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Resenha Crítica de Proteção do Meio Ambiente

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RESENHA CRÍTICA DO TEXTO “RESÍDUOS NO BRASIL: UM GRANDE MERCADO EMERGENTE” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR, BAHIA 
MAIO, 2020
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
 
MÁRIO AUGUSTO DÓRIA LUZ JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO TEXTO “RESÍDUOS NO BRASIL: UM GRANDE MERCADO EMERGENTE” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Crítica apresentada ao curso de Pós-Graduação em 
Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Estácio de Sá, 
como requisito para aprovação da disciplina Proteção do Meio 
Ambiente, ministrada pelo Prof. Eliana Sgarbi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR, BAHIA 
MAIO, 2020 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Com o desenvolvimento tecnológico das indústrias e o aumento da população nos 
centros urbanos, ocorreu, paralelamente, um aumento crescente da quantidade e diversidade 
de poluentes ambientais e consequentemente, um comprometimento contínuo da qualidade 
de vida dos seres vivos no meio ambiente. Surgiu, então, a necessidade de consolidar novos 
modelos de desenvolvimento, buscando a sustentabilidade através de alternativas de 
utilização dos recursos existentes, orientadas por uma racionalidade ambiental, visando à 
preservação dos recursos naturais. A indústria da construção civil, no que lhe concerne, é um 
dos responsáveis pelos impactos ambientais, sociais e econômicos significativos, em razão de 
possuir uma posição de destaque na economia brasileira. Apesar do número elevado de 
empregos cometidos, da viabilização de moradias, renda e infraestrutura, faz-se necessário 
uma política abrangente para o correto destino dos resíduos gerados. 
As políticas ambientais relacionadas ao tema devem focar-se no adequado manuseio, 
visando uma possível reutilização ou redução, reciclagem e posterior disposição desses 
resíduos. A principal ação efetiva em termos legais, para a superação dos problemas 
ambientais, foi a criação da Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA) de 05 de julho de 2002, que definiu responsabilidades e deveres, justificando um 
novo sistema de gestão, o qual obriga os geradores a reduzir, reutilizar e reciclar, tratar e 
dispor esses resíduos sólidos. O texto da Escola Global de Negócios de Havard disponibilizado 
para análise e interpretação conta como e a partir de quando a gestão de resíduos sólidos se 
tornou uma prioridade no Brasil. A elite política do país reconheceu que tinha chegado a hora 
de tratar das necessidades humanas mais básicas com novas diretrizes, elevados 
investimentos de capital e uma nova mentalidade. 
Segundo os autores da publicação, John M. Zerio e Marco A. Conejero, o pensamento 
liberal, a abertura à repartição de riscos e a resolução política foram necessários para pôr em 
prática soluções com o intuito de estimular o abastecimento de serviços de gestão de resíduos 
em grande escala e com a qualidade que os brasileiros pleiteavam. Ainda de acordo com eles, 
o crescimento econômico, a expansão de atividades industriais, o alargamento da urbanização 
e uma soma íntegra de novos consumidores de países em desenvolvimento adentrando na 
economia de mercado, colaboraram de maneira considerável para o aditamento acelerado no 
volume de resíduos sólidos, onde o cenário é mais crítico nos países emergentes que são 
 
 
escassos de infraestrutura e tem seus governos desprovidos de recursos para atender às 
demandas das comunidades mais carentes. 
 
O desenvolvimento humano desigual “ainda é” o maior desafio 
para os governantes do povo brasileiro. 
 
2 ANÁLISE CRÍTICA DO CASO 
 
No final da década de 80 e no início dos anos 90, testemunhou-se o discurso da 
sustentabilidade como a expressão dominante no debate que envolve questões de meio 
ambiente e de desenvolvimento social em percepção ampla. Em pouco tempo, a 
sustentabilidade passou a assumir múltiplos sentidos e suas expressões mais recentes foram 
observadas em 1970. Podem-se ver sinais da preocupação com a sustentabilidade nos 
movimentos sociais, em defesa da ecologia, que desencadearam nesse período no mundo: 
nas conferências internacionais promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) 
para debater os temas do meio ambiente e do desenvolvimento; e nos relatórios do Clube 
de Roma, uma associação livre que era composta por cientistas, empresários e políticos de 
vários países que se reuniam na cidade de Roma, na Itália. Segundo os autores, isso foi 
confirmado pelo apoio à novas políticas públicas abalizadas no Congresso, além da maior 
destinação de verbas para os serviços básicos e da renovação de interesse em estabelecer 
uma relação assertiva para parcerias com empresas privadas. 
O desenvolvimento sustentável é um processo participativo que integra aspectos 
econômicos, ambientais, culturais, políticos, legais, sociais e técnicos, do ponto de vista 
coletivo e individual. É capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer 
a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que 
não esgota os recursos para o futuro, ou seja, a sustentabilidade é uma questão 
multidimensional e intertemporal. Logo, é impossível continuar com um crescimento 
baseado no uso irrestrito dos recursos naturais. O efeito estufa, por exemplo, ligou o alerta 
das organizações científicas nas últimas décadas do século XX, devido aos níveis de 
concentração de gases estufas (GHG) terem aumentado de maneira expressiva por conta 
das emissões antropogênicas (alterações causadas por atividades humanas na produção 
 
 
agrícola e industrial), onde sua intensificação pode causar danos ambientais e econômicas 
em grande escala. 
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou estudos que 
elencaram as principais negativas ligadas ao aquecimento global, sendo elas: o crescente 
aumento do nível do mar; o derretimento de geleiras e das placas polares; a perda de 
biodiversidade; o aumento na incidência de doenças transmitidas por mosquitos e outros 
vetores (malária, febre amarela, dengue, etc.); alterações nos níveis de precipitações; 
intensificação de fenômenos meteorológicos extremos, como secas, inundações, ciclones e 
tempestades tropicais; desertificação e perda de áreas agrícolas; piora de problemas 
relacionados ao abastecimento de água doce; e o aumento nos fluxos migratórios. Além 
disso, segundo o texto, as consequências sociais e econômicas são de caráter trágico. Ainda 
de acordo com o parágrafo citado, sempre que ocorrer degradação ambiental, haverá 
possibilidade de prejuízos à capacidade produtiva, resultando em decorrências, como: 
escassez de alimentos e outras mercadorias; preços mais altos; perda de renda; níveis mais 
altos de desemprego; aumento da pobreza; aumento da desigualdade na distribuição de 
renda e bem-estar social; aumento dos conflitos e violência em geral; e perda de direitos de 
gerações futuras (ambiente menos saudável). Segundo à organização científico-política, em 
alguns casos, esses impactos podem ser irrevogáveis. 
As empresas que fornecem insumos para a construção civil, por exemplo, vêm 
consumindo gradativamente recursos naturais do planeta. Os resíduos oriundos dessas 
atividades não deixam de ser recursos que o ambiente fornece, os quais são modificados 
pelo ser humano para suprir as necessidades e administrar o setor da indústria, 
ocasionando, desta forma, o desenvolvimento econômico de uma determinada região. Em 
paralelo, vem o problema ambiental devido à incidência de resíduos descartados de maneira 
desregrada em aterros clandestinos, que precisa ser rapidamente solucionado, visando a 
conservação dos recursos naturais do meio ambiente. 
Em 1997, a Comissão Mundial para Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela 
ONU, impulsionou o conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, a reciclagem como 
modo de reduzir resíduos. Segundoa proposta estabelecida, o alvo da gestão sustentável é 
recuperar produtos valiosos de resíduos com menos energia e com um impacto ambiental 
mais favorável, ou seja, os inúmeros fluxos de resíduos sendo interpelados dentre as 
 
 
alternativas como redução da fonte, reciclagem, reutilização, incineração e utilização de 
aterros controlados. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Também, nas últimas décadas, as tecnologias de processamento de resíduos tiveram 
uma evolução significativa. Essas tecnologias inovadoras, impactaram em quase todas as 
atividades geradoras de resíduos sólidos, desde a coleta até o transporte dos mesmos, além 
dos procedimentos térmicos avançados a aterros. Por sua vez, os aterros são habitualmente 
utilizados para descartar o lixo residencial e também resíduos comerciais e industriais 
específicos. Sendo assim, diversos gases são resultantes da composição da matéria orgânica, 
onde alguns deles, são extremamente prejudiciais à vida humana e ao meio ambiente. 
A implementação de um sistema de sucção de gases por meio de poços verticais ou 
coletores horizontais, ainda sim, é a resposta mais eficaz para diminuir as emissões de gás 
metano (CH4) na atmosfera. A incineração tem sido abundantemente utilizada em muitos 
países desenvolvidos com pequenas áreas voltadas para aterros, e com isso, conseguem 
atender as normas bastante rigorosas para essas emissões no ar, onde a queima desses 
gases são usados para geração de energia elétrica, tornando-se uma fonte de receita, uma 
vez que é comercializada com clientes industriais, além de reduzir o volume de material que 
seriam destinados à aterros sanitários. 
Sem dúvidas, essas soluções demandam um alto investimento, e segundo pesquisas, 
são direcionados para o controle de sistemas, gestão de emissões e processos de limpeza. A 
incineração, por exemplo, possui um impacto negativo em relação à sua imagem diante dos 
críticos, porém, há controvérsias por parte das associações ambientais. Logo, as indústrias 
podem comprovar isso, com a redução das emissões a níveis superiores ao que se considera 
“satisfatório”, representando uma das técnicas mais eficientes no tratamento térmico 
desses resíduos mencionados. Por fim, é preciso que os municípios e estados brasileiros 
elevem os investimentos em aterros projetados juntamente com o apoio providencial do 
governo federal, intensificando a vigilância quanto às ações de saneamento, até mesmo a 
coleta e o descarte público dos resíduos sólidos, além de buscar recursos para aumentar a 
conscientização ambiental de todos os envolvidos. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT NBR 15112:2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de 
transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação 
 
ABNT NBR 15113:2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros - 
Diretrizes para projeto, implantação e operação 
 
ABNT NBR 15114:2004 – Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem - 
Diretrizes para projeto, implantação e operação

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