabedoria no Antigo Testamento – Espíritualidade 
Libertadora. 1ª. Ed. São Paulo: Paulus. 2004 
 
 
O autor nos agracia com este excelente 
livro que aborda inicialmente os livros da Bíblia 
Hebraica chamados Escritos. E em um segundo 
momento encerra a obra com três capítulos 
dedicados aos livros Deuterocanônicos. 
Abrangente e integral, esta obra torna-se completa, 
ideal a quem busque compreensão a literatura do 
Velho Testamento. 
 
 
 
MOMLOUBOU, L. et al. Os salmos e os outros escritos. São Paulo: Paulus, 
1996. 
 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
No decorrer das leituras esboce fichamentos e ao término tente 
promover uma releitura geral para avaliar seu entendimento das duas obras. 
Disponibilize no ambiente virtual. 
 
 
 
 
 
13 
 
Problematizando 
 
Os livros classificados como Livros Poéticos também são conhecidos 
como Sapienciais. Isso porque trata da sabedoria e da espiritualidade do povo 
de Israel. A sabedoria muitas vezes é confundida como acúmulo de 
conhecimento, constituindo de um conhecimento puramente teórico ou 
especulativo.Porém, essa não é a sabedoria apresentada nos livros poéticos. A 
sabedoria apresentada é algo como o bom senso no discernimento das 
situações, adquirido através da meditação e reflexão sobre a experiência 
concreta da vida, algo aprendido na prática e que levaria à arte de viver bem. 
Assim, nos livros sapienciais encontram-se reflexões que brotam de problemas 
que povoam o dia-a-dia da vida de qualquer pessoa que busca o caminho da 
realização e felicidade. A experiência comum é mostrada como lugar da 
manifestação de Deus e da revelação do seu projeto, ou seja, Deus falaria 
através da experiência do povo. 
 
GUIA DE ESTUDO 
No mundo atual marcado pelo conhecimento cientifico tecnológico, como 
a sabedoria pode auxiliar as pessoas a viver um modo de vida mais autêntico e 
feliz? 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Escrita Poética 
Sabedoria 
1 
 
 
Conhecimento 
 
Conhecer sobre Escrita Poética e Sabedoria no universo Hebraico do 
Velho Testamento. 
 
Habilidade 
 
Reconhecer os assuntos tratados no contexto estado. 
 
Atitude 
 
Desenvolver textos com argumentos critico-reflexivos diante do contexto 
apresentado. 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Escrita Poética Sapiencial 
 
Dotada de estilos literários próprios, esta modalidade de escrita impõe 
singularidade e influência na Sagrada Escritura veterotestamentária. Estas 
marcas de produção textual, estas modalidades de escrita demonstram a riqueza 
deste gênero literário. Vejamos em tópicos tais estilos de formas literárias dos 
escritos sapienciais. 
 
 Poesia 
Na Poesia Hebraica a característica mais reconhecida entre os versos 
seria a repetição de ideias, relatada como paralelismo. Uma afirmativa é exposta 
e na sequência, com outras palavras, a ideia da assertiva anterior é reiterada. 
Temos R. Lowth, pela primeira vez fez notar tal peculiar característica 
poética hebraica. 
 Richard Lowth foi o primeiro a chamar a atenção sobre um elemento 
fundamental da p. hebr.: a dúplice, às vezes tríplice repetição da mesma ideia 
em termos diferentes, chamada por ele parallelismus em brorum , figura 
estilística que brotou do modo tipicamente semítico de pensar e, ainda mais, de 
sentir; i.” Born, A. Van Den, Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Rio de Janeiro: 
Vozes, 1977. P. 1194-1195. 
Assim, explorando a repetitividades, consideramos dentro do estilo as 
seguintes formas como tipos: LASOR, William S. et al. (2003 p.249-252) 
 
1. Sinonímico: Duas vezes a mesma ideia é apresentada, apenas mudando 
palavras, mas permanecendo o mesmo sentido. 
 SL 103.10. 
 Eclo 13,1 
18 
 
 
2. Antitético – Através do contraste (ou oposição) o segundo segmento afirma 
o sentido do primeiro. 
 Pv 10.1 
 Pv 10.2 
 
3. De especificação – As afirmativas expressas nas duas linhas do verso, não 
expressam de imediato à mesma significação se tomadas de forma 
independente. Mas no contexto sequencial, percebe-se de imediato que a 
primeira afirmação é a estrutura que abrigará a fundamentação redigida na 
segunda linha. 
 
 Am 1.7 
 Is 1.16c-17 
 
Também se faz por adequado citarmos os gêneros sapienciais, expondo 
a riqueza de tal estilo semítico de literatura, realidades que também residem na 
expressão da sabedoria literária hebraica: CERESKO, Anthony R. (2004, P. 39) 
e MOMLOUBOU, L. et al. (1996, P. 30 e P. 132-133). 
 
 Provérbio (mashal) curto: Um versículo de dois ou três versos, 
sintetizando o que se compreende por provérbio, sentença, máxima, 
adágio, apotegma, aforismo, ditado. Jr 23,28, 1Sm 24,14; Is 22,13; Jr 
23,28). 
Provérbios apresentam-se como: Afirmações (Pr 10,1ss), exortações (Pr 
3,9), interrogações (Pr 6,27). 
 
19 
 
 Parábolas: Encontramos em (Is 5,1-7; 10,15; 28,23-29); (Jr 18,10-11), e 
também (2Sm 12,1-7) no diálogo entre Davi e Natã onde se faz referência 
a ovelha. 
 
 Alegorias: Conjunto de comparações, cabendo sua interpretação 
individual. (Ecl 11,9 – 12,9); (Ez 15 – 17; 19, 1-9; 31, 1-18). 
 
 Enigmas: Componente que se insere nas tradições do povo (Jz 14, 10-
20) e adotado no contexto da sabedoria (1Rs 10,1; Pr 1,5s; Dn5,12). 
 
 A Fábula ou o apólogo: Temos um poema ou narração instrutiva. Em (Jn 
2, 1.11; 4,6-10) envolvendo animais e plantas; em (Jz 9,8-15), disfarçando 
uma crítica e em (2Rs 14,9s) escarnecendo de pessoas, profissões ou 
orientações impopulares. 
 
 Listas enciclopédicas. O onomástico: Ato de nomear, gerar uma 
relação, confeccionar uma coleção: (Sl 104; 148); (Jó 28; 36,27 – 37,13; 
38, 4 – 39,30); (Eclo 42,15 – 43,33). 
 
 Cadeias de Provérbios, onde se reúnem vários mashals: 
 
1) Iniciados pela mesma letra hebraica (Pr 11,9-12; 20,7-9; 22,2-4) 
 
2) Iniciam pelo mesmo termo. “Coração” em 15,3-4; “bom” em 15,16-17 
 
3) Retornam ao mesmo conceito, como uma espécie de código. Temos: 
a) Responder, em Pr 26,4-5; 
b) Rei, em 16, 10.12-15; 
c) O insensato, em 26,1-12; 
d) O preguiçoso, em 26,13-16. 
 
20 
 
4) Reunidos sob a mesma temática: 
a) Pr. 6, a fiança (vv.1-5), a preguiça (vv.6-11), a falsidade (vv. 12-15); 
b) Pr 26,17-22, as brigas 
c) Pr 27,5-10, a amizade. 
 
 
 Acrósticos (Pv 31.10-31) e (Sl 9-10, 25, 34, 37, 111,112, 119 e 145): 
Iniciando com letras em disposição alfabética. 
 
 
 Aliteração (Pv 8,27), (Pv 13, 3.14): Numa repetição de fonemas idênticos. 
 
 Proverbio Numérico: Por gradação ou acréscimo, como (x/x+1): Am 1,3-
13; Pv 30.15-31; 6,16-19; 30,15-30; Ecl 11,2; Eclo 23,16; 25,7-11; 26,5s; 
26,28. 
 
 Poema didático: Em Pv 8 e 9; Jó 18,5-21, retrata o destino do mau; Jó 
28 relata sobre a inacessibilidade da Sabedoria pelo homem; o Sl 37 e 
seus indicativos sobre retribuição aos justos e ímpios; ou o SL 78, e sua 
ponderação, sábia meditação inspirada no Deuteronômio. 
 
 A adivinhação (Jz 14,10-18): Temos esta forma literária que apenas 
aparece uma ou duas vezes no Antigo Testamento. 
 
 O Hino (Pr 8,12-18; Jó 28; Pr 1,20-33): Oriundo do culto no templo 
contudo utilizado como via de tráfego para artefatos literários de 
sabedoria. 
 
21 
 
 A “confissão” ou narrativa autobiográfica: (Pr 24,30-34; Pr 4,6-9; Ecl 
1,12-2,26): através de um locutor há exposição de conselhos ou a partir 
de experiência própria, emite considerações. 
 
Esta breve introdução ao universo sapiencial poético judeu nos leva a 
refletir sobre as dimensões imensuráveis que a Sagrada Escritura possui em 
termos de graciosa beleza, numa estética não tão somente espiritual quanto 
física. Autografada através de primorosa inspirada escrita. E um destaque deve 
ser referido com exatidão: como todo este acervo de vida está disponível ao que 
busque sabedoria. Livremente colocado pelo Criador como dádiva ao que 
requeira em espírito e verdade, receber o único conhecimento que conduz à 
salvação eterna! 
 
Sabedoria Judaica 
 
Questões se fazem necessárias ao iniciarmos investida nesta temática 
sapiencial. Colocações como: - O que é sabedoria? e O que é conhecimento? - 
Ao nos debruçarmos sobre o dicionário fica bem nítida a diferença e mais ainda 
quando empregamos tais conceitos em nível de Escritura presente em Livros 
como Eclesiastes, Provérbios e Jó. Também o Cântico dos Cânticos ou alguns 
salmos, tudo muito se aprende e também se apreende. 
Aprender pode ser colocado como um movimento de fora para dentro. 
Num acúmulo e reserva de itens, provisão dados e estoque infinito de símbolos 
e sinais. Em solitária unidade o ser age. Apreender – de maneira contrária - 
estaria mais objetivado a ser interpretado como um mover de dentro para fora 
em que a inspiração divina consegue formular inteligibilidade reagindo 
interpretativamente ante a realidade externa. Em comunidade o ser e Deus, 
interagem. E de tal via dupla, a fluidez ideal se faz! 
 
22 
 
A sabedoria judaica está inserida nesta relação interativa onde Deus 
torna-segrande motivador de decisões corretas ao ser que pode progredir 
existencialmente através de escolhas ideais. Oriunda de uma posição em que o 
Criador permeia todo o conteúdo da escolha do ser, esta modalidade se torna a 
marca indelével da Sabedoria Judaica diante de todo quadro sapiencial da 
Antiguidade. 
A vida existencial pode ser percebida como refém ou então coexistir 
submissa à natureza das escolhas que são tomadas. Então garantias de êxito 
são mais do que aceitas. Tornam-se essenciais. Quando estão em Deus, as 
escolhas tornam-se livres, caminho de exercício salvífico (Salvador) porque além 
de serem as mais adequadas de consideração, tais decisões atestariam que um 
salvo as tomou, já que tal indivíduo (por assim agir) constitui-se por prova nítida 
de fiel temerosa gratuidade ao senhor. De imediato, no universo hebraico, pode-
se enxergar sabedoria como um mover onde Deus se mostra no coração do fiel. 
Em um estado de parceria em que Ele é o promotor da sabedoria e o ser humano 
o meio da promoção. Inspirados por Deus os homens chamados “sábios” 
(hebraico hãkãm) produzem a verdadeira sabedoria (hokmãh). 
Homens que possuem primícias básica o temor ao Senhor (Pv. 9.10, Sl 
111.10). Temos o Espírito de Deus que promove uma interação criador-criatura 
e assim, a instrução, o saber gerado pelo indivíduo converte-se em piedosa 
expressão divina. Diferentemente das abstrações teóricas gregas, o saber 
judaico é prático. Não se retém a teorizações infinitas. Referimo-nos a um saber 
cuja produção não gera frutos sem sementes, não se limita aos âmbitos materiais 
apenas e somente, no entanto assume-se também como revelação imaterial 
contemplando a holística do ser. Seu alvo é claro, pois está voltada a um viés 
antropológico, pois o ser social e suas interações relacionais estão sob ótica de 
inferência. Deus capacita o Homem, a saber, e assim poder agir desconstruindo 
a realidade criada pela transgressão adâmica. 
Também ressaltamos que se denomina por sabedoria proverbial a que 
encontramos no Livro de Provérbios, sabedoria especulativa encontra-se 
disposta em Jó e Eclesiastes e sabedoria lírica configura o estilo exposto no 
Cântico dos Cânticos. 
23 
 
Consideremos 
 
A linha tênue que separa Sabedoria (ação de Deus) do Conhecimento 
(mover humano) é realidade inerente a um contexto perigoso e confuso. O 
insalubre reside nos frutos que se colhe no caso da ausência de Yahweh. 
A tempestade de entendimentos difusos se obtém da excessiva 
proximidade que há entre o que provém do trono do Altíssimo e do que a 
limitação do homem produz em tentativa de equiparação. Realidades com a 
estampa aparentando similaridade, mas não, nunca iguais. Numa analogia 
apropriada coloquemos lado a lado o Evangelho e a religião como artefato 
legalista. Assim respectivamente, das palavras de Deus a geração de vida se 
apresenta e se faz. Agora, da construção humana, sérias anomalias de 
hermenêuticas teológicas se fazem existir. Situações onde é preciso que o ser 
cresça e que Deus diminua. Um humanismo exacerbado que fecunda uma 
patologia diagramadora de um cinematográfico humor nefasto: o homem-criatura 
(médico) cria o seu deus de si projetado (monstro): 
 
Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do 
bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, feita com 
machado; Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com 
martelos o firmam, para que não se mova. 
São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; 
certamente são levados, porquanto não podem andar. Não 
tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, nem tampouco 
têm poder de fazer bem. 
 
Jeremias 10.3-5 
 
 
 
 
Um conhecimento que é construído a partir do ouvir de Deus revela a 
Sabedoria como ensino de dádiva imortal que nos reconduz de volta ao Pai. 
24 
 
Jesus como menestrel do amor em sua encarnada forma didática supranatural, 
personifica este querigma (gr. kérygma). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
SALMOS, 
PROVÉRBIOS, 
JÓ 
2 
 
Conhecimento 
 
Noções necessárias para compreensão de cada livro. 
 
 
Habilidade 
 
Estar capacitado para explanar sobre os assuntos tratados 
nesta unidade 
 
 
Atitude 
 
Procurar empenho critico-reflexivo diante do contexto 
apresentado 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Salmos 
 Panorama Sálmico 
Uma grande conversa com Deus. Um imenso diálogo que oferta 
meditações, modelos oracionais, confissões. Tudo o que de sublime é capaz de 
ser gerado pelo espírito do homem diante de seu Deus. Este é o livro de Salmos. 
Um poderoso veículo de edificação humana onde podemos compor um 
agradável modelo de analogia com um Pai conduzindo seu filho com segurança 
em suas primeiras tentativas de andar de bicicleta. Uma obra em que proteção 
(Sl 59), confiança (Sl 11), destemor (Sl 27) são presenças legíveis em linhas que 
transcendem o papel e nos possuem. 
Os Salmos foram em sua origem elaborados para uso em culto público. 
Uso devocional ou utilização didática, a mobilidade plural do emprego se faz por 
nítida. São amalgamadas camadas de história israelita, compostas por toda 
sorte de indivíduos que de uma forma ou de outra deixaram legado e este 
aparato cultural permanece inscrito neste livro. Fatos, tradições, situações, 
ditados, a holística desta gama de apanhados existenciais, estão aqui 
disseminados em forma de poesia religiosa. 
Este é um livro que se torna imenso agregado de múltiplas experiências 
vividas ao longo de aproximadamente 800 anos (MOMLOUBOU, L. et al. 1996, 
p. 68) pelo povo judeu, em si é, panorama da eterna presença de Deus, 
atestando sua presença que compõe a estrutura existencial de Israel. Como 
deposição de camadas de experiências e aprendizados, este receptáculo 
literário se faz por emblemática coleção cultural judia numa abrangência que 
comodamente se desloca da época anterior ao exílio a uma realidade de pós-
exílio. 
Uma reunião de louvores numa expressão de amor escrita em 150 versos, 
um compêndio de expressões de vida declamadas por poemas religiosos, 
composições que revelam uma relação de Deus e seus amados, destes amados 
e o Deus que tanto amam. Hinos, cânticos e poemas que encantam pela 
realidade que conseguem expor, retratando a empiria existencial de israelitas 
28 
 
numa alusão a situações cotidianas concretas que confluem a uma certeza: O 
amor de um Criador por sua criatura. 
Ao meditarmos neste livro, lidamos com uma inquietante (e correta) 
ideia: no conteúdo dos salmos ecoa um registro de síntese apurada por gerações 
(condensada como uma enciclopédia espiritual em forma poética) da essência 
das várias experiências com Deus na primeira Aliança. Acervo valioso onde nele 
é possível encontrar nuance literário veterotestamentário de inúmeros momentos 
sapienciais do povo hebreu, em um só livro. Segundo LASOR, William S. et al. 
(2003. P. 477) “Uma série de salmos empregam a linguagem e o estilo da 
literatura de sabedoria do Antigo Testamento: Provérbios, Jó e Eclesiastes”. Esta 
é uma impressão que demonstra perfeita integração de composição presentes 
na Escritura. Realização divina que realçam aos olhos, que marca e permanece, 
quando lemos estes poemas sálmicos. 
Como melodias, os salmos são prazerosos de guardar na memória, isto 
nos revela que todos foram confeccionados para serem entoados como cânticos. 
Recitando ou orando com um salmo, partilhamos de uma experiência em Deus, 
numa sinfonia de amor por seu povo, relatado na Escritura. 
 
 
 O Acervo nomeado e situado 
 
 Acomodando o livro 
Integrando parte do ketubim (terceira parte do Cânon hebraico), 
denominados Escritos Sagrados (hagiographos) pelos pais da igreja primitiva, o 
Saltério (gr. Psaltérion) está posicionado no início dos livros poéticos, pela 
Septuaginta e pela ordem latina na Vulgata, precedendo Jó. 
 
 
 
29 
 
 Designandoa obra 
 
Em hebraico é conhecido por tehilim ou tillim (cantos de louvor, 
louvores). Utilizam esta palavra apesar de mizmor (cântico entoado com 
acompanhamento musical) ser a palavra hebraica mais próxima de salmo. 
Orígenes, Hipólito e Jerônimo utilizam sefer tehillim. Pela tradição grega é 
referido por biblos psalmôn e na Septuaginta psalmoi. No Codex Alexandrinus 
encontramos o título de psalterion (instrumento de cordas ou uma coleção de 
cantos). Por metonímia, usa-se a terminologia de palavra cantada para salmos 
e coleção para saltério. 
 
 Uma obra em cinco livretes 
 
Temos uma coleção onde 150 salmos estão dispostos compondo cinco 
partes, em direta referência e menção ao Pentateuco: (1-41), (42-72), (73-89), 
(90-106) ;(107-150). Todas encerradas por uma doxologia. Temos também, pela 
tradição: Segundo LASOR,et al ( 2003, p. 467). 
 
 
TABELA DE ATRIBUIÇÃO 
(Sl 3-41) (Sl 51-71) Davi 
(Sl 42-49) (Sl 84-85) (Sl 87-88) Filhos de Corá 
(Sl 50; 73-83) Asafe 
 
 
 
 
30 
 
 A autoria, um autógrafo a várias mãos 
 
A maior parte dos salmos reporta-se ao momento pré-exílio. Referências 
como Sl 74; 79; 137 nos colocariam em situação na realidade de exílio e pós-
exílio. É um longo corredor histórico percorrido na redação da obra, cujo peso 
temporal se faz sentido quando se busca exatidão milimétrica em termos de 
precisão histórica referindo-se a documentação. As ciências auxiliares da 
história são substanciais, valiosas ferramentas que tentam com seu trabalho 
minimizar intempéries nesta cena de procura de evidências que decifrem o 
passado de feitoria da Escritura, ainda assim, a dificuldade se faz épica. A 
realidade da extradição para Babilônia, a miscigenação cultural imposta pelo 
desterro pátrio, o retorno sob domínio estrangeiro e poderoso cenário nacional 
de helenização, constituem-se ponderações a serem veladas. Tudo soma em 
contrário neste universo de singularidades judaicas. Dentro desta mínima 
prospecção histórico-literária judia acima relevada, rígidos consensos absolutos 
de conceitos exatos quanto a precisão por dados exatos, se fazem absorvidos e 
se tornam absolvidos de tão espartana rigidez pela piedosa tradição, segundo 
SCHOKEL, Luis Alonso. (1996 pag. 76.): 
 
Autor e autores - Uma velha tradição diz ou clama: Davi! Como 
Moisés escreve os cinco livros da torá, assim Davi compõe os 
cinco livros dos salmos. Tão legendária é uma notícia como a 
outra. (...) A maioria dos comentadores atuais tomaram a 
prudente decisão de não discutir o problema do autor do saltério 
ou de salmos individuais. Contudo, por respeito à velha tradição, 
será decoroso apresentar alguns supostos autores. (...) 
 
Através do título do salmo, somos levados a identificar vários prováveis 
autores de dois terços dos 150 salmos. O que resta, é anônimo. Estamos diante 
de uma possível realidade de que nenhum dos nomes que as epígrafes 
mencionam referem-se de fato ao autor real. Os salmos seriam anônimos e 
assim ainda permanecem. WEISER, Artur. ( 1994, P. 61-64) . 
 
31 
 
 Os títulos 
Foram inicialmente tomados por canônicos, no entanto migraram da 
categoria de permeados por divina inspiração para produção humana frutos de 
labor erudito ou colocações de compiladores últimos e não de quem escreveu o 
salmo. (SCHOKEL, 1996, p. 77) Agindo como pretensas legendas que nos 
facilitam identificação do contexto de propósito relativo aos versos tratados (Seja 
por compilador, autor, finalidade, etc.,) os títulos tornam-se acolhidos por serem 
possíveis indicativos de elucidações quanto ao texto tratado. Não 
desconsideramos todo o contexto de sua tardia posterior confecção perante a 
antiguidade do texto. 
Encontramos neste inciso, profundas alterações que a versão dos 
setenta (LXX) promoveu na estrutura do corpo bíblico. Em sua introdução aos 
Salmos, a Bíblia TEB da Bíblia (TEB), (1994, P. 1008), nos revela sobre esta 
versão: 
Salmos que, na Bíblia hebraica, eram “órfãos”, desprovidos de 
título, na Bíblia grega aparecem enriquecidos de dados novos: 
84 poemas são atribuídos a Davi, outros a diferentes autores, 
a Jeremias, Ezequiel, Zacarias, Ageu, aos filhos de Ionadab, 
por vezes com informações inéditas sobre as circunstâncias de 
composição. A Septuaginta interpretou a seu modo as 
indicações obscuras dos títulos hebraicos. 
 
 
Dotados de certeza única de que não se possui condições de defini-los 
em integralidade de sentido ou atribuí-los cronologia, numa datação com 
precisão historiográfica adequada, prosseguimos com as categorias de títulos. 
 
 Caráter e natureza das composições dos títulos 
 
Assim, as diversas tipologias oferecidas pelas epígrafes dos salmos são 
divididas em cinco principais instâncias, categorias. 
 
32 
 
 
 Grupos, Escritores 
 
 Coleção, compiladores ou autores 
 
A referência mais recorrente seria “de Davi”, (le dawîd, 73 vezes) cujo 
variante de significado pode ir de: “autoria de Davi” a “em favor de Davi” ou 
“pertencente a Davi”. Não se precisa em exatidão (LASOR, 1996, P. 481). 
Segundo o autor, pelas inscrições designativas (notas de informação), 
encontramos Davi relacionado a autoria de 73 salmos pelos títulos hebraicos. 
Títulos gregos acrescentam-lhe 14. Em Latim a Davi são imputados 85 salmos. 
Assim, pela indicação de título, também teríamos 01 ou 02 com Salomão (Sl 72 
e 127), o Sl 90 relegado a Moisés, 12 salmos a Asaf, 11 aos filhos de Coré; um 
a Hemã (88) e um a Etã (89) que são ezraítas chefes de famílias do coro 
(SCHOKEL, 1996, p. 75) 
 
 Tipos de Salmos 
 
Há títulos de Salmos, que nos sugestionam reconhecimento e 
identificação sobre o tema tratado. Termos técnicos nos colocando mais 
próximos do propósito funcional daquele salmo. Sugestivas titulações 
encontradas repetidas vezes no transcorrer do livro, nos auxiliam a 
compreensão. Palavras como: 
 
 Mizmor (salmo), termo encontrado 57 vezes no Saltério e apenas 
nele em todo o quadro veterotestamentio – podendo ser visto como 
um cântico para instrumento de cordas ou cântico cultual 
acompanhado por instrumento musical. 
 
 Tefillá (Sl 17; 86; 90; 102; 142) – “Oração” – Salmo de queixa. 
 
33 
 
 Shîr, encontrado 30 vezes. Significando “cântico”. Canto de amor 
ou epitalâmio (Sl 45). 
 
 Maskîl, empregado 13 vezes no Livro de Salmos, como Sl 32; 42; 
44; dentre outros. Podendo significar “Instrução ou contemplação” 
 
 Cântico de Romagem (Sl 120-136) Marcha religiosa, procissão 
para subida ao templo. 
 
 
 
 Fins de Liturgia 
 
 
 Uso e propósito litúrgico 
 
Aqui termos indicam a ocasião 
 
 tôdâ (Sl 100) – Hino utilizado no culto de ação de graças; 
 
 hazkîr (Sl 38; 70) – Salmo “para a oferta memorial”, (ARA, Bíblia Almeida 
Revista Atualizada) ou como “petição” pela finalidade de invocação a Javé 
(NIV, Bíblia New International Version) 
 
 A epígrafe do salmo o designa: “Cântico de dedicação da casa” (Sl 30); 
“Cântico para o dia de sábado” (Sl 92). Seriam dois exemplos de Rúbricas. 
 
 lelamméd (Sl 60) podendo significar “para instrução” 
 
 Le’annôt (Sl 88) provavelmente “para cantar” 
 
 
 Execução musical 
 
34 
 
 Expressões próprias do gênero e Expressões técnicas 
musicais 
 
 lamenatstséah - Encontrado cinquenta e cinco vezes neste Livro, 
pode significar tanto mestre de coro (cf. Hc 3.19) como também 
pode também indicar uma coletânea de salmos. 
 
 Selá (selâ), encontrada mais de setenta vezes pode ser referência 
a um interlúdio musical. 
 
 binegînôt - instrumentos de cordas (Sl 4; 6; 54-55; 61; 67; 76) 
 
 ´el-hannehîlôt (Sl 5) “para flautas” 
 
 
 
 Notas históricas 
 
Seu valor está em salmos (3; 7; 18; 34; 51-52; 54; 56-57; 59-60; 63; 142) 
que possuem notas que o remetem a um acontecimento histórico de Israel. E 
neste contexto Davi recebia um valor de modelo espiritual concluído pela 
exegese contextual então empregada. 
Então, como já vimos,títulos são atribuições que se colocam como 
facilitadoras de compreensão e entendimento, em uma pretensa didática de 
interpretação! 
 
 Particularidades da antologia 
 
I – Mudanças e alterações 
 
35 
 
Com a tradução do texto hebraico dos Salmos para o grego 
aproximadamente por volta do século II a.C. com a finalidade de atender 
essencialmente as necessidades religiosas dos judeus da Diáspora, na chamada 
versão dos setenta ou Septuaginta, encontramos algumas peculiaridades dentre 
as quais: 
 
II - Mudança na estrutura do corpo documental com inclusão de 
um salmo (Sl 151) 
 
Encontrado na versão Siríaca e em alguns manuscritos da Septuaginta, 
segundo WEISER Artur. (1994 P. 10), ele não seria integrante da coleção. A 
presença deste acréscimo é considerado pela Bíblia TEB (1994, P. 1163): “A 
antiga versão grega propõe em apêndice um salmo extra. Seu texto, não 
canônico, parece resultar do abreviamento e da combinação de dois salmos não-
canônicos, cujo texto hebraico foi parcialmente reencontrado em Qumran”. 
 
 
1.Salmo escrito especialmente para David e fora do cômputo. 
Quando travou o singular combate com Goliat. 
 
Eu era o menor dentre os meus irmãos, 
O mais jovem na casa de meu pai. 
Eu levava a pastar o rebanho de meu pai 
2.Minhas mãos fabricavam uma flauta, 
Meus dedos confeccionaram uma harpa. 
3.Quem o anunciará a meu Senhor? 
 
O Senhor em pessoa ouve. 
0 
4.Ele enviou sem mensageiro, ele me tomou do meio do rebanho de 
meu pai 
E meu deu a unção do seu óleo. 
 
5.Meus irmãos eram belos e altos, 
E no entanto o Senhor não os preferiu. 
36 
 
 
6.Eu fui enfrentar o filisteu. 
Ele me amaldiçoou pelos seus ídolos. 
7. Mas eu, arrebatei sua espada, decapitei-o 
E lavei a afronta dos filhos de Israel. 
 
 
III - Mais alterações perante o texto original 
 
Percebe-se a numeração dos poemas diferir quando confrontado com o 
original encontrado no texto hebraico. Aqui a versão grega, por duas vezes, 
divide um salmo que na versão hebraica é único (Sl 116 e 147) e também por 
duas vezes, unifica um salmo que na versão hebraica são dois. (9 e 10; 114 e 
115). O quadro, segundo MOMLOUBOU, L. et al (1996. P. 15) nos facilita a 
compreensão: 
 
HEBRAICO GREGO (LXX), VULGATA LATINA, 
LITURGIA 
 
1-8 1-8 
9-10 9 (UNIFICA) 
11-113 10-112 
114-115 113 (UNIFICA) 
116 114-115 (DIVIDE) 
117-146 116-145 
147 146-147 (DIVIDE) 
148-150 148-150 
 
Versões de bíblias modernas apresentam a numeração hebraica e ao 
lado entre parênteses, a numeração grega das versões latinas (Vulgata e da 
liturgia). Segundo SCHOKEL, Luis Alonso (1996, P.74): “A numeração não 
37 
 
coincide em hebraico e nas versões antigas, do que se seguem confusões ou a 
necessidade de pôr número duplo, entre parêntesis” 
 
 
IV – Um redator final? 
 
Como vimos no início (tópico Uma obra em cinco livretes) a estrutura do 
Saltério como um todo, dentro de uma evolução histórica, obedece a uma divisão 
em cinco partes, livros ou blocos, numa aproximação ao Pentateuco, alusão 
onde observamos que os 150 salmos é índice numérico próximo de 153 (número 
composições em que a Torá é fracionada para leitura na sinagoga). Esta divisão 
cria um conjunto de blocos, cada qual terminando com uma doxologia: Livro I (2 
a 41), Livro 2 (42 a 72), Livro III (73 a 89), Livro IV (90 a 106) e Livro V (107 a 
150). 
Realidade esta que se faz por fruto de um processual enredo de coleção 
de documentos históricos, contemplando a produção de inúmeros atores sociais 
imersos em suas realidades contemporâneas e a mercê de cronologias diversas, 
o livro de Salmos e suas divisões é obra de enfeixe gradativo. Dentro deste 
enredo em que a obra (diversas coleções) recebe um possível arranjo de 
composição (aglutinando numa só), surge um redator final (em quem 
presenciamos a doxologia final inerente a cada livrete e também a divisão por 
cinco partes do Livro de Salmos, como alguns prováveis resquícios de sua ação). 
Vejamos abaixo, alguns momentos que nos sugerem a presença de um 
compilador inferindo ao contexto da obra, sua interferência. WEISER, (1994, p. 
66-67). 
 
a) No Saltério eloístico (Sl 42-83) retira-se o nome divino Iahweh (YHWH) 
sendo substituído pelo termo genérico elohim (´lhym). Obra de uma 
correção. 
 
38 
 
b) Duplicidade de Salmos, esta casuística dificilmente teria se 
apresentado, se de uma só vez e pelo mesmo compilador todos os 
salmos tivessem sido reunidos. 
 
 
1. Salmo 14 = Salmo 53 
 
 
 
SALMOS 14 A.C.F. 
 
 
SALMOS 53 A.C.F. 
 
1 - DISSE o néscio no seu coração: 
Não há Deus. Têm-se corrompido, 
fazem-se abomináveis em suas 
obras, não há ninguém que faça o 
bem. 
 
1 - DISSE o néscio no seu coração: 
Não há Deus. Têm-se corrompido, e 
cometido abominável iniquidade; não 
há ninguém que faça o bem. 
 
2 - O SENHOR olhou desde os céus 
para os filhos dos homens, para ver se 
havia algum que tivesse entendimento 
e buscasse a Deus. 
 
2 - Deus olhou desde os céus para os 
filhos dos homens, para ver se havia 
algum que tivesse entendimento e 
buscasse a Deus. 
 
3 - Desviaram-se todos e juntamente 
se fizeram imundos: não há quem 
faça o bem, não há sequer um. 
 
3 - Desviaram-se todos, e juntamente 
se fizeram imundos; não há quem 
faça o bem, não, nem sequer um. 
 
4 - Não terão conhecimento os que 
praticam a iniquidade, os quais 
comem o meu povo, como se 
comessem pão, e não invocam ao 
SENHOR? 
 
4 - Acaso não têm conhecimento os 
que praticam a iniquidade, os quais 
comem o meu povo como se 
comessem pão? Eles não invocaram 
a Deus. 
 
39 
 
5 - Ali se acharam em grande pavor, 
porque Deus está na geração dos 
justos. 
 
5 - Ali se acharam em grande temor, 
onde não havia temor, pois Deus 
espalhou os ossos daquele que te 
cercava; tu os confundiste, porque 
Deus os rejeitou. 
 
6 - Vós envergonhais o conselho dos 
pobres, porquanto o SENHOR é o seu 
refúgio. 
 
 
7 - Oh, se de Sião tivera já vindo a 
redenção de Israel! Quando o 
SENHOR fizer voltar os cativos do seu 
povo, se regozijará Jacó e se alegrará 
Israel. 
 
7 - Oh! Se já de Sião viesse a 
salvação de Israel! 
Quando Deus fizer voltar os cativos do 
seu povo, então se regozijará Jacó e 
se alegrará Israel. 
 
 
2. Salmo 40:14-18 = Salmo 70 
 
 
SALMO 40:14-18 T.E.B. 
 
 
SALMO 70 T.E.B. 
 
SALMO 70 A.C.F. 
 
 1 Do mestre de coro: de 
David, para o memorial. 
 
14 Senhor digna-te livrar-
me! 
Senhor vem rápido em 
meu socorro! 
 
2 Ó Deus, vem libertar-me 
Senhor vem depressa em 
meu socorro! 
1 - APRESSA-TE, ó 
Deus, em me livrar; 
SENHOR apressa-te 
em ajudar-me. 
 
40 
 
15 Juntos correm de 
vergonha 
Os que procuram tirar-me 
a vida! 
Batam em retirada, 
desonrados, 
Os que desejam minha 
desgraça! 
 
3 Que enrubesçam de 
vergonha, 
Os que buscam a minha 
morte; 
Que recuem desonrados, 
Os que desejam minha 
infelicidade! 
2 - Fiquem 
envergonhados e 
confundidos os que 
procuram a minha 
alma; voltem para trás 
e confundam-se os que 
me desejam mal. 
 
16 Sejam desbaratados, 
acossados pela 
vergonha. 
Os que zombam “A! Ah!” 
 
4 Que se vão embora, 
cheios de vergonha, os 
que exclamam: “Ah! Ah!” 
3 - Virem as costas 
como recompensa da 
sua vergonha os que 
dizem: Ah! Ah! 
 
17 Exultem de alegria, por 
causa de ti, 
Todos aqueles que te 
procuram! 
Não cessem de dizer: “O 
Senhor é grande”, 
Os que amam a tua 
salvação! 
 
5 Que exultem de alegria 
por causa de ti, 
Todos aqueles que te 
buscam! 
Que digam sem cessar: 
“Deus é grande” 
Os que amam a tua 
salvação! 
4 - Folguem e alegrem-
se em ti todos os que te 
buscam; e aqueles que 
amam a tua salvação 
digam continuamente: 
Engrandecido seja 
Deus. 
 
18 Sou pobre e humilhado, 
O Senhor pensa em mim. 
Tú és meu socorro e meu 
libertador; 
Meu Deus, não tardes!6 Sou pobre e humilhado; 
Ó Deus, vem a mim 
depressa! 
Tú és meu auxílio e meu 
libertador: 
Senhor, não tardes mais! 
5 - Eu, porém, estou 
aflito e necessitado; 
apressa-te por mim, ó 
Deus. Tu és o meu 
auxílio e o meu 
libertador; SENHOR 
não te detenha. 
 
 
41 
 
3. Salmo 57, 8-12 e salmos 60, 7-14 = Salmo108 
 
SALMOS 57, 
8-12 T.E.B. 
SALMOS 60, 7-
14 T.E.B. 
SALMO 108 
T.E.B. 
SALMO 108 
A.C.F. 
 1 Canto, salmo de 
David. 
 
8 Com o coração 
firme, ó Deus, 
Com o coração 
firme, 
Vou cantar um 
hino: 
 2 Com o coração 
firme, meu Deus, 
Vou cantar um 
hino: 
Eis a minha glória! 
1 - PREPARADO 
está o meu coração, 
ó Deus; cantarei e 
darei louvores até 
com a minha glória. 
 
9 Acorda, tu, 
minha glória; 
Acordai harpa e 
cítara, 
Vou acordar a 
aurora. 
 3 Acordai, harpa e 
cítara, 
Vou acordar a 
aurora. 
2 - Despertai saltério 
e harpa; eu mesmo 
despertarei ao 
romper da alva. 
 
10 Dar-te-ei 
graças entre os 
povos, Senhor: 
Cantar-te-ei 
entre as 
nações. 
 4 Dar-te-ei graças 
entre os povos, 
Senhor, 
Eu te cantarei entre 
as nações; 
 
3 - Louvar-te-ei entre 
os povos, SENHOR, 
e a ti cantarei 
louvores entre as 
nações. 
 
11 Pois tua 
fidelidade se 
eleva até os 
céus 
E tua verdade 
até as nuvens. 
 5pois tua fidelidade 
é maior que os 
céus 
E tua verdade vai 
até as nuvens 
4 - Porque a tua 
benignidade se 
estende até aos 
céus, e a tua 
verdade chega até 
às mais altas 
nuvens. 
 
42 
 
12 Ó Deus, 
ergue-te sobre 
os céus; 
Que tua glória 
domine toda a 
terra! 
 6 Ó Deus, eleva-te 
sobre os céus 
E que tua glória 
domine toda a 
terra. 
5 - Exalta-te sobre 
os céus, ó Deus, e a 
tua glória sobre toda 
a terra. 
 
 7 Para que os teus 
bem-amados 
sejam libertados 
salva com a tua 
destra e 
responde-nos. 
7 Para que os teus 
bem-amados 
sejam libertados, 
Salva pela tua 
destra, e responde-
me. 
6 - Para que sejam 
livres os teus 
amados, salva-nos 
com a tua destra, e 
ouve-nos. 
 8 Deus falou no 
santuário: 
Eu exulto; reparto 
Siquém 
E loteio o vale de 
Sukot. 
8 Deus falou em 
seu santuário: 
Eu exulto! Partilho 
Siquém 
E loteio o vale de 
Sukot. 
7 - Deus falou na 
sua santidade; eu 
me regozijarei; 
repartirei a Siquém, 
e medirei o vale de 
Sucote. 
 9 Guilead me 
pertence; 
Manassés me 
pertence; 
Efgraim é o 
capacete da 
minha cabeça; 
Judá é o meu 
cetro; 
9 Guilead me 
pertence; 
Manassés me 
pertence; 
Efraim é o 
capacete da minha 
cabeça; 
Judá é meu cetro; 
8 - Meu é Gileade, 
meu é Manassés; e 
Efraim a força da 
minha cabeça, Judá 
o meu legislador. 
 
 10 Moab, a bacia 
em que me lavo. 
Sobre Edom, atiro 
minha sandália; 
10 Moab, a bacia na 
qual me lavo. 
Sobre Edom atiro a 
minha sandália. 
Grito contra a 
Filistéia. 
9 - Moabe a minha 
bacia de lavar; sobre 
Edom lançarei o 
meu sapato, sobre a 
Filístia jubilarei. 
43 
 
Filistéia quebra-te 
contra mim, 
gritando! 
 11 Quem me 
conduzirá à 
cidade 
fortificada? 
Quem me 
cionduzirá até 
Edom, 
11 Quem me 
conduzirá à cidade 
fortificada? 
Quem me 
conduzirá até 
Edom, 
10 - Quem me levará 
à cidade forte? 
Quem me guiará até 
Edom? 
 
 12senão tú, o 
Deus que nos 
rejeitou, 
o Deus que não 
saía mais com os 
nossos exércitos? 
12senão tu, o Deus 
que nos rejeitou, 
O Deus que não 
saía mais com os 
nossos exércitos? 
11 - Porventura não 
serás tu, ó Deus, 
que nos rejeitaste? 
E não sairás, ó 
Deus, com os 
nossos exércitos? 
 
 13 Vêm em nossa 
ajuda contra o 
adversário, 
Pois a ajuda do 
homem é ilusão. 
13 Vem em nosso 
auxílio contra o 
adversário, 
Vã é a salvação 
que vem do 
homem. 
12 - Dá-nos auxílio 
para sair da 
angústia, porque 
vão é o socorro da 
parte do homem. 
 
 14 Com Deus 
realizaremos 
grandes feitos: 
Ele pisará aos 
pés nossos 
adversários. 
14 Com Deus 
realizaremos 
façanhas: 
É Ele quem pisará 
aos pés os nossos 
adversários. 
13 - Em Deus 
faremos proezas, 
pois ele calcará aos 
pés os nossos 
inimigos. 
 
 
Um colecionador último compilou o atual livro de Salmos se valendo de 
diversas coleções anteriores. 
44 
 
 
Ainda sobre mais particularidades, destacamos ainda: nos Salmos, os 
livros I e II estão com o maior número das lamentações individuais e os livros III 
e V possuem hegemonia em termos de números de hinos de louvor. 
Fora do saltério, encontramos salmos isolados, de diferentes épocas, em 
diferentes livros: (1Sm 2,1-10; Is 38,10-20; Jn 2,3-10; Na 1,2-11:Hab 3,1-19; Lm 
5; Dn 2,20-23; Tb 13. 
 
Gênero Literário 
 
Buscando compreender o compor de um salmo, seu uso e significados 
contextuais ao Saltério, estudar o gênero literário é fundamental. Numa tentativa 
de se aproximar de um “decifrar” da realidade existencial que gerou a produção 
da peça literária, situações reais que geraram o salmo, tudo o que puder agregar 
sentido ao que foi escrito é buscado através de uma investigação criteriosa. 
Sistematizar esta incursão de sucesso (em exegese) é algo profundamente 
necessário. Nesta contextualização, a carência de uma metodologia analítico-
investigativa eficiente diante do livro de Salmos gera um efeito migratório que 
conduz o estilo da leitura documental de modalidade crítica histórica - 
habitualmente utilizada nas décadas iniciais do século passado- para o conceito 
de abordagem intitulado crítica da forma proposto por Hermann Gunkel (1862-
1931). Assim, dentro desta nova perspectiva de compreensão adotada na 
produção interpretativa acadêmica, contemplamos características funcionais dos 
salmos (LASOR, William S. et al (2003. P. 467-477). 
 
 
 
 
 
45 
 
 
I – HINOS 
 
Retratam a felicidade do fiel na presença do Altíssimo. 
 
a) CATEGORIA GERAL 
 
 Elementos de composição: 
 
a. Chamado ao culto 
b. Descrição dos atos ou atributos de Deus, em geral compõe o corpo do 
hino. 
c. Conclusão 
 
Os salmos 8; 19; 29; 33;104-105; 111; 113-114; 117; 135-136; 145-
150, possuem em sua feitura, grande parte desse elementos. 
 
b) SUBCATEGORIAS SECUNDÁRIAS 
 
Relacionadas a temas, momentos específicos. 
 
a. Cântico de vitória - (confeccionado 
dialogando com a realidade de Ex. 
15.21) 
Sl 68 
b. Cânticos de Sião (Jerusalém, a eleita 
de Deus) Louvam a Yahweh, louvando 
Jerusalém, seguindo ao lugar santo 
com invocações de benção para ele. 
Sl 46; 48; 76; 
46 
 
c. Hinos de romagem, peregrinação. 
Que relatam os sentimentos dos 
peregrinos e adoradores ao se 
dirigirem ao templo. 
1. Alguns descrevem o duro 
caminho e a satisfação 
da benção: Sl 84; 122 
2. Outros preservam uma 
“liturgia de entrada”. (15; 
24). 
3. Outros retratam a 
marcha religiosa dos fiéis 
(132; 68.24-27) 
e. Cânticos de entronização do 
Senhor, comemoram o reinado de 
Deus como o Senhor das nações. 
Sl 47; 93; 96-99 
 
 
 
II – SALMOS DE LAMENTAÇÕES, QUEIXAS, SÚPLICAS: 
 
01) Coletivas: 
(Comunidade) 
 Calamidades nacionais (Sl 12; 44; 60; 74; 79-80; 
83; 85; 90 e 126) 
 Derrotas (Sl 44; 60; 74; 79-80; cf. Lm 5) 
 
 
 Elementos gerais da estrutura de composição: 
 
a. Interpelação a Deus e pedido inicial por 
auxílio 
(74,1) 
b. Recordação de feitos de Deus (74,2) 
c. Descrição da adversidade. A queixa em si. a. Inimigos (eles) v.4 
b. Comunidade 
(nós) 
v.9 
47 
 
(Com clara percepção de três 
componentes ativos pertinentes ao 
enredo) 
c. Deus (tu) v.11 
d. Afirmação de confiança (v. 12) 
e. Conjunto de pedidos de resgate (v. 19; 23) 
f. Desejo duplo em relação ao povo e seus 
inimigos: 
(79, 11-12) 
g. Voto de louvor (79,13; cf. 74.21) 
 
02) Individuais: 
(O Fiel) 
 Adversidade na vivência social: (Sl 3; 5; 7; 17; 
25; 27,7-14; 56; 69) 
 Enfermidade (Sl 38; 39; 62; 88) 
 Ou mesmo a combinação de ambos: (Sl 6; 31; 
88) 
 
 Elementos gerais da estrutura de composição:A. Interpelação a Deus e pedido inicial por 
auxílio 
22.1 
B. Descrição da adversidade. 
(Com clara percepção de três 
componentes ativos pertinentes ao 
enredo) 
B1. Inimigos v. 12 
B2. Individuo v. 14 
B3. Deus v. 15c 
C. Afirmação de confiança v.4 
D. Relação de pedidos, com predomínio da 
forma verbal imperativa. 
v. 19s. 
 
E. Complemento argumentativo Oração 
confessional 
51.3-5 
Afirmativa de 
inocência 
26.3-8 
48 
 
F. Louvor 22.22 
G. A fé faz antecipar a gratidão 142.7 
 
Lembramos que dentro desta categoria literária reconhecida pela 
temática de queixas, de súplicas individuais, existe um contexto de lamento onde 
o salmista apela a Deus para derramar sua ira contra o desafeto. Salmos 
imprecatórios intitula este grupo. P. ex.: (Sl 109). 
 
 
III - CÂNTICOS DE AÇÃO DE GRAÇAS 
 
Ao final da adversidade estes cânticos (relevando a confiança) 
poderiam ser utilizados. 
 
 
01. Individual: 
(O fiel) 
 Sl 30; 32; 34; 40:1-10; 66; 116; 138. 
 Elementos gerais da estrutura de composição: 
 
A. Decisão de dar graças Sl 116. 1-2 
B. Resumo introdutório v. 1 
C. Recapitulação poética do período de necessidade v. 3 
D. Relato da petição e do livramento v. 4 
E. Ensino generalizado v. 5-6 
F. Ação de graças renovada v. 14 
 
02. Coletivas: 
(Comunidade) 
 Sl 66.8-12; 67; 124; 129. 
 
49 
 
Conforme Hermann Gunkel tais salmos de ação de graça coletiva estão 
paralelos em forma aos de ações de graça individuais. 
 
 
IV – OS SALMOS REAIS 
 
Esta terminologia é adotada ao nos referirmos a este grupo de salmos 
voltados ao rei de Israel: (Sl.2; 18; 20; 21; 45; 72; 101; 110; 132; 144. 1-11). 
Contém louvores, orações, ao rei. Ressaltam seu caráter. Contém afirmações 
do favor de Yahweh pelo rei. Salmos que retratam a função do soberano do 
período pré-exílico no culto Israelita e as esperanças e os deveres que recaem 
sobre a descendência de Davi. São salmos do rei ou pelo rei. (SCHOKEL, Luis 
Alonso (1996, P. 92) O conteúdo e a forma literária tornam possíveis a 
reconstrução de momentos em que tais salmos foram utilizados em culto público: 
Casamento: (Sl 45), Coroação: (Sl 2; 21; 72 e 110), e orações antes ou depois 
de batalhas (SL 20). LASOR, William S. et al (2003. P. 476). 
 
Particularidades Observadas 
 
Torna-se adequado neste momento, dentro do contexto explanado de 
salmos onde a realeza humana é proclamada através da figura do Rei de Israel, 
lançar comparativos, confrontar esta realidade material e para o que ela aponta, 
segundo uma perspectiva neotestamentária. Ainda que os cristãos após o 
advento de Jesus possuíssem compreensão mais aguda sobre o que certos 
Salmos de maneira mais profunda significassem em verdade e espírito, alguns 
momentos encontrados entre versos (Sl 2; 8; 16; 22; 45; 72; 110; 118; ACF) 
neste livro nos remetem a observar a ação do espírito de Deus inspirando 
homens no velho testamento, através de escritos de profecia messiânica. São 
momentos específicos que ao serem observados através do prisma da 
encarnação, assumem conotação de amplitude (posterior ao messias) ilimitada. 
50 
 
Depois de Jesus os Salmos são interpretados por uma fé renovada. É todo um 
contexto cuja reestruturação da simbologia de significado vislumbra o Cristo. 
 
Jesus nos salmos 
 
A igreja cristã emergente encontrava neste livro em determinados 
salmos momentos em que o Salvador era pintado como nítido retrato literário, 
cujas tonalidades vívidas eram versos de poesia semeados pelo Saltério. Nesta 
realeza de agrupamento encontram-se os chamados pela fé e piedade cristãs 
de Salmos Messiânicos. Um agrupamento de salmos (V.T.) cujo sentido se 
entrelaça com Jesus Cristo (N.T.). Observemos a leitura espiritual, tipológica dos 
versos interpretado pela igreja primitiva, consultando a versão Almeida Corrigida 
Fiel, da Bíblia Sagrada, para referência de tradução. MOMLOUBOU, L. et al. 
(1996, p. 90-93). 
 
INTERPRETAÇÃO PELA IGREJA APÓSTÓLICA 
 
VELHO 
TESTAMENTO 
 
NOVO TESTAMENTO 
 
 
Jesus como o Messias! 
 
Salmos 2:7 
 
Proclamarei o 
decreto: o SENHOR 
me disse: Tu és meu 
At 13.33 
33 Como também está escrito no salmo segundo: Meu 
filho és tu, hoje te gerei. 
Mc 1,11 
E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu 
Filho amado em quem me comprazo. 
51 
 
Filho, eu hoje te 
gerei. 
 
 
Mc 9,7 
E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, 
e saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu filho 
amado; a ele ouvi. 
Mt 3.17 
 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho 
amado, em quem me comprazo. 
 
 
 
A escritura justificando a afirmativa encontrada em Lc 24,26. 
“Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse 
na sua glória?” 
 
Salmos 8:5-
7 
Que é o homem 
mortal para que te 
lembres dele? E o 
filho do homem, 
para que o visites? 
Pois pouco menor o 
fizeste do que os 
anjos, e de glória e 
de honra o coroaste. 
 Fazes com que ele 
tenha domínio sobre 
as obras das tuas 
mãos; tudo puseste 
debaixo de seus 
pés: 
 
Hebreus 2:6-8 
Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: Que é 
o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do 
homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco 
menor do que os anjos, De glória e de honra o 
coroaste, E o constituíste sobre as obras de tuas 
mãos; Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos 
pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada 
deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda 
não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas. 
1Cor 15,27 
Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. 
Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão 
sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe 
sujeitou todas as coisas. 
Ef. 1,22 
E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas 
as coisas o constituiu como cabeça da igreja, 
 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fl 3,21; 
Que transformará o nosso corpo abatido, para ser 
conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz 
poder de sujeitar também a si todas as coisas. 
 
1Pe 3,22 
O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, 
havendo-se lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, 
e as potências. 
 
 
 
 
Neste momento correlaciona-se o Sl 69 ao sofrer do Cristo. 
Sl 69,10 
Pois o zelo da tua 
casa me devorou, e 
as afrontas dos que 
te afrontam caíram 
sobre mim. 
Rm 15,3 
Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas 
como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos 
que te injuriavam. 
 
. 
Temos também a interpretação de um caminho de cruz do Cristo: Servo 
justo que sofre 
Salmo 31.5 Lucas 23.46. 
Salmo 31.13 Mateus 27.1 
 
O advento da encarnação supriu o Saltério de oportunas e incursões de 
leituras (abordagens alegóricas) onde uma nova roupagem teológica 
prepondera. O cerne hermenêutico sendo o prenúncio de uma libertação em 
Cristo Jesus torna o livro de Salmos, em certos momentos uma incontrolável 
53 
 
declaração de renovo, uma obra nova. Eis que um velho testamento ressuscita 
pela cruz em uma nova aliança em verdade e espírito! 
 
MAIS PARALELOS MESSIÂNICOS ENTRE AS DUAS ALIANÇAS: 
Salmos 2-1 
Por que se amotinam os gentios, e os 
povos imaginam coisas vãs? 
 
Atos 4.25 
Que disseste pela boca de Davi, teu 
servo: Por que bramaram os gentios, 
e os povos pensaram coisas vãs? 
Salmos 2-2 
Os reis da terra se levantam e os 
governos consultam juntamente contra 
o Senhor e contra o seu ungido, 
dizendo. 
Atos 4.26 
Levantaram-se os reis da terra. E os 
príncipes se ajuntaram à uma. Contra 
o Senhor e contra o seu Ungido. 
Salmos 8:2 
Tu ordenaste força da boca das 
crianças e dos que mamam, por causa 
dos teus inimigos, para fazer calar ao 
inimigo e ao vingador. 
 
Mateus 21:16 
E disseram-lhe: Ouves o que estes 
dizem? E Jesus lhes disse: Sim; 
nunca lestes: Pela boca dos meninos 
e das criancinhas de peito tiraste o 
perfeito louvor?Salmo 22.1 
Deus meu, Deus meu, por que me 
desamparaste? Por que te alongas do 
meu auxílio e das palavras do meu 
bramido? 
Mateus 27.46 
Salvou os outros, e a si mesmo não 
pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, 
desça agora da cruz, e creremos 
nele. 
Salmos 22:2 
Deus meu, eu clamo de dia, e tu não 
me ouves; de noite, e não tenho 
sossego. 
Marcos 15.34 
E, à hora nona Jesus exclamou com 
grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá 
sabactâni? que, traduzido, é: Deus 
meu, Deus meu, por que me 
desamparaste? 
Salmo 22.7-8 Todos os que me veem 
zombam de mim, estendem os lábios e 
Lucas 23.35 E o povo estava 
olhando. E também os príncipes 
54 
 
meneiam a cabeça, dizendo: Confiou 
no Senhor, que o livre; livre-o, pois 
nele tem prazer. 
zombavam dele, dizendo: Aos outros 
salvou, salve-se a si mesmo, se este 
é o Cristo, o escolhido de Deus. 
Salmo 22.16 Pois me rodearam cães; 
o ajuntamento de malfeitores me 
cercou, traspassaram-me as mãos e 
os pés. 
João 20.25,27 Disseram-lhe, pois, os 
outros discípulos: Vimos o Senhor. 
Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o 
sinal dos cravos em suas mãos, e não 
puser o meu dedo no lugar dos 
cravos, e não puser a minha mão no 
seu lado, de maneira nenhuma o 
crerei. E oito dias depois estavam 
outra vez os seus discípulos dentro, e 
com eles Tomé. Chegou Jesus, 
estando as portas fechadas, e 
apresentou-se no meio, e disse: Paz 
seja convosco. Depois disse a Tomé: 
Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas 
mãos; e chega a tua mão, e põe-na 
no meu lado; e não sejas incrédulo, 
mas crente. 
Salmo 22.18 Repartem entre si as 
minhas vestes, e lançam sortes sobre 
a minha roupa. 
Mateus 27.35-36 E, havendo-o 
crucificado, repartiram as suas 
vestes, lançando sortes, para que se 
cumprisse o que foi dito pelo profeta: 
Repartiram entre si as minhas vestes, 
e sobre a minha túnica lançaram 
sortes. E, assentados, o guardavam 
ali. 
Salmo 45.6 O teu trono, ó Deus, é 
eterno e perpétuo; o cetro do teu reino 
é um cetro de equidade. 
Hebreus 1.8 Mas, do Filho, diz: Ó 
Deus, o teu trono subsiste pelos 
séculos dos séculos; Cetro de 
equidade é o cetro do teu reino. 
55 
 
Salmo 72.1-5, 17 Ó Deus, dá ao rei 
os teus juízos, e a tua justiça ao filho 
do rei. Ele julgará ao teu povo com 
justiça, e aos teus pobres com juízo. 
Os montes trarão paz ao povo, e os 
outeiros, justiça. Julgará os aflitos do 
povo, salvará os filhos do necessitado, 
e quebrantará o opressor. Temer-te-ão 
enquanto durarem o sol e a lua, de 
geração em geração (...) O seu nome 
permanecerá eternamente; o seu 
nome se irá propagando de pais a 
filhos enquanto o sol durar, e os 
homens serão abençoados nele; todas 
as nações lhe chamarão bem-
aventurado. 
Lucas 1.32-33 Este será grande, e 
será chamado filho do Altíssimo; e o 
Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, 
seu pai; E reinará eternamente na 
casa de Jacó, e o seu reino não terá 
fim. 
 
Salmo 72. 2-4 Ele julgará ao teu 
povo com justiça, e aos teus pobres 
com juízo. Os montes trarão paz ao 
povo, e os outeiros, justiça. Julgará os 
aflitos do povo, salvará os filhos do 
necessitado, e quebrantará o 
opressor. 
Lucas 4.17-19 E foi-lhe dado o livro 
do profeta Isaías; e, quando abriu o 
livro, achou o lugar em que estava 
escrito: 18 O Espírito do Senhor é 
sobre mim, Pois que me ungiu para 
evangelizar os pobres. Enviou-me a 
curar os quebrantados de coração, A 
pregar liberdade aos cativos, E 
restauração da vista aos cegos, A pôr 
em liberdade os oprimidos, A 
anunciar o ano aceitável do Senhor. 
Salmo 72.8-11,19 Dominará de mar 
a mar, e desde o rio até às 
extremidades da terra. Aqueles que 
habitam no deserto se inclinarão ante 
ele, e os seus inimigos lamberão o 
pó. Os reis de Társis e das ilhas trarão 
Atos 13.47-48 Porque o Senhor 
assim no-lo mandou: eu te pus para 
luz dos gentios, a fim de que sejas 
para salvação até os confins da 
terra. E os gentios, ouvindo isto, 
alegraram-se, e glorificavam a 
56 
 
presentes; os reis de Sabá e de Seba 
oferecerão dons. E todos os reis se 
prostrarão perante ele; todas as 
nações o servirão (...) E bendito seja 
para sempre o seu nome glorioso; e 
encha-se toda a terra da sua glória. 
Amém e Amém. 
palavra do Senhor; e creram todos 
quantos estavam ordenados para a 
vida eterna. 
 
Salmo 89.3-4 Fiz uma aliança com o 
meu escolhido, e jurei ao meu servo 
Davi, dizendo: A tua semente 
estabelecerei para sempre, e edificarei 
o teu trono de geração em geração. 
(Selá.) 
Mateus 1.1 Livro da geração de 
Jesus Cristo, filho de Davi, filho de 
Abraão. 
Salmo 89.26 Ele me chamará, 
dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e 
a rocha da minha salvação. 
Mateus 11.27 Todas as coisas me 
foram entregues por meu Pai, e 
ninguém conhece o Filho, senão o 
Pai; e ninguém conhece o Pai, senão 
o Filho, e aquele a quem o Filho o 
quiser revelar. 
Salmo 89.27 Também o farei meu 
primogênito mais elevado do que os 
reis da terra. 
Cl 1. 15-18 O qual é imagem do 
Deus invisível, o primogênito de toda 
a criação; Porque nele foram criadas 
todas as coisas que há nos céus e na 
terra, visíveis e invisíveis, sejam 
tronos, sejam dominações, sejam 
principados, sejam potestades. Tudo 
foi criado por ele e para ele. E ele é 
antes de todas as coisas, e todas as 
coisas subsistem por ele. E ele é a 
cabeça do corpo, da igreja; é o 
princípio e o primogênito dentre os 
mortos, para que em tudo tenha a 
preeminência. 
57 
 
Salmo 89.29 E conservarei para 
sempre a sua semente, e o seu trono 
como os dias do céu. 
Mateus 1.1 Livro da geração de 
Jesus Cristo, filho de Davi, filho de 
Abraão. 
Salmo 89.35-36 Uma vez jurei pela 
minha santidade que não mentirei a 
Davi. A sua semente durará para 
sempre, e o seu trono, como o sol 
diante de mim. 
Sl 110.1 
Disse o SENHOR ao meu Senhor: 
Assenta-te à minha mão direita, até 
que ponha os teus inimigos por 
escabelo dos teus pés. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mateus 22:44 
44 - Disse o Senhor ao meu Senhor: 
Assenta-te à minha direita, Até que eu 
ponha os teus inimigos por escabelo 
de teus pés? 
Marcos 14:62 E Jesus disse-lhe: Eu 
o sou, e vereis o Filho do homem 
assentado à direita do poder de Deus, 
e vindo sobre as nuvens do céu. 
Hebreus 1.13 
13 - E a qual dos anjos disse jamais: 
Assenta-te à minha destra, Até que 
ponha a teus inimigos por escabelo 
de teus pés? 
I Pedro 3.22 
22 - O qual está à destra de Deus, 
tendo subido ao céu, havendo-se lhe 
sujeitado os anjos, e as autoridades, 
e as potências. 
 
Salmos 118.16 A destra do Senhor 
se exalta; a destra do Senhor faz 
proezas. 
 
Atos 5,31 Deus com a sua destra o 
elevou a Príncipe e Salvador, para 
dar a Israel o arrependimento e a 
remissão dos pecados. 
 
58 
 
Salmos 118.22 22 - A pedra que os 
edificadores rejeitaram tornou-se a 
cabeça da esquina. 
Mateus 21.42 Diz-lhes Jesus: 
Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, 
que os edificadores rejeitaram, Essa 
foi posta por cabeça do ângulo; Pelo 
Senhor foi feito isto, E é maravilhoso 
aos nossos olhos? 
Atos 4.11 Ele é a pedra que foi 
rejeitada por vós, os edificadores, a 
qual foi posta por cabeça de esquina. 
 
A igreja cristã primitiva, já encontrava entre o Livro de Salmos e o 
advento do Cristo Jesus, uma relação de diálogo teológico direto e profundo. 
 
 
V - SALMOS DE SABEDORIA 
 
Nesta categoria encontramos salmos em que o salmista refere-se a suas 
palavras como p. ex.: sabedoria, instrução. Descreve o “temor a Yahweh”, se 
dirige ao espectador como “filhos”. Notamos advertências, ensinos. 
Presenciamos um contexto que reflete as técnicas literárias da sabedoria, como 
uso de provérbios, acrósticos, séries numéricas. Temos para Hermann Gunkel 
os Salmos 1; 37; 49; 73; 91; 112; 127; 128; 133. Schokel, Luís Alonso (1996. P. 
93) 
 
Subtiposde salmos sapienciais 
 
 Salmos de máximas de sabedoria. 
 
59 
 
Descrição da conduta ideal, e suas decorrências. Utilizam na elaboração 
textual, provérbios expandidos e símiles: Sl 127; 128; 133. 
 
 Salmos acrósticos de sabedoria. 
 
Linhas ou versos se iniciam por letras hebraicas colocadas em sucessão. 
Salmos alfabéticos: Sl; 34; 37; 112. 
 
 Salmos sapienciais integrativos. 
 
Aborda contextos valiosos a sabedoria. 
a) Interação relacional entre a sabedoria e a Torá: Sl 1 
b) A questão da justa retribuição ainda que tardia: Sl 49 
c) Perdão divino e seu legado de aprendizado: Sl 32 
 
Também encontramos versos ou estrofes que indicam relação de 
influência com o estilo sapiencial, interferência da literatura de sabedoria: Sl 
25.8-10, 12-14; 31.23s.; 39.4; 40.4s., 62.8,10; 92.8-15. 
 
É necessário observarmos uma distinção existente entre: 
 Salmos que agregam características de sabedoria com uma estrutura de 
base cúltica. (Sl 32; 34 e 73) Uso reflexivo. 
 Salmos utilizados em escolas de sabedoria. Sl 37; 49; 112 e 127 
Uso didático. 
 
 
Saltério e o novo testamento Momloubou, L. et al. (1996, p. 91-
92) 
60 
 
 Dentro de um valioso acervo literário transcendente encontrado nesta 
obra, uma pérola inestimável nos rouba a atenção: o diálogo teológico do Saltério 
veterotestamentário, embasando a realidade experimentada pelo Novo 
Testamento. Diversos autores neotestamentário utilizam-se no cotidiano dos 
ensinamentos da nova aliança, de versos contidos no livro das preces poéticas, 
um retrato de Israel espiritual, que são os Salmos. A interação integrativa é vista 
abaixo. 
 
DEUS QUE LIBERTA 
SL 34 
 
 
 
1 Pe2,3 
 8.Provai, e vede que o Senhor é 
bom; bem-aventurado o homem que 
nele confia. 
Se é que já provastes que o Senhor 
é benigno; 
 
14.Aparta-te do mal, e faze o bem; 
procura a paz, e segue-a. 
3, 11-12a 
11. Aparte-se do mal, e faça o bem; 
Busque a paz, e siga-a. 
 
15.Os olhos do Senhor estão sobre 
os justos, e os seus ouvidos atentos 
ao seu clamor. 
 
12. Porque os olhos do Senhor 
estão sobre os justos, E os seus 
ouvidos atentos às suas orações; 
(...) 
 
No livro de Atos dos Apóstolos o saltério é mencionado de maneira 
direta: 
 
At 1,20 Porque no livro dos Salmos está escrito: fique deserta a sua 
habitação, E não haja quem nela habite, e: tome outro o seu 
bispado. 
At 13,33-35 Como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, 
hoje te gerei. E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca 
mais tornar à corrupção, disse-o assim: as santas e fiéis 
61 
 
bênçãos de Davi vos darão. Por isso também em outro salmo 
diz: não permitirás que o teu santo veja corrupção. ACF 
 
São referências veterotestamentárias que revelam o diálogo teológico 
dos autores do novo testamento com o Saltério. 
 
At 2. 25-28 Porque dele disse 
Davi: Sempre via diante de mim o 
Senhor, Porque está à minha direita, 
para que eu não seja comovido; Por 
isso se alegrou o meu coração, e a 
minha língua exultou; E ainda a 
minha carne há de repousar em 
esperança; Pois não deixarás a 
minha alma no inferno, Nem 
permitirás que o teu Santo veja a 
corrupção; Fizeste-me conhecidos 
os caminhos da vida; Com a tua face 
me encherás de júbilo. 
Salmo 16. 8-11 Tenho posto o Senhor 
continuamente diante de mim; por isso 
que ele está à minha mão direita, nunca 
vacilarei. Portanto está alegre o meu 
coração e se regozija a minha glória; 
também a minha carne repousará 
segura. Pois não deixarás a minha 
alma no inferno, nem permitirás que o 
teu Santo veja corrupção. Far-me-ás 
ver a vereda da vida; na tua presença 
há fartura de alegrias; à tua mão direita 
há delícias perpetuamente 
At 2.34 Porque Davi não subiu aos 
céus, mas ele próprio diz: Disse o 
Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à 
minha direita, 
Sl 110.1 Disse o SENHOR ao meu 
Senhor: Assenta-te à minha mão 
direita, até que ponha os teus inimigos 
por escabelo dos teus pés. 
 
Neste propósito de integração e inspiração divina na Escritura Sagrada, 
verifiquemos as relações tão coesas entre passagens do Saltério e Livros do 
Novo Testamento, que de uma forma contundente ou não em termos de 
significado da simbologia na mensagem, travam leituras dentro de suas distantes 
realidades históricas, realçando sobrenatural ausência de contradições. 
Comparemos mais relações de integração intertestamentária: 
 
 
62 
 
Lucas 23:46 
46 - E, clamando Jesus com grande 
voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego 
o meu espírito. E, havendo dito isto, 
expirou. 
Salmos 31:5 
5 - Nas tuas mãos encomendo o meu 
espírito; tu me redimiste SENHOR 
Deus da verdade. 
Mateus 5:5 
5 - Bem-aventurados os mansos, 
porque eles herdarão a terra; 
Salmos 37.11 
11 - Mas os mansos herdarão a terra, 
e se deleitarão na abundância de paz. 
Marcos 14:18 
18 - E, quando estavam assentados a 
comer, disse Jesus: Em verdade vos 
digo que um de vós, que comigo 
come, há de trair-me. 
Salmos 41:9 
9 - Até o meu próprio amigo íntimo, 
em quem eu tanto confiava que comia 
do meu pão, levantou contra mim o 
seu calcanhar. 
Marcos 14:34 
34 - E disse-lhes: A minha alma está 
profundamente triste até a morte; ficai 
aqui, e vigiai. 
Salmos 42:6 
6 - Ó meu Deus, dentro de mim a 
minha alma está abatida; por isso 
lembro-me de ti desde a terra do 
Jordão, e desde os hermonitas, desde 
o pequeno monte. 
At 13,22. 
E, quando este foi retirado, levantou-
lhes como rei Davi, ao qual também 
deu testemunho, e disse: Achei a 
Davi, filho de Jessé, homem conforme 
o meu coração, que executará toda a 
minha vontade. 
Salmo 89.20-21 
Achei a Davi, meu servo; com santo 
óleo o ungi, Com o qual a minha mão 
ficará firme, e o meu braço o 
fortalecerá. 
 
 
 
TEMÁTICA: OBRA DA JUSTIFICAÇÃO 
Romanos 4. 5-8 Mas, àquele que 
não pratica, mas crê naquele que 
justifica o ímpio, a sua fé lhe é 
Salmo 32 Bem-aventurado aquele 
cuja transgressão é perdoada, e cujo 
pecado é coberto. Bem-aventurado o 
63 
 
imputada como justiça. Assim 
também Davi declara bem-
aventurado o homem a quem Deus 
imputa a justiça sem as obras, 
dizendo: Bem-aventurados aqueles 
cujas maldades são perdoadas, E 
cujos pecados são cobertos. Bem-
aventurado o homem a quem o 
Senhor não imputa o pecado. 
 
homem a quem o Senhor não imputa 
maldade, e em cujo espírito não há 
engano. Quando eu guardei silêncio, 
envelheceram os meus ossos pelo 
meu bramido em todo o dia. Porque 
de dia e de noite a tua mão pesava 
sobre mim; o meu humor se tornou em 
sequidão de estio. (Selá.) Confessei-
te o meu pecado, e a minha maldade 
não encobri. Dizia eu: Confessarei ao 
Senhor as minhas transgressões; e tu 
perdoaste a maldade do meu pecado. 
(Selá.) Por isso, todo aquele que é 
santo orará a ti, a tempo de te poder 
achar; até no transbordar de muitas 
águas, estas não lhe chegarão. Tu és 
o lugar em que me escondo; tu me 
preservas da angústia; tu me cinges 
de alegres cantos de livramento. 
(Selá.) Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o 
caminho que deves seguir; guiar-te-ei 
com os meus olhos. Não sejais como 
o cavalo, nem como a mula, que não 
têm entendimento, cuja boca precisa 
de cabresto e freio para que não se 
cheguem a ti.10 O ímpio tem muitas 
dores, mas àquele que confia no 
Senhor a misericórdia o 
cercará. Alegrai-vos no Senhor, e 
regozijai-vos, vós os justos; e cantai 
alegremente, todos vós que sois retos 
de coração 
64 
 
Rm 3.20 Por isso nenhuma carne 
será justificada diante dele pelas 
obras da lei, porque pela lei vem o 
conhecimento do pecado. 
Salmo 143.1-2 Ó Senhor, ouve a 
minha oração, inclina os ouvidos às 
minhas súplicas; escuta-me segundo 
a tua verdade, e segundo a tua justiça. 
E não entres em juízo com o teu 
servo, porque à tua vista não se 
achará justo nenhum vivente. 
TEMÁTICA: O VERDADEIRO CULTO: “EM ESPÍRITOE VERDADE” 
Hebreus 10, 6-10 Holocaustos e 
oblações pelo pecado não te 
agradaram. Então disse: Eis aqui 
venho (No princípio do livro está 
escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a 
tua vontade. Como acima diz: 
Sacrifício e oferta, e holocaustos e 
oblações pelo pecado não quiseste, 
nem te agradaram (os quais se 
oferecem segundo a lei). Então disse: 
Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a 
tua vontade. Tira o primeiro, para 
estabelecer o segundo. Na qual 
vontade temos sido santificados pela 
oblação do corpo de Jesus Cristo, 
feita uma vez. 
Salmo 40, 7-9 Então disse: Eis aqui 
venho; no rolo do livro de mim está 
escrito. Deleito-me em fazer a tua 
vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei 
está dentro do meu coração. Preguei 
a justiça na grande congregação; eis 
que não retive os meus lábios, 
Senhor, tu o sabes. 
 
 
Como não reconhecer a proximidade palpável que entrelaça a 
proclamação da poesia religiosa de Salmos para com seus degustadores 
neotestamentários? Como nos afirma MOMLOUBOU, L. et al. (1996. pag. 99). 
“Uma compreensão melhor do Evangelho faz descobrir uma significação mais 
rica nas fórmulas sálmicas. A frequentação dos salmos conduz uma 
assimilação melhor do Evangelho.” Uma profunda interação documental das 
duas alianças. O Velho Testamento sendo fidedignamente cumprido no Novo 
Testamento. 
65 
 
 
Valias de contribuição teológica 
 
O Saltério se faz por atestado escrito do que a essência espiritual de 
Israel é capaz de transmitir em seus louvores, suas súplicas suas ações de 
graças. Por centenas de anos, experiências com Deus são coletadas e fixas em 
um testamento à eternidade através de poesias religiosas declamadas, 
cantadas, vividas, impressas na existência com profundidade e em veracidade. 
Momentos que o homem pode abrir de si e do seu íntimo colher a 
sinceridade que transcreve em salmos, como retratos que comprovam um 
testamento à Humanidade, graça que nasce desta relação criatura e seu criador. 
Sem manchar o salmo como expressão nítida de sinceridade pura, se 
constitui numa religação do homem para com Deus. Uma dinâmica do fiel para 
com sua divindade. E nesta construção humana inspirada, a Palavra se 
apresenta como fundamento em autógrafo da essência que produz e conduz 
Deus. E como seria sem manchar? Traçando então um paralelo etimológico com 
o vocábulo religião e indo mais além numa exegese que contempla sua 
transformação de conceito filosófico de crença em um movimento humano de 
postura filosófica, coloco lado a lado o joio e o trigo. A religião que pode em 
determinados momentos perder essa produção e condução divinas, (quando o 
legalismo humano corrompe como fermento da alma), e os salmos, em não há 
dolo, mácula. Neste escritos de sabedoria e poesia, nestas instâncias de 
palavras sálmicas onde templos de carne se derramam, a Igreja verdadeira se 
levanta, cultuando o amor, a vida. 
Gerações após gerações, diante de Deus, através dos Salmos, almas 
piedosas colhem benesses em termos de homilias, estudos, comentários. 
Inspirações genuínas são obtidas quando os olhos vagueiam estas linhas 
divinamente inspiradas e que repousam no Saltério. 
 
66 
 
Quanto te invoquei, ó meu Deus, ao ler os salmos de Davi, 
cânticos de fé, hinos de piedade, contrastantes com qualquer 
sentimento de orgulho, eu, novato ainda no caminho do teu 
verdadeiro amor, catecúmeno em férias, (...) Quantas 
exclamações me inspirava a leitura desses salmos, e como eles 
me inflamavam no teu amor! Desejava ardentemente recitá-los, 
se possível, para o mundo todo, a fim de rebater o orgulho do 
gênero humano. E, no entanto, são cantados no mundo inteiro, 
e nada pode furtar-se ao teu calor. (AGOSTINHO, 1984, 
Confissões, IX 4,8. Pág. 224 e 225) 
 
 
 
Anexo A 
 
Salmos 74:1-23 A.C.F. 
 
1 - Ó DEUS, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira 
contra as ovelhas do teu pasto? 
2 - Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antiguidade; da vara 
da tua herança, que remiste; deste monte Sião, em que habitaste. 
3 - Levanta os teus pés para as perpétuas assolações, para tudo o que o inimigo 
tem feito de mal no santuário. 
4 - Os teus inimigos bramam no meio dos teus lugares santos; põem neles as 
suas insígnias por sinais. 
5 - Um homem se tornava famoso, conforme houvesse levantado machados, 
contra a espessura do arvoredo. 
6 - Mas agora toda obra entalhada de uma vez quebram com machados e 
martelos. 
7 - Lançaram fogo no teu santuário; profanaram, derrubando-a até ao chão, a 
morada do teu nome. 
8 - Disseram nos seus corações: Despojemo-los duma vez. Queimaram todos 
os lugares santos de Deus na terra. 
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9 - Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta, nem há entre nós alguém 
que saiba até quando isto durará. 
10 - Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu 
nome para sempre? 
11 - Porque retiras a tua mão, a saber, a tua destra? Tira-a de dentro do teu seio. 
12 - Todavia Deus é o meu Rei desde a antiguidade, operando a salvação no 
meio da terra. 
13 - Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste as cabeças das baleias nas 
águas. 
14 - Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos 
habitantes do deserto. 
15 - Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios impetuosos. 
16 - Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol. 
17 - Estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno tu os formaste. 
18 - Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao SENHOR e que um povo louco 
blasfemou o teu nome. 
19 - Não entregues às feras a alma da tua rola; não te esqueças para sempre da 
vida dos teus aflitos. 
20 - Atende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de 
moradas de crueldade. 
21 - Oh, não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o 
necessitado. 
22 - Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o 
louco te faz cada dia. 
23 - Não te esqueças dos gritos dos teus inimigos; o tumulto daqueles que se 
levantam contra ti aumenta continuamente. 
 
 
 
68 
 
Salmos 79:1-13 A.C.F. 
 
1 - Ó DEUS, os gentios vieram à tua herança; contaminaram o teu santo templo; 
reduziram Jerusalém a montões de pedras. 
2 - Deram os corpos mortos dos teus servos por comida às aves dos céus, e a 
carne dos teus santos às feras da terra. 
3 - Derramaram o sangue deles como a água ao redor de Jerusalém, e não 
houve quem os enterrasse. 
4 - Somos feitos opróbrio para nossos vizinhos, escárnio e zombaria para os que 
estão à roda de nós. 
5 - Até quando, SENHOR? Acaso te indignarás para sempre? Arderá o teu zelo 
como fogo? 
6 - Derrama o teu furor sobre os gentios que não te conhecem, e sobre os reinos 
que não invocam o teu nome. 
7 - Porque devoraram a Jacó, e assolaram as suas moradas. 
8 - Não te lembres das nossas iniquidades passadas; venham ao nosso encontro 
depressa as tuas misericórdias, pois já estamos muito abatidos. 
9 - Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos, e 
perdoa os nossos pecados por amor do teu nome. 
10 - Porque diriam os gentios: Onde está o seu Deus? Seja ele conhecido entre 
os gentios, à nossa vista, pela vingança do sangue dos teus servos, que foi 
derramado. 
11 - Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu 
braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte. 
12 - E torna aos nossos vizinhos, no seu regaço, sete vezes tanto da sua injúria 
com a qual te injuriaram Senhor. 
13 - Assim nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de 
geração em geração cantaremos os teus louvores. 
 
 
69 
 
Salmos 137:1-9 A.C.F. 
 
1 - JUNTO dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos 
lembramos de Sião. 
2 - Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. 
3 - Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção;