Importância da Imunologia Clínica em Análises Clínicas

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Disciplina: Imuno hematologia e Imunologia Clínica.
Curso: Analises Clinicas
Aluna: Patricia Rodrigues da Silva
Tarefa 3 – Fórum de discussão
1-Um dos objetivos desta disciplina é reconhecer a importância da Imunologia Clinica como ferramenta de diagnósticos no âmbito da rotina em Análises Clínicas. Discuta de forma sucinta, mas crítica, essa importância no contexto do Laboratório de Análises Clínicas, considerando a importância dos diagnósticos e testes imunológicos. Para tanto, dê exemplos do seu uso em ensaios e doenças e compare-a com os ensaios parasitológicos e microbiológicos com relação a custos, tempo de execução, eficiência dos resultados.
R: De acordo com Araujo e Damalio (2013, p. 7),
Historicamente a Imunologia surgiu como um ramo da microbiologia e conquistou seu espaço com os estudos das doenças infecciosas e suas respectivas respostas. A nossa capacidade de coexistir com diversos micro-organismos de nosso ambiente depende de um conjunto de fatores, e um destes fatores é o Sistema Imune.
O sistema imune está estruturado de forma a reconhecer, responder a, e destruir uma ampla variedade de organismos invasores como bactérias, vírus, fungos e parasitas que de outra forma seriam capazes de causar infecções prejudiciais ao organismo.
A Imunologia Clínica tem o objetivo de investigar e orientar o clínico na apuração de diagnósticos das patogenicidades por meio de resultados de exames laboratoriais. Para tanto é necessário conhecer as estratégias traçadas pelo Sistema Imune, no que tange ao controle e/ou eliminação dos diferentes patógenos, além de saber as estratégias de evasão utilizadas pelos patógenos para driblar a defesa e o ataque do Sistema Imune.
Os métodos imunológicos são amplamente empregados na triagem de doadores de sangue, no diagnóstico de infecções e na soroepidemiologia. Suprem as falhas dos métodos parasitológicos (maior sensibilidade) ou microbiológicos (tempo). Pesquisam antígenos, anticorpos ou imunocomplexos. Podem ser rápidos, simples execução, possibilidade de automação, baixo custo operacional (dependendo da técnica.
Um dos exemplos de diagnostico que pode utilizar o setor de Microbiologia e de Imunologia, é o da tuberculose, uma vez que o exame de primeira escolha para suspeita clinica da doença é a coleta de escarro para o exame de BAAR. Porem outras bactérias podem dar um resultado falso positivo, então temos que recorrer a cultura celular, em meios específicos, de secreções. Outro exame, que está sendo bastante utilizado é o ELISA. O uso de técnicas como o PCR permite que sequências de DNA presentes em poucas cópias possam ser amplificadas in vitro e quantidades amplificadas de material genético possam ser visualizadas e identificadas.
Um outro de exemplo de importância da Imunologia Clinica é o diagnóstico da Sífilis. O microrganismo T. pallidum não pode ser cultivado in vitro.
O teste de VDRL usam antígenos lipídicos (cardiolipina, isto é, lipídios do coração de bovinos) para detectar reaginas (anticorpos humanos que se ligam a lipídios). O teste VDRL e os testes rápidos com reaginas plasmáticas (RPR, rapid plasma reagin) são testes reagínicos sensíveis, simples e baratos, utilizados para triagem, mas não completamente específicos para sífilis. Resultados podem ser apresentados de forma qualitativa e quantitativa com títulos. E é o teste mais utilizado por ser mais barato e mais rápido, porem o mesmo pode dar falso positivo, principalmente por reações cruzadas com infecções virais ou mesmo vacinação.
 Outras técnicas, denominadas treponemicas detectam anticorpos antitreponema de modo qualitativo e são muito específicos para a sífilis. 
Teste de absorção de anticorpo treponêmico fluorescente (FTA-ABS)
Ensaio de micro-hemaglutinação para anticorpos contra T. pallidum (MHA-TP)
Ensaio de hemaglutinação para T. pallidum (TPHA)
Imunoensaio enzimático para T. pallidum (TP-EIA)
Imunoensaios por quimioluminescência (CLIA).
2- As enteroparasitoses são causas relevantes de agravos à saúde em países onde as condições sócio-econômicas-culturais permitem a manutenção e disseminação de vários parasitas. O desenvolvimento de métodos de diagnóstico para a parasitologia é de fundamental importância no estabelecimento da etiologia das infecções para correta intervenção terapêutica.
Dois exemplos são: A Criptosporidiose é causada por protozoários de gênero Cryptosporidium e a doença se caracteriza por diarreia aguda no homem e em outros animais e a Amebíase, doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, é considerada importante causa de morbi-mortalidade no homem. A transmissão se dá por meio da ingestão de alimentos e água contaminada, podendo ocorrer ainda transmissão de pessoa a pessoa em hospitais, asilos e presídios. Pensando na rotina de um laboratório de Análises Clínicas, quais seriam os tipos de ensaios imunológicos que você utilizaria para excluir diagnóstico destas duas doenças e também para confirmar a suspeita de diagnósticos destas doenças em amostras coletadas de pacientes? Descreva as técnicas utilizadas considerando o tipo de amostra que chegou até você.
R: O diagnostico da criptosporidiose é confirmado pela presença de oocistos álcool-ácido resistentes nas fezes, corado por técnicas modificadas de Ziehl-Neelsen ou de Kinyoun. O exame tradicional de fezes não são confiáveis em função da produção de oocistos intermitentes. Microscopia de imunofluorescência com anticorpos monoclonais marcados com fluresceína permite maio sensibilidade e especificidade.
 O diagnóstico de amebíase é reforçado quando são encontrados trofozoítos amebianos e/ou cistos em fezes ou tecidos; contudo, E. histolytica patogênica é morfologicamente indiferenciável de E. dispar não patogênica e de E. moshkovskii. Imunoensaios que detectam antígenos de E. histolytica nas fezes são sensíveis e específicos e são feitos para confirmar o diagnóstico. Ensaios de detecção de DNA específicos de E. histolytica estão disponíveis em laboratórios diagnósticos de referência. 
Ensaios imunoenzimáticos (EIA) são os testes sorológicos mais amplamente utilizados.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
ARAÙJO, Frank Eliseu de Imuno-Hematologia e Imunologia Clínica. Brasília – DF, 05/01/2021.
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-e-microspor%C3%ADdios-intestinais/ameb%C3%ADase, acessado em 05/01/2021.
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-e-microspor%C3%ADdios-intestinais/criptosporidiose, acessado em 05/01/2021.
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/s%C3%ADfilis, acessado em 05/01/2021.
https://www.studocu.com/pt-br/document/uni-anhanguera/imunologia/resumos/4-aplicacao-da-imunologia-clinica-e-o-laboratorio-de-analises-clinicas/7440358/view, acessado em 05/01/2021.