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Apostila Contabilidade Geral - Fernando Aprato Parte 02

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CONTABILIDADE GERAL – PARTE 2 
Prof. Fernando Aprato
POLÍCIA 
 FEDERAL
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Módulo 01
RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS
Em atendimento ao regime de competência, as receitas e despesas são registradas no mo-
mento em que ocorrem, independente do seu recebimento ou pagamento.
Por causa desse regime, a receita de venda de uma mercadoria é contabilizada no momento 
da entrega da mercadoria, que é quando ocorre a transferência de propriedade.
Porém, a empresa pode receber o valor da venda antes que efetue a operação de comercializa-
ção de mercadoria. Assim, as receitas não são reconhecidas no momento do recebimento dos 
recursos, mas apenas nos períodos a que se referem.
1. Receitas
De acordo com o PT CPC “00” – Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações Con-
tábeis, RECEITAS são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a 
forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resul-
tam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição 
dos detentores dos instrumentos patrimoniais.
A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos.
A RECEITA surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade 
de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis.
Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem ou não 
surgir no curso das atividades usuais da entidade, representando aumentos nos benefícios eco-
nômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das receitas.
Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos não circulantes. A 
definição de receita também inclui ganhos não realizados. Por exemplo, os que resultam da 
reavaliação de títulos e valores mobiliários negociáveis e os que resultam de aumentos no valor 
contábil de ativos de longo prazo.
Quando esses ganhos são reconhecidos na demonstração do resultado, eles são usualmente 
apresentados separadamente, porque sua divulgação é útil para fins de tomada de decisões 
econômicas. Os ganhos são, em regra, reportados líquidos das respectivas despesas.
Vários tipos de ativos podem ser recebidos ou aumentados por meio da receita; exemplos in-
cluem caixa, contas a receber, bens e serviços recebidos em troca de bens e serviços forneci-
dos. A receita também pode resultar da liquidação de passivos. Por exemplo, a entidade pode 
fornecer mercadorias e serviços ao credor por empréstimo em liquidação da obrigação de pa-
gar o empréstimo.
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!! ATENÇÃO !!
Nem todas as variações positivas no Patrimônio Líquido (PL), ou seja, nem todos os aumentos 
do PL indicam a ocorrência de receitas. O aumento do PL ocasionado, por exemplo, pelo au-
mento do capital social de uma companhia em função da emissão de novas ações não se traduz 
em uma receita.
2. Reconhecimento da Receita
A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar em aumento 
nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento de ativo ou com diminuição de 
passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prática, que o reconhe-
cimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou 
da diminuição nos passivos (por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado da venda de 
bens e serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de dívida a ser paga).
Os procedimentos normalmente adotados, na prática, para reconhecimento da receita, como, 
por exemplo, a exigência de que a receita tenha sido ganha, são aplicações dos critérios de 
reconhecimento definidos nesta Estrutura Conceitual. Tais procedimentos são geralmente dire-
cionados para restringir o reconhecimento como receita àqueles itens que possam ser mensu-
rados com confiabilidade e tenham suficiente grau de certeza.
3. Receitas Antecipadas
São os recebimentos antecipados de valores por conta de serviços a serem executados ou ven-
das de bens a serem atendidas (FEA/USP, 2008, pág.80).
As receitas antecipadas são decorrentes do recebimento antecipado de receitas relacionadas 
com períodos de competência subsequentes, como por exemplo, adiantamentos de clientes, 
aluguéis ativos a vencer, etc.
As receitas antecipadas equivalem a uma obrigação e são classificadas no
Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante.
A Cia “ABC” recebe o valor de R$ 100.000,00 do cliente “Z”, em julho de 2016, referente ao 
adiantamento para aquisição de produtos que serão entregues novembro de 2016.
Quando o cliente efetua o pagamento, gera uma obrigação para a Cia “ABC” – empresa vende-
dora – e um direito para o cliente “Z” de receber o bem.
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Lançamento do recebimento na Cia “ABC” em julho de 2016.
D – Caixa ou Bancos (AC)
C – Adiantamento de Clientes (PC)                      100.000,00
Em novembro de 2016 os produtos foram entregues. Neste momento é que devemos 
reconhecer a receita da venda.
Lançamento do reconhecimento da receita de venda na Cia “ABC” em novembro de 2016.
D – Adiantamento de Clientes (PC)
C – Receita de Vendas (Receita)                        100.000,00
Há que se distinguir a classificação de uma receita antecipada à conta de receitas diferidas, no 
passivo não circulante, e no passivo. No caso da antecipação do cliente, por exemplo, será ge-
rada uma obrigação para a empresa, devendo ser registrada no passivo.
Todavia, o exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no passivo não circulan-
te – receitas diferidas seria o aluguel recebido antecipadamente, quando não houver cláusula 
de restituição. A existência de cláusula de não restituição é primordial para classificação dessa 
receita antecipada em receitas diferidas.
Receita Antecipada = Receita a Vencer = Receita a Apropriar = Receita a Transcorrer
4.Despesas
De acordo com o PT CPC “00” – Estrutura Conceitual para Elaboração das Demonstrações Con-
tábeis, DESPESAS são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob 
a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam 
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos 
detentores dos instrumentos patrimoniais.
As DESPESAS são as variações negativas do PL originárias da redução de ativos ou aumento de pas-
sivos que acarretem em diminuição do PL, exceto as diminuições do PL decorrentes de distribuição 
aos sócios da entidade, tais como redução do capital social e pagamento de dividendos.
5.Reconhecimento das Despesas
As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando resultarem em 
decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o decréscimo de um ativo ou 
o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prática, 
que o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento de aumen-
to nos passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação por competência de obri-
gações trabalhistas ou da depreciação de equipamento).
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As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação 
direta entre elas e os correspondentes itens de receita. Esse processo, usualmente chamado de 
confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento 
simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem diretamente ou conjuntamente 
das mesmas transações ou outros eventos. Por exemplo, os vários componentes de despesas 
que integram o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos no mesmo momento 
em que a receita derivada da venda das mercadorias é reconhecida.
Contudo, a aplicação do conceito de confrontação, de acordo com esta EstruturaConceitual, 
não autoriza o reconhecimento de itens no balanço patrimonial que não satisfaçam à definição 
de ativos ou passivos.
Quando se espera que os benefícios econômicos sejam gerados ao longo de vários períodos 
contábeis e a associação com a correspondente receita somente possa ser feita de modo geral 
e indireto, as despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base em 
procedimentos de alocação sistemática e racional. Muitas vezes isso é necessário ao reconhecer 
despesas associadas com o uso ou o consumo de ativos, tais como itens do imobilizado, ágio 
pela expectativa de rentabilidade futura (goodwill), marcas e patentes. Em tais casos, a despesa 
é designada como depreciação ou amortização. Esses procedimentos de alocação destinam- se 
a reconhecer despesas nos períodos contábeis em que os benefícios econômicos associados a 
tais itens sejam consumidos ou expirem.
A despesa deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado quando o gasto 
não produzir benefícios econômicos futuros ou quando, e na extensão em que, os benefícios 
econômicos futuros não se qualificarem, ou deixarem de se qualificar, para reconhecimento no 
balanço patrimonial como ativo.
A despesa também deve ser reconhecida na demonstração do resultado nos casos em que um 
passivo é incorrido sem o correspondente reconhecimento de ativo, como no caso de passivo 
decorrente de garantia de produto.
6. Despesas Antecipadas
A Lei 6.404/76, em seu art. 179, afirma que as contas serão classificadas do seguinte modo:
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social 
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
O texto destacado refere-se as despesas antecipadas.
Trata-se de despesa não incorrida.
Geralmente, são valores desembolsados pela empresa de forma antecipada, representando 
saídas de caixa, sem haver a ocorrência imediata da despesa.
Os exemplos mais comuns são as despesas com seguro, assinatura e aluguéis.
A conta para registrar o pagamento do seguro antecipado é seguros a vencer ou seguros pagos 
antecipadamente.
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Na aquisição do seguro, a empresa efetua o pagamento antecipado do prêmio, referente 
a cobertura para a proteção do bem contra sinistro, em relação a um período futuro. No 
momento do pagamento, não ocorre a despesa.
Assim, inicialmente, o pagamento antecipado é registrado como um direito (despesa 
antecipada), no Ativo Circulante ou Não Circulante.
Dentro do período de cobertura do seguro, de acordo com o regime de competência, a despesa 
é lançada mensalmente.
A Cia ABC pagou, em 02/01/2016, a empresa SEGURATUDO o valor de R$ 12.000,00 a 
título de seguro para o prédio administrativo. O referido seguro tem vigência no período 
de 01/01/2016 a 31/12/2016.
Lançamento em 02/01/2016 quando do pagamento do seguro.
D – Seguros Antecipados/A Vencer/A Apropriar/A Transcorrer ( AC)
C – Caixa/Bancos (AC)                            12.000,00 
Lançamento em 31/01/2016 para apropriação da despesas de 1/12 em obediência ao regime de 
competência.
D – Despesas com Seguros (Despesa)
C – Seguros Antecipados/A Vencer/A Apropriar/A Transcorrer ( AC)          1.000,00
Lançamento em 28/02/2016 para apropriação da despesas de 1/12 em obediência ao regime de 
competência.
D – Despesas com Seguros (Despesa)
C – Seguros Antecipados/A Vencer/A Apropriar/A Transcorrer ( AC)          1.000,00
Despesa Antecipada = Despesa a Vencer = Despesa a Apropriar = Despesa a 
Transcorrer
7. Contas mais Utilizadas em Concursos Públicos
Conta Identificação Classificação
Aluguel a Vencer Aluguel a Apropriar
Despesas Antecipadas de Aluguéis Direito Ativo Circulante
Aluguel Ativo a Vencer Aluguel Ativo a 
Apropriar Receita Antecipada de Aluguel Obrigação Passivo Não Circulante
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Aluguel a Receber Aluguel Ativo a 
Receber Direito Ativo Circulante
Aluguel Aluguel Passivo
Despesas com Aluguéis Despesas Resultado do Exercício
Aluguel Ativo Receitas de Aluguel Receitas Resultado do Exercício
Seguros a Vencer Seguros a Apropriar
Despesas Antecipadas de Seguros Direito Ativo Circulante
Seguros
Seguros Passivos Despesas com Seguros 
Prêmios de Seguros
Despesas Resultado do Exercício
Despesas a Vencer Despesas a Apropriar 
Despesas Antecipadas Direito Ativo Circulante
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Questões
8. Questões
1. (PREVIC – Analista – Contabilidade – CESPE 
– 2011)
Julgue o item que se segue, de acordo com 
as práticas contábeis.
Algumas despesas e receitas devem ser 
excluídas dos grupos de resultados para 
integrar os grupos patrimoniais da entidade, 
em função de definições decorrentes da 
competência do exercício.
( ) Certo   ( ) Errado
2. (TRE – ES – Técnico de Contabilidade – 
CESPE – 2011)
Julgue o item seguinte, referente aos 
conceitos, objetivos e finalidades da 
contabilidade.
Receitas ou ganhos, que correspondem 
aos aumentos de patrimônio líquido que 
surgem no curso das atividades normais de 
uma entidade, são designados por diversos 
nomes, tais como vendas, honorários, juros, 
dividendos, lucros distribuídos, royalties e 
aluguéis.
( ) Certo   ( ) Errado
3. (TRE – PE-Analista – Contabilidade – CESPE 
– 2017)
No dia 31/8/2015, determinada empresa 
pública firmou contrato de seguros para 
cobertura de seus ativos para o período 
equivalente a 1º/9/2015 a 31/8/2016. Na 
referida data, a entidade pagou o montante 
total de R$ 18.000. Em caso de sinistro, o 
valor da franquia equivale a R$ 1.800 e a 
empresa poderá receber indenização no 
montante de até dez vezes o prêmio pago. 
As demonstrações contábeis da empresa 
foram feitas de acordo com a legislação 
societária em 31/12/2015. Com base nessas 
informações, é correto afirmar que
a) a conta Despesas Pagas Antecipada-
mente, integrante do grupo ativo não 
circulante, foi apresentada no balanço 
patrimonial, com saldo de R$ 18.000.
b) a conta Seguros a Vencer, integrante do 
grupo ativo circulante, foi apresentada 
no balanço patrimonial, com saldo de 
R$ 12.000.
c) o balanço patrimonial apresentou a 
conta Seguros a Receber, no ativo não 
circulante, com saldo de R$ 180.000.
d) a DRE continha o valor de R$ 4.500, re-
ferente à conta Despesas com Seguros, 
no rol de despesas operacionais.
e) a DRE continha o valor de R$ 1.800, re-
ferente à conta Despesas com Seguros, 
no rol de despesas não operacionais.
4. (TCU – AFCE – Cespe – 2015)
Com relação às características e à forma 
de apresentação das demonstrações con-
tábeis, julgue o item a seguir. Situação hi-
potética: Em 30 de junho de 2015, o livro 
diário de determinada empresa registrou a 
seguinte partida dobrada.
débito despesas com seguros R$ 2.000,00
crédito prêmios de seguros a apropriar R$ 2.000,00
Assertiva: Nesse caso, as informações se re-
ferem a um lançamento de ajuste — decor-
rente da aplicação do princípio da compe-
tência — para reconhecimento da despesa 
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com o prêmio de seguros, que havia sido 
pago antecipadamente.
( ) Certo   ( ) Errado
5. (PF – Agente – Cespe – 2013)
Com relação à natureza do patrimônio e aos 
mecanismos para o 5. seu controle, julgue o 
item a seguir. No momento da apropriação 
mensal de um seguro contratado para doze 
meses, o crédito deverá ser feito na conta 
bancos ou na conta caixa.
( ) Certo   ( ) Errado
6. (MJ – Contador – Cespe – 2013)
Com relação aos critérios estabelecidos 
pela legislação societária em relação à 
classificação de itens no balanço patrimonial 
de uma sociedade anônima, julgue os 
próximos itens.
Seguros com vigência de doze meses, pagos 
antecipadamente devem ser classificados 
no ativo circulante.
( ) Certo   ( ) Errado
7. (TCE RO – Contador – Cespe – 2014)
Seguros pagos antecipadamentediminuem 
o resultado da empresa no momento 
do pagamento, provocando, assim, uma 
redução concomitante no saldo de uma 
conta de disponibilidades.
( ) Certo   ( ) Errado
8. (Unipampa – Contador – Cespe – 2013)
Em relação aos fatos contábeis e respectivas 
variações patrimoniais, julgue o item a seguir.
Considere que, no dia 31/3/2013, a Cutelaria 
Prateada, uma empresa que fabrica 
instrumentos de corte, tenha pagado a 
uma seguradora o valor de R$ 40.320,00, 
referente ao seguro das suas instalações, 
com vigência de 18 meses. Nesse caso, no 
mês de dezembro de 2013, considerando a 
competência mensal, a empresa fabricante 
reconhecerá, no sistema contábil, uma 
despesa de R$ 20.160,00, contra um crédito 
de igual valor em conta do ativo circulante.
( ) Certo   ( ) Errado
9. (TRE BA – Técnico Judiciário – 
Contabilidade- Cespe – 2017)
Em 31/12/2015, para receber determinada 
revista durante o ano de 2016, uma empresa 
pagou a uma banca de jornal o valor de R$ 
1.000.
Nessa situação, o efeito do registro contábil 
no ato da contratação foi um(a)
a) receita da contratada no valor de R$ 
1.000.
b) diminuição líquida de R$ 1.000 no ativo 
circulante da contratante.
c) aumento líquido de R$ 1.000 no ativo 
circulante da contratante.
d) despesa da contratante no valor de R$ 
1.000.
e) aumento líquido de R$ 1.000 no passivo 
circulante da contratada.
10. (TCE PA-ACE – Cespe – 2016)
Acerca dos componentes patrimoniais, 
julgue o item a seguir. As aplicações de 
recursos em despesas do exercício seguinte 
são consideradas ativos circulantes e devem 
ser baixadas quando tais despesas forem 
consideradas incorridas.
( ) Certo   ( ) Errado
11. (Eletrosul – Ciências Contábeis – FCC – 
2016)
A empresa Confiança S.A. contratou seguro 
para sua fábrica em 1 de abril de 2015, 
com vigência para um ano, pelo valor de 
R$ 24.000,00, a prazo, para pagamento em 
12 parcelas. Em 31 de dezembro de 2015, a 
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Polícia Federal VIP (Escrivão e Agente de Polícia) – Contabilidade Geral – Prof Fernando Aprato
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contabilidade deve apresentar os seguintes 
saldos nas contas:
a) Despesas de Seguros R$ 24.000,00 e de 
Bancos R$ 24.000,00.
b) Despesas Diferidas de Seguros R$ 
6.000,00 e Seguros à Pagar R$ 12.000,00.
c) Despesas Diferidas de Seguros R$ 
16.000,00, Seguros à Pagar R$ 16.000,00 
e Despesa de Seguros de R$ 8.000,00.
d) Despesa de Seguros de R$ 12.000,00, 
Seguros a pagar de R$ 6.000,00 e 
Despesas de Seguros de R$ 12.000,00.
e) Despesas Diferidas de Seguros R$ 
6.000,00, Seguros à Pagar R$ 6.000,00 e 
Despesa de Seguros de R$ 18.000,00.
12. (SEFAZ – MA – AFRE – FCC – 2016)
A empresa Compro Melhor S.A. negociou 
com um fornecedor a aquisição de 120.000 
unidades de determinada mercadoria 
que deveriam ser entregues nos 12 me-
ses posteriores. A negociação ocorreu em 
31/10/2015 e, tendo em vista a perspectiva 
de aumento de preços no período, a Com-
pro Melhor S.A. pagou, nesta data, o valor 
integral de R$ 12.000.000,00 ao fornecedor.
Durante o ano de 2015, a empresa reque-
reu, e o fornecedor entregou, 40% do total 
de unidades contratadas. O valor evidencia-
do no Balanço Patrimonial de 31/12/2015, 
correspondente ao direito que a empresa 
Compro Melhor S.A. detinha sobre o forne-
cedor foi, em reais:
a) 12.000.000,00.
b) 7.200.000,00.
c) 10.000.000,00.
d) 4.800.000,00.
e) 0,00.
13. (SEFAZ MA-AFRE – FCC – 2016)
Atenção: Para responder à questão, consi-
dere as seguintes informações:
Determinada empresa de economia mista 
do Estado fez o seguro do ativo imobilizado, 
junto à seguradora Martelo, para o período 
de 24 meses: 01/10/2015 a 30/09/2017.
 – O prêmio de seguro foi de R$ 600.000,00, 
pago 40% no ato e o restante 30 e 60 dias.
 – A empresa encerra seu exercício social 
em 31 de dezembro de cada ano.
 – O lucro do exercício de 2015 foi de R$ 
1.390.000,00.
 – O auditor independente no exame dos re-
gistros contábeis da apólice do seguro con-
tratado constatou que:
 – 300.000,00 – foram contabilizados (apro-
priados) como despesas de seguro do exer-
cício de 2015, e que o valor da apropriação 
do seguro está incorreto.
 – 300.000,00 – foram contabilizados na 
conta “Seguros a Vencer” classificada no re-
alizável de curto prazo. O auditor concluiu, 
se a despesa com seguro do exercício de 
2015 tivesse sido apropriada corretamente, 
o lucro do exercício de 2015 passaria de R$ 
1.390.000,00, para, em reais, de
a) 1.190.000,00.
b) 1.440.000,00.
c) 1.615.000,00.
d) 1.165.000,00.
e) 1.465.000,00.
14. (TRF 3 – Técnico Judiciário – Contabilidade 
– FCC – 2014)
Empresa Conceitual contratou e pagou, em 
31/07/2013, um seguro contra incêndio no 
valor de R$ 48.000,00. Esse seguro tem vi-
gência de 01/08/2013 a 31/07/2014.
Ao elaborar suas demonstrações contá-
beis, em 30/09/2013, a empresa Conceitual 
apresentou
a) despesas acumuladas com seguros no 
valor de R$ 48.000,00, na DRE.
b) despesas acumuladas com seguros no 
valor de R$ 8.000,00, na DRE.
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c) despesas acumuladas com seguros no 
valor de R$ 12.000,00, na DRE.
d) seguros pagos antecipadamente de R$ 
48.000,00, no Balanço Patrimonial.
e) seguros pagos antecipadamente de R$ 
44.000,00, no Balanço Patrimonial.
15. (CAGE RS – Auditor – Fundatec – 2014)
Uma indústria de alimentos pagou em 1º de 
dezembro de 2013 o valor de R$ 4.800,00 
pela contratação de prêmio de seguro 
dos veículos utilizados para entrega dos 
produtos vendidos, vigente de dezembro de 
2013 a novembro de 2014.
Em janeiro de 2014, o registro contábil 
correspondente ao gasto com seguros 
gerou um aumento de:
a) R$ 400,00 em Despesa.
b) R$ 400,00 em Custo de Produção.
c) R$ 4.400,00 em Despesa.
d) R$ 4.400,00 em Custo de Produção.
e) R$ 800,00 em Despesa.
16. (CADE – contador – Cespe – 2014)
Com relação a receitas e despesas e a seus 
reconhecimentos, julgue o item a seguir.
As despesas pagas antecipadamente, como 
aplicação de recursos em despesas do 
exercício seguinte, representam obrigações 
quitadas antes do vencimento, cujos fatos 
geradores já ocorreram.
( ) Certo   ( ) Errado
17. (SEFAZ RS – Auditor – Fundatec – 2014)
A Companhia Industrial Rio Tucuruí possui 
um maquinário avaliado em R$ 240.000,00 
e esse maquinário foi segurado em 1º de 
setembro de 2012. A companhia pagou 
um prêmio equivalente a 10% do valor de 
avaliação das máquinas, com vigência pelo 
prazo de um ano, a partir da assinatura do 
contrato. A partir desses dados, podemos 
concluir que o saldo da conta Seguros Pagos 
Antecipadamente, em 31/dez/2012, é de:
a) R$ 4.000,00.
b) R$ 8.000,00.
c) R$ 16.000,00.
d) R$ 80.000,00.
e) R$ 160.000,00.
18. (Compesa – Técnico em Contabilidade – 
FGV – 2014)
Durante o mês de dezembro de 2013, uma 
empresa realizou as seguintes transações:
Contratou e pagou o seguro dos caminhões 
que serão usados para transporte por dois 
anos, a partir de janeiro de 2014, no valor 
total de R$ 24.000,00.
Comprou material de escritório a ser uti-
lizado pelos seis meses seguintes por R$ 
600,00.
Fechou contrato para aluguel de um galpão 
que será utilizado nos negócios da empre-
sa por um semestre, a partir de fevereiro de 
2014, por R$ 1.200,00.
Considere que, até 01/12/2013, a empresa 
não possuía outras operações classificadas 
como despesas antecipadas.
Com base nas informações acima, o valor 
das despesas antecipadas no Ativo Circulan-
te da empresa, em 31/12/2013, é de
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 12.600,00.
c) R$ 13.200,00.
d) R$ 24.000,00.
e) R$ 25.200,00.
19. (TRE MS – Técnico Judiciário – Contabilida-
de – Cespe – 2013)
Considerando que, em 1/10/2012, deter-
minada empresa tenha alugado um gal-
pão pelo prazo de doze meses, mediante 
o pagamento à vista do valor total de R$ 
24.000,00, e que, ao longo de todo o ano de 
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2012, a citadaempresa não tenha alugado 
nenhum outro bem, é correto afirmar que a
a) despesa de aluguel do ano de 2012 foi 
de R$ 18.000,00.
b) despesa antecipada de aluguel, em 
31/12/2012, foi de R$ 18.000,00.
c) despesa antecipada de aluguel, em 
31/12/2012, foi de R$ 6.000,00.
d) despesa de aluguel do ano de 2012 foi 
de R$ 24.000,00.
e) despesa antecipada de aluguel, em 
31/12/2012, foi de R$ 24.000,00.
20. (ANP – Analista Administrativo – Cespe – 
2013)
O pagamento antecipado por um serviço a 
ser prestado por terceiros, no prazo máximo 
de um ano, não causa impacto imediato no 
resultado, devendo ser registrado a débito 
de uma conta do ativo circulante e a crédito 
de disponibilidades.
( ) Certo   ( ) Errado
Gabarito: 1. C 2. E 3. B 4. C 5. E 6. C 7. E 8. E 9. E 10. C 11. E 12. B 13. C 14. B 15. A 16. E 17. C 
18. A 19. B 20. C
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OPERAÇÕES COM DUPLICATAS
1. Introdução
A duplicata é um título de crédito, definido no art. 2º da Lei nº 5.474/68, exclusivo para 
utilização em operações de venda a prazo. Sua emissão não é obrigatória por parte do detentor 
do crédito, que é a empresa vendedora. Se ela decidir emitir, a duplicata poderá:
a) Permanecer em carteira;
b) Ser enviada para cobrança simples por uma instituição financeira; ou
c) Ser descontada em uma instituição financeira.
2. Cobrança em Carteira
Neste caso, a empresa mantém as duplicatas na tesouraria, aguardando o vencimento e o 
pagamento pelo cliente diretamente á empresa. A empresa cobra seus clientes sem utilizar os 
serviços de cobrança de terceiros.
Registro do recebimento da duplicata de R$ 10.000,00 em carteira
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)R$ 10.000,00 
C – Clientes/Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)               R$ 10.000,00
Registro do recebimento da duplicata de R$ 10.000,00 em carteira com juros de 10%
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 11.000,00
C – Clientes/Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)               R$ 10.000,00
C – Juros Ativos/Recebidos (Receita Financeira)                 R$ 1.000,00 
Registro do recebimento da duplicata de R$ 10.000,00 em carteira com desconto de 10%
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)                 R$ 9.000,00
D – Descontos Passivos/Concedidos (Despesa Financeira)             R$ 1.000,00 
C – Clientes/Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)               R$ 10.000,00
Módulo 02
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3. Cobrança Simples
A cobrança simples consiste na remessa das duplicatas da empresa a terceiros, que pode ou 
não ser uma instituição financeira, que fará a cobrança em seu nome. A propriedade do título 
não é transferida ao cobrador que, por sua vez não efetua qualquer adiantamento de valor a 
empresa. O prestador do serviço cobra uma remuneração pelo serviço que presta à empresa. A 
empresa emitente terá que contabilizar uma despesa bancária.
O custo da cobrança deve ser contabilizado quando efetivamente realizado o serviço. Algu-
mas instituições financeiras, porém, cobram esse valor no ato de envio das duplicatas.
Nesse caso, a empresa deve contabilizá-las como uma despesa paga antecipadamente, consti-
tuindo um direito a constar no Ativo Circulante.
Registro do recebimento da duplicata de R$ 10.000,00 em cobrança simples
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 10.000,00 
C – Clientes/Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)               R$ 10.000,00 
Registro do recebimento da duplicata de R$ 10.000,00 em cobrança simples com juros de 10%
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 11.000,00
C – Clientes/Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)               R$ 10.000,00
C – Juros Ativos/Recebidos (Receita Financeira)                 R$ 1.000,00 
Registro do recebimento da duplicata de R$ 10.000,00 em cobrança simples com desconto de 10%
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)                 R$ 9.000,00
D – Descontos Passivos/Concedidos (Despesa Financeira)             R$ 1.000,00 
C – Clientes/Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)               R$ 10.000,00
Registro da despesa de cobrança após o recebimento pelo banco
D – Despesas Bancárias (Despesa)
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 
Registro da despesa antecipada no ato do envio das duplicatas
D – Despesas Bancárias Antecipadas (Ativo Circulante)
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
D – Despesas Bancárias (Despesa)
C – Despesas Bancárias Antecipadas (Ativo Circulante)
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4. Desconto de Duplicatas
Consiste numa operação financeira pela qual o banco disponibiliza recursos às empresas, 
mediante entrega, por elas, de duplicatas a receber, descontando desde já, as despesas 
bancárias e os juros. O desconto de duplicatas é uma antecipação do valor.
O valor líquido recebido pela empresa será o valor de face do título menos as despesas 
bancárias e os juros pactuados na operação.
Não se trata de transferência de crédito ou cessão de crédito, pois a empresa emitente passa a 
ser responsável pelo pagamento do valor que lhe foi disponibilizado, caso haja inadimplência 
do devedor das duplicatas junto ao banco. Neste caso, o banco devolve as duplicatas para que 
a empresa execute a cobrança.
Por essa razão, o valor das duplicatas descontadas não deve ser considerado como duplicatas 
pagas, permanecendo o seu valor integral no ativo circulante.
Por ocasião do recebimento de duplicatas descontadas pelo banco, será dada baixa, tanto do 
valor das duplicatas quanto do valor das duplicatas descontadas.
Caso não haja o pagamento pelo cliente ao banco, há a devolução da duplicata pelo banco. Esse 
fato deve ser registrado, operando-se baixa nas duplicatas descontadas.
A conta DUPLICATAS DESCONTADAS, antes das alterações introduzidas na contabilidade 
pelas Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009 e Resoluções do CFC, quando a empresa efetuava 
o desconto de duplicatas em um estabelecimento bancário, as Duplicatas Descontadas eram 
registradas como redutora do ativo “Duplicatas a Receber”, sendo que as despesas bancárias 
e os juros a transcorrer entre a data do desconto e a data do vencimento das duplicatas que o 
banco descontava no ato da transação eram consideradas despesas antecipadas, classificados 
no Ativo Circulante.
Agora, a empresa deverá registrar as DUPLICATAS DESCONTADAS no PASSIVO CIRCULANTE, 
sendo que os encargos financeiros cobrados pelo banco serão classificados no Balanço como 
redução do passivo correspondente, na conta Encargos Financeiros a Transcorrer.
Está modificação, deixa cristalino, que leva em conta a essência econômica da transação, pois, 
considerando-se que a empresa realiza tal operação, incorrendo em encargos financeiros, para 
financiar seu capital de giro, a transação configura-se numa operação de financiamento onde as 
duplicatas acabam funcionando, de fato, como garantia, devendo ser classificada como tal, no 
passivo. Adicionalmente, visto que as condições dessa operação definem a responsabilidade da 
empresa que descontou suas duplicatas pelo respectivo pagamento ao banco, caso seu cliente 
não o faça, ela, a empresa, tem coobrigação na transação efetuada.
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Registro no desconto das duplicatas e recebimento dos valores
D – Bancos (Ativo Circulante)
D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Conta redutora do Passivo Circulante)
C – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
Registro da liquidação da duplicata pelo cliente e apropriação do respectivo encargo
D – Despesas Financeiras (Despesa)
C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Conta redutora do Passivo Circulante)
D – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
C – Clientes ou Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)
Registro da operação quando não há o pagamento pelo clienteao banco no dia do 
vencimento. O Banco cobrará a dívida da empresa que então registrará a baixa do passivo e a 
apropriação dos respectivos encargos financeiros.
D – Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante)
C – Bancos (Ativo Circulante)
D – Despesas Financeiras (Despesa)
C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Conta redutora do Passivo Circulante)
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Questões
5. Questões
(MS – Técnico em Contabilidade – CESPE – 
2009)
Considerando que determinada empresa 
desconte cinco duplicatas de sua emissão, no 
valor nominal total de R$ 10.000,00, pagando 
antecipadamente ao banco juros no valor de 
R$ 300,00, e comissões e taxas no valor de 
R$ 200,00, julgue os seguintes itens.
1. A conta banco conta movimento será 
debitada em R$ 10.000,00, referente ao 
valor de face das duplicatas encaminhadas 
para desconto.
( ) Certo   ( ) Errado
2. A conta duplicatas descontadas figurará 
no ativo circulante do balanço patrimonial 
como redutora da conta duplicatas a 
receber.
( ) Certo   ( ) Errado
(MPU – Analista de Perícia – Contabilidade 
– CESPE – 2013)
Com relação a fatos contábeis e às suas 
variações patrimoniais, julgue os próximos 
itens.
3. Uma empresa que recorra a uma instituição 
financeira para realizar uma operação de 
descontos de duplicatas deverá reconhecer, 
no ato da contratação da operação, uma 
despesa financeira, cujo valor será igual à 
diferença entre o valor das duplicatas des-
contadas e o valor liberado como emprésti-
mo pela instituição financeira.
( ) Certo   ( ) Errado
4. A amortização de dívida com desconto é 
evento que provoca os seguintes impactos 
no patrimônio da entidade que efetuou o 
pagamento: crédito em conta de disponi-
bilidades, débito em conta de passivo e dé-
bito em conta de resultado pelo reconheci-
mento de despesa financeira.
( ) Certo   ( ) Errado
5. (SUFRAMA – Técnico em Contabilidade – 
CESPE – 2013)
No que se refere às noções básicas de 
contabilidade, julgue o item abaixo.
O fato contábil consistente no desconto de du-
plicatas junto a um banco resulta em redução 
da situação patrimonial líquida da empresa.
( ) Certo   ( ) Errado
Comentários da questão 5.
Pessoal, a banca considerou erronea-
mente este item como certo. No mo-
mento do desconto de duplicatas, não 
há alteração da situação líquida patri-
monial, conforme lançamento abaixo:
D – Bancos Conta Movimento (Ativo 
Circulante)D – Encargos Financeiros a 
Transcorrer (Retificadora do Passivo)C 
– Duplicatas Descontadas (Passivo)
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6. (SUFRAMA – Técnico em Contabilidade – 
CESPE – 2013)
Julgue o item abaixo, relativos à contabiliza-
ção de operações contábeis diversas.
O desconto de uma duplicata em banco, 
além de gerar um débito em caixa ou equi-
valentes de caixa e um crédito em duplicatas 
descontadas, gera um débito em despesas 
do período na demonstração do resultado 
do exercício (DRE) relativo aos juros pagos 
na data da liberação do crédito.
7. (SEGEP – MA – Técnico da Receita estadual 
– FCC – 2016)
A empresa Estelar S.A. efetuou um desconto 
de duplicatas com as seguintes condições:
− Valor das Duplicatas Descontadas: R$ 
500.000,00.
−Taxa de juros simples contratada: 3,0% 
a.m.
− Custo Efetivo da Operação Financeira: 
4,0% a.m.
− Prazo de Vencimento: 60 dias.
− Data da Operação: 01/08/2016.
− Custos de transação incorridos e pagos no 
momento da contratação: R$ 7.721,89.
Com base nessas informações, em agosto 
de 2016, a despesa financeira reconhecida 
na Demonstração do Resultado da Estelar 
S.A. referente a este Desconto de Duplicatas 
foi, em reais, de
a) 37.721,89.
b) 7.721,89.
c) 22.721.89.
d) 19.691,12.
e) 18.491,12.
8. (CFO – DF - Técnico em Contabilidade - 
Quadrix - 2017) 
A respeito de escrituração e contabilização 
de operações contábeis, julgue o item.
Na operação de desconto de título de 
crédito, quando o aceitante não pagar 
o título descontado, a empresa que se 
beneficiou do desconto deverá efetuar um 
lançamento do tipo
D – Clientes
C – Bancos – C/Movimento.
( ) Certo   ( ) Errado
9. (UFU – MG – Contador – UUF – MG – 2017)
Para uma entidade que mantém todas as 
duplicatas de sua emissão em determinado 
Banco, descontadas ou em cobrança, quan-
do é que seu cliente é creditado?
a) Quando o cliente paga a duplicata e é 
avisado pelo banco.
b) Quando do envio da duplicata para co-
brança.
c) Quando do envio da duplicata para des-
conto.
d) Quando o banco debita na conta do 
cliente o valor não pago por ele.
10. (CGE – PI – Auditor Governamental – Cespe 
– 2015)
Julgue o item subsequente , relativo à se-
guinte conta : caixa; reservas de lucros; 
fornecedores; aplicações financeiras; du-
plicatas a receber; encargos financeiros a 
transcorrer; duplicatas descontadas; imobi-
lizado; capital social; estoques; impostos e 
contribuições a recolher; empréstimos e fi-
nanciamentos; receitas financeiras a trans-
correr.
A conta “duplicatas descontadas” represen-
ta uma aplicação de recursos.
( ) Certo   ( ) Errado
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11. (UFBA – Técnico em Contabilidade – UFBA 
– 2014)
De acordo com as normas contábeis vigen-
tes no Brasil, a conta em que é evidenciado 
o montante de duplicatas descontadas não 
deve ser apresentada como uma conta re-
tificadora do ativo, mas, sim, em conjunto 
com os demais passivos da entidade contá-
bil.
( ) Certo   ( ) Errado
12. (SRFB – AFRFB – Prova 02 – ESAF – 2014)
A Cia. XYZ, em 01/03/2012, apresenta ao 
Banco Valioso o fluxo de duplicatas a seguir:
Na ocasião, contrata uma operação de des-
conto a uma taxa mensal de 8% ao mês (ju-
ros simples) além de taxas administrativas 
de R$5.000 cobradas pela instituição fnan-
ciadora.
De acordo com as normas contábeis atuali-
zadas, os juros cobrados sobre a operação 
de desconto devem ser:
a) lançados como despesa financeira após 
o recebimento do último título descon-
tado.
b) contabilizados pelo montante total dos 
juros descontados como despesas no 
momento inicial da operação.
c) registrados como despesas financeiras 
no momento da quitação de cada um 
dos títulos descontados.
d) registrados como despesa financeira 
em três parcelas iguais através de rateio 
do total por 90 dias.
e) transferidos para o resultado como des-
pesa financeira de acordo com o regime 
de competência.
13. (TRE – ES – Técnico em Contabilidade – Ces-
pe – 2011)
Considerando que a conciliação bancária 
confronta o razão banco, que mantém os 
registros contábeis da empresa, e o extrato 
bancário, que evidencia os registros contá-
beis da instituição bancária, julgue o próxi-
mo item. Um aviso da instituição bancária 
referente à liquidação de duplicata descon-
tada, contabilizada pela empresa a débito 
do razão banco, gera uma divergência na 
conciliação bancária entre o razão banco e o 
extrato bancário.
( ) Certo   ( ) Errado
14. (MS – Técnico em Contabilidade – Cespe – 
2010)
Considerando que determinada empresa 
desconte cinco duplicatas de sua emissão, 
no valor nominal total de R$ 10.000,00, pa-
gando antecipadamente ao banco juros no 
valor de R$ 300,00, e comissões e taxas no 
valor de R$ 200,00, julgue o seguinte item.
A conta banco conta movimento será debi-
tada em R$ 10.000,00, referente ao valor de 
face das duplicatas encaminhadas para des-
conto.
( ) Certo   ( ) Errado
15. (SEFAZ – SP – AFTM – FCC – 2007)
A devolução pelo banco de uma duplicata 
descontada, cujo pagamento não foi honra-
do pelo devedor, deve ser contabilizada na 
escrituração da empresa emitente a débito 
da conta
a) Bancos Conta Movimento.
b) Duplicatas a Receber.
c) Duplicatas a Pagar.
d) Duplicatas Descontadas.
e) Perdas de Créditos.
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16. (PF – Perito Criminal – Contábeis – Cespe – 
2004)
De acordo com as normas do ConselhoFede-
ral de Contabilidade e da Comissão de Valo-
res Mobiliários (CVM), a Lei n.º 6.404/1976 
e a legislação complementar, bem como 
adoutrina contábil, julgue os itens seguin-
tes. A empresa que desconta duplicatas é 
responsável pelo pagamento das mesmas ao 
banco, caso seu cliente não liquidar as suas 
duplicatas na data do vencimento. Assim, o 
total das duplicatas descontadas deve ser 
evidenciado no balanço com a dedução, no 
ativo circulante, de duplicatas a receber.
( ) Certo   ( ) Errado
17. (CVM – Analista de Mercado de Capitais – 
ESAF – 2010)
O Banco do Brasil emitiu aviso de débito co-
municando à empresa Fermônio S/A a qui-
tação de uma de suas duplicatas da Carteira 
de Desconto, no valor de R$ 2.000,00. Ao re-
ceber tal aviso, a empresa tomadora do em-
préstimo contabilizou o evento, lançando:
a) débito em Duplicatas Descontadas e 
crédito em Bancos conta Movimento.
b) débito em Duplicatas a Receber e 
crédito em Duplicatas Descontadas.
c) débito em Bancos conta Movimento e 
crédito em Duplicatas Descontadas.
d) débito em Bancos conta Movimento e 
crédito em Duplicatas a Receber.
e) débito em Duplicatas Descontadas e 
crédito em Duplicatas a Receber
18. (TRE ES – Técnico Judiciário – Contabilidade 
– CESPE – 2011)
No item, é apresentada uma situação hipo-
tética, seguida de uma assertiva a ser julga-
da acerca de escrituração e análise e conci-
liações contábeis.
Um cliente liquidou antecipadamente uma 
duplicata em cobrança simples, valendo-se 
de um desconto financeiro. Nessa situação, 
a empresa comercial deverá realizar lança-
mento contábil com crédito na conta dupli-
cata descontada, débitos nas contas dispo-
níveis e desconto financeiro.
( ) Certo   ( ) Errado
Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. E 8. E 9. A 10. E 11. C 12. E 13. C 14. E 15. D 16. E 17. E  
18. E 
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APLICAÇÕES FINANCEIRAS
1. Introdução
As aplicações financeiras visam rentabilizar as disponibilidades em dinheiro e têm o objetivo 
de complementar o capital próprio para financiar as operações comerciais ou viabilizar investi-
mento.
As aplicações financeiras podem ser feitas utilizando-se diversos tipos de instrumentos finan-
ceiros.
No que diz respeito ao rendimento (juros) dos instrumentos financeiros eles podem ser pactu-
ados de maneira prefixada ou pós-fixada.
Nas prefixadas no ato da operação, o contratante da aplicação já define com a instituição finan-
ceira os juros que vai ganhar.
Nas operações pós-fixadas, os juros ganhos só serão conhecidos no final da operação.
2. Definições
As principais definições pertinentes ao tema constam do Pronunciamento Técnico CPC nº 39, e 
estão apresentadas a seguir:
Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para a entida-
de e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade.
Ativo financeiro é qualquer ativo que seja:
a) caixa;
(b) instrumento patrimonial de outra entidade;
(c) direito contratual:
I – de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou
Módulo 03
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II – de troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições 
potencialmente favoráveis para a entidade;
d) um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais da própria 
entidade.
→ Caixa é dinheiro disponível. 
→Instrumento patrimonial de outra entidade são quotas de capital ou ações de outras empre-
sas.
→Direitos contratuais podem ser: duplicatas a receber, notas promissórias, diversos tipos de 
contas a receber, etc.
→Exemplo de contrato que possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais próprios da 
entidade são os adiantamentos feitos pelos sócios para futuros aumentos de capital.
Valor justo é o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, en-
tre partes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, em uma transação em que 
não há favorecidos.
3. Tipos de Aplicações
Os principais tipos de aplicação disponíveis no mercado financeiro brasileiro se subdividem em 
três grupos: aplicações em renda fixa de títulos privados (CDB e RDB) aplicações de renda fixa 
em títulos públicos (LTN, LFT e NTN) e aplicações de renda variável (ações ou fundo de ações e 
derivativos).
3.1. Aplicações com Rendimentos Prefixado
Essa aplicação tem como características:
a) O investidor conhece, no dia da aplicação, o valor dos rendimentos;
b) Os rendimentos podem ser correção monetária e juros;
c) Sobre a correção monetária será calculado IR (arts. 373 e 374 – RIR);
d) Sobre os juros será calculado IR; e
e) A cada mês, ou no dia 31/12, deverão ser apropriados os rendimentos do período.
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A empresa “XYZ” S/A realizou uma aplicação no dia 30 de outubro de 2017 no valor de R$ 
100.000,00, com rendimento prefixado no valor de R$ 10.000,00e retenção de IR de R$ 
1.000,00. O prazo da aplicação é de 4 meses. 
Registro da aplicação no dia 30/10/2017
D – Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)                 R$ 110.000,00
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 100.000,00
C – Receita Financeira a transcorrer/a apropriar (Ativo Circulante)         R$ 10.000,00
Registro da apropriação dos rendimentos em 30/11/2017
D – Receita Financeira a transcorrer/a apropriar (Ativo Circulante)         R$ 2.5000,00
C – Receita Financeira/Juros Ativos (Receita)                  R$ 2.5000,00
Registro da apropriação dos rendimentos em 31/12/2017
D – Receita Financeira a transcorrer/a apropriar (Ativo Circulante)          R$ 2.500,00
C – Receita Financeira/Juros Ativos (Receita)                  R$ 2.500,00
Registro da apropriação dos rendimentos em 31/01/2018
D – Receita Financeira a transcorrer/a apropriar (Ativo Circulante)          R$ 2.500,00
C – Receita Financeira/Juros Ativos (Receita)                  R$ 2.500,00
Registro do resgate no dia 28/02/2018
D – Receita Financeira a transcorrer/a apropriar (Ativo Circulante)          R$ 2.500,00
C – Receita Financeira/Juros Ativos (Receita)                  R$ 2.500,00
D – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 109.000,00
D – IR a Compensar (Ativo Circulante)                     R$ 1.000,00
C – Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)                 R$ 110.000,00
3.2. Aplicações com Rendimentos Pós-Fixado
São aquelas em que o investidor só saberá o rendimento financeiro no dia do resgate. O aplica-
dor autoriza a saída do dinheiro da conta bancária, combina o indexador da correção monetária 
e a taxa de juros, mas os rendimentos somente serão calculados no dia do resgate.
A empresa “XYZ” S/A realizou uma aplicação financeira em CDB no dia 01 de dezembro 
de 2017 no valor de R$ 100.000,00, com correção pós-fixada e juros de 24% ao ano no 
Banco “ALFA”, para resgate em 31/03/2018. O exercício social da empresa tem duração de 
1 ano e coincide com o ano calendário. A inflação em dezembro de 2017 foi de 3%.
Registro da aplicação no dia 01/12/2017
D – Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)                 R$ 100.000,00
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 100.000,00
Registro da apropriação dos rendimentos no dia 31/12/2017
D – Aplicações Financeiras (Ativo Circulante)                  R$ 5.060,00
C – Variações Monetárias Ativos (Receita)                   R$ 3.000,00
C – Juros Ativos (Receita)                          R$ 2.060,00
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!! SE LIGA !!
Essa forma de contabilização, com o uso da conta retificadora “Juros a Transcorrer” é 
aplicada também no caso de empréstimos ou financiamentos com juros pré-fixados.
Por que juros ativos a transcorrer, a vencer ou a receber não é conta de resultado?
O que é receita é XX ativo.
XX ativo a vencer nãoé receita.
XX ativo a receber não é receita
XX ativo qualquer outra coisa" não é receita.
O que é receita é XX ativo (sem mais nada depois de ativo).
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EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
1. Introdução
Tais contas registram as obrigações da empresa junto a instituições financeiras do País e do 
Exterior, cujos recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de giro para 
ser aplicado na empresa.
São operações financeiras que representam um Passivo Exigível para a empresa. Podem ser 
feitos para pagamento a curto prazo ou a longo prazo.
Como regra geral, os empréstimos e financiamentos são suportados por contratos que esta-
belecem o seu valor, forma e época de liberação, encargos incidentes, forma de pagamento, 
garantias além de outras cláusulas contratuais.
Os empréstimos distinguem-se dos financiamentos pelo fato de que estes representam um 
crédito vinculado à aquisição de determinado bem, podendo ter a intervenção de instituição 
financeira ou diretamente com o fornecedor do bem.
Por outro lado, os empréstimos são concessões de crédito em espécie, sem vinculação específi-
ca, muito embora conste do contrato a finalidade do mesmo.
O Passivo deve ser contabilizado quando do recebimento dos recursos pela empresa que, na 
maioria das vezes, coincide com a data do contrato. 
No caso dos contratos com liberação do total em diversas parcelas, o registro do passivo corres-
pondente deve ser feito à medida do recebimento das parcelas, ou seja, não se deve reconhe-
cer um passivo cuja contrapartida ainda não se tenha recebido.
No Balanço Patrimonial, os Empréstimos e Financiamentos são compostos pelas seguintes contas:
Passivo Circulante
Empréstimos e Financiamentos de curto prazo
( – ) Custos a amortizar de curto prazo
( – ) Encargos financeiros a transcorrer de curto prazo
Juros a pagar de Empréstimos e Financiamentos de curto prazo
Passivo Não Circulante
Empréstimos e Financiamentos de longo prazo
( – ) Custos a amortizar de longo prazo
( – ) Encargos financeiros a transcorrer de longo prazo
Juros a pagar de Empréstimos e Financiamentos de longo prazo
Módulo 04
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2. Empréstimos e Financiamentos Prefixados
São operações em que o devedor já sabe a despesa que terá que pagar ao credor. 
Nas operações de empréstimos e financiamentos com encargos financeiros prefixados, a em-
presa recebe no momento da operação o valor líquido do empréstimo, isto é, o montante do 
empréstimo no vencimento deduzido dos encargos financeiros referentes ao período de vigên-
cia do empréstimo. No Balanço Patrimonial, os encargos financeiros referentes ao período de 
vigência do empréstimo são registrados na conta encargos financeiros a transcorrer (ou juros 
passivos a transcorrer) que é uma conta de natureza devedora, classificada no Passivo, e que 
será apropriada para o resultado (despesa financeira) à medida que o tempo transcorrer.
A empresa “XYZ” S/A, cujo exercício social coincide com o ano calendário, contratou um 
empréstimo em 01/10/2017 no valor de R$ 100.000,00, que deverá ser pago em 30 dias, 
com juros no período de 8% e correção monetária de 2%.
Registro da contratação no dia 01/10/2017
D – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                 R$ 90.000,00
D – Correção Monetária a Transcorrer (Passivo Circulante – Redutora)          R$ 2.000,00
D – Juros a Transcorrer (Passivo Circulante – Redutora)              R$ 8.000,00
C – Nota Promissória a Pagar (Passivo Circulante)               R$ 100.000,00
Registro da liquidação do contrato no dia do vencimento
D – Nota Promissória a Pagar (Passivo Circulante)               R$ 100.000,00
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 100.000,00
D – Correção Monetária Passiva (Despesa)                   R$ 8.000,00
D – Juros Passivos (Despesa)                        R$ 2.000,00
C – Correção Monetária a Transcorrer (Passivo Circulante – Redutora)        R$ 2.000,00
C – Juros a Transcorrer (Passivo Circulante – Redutora)              R$ 8.000,00
Os juros a transcorrer ou encargos financeiros a transcorrer é uma conta de natureza devedora 
que tem origem nas operações de empréstimos e financiamentos com a cobrança antecipada 
de juros passivos, é uma conta retificadora do Passivo, que será apropriada ao resultado à me-
dida que o tempo transcorrer.
Os juros transcorridos correspondem a parcela dos juros a transcorrer que foram apropriados 
ao resultado proporcional ao tempo transcorrido.
3. Empréstimos e Financiamentos Pós-Fixados
Nesse tipo de operação, o contratante assina uma nota promissória do mesmo valor que rece-
berá em sua conta bancária como empréstimo. 
Nas operações de empréstimos e financiamentos com encargos financeiros pós-fixados, a em-
presa recebe no momento da operação o valor integral do empréstimo, isto é, o montante do 
empréstimo sem a dedução dos encargos financeiros referentes ao período de vigência do em-
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préstimo. Os juros pós-fixados incidentes sobre os empréstimos e financiamentos são contabi-
lizados pelo regime de competência, isto é, em função do tempo transcorrido.
A empresa “XYZ” S/A, cujo exercício social coincide com o ano calendário, contratou um 
empréstimo pós-fixado em 31/12/2014 no valor de R$ 100.000,00, a uma taxa de juros 
composta pós-fixada em 10% a.a., que deverá ser pago em 31/12/2016
Registro da contratação no dia 31/12/2014
D – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 100.000,00
C – Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante)                 R$ 100.000,00
Registro dos juros em 31/12/2015
D – Despesas Financeiras (Despesa)                     R$ 10.000,00
C – Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante)                  R$ 10.000,00
Registro dos juros em 31/12/2016
D – Despesas Financeiras (Despesa)                     R$ 11.000,00
C – Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante)                  R$ 11.000,00
Registro da liquidação em 31/12/201
D – Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante)                 R$ 121.000,00
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)                R$ 121.000,00
4. Tratamento dos Encargos em Empréstimos e Financiamentos para 
Construção de Ativos Qualificáveis
A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição, 
à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo (CPC 20).
Será considerado ativo qualificável, aquele que for adquirido ou constituído para suprir uma 
necessidade da empresa, e sua maturação demandará longo período.
Podem ser considerados ativos qualificáveis:
a) Estoques;
b) Plantas Industriais de manufatura;
c) Usinas de geração de Energia;
d) Ativos Intangíveis; e
e) Propriedade para Investimento.
Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no caso de ati-
vos qualificáveis. Se, por exemplo, está sendo construído uma planta industrial, que necessi-
ta de recursos de financiamento para a sua fabricação, tendo juros embutidos no valor de R$ 
150.000,00.
D – Ativos em construção – encargos financeiros (AÑC – Imobilizado) 150.000,00
C – Financiamentos a pagar (PC ou PÑC) 150.000,00
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5. Variações Monetárias e Cambiais
A variação monetária, espécie de atualização monetária do dinheiro no tempo, não deve ser 
tratada como encargo financeiro. Enquanto dissemos que os encargos financeiros são com-
postos pelos juros e demais despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação de re-
cursos, a variação monetária se trata, tão-somente, de atualização da dívida, caso essa condi-
ção tenha sido acordada.
Os empréstimos e financiamentos contratados em moeda corrente nacional podem ser corri-
gidos monetariamente com base nos índices previstos nos contratos.Já com relação aos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira, consoante o art. 184, 
II, da Lei nº 6.404/76, as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, 
serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.
Ou seja, do resultado dessa conversão de moeda estrangeira para a moeda nacional, temos o 
surgimento das variações cambiais que podem passivas ou ativas.
A variação cambial passiva surge quando a moeda nacional desvaloriza-se em relação à moeda 
estrangeira e essa variação é tratada como despesa financeira (variação cambial passiva).
A variação cambial ativa ocorre quando a moeda nacional valoriza-se em relação à moeda es-
trangeira e essa variação é tratada como receita financeira (variação cambial ativa).
Empréstimos e 
financiamentos em moeda 
estrangeira
Variação Cambial Registro Contábil
A moeda nacional desvaloriza-
-se em relação a moeda estran-
geira
Variação Cambial
Passiva
D – Variação Cambial Passiva (Despesa)
C – Empréstimos e Financiamentos a 
Pagar (PC ou PÑC) 
A moeda nacional valoriza-se 
em relação a moeda estrangeira
Varia Cambial 
Ativa
D – Empréstimos e Financiamentos a 
Pagar (PC ou PÑC) 
C – Variação Cambial Ativa (Receita)
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Questões
6. Questões
1. (TCE RO – ACE – CESPE – 2013)
Julgue o item a seguir, referente à avaliação 
de itens patrimoniais.Considere que, em 
novembro de 2012, determinada empresa 
tenha comprado mercadoria do exterior 
pelo valor de 50.000 euros, com a paridade 
da moeda de €1,00 = R$ 3,00. Considere, 
ainda, que, no final do exercício, essa 
mercadoria continue em estoque e que 
a cotação do euro tenha sido igual a R$ 
2,80. Nessa situação, é correto afirmar 
que, no final do exercício, período em 
que foi realizado um lançamento para 
registrar o efeito da variação cambial, o 
balanço patrimonial evidenciou o estoque 
da referida mercadoria no valor de R$ 
140.000,00.
( ) Certo   ( ) Errado
Gabarito: 1. E
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PROVISÕES ATIVAS E PASSIVAS
1. Introdução
Representam encargos e riscos, conhecidos e calculáveis, mesmo que por estimativa, com seu 
reconhecimento intimamente relacionado com o regime de competência dos exercícios.
Relacionadas ao regime de competência de exercícios;
→ Seu registro contábil independe da ocorrência ou não do desembolso de caixa;
→ Quando relacionadas a bens e direitos, representam a redução do ativo; e
→ Quando relacionadas ao reconhecimento da despesa, representam um aumento do passivo.
→ Provocam, obrigatoriamente, a redução do resultado e consequentemente do patrimônio 
líquido das entidades
→ Figurarão logo após suas devidas contas de origem
→ Entre as provisões relacionadas ao reconhecimento de perdas prováveis de direitos a receber 
ou desgaste de bens, destacam-se:
 • Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
 • Provisão para Perdas em Estoque
 • Provisão para Desvalorização de Estoque
 • Provisão para Perdas em Investimentos Permanentes
2. Provisões Ativas e Passivas
O tratamento das Provisões, Passivos e Ativos Contingentes é realizado, de forma geral, pelo 
Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer que sejam aplicados critérios de reco-
nhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes 
e que seja divulgada informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários 
entendam a sua natureza, oportunidade e valor.
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Contudo, caso exista outro Pronunciamento Técnico que trate de algum tipo específico de pro-
visão, o CPC 25 estabelece que deverá ser aplicado o pronunciamento específico em vez da 
regra geral contida no CPC 25 (item 5 do CPC 25). 
De acordo com os pronunciamentos, só existem provisões do passivo.
Para as bancas, as provisões podem ser retificadoras do ativo ou aumentativas do passivo. 
Provisões são estimativas realizadas em relação a valores que provavelmente serão perdidos 
no futuro, porém, há incertezas em relação ao montante ou a data em que a perda se efetivará. 
Logo, trata-se de um passivo de prazo ou valor incerto. 
O CPC 25 – Provisões, Ativos Contingentes e Passivos Contingentes – não se aplica às provisões 
utilizadas para ajustes de valor contábil do ativo (item 7, CPC 25). Em alguns países, a deprecia-
ção, os créditos de liquidação duvidosa (as perdas prováveis com direitos a receber) e as perdas 
estimadas com estoques, entre outras, são tratadas como provisões, mas tais ajustes não estão 
no âmbito do presente CPC 25. 
Assim, em virtude da incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para 
a sua liquidação, as provisões podem ser distintas de outros passivos tais como contas a pagar 
e passivos derivados de apropriações por competência. Portanto:
a) as contas a pagar são passivos a pagar por conta de bens ou serviços fornecidos ou recebi-
dos e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e
b) os passivos derivados de apropriações por competência são passivos a pagar por bens ou 
serviços fornecidos ou recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formal-
mente acordados com o fornecedor, incluindo valores devidos a empregados (por exem-
plo, valores relacionados com pagamento de férias). Embora algumas vezes seja necessá-
rio estimar o valor ou prazo desses passivos, a incerteza é geralmente muito menor do que 
nas provisões.
Os passivos derivados de apropriação por competência são frequentemente divulgados como 
parte das contas a pagar, enquanto as provisões são divulgadas separadamente.
Por exemplo, as despesas de férias e 13º salário não deveriam ser reconhecidas como provi-
sionamento, pois registra uma obrigação de valor e existência certos. Assim, devemos chamar 
as apropriações pelo regime de competência de Férias a Pagar, por exemplo, e não de Provisão 
para Férias.
Como exemplo de provisão do passivo, temos a provisão para indenizações trabalhistas; e do 
ativo, a provisão para devedores duvidosos.
3. Provisão, Ativos e Passivos Contingentes
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos 
Contingentes:
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.
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Passivo contingente é: (a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja exis-
tência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos 
não totalmente sob controle da entidade; ou (b) uma obrigação presente que resulta de even-
tos passados, mas que não é reconhecida porque: (i) não é provável que uma saída de recursos 
que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou (ii) o valor da 
obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será 
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não total-
mente sob controle da entidade.
Provisão Deve, necessariamente, ser reconhecida no patrimônio por meio de um lançamento.
Ativos e Passivos Contingentes
Não devem ser reconhecidos por meio de lançamento, mas 
apenas evidenciados em notas explicativas, se os critérios para 
divulgação do CPC 25 forem satisfeitos.
Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu prazo 
ou valor. Porém, neste Pronunciamento Técnico o termo “contingente” é usado para passivos 
e ativos que não sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela 
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da 
entidade.Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado para passivos que não satisfa-
çam os critérios de reconhecimento.
Este Pronunciamento Técnico distingue entre: 
a) provisões – que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma 
estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos 
que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação; e
b) passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: 
I – obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma 
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos, ou 
II – obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronuncia-
mento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incor-
porem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa 
suficientemente confiável do valor da obrigação). 
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4. Reconhecimento da Provisão
Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de 
evento passado; 
b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econô-
micos para liquidar a obrigação; e 
c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Se essas condições não fo-
rem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Uma obrigação legal é aquela decorrente de contrato, legislação, ou outra ação de lei.
Uma obrigação não formalizada, por sua vez, decorre de ações passadas da entidade, seja via 
padrão estabelecido no passado, políticas publicadas ou declaração atual suficientemente es-
pecífica, que a comprometam com outras partes, ainda que de forma não formalizada. Logo, se 
a entidade cria a expectativa válida com outras partes de que cumprirá alguma responsabilida-
de, ela assume uma obrigação não formalizada. Não se pode considerar obrigações aquelas a 
surgirem em fatos geradores futuros, nem aquelas que dependam de eventos futuros para se 
materializarem.
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5. Provisões do Passivo
As despesas abaixo não deveriam ser reconhecidas como provisionamento, pois registra uma 
obrigação de valor e existência certos, porém, as bancas continuam a tratá-las como provisões.
Resultado Passivo – Circulante ou Não Circulante
Despesa com IR Provisão para Imposto de Renda (IR)
Despesa com CSLL Provisão p/ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Despesa de férias Provisão para férias
Despesa 13º salário Provisão para 13º salário
6. Provisões do Ativo
Resultado Ativo – Circulante ou Não Circulante
Despesa com ajuste do
valor do estoque Provisão para ajuste ao valor de mercado
Despesa com devedores duvidosos Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD)
Despesa com perdas de investimentos Provisão para perdas em investimentos
!! ATENÇÃO !!
As despesas acima não deveriam ser reconhecidas como provisionamento, pois, de acordo com o 
CPC 25, provisão é um passivo de prazo ou valor incertos.
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Questões
7. Exercícios
1. (TRT 7 – Analista Judiciário – Contabilidade 
– CESPE – 2017)
Uma companhia enfrenta quatro processos 
judiciais que, se perdidos, gerarão obriga-
ções de pagamento. Para estipular a soma 
a ser resguardada para garantir o cumpri-
mento dessas obrigações legais no caso de 
perda judicial, a companhia cotejou os va-
lores das ações com suas chances de perda, 
conforme mostra a tabela a seguir. 
Considerando-se essa situação hipotética 
e as normas contábeis vigentes relativas a 
provisões, passivos contingentes e ativos 
contingentes, é correto afirmar que a em-
presa deverá provisionar o montante de
a) R$ 450.000.
b) R$ 650.000.
c) R$ 100.000.
d) R$ 800.000.
2. (TRT – PR – Analista Judiciário – Contabili-
dade – FCC – 2017)
O Balanço Patrimonial da empresa Gran-
des Riscos S.A. publicado em 31/12/2015 
evidenciava o saldo de R$ 1.120.000,00 na 
conta passiva de provisões, que era com-
posta por dois grupos de processos: 
A empresa reavaliou a situação destes pro-
cessos no final de 2016 e identificou dois 
novos processos judiciais surgidos neste 
ano. As informações sobre os diversos pro-
cessos, em 31/12/2016, são as seguintes: 
O efeito líquido causado na Demonstração 
do Resultado da empresa Grandes Riscos 
S.A., no ano de 2016, relacionado às provi-
sões necessárias foi, em reais, 
a) 640.000,00, positivos.
b) 1.080.000,00, negativos.
c) 480.000,00, negativos. 
d) zero.
e) 800.000,00, positivos.
3. (Pref. De Salvador – Técnico de Nível 
Superior II – Contábeis – FGV2017)
Assinale a opção que indica a diferença en-
tre Reserva para Contingências (RC) e Provi-
são para Riscos Fiscais e outras contingên-
cias (PRF). 
a) (RC) representa uma expectativa de 
perdas ainda não incorridas; (PRF) des-
tina-se a dar cobertura a fatos já incorri-
dos.
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b) (RC) é uma conta do passivo; (PRF) é 
uma conta do patrimônio líquido.
c) (RC) é formada com a finalidade de re-
conhecer uma perda julgada possível; 
(PRF) é formada com a finalidade de re-
conhecer uma perda julgada provável. 
d) (RC) utiliza valores que não podem ser 
estimados; (PRF) utiliza valores que po-
dem ser estimados.
e) (RC) representa mecanismo usual da 
empresa; (PRF) não é constituída com 
frequência.
4. (TRE – BA – Analista Judiciário – 
Contabilidade – CESPE – 2017)
Provavelmente em decorrência da inges-
tão de alimentos contaminados servidos 
em uma festa de casamento em 2015 pela 
empresa contratada para realizar o evento, 
cinco pessoas faleceram. Procedimentos le-
gais foram instaurados pelos familiares dos 
falecidos para exigir indenização da entida-
de promotora da festa, que decidiu encarar 
a disputa judicialmente. Por ocasião da ela-
boração das demonstrações contábeis do 
exercício encerrado em 31 de dezembro de 
2015, os advogados da empresa avaliaram 
ser provável que a decisão da justiça fosse 
desfavorável à empresa. Com base na juris-
prudência, os advogados puderam estimar 
o valor a ser desembolsado pela empresa 
em caso de sentença desfavorável.
Nessa situação hipotética, conforme o pre-
visto pelo CPC, recomenda-se para a em-
presa, como procedimento contábil,
a) o reconhecimento de provisão ativa com 
base na melhor estimativa do valor que 
será exigido para liquidar a obrigação.
b) o reconhecimento de provisão passiva 
com base na melhor estimativa do valor 
que será exigido para liquidar a obrigação. 
c) a divulgação de passivo contingente em 
notas explicativas.
d) a não divulgação do fato em notas ex-
plicativas e o não reconhecimento do 
registro do evento em contas patrimo-
niais.
e) o reconhecimento de passivo contin-
gente com base na melhor estimativa 
do valor que será exigido para liquidar a 
obrigação.
5. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regula-
ção de Transportes – Técnico em Contabili-
dade – Administração – FCC – 2017)
A companhia Nordestina S.A. possuía al-
guns processos judiciais, em andamento, 
cujas informações são dadas abaixo: 
Com base nestas informações, o valor que 
a companhia Nordestina S.A. evidenciou no 
Passivo como Provisão, em 31/12/2016, foi, 
em reais, 
a) 133.000,00.
b) 65.000,00. 
c) 124.000,00. 
d) 90.000,00.
e) 99.000,00. 
Provável = Contabiliza e divulga nas NP
Possível = Não contabiliza mas divulga nas NP
Remota = Não contabiliza e não divulga nas 
NPAssim, temos:Processo 2 (50.000) + Pro-
cesso 3 (15.000) = 65.000
6. (UFF – Contador – Coseac – 2017)
As obrigações presentes, derivadasde 
eventos passados, cujos pagamentos se 
esperam que resultem para a entidade saí-
das de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos ou potencial de serviços, e que 
possuem prazo ou valor incerto, recebem a 
denominação: 
a) precatórios.
b) exigibilidades espúrias.
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c) passivos de liquidação duvidosa. 
d) provisões. 
e) margens de contingência.
7. (UFPA – Técnico em Contabilidade – UFPA – 
2017)
Uma provisão deve ser reconhecida conta-
bilmente quando 
a) possa ser estabelecido com precisão o 
valor a ser pago pela exigibilidade. 
b) não existir qualquer possibilidade de 
saída de recurso.
c) a entidade passar a ter uma obrigação 
de caráter legal em função de eventos 
que deverão ocorrer. 
d) for possível fazer uma estimativa confi-
ável do valor da obrigação. 
e) o prazo para pagamento da obrigação 
for devidamente estabelecido.
8. (UFPA – Técnico em Contabilidade – UFPA – 
2017)
Determinada empresa comercial efetua a 
constituição mensal da provisão para pa-
gamento do décimo terceiro salário, tendo 
como base de cálculo a folha mensal de 
salários que totalizou R$ 240.000,00. Com 
base nesses dados, é CORRETO afirmar que 
no mês será registrado o valor de 
a) R$ 240.000,00 de despesas com décimo 
terceiro salário. 
b) R$ 24.000,00 de décimo terceiro salário 
a pagar no passivo circulante. 
c) R$ 120.000,00, como a primeira parcela 
do décimo terceiro salário, compondo o 
custo das mercadorias vendidas.
d) R$ 80.000,00 correspondente a um ter-
ço da folha de pagamento como despe-
sa mensal com décimo terceiro salário.
e) R$ 20.000,00 como provisão para o dé-
cimo terceiro salário.
Gabarito: 1. A 2. A 3. A 4. B 5. C 6. D 7. D 8. E
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MCASP – 7ª EDIÇÃO
Provisões são obrigações presentes, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se es-
peram que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômi-
cos ou potencial de serviços, e que possuem prazo ou valor incerto. O Plano de Contas Aplicado 
ao Setor Público (PCASP) elenca alguns tipos de provisões, por exemplo: 
a) Provisões para riscos trabalhistas – compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, 
relacionados a pagamento de reclamações trabalhistas; 
b) Provisões para riscos fiscais – compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, rela-
cionados ao pagamento de autuações fiscais; 
c) Provisões para riscos cíveis – compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, rela-
cionados a pagamento de indenizações a fornecedores e clientes; 
d) Provisões para repartição de créditos tributários – compreende os passivos de prazo ou 
de valores incertos relacionados aos créditos tributários reconhecidos no lançamento por 
parte do agente arrecadador, a serem repartidos com outros entes da federação. Na arre-
cadação, esta provisão será revertida em conta específica de passivo; e 
e) Provisões para riscos decorrentes de contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP) – com-
preende os passivos de prazo ou de valores incertos relacionados aos riscos de demanda, 
construção, disponibilidade ou outros riscos decorrentes de contratos de PPP.
d) Provisões para repartição de créditos tributários – compreende os passivos de prazo ou de 
valores incertos relacionados aos créditos tributários reconhecidos no lançamento por par-
te do agente arrecadador, a serem repartidos com outros entes da federação. Na arrecada-
ção, esta provisão será revertida em conta específica de passivo; e e. Provisões para riscos 
decorrentes de contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP) – compreende os passivos de 
prazo ou de valores incertos relacionados aos riscos de demanda, construção, disponibili-
dade ou outros riscos decorrentes de contratos de PPP.
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OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
1. Introdução
As operações com mercadorias, produtos ou serviços são, em essência, o objetivo da existência 
de uma empresa. Mercadoria é tudo aquilo que é adquirido com a finalidade de revenda, as 
operações com mercadorias constituem-se na atividade principal de grande parte das empre-
sas comerciais (sociedades empresárias).
Mercadoria é todo bem móvel destinado as operações de compra e venda por um estabeleci-
mento comercial ou industrial.
Na venda de mercadoria surge uma RECEITA (que é a venda bruta realizada), composta pelo 
valor total das notais fiscais, excluído o valor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 
quando incidir. A apuração do custo dessa mercadoria vendida é obtida a partir do valor das 
compras de mercadorias que estão em estoque.
Apuramos o valor do estoque de mercadorias a partir do valor das compras e demais custos 
envolvidos na operação.
2. Custos dos Estoques – CPC 1R1
Ovalor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem 
como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localizaçãoatuais.
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação 
e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, se-
guro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e 
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos 
na determinação do custo deaquisição.
Apuramos o valor do estoque de mercadorias a partir do valor das compras e demais custos 
envolvidos na operação.
Sempre o valor das compras será igual ao valor dos estoques? NÃO. Porque todos os gastos efe-
tuados pela empresa para colocar a mercadoria disponível para venda devem ser integrados ao 
custo das mercadorias que serão estocadas. Ainda, devem ser excluídos do custo de aquisição 
das mercadorias: os impostos e contribuições recuperáveis.
Módulo 06
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3. Da Apuração do Resultado ComMercadorias (lucro ou prejuízo bruto)
O resultado com mercadorias (lucro ou prejuízo bruto) de uma empresa é obtido a partir 
da seguinteestrutura:
Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)
( – ) IPI sobre faturamento bruto
Receita Bruta de Vendas e Serviços
( – ) Deduções da Receita Bruta de Vendas e Serviços
( – ) Tributos Incidentes Sobre as Vendas (ICMS,PIS,COFINS,ISS)
( – ) Devolução de Vendas e Vendas Canceladas
( – ) Descontos Incondicionais Concedidos
( – ) Abatimentos Concedidos
( – ) Ajuste a Valor Presente Sobre Clientes
Receita Líquida de Vendas
( – ) Custo das Mercadorias Vendidas – CMV
Resultado Operacional Bruto ou Lucro Bruto ou Resultado com Mercadorias
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4. Os Tributos nas Operações comMercadorias
Na aquisição de mercadorias com a incidência de tributos, se a empresa for contribuinte do IPI, 
do ICMS, do PIS Não Cumulativo e do COFINS Não Cumulativo, os referidos tributos são recu-
perados pela empresa para compensação no momento da venda das mercadorias. Os tributos 
não cumulativos também são chamados de tributos recuperáveis.
O Princípio da Não Cumulatividade está previsto na Constituição e na legislação infraconstitu-
cional. Por esse Princípio, os valores dos tributos recuperáveis devidos em cada operação serão 
compensados com o montante efetivamente cobrado nas operações anteriores.
IPI ICMS
Imposto porfora;
Não está incluído no valor daoperação;
Deve ser acrescentado ao valorda operação;
Base de cálculo é o valor daoperação.
Imposto pordentro;
Está incluído no valor daoperação;
Não deve ser acrescentado ao valorda operação;
Base de cálculo é o valor daoperação.
As contribuições do Programa de Integração Social (PIS), do Programa de Formação do Patri-

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