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Apostila de segurança do trabalho

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1
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
1.1 São “Direitos” dos trabalhadores 5
1.2 Alguns conceitos 6
1.2.1 A segurança saúde e no trabalho 6
2. SESMT e CIPA ( Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ) nos
Serviços de Saúde
8
2.1 Qual o papel do sesmt? 8
2.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 8
2.3 Atribuições da cipa 9
3. O QUE SÃO OS ACIDENTES DE TRABALHO? 9
3.1 Doença do trabalho 10
3.2 Doença profissional 10
3.2.1 Causas dos acidentes de trabalho 10
3.2.2 Divisão do acidente de trabalho 12
3.2.3 O que fazer em casos de acidente de trabalho com material biológico? 13
4. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO 15
5. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 15
5.1 RISCOS FÍSICOS E QUÍMICOS 16
5.1.2 Riscos físicos 16
5.1.3 Riscos químicos 18
6. RISCOS BIOLÓGICOS E ERGONÔMICOS 20
6.1 Riscos biológicos 20
6.2 Riscos ergonômicos 21
7. RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES 22
8. NR-32 E SUAS REGRAS DE SEGURANÇA 25
8.1 O que é um serviço de saúde? 25
8.2 Higienização das mãos 26
8.3 Biossegurança 27
9. Normas Regulamentadoras 28
10. PRINCÍPIOS DA VISAT 30
11. ATRIBUIÇÕES DA VISAT 33
11.1 Perigos e riscos 33
3
11.2 Avaliação de Risco 32
11.3 Prevenção 35
11.4 Definições básicas das nomenclaturas básicas utilizadas em segurança do
trabalho
36
12 ATIVIDADES ABRANGIDAS PELA NR32 41
Bibliografias 44
4
1. INTRODUÇÃO
Não é de hoje que a humanidade se preocupa em preservar a segurança e saúde dos
trabalhadores. Os primeiros trabalhos publicados na área datam do século XVII, quando o
médico italiano Bernardino Ramazzini publicou a obra “As doenças dos trabalhadores”, que
relacionava os riscos à saúde ocasionados por produtos químicos, poeira, metais e outros
agentes encontrados por trabalhadores em 52 ocupações. 
Desde essa época, muita coisa mudou no mundo do trabalho, assim como os riscos aos
quais os profissionais estão expostos. Porém, as técnicas prevencionistas também evoluíram e
passaram a possibilitar o pleno exercício profissional de maneira segura, de forma a preservar
a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 
A garantia de segurança e saúde nos locais de trabalho é um direito de todos os
trabalhadores e também um imperativo constitucional. 
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), anualmente, ocorrem
por todo o mundo cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e são declaradas 160
milhões de doenças profisssionais, de que resulta a morte de dois milhões de pessoas 
Nesse sentido a Segurança e Saúde no Trabalho surge cada vez mais, não só como
uma obrigação legal, mas principalmente, como uma necessidade, a vários níveis,
intensifiscando-se a sua importância nas organizações. 
A promoção e prevenção da segurança e da saúde no trabalho são regulamentadas pela
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 3/2014, de 28 de
Janeiro, com as atualizações introduzidas pelo DL n.º 88/2015, de 28/05, pela Lei n.º
146/2015, de 09/09 e pela Lei n.º 28/2016, de 23/08 De acordo com este diploma legal são
responsáveis pela garantia das condições de segurança e saúde no trabalho tanto os
empregadores como os trabalhadores. Enquanto os primeiros são responsáveis pela garantia
de um local de trabalho com as devidas condições de segurança e saúde e com a
disponibilização de equipamentos de trabalho adequados, aos trabalhadores cabe a
responsabilidade de desempenhar as suas funções com o menor risco possível, tanto para si
como para terceiros. 
A vigilância em saúde do trabalhador caracteriza-se por ser um conjunto de atividades
destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
5
A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um componente do Sistema
Nacional de Vigilância em Saúde, que visa à promoção da saúde e à redução da
morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que
intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e
processo produtivos. A VISAT é estruturante e essencial ao modelo de Atenção Integral em
Saúde do Trabalhador. Constitui-se de saberes e práticas sanitárias, articulados intra e inter
setorialmente. A especificidade de seu campo de ação é definida por ter como objeto a relação
da saúde com o ambiente e os processos de trabalho, realizada com a participação e o saber
dos trabalhadores em todas as suas etapas. De acordo com as Diretrizes de implantação da
Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS de 2014 temos vários tópicos importantes que
andam caindo em prova de concurso. 
Muito do desenvolvimento atual da área de segurança do trabalho se deve aos que
perderam a vida ou ficaram incapacitados em decorrência da utilização de novas tecnologias,
novos processos e novos produtos que demonstraram ser prejudiciais ao longo do tempo, uma
vez que não se conheciam os riscos, até que estudassem os seus efeitos. 
1.1 São “Direitos” dos trabalhadores: 
 Trabalhar em condições de segurança e saúde; 
 Receber informação sobre os riscos existentes no local de trabalho e medidas de proteção
adequadas; 
 Ser informado sobre as medidas a adotar em caso de perigo grave e iminente; 
 Receber informação e formação necessárias ao desenvolvimento da atividade em condições
de segurança e de saúde; 
 Ser consultado e participar nas questões relativas à segurança e saúde no trabalho; 
 Ter acesso gratuito a equipamentos de protecção individual, sempre que se aplique; 
 Realizar exames de saúde na admissão, antes do início da prestação de trabalho, exames de
saúde periódicos e ocasionais; 
 Afastar-se do seu posto de trabalho em caso de perigo grave e iminente. 
 Cumprir as regras e as instruções dadas pelo empregador em matéria de segurança e saúde
no trabalho e utilizar corretamente os equipamentos de proteção coletiva e individual; 
6
 Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas que
possam ser afetadas pelo seu trabalho; 
 Utilizar corretamente máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros
equipamentos e meios colocados à sua disposição; 
 Contribuir para a melhoria do sistema de segurança e saúde existente no seu local de
trabalho; 
 Comunicar de imediato ao superior hierárquico todas as avarias e deficiências por si
detetadas; 
 Contribuir para a organização e limpeza do seu posto de trabalho; 
 Participar na formação sobre segurança e saúde no trabalho; 
 Comparecer às consultas e aos exames determinados pelo médico do trabalho. 
1.2 Alguns conceitos 
1.2.1 A segurança saúde e no trabalho 
O trabalho ocupa uma parte significativa na vida de todos nós, considerando que a
maioria dos trabalhadores passa, pelo menos, oito horas por dia no local de trabalho, onde
todos os dias se encontram expostos aos mais diversos fatores (poeiras, gases, ruído,
vibrações, temperaturas extremas) que interferem no bem-estar e condicionam o desempenho
e os resultados individuais e coletivos alcançados, com consequências negativas, quer para
trabalhadores, quer para a entidade empregadora. 
Por essa razão, existe uma convergência de interesses entre empregadores e
trabalhadores, para que: 
 os riscos no local de trabalho sejam identificados e controlados, e sempre que possível na
sua origem, e que sejam mantidos os registos de qualquer exposição; 
 os trabalhadores e os empregadores estejam informados sobre os riscos de saúde e de
segurança no local de trabalho; 
 exista uma estrutura responsável, que inclua os trabalhadores e os órgãos de gestão, pelo
acompanhamento permanente e contínuo desta dimensão da realidade da organização. 
O conceito da segurança e saúde no trabalho reporta-nos para o conceito de ambiente
saudávelo qual se encontra, por definição, inerente a um local de trabalho seguro. 
7
De um modo geral, a definição de segurança e saúde no trabalho engloba estas duas
dimensões, que se encontram interligadas, nos seus contextos mais alargados, ambas
determinadas, conjuntamente, pelas condições de trabalho existentes: 
Qualquer tipo de condição de trabalho deficiente tem como consequência o poder
afectar a saúde e a segurança de um trabalhador. 
 As condições de trabalho perigosas ou prejudiciais à saúde e segurança podem ser
encontradas em qualquer local de qualquer setor de atividade. 
As condições deficientes podem igualmente afectar o ambiente onde os trabalhadores vivem,
uma vez que o ambiente de trabalho e de vida são muitas vezes o mesmo para diversos
trabalhadores. Tal significa que os perigos, consequência de condições de trabalho não
seguras e saudáveis, podem ter consequências graves para os trabalhadores, para as suas
famílias e para a comunidade em geral. 
O conceito da segurança e saúde no trabalho abarca diversas dimensões e saberes com
vista à melhoria das condições de trabalho, através da eliminação ou redução dos riscos e das
suas consequências, mediante a criação de programas eficazes de prevenção e a criação de
estruturas adequadas ao cumprimento dos objetivos consagrados na lei e nas boas práticas. 
A segurança saúde e no trabalho consiste assim numa disciplina de âmbito alargado,
que envolve muitas áreas de especialização, com os seguintes objectivos: 
 A prevenção para os efeitos adversos para a segurança e saúde decorrentes das condições
de trabalho; 
 A protecção dos trabalhadores no seu emprego perante os riscos resultantes de condições
prejudiciais à segurança e saúde dos trabalhadores; 
 A promoção e a manutenção dos mais elevados níveis de bem-estar físico, mental e social
de todos os membros de uma organização; 
 A colocação e a manutenção dos colaboradores num ambiente de trabalho ajustado às suas
necessidades físicas e mentais; 
 A adaptação do trabalho ao homem. 
A criação de um sistema adequado de segurança e saúde no trabalho permite a
melhoria das condições e do ambiente de trabalho, pode ajudar a salvar vidas e tem
igualmente efeitos positivos, quer no estado de espírito, quer na produtividade do trabalhador,
quer nos resultados alcançados, de que resultam benefícios para todos: trabalhador, entidade
empregadora e a sociedade em geral. 
8
2. SESMT e CIPA ( Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ) nos Serviços de Saúde
Instituído no Brasil na década de 1970 devido à pressão da Organização Internacional
do Trabalho (OIT) sobre o governo brasileiro para reduzir o número de acidentes de trabalho,
o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) é
um serviço, criado pelo artigo 162 da CLT e regulamentado pela NR-04, em que a equipe que
trabalha para proteger a integridade física dos trabalhadores atua. Ele pode ser composto por
Engenheiros de Segurança do Trabalho, Técnicos de Segurança do Trabalho, Médicos do
Trabalho, Enfermeiros do Trabalho e Técnicos em Enfermagem do Trabalho, conforme
regulamentado pela Norma Regulamentadora nº 04. Esses profissionais têm a
responsabilidade de promover a saúde dos trabalhadores e garantir a segurança no ambiente
de trabalho, atuando por meio de ações de prevenção a acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais, eliminando, minimizando ou gerenciando quaisquer riscos a que os
trabalhadores podem ficar expostos. 
2.1 Qual o papel do sesmt? 
O papel do SESMT é assessorar a direção do serviço de saúde quanto ao cumprimento
da legislação aplicável à segurança e saúde ocupacional. Cabe, também, ao SESMT, o registro
de todos os acidentes de trabalho, com suas posteriores investigações e tratamento dos
problemas que levaram à geração de um acidente de trabalho. 
2.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), instituída no Brasil também na
década de 1970 pela Portaria 3.214/78 e regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 05, é
uma Comissão que atua em conjunto com o SESMT para identificação, controle e
gerenciamento dos riscos encontrados no ambiente de trabalho. É composta por metade dos
membros escolhidos pelos trabalhadores por meio de uma eleição e a outra metade dos
membros indicada pelo empregador. 
A quantidade de membros da CIPA é determinada pela NR-05 e varia de acordo com a
atividade principal da empresa e da sua quantidade de trabalhadores. As empresas que
9
possuem até 20 funcionários não têm a obrigação de constituir uma CIPA, porém devem
designar um trabalhador para atender às exigências da NR-05. 
Os cipeiros, como são chamados os membros da CIPA, têm a grande responsabilidade
de promover a segurança e saúde do trabalho no dia a dia, orientando os colegas de trabalho,
identificando, solucionando e relatando oportunidades de melhoria nos ambientes de trabalho.
Em caso de acidentes de trabalho, os cipeiros orientam os trabalhadores sobre como
procederem para registrar o acidente junto ao SESMT e fazem a investigação e posterior
análise do caso para identificação das causas básicas e imediatas que proporcionaram a
ocorrência do acidente para que sejam evitadas situações similares. 
É importante ressaltar que nenhuma ação de segurança do trabalho vem de um
indivíduo isoladamente. O SESMT e a CIPA não trabalham sozinhos! O papel mais
importante é o de estabelecer entre trabalhadores e gestores uma relação de diálogo e
conscientização, de forma participativa e criativa, com relação à forma como as atividades são
executadas, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho. 
2.3 Atribuições da cipa
Entre as atribuições da CIPA, podemos listar: 
3. O QUE SÃO OS ACIDENTES DE TRABALHO? 
Nem toda ocorrência não programada durante a jornada de trabalho pode ser
considerada um acidente de trabalho. Para determinar isso, como em diversos assuntos
relacionados à segurança e saúde do trabalho, existe uma legislação que rege o tema. 
Agora, estamos falando da Lei 8.213/91, que em seu artigo 19 conceitua acidente de
10
trabalho como “todo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, causando a morte ou perda/redução da
capacidade para o trabalho, que pode ser temporária ou permanente”. 
As doenças ocupacionais se subdividem em dois tipos. São elas: 
3.1 Doença do trabalho é o tipo de doença ocupacional que tem relação com as condições
especiais em que são realizadas as atividades ou condições especiais relacionadas a ela. Como
exemplo, podemos citar a surdez induzida por ruído existente no local de trabalho. 
3.2 Doença profissional é aquela produzida pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
profissão e inserida na relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social,
presente no anexo II do Decreto nº 3048/99 (Agentes Patogênicos Causadores de Doenças
Profissionais ou do Trabalho). Podem servir como exemplos as lesões por esforço repetitivo
(inflamações em músculos, tendões e nervos provocadas por atividades de trabalho que
exigem movimentos manuais repetitivos durante longo tempo), perda auditiva induzida pelo
ruído (provocada, na maioria das vezes, pela exposição a altos níveis de ruído durante período
prolongado), bissinose (estreitamento das vias respiratórias causado pela aspiração de
partículas de algodão), siderose (causada pela inalação de partículas de ferro, atinge
trabalhadores de mineradoras de hematita, soldadores e trabalhadores que manipulem
pigmentos com óxido de ferro), asbestose (resultante do trabalho comamianto) e saturnismo
(intoxicação provocada pelo chumbo). 
3.2.1 Causas dos acidentes de trabalho 
Você tem alguma ideia de como e por que os acidentes de trabalho acontecem? Todos
os acidentes possuem duas causas básicas, quais sejam: 
• condições inseguras; 
• fatores pessoais de insegurança. 
As condições inseguras estão relacionadas com o ambiente de trabalho ao qual o
trabalhador está inserido, ou seja, a condição de risco é oriunda do ambiente em que o
trabalhador exerce suas atividades. Um buraco no piso, por exemplo, pode ser considerado
uma condição insegura. 
11
Os fatores pessoais de insegurança podem ser relacionados com os fatores que
caracterizam a culpabilidade no âmbito do direito, quais sejam: 
• imprudência; 
• imperícia; 
• negligência. 
A imprudência se refere à falta de cuidados na execução de uma tarefa, quando o trabalhador
viola as regras de segurança, atuando sem precaução, de forma precipitada. Na imprudência,
há o ato do trabalhador. 
Já na negligência, não há a ação do trabalhador, que, mesmo conhecendo os riscos e as
normas, não atua no sentido de evitar o acidente de trabalho ou a doença ocupacional. Essa
inércia do trabalhador é fator determinante para a ocorrência do acidente de trabalho. 
A imperícia se caracteriza pela incapacidade técnica ou falta de habilidade específica para a
realização de uma atividade. Nesse caso, o trabalhador sofre o acidente de trabalho por
executar uma atividade para a qual não foi treinado ou não está capacitado. 
Todos devem ter ideia de que em serviços de saúde há uma predominância de
acidentes envolvendo materiais perfurocortantes devido às próprias características do serviço.
Porém, é preciso ter em mente também quais ações devem ser tomadas para que esses
acidentes não aconteçam, tais como: 
• treinamentos; 
• programa de imunização dos trabalhadores; 
• fornecimentos de perfurocortantes com dispositivos de segurança; 
• elaboração e implementação do Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais
Perfurocortantes pela Comissão Gestora Multidisciplinar; 
• seguir a Norma Regulamentadora nº 32; 
• entre outros. 
Cada acidente de trabalho envolvendo material biológico é considerado grave e leva
consigo a possibilidade de contaminação do trabalhador com alguma doença. O Ministério da
Saúde divulgou em 2006 as probabilidades de contaminação para acidentes com material
biológico. 
12
Para cada mil acidentes com material perfurocortante, 03 acidentados podem contrair o vírus
HIV (0,3%); já para hepatite B, a possibilidade é de 220 acidentados contraírem a doença
(22%) e, para hepatite C, a possibilidade é de 18 pessoas (1,8%). 
Devido à grande possibilidade de contaminação por hepatite B, é muito importante
que os trabalhadores de serviços de saúde estejam com suas vacinas em dia e façam exames
para comprovar que realmente a vacina reagiu em seu organismo, comprovando sua
imunização. Suas vacinas estão todas em dia? 
3.2.2 Divisão do acidente de trabalho 
Podemos classificar o acidente de trabalho, basicamente, em três grupos: 
Acidente típico 
É aquele que ocorre no local e durante o trabalho, considerando como um
acontecimento súbito, violento e ocasional provocando no trabalhador uma incapacidade para
a prestação de serviço. Exemplos: batidas, quedas, queimaduras, contato com produtos
químicos, choque elétrico, etc. 
Acidente de trajeto 
13
É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho
ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
empregado. Deixa de caracterizar-se como “acidente de trajeto” quando o empregado tenha,
por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso normal. 
Questão
1)Relacione as colunas:
(1) Acidente típico ( ) Perda auditiva.
(2) Doença profissional ( ) Queimadura. 
 ( ) Choque elétrico. 
 ( ) Pneumoconiose.
 ( ) Batida. 
 ( ) Queda. 
 ( ) Lesão por Esforço Repetitivo (LER). 
3.2.3 O que fazer em casos de acidente de trabalho com material biológico?
Imagine que um trabalhador se cortou com um bisturi no centro cirúrgico, o que será
que ele deve fazer? E caso ocorra um acidente de trabalho com material biológico, o que é
possível fazer? 
14
O SESMT providenciará a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e,
junto com a CIPA fará a investigação do acidente para identificação das causas básicas que o
provocaram. Feito isso, medidas serão sugeridas para que o acidente não volte a acontecer.
Essa Comunicação de Acidente de Trabalho é um documento obrigatório a ser emitido pelo
contratante junto à Previdência Social em, no máximo, 24 horas úteis, para a garantia dos
direitos dos trabalhadores acidentados. 
Feita a comunicação do acidente por parte do trabalhador à chefia imediata e para o
SESMT, o próximo passo será a realização de exames laboratoriais de acordo com o tipo de
exposição e situação (paciente-fonte conhecido ou não). A depender da situação, o trabalhador
deverá ser encaminhado para hospital de referência em doenças infectocontagiosas para
avaliação e, se necessário, início de quimioprofilaxia. 
15
4. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO 
Todo acidente de trabalho gera consequências que afetam não apenas o trabalhador
acidentado. Para ele, as consequências são o sofrimento físico e mental, possíveis dificuldades
financeiras devido à possibilidade de afastamento do trabalho, dependência de terceiros e
baixa no potencial psicológico. 
Para os colegas de trabalho, as consequências de um acidente de trabalho são
sobrecarga de trabalho gerado pela falta do colega, preocupações com o funcionário
acidentado e a produção de um clima organizacional instável. Para a empresa, o acidente de
trabalho também é negativo devido ao aumento de custos, à grande possibilidade de não
atendimento às metas planejadas por causa da falta do funcionário acidentado, insatisfação
dos clientes e possível contratação e treinamento de um novo funcionário para exercício das
atividades. 
O governo acaba impactado também quando ocorre um acidente de trabalho, porém de
forma diferente, pois, além da Previdência Social, que acaba sendo acionada em caso de
afastamentos maiores que 15 dias, muitas vezes o trabalhador será atendido pelo SUS,
gerando um custo ao governo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca
de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, cerca de 2,8 trilhões de dólares, são perdidos
por ano em custos diretos e indiretos devido a acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
5. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 
Como evitar os acidentes de trabalho no serviço de saúde? A orientação básica para
toda e qualquer atividade é realizá-la com atenção redobrada sempre. A repetição de
atividades faz com que tenhamos a tendência de automatizar os movimentos e diminuirmos a
atenção naquilo que estamos realizando. Imagine quantas vezes por dia um técnico de
laboratório utiliza um perfurocortante. Quantas vezes na semana, no mês, no ano, em toda sua
vida laboral! 
Com certeza, em alguns momentos o risco já não será percebido, e a possibilidade de
ocorrência de um acidente de trabalho aumenta. Para quem manuseia materiais
perfurocortantes, algumas práticas precisam ser rotina, tais como: 
• nunca reencapar ou desconectar agulhas manualmente; 
16
• quando for descartar os objetos perfurocortantes, verificar se o coletor de perfurocortantes
não está cheio (linha pontilhada da caixa);• utilizar calçado fechado; 
• utilizar os Equipamentos de Proteção Individual fornecidos pela empresa; 
• jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que
envolvam materiais perfurocortantes; 
• não utilizar as lâminas de bisturi desmontadas. 
5.1 RISCOS FÍSICOS E QUÍMICOS 
5.1.2 Riscos físicos 
Os agentes físicos causadores em potencial de doenças ocupacionais se subdividem em: • 
ruído 
• vibrações 
• calor 
• frio 
• radiações ionizantes 
• radiações não ionizantes 
• umidade 
Ruído: não é qualquer barulho que é considerado ruído. Para ser classificado como tal, é
necessário que ele provoque uma sensação desagradável e possa vir a provocar danos à saúde
em caso de exposições a níveis de pressão sonora elevados e por tempo prolongado. O ruído
pode diminuir a capacidade do trabalhador em ouvir e também afetá-lo emocionalmente com
consequências graves sobre o equilíbrio psicossomático. Estudos apontam que trabalhadores
expostos a níveis de pressão sonora elevados produzem menos e estão mais propensos a
acidentes de trabalho. 
Vibrações: não muito comum em serviços de saúde, porém bastante encontrado em obras de
construção civil, as vibrações têm grande potencial de danos à saúde do trabalhador. Essas
vibrações podem ser categorizadas de duas formas diferentes – vibrações localizadas e
vibrações de corpo inteiro – sendo a única diferença os pontos em que incidem sobre o
trabalhador. Outras variações que têm relevância quando o trabalhador está exposto às
17
vibrações são a frequência das oscilações, a aceleração das oscilações e o tempo de exposição.
Entre os transtornos que a vibração pode ocasionar, é possível listar dores abdominais,
náuseas, dores no peito, perda de equilíbrio, respiração curta, contrações musculares, danos no
sistema nervoso central autônomo, fadiga, irritação, cefaleia, problemas cardíacos, impotência
sexual, problemas na espinhadorsal, problemas na visão, lentidão nos reflexos, falta de
concentração para o trabalho, gastrite, ulcerações, degeneração paulatina do tecido muscular e
nervoso, perda de tato nas mãos e nos pés. 
Calor: caracterizado pela exposição do trabalhador a ambiente com temperatura elevada.
Deve-se observar o anexo III da Norma Regulamentadora nº 15 – Atividades e Operações
Insalubres, que dispõe os cálculos para verificação da exposição ao calor no ambiente de
trabalho. Caso o limite de tolerância seja ultrapassado, medidas deverão ser tomadas para
sanar esse calor. No caso de impossibilidade, medidas administrativas podem ser seguidas,
como a diminuição do tempo de exposição para preservação da saúde do trabalhador. A
exposição indevida ao calor pode provocar taquicardia, aumento de pulsação, cansaço,
irritação, fadiga, hipertensão, entre outras. 
Frio: caracterizado pela exposição do trabalhador a ambiente com temperatura extremamente
baixa. Em serviços de saúde de grande porte, é possível encontrar esse agente de risco em
câmaras frigoríficas, por exemplo. Para adentrar nesses locais, é preciso proteção contra o frio
por meio de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) específicos, como japonas, luvas,
gorros, entre outros. O objetivo dessa proteção é fazer com que a temperatura corporal do
trabalhador não fique abaixo dos 36 °C. 
Radiações ionizantes: representam grandes riscos aos trabalhadores expostos, porém as
proteções são bastante eficientes, e as atividades que envolvem esses riscos são possíveis de
serem executadas com extrema segurança. A radiação ionizante pode ser proveniente de
materiais radioativos ou produzidas artificialmente por meio da eletricidade em equipamentos
de radiografia. 
Radiações não ionizantes: as radiações não ionizantes são as que não produzem ionizações.
A mais famosa fonte de radiação não ionizante é o sol; outras bastante conhecidas são a
18
infravermelha, micro-ondas e radiofrequência. Como efeitos adversos da radiação não
ionizante se pode citar queimaduras, manchas na pele e envelhecimento precoce. O dano
provocado pela exposição do trabalhador a esse tipo de radiação varia conforme a duração,
intensidade de exposição, comprimento de onda e região do espectro (por exemplo, solda
elétrica). 
Umidade: pode ser definida como a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. A
umidade pode ser benéfica ou maléfica para nosso corpo, tudo dependerá de como ela está
presente no ambiente em maior ou menor quantidade e de como nos expomos a ela. É
possível caracterizar locais de trabalho úmidos comumente em lavanderias, lava a jatos,
frigoríficos, cozinhas e atividades de pesca. 
5.1.3 Riscos químicos 
Essa classificação de risco engloba produtos ou as substâncias compostas que podem
contaminar o trabalhador por vias aéreas, cutânea, pelas mucosas ou por ingestão. São
grandes causadores de doenças ocupacionais e seu uso deve ser bastante controlado. Um fator
de risco associado a esses agentes de risco é a facilidade de acesso a produtos e substâncias
químicas. 
• poeiras 
• fumos 
• neblinas 
• gases 
• vapores 
• substâncias, compostos ou produtos químicos em geral. 
É possível caracterizar algumas atividades que envolvem a liberação de 6 poeiras
durante suas execuções, tais como: remoção de areia, processo de britagem, terraplanagem,
detonação de rochas, demolição, trabalhos com cimento, lixamento, peneiramento de minérios
e corte de granito. 
Fumos: os fumos são produzidos por condensação de vapores. Porém, esse vapor é originado
de uma substância no estado sólido em condições normais de temperatura e pressão
(normalmente, metais), e as partículas dos fumos são sólidas (e não líquidas, como é na
19
neblina). Os fumos são originados pela volatilização de substâncias sólidas, em sua grande
maioria de metais quando estão sendo fundidos, inclusive em processos de solda. Por
exemplo, o fumo de chumbo (Pb), quando se faz pontas em arames e fumo de zinco (Zn), na
galvanoplastia. 
Neblinas: a condensação de vapores pode produzir partículas líquidas, chamadas neblinas. A
condensação só ocorre quando o vapor do líquido está saturado no ambiente. As neblinas
podem provocar uma infinidade de problemas à saúde do trabalhador, principalmente para os
pulmões, mas também para a boca, a laringe, a faringe e para o resto do corpo, dependendo do
tipo de substância que está dispersa no ar inalado pelo trabalhador. 
Gases: substâncias que, mesmo em Condições Normais de Temperatura e Pressão – CNTP
(25 ºC e 1 atm), continuam em estado gasoso. Nos ambientes de trabalho podemos encontrar
gases asfixiantes, tóxicos ou inflamáveis. 
Os gases asfixiantes são aqueles capazes de reduzir a concentração de oxigênio no
ambiente, podendo trazer sérios danos para a saúde do trabalhador. Os gases tóxicos são
aqueles que possuem componentes tóxicos em suas composições, como, por exemplo, os que
são emanados dos escapamentos dos carros. O seu poder de dano ao trabalhador depende da
substância, da concentração no ambiente e do tempo de exposição do trabalhador. Já os gases
inflamáveis são aqueles facilitadores de incêndio e explosões a partir de uma ignição,
dependendo da concentração no ambiente. 
Vapores: é a fase gasosa de uma substância que, normalmente, é sólida ou líquida em
Condições Normais de Temperatura e Pressão. Pode- -se encontrar concentrações de vapores
quando se utiliza solventes orgânicos, diluentes de tintas, agentes de limpeza, álcool, xileno,
benzeno, tolueno, gasolina etc. 
Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral: são todos os produtos químicos
que possam penetrar no organismo do trabalhador pelas vias respiratória, cutânea ou por
ingestão. 
20
6. RISCOS BIOLÓGICOS E ERGONÔMICOS 
6.1 Riscos biológicos 
Os agentes biológicos causadoresem potencial de doenças ocupacionais se subdividem em: 
• vírus 
• bactérias 
• protozoários 
• fungos 
• parasitas 
• bacilos 
• príons 
Todos esses microrganismos citados anteriormente são potenciais causadores de
doenças aos quais os trabalhadores podem ficar expostos durante o exercício de suas
atividades. Esse é o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de
lixo), laboratórios etc. 
Entre as diversas doenças ocupacionais provocadas por microrganismos, pode-se citar:
tuberculose, brucelose, malária e febre amarela, por exemplo. Porém, o simples diagnóstico
de trabalhadores com essas doenças não garante que seja caracterizada a doença ocupacional.
Para isso, é necessário que haja exposição do trabalhador aos agentes patológicos dessas
doenças. 
Os agentes biológicos são avaliados em função do poder de patogenicidade do agente
infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da
contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de
tratamento preventivo e curativo eficazes. Essa classificação serve como parâmetro para as
medidas de proteção do trabalhador previstas no Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
A NR-32 traz a classificação dos agentes biológicos em quatro classes diferentes. São
elas:
21
Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano. 
Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de
disseminação para a coletividade. Os agentes biológicos dessa classe podem causar doenças
ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. 
Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de
disseminação para a coletividade. Os agentes biológicos dessa classe podem causar doenças e
infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de
profilaxia ou tratamento. 
Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de
disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um
indivíduo a outro. Os agentes biológicos dessa classe podem causar doenças graves ao ser
humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. 
6.2 Riscos ergonômicos 
Os riscos ergonômicos estão relacionados aos problemas nas interações entre os
trabalhadores e outros elementos ou sistemas, causando prejuízos ao bem-estar humano e ao
desempenho global do sistema. Como agentes de riscos ergonômicos, podemos citar: 
• esforço físico intenso; 
• levantamento e transporte manual de peso; 
• exigência de postura inadequada; 
• controle rígido de produtividade; 
• imposição de ritmos excessivos; 
• trabalhos em turnos diurnos e noturnos; 
• jornada de trabalho prolongada; 
• monotonia e repetitividade; 
• outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico. Entre os possíveis danos que os
riscos ergonômicos podem causar, podemos citar: 
• cansaço e dores musculares; 
• hipertensão arterial; 
• úlceras e doenças nervosas; 
22
• agravamento do diabetes; 
• alterações do sono, da libido e da vida social; 
• taquicardia;
• dificuldade de relações interpessoais; 
• tensão; 
• ansiedade; 
• medo; 
• Lesões por Esforço Repetitivo – LER; 
• Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho – DORT; 
• predisposição a acidentes; • dificuldade de concentração. 
7. RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES
Riscos mecânicos ou de acidentes são todos aqueles fatores que possibilitam a
ocorrência de um acidente de trabalho ou afetam a integridade física e/ou mental do
trabalhador, relacionados com condições inseguras (riscos presentes no ambiente de trabalho)
e que já não estejam classificados nas outras quatro categorias anteriores (riscos físicos,
químicos, biológicos e ergonômicos). Entre os agentes de riscos mecânicos, podemos citar: 
• arranjo físico inadequado; 
• partes móveis de máquinas sem proteção; 
• máquinas, equipamentos e ferramentas inadequadas ou defeituosas; 
• trabalho em altura; 
• eletricidade; 
• incêndio ou explosão; 
• espaço confinado; 
• animais peçonhentos; 
• suspensão de materiais; 
• piso irregular ou escorregadio; 
• superfícies cortantes, perfurantes ou esfoliantes; 
• projeção de fragmentos; 
• movimentação de materiais; 
• queda de materiais; 
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• iluminação inadequada; 
• batida contra ou batida por; 
• prensagem; 
• outras situações de risco. 
De maneira geral, os riscos de acidentes causam lesões ou danos imediatos aos
trabalhadores, como: 
• queimaduras; 
• fraturas; 
• entorses; 
• luxações; 
• esmagamentos; 
• cortes; 
• escoriações; 
• choques; 
• amputações;
• perfurações;
• entre outros. 
Agora, já sabemos o que é segurança e saúde do trabalho, o que são os acidentes de
trabalho e quais agentes de riscos podem ocasionar esses acidentes. Como trabalhamos em
serviços de saúde, nada mais justo do que encerrarmos esse módulo estudando um pouco de
biossegurança e também a Norma Regulamentadora nº 32 – NR-32 que trata sobre segurança
e saúde do trabalho em serviços de saúde. 
QUESTÕES 
1) Para que um agente de risco provoque danos à saúde é necessário que exista uma
combinação de vários fatores, quais são eles?
a) Predisposição do trabalhador para o acometimento de determinadas doenças.
b) Tempo de exposição, possibilidade de o profissional absorver as substâncias químicas ou
biológicas, concentração dos tóxicos no ambiente de trabalho, o tipo de agente agressivo e a
forma como o contaminante se encontra.
24
c) Depende do uso dos EPI’S.
d) Tempo de exposição, possibilidade de o profissional absorver as substâncias químicas, físicas
ou biológicas, concentração dos tóxicos no ambiente de trabalho.
2) A mesma Portaria que instituiu as primeiras normas regulamentadoras (Portaria nº 3.214/78)
também classificou os riscos em classes diferentes. De acordo com essa Portaria, são
considerados riscos ambientais os agentes:
a) Riscos de acidentes.
b) Ergonômicos e de acidentes. (Mecânicos)
c) Físicos, químicos, biológicos.
d) ) Físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. (Mecânicos)
3) Os agentes físicos são considerados as diversas formas de energia a que os trabalhadores
possam estar expostos e ofereçam riscos à sua saúde e/ou integridade física. Assim, são exemplos
de agentes físicos:
a) Ruído, vibrações e calor.
b) Ruído, vibrações e iluminação inadequada.
c) Radiação ionizante, esforço físico intenso e monotonia.
d) Fumos metálicos, ruído e frio.
4) Os agentes químicos são as substâncias e compostos que podem penetrar no organismo pela via
respiratória, por meio da pele ou por ingestão. Assim, são exemplos de agentes químicos:
a) Radiação ionizante, esforço físico intenso e monotonia.
b) Poeiras, fumos, neblinas.
c) Ruído, vibrações e iluminação inadequada.
d) Fumos metálicos, ruído e frio.
5) Os agentes biológicos são todos aqueles micro-organismos geneticamente modificados ou não,
as culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons que têm potencial para provocar alguma
doença no trabalhador. Assim, são exemplos de agentes biológicos:
a) Fumos metálicos, ruído e frio.
b) Radiação ionizante, esforço físico intenso e monotonia.
c) Ruído, vibrações e iluminação inadequada.
d) Vírus, bactérias, protozoários.
25
8. NR-32 E SUAS REGRAS DE SEGURANÇA 
NR-32 Assim como as novas normas de segurança do trabalho vigentes do país, como
as NRs 33 e 35, Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados e Trabalho em
Altura, respectivamente, a NR-32 trata da gestão de Segurançae Saúde em determinada
atividade. No caso, o trabalho em serviços de saúde. 
A história da NR-32 é bastante interessante, pois se trata da primeira norma de
segurança do trabalho no mundo específica para serviços de saúde. A ideia da criação da
norma surgiu de uma iniciativa dos trabalhadores da saúde do estado de São Paulo em 1997,
que estavam preocupados com o crescente número de acidentes de trabalho que acometia a
categoria. 
Essa foi a norma de segurança e saúde do trabalho que passou mais tempo em consulta
pública e que teve o maior número de sugestões públicas, com um número de contribuições
passando das 400 sugestões. Curiosamente, mesmo com todas essas contribuições, foi norma
totalmente aprovada por consenso e passou a ser utilizada como referência para diretrizes da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). A NR-32 abrange diversas áreas de um serviço
de saúde. 
 
8.1 O que é um serviço de saúde? 
De acordo com a NR-32, serviço de saúde “é qualquer edificação destinada à 
prestação de assistência à saúde da população, seja promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade”. Para se ter um bom sistema
de gestão em Segurança e Saúde no Trabalho num serviço de saúde, é preciso, primeiro,
conhecer todos os processos e medi-los (mensurá-los) para, a partir daí, ter um controle sobre
tudo o que acontece no ambiente de trabalho e que esteja relacionado à segurança e saúde do
trabalhador.
Por isso, a NR-32 possui em sua estrutura itens de segurança relacionados a diversas
áreas e processos, tais como: 
• atividades com exposição aos riscos biológicos; 
• atividades com exposição aos riscos químicos; 
• atividades com exposição às radiações ionizantes; 
26
• resíduos; 
• condições de conforto por ocasião das refeições; 
• lavanderia; 
• limpeza e conservação; 
• manutenção de máquinas e equipamentos; 
• entre outros. 
A NR-32 detalha diversas regras de segurança que devem ser seguidas durante a
execução de atividades em serviços de saúde. Vamos conhecer algumas delas. 
Atualmente, a preocupação com programas que tenham como foco a segurança no
cuidado do paciente nos serviços de saúde trata como prioridade a correta higienização das
mãos. Infelizmente, a adoção de práticas corretas de lavagem das mãos não é rotina para
grande parte dos profissionais da saúde, apesar de ser uma prática reconhecida há muitos anos
na prevenção e no controle das infecções nos serviços de saúde. 
Mas você sabe, de fato, o que é a higienização das mãos? 
8.2 Higienização das mãos 
A higienização das mãos configura a maneira individual mais simples e menos onerosa
para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o
termo higienização das mãos passou a ser utilizado em detrimento ao termo lavagem das
mãos devido à maior abrangência do termo higienização, que engloba a higienização simples,
antisséptica, fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos. 
Agora que você já sabe o que é a higienização das mãos, sabe por que deve fazê-la? 
27
8.3 Biossegurança 
Feita a higienização correta das mãos, agora é preciso lembrar que essa não é a única
preocupação quando o assunto é biossegurança e NR-32. Diversos outros pontos merecem
destaque no que tange à segurança do trabalhador dos serviços de saúde e que tenham a
possibilidade de exposição aos riscos biológicos. Por exemplo, se você tiver uma ferida ou
lesão nos membros superiores, deve, obrigatoriamente, se apresentar a um médico para
avaliação do ferimento/lesão e posterior emissão de documento de liberação para o trabalho. 
Outro ponto muito importante trazido pela NR-32 é a proibição de se utilizar as pias
de trabalho para fins diversos do previsto. Se a pia é para lavagem de materiais, só pode ser
usada para isso, não podendo ser lavados alimentos ou as mãos. 
Fumar, manusear lentes de contato e utilizar adornos também são proibidos. Para o
grupo que criou a NR-32, adornos são as alianças, anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal,
colares, brincos, broches, piercings expostos, gravatas e crachás pendurados com cordão.
Com relação à alimentação, esta deve ser feita apenas em locais exclusivos para isso, como
refeitórios e copas. 
Sua refeição também merece um lugar adequado para ser guardada. Não deixe em
locais em que possa haver contaminação do alimento. 
Outra importante medida preventiva é a utilização de calçados fechados. Muitos
profissionais, reclamam do desconforto dos calçados fechados, mas essas pessoas não sabem
que o simples fato de usar o calçado fechado protege os pés do trabalhador contra respingos
de materiais biológicos, quedas de agulhas, entre outros. A diferença entre se contaminar com
material biológico ou não pode estar no simples fato de utilizar o calçado fechado. 
Com relação à contaminação cruzada, é fundamental que o uso de vestimentas
exclusivas de setores fechados, como centros cirúrgicos, UTIs, CME, entre outros, seja
sempre seguido. Para entrar num setor que possua vestimenta exclusiva, é preciso utilizá-la e,
quando sair, deixar essa roupa no setor. Tudo isso para evitar que você leve agentes biológicos
que podem causar uma contaminação para dentro do setor fechado e também não saia com os
organismos patogênicos de dentro dos setores fechados. 
Com relação aos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, a recomendação para
os trabalhadores de serviços de saúde é a mesma dos demais trabalhadores de áreas diversas:
28
o EPI serve para sua proteção, então o utilize. Seu uso é obrigatório e ele deve estar à
disposição nos postos de trabalho em quantidade suficiente para imediata reposição. 
Várias atividades inerentes aos profissionais de saúde estão relacionadas com o uso de
objetos perfurocortantes. Por isso, é importante que esses profissionais saibam de algumas
medidas obrigatórias para o manuseio dos objetos perfurocortantes, tais como: 
• o responsável pelo descarte dos perfurocortantes é o profissional que o utilizou, não
podendo delegar essa responsabilidade para um colega; 
• não se deve reencapar, nem desconectar manualmente as agulhas; 
• sempre realizar as atividades envolvendo perfurocortantes com atenção redobrada; 
• quando descartar os objetos perfurocortantes, atentar para não ultrapassar o limite da caixa
destinada ao descarte de perfurocortantes, que é sinalizado por uma linha pontilhada (75% do
volume total da caixa); 
• utilizar sempre o calçado fechado; 
• utilizar obrigatoriamente os EPIs; 
• manter distância segura para realizar procedimentos em conjunto com outros profissionais;
• não deixar agulhas ou seringas sobre móveis, balcões e leitos. Desprezá-los imediatamente
após o uso no recipiente específico. 
Diante do risco que existe em se trabalhar com objetos perfurocortantes, algumas
medidas são necessárias para evitar a contaminação do profissional, além das listadas
anteriormente. Uma delas é a vacinação. 
No Brasil, nenhum cidadão é obrigado a se vacinar, porém essa é uma medida
preventiva de imensa importância para os profissionais da saúde, pois em caso de acidente
envolvendo material biológico, a diferença entre a contaminação ou não pode estar no fato de
o trabalhador ser vacinado.
9. Normas Regulamentadoras
Atualmente, estão em vigor no Brasil 36 NR’s, quais sejam:
- NR-01 – Disposições Gerais;
- NR-02 – Inspeção Prévia;
- NR-03 – Embargo ou Interdição;
- NR-04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;
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- NR-05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
- NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
- NR-07 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
- NR-08 – Edificações;
- NR-09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais;
- NR-10 – Segurança em Instalações e Serviçosem Eletricidade;
- NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
- NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
- NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações;
- NR-14 – Fornos;
- NR-15 – Atividades e Operações Insalubres;
- NR-16 – Atividades e Operações Perigosas;
- NR-17 – Ergonomia;
- NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
- NR-19 – Explosivos;
- NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
- NR-21 – Trabalho a Céu Aberto;
- NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
- NR-23 – Proteção Contra Incêndios;
- NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
- NR-25 – Resíduos Industriais;
- NR-26 – Sinalização de Segurança;
- NR-27 – Registro Profissional do Técnico em Segurança do Trabalho no MTB (revogada);
- NR-28 – Fiscalização e Penalidades;
- NR-29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;
- NR-30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
- NR-31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aquicultura;
- NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde;
- NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
- NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação 
Naval;
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- NR-35 – Trabalho em Altura;
- NR-36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes 
e Derivados.
10. PRINCÍPIOS DA VISAT 
A VISAT pauta-se nos princípios do Sistema Único de Saúde, em consonância com a
Promoção da Saúde e o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, mantendo estreita
integração com as demais Vigilâncias – sobretudo com a Sanitária, Epidemiológica e Saúde
Ambiental - e as redes assistenciais. São princípios da VISAT: 
Universalidade - Todos trabalhadores, homens e mulheres, são sujeitos da VISAT,
independentemente da localização do seu trabalho - urbana ou rural, na rua, nas empresas e
nos domicílios - de sua forma de inserção no mercado de trabalho - formal ou informal, de seu
vínculo empregatício - público ou privado, autônomo, doméstico, aprendiz, estagiário, -
podendo estar ativo, afastado, aposentado e em situação de desemprego. 
31
Equidade - Serão contemplados nas ações de VISAT, todos os trabalhadores, definindo
prioridade para grupos mais vulneráveis, a exemplo dos trabalhadores informais, em situação
de precariedade, discriminados, ou em atividades de maior risco para a saúde, dentre outros.
definidos a partir dos diagnósticos locais, regionais ou nacionais e da discussão com os
trabalhadores e outros sujeitos sociais de interesse na saúde dos trabalhadores, buscando
superar desigualdades sociais e de saúde, considerando o respeito à ética e dignidade das
pessoas, e suas especificidades e singularidades culturais e sociais. 
Integralidade das ações - A garantia da integralidade nas ações de VISAT inclui a articulação
entre as ações individuais com ações coletivas, entre as ações de planejamento e avaliação
com as práticas de saúde, e entre o conhecimento técnico e os saberes, experiências e
subjetividade dos trabalhadores e destes com as respectivas práticas institucionais. Integração
interinstitucional - deve ser compreendida como o exercício da transversalidade entre as
políticas de saúde do trabalhador e outras políticas s etoriais, como Previdência, Trabalho e
Meio Ambiente, educação e justiça e aquelas relativas ao desenvolvimento econômico e
social, nos âmbitos federal, estadual e municipal. 
Plurinstitucionalidade - Articulação, com formação de redes e sistemas, entre as instâncias
de vigilância em saúde, incluindo as de saúde do trabalhador, a rede de atenção à saúde, as
universidades, os centros de pesquisa e demais instituições públicas com responsabilidade na
área de saúde do trabalhador, consumo e ambiente. 
Integração intrainstitucional - Pressupõe a integração das instancias do SUS na ação de
vigilância em rede, incorporando o apoio matricial e as ações solidárias e complementares
entre regiões, estados e municípios aos componentes da Vigilância em Saúde, das redes de
atenção à saúde, da promoção da saúde e da educação em saúde. 
Responsabilidade Sanitária - Pressupõe assumir um princípio éticopolítico da ação em
Vigilância em Saúde do Trabalhador, que compreende o entendimento de que o objetivo e a
justificativa da intervenção é a melhoria das condições de trabalho e saúde. As instancias
envolvidas na VISAT têm o dever de identificar situações que resultem em risco ou produção
de agravos à saúde, notificando aos setores sanitários competentes, adotando e ou fazendo
32
adotar medidas de controle quando necessário. Isto pressupõe o entendimento de que os locais
de trabalho são espaços de interesse público, cabendo ao SUS assumir sua responsabilidade
sanitária e constitucional de proteger a saúde dos trabalhadores em seu trabalho. 
Direito do trabalhador ao conhecimento e à participação – O conhecimento e a
participação dos trabalhadores são essenciais aos processos de identificação das situações de
risco presentes nos ambientes de trabalho e das repercussões sobre a sua saúde, bem como na
formulação, no planejamento, acompanhamento e avaliação das intervenções sobre as
condições geradoras de riscos e agravos relacionados ao trabalho. Requer o fortalecimento da
representação dos trabalhadores nos setores informais e de trabalho precário nas instancias de
participação e controle social. 
Controle e participação social - Pressupõe a garantia de participação dos trabalhadores ou
seus representantes na formulação, no planejamento, no acompanhamento e na avaliação das
políticas e execução das ações de VISAT, nas instâncias constituídas no SUS, especificamente
nos conselhos de saúde, CIST e conselhos de gestão participativa e fóruns, comissões e outras
formas de organização além das constituídas no SUS.
Comunicação/publicização - Refere-se à garantia de transparência das ações de VISAT, com
a divulgação das informações e ações para a sociedade, preservados o anonimato e a
confidencialidade das informações dentro dos princípios éticos. 
Hierarquização e Descentralização - Compreende a consolidação do papel do município
como instância efetiva de desenvolvimento das ações de vigilância em saúde do trabalhador,
integrado e apoiado pelos níveis regional, estadual e federal do Sistema Único de Saúde, em
função de sua complexidade e considerando sua organização em redes e sistemas solidários.
Interdisciplinaridade - Compreende os campos disciplinares distintos de saberes técnicos,
com a concorrência de diferentes áreas do conhecimento e fundamentalmente o saber do
trabalhador. 
33
Principio da precaução - Compreende prevenir possíveis agravos à saúde dos trabalhadores
causados pela utilização de processos produtivos e tecnologias, uso de substâncias químicas,
equipamentos e máquinas entre outros, que mesmo na ausência da 5 certeza científica formal
da existência de risco grave, ou irreversível à saúde requer a implantação de medidas que
possam prevenir danos, ou por precaução, a tomada de decisão de que estas tecnologias não
devam ser utilizadas. 
Caráter transformador - Pressupõe processo pedagógico que requer a participação dos
sujeitos e implica em assumir compromisso ético em busca da melhoria dos ambientes e
processos de trabalho, com ações que contenham caráter proponente de mudanças, de
intervenção e de regulação sobre os fatores determinantes dos problemas de saúde
relacionados ao trabalho, num processo de negociação no sentido da promoção da saúde. Aqui
estariam inseridas as pesquisas em saúde. 
11. ATRIBUIÇÕES DA VISAT 
Nós já vimos os princípios e os objetivos da VISAT, agora vamos aprofundar nas atribuições
dessa Vigilância:1. Estabelecer processos de informação, intervenção e regulação relacionados à saúde do
trabalhador;
2. Realizar levantamentos, monitoramentos de risco à saúde dos trabalhadores e de
populações expostas, acompanhamento e registro de casos, inquéritos epidemiológicos e
estudos da situação de saúde a partir dos territórios;
3. Articular com as diversas instâncias da Vigilância em Saúde, Atenção Primária e os
demais componentes da Rede Assistencial;
4. Promover articulação com instituições e entidades das áreas de Saúde, Trabalho, Meio
Ambiente, Previdência e outras afins, no sentido de garantir maior eficiência das ações de
Vigilância em Saúde do Trabalhador;
5. Realizar apoio institucional e matricial as instâncias envolvidas no processo de
vigilância em saúde do trabalhador no SUS;
6. Realizar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com objetivo de buscar a
promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores;
34
7. Sistematizar e difundir as informações produzidas;
8. Promover ações de formação continuada para os técnicos e trabalhadores envolvidos nas
ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador.
11.1 Perigos e riscos 
Importa antes de mais fazer a destrinça entre perigo e risco. 
O conceito de perigo reporta-se à ideia de " propriedade intrínseca de uma instalação,
atividade, equipamento, um agente ou outro componente material de trabalho com potencial
para provocar dano" (Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro). 
Por outro lado, e também de acordo com a Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, um
risco é "(…) a probabilidade de concretização do dano em função das condições de
utilização, exposição ou interação do componente material do trabalho que apresente perigo". 
A definição de perigo e de risco faz referência a um dano, a um efeito negativo com uma certa
gravidade. Esses efeitos podem referir-se a:
 Lesões físicas (fraturas, cortes…) portadoras de uma incapacidade de trabalho temporária
ou permanente; 
 Doenças profissionais (tendinites, surdez..) com maior/menor duração, reversíveis ou não; 
 Problemas psicossociais (insatisfação, fadiga, depressão…); 
 Problemas de desconforto (postura, iluminação…). 
11.2 Avaliação de Risco 
Há um número ilimitado de perigos que podem ser encontrados em quase todos os
locais de trabalho. Na maioria dos casos, os perigos são parte integrante do local de trabalho a
que todos os ali intervenientes (trabalhadores, chefias, fornecedores, público…) estão sujeitos.
Não é difícil imaginar locais de trabalho onde todos, nos mais variados papeis, estejamos
expostos a químicos, a máquinas, sem proteção, que produzem demasiado ruído, a variações
extremas de temperatura, a pisos escorregadios, onde a prevenção de incêndios é inexistente
ou inadequada, onde a sinalética é deficiente ou nem sequer existe uma caixa de primeiros
socorro. 
35
Existem igualmente algumas categorias de perigos não visíveis ou não identificados,
que, em função da probalidade da sua ocorrência, se podem converter em riscos, os quais
podem ser: 
 químicos, resultantes de líquidos, sólidos, poeiras, fumos, vapores e gases; 
 físicos, tais como o ruído, a vibração, a luminosidade insuficiente ou inadequada, a
radiação e as temperaturas extremas; 
 biológicos, como as bactérias, os vírus, os desperdícios sépticos e as infestações; 
 psicológicos, resultantes do stress e da pressão; 
 associados à não aplicação dos princípios ergonómicos, como por exemplo, a má
concepção das máquinas, dispositivos mecânicos e ferramentas utilizadas pelos trabalhadores,
assentos desajustados, local de trabalho mal concebido; 
 que decorrem de práticas de trabalho deficientemente organizadas. O conceito de Avaliação
de Risco traduz-se no processo de identificação dos riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores, decorrentes de situações em que o perigo pode ocorrer. Esta implica uma
análise detalhada dos aspetos físicos, organizacionais, 
A atitude correta perante a segurança e saúde no trabalho consiste em garantir que o
trabalho seja realizado de forma mais segura, através da modificação do local de trabalho e de
qualquer processo de trabalho perigoso. O que significa que a solução consiste em eliminar
os riscos, e não tentar fazer com que os colaboradores se adaptem às condições perigosas.
Exigir que os trabalhadores utilizem vestuário protector, que possa não ser o adequado ou por
exemplo estar mal concebido para o clima da sua região, é um exemplo de uma tentativa de
forçar os trabalhadores a adaptarem-se a condições perigosas, transferindo igualmente a
responsabilidade dos órgãos de gestão para o trabalhador. 
Esta atitude pressupõe que o trabalho poderá ser realizado de forma mais segura, com
a alteração objetiva das condições de trabalho, mas também se os trabalhadores modificarem
o seu comportamento. Contudo, os acidentes não cessam simplesmente se os trabalhadores se
tornarem mais conscienciosos da questão da segurança. A consciencialização para a segurança
poderá ajudar, mas esta atitude não vai alterar, só por si, os processos e as condições de
trabalho perigosos. 
36
11.3 Prevenção 
Os processos de trabalho devem ser concebidos de forma a prevenir acidentes e
doenças. A prevenção mais eficaz dos acidentes e das doenças inicia-se quando os processos
de trabalho ainda se encontram na sua fase de concepção. 
A prevenção assume-se assim como um conjunto de ações para "(…) eliminar, evitar
ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de disposições ou medidas que
devam ser tomadas em todas as fases da atividade (…)", segundo os seguintes princípios
gerais: 
 Identificar os perigos; 
 Evitar os riscos; 
 Avaliar os riscos que não podem ser evitados; 
 Combater os riscos na origem; 
  Adaptar o trabalho ao homem (especialmente no que se refere à concepção dos postos de
trabalho, bem como à escolha dos equipamentos de trabalho e dos métodos de trabalho e de
produção, tendo em vista, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho
cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a saúde); 
 Ter em conta o e stado de evolução da técnica; 
  Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso; 
  Planificar a prevenção como um sistema coerente (que integre a técnica, a organização do
trabalho, as condições de trabalho, as relações sociais e a influência dos factores ambientais
no trabalho); 
  Dar prioridades às medidas de proteção coletiva em relação às medidas de proteção
individual; 
 Formar, informar e consultar; 
  Dar instruções adequadas aos trabalhadores. A Diretiva-Quadro 89/391/CEE, de 12 de
junho, é o diploma nuclear para a União Europeia da política de Segurança e Saúde no
Trabalho e de proteção dos trabalhadores, bem como do ambiente de trabalho, e veio ao
encontro da necessidade de combater os fatores de riscos de exposição dos trabalhadores a
acidentes de trabalho e a doenças profissionais. 
Esta Diretiva esquematiza os princípios gerais de prevenção da seguinte forma: 
37
 Eliminação do risco: Previsão do risco em fase de projeto, intervenção ao nível da
segurança intrínseca, nomeadamente na conceção dos produtos e equipamentos; 
 Avaliação do risco: Determinação da origem, natureza e consequências, probabilidade de
ocorrência e gravidade; 
 Planificação da prevenção: através de uma avaliação de riscos é possível planear
prioridades de intervenção, necessidades de formação, medidas de prevenção, grau de
exposição e controlo de vigilância da saúde. Esta planificação deve integrar fatores técnicos,
organizacionais, materiais, ambientais e sociais; 
 Controlo do risco/medidas de prevenção:  Atender à evolução da técnica, envolvimento
do risco, organização do trabalho, adequação dos modos operatórios, proteção coletiva e
individual adequada;Comunicação do risco:  através de formação e informação. 
11.4 Definições básicas das nomenclaturas básicas utilizadas em segurança do trabalho
Definições 
As definições a seguir servem como embasamento para estudos no decorrer da
disciplina, tendo como principal fonte, da qual foram extraídas e/ou adaptadas a maioria
delas, a NBR 14280 (Cadastro de acidentes de trabalho).
Lesão corporal 
Deve ser entendida como qualquer dano ao corpo humano. Exemplos: fratura, corte, etc. 
Perturbação funcional 
É o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Exemplo: perda de parte da
visão, por parte de um trabalhador (ocupacional) 
Acidente pessoal 
Característico de existir um acidentado. 
Acidente impessoal 
É aquele cuja caracterização independe da existência do acidentado.
Lesão imediata 
A que pode ser verificada imediatamente após a ocorrência do acidente. 
Lesão mediata (tardia) 
38
A que não se verifica imediatamente após a exposição à fonte da lesão. Caso seja
caracterizado o nexo causal, isto é, a relação da doença com o trabalho, ficará evidenciada a
doença ocupacional.
Acidente (lesão) sem perda de tempo ou afastamento 
Quando o acidentado, recebendo tratamento de primeiros socorros, pode exercer sua função
normal no mesmo dia, dentro do horário normal de trabalho ou no dia, imediatamente,
seguinte ao do acidente no horário regulamentado, desde que não haja incapacidade
permanente. 
Acidente (lesão) com perda de tempo ou com afastamento 
É quando o trabalhador fica impossibilitado de retornar ao trabalho no primeiro dia útil
imediato ao do acidente, provocando incapacidade temporária, permanente ou morte do
acidentado. 
Incapacidade temporária 
É a perda total da capacidade de trabalho, por um período limitado de tempo, nunca superior a
um ano. É quando o acidentado, depois de algum tempo afastado do serviço devido ao
acidente, volta a trabalhar executando normalmente suas funções, como as fazia antes do
acidente. 
Incapacidade parcial e permanente 
É a diminuição, por toda a vida, da capacidade para o trabalho, com redução parcial e
permanente. Exemplo: perda de dedo, braço, etc. 
Incapacidade total e permanente 
Trata-se da invalidez para o trabalho. Essa incapacidade corresponde à lesão que, não
provocando a morte, impossibilita o acidentado, permanentemente, de exercer qualquer
atividade laborativa, concedida após perícia médica.
Incapacidade temporária total 
É a perda total da capacidade de trabalho, a qual resulte em um ou mais dias perdidos,
excetuados a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente total. 
Morte (óbito) 
Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independente do tempo decorrido
desde a lesão. 
Dias perdidos (Dp) 
39
São os dias em que o acidentado não tem condições de trabalho, segundo a orientação médica,
por ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade temporária, contados a partir do
primeiro dia de afastamento até o dia anterior ao do dia de retorno ao trabalho. Os dias
perdidos são contados de forma corrida, incluindo domingos e feriados. Conta-se também
qualquer outro dia completo de incapacidade ocorrido depois do retorno ao trabalho, que seja
em consequência do mesmo acidente, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho,
pois esses não são considerados dias perdidos. Em casos de acidente sem afastamento
(quando o acidentado pode trabalhar no dia do acidente ou no dia seguinte) não são contados
dias perdidos. 
Dias debitados (Dd) 
Nos casos em que ocorre incapacidade parcial permanente, incapacidade total permanente ou
a morte, aparecem os dias debitados, que são encontrados na NBR 14280. 
Fluxograma de acidentes com e sem afastamento, dias perdidos e dias debitados 
Incidente 
É quando ocorre um acidente sem danos pessoais. Para os profissionais prevencionistas é tão
ou mais importante que o acidente com danos, pois indica uma condição de futuro acidente
devendo ser, portanto, analisado e investigado, bem como devem ser sugeridas algumas
medidas para evitar sua repetição.
Acidentes com CAT registrada 
40
Acidentes cuja Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) foi cadastrada no INSS. 2.1.13
Acidentes sem CAT registrada Acidentes, cuja Comunicação de Acidentes Trabalho (CAT)
não foi cadastrada no INSS e que foram identificados por meio da comprovação da relação
acidente/trabalho (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP). 
Acidentes devido à doença do trabalho 
São os acidentes ocasionados por qualquer tipo de doença profissional peculiar a determinado
ramo de atividade, constante na tabela da Previdência Social. 
Acidentes liquidados 
Corresponde ao número de acidentes cujos processos foram encerrados administrativamente
pelo INSS, depois do tratamento completo a as sequelas indenizadas. 
Falha humana 
Normalmente denominados de atos inseguros, fatores ou ações pessoais (dependentes
exclusivamente do ser humano) que contribuem para a ocorrência de um acidente com ou sem
danos ao trabalhador, aos companheiros de trabalho ou aos materiais e equipamentos. São
todas as ações decorrentes da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança.
Podemos citar como fatores pessoais as características de personalidade (problemas pessoais,
clima de insegurança quanto à manutenção do emprego, desmotivação, excesso de confiança,
etc.) e, como ações, o uso de equipamentos sem permissão ou habilitação, a não utilização de
equipamentos individuais de proteção, não cumprimento de normas de segurança, etc. 
Fatores ambientais 
Denominados de condições inseguras, são aquelas que, presentes no ambiente de trabalho,
colocam em risco a integridade física e/ou a saúde do trabalhador, bem como a segurança das
instalações e dos equipamentos. São conhecidos como “falhas do ambiente de trabalho” e que
podem conduzir ao acidente de trabalho. Podemos citar como fatores ambientais a falta de
proteção em máquinas, ruídos em excesso, obstáculos, desorganização, temperaturas
extremas, ventilação insuficiente, não fornecimento de equipamentos de proteção, etc. 
Questões
1. Dias debitados são contabilizados:
a) Sempre que ocorrer incapacidade parcial e temporária. 
b) Sempre que ocorrer acidente com afastamento. 
c) Sempre que ocorrer acidente sem afastamento.
41
d) Sempre que ocorrer incapacidade temporária em um acidente com afastamento.
e) Sempre que ocorrer incapacidade parcial permanente, incapacidade total permanente ou
morte. 
2. Dias perdidos são os dias em que o acidentado não tem condições de trabalho por ter
sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade temporária, os quais são contabilizados
de forma corrida:
a) Não considerando os domingos e feriados, a partir do primeiro dia de afastamento até o dia
anterior ao dia de retorno ao trabalho. 
b) Incluindo domingos e feriados, contados a partir do primeiro dia de afastamento até o dia
anterior ao dia de retorno ao trabalho. 
c) Incluindo domingos e feriados, a partir do dia do acidente, até o dia anterior ao dia de
retorno ao trabalho.
d) Não considerando os domingos e feriados, a partir do acidente, até o dia anterior ao dia de
retorno ao trabalho.
e) Incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte ao acidente, até o dia do retorno ao
trabalho 
12. ATIVIDADES ABRANGIDAS PELA NR32 
Apresento a seguir uma lista não exaustiva das atividades abrangidas pela NR32 1 .
Não incluí nela os serviços óbvios como atendimento hospitalar, atendimento em clínicas
especializadas etc., mas sim alguns serviços que poderiam criar alguma dúvida se fossem
cobrados em provas;
1. Atividades de consultas e tratamento médico [...] realizadas no domicílio do paciente;
2. Atividades de unidades móveis fluviais equipadas apenas de consultório médico e semleitos para internação;
3. Serviços de vacinação e imunização humana;
4. Atividades de reprodução humana assistida, quando realizadas em unidades independentes
de estabelecimentos hospitalares;
5. Atividades dos laboratórios de anatomia patológica e citológica, tais como:
• exame de peças histológicas; 
42
• testes para definição de paternidade; 
• autópsias.
6. Serviços prestados pelos bancos de sangue e demais serviços de hemoterapia;
7. Serviços de litotripsia (tratamento para cálculo renal);
8. Atividades realizadas por nutricionistas;
9. Atividades de psicólogos e de psicanalistas;
10. Atividades de fisioterapeutas realizadas em centros e núcleos de reabilitação física ou
realizadas por fisioterapeutas legalmente habilitados exercidas de forma independente;
11. Atividades de terapeutas ocupacionais;
12. Atividades de fonoaudiólogos; Serviços de terapia de nutrição enteral (alimento para fins
especiais, com ingestão controlada de nutrientes, e composição especialmente formulada e
elaborada para uso por sondas ou via oral), e parenteral (pela veia);
13. Atividades de optometristas (profissionais habilitados a examinar e avaliar a visão – A
Optometria é curso superior reconhecido pelo MEC);
14. Atividades de instrumentadores cirúrgicos;
15. Atividades relacionadas a terapias alternativas, como cromoterapia, do-in, shiatsu e
similares;
16. Acupuntura;
17. Atividades dos bancos de leite humano, quando realizadas em locais independentes de
unidades hospitalares;
18. Atividades de podologia e similares;
19. Atividades de parteiras;
20. Transformação do sangue e a fabricação de seus derivados;
21. Fabricação de soros e vacinas;
22. Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano sem manipulação de
fórmulas;
23. Drogarias;
24, Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano manipulados no próprio
estabelecimento por meio de fórmulas magistrais (receitas médicas) e da farmacopeia
brasileira; 
25. Comércio varejista de produtos farmacêuticos, homeopáticos, fitoterápicos e produtos a
flora medicinal com manipulação de fórmula;
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26. Farmácias homeopáticas; Serviços de lavagem de roupas hospitalares;
27. Lavanderia hospitalar; Serviços de eliminação de micro-organismos nocivos por meio de
esterilização em produtos agrícolas, livros, equipamentos médico-hospitalares e outros;
Ressalto que hospitais militares, hospitais de centros penitenciários, navios-hospital, unidades
móveis terrestres e aéreas (ambulâncias) também são abrangidos pela norma. Mesmo que o
serviço da ambulância seja unicamente o de remoção de enfermos, sem envolver atendimento
ao paciente. A remoção de pacientes não é, em geral, acompanhada por médico, mas por
profissional de saúde (técnico ou auxiliar de enfermagem).
Classificação 
O Anexo I da NR32 classifica os agentes biológicos em classes de risco de 1 a 4,
tomando como referência os seguintes aspectos: 
• O risco que representam para a saúde do trabalhador; 
• Sua capacidade de propagação para a coletividade; 
• A existência ou não de profilaxia e tratamento. 
A classificação dos agentes biológicos em classes de riscos torna-se necessária para a
definição de cuidados específicos a serem tomados, de acordo com cada classe. 
Esses cuidados, bem como outras determinações, são definidos em um documento
chamado “Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico”,
elaborado pelo Ministério da Saúde. 
As classificações referentes aos agentes biológicos existentes nos vários países
apresentam algumas variações, embora coincidam em relação à grande maioria dos agentes. 
A tabela a seguir apresenta essa classificação de forma consolidada: 
44
Bibliografia 
Freitas, Luís Conceição, 2011 – Manual de Segurança e Saúde do Trabalho. Lisboa, Edições
Sílabo Lda, 2011; 
Cabral, Fernando – Manual de Prevenção de Riscos Profissionais - Verlag Dashofer; 
TORLONI, Maurício; VIEIRA, Antônio. Manual de proteção respiratória. Associação
Brasileira de Higiene Ocupacional. 
RIBEIRO, M.C.S. Enfermagem e trabalho: fundamentos para a atenção à saúde dos
trabalhadores. Ed. Martinari, 2ª ed.,
2012.VIEIRA, S. I. Manual de Saúde e Segurança do Trabalho: qualidade de vida no trabalho.
São Paulo: Ltr, 2ª edição, 2008.
MINAYO, C.; MACHADO, J.M.H.; PENA, P.G.L. Saúde do Trabalhador na Sociedade
Brasileira Contemporânea. 1 ed. Reimpressão. Ed. FIOCRUZ, 2013.
	9. Normas Regulamentadoras

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