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MATÉRIA DE PROCESSO PENAL I

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MATÉRIA DE PROCESSO PENAL I
· INTRODUÇÃO AO PROCESSO PENAL
1) Infração penal e sua repercussão na sociedade: fluxograma
2) Direito de punir
a) Jus puniendi: poder-dever de punir o infrator pela prática da infração penal.
O poder-dever de punir é do Estado, sendo ele de caráter abstrato quanto ao legislador que trata do tipo penal e da pena; e concreto quando cabe ao juiz que aplicará a pena.
A pena só é aplicada pelo meio que é o processo, em que garante-se o devido processo legal (contraditório, ampla defesa e juiz natural- imparcialidade e competência)
“Nula é a pena sem processo.”
b) Pretensão punitiva: direito/dever de pedir em juízo a punição do infrator pela prática da infração penal.
A pretensão punitiva é da vítima (ação penal privada) em alguns casos, e do Estado apresentado pelo Ministério Público (ação penal pública- condicionada ou incondicionada)
c) Persecução penal: é o conjunto de ações executadas pelo Estado para tornar efetivo o jus puniendi.
Atividade Atividade 
Investigativa + Acusatória 
 (pedido, defesa, provas, julgamento)
3) Direito Processual Penal
a) Distinção entre direito material e processual
O Direito material regula a vida das pessoas em sociedade instituindo direitos e obrigações as pessoas, o direito processual por sua vez compete a atividade jurisdicional do Estado tratando do comportamento das partes/ pessoas atuantes n processo.
b) Conceito: conjunto de normas que regulam atividade jurisdicional para a justa e adequada aplicação do direito penal* (que é um direito material), instituindo e organizando órgãos que efetivam a persecução penal e coordena atos procedimentais com a respectiva atuação das partes/pessoas. 
* instrumental; meio de ferramenta para fazer valer o direito material.
c) Finalidade
1º) Pacificação social: instrumental – aplica direito material (penal)- resolve conflito- paz social.
2º) Identificar o crime – materialidade/ existência do crime
Responsabilizar penalmente o infrator- autoria (indícios) 
d) Importância: a importância está relacionada a proteção dos direitos e garantias fundamentais. Isso porque, durante a persecução penal podem ocorrer abusos e ilegalidades; assim, é justamente a existência de normas pré-estabelecidas que impedem a incidência de tais abusos.
e) Fontes: 
-Material (quem faz): União, artigo 22 da CF; excepcionalmente normas de sistema prisional que são de competência dos estados
-Formal:
* Direta: leis e súmulas vinculantes; tratados e convenções internacionais.
* Indireta: costumes + princípios gerais de direito
-Doutrina e jurisprudência não são fontes, são meio de interpretação.
- Analogia- lacuna. Exemplo: citação por hora certa , onde se aplica analogia in mallam partem
f) Sistemas
· Inquisitivo: funções (investigar, acusar/julgar mesma pessoa)
- não há publicidade
- não há defesa
- não há contraditório
- não há imparcialidade
· Acusatório # entre funções (investigativa, acusatória, julgadora)
- publicidade
- defesa
- contraditório
- imparcialidade
· Misto
- 1ª parte: inquisitiva
- 2ª parte: acuasatória
Investigatória acusatória
- sigilo -MP- juiz
- não há defesa - defesa
- não há contraditório - contraditório
- não há imparcialidade - imparcialidade
- não tem publicidade - publicidade
O sistema processualista penal brasileiro foi durante muito tempo classificado como misto, porém, atualmente, é acusatório, já que a fase investigativa é dispensável, sendo ainda uma mera fase pré-processual por se tratar de um procedimento. Somente Guilherme de Souza Nucci continua classificando como misto. 
g) Processo Penal garantista: necessidade de interpretar e aplicar as normas processuais penais à luz dos direitos e garantias fundamentais.
Ver artigo 198 do CPP- influência constitucional. Exemplo: artigo 241, CPP.
· Sujeitos do processo penal (artigos 251 a 258 CPP)
Principais: autor (vítima ou MP), réu (quem comete o crime) e juiz
OBS: Advogado não é parte, apenas representa o réu.
Secundários (escrevente, escrivão, perito, interprete, oficial de justiça)
1) JUIZ
a) Princípio informativo
Princípio do juiz natural (competência e imparcialidade), só pode atuar nos limites pré-estabelecidos por lei, devendo ainda guardar distância das partes e do objeto do processo.
b) Funções: jurisdicional (poder de aplicar o direito- investidura) e de polícia (atos coercitivos para manter a regularidade do processo.
c) Garantias e vedações: artigo 95, CF.
d) Atuação: mediante provocação- a jurisdição é inerte , contudo, após o impulso oficial haverá o andamento do processo.
 de ofício – nos limites da lei. Exemplo: determinação de pedido de provas- artigo 156, CPP
e) Impedimentos e suspeições
*artigo 252 CPP ** artigo 254, CPP
taxativo exemplificativo
objetivo subjetivo 
*exemplo: cônjuge membro do MP no mesmo caso
** exemplo: juiz amigo de uma das partes
2) MINISTÉRIO PÚBLICO
a) Funções: artigos 127, 129, 257 e 258 do CPP
Compete a ele privativamente promover a ação penal pública, bem como fiscalizar a aplicação da lei.
b) Princípio informativo: princípio do promotor natural- impossibilidade de se designar promotor para o caso, é vedado a escolha de promotor.
Princípio do promotor natural: imparcialidade- “parte imparcial”; é parte já que ingressa com a ação penal, e enquanto órgão estatal tem interesse público na condenação; quanto a imparcialidade enquanto integrante da função não pode ter interesse particular no caso.
Atribuição- só pode atuar nos limites pré-estabelecidos por lei
Exemplos: artigos 385 do CPP (pedido de absolvição do MP) ; artigo 5º , LIII, CF- ninguém será processado.
c) Posição nas ações penais
Pública: parte ativa (autor da ação penal)
Privada: fiscal da lei – custos legis
d) Impedimentos e suspeições- artigo 258 do CPP: os mesmos impedimentos e suspeições aplicados aos juízes, estendem-se aos membros do MP.
3) ACUSADO
a) quem pode ser- capacidade
Ser parte: ser acusado, quem comete infração (princípio da intranscedência da pena)
Processual: no processo, + de 18 anos. Regra: pessoa física; exceção: pessoa jurídica- crime ambiental
b) Nomenclaturas
Investigado (mero suspeito da investigação)
Indiciado (formalmente é suposto autor do fato)
Denunciado (oferece denúncia)
Acusado – réu (aceita a acusação e citação)
Sentenciado (absolvido, condenado), apenado ou condenado 
c) Indisponibilidade de direito de defesa- artigo 261 do CPP
Defesa:
* Autodefesa: próprio réu- interrogatório; pode abrir mão pelo direito ao silêncio
* Defesa técnica: defensor (indisponível)
d) Garantias fundamentais
- Direito de livremente escolher seu defensor;
- Direito de audiência (ser ouvido pelo julgador) /presença (estar na presença física do julgador);
- Direito ao silêncio;
- Direito de não produzir provas contra si mesmo- princípio da não autoincriminação;
- Direito de entrevista reservada com seu defensor antes do interrogatório
e) Condução coercitiva- artigo 260 do CPP
O código autoriza a condução coercitiva do réu; contudo, alguns doutrinadores não acreditam ser possível devido ao direito ao silencio, da não autoincriminação.
f) Presença do curador- artigo 262 CPP
Dispositivo revogado tacitamente, dispunha que se deveria nomear curador ao acusado menor (+18 anos -21 anos) que perdurou até 2002.
Com o advento do CC de 2003 o maior de 18 anos passou a ser plenamente capaz, de modo que, não torna necessária mais a nomeação de curador.
4) DEFENSOR
a) Classificação:
* Constituído: livre, escolhido pelo réu. Advogado: OAB.
* Público: não é escolhido pelo réu; assistem aos hipossuficientesfinanceiros; concursado.
* Nomeados (dativos): inscritos na OAB e exercem função pública.
* Ad hoc- nomeado para somente um ato.
b) Indisponibilidade- artigo 103 CF, 261 CPP
O advogado é indispensável a administração da justiça.
Ausência do advogado: nulidade
c) Procuração
Somente caso seja defensor constituído; utiliza-se a procuração nos moldes do CPC.
O CPP abre a possibilidade de procuração por forma oral no interrogatório do réu, entretanto, esta prerrogativa caiu em desuso após 2009, já que o interrogatório é um dos últimos atos agora do rito processual.
d) Abandono de processo- artigo 265 do CPP
Advogado não responde a intimação / não comparece a audiência de instrução e julgamento sem justificativa.
e) Impedimento
Parentesco com juiz ou promotor de justiça de acordo com o CPP.
5) VÍTIMA
* Ação penal pública: MP- autor; vítima- assistente de acusação atuando representada por defensor.
* Ação penal privada: autora; parte ativa, querelante.
6) ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO- artigo 268 CPP
a) quem é: a vítima ou o representante legal.
b) atuação: somente na ação penal pública.
c) momento para habilitação: a habilitação é o pedido para ingressar no processo como assistente de acusação.
d) o que pode fazer (artigo 271 CPP): pode propor meios de provar, inquirir testemunhas, interpor recurso, corroborar recuso do MP, participar dos debates do júri, requerer prisão preventiva.
Só poderá ingressar no processo após o recebimento da demanda até o trânsito em julgado.
· Aplicação da lei processual penal
1) No espaço: artigo 1º CPP
1.1) Regra geral: princípio da territorialidade, ou seja, as normas processuais penais brasileiras só podem ser aplicadas dentro do território brasileiro.
Princípio da territorialidade absoluta: o CPP está limitado ao território brasileiro.
1.2) Não se aplica o CPP ainda que o processo esteja no Brasil:
I- No caso de regras previstas em tratados/ convenções internacionais. Exemplo: imunidade diplomática/ audiência de custódia.
II- Nos crimes de responsabilidade, pois não há pena, é uma seção politicamente administrativa (Lei 1079/50); será julgado na casa legislativa.
III- Processos de competência da justiça militar (CPM e CPPM)
IV- Revogado
V- Revogado
p.u.- não se aplica o CPP quando houver uma legislação penal especial com regras processuais penais. Exemplo: lei do tráfico.
2) No tempo- artigo 2º CPP
2.1) Teorias: O vacatio legis não é de obrigação em lei processual.
a) Unidade processual: nessa teoria a lei nova só se aplicaria aos processos novos, os processos em andamento continuam pela lei que estava em vigor.
b) Fases processuais: cada fase processual será regida pela lei que está em vigor no momento.
c) Isolamento dos atos processuais: tão logo a lei nova entra em vigor é aplicada imediatamente conservando válidos os atos realizados na antiga lei. Teoria adotada pelo CPP!!!!
2.2) Regra geral: vigora o princípio da aplicação imediata da norma processual penal, ou seja, o tempo rege o ato.
2.3) Irretroatividade: ainda que a lei seja mais benéfica para o réu. O processo é uma marcha processual que só anda para a frente.
2.4) Normas híbridas: a mesma regra traz conteúdo de direito material e processual. Prevalece o caráter material.
· Princípios processuais penais
1) Conceito: conjunto de preceitos que por sua abrangência e generalidade irradicam-se por todo o ordenamento jurídico, informando e norteando a aplicação e interpretação das demais normas jurídicas para a justa solução dos conflitos.
2) Distinção com as leis
* Estrutura normativa: não é criado, apenas surge.
* Conteúdo: o conteúdo do princípio é vago.
3) Funções
* Fundamentadora: os princípios servem de inspiração para criação de novas leis; a lei não pode ferir princípios.
* Interpretadora: ajuda a definir o alcance aos significados das leis.
* Subsidiária ou supletiva: havendo uma lacuna na lei socorre-se aos princípios.
4) Princípios
· Ampla defesa: artigo 5º, LV da CF
a) no que consiste: garantia de que o réu possa valer-se de todos os meios necessários para demonstrar a sua inocência ou qualquer outro interesse.
Todos os meios necessários: todas as provas lícitas*; livre escolha do defensor; silêncio; revisão criminial( quando surgir nova prova da inocência depois do transito em julgado)
* prova ilícita: obtida mediante violação de direito fundamental. Obs: se for para provar inocência de fato é permitido o uso de prova ilícita pelo réu de acordo com o STF.
b) razão: finalidade do réu perante o Estado; hipossuficiente.
c) a quem se destina: somente ao RÉU 
d) dever do Estado: promover assistência jurídica gratuita.
e) formas de manifestação:
ativa: por meio do réu, defensor. Atuação visível: documento, confissão, petição.
Passiva: silêncio
f) espécies: 
Autodefesa: réu/ interrogatório/ presença na audiência de instrução e julgamento
Defesa técnica: por meio de profissional hábil (defensor público, advogado dativo) ; indisponível.
g) plenitude de defesa: mais mecanismos de defesa para o réu no rito do Tribunal do Júri; a razão disso se deve ao fato de que o recurso no Tribunal do Júri é limitado, ou seja, o réu não pode pedir sua absolvição (apenas a anulação ou abrandamento da pena), por isso devem ser incrementados os mecanismos de defesa durante o julgamento no júri.
h) cerceamento de defesa- súmula 523, STF
É a violação do princípio da ampla defesa; obstáculo injustificado ao exercício de defesa.
· Contraditório: artigo 5º, LV, CF
a) no que consiste: garantia de que as partes sejam informadas de tudo o que se passa no processo, para que a partir de então possam tomar providências para concretizar seus respectivos interesses.
Informação (dever do juiz) – manifestação judicial, manifestação de cada uma das partes
+ 
Reação- direito das partes
b) razão: preserva a isonomia e possibilita que o juiz se instrua.
c) a quem se destina: as partes.
d) espécies: real- a participação das partes ocorrem simultaneamente à realização do ato. Exemplo: juntada de documento/ audiência de instrução e julgamento
Diferido: uma das partes só toma conhecimento do ato depois que foi realizado, para garantir a eficácia de tal ato. Exemplo: pedido de prisão preventiva; pedido de mandado de busca e apreensão.
e) atos processuais que o viabilizam: citação/ intimação/ notificação
Intimação: ato já feito
Notificação: ato a ser feito
f) inobservância: nulidade do ato
· Juiz natural- artigo 5, LIII e XXXVII CF
· Promotor natural- artigo 5, LIII CF
 Garantia que não pode ser escolhido/designado juiz/promotor para atuar no caso.
Imparcialidade
Só podem atuar os juízes nos limites pré estabelecidos por lei.
· Publicidade: artigo 5 , LX, XXXIII e 93, IX Cd, e 792 caput do CPP
 
a)No que consiste: garantia de que qualquer pessoa do povo possa ter acesso aos atos juridiscionais (regra geral)
b) razão: fiscalização dos atos estatais.
c) espécies:
· Ampla: qualquer pessoa do povo.
· Restrita: segredo de justiça, so3 participam dos atos as partes e pessoas que atuaram no processo.
d) restrições: artigo 792, parágrafo primeiro CPP
Voto do júri- sigilo das decisões
Interesse público: para garantir regularidade dos atos, segurança e de acordo com a lei.
· Celeridade e economia processual
 Andamento rápido com baixo custo para o Estado.
a) Implicação prática
 * Lei 9099/95
 JEC- celeridade- maioria dos atos são orais
Economia- vedação a citação por edital
 AIJ- audiência una (concentração dos atos processuais)
 * Artigo 563 do CPP
Só será declarada a nulidade se tiver prejuízo à parte. (princípio da instrumentalizar das formas)
b) definição de celeridade
Vide artigo 5, LXXVIII CF
Rápida resposta estatal à prática criminosa sem , contudo, ferir o direito das partes.
Duração razoável : o prazo razoável para prisão provisória deve levar em conta as circunstâncias do caso em concreto (crime; pluralidade de réus; complexidade de provas; expedição de carta precatória; demora provocada pela defesa)
 
A duração razoável é de importante definição para o preso provisoriamente.
· Oficialidade e oficiosidade
 Osórgãos da persecução penal atuam independentemente de provocação ou requerimento (oficiosidade)
Em regra a persecução penal é feita pelos órgãos Estatais. (Oficialidade)
· Busca da verdade
a) Outros sinônimos: verdade processual ou verdade real.
b) no que consiste: necessidade de se aproximar o máximo possível da realidade dos fatos.
Garante julgamento justo, caso não chegue a verdade haverá absolvição.
c) verdade formal e verdade real:
· Verdade formal: demonstração dos fatos na esfera formal, admite-se presunção de veracidade. Adotada pelo processo civil que na maioria das vezes tutela bens disponíveis.
· Verdade real: demonstração de fatos na esfera material, demonstrando-se seguramente. Adotada pelo processo penal, já que tutela a liberdade (bem indisponível)
 Segundo a corrente doutrinária majoritária não há distinção entre essas nomenclaturas, já que há apenas uma verdade, a “verdade processual”.
d) Princípios decorrentes: 
· Artigo 156, CPP: princípio da livre investigação das provas
 
 Como regra as provas devem ser produzidas por iniciativa das partes; excepcionalmente o juiz pode determinar a produção de provas de ofício na fase investigativa (restrita), no curso da ação penal e antes da sentença.
· Artigo 399, parágrafo segundo , CPP
 
 O juiz que realizou a instrução deverá prolatar a sentença.
· In dubio pro reo
No que consiste: na necessidade de se absolver o acusado havendo fundada dúvida sobre a sua culpabilidade.
 
É melhor absolver o culpado do que condenar o inocente ; usado no momento da prolação da sentença.
b) In dubio pro societat
Usado antes da sentença.
No momento do recebimento/rejeição da denúncia , o juiz irá recebê-la.
No caso do rito do Tribunal do Júri no caso de dúvida em relação a pronúncia/impronúncia , o juiz irá pronunciar.
Pronúncia- vai a júri- constata indícios de autoria e de materialidade.
Impronúncia- não vai a júri quando não se constata indícios de autoria e de materialidade.
b) hipóteses de absolvição- artigo 386, CPP
Certeza da inocência, dúvida da culpabilidade.
· Não culpabilidade: artigo 5, LVII, CF
 Presunção de inocência ou estado de inocência.
a)No que consiste: na garantia de que o acusado não será tratado como culpado.
b) importância: para evitar violação de direitos fundamentais.
c) regras advindas
* Súmula 444, STJ
O juiz não pode agravar a pena com base em inquéritos policiais ou ações penais em andamento.
São situações ainda em aberto em que há presunção de inocência; a culpa ainda não está definida.
 * Artigo 20, p.u, CPP
Nas certidões requeridas não irão aparecer os inquéritos em andamento.
* Ônus da prova
É de quem alega, da acusação, deve comprovar a culpa do réu.
MP- nunca se desincumbe do ônus da prova.
* Excepcionalidade das prisões
Já foi pacificado que as prisões provisórias (flagrante, preventiva, temporárian não afetam esse princípio.
Essa excepcionalidade só é possível sua concessão com o preenchimento dos requisitos legais.
· Não autoincriminação - artigo 8, PSJCR
a) No que consiste: na impossibilidade de obrigar o réu a produzir provas que o incrimine.
Surge do princípio da presunção de inocência.
b) desdobramento: surge dos princípios da ampla defesa, presunção de inocência e direito ao silêncio.
c) direitos decorrentes: silêncio , não participar de provas invasivas.
Caso as provas apresentem risco a integridade física do réu, que precise da colaboração direta do réu. Exemplos: revista pessoal, reconstituição dos fatos, bafômetro e exame de sangue).
· Inquérito Policial- artigo 4º a 23 do CPP
1) Conceito: trata-se de um procedimento administrativo, investigativo e inquisitivo conduzido pela polícia judiciária, com vistas à angariar elementos probatórios que demonstrem a existência de um crime e sua respectiva autoria.
2) Natureza jurídica: procedimento administrativo.
3) Finalidade: inquérito policial tem a finalidade de fornecer justa causa. Fornecer lastro probatório ao titular da pretensão punitiva para que este possa ajuizar a respectiva ação penal.
4) Atribuição para presidir: dá-se pela polícia judiciária que fornece provas para iniciar a ação penal e também para auxiliar o juiz na formação de seu convencimento.
Polícia Judiciária
Estadual (crimes estaduais)- Policia Civil: delegado de polícia
Federal (crimes federais e crimes eleitorais)- Polícia Federal: delegado federal 
Obs: erro na atribuição não gera nulidade da investigação.
5) Local para instauração: local da prática do crime, ainda que a prisão se dê em outro local.
6) Características
a) Escrito- artigo 9º do CPP
Todos os atos da investigação devem ser reduzidos a termo.
b) Inquisitivo- artigo 7º da Lei 8906/94, XXI
Já que não se observa o contraditório e ampla defesa. 
Ocorre a “revelia” das partes
Em alguns casos poderá intervir o:
- MP
- ADV ( este pode ver os autos de IP sem processo; copiar; estar presente nas oitivas; presentes nas oitivas do indiciado; bem como apresentar quesitos aos peritos)
c) Sigiloso- artigo 20, CPP; 7º, XIV da Lei 8906/04; Súmula Vinculante nº 14, STF
O IP é sigiloso para garantir o sucesso das investigações; o advogado tem livre acesso a tudo o que já foi documentado. Quando a súmula vinculante 14 for desrespeitada é feita uma reclamação pelo advogado da parte.
O Advogado pode inclusive ver o inquérito sem procuração.
d) Dispensável- artigo 39, §5º, CPP
A finalidade do IP é fornecer elementos probatórios para que se possa ajuizar a ação penal.
É dispensável de acordo com o CPP, contudo, para o ingresso da ação penal é necessário lastro probatório. 
Não ação penal privada é mais comum a dispensa.
e) Discricionário- artigo 6º, 7º, CPP
O delegado é livre para conduzir a investigação sem necessidade de se observar ordem cronológica dos fatos.
f) Indisponível- artigo 17, CPP
É indisponível, porque o delegado não pode arquivar inquérito policial.
O arquivamento de inquérito policial só pode ocorre com autorização judicial e por motivos de fiscalização.
7) Formas de instauração
- de ofício: independentemente de requerimento.
- requisição (ordem) do MP ou juiz: promotor faz triagem e requisita a instauração do inquérito.
- requerimento da vítima ou de um representante: por escrito; não exige capacidade postulatória. Deve constar o nome da vítima e dos possíveis autores do crime.
- mediante notícia de qualquer pessoa do povo: qualquer pessoa do povo pode comunicar a prática de um crime.
- prisão em flagrante: deve ser no caso de prisão de flagrante, e não somente indício ou erro.
Obs 1: se o delegado não instaurar um recurso para delegado geral. É meramente administrativo, juiz não resolve problemas relacionados aos inquéritos, somente autoriza o que o delegado não pode fazer sozinho.
Obs. 2: em caso de crime de ação penal pública condicionada ou de ação privada o delegado não pode instaurar inquérito sem autorização da vítima.
No caso de ação penal pública incondicionada o delegado está obrigado a instaurar o inquérito independente de vontade e manifestação da vítima.
8) Notícia-crime
É a forma pela qual o delegado toma conhecimento da prática da infração penal.
- NC de cognição imediata: toma conhecimento no exercício de suas funções.
- NC de cognição mediata: levada para o delegado por alguém; a comunicação se dá por expediente por escrito (documento)
- NC de cognição coercitiva: prisão em flagrante.
- NC inqualificada: mais conhecida como denúncia anônima.
9) Peças que o iniciam
 - Portaria
- Auto de prisão em flagrante
- Requisição do MP ou juiz
10) Indiciamento
É o ato privativo da autoridade judicial por meio da qual ele formaliza a autoria do delito com lastro nas circunstâncias extraídas da própria investigação.
Suspeito ------- indiciado
(investigado) (F.A; C.A.C) 
11) Identificação criminal
Individualização de uma pessoa
A identificação criminal se dá por exame datiloscópio e fotográficoquando não for possível a identificação civil (através de documento hábil)
O identificado civilmente não pode ser identificado criminalmente, salvo se aquela não for suficiente.
12) Encerramento
a) Prazo: artigo 10, CPP
	
	Geral CPP
	Lei 11.343/06 (art.51)
	Crime Federal
	Preso
	10 dias
	30 dias
	15 dias
	Solto
	30 dias
	90 dias
	15 dias
 O prazo geral do CPP no caso de réu solto pode ser prorrogado; já o prazo da Lei 11.343/06 e dos crimes federais permitem apenas a prorrogação uma vez e por igual período.
A prorrogação depende de requerimento do delegado, oitiva do MP, autorização do juiz.
b) Peça que encerra: relatório
Peça descritiva que não admite juízo de valor; é tão somente um resumo do ocorrido.
O conteúdo do relatório não vincula o titular da ação penal.
c) Destinatário- artigo 10, § 1º CPP
O inquérito encerrado é endereçado ao juiz.
A importância será porque a inicial da ação penal passará pelo crivo do juízo.
13) Providências depois da remessa ao juízo
Ação Penal Pública ----- MP, oferece denúncia ou pede retorno à Depol para novas diligências imprescindíveis, alega incompetência do juízo; requer arquivamento.
Ação Penal Privada ---- permanência do inquérito policial no cartório aguardando manifestação do ofendido, sob pena de decadência (6 meses)
14) Arquivamento do Inquérito Policial
a) Por quem: juiz com requerimento prévio do MP.
b) Fundamentos: falta de justa causa; atipicidade da conduta; se houve excludente de ilicitude; manifesta ilegitimidade.
c) Natureza da decisão: 
 - Falta justa causa = coisa julgada formal
- Atipicidade = coisa julgada material
- Excludente = coisa julgada material
- Manifesta ilegitimidade = coisa julgada material
d) Desarquivamento
Poderá ser desarquivado se a decisão que o arquivou fez apenas coisa julgada formal, e se tiver notícia de novas provas.
Não pode haver causa extintiva da punibilidade.
e) Se o juiz não concordar- artigo 28, CPP
Os autos serão remetidos ao PGJ/PGR
e.a) Ele mesmo oferece denúncia ou
e. b) designa outro promotor para oferecer denúncia ou (há até uma certa discussão doutrinária a respeito, já que poderia ferir a independência funcional, bem como princípio do promotor natural.
e.c) insiste no pedido de arquivamento (nesse caso o juiz é obrigado a arquivar)
15) Trancamento do IP
É a extinção prematura e anormal das investigações.
Forma: habeas corpus com trancamento de IP
As mesmas hipóteses que ensejam o arquivamento tem o condão de ensejar o trancamento.
Na prática, vê-se que a possibilidade de trancamento do inquérito ante a ausência de justa causa é raríssima.
Quanto ao destrancamento, só permite-se a reabertura no caso de ausência de justa causa.
16) T.C.O- artigo 69 Lei 9.099/95
Investigação feita em infrações penais de menor potencial ofensivo.
É uma investigação sucinta que conta apenas com a oitiva do autor do fato; oitiva da vítima e de testemunhas, e prova pericial.
O inquérito é encaminhado ao JECRIM.
Termo Circunstanciado não se confunde com IP; inquérito é mais detalhado, complexo.
17) Suspeição da autoria policial- artigo 107, CPP
Não é possível opor a suspeição à autoridade judicial; contudo, esta pode se declarar suspeita de ofício.
Não permite a arguição de suspeição judicialmente em razão do caráter inquisitivo do ip, no entanto é possível fazer o requerimento através de via administrativa.
18) Atenção para os artigos 15 e 21 CPP
Revogados tacitamente!!!!
Nomeação de curador ao menor (+18 e -21)
Indiciado preso incomunicável por 3 dias.
19) Vícios no inquérito policial
Eventuais vícios ou irregularidades no inquérito não o invalidam e nem contaminam a ação penal.
· Ação Penal
1) Conceito:
 É o direito de pedir ao Estado/ juiz a aplicação do direito material, com a devida e justa punição do infrator, satisfazendo assim, a pretensão punitiva.
 O IP sustenta esse pedido.
2) Espécies: critério de titularidade.
	MP
	OFENDIDO
	Ação Penal Pública
	Ação Penal Privada
	Incondicionada
	Exclusivamente privada
	Condicionada – representação da vítima; requisição do Ministro da Justiça
	Personalíssima 
Subsidiária da pública
	Denúncia
	Queixa-crime
No caso da ação personalíssima não permite substituição do ofendido; já no caso da exclusivamente privada pode haver a substituição pelo representante legal ou sucessores.
A subsidiária não é originariamente pública, só é privada quando o promotor não ajuíza no prazo legal.
3) Início da ação penal e início do processo penal
Ação penal: início com oferecimento da denúncia/ queixa.
Processo Penal: citação do réu
4) Condições genéricas da ação penal
- Possibilidade jurídica do pedido
Conduta criminosa; fato típico e ilícito.
- Interesse de agir
Necessidade: elemento intrínseco (constitutivo); punição.
Adequação: elemento constitutivo; a ação penal é a única adequada.
Utilidade: deve ser apta a alcançar o seu fim; não se pode propor ação fadada ao fracasso, ou seja, não pode haver causa de extinção da punibilidade.
- Legitimidade
Para ingressar: MP, ofendido
Para responder a ação penal: quem cometeu a infração penal
- Justa causa
Indícios de autoria
Prova de materialidade do fato
4.1) Ausência de uma das condições- artigo 395, II do CPP
Consequência: rejeição da denúncia ou queixa.
· Ação Penal Pública
1) Titular: artigo 129, I, CF; artigo 24, CPP
Ministério Público.
2) Princípios
a) Obrigatoriedade:
O MP atuando no interesse da coletividade tem o dever de ajuizar a ação penal.
No entanto, este princípio não é absoluto, pode sofrer mitigação. Exemplo: transação penal, em que o MP não oferece denúncia, mas em contrapartida o infrator aceita para pena restritiva de direito. Só é cabível nas infrações penais de menor potencial ofensivo.
O promotor quando não oferece denúncia além de responder administrativamente nos moldes da lei orgânica do MP, pode responder pelo crime de prevaricação.
b) Indisponibilidade
Não pode desistir da ação penal já iniciada.
Sofre mitigação no caso do sursis (artigo 89 da Lei 9099/95)
É oferecida a denúncia, entretanto, o processo é suspenso mediante algumas condições tais como não frequentar determinados lugares, reparação do dano.
Para crimes cuja pena mínima seja igual ou inferior a 1 ano.
c) Oficialidade
O órgão encarregado de buscar a pretensão punitiva é em regra estatal.
d) Oficiosidade
O MP não precisa de provocação para oferecer a denúncia.
Mesmo a condicionada não precisa de provocação, e sim de autorização.
e) (in) Divisibilidade
Havendo pluralidades de réus o Promotor de Justiça pode oferecer denúncia contra uns e aguardar a continuidade das investigações contra outros em busca da justa causa; futuramente esta denúncia poderá ser aditada com a inserção daqueles réus ou caso não seja possível pelo avançar do processo oferecer nova denúncia (em nova ação penal)
f) Intranscendência 
A ação penal só pode recair contra o infrator.
A ação penal pública incondicionada não demanda nenhuma outra análise.
3) Condições específicas da ação penal pública condicionada
Condições de procedibilidade.
3.1) Representação do ofendido 
a) Conceito
É a autorização dada pela vítima ao Ministério Público para que este possa ajuizar a ação penal pública; ocorre apenas naqueles crimes em que a lei exige.
Exemplos: ameaça, lesão leve, estupro , estupro de vulnerável.
b) Momento: o mais adequado é antes da instauração do IP e admite-se que seja durante as investigações.Entretanto, o momento derradeiro é o oferecimento da denúncia.
c) Titularidade: o próprio ofendido desde que capaz; o representante legal, caso seja incapaz; cônjuge, ascendente, descendente, no caso de morte do ofendido. Procurador com poderes especiais; sócio no caso de pessoa jurídica; curador se não tiver representante legal ou haver colisão de interesses.
d) Forma: artigo 39, parágrafo primeiro e segundo CPP: não há forma pré estabelecida.
Escrita: por termo de representação feito pela própria vítima ou por um procurador que indica o autor e a prova da materialidade; não precisa ter capacidade postulatória.
Oral: feitaao delegado, promotor ou policial; as declarações serão reduzidas a termo.
STJ: quando a vítima acionar a PM quando da ocorrência implicitamente quer dizer que a vítima deseja representar.
# queixa-crime
Representação é informal, a queixa-crime é formal e caso não preencha os requisitos sofre pena de inépcia.
e) Prazo para representar: seis meses a contar do conhecimento da autoria ;prazo decadencial.
 Só se fala em decadência no caso de ação penal pública condicionada e Ação privada .
O prazo decadencial não foi enquanto cessar a incapacidade do ofendido e o representante legal não tem exercido o direito de representação.
f) Renúncia: a vítima pode renunciar podendo ser a renúncia tácita (deixou transcorrer o prazo decadencial) ou expressa (termo de renúncia se oral reduzida a termo )ou por aceitação de composição civil do dano.
g) Retratação: artigo 25, CPP e Lei 11340/06
Desistência da representação que já foi feita até o oferecimento da denúncia.
Salvo violência doméstica em que o prazo de desistência é até o recebimento em audiência perante o juiz.
A retratação da retratação é possível desde que esteja dentro do prazo decadencial.
h) Eficácia objetiva: pune o fato criminoso. Havendo pluralidade de infratores a representação oferecida contra um estende-se aos demais.
i) Não vinculação: a representação por si só não obriga o promotor a oferecer a denúncia.
Necessário demais condições da ação penal.
3.2) Requisição do Ministro da Justiça
Parágrafo único, artigo 145 CP
Autorização dada pelo Ministro da Justiça ao promotor fundada em razão política para que este possa ajuizar ação penal nos casos em que a lei a exige.
 Crimes contra a honra do Presidente da República.
Essa exigência existe para evitar a divulgação dos fatos, cenário político.
a)Titularidade: Ministro da Justiça
b) Substituição: não se admite
c) Formalidades: forma escrita
d) Prazo: não há prazo decadencial previsto na lei; observa-se então o prazo prescricional.
é) retratação: já que pode escolher se vai iniciar, pode retratar.
f) Renúncia: prevalece que não pode haver renúncia ( já que não é direito próprio) contudo há outras correntes.
g) Eficácia objetiva: idem representação.
h) Não vinculação: idem representação.
· Ação Penal Privada 
1) Conceito: ação penal na qual estado transfere ao ofendido o direito de buscar a punição do infrator em juízo nas hipóteses previstas em lei.
 Obs: exige capacidade postulatória ou seja o direito é da vítima que deve ser representada por advogado
 Direito de queixa; a peça que inicia a queixa-crime.
2) Titularidade: idem a representação do ofendido as mesmas regras usadas para representação do ofendido são usadas para a titularidade da ação penal privada
3) Princípios
A) Oportunidade ou conveniência: é direito do ofendido, e não dever.
B) Disponibilidade: o ofendido pode desistir da ação penal já iniciada. Perdão do ofendido
C) Indivisibilidade: havendo pluralidade de infratores a queixa oferecida a um estende-se aos demais.
D) Intranscedência: só pode figurar na ação penal aquele que de fato praticou o crime.
4) Espécies
· Personalíssima: apenas o ofendido; não admite substituição por parte da vítima. artigo 236. Morte do ofendido gera extinção da punibilidade.
· Exclusivamente privada: direito do ofendido, mas admite substituição.
· Subsidiária da pública: originariamente o crime é de ação penal pública; somente quando o promotor não oferece denúncia dentro do prazo.
5 dias réu preso; 15 dias réu solto.
Se o promotor não oferece a denúncia nesse prazo, a vítima poderá ingressar por meio de queixa-crime se transformando em ação penal privada. Pedido de arquivamento não abre possibilidade a ação penal se torna subsidiária da pública.
5) Atuação do MP nas ações penais privadas: fiscal da lei.
Verifica a regularidade da ação; fiscaliza prazo; princípios e requisitos da queixa. Na subsidiária é interveniente obrigatório podendo adotar a queixa, propor provas, em caso de desistência retoma a titularidade.
6) Particularidades
A) Prazo decadencial: prazo para oferecer queixa (dar início à ação penal privada )
O prazo é de seis meses a contar do conhecimento da autoria no caso de personalíssima e da exclusivamente privada ; já no caso da subsidiária conta a partir do decurso do prazo do promotor.
B) Perdão do ofendido: desistência da ação penal privada depois de iniciada não se confunde com perdão judicia
O perdão do ofendido pode ser oferecido até a citação sem consentimento do querelado. Após a citação até o trânsito em julgado passa a ser um ato bilateral que precisa da aceitação do querelado.
 Em caso de pluralidade de infratores, o perdão a um dos infratores estende-se aos demais, mas produzirá efeitos apenas em relação àqueles que o aceitarem.
 O silêncio em relação ao pedido de perdão (que deve ser formalizado) importa em aceitação tácita e gera extinção da punibilidade ; já na subsidiária o promotor volta a ser o titular da ação e por isso não cabe o perdão do ofendido.

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